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Aleitamento materno em lactentes prematuros com internação em unidade de terapia intensiva neonatal : da alta hospitalar aos seis meses de idade corrigidaColdibeli, Dayane January 2016 (has links)
Orientadora: Profª. Drª. Ana Lúcia Figueiredo Sarquis / Coorientadora: Profª. Drª.Marizilda Martins / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Defesa: Curitiba, 16/12/2016 / Inclui referências : f.82-90 / Resumo: O leite materno é o alimento ideal para o recém-nascido, seja ele nascido a termo ou não. Para o recém-nascido prematuro, estar em aleitamento materno no momento e após a alta hospitalar é um desafio, tendo em vista a necessidade de manutenção da lactação em um período em que não pode realizar a sucção direta ao seio materno. Nesse sentido, esse estudo teve por objetivo verificar a prevalência do aleitamento materno no momento da alta hospitalar e até os seis meses de idade corrigida, entre recém-nascidos prematuros que permaneceram internados em unidade neonatal. Trata-se de um estudo observacional, analítico, transversal, prospectivo, realizado na Unidade de Neonatologia e Ambulatório de Pediatria Preventiva do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. O estudo envolveu 47 lactentes prematuros nascidos com idade gestacional menor que 32 semanas e peso menor que 1.500 gramas. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas com as mães, as quais aconteceram no período próximo a alta hospitalar e no momento das consultas no Ambulatório de Pediatria Preventiva até os seis meses de idade corrigida, além da coleta de informações nos prontuários dos lactentes. Como resultados, foi encontrada prevalência de aleitamento materno de 61,7% no momento da alta hospitalar e 40,4%, 25,5% e 13,0%, com um, aos três e seis meses de idade corrigida, respectivamente. A duração mediana do aleitamento materno após a alta hospitalar, entre os lactentes que deixaram de ser amamentados no período de acompanhamento, foi de 53,5 dias (1 - 184). A partir da análise de regressão logística multivariada foram identificados como fatores de proteção ao aleitamento materno no momento da alta hospitalar a classificação de Apgar no primeiro minuto de vida maior ou igual a oito (OR = 0,10; IC 95% = 0,01 - 0,95); não usar fórmula infantil para lactente durante a internação (OR = 0,12; IC 95% = 0,02 - 0,76); não usar mamadeira durante a internação (OR = 0,10; IC 95% = 0,02 - 0,53); e a menor idade corrigida no momento da alta hospitalar (OR = 0,70; IC 95% = 0,54 - 0,92). Com um mês de idade corrigida, apresentaram-se como fatores de proteção ao aleitamento materno a introdução da nutrição enteral em período menor que 48 horas após o parto (OR = 0,13; IC 95% = 0,01 - 0,87); a presença da mãe na unidade em mais de 90% dos dias de internação (OR = 0,11; IC 95% = 0,01 - 0,65); e o não uso de mamadeira durante a internação (OR = 0,02; IC 95% = 0,00 - 0,33). A maior duração do aleitamento materno após a alta hospitalar esteve associada à experiência anterior em aleitamento materno, não usar mamadeira durante a internação e não usar mamadeira com um mês de idade corrigida. Conclui-se que são necessários avanços na prevalência do aleitamento materno entre recém-nascidos prematuros e que diferentes fatores podem estar associados à sua prática nessa população. Palavras-chave: Aleitamento materno. Recém-nascido prematuro. Leite humano. Estudos transversais. / Abstract: Breast milk is the ideal food for a newborn, whether it is a full-term or a premature baby. Breastfeeding a preterm baby during his or her hospitalization and after discharge is challenging, since it is necessary to maintain lactation going on in a period when the infant cannot nurse directly at the breast. Therefore, this study had as its objective to verify the prevalence of maternal breastfeeding at the moment of hospital discharge and until the corrected age of six months, among premature newborn babies that had been kept in a neonatal unit. This is an observational, analytic, transversal, prospective study that took place at the Neonatology Unit and Pediatrics Preventive Clinic from Hospital de Clínicas Complex from the Federal University of Parana. This study involved 47 infants born prematurely at less than 32 weeks gestational age and weighing less than 1.500 grams. Data were collected through interviews with mothers, which were conducted in the period that preceded hospital discharge and during the appointments at the Pediatrics Preventive Clinic up to six months corrected age; additional information was taken from the infants' medical records. The results showed a prevalence of 61.7% of maternal breastfeeding at the moment of hospital discharge and 40.4%, 25.5% e 13.0% at the corrected ages of one, three, and six months, respectively. The median duration of maternal breastfeeding after hospital discharge among infants who stopped being breastfed during follow-up period was 53.5 days (1 - 184). With the use of multiple logistic regression analysis, it was possible to identify as factors that positively influenced the continuation of maternal breastfeeding at the moment of hospital discharge an Apgar score of 8 (OR = 0.10; CI 95% = 0.01 - 0.95), not receiving baby formula during hospitalization (OR = 0.12; CI 95% = 0.02 - 0.76), not using a baby bottle during hospitalization (OR = 0.10; CI 95% = 0.02 - 0.53) and a younger corrected age at the moment of hospital discharge (OR = 0.70; CI 95% = 0.54 - 0.92). At one month corrected age, factors that positively influenced maternal breastfeeding were the introduction of enteral nutrition in a period shorter than 48 hours after delivery (OR = 0.13; CI 95% = 0.01 - 0.87), the mother's presence at the neonatal unity in more than 90% of the hospitalization period (OR = 0.11; CI 95% = 0.01 - 0.65), and not using a baby bottle during hospitalization (OR = 0.02; CI 95% = 0.00 - 0.33). A longer duration of maternal breastfeeding after hospital discharge was associated with previous experiences with breastfeeding, not using a baby bottle during hospitalization and not using a baby bottle at one month corrected age. It follows that advances are necessary in order to ensure the prevalence of maternal breastfeeding among premature newborns and that different factors can be associated to the act of breastfeeding in this population. Key-words: Breast feeding. Infant, premature. Milk, human. Cross-sectional studies.
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Desempenho motor, de linguagem e qualidade do sono em crianças prematuras / Performance motor, language and sleep quality in premature infantsDornelas, Lilian Maria Candido de Souza [UNESP] 28 April 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-04-28 / Crianças prematuras apresentam maior risco para atraso no desenvolvimento motor e de linguagem, bem como problemas do sono. Até onde temos conhecimento, esses três aspectos ainda não foram explorados em conjunto no contexto da prematuridade. O estudo teve como objetivo investigar o desempenho motor, de linguagem e aspectos do sono de crianças prematuras. Participaram 18 crianças prematuras, 11 do gênero masculino e 7 do gênero feminino, com idade cronológica de 4,3 a 34,3 meses. Também participaram 18 crianças nascidas a termo, semelhantes quanto à idade cronológica, gênero e nível socioeconômico dos prematuros. Os procedimentos incluíram anamnese para levantamento dos dados sociodemográficos, dados do nascimento e fatores neonatais de risco associados à prematuridade (grau de prematuridade, peso ao nascimento, condições de nascimento pelo APGAR, tempo de hospitalização e intercorrências pós-natais). Os instrumentos utilizados incluíram o Teste de Screening de Desenvolvimento - Denver II (TSDD-II), Early Language Milestone (ELM) e Breve Questionário sobre o Sono na Infância (BQSI). Prematuros com idade inferior a 24 meses tiveram o desempenho avaliado na idade cronológica e na idade corrigida para fins comparativos. A melatonina foi dosada por meio da saliva em intervalos de seis horas, por um período de 24 horas. Os resultados mostraram que prematuros apresentaram risco para o desenvolvimento “motor fino adaptativo” e da “linguagem” no TSDD-II e nas áreas “auditiva expressiva” e “auditiva receptiva” da escala ELM, sendo o nível expressivo o mais prejudicado. Houve aumento significativo no número de crianças com risco para atraso no domínio “linguagem” do TSDD-II, quando analisado pela idade cronológica. Prematuros apresentaram sinais indicativos de distúrbio do sono, com menor tempo de sono noturno e maior tempo para retornar ao sono após os despertares noturnos. Foi possível dosar a melatonina de seis prematuros. Dois destes apresentavam indicativos de distúrbio de sono e alteração na produção de melatonina. Prematuros “moderados a tardio” apresentaram menor risco para atraso no desenvolvimento pessoal-social e de linguagem expressiva, bem como mais facilidade para adormecerem a noite. Prematuros “baixo peso” apresentaram menor risco para alteração na linguagem expressiva”. Não foi encontrada associação entre o desempenho motor e de linguagem com os demais fatores de nascimento e intercorrências neonatais investigados. Correlação negativa foi encontrada entre o tempo de sono diurno e o número de despertares noturnos com o desempenho motor e de linguagem. A partir dos resultados apresentados foi possível concluir que as crianças prematuras deste estudo apresentaram desempenho motor e de linguagem inferior quando comparadas aos seus pares e também mais problemas de sono, e o uso da idade corrigida reduziu o número de prematuros de risco para o desenvolvimento da linguagem. A associação entre aspectos do sono e do desenvolvimento motor e de linguagem observadas neste estudo deve ser melhor investigada, incluindo a análise de produção da melatonina a fim elucidar como tais associações podem repercutir no desenvolvimento de crianças prematuras, já que tal associação ainda não está bem estabelecida. / Preterm infant are at increased risk for delayed motor and language development, as well as sleep problems. To the best of our knowledge, these three aspects have not yet been explored together in the context of prematurity. The aim of the study was to investigate motor performance, language and sleep aspects of premature infants. Participants were 18 premature children, 11 males and 7 females, with a chronological age of 4.3 to 34.3 months. Eighteen fullterm children, like the chronological age, gender, and socioeconomic status of preterm infants were also enrolled. The procedures included anamnesis to collect sociodemographic data, birth data and neonatal risk factors associated with prematurity (prematurity, birth weight, apgar score birth conditions, hospitalization time and postnatal intercurrences). The instruments used included the Denver Developmental Screening Test - II (DDST-II), Early Language Milestone (ELM) and Brief Infant Sleep Questionnaire (BISQ). Premature infants under the age of 24 months had their performance evaluated in chronological age and corrected age for comparative purposes. Melatonin was dosed by saliva at six hour intervals for a period of 24 hours. The results showed that premature infants presented a risk for the "fine motor adaptive" and "language" development in DDST-II and in the "auditory expressive" and "auditory receptive" areas of the ELM scale, being the expressive level the most impaired. There was a significant increase in the number of children at risk of delay in the "language" domain of DDST-II when analyzed by chronological age. Premature infants presented signs indicative of sleep disturbance, with shorter nocturnal sleep time and longer time to return to sleep after nocturnal awakenings. It was possible to dose the melatonin of six premature infants. Two of these presented indicatives of sleep disturbance and altered melatonin production. "Moderate to late" preterm infants had a lower risk of delayed “personal-social” development and expressive language, as well as a greater ability to fall asleep at night. "Low-weight" preterm infants had a lower risk of altered expressive language. There was no association between motor and language performance with the other factors of birth and neonatal intercurrences investigated. Negative correlation was found between daytime sleep time and the number of nocturnal awakenings with motor and language performance. From the results presented, it was possible to conclude that premature children in this study had lower motor and language performance when compared to their peers and also had more sleep problems, and the use of corrected age reduced the number of preterm infants at risk for development of language. The association between sleep and motor development and language aspects observed in this study should be further investigated, including the melatonin production analysis to elucidate how such associations may affect the development of premature infants, since such association is still not well established.
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Evaluación de los reflejos orofaciales, succión nutritiva y succión no nutritiva en lactantes prematuros y de término, de 3 y 6 meses de edadBosnich Mienert, Joseline, Durán Barría, Jocelyn, Ponce Mancilla, Valentina, Valdés Navarrete, Fabiola January 2010 (has links)
El desarrollo de la alimentación de los niños se sitúa dentro de un continuo en el cual, en un inicio, encontramos los reflejos orofaciales, que con el paso del tiempo se transforman en funciones orofaciales. La adecuada evolución y ejecución de estas funciones son importantes para el desarrollo maxilofacial del menor.
En los últimos años se ha incrementado el número de niños nacidos de pretérmino, condición a la cual se asocian múltiples alteraciones tales como la presencia de un patrón de coordinación succión-deglución inmaduro, no pudiendo ser alimentados mediante pecho materno.
El objetivo de este seminario de investigación fue comparar los reflejos orofaciales, la succión nutritiva y no nutritiva en lactantes de término y pretérmino de 3 y 6 meses de edad, sin daño neurológico además de estar estabilizados médicamente, con el fin de observar si existían diferencias tanto cualitativas como cuantitativas en la función orofacial de succión.
Previo a la evaluación, los padres y/o cuidadores debieron firmar un consentimiento informado, autorizando dicho procedimiento. Se evaluaron 20 lactantes de término de 3 y 6 meses de edad cronológica y 20 lactantes de pretérmino de 3 y 6 meses de edad corregida. Se realizó una entrevista a los padres, para la obtención de antecedentes pre, peri y postnatales relativos a la madre y al menor, y se aplicó la Pauta de Evaluación de Funciones Orofaciales, que permitió observar los patrones de succión nutritiva y no nutritiva del lactante.
Los resultados de esta investigación evidencian una clara tendencia del grupo de pretérmino a presentar un patrón de succión nutritiva y no nutritiva débil, en comparación con los recién nacidos de término de ambos grupos etarios que presentaron un patrón de succión nutritiva y no nutritiva dentro de parámetros adecuados. En cuanto a los reflejos orofaciales no se encontró diferencias significativas en los grupos evaluados. / The development of the children’s feeding lies within a constant in which, initially, we find the orofacial reflexes, which over time becomes in orofacial functions. A proper evolution and performance of these functions are important for the maxilofacial development of the child.
In recent years it has been increased the number of premature births, a condition which is associated with multiple alterations like a pattern of immature suck-swallow coordination, so they often cannot be breast fed.
The aim of this research was to compare the orofacial reflexes and non-nutritive and nutritive suck in preterm and term infants at 3 and 6 months of age, without neurological damage and medically stabilized, to see if there were qualitative and quantitative differences in orofacial function of suction.
Before the assessment, parents or caregiver’s children had to sign an informed consent, authorizing the assessment. It was assessed 20 term infants at 3 and 6 months of chronological age and 20 preterm infants at 3 and 6 months of corrected age.
A parent interview was performed, to obtain pre, peri and postnatal background of child and mother. Standard Assessment Orofacial Functions was used to evaluate infant's nutritive and non nutritive sucking patterns.
The results of this research indicate that exist a clear trend in the preterm group to present a weak pattern of nutritive and non nutritive sucking, compared with term infants of both groups, showed a pattern of nutritive and nonnutritive sucking within the appropriate parameters. Regarding the orofacial reflexes were not found significant
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Fisioterapia motora : efeitos sobre a mineralização óssea de prematurosVignochi, Carine Moraes January 2007 (has links)
Introdução: A doença óssea dos prematuros compreende distúrbios de mineralização óssea que variam desde um estado de hipomineralização até alterações mais intensas, caracterizando um quadro de raquitismo da prematuridade podendo levar a fraturas não traumáticas ao longo dos primeiros anos de vida. A freqüência é de 50% em prematuros com peso abaixo de 1.000 g, seguida por uma freqüência de 30% em prematuros nascidos com peso inferior a 1.500 g. Objetivo: Avaliar o efeito de um protocolo de fisioterapia motora na mineralização óssea, ganho de peso e crescimento em prematuros com idade gestacional (IG) inferior 35 semanas. Material e Métodos: Foi realizado um ensaio clínico controlado e randomizado com 15 pacientes no grupo controle (GC) e 14 no grupo fisioterapia (GF). Foram incluídos prematuros estáveis com IG inferior a 35 semanas. O GF, além da alimentação padrão, recebeu fisioterapia motora diária por 15 minutos ao dia até a alta. Um fisioterapeuta realizou o exercício que compreendeu movimentos de compressão, flexão e extensão contra a resistência passiva do bebê, e que consistiu em 10 flexões dos membros superiores e inferiores com compressão suave em cada articulação. As variáveis avaliadas foram medidas antropométricas e densitometria óssea de corpo total (DEXA) analisando o conteúdo mineral ósseo (CMO), densidade mineral óssea (DMO), massa muscular e gordura corporal no início e ao final do estudo. A análise estatística foi realizada por ANCOVA e testes de correlação. Resultados: A características na admissão foram similares entre os grupos. A média de peso no GF foi 1326,3 ± 259 g e no GC foi 1342,4 ± 226 g; media de comprimento no GF 37,66 ± 2,74 cm e GC 38,54 ± 1,98 cm. A média de idade na admissão foi 22 ± 3 dias e a média de tempo em fisioterapia foi de 29 ± 3 dias. O GF apresentou maior média de ganho de peso por dia superior ao GC: 27,43 ± 2,43 g contra 21,01 ± 4,4 g, p < 0,001. A média do ganho em comprimento (cm/sem) no GF foi 1,28 ± 0,34 cm contra 0,78 ± 0,23 cm no GC, p < 0,001. O ganho em CMO após os ajustes para tipo de leite e ganho de peso foi 434 ± 247,55 mg e GC -8,18 ± 11,37 mg, p < 0,001. O ganho em DMO após os mesmos ajustes (mg/cm2) foi no GF 8,37 ± 5,63 contra -3,15 ± 5,53 no GC, p < 0,001. A média do ganho em massa muscular (MM) no GF foi 272,13 g contra 109,10 no GC, p < 0,009. Não houve diferença no ganho de gordura corporal (gramas) entre os grupos (p < 0,432). Conclusão: O grupo fisioterapia mostrou maior crescimento, ganho de peso, conteúdo mineral ósseo e massa muscular, sugerindo que o exercício no prematuro é um importante instrumento na mineralização óssea e na prevenção da osteopenia da prematuridade. / Introduction: The disorders of the bone mineralization, osteopenia of prematurity, vary since an asymptomatic hypo-mineralization state until the rickets of the prematurity that can take non-traumatic fractures. The rate is 30% in very low birth weight (VLBW < 1,500 g) until 50% in extreme premature (< 1,000 g). Objective: To study through a randomized and controlled evaluation the effect of a protocol of motor physiotherapy in the bone mineralization, gain of weight and growth in VLBW infants. Material and Methods: A controlled clinical assay was carried through and randomization with 14 patients in physiotherapy group (PG) and 15 patients in control group (CG). All cases were stable and already they have reached 110 kcal/kg/day in enteral nutrition. The PG group, beyond the feeding standard, had received daily motor physiotherapy from 15 minutes daily until hospital discharge. The same physiotherapist carried out the exercises that understood movements of flexion and extension against passive resistance of the baby in a total of 10 flexions of the superior and inferior members with soft squeezing in each joint. The CG received the same feeding and routine care of the neonatal unit. We measured physical characteristics and bone mineralization through dual energy x-ray beam absorptiometry (DEXA) of total body analyzing the bone mineral content (BMC), bone mineral density (BMD), muscle mass and free-fat mass at the beginning and in the end of the study. The statistics analysis was carried through by ANCOVA and tests of correlation. Results: The characteristics of the admission were similar in both groups. Mean of the weight in PG was 1326.3 ± 259 g and CG was 1342.4 ± 226 g; mean of the length was PG 37.66 ± 2.74 cm and CG 38.54 ± 1.98 cm. The average age of admission was 22 ± 3 days and the average of physical activities was 29 ± 3 days. The PG, exactly after adjustments for confusion factors, presented mean gain of weight per day superior to the CG: PG 27.43 ± 2.43 g against CG 21.01 ± 4.4 g, p < 0.001. The mean gain in length (cm/week) was PT: 1.28 ± 0.34 cm against CG 0.78 ± 0.23 cm, p < 0.001. The gain in BMC was PG 434 ± 247.55 mg and CG -8.18 ± 11.37 mg, p < 0.001. The BMD (mg/cm2) gain was PG 8.37 ± 5.63 against CG – 3.15 ± 5.53, p < 0.001. The mean of gain in muscle mass was PG 272.13 g against CG 109.10, p < 0.009 and there was no difference in fat mass between the groups p < 0.434. Conclusion: These results showed that the exercise in the premature infants produced more growth, more gain in weight, bone mineral content and bone strength, and gain in muscle mass, suggesting that the motor physiotherapy can contribute in bone mineralization and therefore in the prevention of the osteopenia of the prematurity.
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Atividade dos músculos masseter e supra-hioideos em recém-nascidos pré-termo durante uso do copinho, da translactação e na amamentaçãoRaposo, Rebeca Domingues 29 May 2012 (has links)
Submitted by Susimery Vila Nova (susimery.silva@ufpe.br) on 2015-04-10T20:06:22Z
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Previous issue date: 2012-05-29 / A transição da alimentação é uma mudança importante para recém-nascido pré-termo e a forma como o leite é oferecido constitui-se em uma variável importante a ser considerada. Muitas vezes, percebe-se na prática clínica junto a esses bebês uma dificuldade em iniciar a amamentação no peito após o uso prolongado de um método alternativo de alimentação. A utilização de mecanismos de sucção diferentes dos usados na amamentação pode causar alteração na pega e, consequentemente, fracasso no aleitamento materno. Entretanto, ainda não há um consenso na literatura sobre a influência do uso de métodos alternativos de alimentação na atividade dos músculos ativados no aleitamento materno, repercutindo no seu estabelecimento. Na busca de resposta para este questionamento foi realizado um estudo com o objetivo de caracterizar a atividade dos músculos masseter e supra-hioideos em recém-nascidos pré-termo durante diferentes métodos de alimentação. Na revisão da literatura, percebeu-se que os estudos sobre eletromiografia em recém-nascidos durante a alimentação, não traziam descritos nos métodos um protocolo de avaliação da atividade elétrica dos músculos. Por este motivo, foi elaborado neste estudo, uma proposta de um protocolo de avaliação da atividade elétrica em bebês durante a alimentação, apresentado no artigo 1. Este protocolo foi aplicado em 31 recém-nascidos pré-termo do Alojamento Canguru do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira – IMIP e apresentados nos artigos 2 e 3, com os objetivos de comparar os sinais eletromiográficos dos músculos masseter e supra-hioideos de recém-nascidos pré-termo, durante a amamentação e normalizados por diferentes procedimentos e analisar a atividade elétrica dos músculos masseter e supra-hioideos durante o uso do copinho, translactação e na amamentação, respectivamente. Foi observado, ao se comparar os três procedimentos, que os sinais normalizados a partir do repouso, pelo pico máximo e pela máxima atividade reflexa resistida, são estatisticamente diferentes, tanto para o músculo masseter como para os supra-hioideos. Essa diferença estatística se faz entre os três procedimentos de normalização ao serem analisados a cada dois grupos separadamente. Os resultados sugerem a normalização do sinal eletromiográfico pelo pico como o procedimento mais adequado em recém-nascidos pré-termo, por este sinal ser mais constante e menos predisposto a alterações devido a características da população estudada e dos músculos avaliados. Ao se avaliar os métodos de alimentação: copinho, translactação e amamentação, percebeu-se uma diferença estatisticamente significativa entre a atividade dos músculos masseter e supra-hioideos durante o uso copinho. Os resultados sugerem um equilíbrio entre as atividades dos músculos masseter e supra-hioideos durante a alimentação por translactação e na amamentação. No uso do copinho, parece haver um desequilíbrio entre a atividade destes músculos, sendo o músculo masseter mais ativo do que os músculos supra-hioideos.
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Correção da idade para identificação do atraso no desenvolvimento motor grosso de lactentes nascidos pré-termoGuerra, Miriam Queiroz de Farias 01 August 2014 (has links)
Submitted by Amanda Freitas (amanda.freitas@ufpe.br) on 2015-04-14T14:47:50Z
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Previous issue date: 2014-08-01 / Crianças nascidas pré-termo apresentam maior risco de atraso de desenvolvimento motor podendo ser decorrente apenas de sua imaturidade neuronal, mas também de injúrias permanentes do sistema nervoso central. Objetivando diferenciar esses dois processos, na avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor desses lactentes pode-se utilizar tanto a idade cronológica, definida pelo nascimento, quanto à idade maturacional, admitindo correção parcial ou total da idade cronológica. A falta de consenso sobre o tema suscitou questionar qual o tipo de correção da idade mais adequado para identificar o atraso do desenvolvimento motor grosso de lactentes nascidos pré-termo. O objetivo deste estudo foi comparar o desenvolvimento motor grosso de lactentes nascidos pré-termo com o de lactentes nascidos a termo, utilizando como parâmetros a idade cronológica e as idades corrigidas total e parcialmente, de acordo com o grau de prematuridade. Este estudo transversal realizado entre agosto de 2011 e agosto de 2013, incluiu 606 avaliações em 306 lactentes nascidos pré-termo, acompanhados no Ambulatório de Recém-nascidos de Risco do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco e do Ambulatório de Egressos do Método Canguru do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira. O grupo controle consistiu de 589 crianças nascidas a termo cujos dados foram obtidos em banco secundário de uma tese de doutorado da Pós-graduação em Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG. O desenvolvimento motor grosso foi avaliado pela Alberta Infant Motor Scale (AIMS) em crianças com idade cronológica de 3 a 21 meses e para interpretação da pontuação foram consideradas as idades cronológica e as corrigidas total e parcialmente, utilizando-se os pontos de corte para os percentis 5 e 10 desta escala. Na caracterização da amostra, compararam-se variáveis biológicas e sociodemográficas da família, incluindo a estimulação do ambiente domiciliar pela Affordances in the Home Environment for Motor Development. Dentre os lactentes nascidos pré-termo, quando seu desenvolvimento motor foi avaliado usando-se a idade cronológica resultou alto percentual de atraso, em todas as idades gestacionais. Ao se corrigir a idade total ou parcialmente houve uma redução do percentual de atraso de desenvolvimento motor grosso proporcional ao aumento da idade gestacional, exceto para os lactentes nascidos pré-termo mais tardios (grupo de 32 a 36 semanas gestacionais), que permaneceu com um percentual elevado de atraso motor, independente do percentil utilizado como ponto de corte. Concluiu-se que, com a utilização da correção total da idade para os lactentes nascidos pré-termo, os mesmos apresentaram menor frequência de atraso quando comparada à obtida sem correção e com correção parcial. A frequência menor de atraso pode tanto acalmar os pais quanto ao atraso do desenvolvimento do lactente, ao indicar mais semelhança com o grupo a termo, como reduzir a demanda dos serviços de pediatria quanto à necessidade de intervenções terapêuticas. Entretanto, o não reconhecimento precoce do atraso pode privar esses lactentes de serem encaminhados a um programa de estimulação, mesmo quando necessário.
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Validade concorrente da escala motora de alberta (aims) para lactentes nascidos Pré-termoALBUQUERQUE, Plínio Luna de 28 February 2013 (has links)
Submitted by Leonardo Freitas (leonardo.hfreitas@ufpe.br) on 2015-04-17T14:25:17Z
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Previous issue date: 2013-02-28 / Detectar atraso no desenvolvimento em crianças pré-termo não é uma tarefa fácil para clínicos e terapeutas, uma vez que variações na trajetória e na qualidade das habilidades alcançadas podem não ser detectadas na avaliação clínica. O uso de instrumentos de triagem do desenvolvimento validados e confiáveis aumentam as chances de detecção de atraso e possibilita o acesso da criança a programas de intervenção. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar por meio de uma revisão sistemática da literatura e por um estudo de validação concorrente a capacidade da Escala Motora de Alberta (AIMS) de detectar atraso do desenvolvimento motor grosso em lactentes nascidos pré-termo. Foram realizadas 159 avaliações em 108 crianças nascidas pré-termo (57 masculino, 51 feminino; idade gestacional média de 32 semanas; idade corrigida média de 7 meses). Para os testes de confiabilidade intra e interavaliador foram selecionadas randomicamente 30 de avaliações de cada. Para o cálculo das propriedades clinimétricas foram adotados como pontos de corte os percentis 05 e 10 da AIMS. Utilizou-se o coeficiente de regressão linear (R2) para verificar a predição dos resultados da Bayley-III(MG) pela AIMS. O coeficiente de correlação intraclasse e o gráfico de Bland-Altman foram utilizados para a análise da confiabilidade intra e interavaliador. Após a revisão sistemática da literatura verificou-se que as diante das evidências disponíveis é incerta, imprecisa e inconclusiva a capacidade da AIMS de detectar atraso do desenvolvimento motor grosso em lactentes nascidos pré-termo. O estudo de validação verificou uma prevalência de atraso no desenvolvimento motor de 20,8% e um elevado coeficiente de regressão linear (R2= 0,93). A adoção do percentil 10 da AIMS forneceu a melhor combinação entre sensibilidade e especificidade (75,8%, faixa 57,4 a 88,3; 92,9%, faixa 86,6 a 96,5, respectivamente). Os valores para confiabilidade intra e interavaliador das duas escalas foram altos (ICC > 0,98). Observou-se uma média da diferença entre os resultados das escalas inferior a dois pontos, com a maioria dos pontos contidos no intervalo de 95% de concordância e um acúmulo de avaliações no limite superior do gráfico para AIMS, configurando o ceiling effect. Os resultados obtidos na revisão sistemática concluem que não as evidências sobre a capacidade diagnóstica da AIMS em diagnosticar atraso podem ter sido comprometidas pela introdução de erros sistemáticos. No entanto, o estudo de validação concorrente apontou que a AIMS é válida quando comparada a Bayley-III/MG e reprodutível, podendo ser utilizada como triagem do desenvolvimento motor grosso de crianças pré-termo, sendo o percentil 10 o ponto de corte mais adequado para avaliação de crianças com idade corrigida inferior a oito meses.
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Interação Mãe-Bebê e uso de Chupeta no Contexto do Nascimento Pré-termo: Cultura, Representações Sociais e Processos ProximaisDADALTO, E. C. V. 21 July 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-07-21 / Objetivo:Investigar a avaliação de mães derecém-nascidos pré-termo (RNPT) egressos de unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN) quanto à interação mãe-bebê e uso de chupeta nos primeiros dois anos. Método: O planejamento do estudo longitudinal foi baseado na Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano, com foco nos processos proximais (PP), utilizando entrevistas gravadas com 62 mães de RNPT no contexto da UTIN e 33 aos seis, 12, 18 e 24 meses de idade do bebê, considerando Grupo - A (chupeta) e Grupo - B (não usou chupeta). Resultados: A vivência em UTIN foi considerada evento impactante na vida das mães, mas expectativas futuras para a relação mãe-bebê foram positivas. A tentativa de oferta da chupeta foi 96,2% e seu uso aos seis meses foi 50% (n=52), significativamente associado com prematuridade pela relação peso/idade - gestacional (p-valor=0,044), dificuldades para estabelecer aleitamento materno exclusivo (AME) (p=0,012) e primiparidade (p=0,02). Apresentaram relação com menor frequência de chupeta: AME ≥3 meses (p=0,026) e tempo de aleitamento materno ≥6 meses. A chupeta configurou-se como uma das representações sociais sobre objetos de bebê, elaboradas pelas participantes aos 12 meses de idade do bebê. Características de temperamento calmo/tranquilo da mãe foram mais frequentes no Grupo - A e
o temperamento nervoso/agitado/irritado no Grupo - B (p-valor=0,041). No Grupo - A predominou o temperamento do bebê calmo/fácil - de - cuidar/independente, enquanto no Grupo - B as características de temperamento agitado/bagunceiro/teimoso/agressivo (p-valor=0,026), associado também à necessidade de várias tentativas de oferta da chupeta (p-valor=0,006). No Grupo - A, o número de pessoas para apoio social foi uma ou duas (77,8%), enquanto no Grupo - B foram três a sete (66,7%), p-valor=0,001. A contribuição da chupeta como auxiliar nos PP foi indiferente para mães que controlavam o hábito, enquanto o uso irrestrito facilitava a resolução do choro, liberando a mãe para outras tarefas, atuando como limitador dos PP. A análise da evolução e complexidade dos PP demonstrou não haver interferência pelo uso da chupeta, tendo sido mais efetivos quando as mães tinham maior escolaridade e nas classes econômicas A e B. Conclusão: Aspectos culturais influenciaram na oferta da chupeta, mas sua aceitação ocorreu principalmente em RNPT pequeno para idade gestacional, diante das dificuldades para AME, menor extensão do apoio social e temperamento do bebê calmo/fácil-de-cuidar/independente, também associado à aceitação mais fácil da chupeta. O uso irrestrito da chupeta demonstrou atuar como limitador dos processos proximais.
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Análise da Influência de Polimorfismos do Gene CYP1B1 Materno na Idade Gestacional de Nascimento: uma Correlação Clínica e MolecularSANTOS, J. A. 20 April 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-04-20 / Atualmente, tanto a prematuridade quanto nascimentos ocorridos no período pré-termo tardio e a termo inicial têm se destacado pela sua influência negativa na mortalidade e morbidade infantil. Vários fatores de risco têm sido associados à diminuição da idade gestacional de nascimento. Dentre os fatores de risco ambientais pode-se citar o cigarro, ingestão excessiva de álcool, etnia, peso e idade materna. Em relação aos fatores genéticos, polimorfismos genéticos envolvidos no estresse oxidativo e na metabolização de xenobióticos tem sido fortemente associados ao parto prematuro. Este é o caso do gene CYP1B1, que também desempenha um papel importante na síntese de estrogênio, um dos hormônios mais importantes na manutenção da gravidez. A ação da enzima CYP1B1 pode resultar na produção de compostos considerados reativos e carcinogênicos, devido à hidroxilação preferencial do 17β-estradiol na posição 4-hidroxi. Isto pode gerar estresse oxidativo, considerado um fator etiológico primário para o parto prematuro por poder causar um comprometimento na placenta. Os polimorfismos rs10012, rs1056827, rs1056836 foram selecionados para este trabalho estarem relacionados a variações na atividade desta enzima. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo investigar a possível influência destes polimorfismos, assim como de dados clínicos e de hábitos de vida maternos na idade gestacional de nascimento. Para isto, foi realizado um delineamento de coorte prospectivo com gestantes do Município de Santo Antônio de Jesus, no Estado da Bahia, Brasil. As mães foram acompanhadas durante a gestação, parto e puerpério entre os anos de 2009 e 2016. As características e hábitos maternos foram obtidas por meio de questionários padronizados. Foi realizado a genotipagem a partir de amostras de sangue das gestantes com ensaios TaqMan® pela técnica de Reação em Cadeira da Polimerase (PCR) em Tempo Real. Gestantes que realizaram o parto no período a termo inicial possuíam idade materna e o Índice de Massa Corporal (IMC) pré-gestacional médios maiores em comparação com as gestantes que tiveram parto nos períodos prematuro e a termo. Os intervalos de IMC pré-gestacional, etnia, hábito tabagista e etilista não demonstraram associação significativa com a idade gestacional de nascimento. Foi detectada uma correlação significativa entre o SNP rs1056836 e a idade materna e o IMC pré-gestacional. Nenhuma das demais variáveis analisadas demonstraram associação significativa com nenhum dos outros polimorfismos. Não foi detectada uma associação direta entre nenhum dos polimorfismos analisados e a idade gestacional de nascimento. A partir dos resultados obtidos por este trabalho, não se
pode descartar uma possível relação do gene CYP1B1 com a idade gestacional de nascimento. Trabalhos posteriores são necessários para analisar a possível associação destes polimorfismos com a idade gestacional de nascimento em outros grupos étnicos, além de realizar investigações mais abrangentes incluindo outros genes e polimorfismos, assim como fatores ambientais de risco para a prematuridade.
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Periodontite cronica, trabalho de parto e parto pre-termo em gestantes brasileirasPereira, Silvio Antonio dos Santos 05 May 2006 (has links)
Orientador: Paulo Cesar Giraldo, Ana Katherine S. Gonçalves / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-06T10:57:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2006 / Resumo: A prematuridade é responsável por altas taxas de morbimortalidade perinatal. Sabe-se que a infecção tem papel importante em relação à gestação com resultados adversos. Recentemente, atenção tem sido direcionada para a periodontite crônica (PC) como uma doença capaz de causar complicações na gravidez. O objetivo deste estudo foi investigar se existe associação entre PC e prematuridade e fatores associados em um grupo de gestantes brasileiras. Para investigar a presença de PC e trabalho de parto pré-termo (TPP) foram incluídas 124 gestantes em estudo de corte transversal, com idades entre 15 e 40 anos, sendo 68 com TPP e outras 56 em trabalho de parto a termo (TPT), atendidas nos serviços do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entre dezembro de 2003 e maio de 2005. Foram investigados os dados sociodemográficos, obstétricos, perinatais, bioquímicos e realizado exame periodontal no primeiro dia de puerpério. O diagnóstico da PC foi estabelecido analisando-se a profundidade à sondagem, perda de inserção clínica, sangramento gengival, placa bacteriana e cor gengival alterada. Realizou-se também coleta de 5ml de sangue periférico por ocasião da internação das pacientes, para identificação e quantificação de Proteína-C Reativa (PCR) e Proteínas de Choque Térmico (PCT) de 60KDa. A análise estatística usou os testes exato de Fisher ou x2 para as variáveis discretas, Mann-Whitney para as variáveis não-paramétricas e T Student para variáveis contínuas. O Odds Ratio (OR) foi calculado com intervalo de confiança de 95%. A análise estatística estabeleceu as razões de chance para as variáveis e estudo de regressão logística multivariada tipo stepwise e identificou fatores associados ao TPP e ao PPT. Os resultados mostraram que as gestantes com TPP apresentaram baixo nível de escolaridade (p=0,029) e número menor de consultas no pré-natal (p=0,0001) quando comparadas àquelas com TPT. Indicadores periodontais, como perda de inserção clínica e sangramento à sondagem, foram os mais observados no grupo de gestantes com TPP (p<0,0001 e p=0,012, respectivamente). A presença de PC elevou o risco para TPP (OR: 4,7 IC:95% 1,9-11,9), parto pré-termo (PPT) (OR: 4,9 IC:95% 1,9-12,8) e recém-nascido com baixo peso (<2.500g) (OR: 4,2 95% IC: 1,3-13,3). Das 124 gestantes, somente 118 participaram para identificar e quantificar os níveis de PCR e PCT de 60kDa (seis gestantes foram excluídas por problemas no processamento das amostras de sangue). Sessenta e quatro casos entraram em TPP e outras 54 em TPT. Dentre os casos em TPP, apenas 44 resultaram em PPT, tendo os restantes 20 casos evoluído para parto a termo (PAT). A PCR e PCT 60kDa foram analisadas por técnica de nefelometria e de ELISA respectivamente. Identificaram-se respectivamente 60,9% e 63,6% casos com PC no grupo de gestantes em TPP e PPT e apenas 27,8% e 35,1% no grupo com TPT e PAT. O TPP esteve fortemente associado com PC (OR=5,1 IC:95% 2,1-12,5), etnia branca (OR=2,6 IC:95% 1,0-6,4) e número de consultas no pré-natal menor que seis (OR=6,5 IC:95% 2,3-18,2). Da mesma forma o PPT também esteve associado com as mesmas variáveis. Não se encontraram associações significativas para idade, paridade, escolaridade, estado civil, PCR = 0,5mg/dL e PCT 60kDa = 3,125ng/mL, neste contingente de gestantes brasileiras. A periodontite crônica pode ser um fator importante a ser considerado nos casos de prematuridade, em determinados grupos de gestantes brasileiras / Abstract: The prematurity is responsible for high rates of morbi-mortality perinatal. It is well-known the important role of infecction to adverse pregnancy. Recently, more attention has been given to chronic periodontitis (CP), as an important factor to causing complications in pregnancy. The objective of this study was to investigate the possible association between CP, prematurity and associated factors in a group of Brazilian pregnant women. The presence of CP and prematurity were investigated in 124 women, age between 15 and 40 years old, being 68 women had preterm labor (PTL) and 56 had term labor (TL), attended at Women's Health Center of the State University of Campinas (Unicamp), Brazil, between December 2003 and May 2005. Sociodemographic, obstetric, perinatal, biochemical data and periodontal examination in the first day of puerperium were investigated. The diagnosis of CP was determined by probing pocket depth, clinical attachment loss, bleeding on probing, dental plaque and altereded gingival color. Five milliliter of blood sample was collected, in the moment of internation, to identify and quantify the Creactive protein (CRP) and heat-shock protein 60 kDa (Hsp 60). Statistical analysis used Fisher exact test or ?2 for the discret variables, Mann-Whitney for the non-parametric variables, and T Student for continued variables. Odds ratio was calculated with a 95% confidence interval. The statistical analysis established the odds ratio for variables and multivariate logistic regression model (stepwise) identified factors associated with PTL and preterm birth (PTB). The results showed that pregnant women with PTL presented low levels of schooling (p=0.029) and the lowest number of pre-natal appointments (p=0.0001) when compared to those with TL. Periodontal indicators, such as the clinical attachment loss and bleeding on probing were observed more frequently in the PTL group (p<0.0001 and p=0.012, respectively). The presence of CP increased the risk for PTL (OR: 4.7 95% CI: 1.9-11.9), PTB (OR: 4.9 95% CI: 1.9-12.8) and low birth weight (<2.500g) (OR: 4.2 95% CI: 1.3-13.3). From 124 pregnant women, only 118 participated to identify and quantify the levels of CRP and Hsp 60 kDa (6 pregnant women were excluded due problems in serum samples processing). Sixty four had PTL and others 54 had TL. From the PTL group, 44 had PTB and 20 outcomes to term birth (TB). The quantification of PCR was analysed by nephelometric method and HsP 60kDa by ELISA method. The presence of CP was 60.9% and 63.6% respectively in the groups of pregnant women with PTL and PTB and only 27.8% and 35.1% in the groups with TL and TB. The PTL was strongly associated with CP (OR=5.1 95% IC 2.1-12.5), white ethnicity (OR=2.6 95% IC 1.0-6.4), and < 6 prenatal appointments (OR=6.5 95% IC 2.3-18.2). At the same mean the PTB was associated with same variables. There is no association to age, parity, schooling, marital status, CRP =0.5mg/dL and Hsp 60kDa =3.125ng/mL, in this contingent of pregnant women. Chronic periodontitis can be an important factor to be considered in cases of prematurity, in some groups of Brazilian pregnant women / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Tocoginecologia
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