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Representações sociais de doença mental construídas por profissionais de saúde / Social representations of mental illness developed by health professionals

Dias, Francielle Xavier 22 December 2015 (has links)
A loucura teve sua representação elaborada historicamente e significada no contexto científico enquanto doença mental, possibilitando uma semiótica médica do diagnóstico, prognóstico e plano de tratamento. Diante disso, nesta pesquisa colocou-se o discurso sobre a doença mental no centro das investigações sobre os processos de interpretação e subjetivação, de sujeitos profissionais que lidam cotidianamente com o fenômeno. Nesse sentido, este trabalho objetivou investigar as representações sociais de profissionais de um serviço público de saúde mental sobre a doença mental, fundamentada no método de análise das representações sociais, segundo Moscovici (1978, 2004), Jodelet (2005a) e Jovchelovitch (1998). O contexto estudado foi um Centro de Atenção Psicossocial III no município de Ribeirão Preto, Brasil. É sabido que as representações de saúde e doença influenciam os paradigmas envolvidos nas práticas de diagnóstico e tratamento. Os procedimentos de coleta de dados contemplaram a observação participante e, a realização de entrevistas em profundidade, com roteiro temático. A escolha dos sujeitos (n=10) procurou contemplar a heterogeneidade do grupo estudado. As entrevistas foram analisadas de acordo com a técnica da análise de conteúdo (Bardin, 1979) e organizadas em categorias temáticas. Os resultados apontaram que as representações sociais dos profissionais foram construídas através da relação com os pares e a incorporação de novos conhecimentos. A doença mental permaneceu romantizada até o contato profissional com pacientes. A etiologia da doença mais aceita pelos profissionais foi a interacionista biopsicossocial. O discurso destes se diferencia dos leigos quanto às causas e melhores formas de tratamento, sendo que estas são idealizadas. As representações sociais dos profissionais compreendem a doença mental como algo imprevisível, incapacitante e permanente, sendo objetivada na imagem do deficiente como incapaz. Observou-se também que o paradigma psicossocial alimenta o discurso dos profissionais de saúde, mas ainda é um desafio para estes na prática. / The madness had its representation developed historically and signified in a scientific context as a mental illness, enabling medical semiotics of diagnosis, prognosis and treatment. Therefore, this research put this speech on mental illness at the center of investigations into the processes of interpretation and subjectivity of subject professionals who labor daily with the phenomenon. Therefore, this study aimed to investigate the social representations of professionals from a public mental health service about mental illness, based on the method of analysis of social representations, according to Moscovici (1978, 2004), Jodelet (2005a) and Jovchelovitch (1998). The context studied was a Centro de Atenção Psicossocial III in Ribeirão Preto, Brazil. It is well known that health and ilness influence paradigms involved in diagnosis and treatment practices. Data acquisition was made by observations and in-depth interviews. The subjects (n=10) were chosen in order to guarantee the heterogeneity of the group The interviews were analyzed according to the technique of content analysis (Bardin, 1979) and organized into thematic categories. Data analysis pointed that professional´s social representations were built by relationship with their peers and incorporation of new knowledges. Mental illness remained romanticized to the professional until it´s contact with patients. The etiology of the disease more accepted by professionals was the biopsychosocial interactional. Their vision regarding the causes and treatment of mental illness are different from ordinary people, but it remains idealized. The social representation of professionals comprehends mental illness as something unpredictable, disabling and permanent, objectified in the image of the poor and helpless. It was also observed that the psychosocial paradigm feeds the speech of health professionals, but it is still a challenge for these in practice.
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O idoso vivendo com HIV/AIDS: a sexualidade, as vulnerabilidades e os enfrentamentos na atenção básica / The elderly living with HIV/Aids: sexuality, vulnerability and challenges in primary health care

Alencar, Rúbia de Aguiar 02 October 2012 (has links)
O estudo teve como objetivo analisar as vulnerabilidades e os enfrentamentos dos idosos vivendo com HIV/Aids na atenção básica de saúde. Para realização da pesquisa, utilizou-se a abordagem qualitativa, tendo como referencial teórico a abordagem psicossocial e emancipatória, segundo o conceito de vulnerabilidade baseada nos direitos humanos. O estudo foi realizado no município de Botucatu, em todas as unidades de saúde que adotam a Estratégia Saúde da Família e no Hospital-dia HIV/Aids, da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista. Participaram do estudo 11 idosos vivendo com HIV que descobriram a doença após os 60 anos, 12 médicos e 11 enfermeiros que atuam na Estratégia Saúde da Família. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas analisadas de acordo com o referencial da Análise de Conteúdo de Bardin, mais especificamente, a Análise Temática. Buscando entender as razões que levaram os idosos a estarem em situação vulnerável à infecção pelo HIV, foram adotadas para análise as seguintes categorias: vulnerabilidade individual, vulnerabilidade social e vulnerabilidade programática. Foram encontradas como categorias empíricas: - Infecção e formas de contágio do HIV; - Enfrentando a soro positividade: o cotidiano dos idosos vivendo com HIV; - Acesso do idoso aos serviços de saúde x solicitação da sorologia para HIV; - Marcos da relação entre o profissional de saúde e o idoso; - Planejamento, compromisso e responsabilidade dos profissionais para com os idosos. A articulação das subcategorias que emergiram das categorias empíricas permitiu identificar duas categorias centrais: O viver com HIV/Aids e Diagnóstico Tardio. O conceito de vulnerabilidade no quadro dos direitos humanos possibilitou visualizar aspectos que podem contribuir para a emancipação psicossocial do idoso. Para isso, é necessário reconhecer o idoso como um sujeito cidadão, sujeito sexual e sujeito de direito, abordando esse idoso e compreendendo-o como sujeito do seu cotidiano e de direitos. Conclui-se que, enquanto os serviços de saúde não englobarem os idosos como sujeitos coautores das ações direcionadas à prevenção das DST/Aids, poucos serão os avanços na luta contra a epidemia. São necessários, portanto, esforços dos organismos de saúde, por meio de programas específicos, e dos profissionais de saúde, que devem buscar o olhar sobre o idoso, incluindo sua sexualidade, para que possam contribuir para uma melhor qualidade de vida deste segmento populacional. / The aim of this study was to analyze the vulnerability and challenges of the elderly living with HIV/Aids in primary health care. In order to conduct the research, we followed the qualitative approach, having as a theoretical reference the psychosocial and emancipatory approach according to the concept of vulnerability based on human rights. The study was performed in Botucatu at all health units that adopt the Family Health Strategy and at the partial hospitalization for HIV/Aids of São Paulo State University Medical School in Botucatu. 11 elderly people who were diagnosed with HIV after their 60th birthday, 12 physicians, and 11 nurses working at Family Health Strategy took part in the study. The data were obtained with semistructured interviews analyzed according to Bardins Content Analysis, more specifically Thematic Analysis. Seeking to understand the reasons that have made the elderly vulnerable to the HIV infection, we adopted for analysis the following categories: individual, social and programmatic vulnerability. We established as empirical categories: - HIV infection and forms of contagion; - Facing seropositivity: the daily life of the elderly living with HIV; - Access of the elderly to health services vs. request for HIV serology; - Milestones in the relationship between health professionals and the elderly; - Planning, commitment and responsibility of professionals towards the elderly. The articulation of the subcategories arising from the empirical categories enabled us to identify two central categories: Living with HIV/Aids and late diagnosis. The concept of vulnerability in the context of human rights enabled us to view aspects that can contribute to the psychosocial emancipation of the elderly. To that purpose, it is necessary to recognize the elderly as social, sexual, and rightful individuals, as actors of their lives and rights. In conclusion, unless health services engage the elderly in actions geared at the prevention of STD/AIDS, there will be few advances in the struggle against the epidemic. Therefore, health organizations, by means of specific programs, and health professionals, who have to take the elderly into consideration, including their sexuality, should strive to contribute to a better quality of life for this demographic.
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Avaliação de processos educativos formais para profissionais da área da saúde: revisão integrativa de literatura / Assessment of formal educational processes for health professionals: an integrative review of literature

Otrenti, Eloá 23 May 2011 (has links)
O aumento dos investimentos em processos educativos formais para profissionais trouxe consigo a necessidade de avaliar o efeito dessas atividades, seja sobre o trabalhador treinado, seja sobre a organização. Os instrumentos mais utilizados para avaliação aparentemente não estão atingindo os objetivos, e pouco contribuem para retroalimentar atividades educativas. Na área da saúde são realizados muitos treinamentos, no entanto, nem sempre são avaliados. Sendo assim, surgiu a necessidade de compreender mais sobre o tema e, assim, iniciar a construção de uma metodologia de avaliação capaz de mostrar as informações indispensáveis para retroalimentação dos programas e, por conseguinte, melhorar a prática assistencial que é a finalidade precípua das ações educativas na área da saúde. Assim, esse estudo teve como objetivos analisar a produção científica publicada sobre avaliação de processos educativos formais de profissionais da área da saúde e analisar as características dos instrumentos encontrados na revisão de literatura. Para isso, utilizamos a revisão integrativa, método pelo qual pesquisas primárias são analisadas para elaboração de uma síntese do conhecimento produzido sobre o tema investigado. Foram revisadas as bases de dados da BVS, Pubmed e Cochrane, no período de Janeiro de 2000 a Julho de 2010; a amostra final foi de 19 artigos científicos. Os resultados evidenciaram que não é utilizada uma metodologia validada e sistematizada para avaliar processos educativos formais, que o foco da avaliação é principalmente o aprendizado do participante, com pouca atenção ao processo de ensino e ao comportamento no cargo, sendo assim, ampliar os níveis de avaliação é essencial. Não basta olhar para a satisfação do treinando e a aquisição de conhecimento; também é importante conhecer o quanto esse novo conhecimento é aplicado no trabalho e o que isso impacta na instituição contratante e no usuário do sistema de saúde. A utilização dos resultados de avaliação apenas para captar se o treinando adquiriu algum conhecimento ou se ficou satisfeito com a ação também é um uso restrito das ferramentas de avaliação de processos educativos formais para profissionais. A ausência de avaliações pode reduzir o valor do treinamento que precisariam de alterações. / The increased investment in formal education processes for professionals has brought the need to assess the effect of these activities, the employee is trained, is about the organization. The most widely used instruments for assessing apparently are not reaching the goals, and contribute little to give feedback to educational activities. In the health area are conducted many training sessions, however, are not always evaluated. Thus, the need to understand more about the subject and thus initiate the building of an evaluation methodology capable of displaying the necessary information for feedback from the programs and therefore improve the care that is the primary aim of stock education in health. Thus, this study aims to examine the published scientific literature on evaluation of educational processes formal healthcare professionals and analyze the characteristics of the instruments found in the literature review. For this, we use an integrative review, a method by which primary research are analyzed for developing a synthesis of knowledge produced about a topic. We reviewed the databases of the VHL, Pubmed and Cochrane, in the period January 2000 to July 2010, the final sample of 19 scientific articles. The results showed that there is a validated methodology used to assess systematic and formal educational processes, the focus of the evaluation is primarily the learning of the participant, with little attention to teaching and behavior in office, thus, increase the levels of evaluation is essential. Do not just look for the satisfaction of training and knowledge acquisition, is also important to know how this new knowledge is applied at work and that this impacts on the contracting institution and the user of the health system. The use of evaluation results to capture only if the trainee has acquired some knowledge or if she was satisfied with the action is also limited use of evaluation tools for formal educational processes for professionals. The lack of assessment can reduce the amount of training they needed changes.
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As práticas de uso de plantas medicinais e fitoterápicos por trabalhadores de saúde na atenção básica / The practices of use of medicinal plants and phytotherapics by health workers in primary care

Silva, Jael Bernardes da 18 December 2012 (has links)
O objeto deste estudo centrou-se nas práticas de uso de plantas medicinais e fitoterápicos por trabalhadores de uma equipe de saúde da família. O uso de plantas pela população é tradicionalmente disseminado e oficialmente reconhecido pela OMS e pelo Ministério da Saúde. O processo de trabalho em saúde e as ações de cuidado efetivamente empreendidas pelos trabalhadores são influenciados pelas práticas de saúde, que são práticas sociais e que se conformam a partir de um contexto sócio-histórico-econômico-político. As práticas de uso de fitoterápicos, prática de saúde, são convergentes com os propósitos da estratégia saúde da família, uma vez que o projeto que deu origem ao Programa estudado foi proposto como instrumento para ampliar as ações de saúde, a fim de disponibilizar ao usuário um cuidado integral à sua saúde e promover o resgate e o fortalecimento do conhecimento popular. Assim, a fitoterapia emergiu como uma prática anti-hegemônica e encontra respaldo a nível federal na atual Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e no Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. O objetivo deste estudo foi analisar as práticas dos trabalhadores de saúde, relacionadas a políticas e programas que oferecem plantas medicinais e fitoterápicos no SUS com ênfase nos seus sentidos, significados e conhecimentos. A abordagem adotada foi qualitativa, com caráter exploratório-descritivo. Utilizaram-se várias técnicas de pesquisa e fontes de dados. A análise documental, entrevistas e observação participante foram os instrumentos que permitiram acessar o universo desejado. As fontes de dados documentais foram documentos municipais sobre o processo de implantação do Programa e instrumentos de gestão. A fase da observação participante envolveu 10 trabalhadores da equipe de saúde da família. As entrevistas semiestruturadas foram realizadas com três informantes-chave e oito trabalhadores. A coleta se deu no período de janeiro a junho de 2012. Os documentos e os registros das observações e das entrevistas foram submetidos à análise de conteúdo separadamente e, após esse momento, agrupados, o que levou a quatro temas: 1. O Programa de Fitoterapia em Campinas; 2. Os elementos que viabilizam a inclusão de fitoterápicos no processo de trabalho; 3. As práticas de uso de fitoterápicos e plantas medicinais: a população usuária e os trabalhadores e 4. Os sentidos e os significados do uso de plantas medicinais e fitoterápicos na percepção dos trabalhadores. Retomado o contexto em que a fitoterapia foi implantada e como atualmente vem sendo desenvolvida, foi possível perceber que a fitoterapia não faz parte da produção de cuidado realizada pelos trabalhadores da unidade pesquisada. No estudo, alguns possíveis motivos são elencados para entender essa situação, no entanto, entende-se que novos estudos devem ser realizados a fim de se aprofundarem as questões que envolvem a capilarização da fitoterapia entre os trabalhadores. Acredita-se que o esforço de continuar investindo no Programa de Fitoterapia e ainda a ampliação de suas ações no sentido de instrumentalizar os trabalhadores para a prática repercutirão como benefícios tanto para a comunidade quanto para o fortalecimento da rede em si e do programa / The object of this study focused on the practical use of medicinal plants and phytotherapics by workers of a family health team. The use of plants by population is traditionally disseminated and officially recognized by WHO and Ministry of Health. The work process in health and care actions effectively undertaken by workers are influenced by health practices, which are social practices that conform from a socio-economic-political-historical context. The practice of phytotherapics using, health practice, are convergent with the purposes of the family health strategy, since the project which led to the studied program was proposed as a tool to expand health actions in order to provide for the user an integral care for their health and promote the recovery and strengthening of popular knowledge. Thus, phytotherapy has emerged as an anti-hegemonic practice and finds support at the federal level in the current National Policy on Medicinal Plants and Phytotherapics and the Medicinal Plants and Phytotherapics National Program. The aim of this study was to analyze the practices of health workers, related to policies and programs that offer medicinal plants and phytotherapics in SUS with emphasis on their senses, meanings and knowledge. Was adopted a qualitative approach, with an exploratory-descriptive character. Various techniques for research and data sources have been used. The document analysis, interviews and participant observation were the instruments that enabled to access the desired universe. The documental data sources were county documents about the process of implementation of the Program and management tools. The phase of participant observation involved 10 workers of family health team. The semi-structured interviews were conducted with three key informants and eight workers. The collection took place from January to June 2012. The documents and records of observations and interviews were subjected to content analysis separately and, after that moment, grouped, which led to four themes: 1. The Phytotherapy Program in Campinas, 2. The elements that enable the inclusion of phytotherapics in the work process, 3. The practice of use of phytotherapics and medicinal plants: the user population and workers 4. Senses and meanings of the use of medicinal plants and phytotherapics on the workers perceptions. Retaking the context that phytotherapics has been deployed and how come developing actually, was possible to perceive that phytotherapics is not part of the production of care performed by workers of the unit searched. In the study, some possible reasons are listed to understand this situation, however, it is understood that further studies should be conducted to deepen the issues surrounding the capillarization of phytotherapy among workers. It is believed that the effort to continue investing in the Phytotherapy Program and further expanding its actions to equip workers to practice reverberate as benefits to the community and to strengthen the network and the program itself
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Gluconato de clorexidina como primeira opção de produto para higiene de mãos: revisão sistemática de literatura / Chlorhexidine gluconate as first option for hand hygiene: systematic review of literature.

Baraldi, Marcia Maria 06 June 2017 (has links)
Introdução: A prevenção de infecções relacionadas com a assistência à saúde (IRAS) é universalmente considerada relevante para os sistemas de saúde, pois afetam tanto os pacientes quanto os profissionais da assistência. As mãos dos profissionais constituem o elo importante na cadeia de transmissão de microrganismos entre o paciente colonizado e aquele que não tem tal status. A higienização das mãos (HM) é o meio mais efetivo para minimizar o risco de transmissão e envolve a escolha de um produto eficaz e bem aceito pelo profissional. Atualmente há indicação preferencial para o uso de produto alcoólico para HM para a maioria das situações. Entretanto, na prática, outros produtos germicidas também têm sido indicados. Entre eles, o gluconato de clorexidina (GCX), que é uma biguanida catiônica que tem sua atividade antimicrobiana atribuída à invasão na membrana e posterior ruptura das membranas citoplasmáticas, resultando na precipitação do conteúdo. O GCX tem sido utilizado em situações específicas, porém ainda sem evidências que justifiquem sua indicação prioritária. Objetivo: O objetivo deste estudo é selecionar e analisar as evidências científicas para fundamentar a indicação prioritária do uso de sabonete com GCX para HM na assistência à saúde. O estudo propõe como objetivos específicos identificar as evidências científicas disponíveis referentes a HM realizada com sabão contendo GCX quanto: a associação com a redução das IRAS, a relação do uso contínuo com a seleção de microrganismos resistentes a GCX e a relação com a saúde da pele das mãos dos profissionais. Método: Trata-se de um estudo de revisão sistemática, finalizada em abril de 2017, cujo método seguiu as recomendações do Instituto Joanna Briggs (JBI) e do Systematic Review and Meta-analysis Protocols (PRISMA-P) 2015. A aplicação da estratégia PICO buscou responder os objetivos específicos. Incluiu-se como base de dados para a pesquisa: Medline, Cinahl, Lilacs, Embase, Cochrane Library, Scopus, Web of Science, ProQuest, Google Scholar e Teses como literatura cinzenta, sem restrição de linguagem e publicadas a partir de 1985. A seleção dos artigos contou com dois revisores que utilizaram instrumentos de avaliação do JBI. Análise dos dados: Este estudo gerou três revisões, uma para cada pergunta de pesquisa. A revisão relacionada a transmissão de infecção incluiu 764 artigos, 40 para leitura integral e quatro estudos incluídos na revisão, 75% dos artigos com desenho quase-experimental, nenhum artigo foi excluído pelo instrumento de avaliação JBI. Os quatro artigos não mostraram diferença significativa de taxas de infecção quando relacionados ao uso do GCX. A revisão relacionada com a seleção de microrganismos resistentes a GCX incluiu 533 artigos, 27 foram para leitura integral e 12 artigos foram selecionados, dois dos quais foram excluídos ao serem avaliados pelos critérios JBI. Entre os 10 artigos, 60 % eram estudos descritivos. A análise dos resultados dos 10 estudos científicos mostra que três não relacionam o uso do GCX com a seleção de microrganismos resistentes enquanto sete estudos sugerem que o uso contínuo pode selecionar microrganismos resistentes a este princípio ativo. A revisão relacionada com a aceitação dermatológica captou 611 artigos, 27 para leitura integral e oito artigos foram selecionados, dos quais 75% eram estudos experimentais. O estudo E6 foi excluído por não atender questão eliminatória do instrumento JBI. A análise dos resultados dos sete estudos sugere que o uso do GCX está associado à maior número de eventos de reação de pele. Conclusão: o uso do GCX para HM não mostrou impacto na redução das IRAS. Os dados sugerem que o uso indevido ou prolongado pode selecionar microrganismos resistentes à GCX e a aplicação do produto está relacionada a eventos de pele, o que pode impactar nas taxas de adesão de HM. / Introduction: The prevention of health care-related infections (HCI) is universally considered relevant for health systems, as they affect both patients and healthcare workers (HCW). In the chain of microorganism transmission the hands of HCW are an important link between the colonized patient and the one who does not have such status. Hand hygiene (HH) is the most effective method to reduce the transmission risk of infection and it involves the selection of an effective product that is well accepted by the HCW. Currently, alcohol-based products are the preferred option for HH for most situations. In practice, however, a range of other microbial products have also been recommended. Among them chlorhexidine gluconate (CHG), a cationic biguanide that has its antimicrobial activity attributed to membrane invasion, and subsequent rupture of cytoplasmic membranes, resulting in precipitation of the content. CHG has been used in specific situations, but it still has no evidence to justify its preferred recommendation. Objective: The aim of this study is to recognize and to summarize scientific evidence to support preferred recommendation of the use of CHG-based soap for hand hygiene in healthcare. The study proposes specific objectives as to identify available scientific evidence regarding CHG-containing soap for HH and determine: its association with the reduction of health care-associated infections (HAIs) transmission, the association of the routine use of CHG and selection of CHG resistant strains, and the association of CHG-based hand washing as well the integrity of HCW hand skin. Method: This is a systematic review study accomplished in April 2017, which was based on the protocol of the Institute Joanna Briggs (JBI) and the recommendations from Systematic Review and Meta- analysis Protocols (PRISMA-P) 2015. PICO strategy was applied in order to address some specific objectives. The database for the research consisted of: Medline, Cinahl, Lilacs, Embase, Cochrane Library, Scopus, Web of Science, ProQuest, Scholar Google and Theses as gray literature without language restriction and published since 1985. The studies selection was carried out by two researchers who used assessment tools from the Institute Joanna Briggs. Data analysis: This study originated three distinct reviews aiming to answer three questions derived from the main research question. The first one, regarding infection transmission included 764 articles, 40 to be entirely read and four studies to be included in the review, 75% of articles with quasi-experimental design, no studies were excluded by JBI assessment instrument. Four articles did not show any significant difference in infection rates associated to the use of CHG. The revision regarding the selection of CHG-resistant microorganisms included 533 articles, 27 to be entirely read and 12 were selected, two of which were excluded after being assessed by JBI criteria. Among 10 articles, 60% were of descriptive studies. Analysis of outcomes of 10 scientific studies showed that three of them did not relate the continuous use of CHG with the selection of resistant microorganisms while seven suggest that long-term use may select resistant strains to this active ingredient. The last one, regarding dermatological acceptance included 611 articles, 27 to be entirely read and eight were selected, being 75% of experimental studies. Study E6 was excluded because it did not address the pré-defined elimination question of JBI instrument. The analysis of outcomes of seven studies suggests that the use of CHG is associated with the higher number of skin reaction events. Conclusion: the use of CHG for HH has not shown any impact on the reduction of IRAS. Data suggest that inappropriate or long-term use of it may select CHG-resistant strains and skin events have been more frequently related to its application when compared to other products, which may have an impact on HH adherence rates.
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Investigação da fadiga e/ou satisfação por compaixão em profissionais da saúde nas práticas de controle de infecções relacionadas à assistência à saúde / Investigation of fatigue and/or satisfaction compassion in health care professionals on the health care infection control practices

Souza, Claudia Gesserame Vidigal Mendes de 31 July 2015 (has links)
Introdução: Esta pesquisa é um recorte do projeto de pesquisa INVESTIGAÇÃO DAS DIFICULDADES HUMANAS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE NAS PRÁTICAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE. Parte da hipótese de que o sofrimento decorrente da condição que um profissional de assistência à saúde (PAS) tem de se envolver emocionalmente e afetivamente ao sofrimento e às dores dos pacientes a quem prestam assistência possa ser a principal causa da não adesão às práticas de controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) e a responsável por fazer com que eles se descuidem, colocando a vida do paciente e a deles própria em risco de morte uma vez que o sofrimento decorrente dessa condição interfere em seus trabalhos, aumentando a possibilidade de erros e de não adesão, colaborando, assim, para a sua transmissão. As manifestações decorrentes da condição de envolvimento emocional e afetivo de um PAS ao sofrimento e às dores de seus pacientes vêm recebendo diversas nomeações e definições, como Fadiga e/ou Satisfação por Compaixão. Objetivos: investigar: a) se PAS de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) apresentam sofrimento decorrente da condição de envolvimento emocional e afetivo ao sofrimento e às dores dos pacientes a quem prestam assistência, compreendido por um dos componentes da Fadiga por Compaixão, o Estresse Traumático Secundário; b) as compreensões dos PAS a respeito das dificuldades relacionadas às práticas de controle de IRAS, as percepções de suas próprias participações nas práticas de controle de IRAS, as suas sugestões para diminuição de taxas de IRAS e as observações livres a respeito da participação na pesquisa. Método: Trata-se de estudo clínico transversal. Foram incluídos PAS da área de enfermagem ou médicos, atuantes ou que tenham atuado em UTIs e que tenham compreendido e assinado o termo de consentimento livre e esclarecido. Para o primeiro objetivo foram incluídos 168 PAS e, para o segundo, 96. Foram utilizados ficha de dados sócio demográficos, ProQol-BR e entrevistas semi-dirigidas. Os dados sócio demográficos foram 9 analisados por recursos do programa Excel; os do ProQol-BR foram analisados conforme orientações de Stamm (2010) e análise estatística; e os das entrevistas analisados conforme método de análise de conteúdo. Resultados: A maioria (53,6%) dos PAS avaliados não apresentou sofrimento decorrente da condição de envolvimento emocional e afetivo ao sofrimento e às dores dos pacientes a quem prestam assistência, compreendido por Estresse Traumático Secundário. Os dados das entrevistas foram agrupados em fatores institucionais e subjetivos. As compreensões das dificuldades dos PAS envolveram ambos fatores, mas os subjetivos (52%) sobressaíram os institucionais. Sobre as percepções, tenderam a não assumir dificuldades, mas quando as assumiram, atribuíram mais a fatores subjetivos (66%) do que institucionais. As sugestões foram mais relacionadas a ações institucionais (89%). E as observações a respeito da pesquisa apontaram que, apesar de algumas críticas, a pesquisa foi bem vista e aceita. Conclusão: Essa pesquisa permitiu identificar que as dificuldades de adesão dos PAS avaliados às práticas de controle de IRAS não estão relacionadas a um sofrimento decorrente de um envolvimento emocional e afetivo ao sofrimento e às dores de seus pacientes, mas a uma falta de envolvimento / Introduction: This research is part of the research project INVESTIGATION OF HUMAN DIFFICULTIES OF HEALTH PERSONNEL IN HEALTH CARE INFECTION CONTROL PRACTICES. Started off the hypothesis that the suffering resulting from the condition that a health care professional has to be emotionally involved to the suffering and pain of patients whom they assist, may be the primary cause of non-adherence to infection control practices related to health care, and the responsible for making them neglect putting the patient´s and their own lives at risk of death since this interferes on their work, increasing the possibility of errors and nonadherence, thus contributing to its transmission. The manifestations resulting from the emotional involvement condition of a health care professional to the suffering and pain of their patients are receiving several nominations and definitions such as fatigue and / or compassion satisfaction. Objectives: investigate: a) if health professionals of intensive care units show suffering resulting from the emotional involvement condition to the suffering and pain of patients whom they assist, comprehended by one of the compassion fatigue components, the Secondary Traumatic Stress; b) the comprehensions of health professionals about the difficulties related to health care infection control practices, the perceptions of their own performances in health care infection control practices, their suggestions for reducing health care infections rates and their free observations about participation in the research. Method: this is a cross-sectional clinical study, conducted in four ICUs of Hospital das Clínicas, School of Medicine, University of São Paulo. The study included professionals in the nursing field or doctors whom are working or have worked in ICUs and whom have understood and signed the free and informed consent. Were included 168 professionals for the first objective and 96 for the second. The instruments used were sociodemographic data, ProQol-BR and semi-structured interviews. The sociodemographic data were analyzed by Excel program features, the ProQol-BR data were analyzed according to Stamm guidelines (2010) and statistical analysis and the interviews analyzed according to the method of content analysis. Results: Most (53.6%) of the professionals evaluated showed no suffering from the emotional involvement condition to suffering and pain of the patients whom they assist, comprehended by Secondary Traumatic Stress. Interview data were grouped into institutional and subjective factors. The professional´s comprehensions about the difficulties involved both factors, but subjective (52%) exceeded the institutional. About their perceptions, they tended not to recognize difficulties, but when recognized, they attributed it more to subjective factors (66%) than to institutional. The suggestions were more related to institutional actions (89%). And the free observations about the research showed that, despite some criticism, the research was well regarded and accepted. Conclusion: This study identified that the difficulties in health care infection control practices of the health professionals evaluated are not related to a suffering resulting from an emotional and involvement to the suffering and pain of their patients but a lack of involvement
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Redução de danos (RD): análise das concepções dos profissionais de um centro de atenção psicossocial álcool e outras drogas (CAPS-AD) / Harm Reduction: analysis of professional concepts of a Psychosocial Care Center Alcohol and Other Drugs.

Souza, Delza Rodrigues de 14 June 2013 (has links)
O objeto deste estudo é a concepção Redução de Danos, optou-se pelo estudo qualitativo, exploratório e de campo. O objetivo principal é identificar e analisar as concepções dos profissionais de um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas da cidade de São Paulo acerca da Redução de Danos. Foi desenvolvido com profissionais da equipe técnica de saúde mental e o coordenador do serviço. O marco conceitual teórico deste estudo é a Reforma Psiquiátrica e os pressupostos da Redução de Danos. Para a obtenção do material empírico a técnica empregada foi à entrevista semi-estruturada. Os instrumentos para coleta de dados contemplam a caracterização sociodemográfica dos colaboradores e um roteiro para entrevista que foi gravada. Os dados foram transcritos e analisados sob a luz do método Hermenêutico Dialético. Na análise emergiram quatro categorias: dificuldade em classificar a gravidade do consumo; a droga para encobrir as necessidades de grupos sociais desfavorecidos; a droga como necessidade de todas as classes nos tempos atuais e formas da RD de trabalhar com o consumo. O resultado aponta que para os sujeitos deste estudo a RD se posiciona como uma abordagem que se opõe ao modelo hegemônico de guerra as drogas e não parte do ponto único e exclusivo do uso de drogas como doença. Afirmam que a RD não é contra a abstinência e visa diminuir riscos e danos a saúde considerando todo o contexto, o desejo e as possibilidades de cada pessoa. Nesse sentido, amplia a oferta e as possibilidades de cuidados para as pessoas que fazem uso prejudicial dos diversos psicoativos. / The object of this study is the concept of Harm Reduction. It was opted to use a field research, with exploratory and qualitative approach. The main objective was to identify and analyze the views about Harm Reduction of professionals from a Psychosocial Care Center for Alcohol and Other Drugs in São Paulo. The study as developed throughout all of the professional categories, e.g. higher-level, technical and coordinators of the staff. The theoretical framework of this study is the Psychiatric Reform and the assumptions of Harm Reduction. To obtain the empirical data, it were used semi-structured interviews as technique. The instruments for data collection include the sociodemographic characteristics of the members of the staff and a guide for the interviews, which were recorded. Data was transcribed and analyzed under the view of the Hermeneutic Dialectic method. In the analysis, four categories emerged: e.g. difficulties in classifying the severity of consumption; drugs as a way to cover the needs of disadvantaged groups; drugs as a need for all classes in the current times and ways of working with Harm Reduction and the consumption. The result shows that for the subjects in this study the Harm Reduction stands as an approach that opposes the hegemonic model of the war on drugs and not part of the one and only point of drug use as a disease. Claim that the Harm Reduction is not against abstinence and aims to reduce health risks and damage considering the entire context, the desire and the possibilities of each person. In this sense, extends the offer and the possibilities of care for people who make use of the various harmful psychoactive.
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PREVALÊNCIA DE ACIDENTES COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO EM HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS DE PELOTAS

Primo, Luciene Smiths 30 April 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-22T17:26:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Luciene_Smiths_Primo.pdf: 231428 bytes, checksum: b56724f430de805565c8a99a26321e9e (MD5) Previous issue date: 2008-04-30 / This study investigated the occurrence of accidents with biological material among health care workers at the university hospitals in the city of Pelotas. A survey was carried out among 406 doctors, nurses, technicians or nurses assistants. After signing a document stating their consent, they answered a questionnaire. The prevalence of accidents last year was 18%. Forty percent of these cases were not reported. Doctors presented 76% more risks of having accidents when compared to technicians or nurses assistants (p=0.045). The risk in hospital B was twice higher than hospital A (PR=2,06 CI95% 1,30-3,27; p=0,002). The majority of accidents occurred with percutaneous exposure (60%), fingers being the body part most injured (47%), and the Surgical Center was the place where more accidents were reported (24%). This finding is in accordance with the fact that among the surgeous the prevalence of accidents was 48%. The prevalence of accidents during the professional lifetime was 64%. Thirty six percent of these cases were not reported. The factors related to accidents in the last year were young age, to work in hospital B and to be a medical doctor or nurse. The higher time in the function, not mattering age and hospital, was associated to accidents during the professional experience / Investigou-se a ocorrência de acidentes com material biológico entre profissionais dos Hospitais Universitários de Pelotas. A amostra incluiu 406 médicos, enfermeiros e técnicos e auxiliares de enfermagem que, após consentimento assinado, responderam um questionário aplicado por entrevistador. A prevalência de acidentes no último ano foi de 18%, dos quais 40% não foram notificados. Os médicos apresentaram risco 76% maior de acidentes quando comparados a técnicos e auxiliares de enfermagem (p=0,045). O hospital B apresentou risco duas vezes maior do que o hospital A (RP=2,06 IC95% 1,30-3,27; p=0,002). A maioria dos acidentes ocorreu com materiais pérfuro-cortantes (60%), os dedos foram a parte do corpo mais atingida (47%), o local mais freqüente foi o Centro Cirúrgico (24%), achado consistente com a proporção de acidentes entre cirurgiões (48%). A prevalência de acidentes durante a vida profissional foi de 64%, dos quais 36% não foram notificados. Os fatores associados a acidentes no último ano foram a menor idade, trabalhar no hospital B e ser médico ou enfermeiro, e, para acidentes na vida, o maior tempo de função, independente da idade e do hospital
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Percepção dos servidores do pronto socorro do hospital geral de palmas sobre seus afastamentos e suas implicações na prática profissional

Barboza, Elisana Ligia Garcia 14 November 2017 (has links)
No final do século XX, as condições de ambiente, saúde e segurança no trabalho passam a ser compreendidas como garantias essenciais para a qualidade de vida dos indivíduos e direito à cidadania. Esta pesquisa de natureza qualitativa, descritiva e analítica, tem como objetivo analisar a percepção que os profissionais da saúde do Pronto Socorro do HGP têm sobre seus afastamentos e suas implicações para prática profissional. Foram entrevistados 20 profissionais no Pronto Socorro do Hospital Geral de Palmas - TO, no período de novembro de 2016 a março de 2017. Como instrumento, foi utilizada uma entrevista semiestruturada contendo quinze questões abertas, bem como foi realizado um levantamento documental sobre o afastamento dos profissionais no período de 2014 e 2015, com objetivo de descrever as principais doenças motivadoras dos afastamentos. Observa-se que os profissionais da saúde do Pronto Socorro, percebem que seus afastamentos para tratamento da saúde estão relacionados com fatores do trabalho, bem como, visualizam as dificuldades que este afastamento traz para o serviço. Os resultados nos trazem inquietações, pois revelam questões que já vêm sendo estudadas há vários anos, sobre a saúde do trabalhador. Neste sentido, faz-se necessário revisar o conceito e a prática do trabalho, no que tange ao processo no atendimento em saúde, de saúde do trabalhador, e sobretudo do trabalhador em saúde, profissional, est / At the end of the twentieth century the conditions of environment, health and safety at work come to be understood as essential guarantees for the quality of life of individuals and the right to citizenship. This qualitative, descriptive and analytical research aims at analyzing the perception that health professionals of HGP 's Emergency Room have about their departures and their implications for professional practice. Twenty professionals were interviewed in the Emergency Room of the General Hospital of Palmas - TO, from November 2016 to March 2017. As a tool, a semi-structured interview containing fifteen open questions was used, as well as a documentary survey on the removal of professionals in the period of 2014 and 2015, with the objective of describing the main diseases motivating the removals. It is observed that the emergency medical professionals perceive that their distances to health care are related to work factors, as well as, they visualize the difficulties that this separation brings to the service. The results bring us concerns, as they reveal issues that have been studied for several years about worker health. In this sense, it is necessary to review the concept and practice of work, regarding the process in health care, worker health, and especially the health worker, who must be healthy to take care of his health and the health of others.
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Estratégia Saúde da Família: compreensão do profissional de saúde sobre seu processo de trabalho no município de Porto Nacional-TO

Fabris, Aline da Silveira Gonçalves 24 November 2017 (has links)
Introdução: O trabalho em saúde é reconhecido como uma prática coletiva que tem como finalidade a promoção da saúde das pessoas, sua família e comunidade, bem como a relação entre os profissionais nos serviços de saúde e sociedade, a qual é permeada por ações técnicas e interpessoais. Este estudo tem a intenção de contribuir para que se amplie o corpo de conhecimento acerca do processo de cuidar e da saúde, na esfera do trabalho, segundo a ótica da equipe Estratégia Saúde da Família, considerando seus referenciais biopsicossociais. Objetivo: Compreender como o profissional de saúde da equipe Estratégia Saúde da Família entende seu processo de trabalho, no município de Porto Nacional – TO. Metodologia: Tratou-se de uma pesquisa qualitativa do tipo exploratório-descritiva, onde utilizou-se o método de análise de conteúdo para a análise dos dados. Os dados foram coletados seguindo um roteiro de entrevista semiestruturado. Resultados e Discussão: Os profissionais compreendem o trabalho que realizam como de suma importância para a comunidade e apresentam satisfação em realizar o trabalho em saúde. Relatam que as maiores dificuldades para a realização do trabalho estão relacionadas à ausência de material físico e humano de investimentos no processo de educação permanente em saúde, mas, buscam produzir seu trabalho enfrentando as dificuldades, visando não deixar o usuário sem atendimento. Conclusão: Compreendeu-se que os profissionais de saúde desta pesquisa sentem-se comprometidos com o seu trabalho. Percebem a importância do seu fazer, para o processo de educação e promoção da saúde dos usuários, e reconhecem que as atividades desenvolvidas, possibilitam a melhora da situação em saúde da comunidade. Considerações Finais: Acredita-se que a compreensão sobre o processo de trabalho visa articular a discussão acerca do trabalho em saúde, visto como uma atividade complexa e que requer avaliações que possibilitem ampliar a melhora da qualidade de serviço prestada aos usuários do Serviço Único de Saúde. / Introduction: Health work is recognized as a collective practice aimed at promoting the health of people, their families and communities, as well as the relationship between professionals in health services and society, which is permeated by technical and interpersonal skills. This study intends to contribute to expand the body of knowledge about the process of caring and health, in the sphere of work, according to the perspective of the Family Health Strategy team, considering their biopsychosocial frameworks. Objective: Understanding how the health professional of the Family Health Strategy team understands their work process in the municipality of Porto Nacional – TO. Methodology: This was a qualitative research of the exploratory-descriptive type, where the content analysis method was used to analyze the data. Data were collected following a semi-structured interview script. Results and Discussion: Professionals understand the work they perform as of paramount importance to the community and present satisfaction in performing health work. They report that the greatest difficulties for the accomplishment of the work are related to the absence of physical and human material of investments in the process of permanent education in health, but, they seek to produce their work facing the difficulties, aiming not to leave the user without care. Conclusion: It was understood that the health professionals of this research feel committed to their work. They perceive the importance of their doing, to the process of education and health promotion of the users, and recognize that the activities developed, enable the improvement of the health situation of the community. Final Considerations: It is believed that the understanding about the work process aims to articulate the discussion about health work, as a complex activity and that requires evaluations that enable to improve the quality of service provided to the users of the Single Health Service.

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