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Sentidos de família construídos por profissionais de saúde na estratégia de saúde da família / Family meanings constructed by health professionals in the Brazilian Family Health StrategyLuiza Campos Menezes 19 February 2016 (has links)
Na construção de políticas sociais atribuiu-se um papel central à família na proteção social e no cuidado com os seus membros. Na saúde, a família assume essa centralidade na Estratégia de Saúde da Família (ESF), sendo compreendida como objeto da atenção em saúde. Essa centralidade se deu a partir de uma pretensão de mudança no modelo assistencial que visasse a integralidade do cuidado e um olhar para as condições de vida como fundamentais no processo saúde-doença. Tais transformações nos sentidos e práticas de saúde têm sido desafiadoras. A partir da perspectiva Construcionista Social, que orienta esse estudo, compreendemos que os sentidos são construídos nas interações entre as pessoas e que esses configuram práticas sociais. Diante deste quadro de desafios na ESF e a partir da perspectiva adotada, temos como objetivo compreender os sentidos produzidos por profissionais de equipes de saúde sobre famílias em contextos de reuniões de discussão de família/caso na ESF, buscando analisar como esses configuram a produção de práticas de cuidado e também como se dá a dinâmica de construção desses sentidos a partir das negociações entre os participantes. A constituição do corpus foi feita a partir da observação e registros em áudio de 16 reuniões de duas equipes de saúde da família, contando com 26 participantes, dentre eles profissionais e estagiários de diferentes especialidades. A análise foi feita a partir da perspectiva das práticas discursivas, com os seguintes passos: 1) transcrição do material; 2) leitura intensiva e organização do material; 3) construção de sentidos sobre a família, e análise dos repertórios interpretativos, discursos usados, e implicações para ação; e 4) narrativa ilustrativa da dinâmica dos sentidos. Os sentidos construídos na análise foram: a) Família como pessoas que moram juntas: os repertórios usados descreviam os modos de ser família a partir do ambiente em que ela vive, entendendo a família como informante e cuidadora dos seus membros; b) Família como responsável pelo cuidado: repertórios de família como aquela que dá suporte aos seus membros e é responsável por eles; e, por vezes, está sobrecarregada com esses cuidados; c) Família como problema: repertórios que configuravam a família como aquela que é responsável pelo problema de saúde dos seus membros, como aquela que funciona como um estressor para eles ou como aquela que está em situação de risco; e d) Família como rede de relações, sentido que foi usado, mais comumente, em conversas sobre casos complexos, com discussões voltadas para configurações, estruturas e dinâmicas familiares. A partir da análise do processo de discussão da equipe em torno de um \"caso\", foi possível ilustrar o dinamismo desses sentidos nas conversas e como esses são negociados a todo momento. A análise nos permite considerar que há esforços dos profissionais em voltar a atenção do cuidado para a família, porém ainda são comuns práticas centradas no indivíduo e pouco pautadas no contexto e nas condições de vida das famílias. Compreendemos que dar visibilidade a esses diferentes sentidos e seu uso permite reflexões sobre como cada forma de descrever as famílias possibilita a construção de práticas distintas, o que pode contribuir para uma maior reflexão dos profissionais de saúde sobre sua prática cotidiana (Apoio Capes e Fapesp- 2014/08618-6). / In constructing social policies, a central role has been assigned to the family regarding its social protection and care for its members. In Health, the family assumes such centrality in the Brazilian Family Health Strategy (FHS), being understood as a health care object. This centrality is given from an intention of changing the health care model, which should aim integrality of care and a look at/attention towards the living conditions as fundamental in the health-illness process. But the changes in the meanings and health practices have been challenging. From the social constructionist perspective, which guides this study, we understand that the meanings are built in interactions among people and that such constitute social practices. Given these elements - challenges in the FHS and the said perspective - we aim to understand the meanings produced by health team professionals about families in contexts of FHS family discussion meetings. We seek to analyze how these meanings shape the production of care practices and also how these senses are dynamically constructed from the negotiations among participants. The corpus construction was structured from observation and audio records from 16 FHS teams meetings, with 26 participants, including professionals and trainees from different specialties. The analysis was based on the discursive practices perspective, with the following steps: 1) material transcription; 2) intensive reading and material organization; 3) construction of meanings about family, and analysis of interpretative repertoires, discourse use, and implications for action; and 4) illustrative narrative of meanings dynamics. Meanings constructed in the analysis were: a) family as people who live together: the repertoires described the ways of being family considering the environment they live, understanding family as informant and caregiver of its members; b) family as responsible for care: Family repertoires as that which supports its members and holds accountability for them; also, sometimes becomes overloaded with such stewardship; c) Family as problem: repertoire that conceived family as being responsible for members\' health problems, acting as a stressor to them or as one that is at risk; d) Family as relationships network, meaning more commonly attributed in conversations about complex cases, with discussions oriented to settings, structures and family dynamics. From the analysis of a team discussion process on one \"case\", it was possible to illustrate the dynamism of these senses in conversations and how they are negotiated at all times. The analysis demonstrates that professionals endeavor to turn their efforts towards the family, but practices are still commonly centered on the individual and less grounded in context and living conditions of families. We understand that giving visibility to these different senses and their use allows reflections on how each way of describing families allows the construction of different practices, potentially contributing to greater reflection of health professionals about their daily practice (Support Capes and FAPESP- 2014 / 08618-6).
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Avaliação da percepção de profissionais de saúde sobre maconha / Evaluation of the perception of health care professionals about marijuanaPatricia Cruz Furtado de Melo 09 November 2012 (has links)
Este estudo teve como objetivo comparar padrões de percepções e de conhecimento sobre maconha em profissionais da área da saúde mental (psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e enfermeiros) em três instituições de diferentes perfis: Hospital Nossa Senhora de Fátima (Hospital filantrópico filiado ao SUS), CAPS-AD (Serviço especializado no atendimento de álcool e drogas do SUS) e Hospital das Clinicas - Instituto de Psiquiatria (Serviço acadêmico e assistencial). Setenta profissionais foram avaliados através de um questionário elaborado pelos pesquisadores composto de trinta e uma afirmativas. Dentre os resultados obtidos, observou-se que os psiquiatras tendem a discordar mais que os outros profissionais quanto à necessidade de tratamento para uso de maconha e que a maconha traz prejuízos cognitivos. Os profissionais do hospital Nossa Senhora de Fátima apresentaram uma percepção mais a favor da proibição da maconha e valorizam mais os possíveis prejuízos associados ao uso comparados aos profissionais das outras duas instituições. Conclui-se que a percepção dos profissionais varia de acordo com a profissão e local de trabalho. / The aim of this study was to compare mental health professionals - psychiatrists, psychologists, social workers, occupational therapists and nurses - perception and knowledge standards on marijuana in three institutions with different profiles: Nossa Senhora de Fátima Hospital (Philanthropic Hospital affiliated to SUS), CAPS-AD (service specialized on treating drugs and alcohol dependents - SUS) and the Institute of Psychiatry at the Clinics Hospital (academic and assistance service). Seventy professionals were evaluated through questionnaire developed by the researchers that contains thirty one affirmatives. As part of the results, it was noticeable that the psychiatrists disagreed more often than other health professionals on the need to treat marijuana use and the idea that it causes cognitive damages. The professionals at Nossa Senhora de Fátima Hospital were more in favor of the prohibition of marijuana use and value more the possible damages associated with its use when compared to professionals of the other two institutions. The conclusion is that the perception may vary according to the profession and work place.
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Violência doméstica e mudança de crenças: intervenção com profissionais da atenção primária à saúdeBrum, Camila Resende Soares 24 October 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-10-24 / A presente pesquisa teve como objetivo principal investigar as crenças e atitudes dos profissionais da Atenção Primária à Saúde em relação à violência doméstica, antes e após a metodologia de intervenção, verificando possíveis mudanças. Participaram da pesquisa, 65 profissionais que responderam a um questionário auto-aplicável, estruturado, individual e anônimo. O instrumento foi aplicado antes e após uma capacitação conceitual sobre violência doméstica, com o intuito de analisar possíveis mudanças a partir desse tipo de intervenção. Os dados foram analisados através do programa SPSS, teste de significância McNemar. Os resultados indicaram algumas mudanças de crenças significativas a partir da intervenção proposta quanto à forma do profissional da Atenção Primária à Saúde lidar com vítimas de violência doméstica, o papel do profissional da atenção primária em detectar pacientes com problemas relacionados à violência doméstica, quanto ao interesse profissional sobre o padrão, os riscos de saúde relacionados e o aconselhamento para diminuir ou pará-la. Os dados não indicam mudanças em relação à confiança que os profissionais sentem na sua habilidade para lidar com a questão. / This research was focused on investigating the Primary Health Care providers' beliefs and attitudes towards domestic violence issues, before and after the intervention methodology, checking possible changes. The research involved 65 professionals who responded a self-administered, pre-formatted and anonymous questionnaire. In order to examine possible changes that resulted from this type of intervention, the instrument was administered before and after a conceptual training on domestic violence. Data was analyzed using SPSS, McNemar test of significance. The results from the proposed intervention showed some significant changes in the Primary Health Care providers' beliefs as to how to deal with victims of domestic violence, as well as in the role the Primary Health Care provider plays when detecting patients with domestic violencerelated problems, and in the providers' relation to the professional standards, health risks and counseling skills used to diminish or stop it. The data did not indicate changes in the level of confidence that providers have in their ability to deal with the issue.
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Ele só chega nas últimas, quando não tem mais jeito : atenção à sexualidade e à saúde reprodutiva dos homens nos discursos de profissionais do Programa Saúde da Família em RecifeCristina Nunes Simião, Fernanda 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Essa pesquisa teve como objetivo compreender o que os profissionais de saúde do Programa
Saúde da Família (PSF) de Recife dizem acerca da atenção à sexualidade e à saúde
reprodutiva dos homens, a partir da análise do processo de construção de argumentos e das
suas funções. Identificamos nos discursos das profissionais de saúde: como elas descrevem
os homens em relação à atenção à sexualidade e à saúde reprodutiva; quais as explicações
dadas por elas a esse comportamento masculino; e quais ações são realizadas/idealizadas a
partir dessas descrições e explicações. Consideramos como base da relação entre os homens
e os serviços de saúde o modelo de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), que
propõe ações de prevenção e promoção à saúde, por meio das estratégias PSF e Programa
de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), cujos propósitos permitem uma maior
aproximação entre os profissionais de saúde e a população. Trata-se de uma pesquisa
qualitativa, fundamentada nos pressupostos do construcionismo social e na abordagem
teórico-metodológica da Psicologia Social Discursiva, representada por autores como
Jonathan Potter e Margareth Wetherell (1987) e Michael Billig (2008). O material analisado
foi construído em um estudo de uma organização não-governamental (ONG), que contou
com a participação de sete profissionais de saúde de nível superior (três enfermeiras, duas
dentistas, uma médica e um enfermeiro) e dezoito agentes comunitárias de saúde (ACS) de
duas Unidades Saúde da Família (USF) da Região Político-Administrativa II (RPA II) da cidade
de Recife. Os instrumentos utilizados foram sete entrevistas semi-estruturadas, realizadas
com as profissionais de saúde de nível superior, e dois grupos focais, realizados com as ACS.
Todo o material foi audiogravado e transcrito minuciosamente. Não encontramos diferenças
significativas nos discursos dos dois grupos de participantes nem entre os dois tipos de
procedimentos metodológicos. A partir da análise desse material, pudemos compreender
que os argumentos construídos pelas profissionais de saúde, tanto as de nível superior,
quanto as ACS, associam a mulher ao cuidado e o homem à despreocupação/desleixo com a
saúde. Essas profissionais de saúde reproduzem em seus discursos o modelo de
masculinidade tradicional e o utilizam para explicar porque os homens frequentam menos os
serviços de saúde: não gostam de se expor, não cuidam de si, são os provedores da família,
entre outras explicações. Assim, justificam as diferenças entre homens e mulheres por meio
de explicações de ordem psico-sócio-cultural: o homem é mais fechado e a mulher é mais
aberta , o homem é o provedor e a mulher é a responsável pelo lar; explicações de ordem
socioeconômica: o homem não tem tempo porque precisa trabalhar e a mulher tem mais
tempo disponível porque fica em casa cuidando dos filhos; e explicações de ordem biológica:
as mulheres adoecem mais. Os argumentos construídos pelas profissionais de saúde
evidenciam dois pólos, homem mulher, fortemente caracterizados pelas diferenças de
gênero, com a naturalização dos comportamentos e posturas, como também expressam as
implicações da cultura e das demandas do mundo do trabalho nos sujeitos sociais. No que se
refere às ações em saúde, compreendemos que as ações desenvolvidas por essas
profissionais caracterizam-se pelo foco na doença, o que contrasta com a proposta do
modelo assistencial da atenção básica, que prioriza as ações de prevenção e promoção da
saúde
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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE MÉDICOS E ENFERMEIROS SOBRE DISTANÁSIA EM UTI / SOCIAL REPRESENTATIONS OF PHYSICIANS AND NURSES ABOUT DYSTHANASIA IN AN ICUBertolino, Karla Cristiane Oliveira 11 December 2009 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research aimed to understand the social representations of physicians and nurses about excessive investment related to the terminal patient during the health care process in an Adult ICU. The specific aims of such project were to describe how physicians and nurses
mean the end of life and the excessive investment regarding the terminal patient, to investigate how such professionals evaluate their academic learning process concerning health care during the dying process, and to identify reactions and feelings of physicians and nurses
related to the death of the terminal patient. It consisted of a qualitative, exploratory/descriptive research, founded on Social Representations Theory. Data collection
techniques consisted on focused interviews and participant observations. Analysis was based on content analysis. The ethical principles were respected, so that the participants rights were preserved, and an Informed Consent Document was signed as a condition to participate in the research. Among the results, it was possible to observe that physicians and nurses build their social representations about dysthanasia in the ICU under the influence of several factors, having as a starting point the absence of teaching and preparation to deal with death in the hospital context during undergraduate studies and medical residency, as well as the complexity of the daily contact with death and the dying process, together with feelings and defense mechanisms, spirituality and religiosity. Moreover, there are assertions that
dysthanasia really happens, the firm pleads of the family of the terminal patient admitted in an ICU, the great complexity of decision making, that begins before admission of the patient in the ICU, decisions whether to invest on the patient or not, and the criteria used to decide when to stop investing, the role of the health professionals team on decision making, the enormous
preoccupations concerning ethical and legal repercussions related to the decisions made as concerns the Code of Professional Ethics and the Brazilian Law, besides absences and euphemisms employed when registering the diagnosis, prognosis and care offered to the terminal patient, and last, the expectation of a dignified death as concerns the professional himself and the family, wishing to die at home, together with the family, having accepted the end of life. This study concludes that there are urgent needs of improvement regarding multiple aspects related to death: its approach during undergraduate studies and residency; adequate communication among professionals during decision making process and during the
professional activities in the ICU, the ponderation between the wishes of the family and the real possibilities of survival of the patient. It is important to consider the situation of the patient and think that, concerning a hypothetical end of life, everything the professional dispenses to the patient in an ICU is solely what he would not desire as a dignified death, for
himself or his family members. / Esta pesquisa objetivou compreender as representações sociais de médicos e enfermeiros acerca do investimento excessivo no paciente terminal durante o processo de
cuidar em uma UTI Adulto. Os objetivos específicos visaram descrever como médicos e enfermeiros significam terminalidade de vida e o investimento excessivo no paciente
terminal; investigar como estes profissionais avaliam a sua formação acadêmica face ao cuidado no processo de morrer; e identificar reações e sentimentos de médicos e enfermeiros
frente à morte do paciente. Constou de uma pesquisa qualitativa, exploratório-descritiva, fundamentada na Teoria das Representações Sociais. As técnicas de coletas de dados foram a entrevista focalizada e a observação participante. O processo de análise foi embasado na análise de conteúdo. Os princípios éticos foram respeitados, de forma a proteger todos os direitos dos participantes, com formalização da participação por meio de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Dentre os resultados, observou-se que os médicos e enfermeiros constroem as suas representações sociais sobre a distanásia em UTI sob influência de múltiplos fatores, partindo da ausência do ensino e preparação para lidar com a morte no cotidiano hospitalar durante a graduação e a residência médica; a complexidade da convivência cotidiana com a morte e o processo de morrer, juntamente com os sentimentos e mecanismos de defesa; a espiritualidade e a religiosidade; as afirmações de que a distanásia realmente acontece; os pedidos obstinados da família do paciente terminal internado na UTI; as grandes complexidades das tomadas de decisão, que se iniciam desde antes da admissão do paciente na UTI, passando pelas dúvidas em relação ao investimento, ou não, no mesmo e nos
critérios utilizados para se saber até onde investir; o papel da equipe nas tomadas de decisão; o enorme receio das repercussões éticas e legais em relação às decisões tomadas, no que se refere aos códigos de ética profissional e o Código Penal brasileiro, além das ausências e eufemismos empregados nos registros de diagnóstico, prognóstico e cuidado ofertado ao enfermo terminal; e, por fim, os anseios de boa morte para o próprio profissional e seus familiares, com desejos de falecer em casa, junto com a família, como forma de aceitação da
sua finitude. Concluiu-se, neste estudo, que existem necessidades de aperfeiçoamento no que tange a múltiplos aspectos referentes à morte: sua abordagem, na graduação e residência; comunicação adequada entre os profissionais durante os processos decisórios e durante o trabalho na UTI; a ponderação entre os desejos da família e as reais possibilidades de sobrevivência do doente. É importante se colocar no lugar do doente e considerar que, em
uma hipotética terminalidade de vida, tudo o que o profissional dispensa ao paciente dentro de uma UTI é tão somente aquilo que não desejaria, como morte digna, para si ou familiares.
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Avaliação do conhecimento sobre terapia renal substitutiva dos profissionais de saúde e pacientes com doença renal crônica pré-dialítica das microrregiões de Juiz de Fora, São João Nepomuceno e Santos DumontSchreider, Alyne 05 August 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-08-05 / INTRODUÇÃO: A cidade de Juiz de Fora é o polo para terapia renal de substituição (TRS), atendendo a 37 cidades, abrangendo uma população de aproximadamente 837.991 habitantes. O histórico de pacientes em TRS, obtidos pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, tem demonstrado que o número de pacientes necessitando de tratamento dialítico aumenta a cada ano. Acreditamos, então, que uma das barreiras silenciosas para o pequeno percentual de pacientes em terapia renal substitutiva domiciliar é a falta de informação ou informação inadequada, dos profissionais de saúde e dos pacientes sobre TRS. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento sobre terapia renal substitutiva (TRS) em profissionais de saúde e pacientes e letramento em saúde em pacientes com doença renal crônica (DRC) não dialítica, das microrregiões de Juiz de Fora, São João Nepomuceno e Santos Dumont. PACIENTES E MÉTODOS: Estudo transversal realizado nas microrregiões de Juiz de Fora, São João Nepomuceno e Santos Dumont, no período de abril de 2014 a abril de 2015. A população estudada é composta por profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem), que trabalhavam nas unidades de pronto atendimento (UPA) e atenção primária à saúde (UAPS); e pacientes com doença renal crônica, estágios 3b, 4 e 5, atendidos no Centro HIPERDIA Minas, em Juiz de Fora. Estes profissionais de saúde foram entrevistados através de um questionário semiestruturado. Os pacientes foram entrevistados através de um questionário semiestruturado e foi avaliado o letramento em saúde dos mesmos, através do questionário SALPHA 18. Análise Estatística: Foi realizada uma análise descritiva quantitativa e qualitativa dos questionários citados. RESULTADOS: Foram entrevistados 75 profissionais de 8 municípios, a maioria desses profissionais da equipe de enfermagem. Destes, 70,7% trabalhavam na UAPS. Assim a frequência referida de atendimento de casos semelhantes ficou entre uma vez por mês e uma
vez a cada três meses. A maioria desses profissionais encaminhou o paciente para unidade hospitalar e indicou TRS. Vale ressaltar que a TRS mais indicada pelos médicos é a HD. Acrescenta-se ainda que mais de 90% dos profissionais, não médicos, desejam realizar treinamento/capacitação em nefrologia/TRS. Já em relação aos pacientes foram abordados e avaliados um total de 100 e a média de idade foi 68,2 ± 10,7 anos. A maioria dos entrevistados era homens, brancos, com apenas Ensino Fundamental e a categoria da DRC mais frequente foi 3b, desses 68% apresentaram letramento inadequado. Quando perguntados sobre já ter sido informados sobre diálise tem-se que 37,7% no estágio 3b, 60,6% no 4 e 66,7% no 5 disseram que sim; quanto as modalidades a maioria deles responderam que não sabiam os tipos existentes de TRS. A variável relacionada a “ter conhecimento sobre TRS” em um modelo de regressão logística foi apenas idade. CONCLUSÃO: Diante disso conclui-se que a minoria dos profissionais de saúde indicaria DP como primeira escolha. Em relação aos pacientes houve um baixo percentual de LS adequado e de conhecimento sobre TRS. Estes resultados sugerem que estratégias que melhorem o letramento em saúde e forneçam informações adequadas sobre TRS aos pacientes devem fazer parte do atendimento multiprofissional. / -
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Trabalho em equipe de saúde e de enfermagem: análise sistemática da literatura / Working in teams of health and nursing: systematic review of literatureBianca Canoletti 09 June 2008 (has links)
A ferramenta do trabalho em equipe é proposta para organizar o trabalho em saúde e enfermagem como maneira de se responder às mudanças do modelo de atenção à saúde e do paradigma da atenção à saúde mental. Reconhecendo sua importância no contexto atual, realizou-se uma revisão sistemática da literatura acerca do trabalho em equipe na saúde e na enfermagem, com o objetivo de identificar a produção e analisá-la criticamente, segundo a quantidade, cronologia, procedência de nacionalidade, instituição de origem e o tipo de pesquisa; referencial teórico-metodológico adotado; resultados e suas contribuições como base de conhecimento para a assistência e a gerência dos serviços de saúde. O referencial teórico utilizado foi o processo de trabalho, de Mendes-Gonçalves e Mehry, e o trabalho em equipe, de Peduzzi. Metodologicamente, o estudo seguiu o caminho da revisão sistemática, com a busca ativa de publicações em bancos de dados on line, através de descritores e palavras-chave relacionados ao trabalho em equipe. Embora a primeira busca tenha retornado uma grande quantidade de publicações (1837 artigos), após os diversos procedimentos para seleção da literatura pertinente, foram selecionadas 70 publicações. Os resultados mostram a dificuldade em pesquisar o tema nos bancos de dados, principalmente dada a ausência de definição dos termos trabalho em equipe e interdisciplinaridade; assim como a falta de rigor metodológico e conceitual das publicações. O trabalho em equipe é concebido como um processo grupal e interdisciplinar, no qual se observa sinergia positiva, coordenação, cooperação e responsabilidade coletiva, compartilhamento de objetivos comuns e interação entre os membros, possível através da comunicação. Os elementos identificados para caracterizar o trabalho em equipe, além daqueles (já) citados na concepção, incluem a autonomia profissional, a flexibilização da divisão do trabalho e a integralidade da atenção à saúde. A conclusão do estudo destaca a necessidade de aprofundamento de pesquisas teórico-empíricas sobre o tema para fundamentar sua abordagem teórica, e fornecer subsídios para a formulação de propostas que permitam melhorar a utilização prática do trabalho em equipe, assim como sua avaliação sistemática / The tool of work as a team is proposed to organize the work in health and nursing as a way to answer to the changes of the model of primary health care and the paradigm of attention to mental health. Recognizing its importance in the current context, took place a systematic review of literature about the work as a team in health and nursing, with the objective of identifying the production and look at it critically, according to the quantity, chronology, nationality, institution of origin and the type of search; reference theoretical and methodological adopted; results and their contributions as a basis of knowledge for the care and management of health services. The theoretical reference used was the work process based in Mendez-Gonçalvez and Mehry, and work in teams, based in Peduzzi. Methodologically, the study followed the path of systematic review, with the active search for publications in databases online through descriptors and keywords related to teamwork. Although the first search has returned a large number of publications (1837 articles), after the various procedures for selecting the relevant literature, were selected 70 publications. The results include the difficulty in researching the topic in databases, particularly given the lack of definition of terms and interdisciplinary work in teams, as well as the lack of methodological rigor and conceptual of the articles. The work in teams was designed as a group and interdisciplinary process, which says positive synergy, coordination, cooperation and collective responsibility, sharing common objectives and interaction between members, possible through communication. The elements identified to characterize the work as a team, beyond those cited in the design, include a professional autonomy, the division of labour flexibility and comprehensiveness of health care. The conclusion of the study highlights the need for deepening of theoretical and empirical research on the issue to justify its theoretical approach, and provide subsidies for the formulation of proposals to improve the practical use of the work as a team, as well as its systematic assessment
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Adaptação cultural da Mental Illness: Clinicians\' Attitudes Scale (MICA-4) para o português brasileiro / Cultural adaptation of Mental Illness: Clinicians\' Attitudes Scale (MICA-4) to Brazilian PortuguesePiotto, Raquel Helena Hernandez Fernandes 20 December 2018 (has links)
O estigma dos profissionais de saúde em relação às pessoas com transtornos mentais é um fenômeno que necessita ser alvo de estudo para que sejam realizadas reflexões e construções de estratégias de intervenções anti-estigma. Um dos métodos utilizados para a investigação do fenômeno é a utilização de escalas de mensuração de estigma. Nessa perspectiva, a escala Mental Illness: Clinicians\' Attitudes Scale, versão 4, MICA-4, foi utilizada em um projeto-piloto do Centre for Addiction and Mental Health da Universidade de Toronto, Canadá. Com o compromisso de reproduzir o projeto no Brasil, este estudo buscou adaptar culturamente a MICA-4 para o português brasileiro. Assim, foram realizadas as etapas do processo de adaptação cultural, sendo a primeira delas a tradução, a qual foi realizada por três tradutores. Dois dos tradutores conheciam os objetivos do estudo e o outro os desconhecia. A equipe de pesquisa analisou as três traduções e, com base nessa análise, obteve a Versão Português 4. Essa versão foi encaminhada para o Comitê de Juízes e o índice de concordância para modificações foi de 60%. Por conta desse baixo índice, a equipe de pesquisa manteve a Versão Português 4. Na etapa seguinte, Retrotradução, essa versão foi enviada para dois tradutores nativos de país de língua inglesa e que possuem bom conhecimento da língua portuguesa, originando duas versões em inglês. A equipe de pesquisa enviou para o autor a versão em inglês obtida por meio das comparações entre essas versões. O autor da MICA-4 sugeriu pequenos ajustes na referida versão, os quais não ocasionaram modificações na Versão Português 4. Após, seguiu-se com a fase do pré-teste, onde a Versão Português 4 foi aplicada em 40 profissionais de saúde de Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Saúde da Família do município de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo. A maioria dos participantes era do sexo feminino (87,5%), com média de idade de 45 anos e com formação como técnicos em enfermagem. Nesta fase, os profissionais de saúde sugeriram modificações em dois itens da escala (5 e 11) para melhor compreensão. A equipe de pesquisa acatou as sugestões, originando a Versão Português Final. Dessa forma, ficou demonstrado que este estudo buscou compreender de maneira profunda as considerações dos profissionais de saúde, com o objetivo de realizar rigorosamente o processo de Adaptação Cultural / The stigma of health professionals in relation to people with mental illness is a phenomenon that needs to be studied in order to reflect and construct strategies of antistigma interventions. One of the methods used to investigate the phenomenon is the use of stigma measurement scales. In this perspective, Mental Illness: Clinicians\' Attitudes Scale, version 4, MICA-4, was used in a pilot project of the Centre for Addiction and Mental Health of the University of Toronto, Canada. With the commitment to reproduce the project in Brazil, this study sought to adapt MICA-4 to Brazilian Portuguese. Thus, the stages of the process of cultural adaptation, were carried out, the first being the translation, which was carried out by three translators. Two of the translators knew the aims of the study and the other did not. The research team analyzed the three translations and, based on this analysis, obtained the Portuguese Version 4. This version was sent to the Judges Committee and the concordance index for modifications was 60%. Because of this low index, the research team maintained the Portuguese Version 4. In the following stage, Back-Translation, this version was sent to two native English-speaking translators who have a good knowledge of the Portuguese language, originating two English versions. The research team sent the author the English version obtained through the comparisons between these versions. The author of MICA-4 suggested small adjustments in the version, which did not cause modifications in the Portuguese Version 4. After, it was followed with the phase of the pre-test, where Portuguese Version 4 was applied in 40 health professionals of Basic Health Units and Family Health Units in the city of Ribeirão Preto, State of São Paulo. Most of the participants were female (87.5%), mean age 45 years old and with educational background as a nursing technician. At this stage, health professionals suggested modifications to two items on the scale (5 and 11) for the better understanding. The research team accepted the suggestions, originating the Portuguese Final Version. In this way, it was demonstrated that this study sought to understand health professionals\' considerations, in order to rigorously performing the process of Cultural Adaptation
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Entre o idealizado e o possível: limites da assistência ao parto no Centro de Parto Normal de uma maternidade pública / Between the idealized and the possible: the boundaries of the deliveries in a birth centerNunes, Michelly Christiny Marcondes 28 June 2011 (has links)
As transformações no modelo de assistência ao parto e nascimento e a criação de Centros de Parto Normal (CPN) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) remetem à importância de explorar a assistência ao parto neste contexto. O presente estudo teve o objetivo de compreender e descrever as crenças e os valores que norteiam as práticas dos profissionais em um CPN. Foi utilizada a abordagem qualitativa de pesquisa e o método etnográfico em um CPN de uma maternidade pública localizada na cidade de Osasco, Estado de São Paulo, Brasil. Os dados foram coletados por meio do processo de observação participante e de entrevistas etnográficas. Foram entrevistados todos os membros da equipe profissional, composta por enfermeiro obstetra, técnico de enfermagem, médico obstetra e médico neonatologista, que estavam diretamente envolvidos na assistência ao parto, e os gestores da instituição. A análise indutiva e interpretativa dos dados resultou em quatro subtemas culturais, que correspondem a cada uma das categorias profissionais: Enfermeira obstetra: Este CPN não é como deveria ser: inúmeros obstáculos dificultam a prestação da assistência humanizada ao parto; Técnicas de enfermagem: Fazendo o que é possível: satisfação com a assistência que é prestada mediante superação de muitas dificuldades; Médico obstetra: Um árduo cotidiano que impede o desenvolvimento da assistência desejada; Médico neonatologista: Dificuldades existem porque são comuns no serviço público, mas há satisfação em relação à assistência prestada no CPN. Destes subtemas culturais emergiu o tema cultural Entre o idealizado e o possível: os limites na assistência humanizada ao parto, que representa o cotidiano da assistência ao parto no CPN que foi foco desta pesquisa. As limitações para o desenvolvimento da assistência humanizada ao parto estavam relacionadas, não somente aos problemas relativos à precariedade da estrutura física e de recursos humanos ou aos déficits provocados pelo financiamento insuficiente da assistência ao parto. Estavam envolvidos também as crenças e os valores dos profissionais e o seu grau de envolvimento com a filosofia de humanização da assistência ao parto. Contatou-se que a efetivação da assistência humanizada ao parto, como preconizada pelos organismos nacionais e internacionais, depende da superação das inúmeras dificuldades descritas neste estudo. Um grande desafio deste âmbito está representado pela necessidade de articulação entre a grade curricular dos cursos da área da saúde com os fundamentos da Medicina Baseada em Evidências Científicas. Portanto, é de fundamental importância a existência de serviços exemplares, que prestam assistência humanizada ao parto, para os estudantes de graduação e para os profissionais. / The transformation in the model of childbirth assistance and the creation of Birth Centers within the Brazilian Unified Health System referred to the importance of exploring the delivery assistance. This study aimed to understand and describe the beliefs and values that guide the practice of professionals in a Birth Center. We used a qualitative research approach and ethnographic method was developed in a Birth Center in a public hospital at the city of Osasco, São Paulo, Brazil. Data were obtained through the process of participant observation and ethnographic interviews. We interviewed all members of the professional team consisting of nurse midwife, technical nurse assistant, obstetrician and neonatologist physician, who were directly involved in delivery care and management of the institution. The inductive analysis and interpretation of data resulted in four sub-cultural themes, which correspond to each of the professions: nurse midwife: \"The Birth Center is not as it should be, many obstacles interfere on a humanized assistance of a childbirth; Technical nurse assistant: \"Doing what is possible: satisfaction with the giving assistance throught overcoming many difficulties\"; Obstetrician Doctor: \"A hard routine restrains the development of a good assistance; Medical neonatologist:\" Difficulties exist because they are common in the public service, but there is a satisfaction in relation to the assistance provided at the Birth Center. \" From sub-cultural themes emerged a cultural theme \"Between the idealized and the possible: the limits in the humanized delivery care\", which represents the everyday care delivery in the Birth Center that was the focus of this research. The limitations for the development of humanized childbirth were related not only to problems related to the precarious physical infrastructure and human resources or deficits caused by insufficient funding of childbirth care. They were also involved in the beliefs and values of professionals and their degree of involvement with the philosophy of humanization of childbirth care. It was noted that the effectiveness of humanized delivery care, as recommended by national and international organizations, depends on overcoming the several difficulties described in this study. A major challenge in this context is represented by the need to articulate the courses academic subjects in the health field with the fundamentals of Scientific Evidence-Based Medicine. Therefore it is very importante to the existence of exemplary service to the graduate students and professionals.
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Variáveis mediadoras do Burnout em profissionais de serviços de urgência e emergência: aplicabilidade do Maslach Burnout Inventory - Human Services Survey (MBI-HSS) / Mediators variables of Burnout in emergency services professionals: applicability of Maslach Burnout Inventory - Human Services Survey (MBI-HSS)Pereira, Sandra de Souza 10 May 2017 (has links)
Introdução: A Síndrome de Burnout representa um importante fenômeno psicossocial da atualidade que ocorre como consequência do estresse laboral crônico. Demonstra ser um fenômeno bastante complexo e multifatorial. Os profissionais de saúde estão entre os profissionais mais acometidos pelo Burnout, e entre eles, encontram-se os profissionais que atuam nos serviços de emergências, que estão trabalhando constantemente em contato direto nos eventos traumáticos. Devido essa particularidade do serviço, podem estar mais suscetíveis ao comprometimento de seu bem-estar físico e emocional e, somado as variáveis individuais e ambientais desenvolverem Burnout. Objetivo: Avaliar a validade fatorial do Maslach Burnout Inventory - Human Services Survey (MBI-HSS) na amostra, verificar a prevalência de Burnout em profissionais de saúde e sua relação com as variáveis laborais, individuais e consequências para a saúde (adoecimento). Métodos: Estudo transversal, analítico de abordagem quantitativa. Avaliaram-se 282 profissionais de saúde (equipe de enfermagem, médicos e radioperadores) atuantes nos serviços de urgência e emergência (serviço móvel, pré-hospitalar e hospitalar) de um município do interior do estado de São Paulo (Brasil). Procedeu-se a avaliação por meio da autoaplicação dos seguintes instrumentos: questionário sociodemográfico de condições de trabalho e saúde, o Inventário de Burnout de Maslach, Childhood Trauma Questionnaire, Inventário de Sintomas de Stress, Escala de Estresse Percebido, Psychiatric Screeming Questionnaire, Questionário de Estilo de Vida Fantástico, Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão e Escala de Reajustamento Social de Homes- Rahe. Os dados foram analisados por meio de análise fatorial confirmatória (AFC) e testes Qui-Quadrado de Pearson ou do teste Exato de Fisher para proceder os testes correlacionais. Adotou-se um nível de significância de 5%. Resultados: Os resultados obtidos mostram que o MBI-HSS é um instrumento confiável e fatorialmente válido para medir o Burnout. Todos os itens que compõem a escala apresentaram assimetria e curtose adequadas, atestando a sensibilidade psicométrica desses itens na amostra. A análise fatorial confirmou a estrutura trifatorial proposta para o MBI-HSS. Os itens 9, 12, 15 e 16 apresentaram peso fatorial abaixo do considerado adequado e foram removidos do modelo. O modelo hierárquico de segunda ordem com as modificações mencionadas apresentou ajustamento adequado aos dados e pode ser considerado o melhor e mais parcimonioso modelo testado de acordo com os índices da teoria da informação. O Burnout foi identificado em 13,2% da amostra e 24,5% dos participantes sofreram estresse precoce na infância, 11,3% apresentaram um estilo de vida considerado regular, 35,5% apresentaram ansiedade, 27,7% apresentaram depressão, 46,5% apresentaram sintomas de estresse e 37,9% apresentam fortes chances de adoecer e também apresentam transtornos mentais comuns. Houve associação entre Burnout e as seguintes variáveis: escolaridade, estresse precoce, sintomas de estresse, fase do estresse, tipo de sintomas, percepção de estresse, sofrimento mental comum, estilo de vida, ansiedade e depressão. As correlações foram evidenciadas entre Burnout e: tipo de serviço (p=0,032; OR: 0,187), escolaridade (p=0,029; OR: 2,313), percepção do estresse (p=0,037; OR: 1,67) e chances razoáveis de adoecer (p=0,031; OR: 0,279). Considerações finais: Os resultados confirmaram ambas as hipóteses do estudo, confirmando o modelo tridimensional que foi proposto para o MBI-HSS e demonstrando ser um instrumento confiável e fatorialmente válido para medir o Burnout e que algumas variáveis se associaram e/ou correlacionaram à variável desfecho, comportando-se como mediadoras do processo de desenvolvimento do Burnout / Introduction: Burnout syndrome represents an important psychosocial phenomenon of current that occurs as a consequence of chronic stress. It proves to be a very complex and multifactorial phenomenon. Health professionals are among the most affected by Burnout, and among them, are professionals working in emergency services who are constantly working in direct contact with traumatic events. Because of this particularity of service, they may be more susceptible to compromising their physical and emotional well-being and, in addition to individual and environmental variables, develop Burnout. Objective: To evaluate the factorial validity of Maslach Burnout Inventory - Human Services Survey (MBI-HSS) in the sample, to verify the prevalence of Burnout in health professionals and its relationship with labor and individual variables and consequences for health (illness). Methods: Cross- sectional, analytical, quantitative approach. Were avaluated a total of 282 health professionals (nursing staff, physicians and radio operators) working in the emergency services (mobile, prehospital and hospital services) of a city in the interior of São Paulo (Brazil). The following instruments were used: the sociodemographic questionnaire on working and health conditions, the Maslach Burnout Inventory, the Childhood Trauma Questionnaire, the Stress Symptom Inventory, the Self- Perceived Stress Scale, Psychiatric Screening Questionnaire, Fantastic Lifestyle Questionnaire, Hospital Anxiety and Depression Scale, and Homes-Rahe Social Readjustment Scale. Data were analyzed by means of confirmatory factorial analysis (CFA) and Pearson\'s Chi-square test or Fisher\'s Exact test to perform correlational tests. Adopted a significance level of 5%. Results: The results obtained show that MBI-HSS is a reliable and factorially valid instrument for measuring Burnout. All the items that compose the scale presented adequate asymmetry and kurtosis, attesting the psychometric sensitivity of these items in the sample. The factorial analysis confirmed the proposed three-factor structure for MBI-HSS. Items 9, 12, 15 and 16 presented a factorial weight below that considered not adequate and were removed from the model. The second-order hierarchical model with the mentioned modifications presented adequate adjustment to the data and can be considered the best and most parsimonious model tested according to the indices of information theory. Burnout was identified in 13.2% of the sample and 24.5% of the participants suffered from early childhood stress, 11.3% had a regular lifestyle, 35.5% presented anxiety, 27.7% presented depression, 46.5% had symptoms of stress and 37.9% % have a strong chance of becoming ill and also have common mental disorders. There was association between Burnout and the following variables: schooling, early stress, stress symptoms, stress phase, type of symptoms, perceived stress, common mental suffering, lifestyle, anxiety and depression. Correlations were evidenced between Burnout and: type of service (p = 0.032, OR: 0.187), schooling (p = 0.029, OR: 2,313), stress perception (p = 0.037, OR: 1.67) and reasonable chances of becoming ill (P = 0.031, OR: 0,279). Conclusions: The results confirmed both hypotheses of the study, confirming the three-dimensional model that was proposed for MBI-HSS and demonstrating that it is a reliable and factorially valid instrument to measure Burnout and that some variables were associated and / or Correlated with the outcome variable, behaving as mediators of the Burnout development process
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