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Identificação de fenótipos em indivíduos com DPOC: influência do nível de atividade física na vida diária, composição corporal e força muscular de quadríceps / Identification of phenotypes in COPD patients: influence of physical activity in daily life, body composition and skeletal muscle dysfunctionXavier, Rafaella Fagundes 05 April 2018 (has links)
Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresenta repercussões sistêmicas que contribuem negativamente para a evolução da doença e aumentam a mortalidade nestes indivíduos. O nível de atividade física e a força muscular periférica têm sido evidenciados como fatores de morbi-mortalidade em pacientes com DPOC, entretanto os fenótipos previamente descritos na literatura não incluem estes fatores como determinante dos fenótipos. Objetivo: Identificar fenótipos em indivíduos com DPOC considerando o nível de atividade física, a composição corporal e a disfunção muscular esquelética. Casuísticas e Métodos: Foram avaliados 190 indivíduos em relação à função pulmonar (espirometria), ao controle clínico da DPOC (CCQ), aos fatores de saúde relacionados à qualidade de vida (CRQ), ao nível de atividade física na vida diária (acelerômetro - Actigraph GT3X), à força dos músculos esqueléticos (isometria máxima) e à composição corporal (biompedância). Após 3, 6, 9 e 12 meses destas avaliações, os indivíduos foram questionados quanto à ocorrência de exacerbações e hospitalizações. Para a identificação dos fenótipos foi realizada análise de agrupamento de cluster. As comparações entre os fenótipos identificados foram realizadas por meio do teste de one-way ANOVA seguido do pos teste de Tukey para dados paramétricos e do teste de Kruskal-Wallis seguido do teste de Dunn para dados não paramétricos. A normalidade dos dados foi avaliada por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov. Para comparação das variáveis categóricas foi utilizado o teste de qui-quadrado. O nível de significância foi ajustado para 5%. Resultados: Foram identificados 3 fenótipos (clusteres) distintos de acordo com a idade, atividade física, composição corporal, força muscular, qualidade de vida e controle clínico. O fenótipo 1 englobou indivíduos mais jovens, com pior controle clínico e maior número de comorbidades, os indivíduos deste grupo apresentaram maior frequência de exacerbação comparados aos fenótipos 2 e 3. Os indivíduos do fenótipo 3 apresentaram menores valores de atividade física, maior tempo em comportamento sedentário e maior frequência de hospitalização nos indivíduos que exacerbaram. Conclusão: O presente estudo demonstrou a existência de diferentes fenótipos em pacientes com DPOC em relação à atividade física. Estes resultados são relevantes para o manejo clínico de indivíduos com DPOC e para a escolha de estratégias para aumentar o nível de atividade física destes pacientes / Rationale: The chronic obstructive pulmonary disease (COPD) has systemic repercussions that contribute negatively to the evolution of the disease and increase mortality in these individuals. The level of physical activity and peripheral muscle strength have been evidenced as morbidity and mortality factors in individuals with COPD, however the phenotypes previously described in the literature do not include these factors as determinant of the phenotypes. Objective: To identify phenotypes in individuals with COPD according to their levels of physical activity in daily life, body composition and skeletal muscle force. Methods: We evaluated 190 individuals in relation to pulmonary function (spirometry), clinical control of COPD (CCQ), health factors related to quality of life (CRQ), physical activity in daily life (Actigraph GT3X), skeletal muscle force (maximal isometry) and body composition (bioimpedance). After 3, 6, 9 and 12 months of these evaluations, subjects were questioned about the occurrence of exacerbations and hospitalizations. Participants were classified using hierarchical cluster analysis. The comparisons between the identified phenotypes were performed using the ANOVA one-way test followed by Tukey\'s post test for parametric data and the Kruskal-Wallis test followed by the Dunn test for non-parametric data. The normality of the data was evaluated using the Kolmogorov-Smirnov test. The chi-square test was used to compare the categorical variables. The level of significance was adjusted to 5%. Results: Three distinct phenotypes (clusters) were identified according to age, physical activity, body composition, muscle strength, quality of life and clinical control. The individuals in phenotype 1 were younger, with worse clinical control, with more comorbidities and with higher frequency of exacerbation compared to phenotypes 2 and 3. Subjects of phenotype 3 had lower values of physical activity, sedentary status and greater frequency of hospitalization after exacerbations. Conclusions: The present study demonstrated the existence of different phenotypes in patients with COPD according to physical activity. These results are relevant for the clinical management of individuals with COPD and for the choice of strategies to increase the level of physical activity of these patients
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Avaliação do tratamento com um inibidor para serinoprotease em modelo experimental de enfisema induzido por exposição à fumaça de cigarro / Evaluation of a serine protease inhibitor treatment in an experimental model of cigarette smoke-induced emphysemaJuliana Dias Lourenço 07 April 2016 (has links)
Introdução: Demonstramos previamente que em modelo experimental de enfisema pulmonar induzido por instilação de elastase, o inibidor de serinoprotease rBmTI-A promoveu a melhora da destruição tecidual em camundongos. Considerando que o tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e que o modelo de exposição à fumaça de cigarro é considerado o que melhor mimetiza esta doença em humanos, este estudo teve por objetivo verificar a ação do inibidor para serinoproteases rBmTI-A sobre os processos fisiopatológicos envolvidos no desenvolvimento do enfisema pulmonar, em modelo de exposição ao tabaco. Métodos: Para a indução do enfisema pulmonar, os animais foram expostos à fumaça de cigarro (duas vezes ao dia/ 30 minutos/ 5 dias por semana/ durante 12 semanas), e os animais controle permaneceram expostos ao ar ambiente. Dois protocolos de tratamento com o inibidor rBmTI-A foram realizados. No primeiro, os animais receberam duas administrações do inibidor rBmTI-A ou de seu veículo (Solução Salina 0,9%) por via intranasal, sendo a primeira após 24h do término das exposições ao cigarro e outra, 7 dias após à primeira instilação do inibidor. No segundo protocolo, os animais receberam 3 administrações do inibidor rBmTI-A, durante o tempo de exposição (1ª dose: 24h antes do início da exposição à fumaça de cigarro; 2ª dose: um mês após o início da exposição; 3ª dose: dois meses após o início). Após o término dos protocolos de exposição e tratamento, os animais foram submetidos aos procedimentos para coleta dos dados de mecânica respiratória e avaliação do Intercepto Linear Médio (Lm). Para o segundo protocolo, realizamos também as medidas para quantificação de fibras de colágeno e elástica, da densidade de células positivas para MAC-2, MMP-12 e 9, TIMP-1, Gp91phox e TNFalfa; no parênquima através de imunohistoquímica, contagem de células polimorfonucleares além da expressão gênica de MMP-12 e 9 no pulmão através de RT-qPCR. Resultados e Discussão: O tratamento com o inibidor para serinoprotease rBmTI-A atenuou o desenvolvimento do enfisema pulmonar apenas no segundo protocolo, quando foi administrado durante a exposição à fumaça de cigarro. Embora os grupos Fumo-rBmTIA e Fumo-VE apresentem aumento de Lm comparados aos grupos controles, houve uma redução deste índice no grupo Fumo-rBmTIA comparado ao grupo Fumo-VE. O mesmo comportamento foi observado para as análises de proporção em volume de fibras de elástica e colágeno no parênquima. Além disto, observamos aumento de macrófagos, MMP-12, MMP-9 e TNFalfa; nos grupos expostos à fumaça de cigarro, mas o tratamento com o inibidor rBmTI-A diminuiu apenas a quantidade de células positivas para MMP-12. Na avaliação da expressão gênica para MMP-12 e 9, não observamos diferença entre os grupos experimentais e o mesmo comportamento foi observado para a quantidade de células polimorfonucleares no parênquima. Além disso, observamos aumento de GP91phox e TIMP-1 nos grupos tratados com rBmTIA. Conclusões: Tais resultados sugerem que o inibidor rBmTI-A não foi efetivo como tratamento da lesão após a doença instalada. Entretanto, atenuou o desenvolvimento da doença quando administrado durante a indução do enfisema, possivelmente através do aumento de GP91phox e TIMP-1, acompanhados pela diminuição de MMP-12. / Introduction: We have previously showed that in an elastase-induced model of emphysema, the treatment with a serine protease inhibitor rBmTI-A, resulted in an improvement of tissue destruction in mice. Considering that smoking is the main risk factor for the development of COPD, and the cigarette smoke (CS) exposure is considered the best model to reproduce physiopathologic similarities with such disease in humans, this study aimed to verify the rBmTI-A treatment on the physiopathological processes involved in the development of cigarette smoke-induced emphysema. Methods: To induce pulmonary emphysema, animals were exposed to cigarette smoke (twice a day/ 30 minutes/ 5 days per week/ for 12 weeks) and the control animals were exposed to room air. Two treatment protocols with rBmTI-A inhibitor were performed. In the first one, animals received two administrations of rBmTI-A inhibitor or its vehicle (Saline Solution 0.9%) by nasal instillation, one dose at 24 hours after the end of exposure to tobacco smoke and another one, 7 days after the first instillation of the inhibitor. In the second protocol, animals received 3 rBmTI-A inhibitor administrations during the exposition time (1st dose: 24 hours before the start of exposure to cigarette smoke; 2nd dose: one month after the start of exposure, 3rd dose: two months after the start). After the end of exposure and treatment protocols, animals were submitted to procedures for collection of respiratory mechanics and evaluation of the Mean Linear Intercept (Lm). For the second protocol, we also measured the volume proportion of collagen and elastic fibers, the density of positive cells for MAC-2, MMP-12 and -9, TIMP-1, GP91phox and TNF-alfa in lung parenchyma by immunohistochemistry. Also, we evaluated the measurement of polymorphonuclear cells and the lung gene expression for MMP-12 and 9 by RT-qPCR. Results and Discussion: Treatment with the serine protease inhibitor rBmTI-A attenuated the development of emphysema only in the second protocol, when it was administered during exposure to cigarette smoke. Although Smoke-rBmTIA and Smoke-VE groups showed an increase of Lm measure compared to Control groups, there were a decrease in the Smoke-rBmTIA group compared to Smoke-VE group. The same response was observed for the analysis of volume proportion of elastic and collagen fibers in parenchyma. In addition, we observed an increase of macrophages, MMP-12, MMP-9 and TNF-alfa; in groups exposed to cigarette smoke, but treatment with rBmTI-A inhibitor only decreased the number of positive cells for MMP-12. We did not observed difference between the experimental groups in lungs gene expression for MMP- 12 and 9, and the same behavior was observed for the amount of polymorphonuclear cells in parenchyma. Moreover, we observed an increase of GP91phox and TIMP-1 in groups treated with rBmTI-A. Conclusions: These results suggest that rBmTI-A inhibitor was not effective for treatment of parenchymal lesions after established disease. However, this inhibitor attenuated the development of disease when administered during the induction of emphysema, possibly by an increase of GP91phox and TIMP-1, accompanied by a decrease of MMP-12
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Efeito do exercício físico na resposta imune celular de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) / Effect of physical exercise on cellular immune response of patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD)Juliana Ruiz Fernandes 26 January 2017 (has links)
Os estágios avançados da DPOC são longos e dolorosos processos onde há o aumento dos sintomas, fazendo com que o paciente entre em um ciclo vicioso de deterioração da capacidade física, dispneia, ansiedade e isolamento social. Deste modo, o exercício vem se mostrando um componente importante na DPOC, auxiliando no tratamento medicamentoso para a redução dos sintomas e melhora da qualidade de vida. Neste contexto, não há muitos relatos na literatura sobre o papel da atividade física no padrão de secreção de citocinas e na resposta proliferativa de pacientes com DPOC. Além disso, não há muita concordância sobre o comprimento do telômero e fenótipo celular quando a comparados tabagistas que não desenvolvem a doença e pacientes com DPOC. O objetivo deste trabalho foi comparar alguns parâmetros imunológicos entre pacientes com DPOC e indivíduos tabagistas sem DPOC, e em pacientes com DPOC antes e após o programa de reabilitação oferecido no Hospital das Clínicas da FMUSP. As coletas de sangue foram realizadas em dois momentos para o grupo DPOC (pré e pós-programa de reabilitação pulmonar), e em um único momento para o grupo tabagista. Estas amostras foram processadas para obtenção de células mononucleares do sangue periférico, onde foram analisados os seguintes parâmetros: proliferação celular e apoptose, fenotipagem de linfócitos, comprimento relativo do telômero e dosagem de citocinas. Verificamos que indivíduos tabagistas possuem menores quantidades de proteína C reativa que pacientes com DPOC, e uma tendência a maior número de linfócitos. Além disso, o comprimento relativo do telômero em tabagistas é maior do que em pacientes com DPOC, especialmente em linfócitos TCD8+, e em menor grau em linfócitos TCD4+. Linfócitos TCD8+ de portadores de DPOC apresentaram maiores porcentagens de células terminalmente diferenciadas, sugerindo exaustão celular destes linfócitos, e menores porcentagens de células de memória central e memória efetora. Pacientes com DPOC apresentam maiores quantidades de citocinas comparados aos tabagistas sem DPOC. Já na comparação pré e pós-reabilitação verificamos menores quantidades de leucócitos, menores pontuações nos questionários de sintomas, e maiores distâncias percorridas no teste de caminhada de 6 minutos. Na avaliação da linfoproliferação, para as células estimuladas com mitógeno (fitohemaglutinina) e antígenos (citomegalovirus e Haemophilus influenza) foi possível verificar melhora na resposta linfoproliferativa dos pacientes no período pós-reabilitação, assim como maiores níveis da citocina imunoreguladora IL-10. Deste modo concluímos que pacientes com DPOC possuem um perfil mais pró-inflamatório e de diferenciação terminal que tabagistas sem a doença e que exercício físico é capaz de modular o ambiente inflamatório melhorando alguns parâmetros da resposta imune celular / The advanced stages of COPD are long and painful with increase of symptoms making the patients enter a vicious cycle of deterioration of physical capacity, dyspnea, anxiety and social isolation. Therefore, the exercise shows an important component of COPD pathogenesis, assisting in pharmacological treatment, reducing symptoms and enhancing life quality. In this context, there are no concise reports in literature about the role of physical activity in the pattern of cytokine secretion and proliferative response in COPD patients. Besides this, there is no consensus in the data comparing smokers with COPD and smokers without COPD. Because of this, we compared some immune parameters of smokers with COPD and smokers without COPD, and evaluated the cellular immune response before and after a rehabilitation program offered at the Hospital das Clínicas FMUSP. Blood collection was performed in two moments in the COPD group (before and after the rehabilitation program), and once in smokers without COPD. After that the samples were processed to peripheral blood mononuclear cells isolation, in which were analyzed the cellular proliferation and apoptosis, the lymphocyte phenotypic characteristics, the telomere length and the cytokines levels in serum and culture supernatants. Smokers without COPD have lower levels of C reactive protein, and a trend to greater percentages of lymphocytes than in smoker with COPD. The telomere length of COPD patients was shorter than that of smokers without COPD, especially in TCD8+ lymphocytes, with a non-significant trend in the TCD4+ lymphocytes. The TCD8+ subpopulation of COPD patients comprised greater percentages of terminally differentiated cells, and lower percentages of central memory and effector memory cells, suggesting a bias to more terminally differentiated (and eventually exhausted) cells. Moreover, the levels of pro inflammatory cytokines were greater in COPD patients. Evaluation of the exercise effect, we found greater quantities of leucocytes, lower scores in the symptoms questionnaires and longer distances in the six minute walk test after the rehabilitation program. Besides this, the proliferative response to the mitogen phytohemaglutinin, and the antigens from cytomegalovirus and nontypeable Haemophilus influenza were all improved after the exercise program with greater levels of secretion of the anti-inflammatory cytokine IL-10. In conclusion, COPD patients have a pro inflammatory profile and a bias for more terminally differentiated (and eventually exhausted) cells when compared with smokers without COPD, and that the exercise program is capable of modulating the inflammatory microenvironment enhancing some parameters of the cellular immune response
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Efeitos do treinameno físico aeróbico sobre a lesão pulmonar induzida por exposição à fumaça de cigarro em camundongos C57BI6 / Aerobic exercise attenuates pulmonary alterations induced by exposure to cigarette smoke in miceAlessandra Choqueta de Tolêdo 06 August 2009 (has links)
O exercício aeróbio foi recentemente descrito como capaz de reduzir a função pulmonar e diminuir o risco de desenvolver DPOC entre fumantes ativos. A plausibilidade biológica da influência da atividade física sobre o declínio da função pulmonar está relacionada aos efeitos anti-inflamatórios efeitos da atividade física, que tem sido descritos em estudos experimentais. A hipótese é que haveria uma interação entre exercício aeróbio e o desenvolvimento da doença. A fim de explorar mais a fisiopatologia da DPOC induzida pela exposição à fumaça de cigarro e os efeitos do exercício no desenvolvimento do enfisema, utilizamos um modelo experimental de DPOC. C57Bl6 foram divididos em quatro grupos: Controle, Fumo, Exercício e Fumo/Exercício. Os animais dos grupos Fumo foram expostos à fumaça de cigarro por 30 minutos por dia, 5 dias por semana, durante 24 semanas. Os animais dos grupos Exercício foram treinados em intensidade moderada durante 60 minutos por dia, 5 dias por semana durante 24 semanas. Os resultados demonstraram que o treinamento físico aeróbio regular de intensidade moderada inibiu o desenvolvimento de enfisema, o aumento do total de células inflamatórias e a produção de espécies reativas de oxigênio no LBA, além do aumento na geração de óxido nítrico exalado, induzido pela exposição à fumaça do cigarro, e inibiu o aumento de 8-isoprostano e MCP1, além de aumentar a expressão da GPx, SODCuZn, TIMP1 e IL-10 por células inflamatórias na parede alveolar. O estudo também mostrou que o treinamento físico aeróbio foi capaz de inibir a diminuição da elastância pulmonar induzida pela exposição à fumaça de cigarro, mas não reduziu o aumento de colágeno no parênquima pulmonar. Estes resultados sugerem que o treinamento físico regular aeróbico de intensidade moderada pode desempenhar um papel importante durante a instalação da doença devido ao seu efeito antioxidante e antiinflamatório / Aerobic exercise was recently described as capable to reduce lung function decline and risk of developing COPD among active smokers. The biological plausibility of the influence of physical activity on the decline of lung function relies on the anti-inflammatory effects of physical activity, which have been described in experimental studies. We hypothesized there would be an interaction between aerobic exercise and development of disease. In order to further explore the physiopathology of COPD induced by exposure to cigarette smoke and the effects of exercise in development of emphysema, we used an experimental model of DPOC. C57Bl6 were divided in four groups: Control, Smoke, Exercise and Smoke/Exercise. Smoke groups were exposed to cigarette smoke for 30 minutes a day, 5 days a week, for 24 weeks. Exercise groups were trained at moderate intensity exercise for 60 minutes/day, 5 days/week for 24 weeks. The results demonstrated that regular aerobic physical training of moderate intensity inhibited alveolar distension, the increase of total inflammatory cells and production of reactive oxygen species in BAL and the increase in the generation of exhaled nitric oxide induced by exposure to cigarette smoke, and reduced the expression of 8-isoprostane and MCP1 and increased the expression of GPx, SODCuZn, TIMP1 and IL-10 by inflammatory cells in the alveolar wall. The study also showed that aerobic physical training was able to inhibit the decrease in lung elastance induced by exposure to cigarette smoke, but not the content in collagen fibers. These results suggest that regular aerobic physical training of moderate intensity may play an important role during the installation of disease due to its antioxidant and antiinflammatory effects
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Efeito da exposição à queima de biomassa na prevalência de sintomas e na função respiratória em uma comunidade do interior do Brasil / Effect of exposure to biomass combustion on respiratory symptoms and lung function in a countryside community of BrazilLuiz Fernando Ferraz da Silva 28 June 2010 (has links)
Introdução: O uso de biomassa como combustível para aquecimento e preparação de alimentos vem sendo considerado como um importante fator associado à prevalência aumentada de sintomas respiratórios e à perda de função pulmonar. No presente estudo apresentamos os efeitos respiratórios da exposição crônica à combustão de biomassa (BM) dentro (BMD) ou fora (BMF) do domicílio em uma população do interior do Brasil e comparamos os resultados aos de indivíduos da mesma população que utilizam gás liquefeito de petróleo (GLP). Métodos: Foram incluídos 1402 indivíduos em 260 domicílios divididos em três grupos de acordo com a exposição (GLP, BMD, BMF). Os sintomas respiratórios foram avaliados utilizando questionários validados. O índice de refletância de filtros de papel foi utilizado para avaliar a exposição à biomassa. Em 48 domicílios a concentração de material particulado PM2,5 também foi quantificada. Provas de função pulmonar (PFP) foram realizadas em 120 indivíduos. Resultados: O índice de refletância correlacionou-se diretamente com a concentração de PM2,5 (r=0,92, p<0,001) e foi portanto utilizado para estimar a exposição (ePM2,5). Demonstramos aumento significativo do ePM2,5 no grupo BMD e BMF em comparação com o grupo GLP (p<0,001). Houve ainda aumento significativo da razão de chances (OR) para tosse produtiva, chiado e dispnéia nos adultos expostos à BMD (OR=2,93, 2,33, 2,59, respectivamente) e BMF (OR=1,78, 1,78, 1,80, respectivamente) em comparação com o grupo GLP. As PFP demonstraram que tanto o grupo BM-nãotabagista como GLP-tabagista apresentaram redução no % do VEF1 predito e na relação VEF1/CVF quando comparado com GLP-não-tabagista (p=0,002), o mesmo ocorrendo para o grupo BM-tabagista, em relação a todos os demais (p<0,05). A prevalência de obstrução de vias aéreas encontrada no grupo BM-não-tabagista e GLP-tabagista foi semelhante (20%) e menor do que a observada no grupo BM-tabagista (33%). A PFP correlacionou-se inversamente com o tempo de exposição e a concentração de ePM2,5 (p<0,001). Conclusões: A exposição crônica à combustão de biomassa está associada com o aumento da prevalência de sintomas respiratórios, redução da função pulmonar e desenvolvimento de doença pulmonar obstrutiva crônica. Esses efeitos estão associados com a duração e magnitude da exposição e são potencializadas pelo tabagismo. / Introduction: The use of biomass fuels for cooking and heating is considered an important factor associated with respiratory symptoms and loss of pulmonary function. We report the respiratory effects of chronic exposure to biomass (BM) combustion in a Brazilian population and compared the results with those of individuals from the same community using Liquefied Petroleum Gas (LPG). Methods: 1,402 individuals in 260 residences were divided into three groups according to exposure (LPG, indoor-BM, outside-BM). Respiratory symptoms were assessed using questionnaires. Reflectance of paper filters was used to assess BM. In 48 residences the amount of PM2.5 was also quantified. Pulmonary function tests (PFT) were performed in 120 individuals. Results: Reflectance-index correlated directly with PM2.5 (r=0.92, p<0.001) and was used to estimate exposure (ePM2.5). There was a significant increase in ePM2.5 in Indoor-BM and Outside-BM, compared to LPG (p<0.001). There was a significantly increased odds ratio (OR) for cough with sputum, sneezing and dyspnea in adults exposed to Indoor-BM (OR=2.93, 2.33, 2.59, respectively) and Outside-BM (OR=1.78, 1.78, 1.80, respectively) compared to LPG. PFTs revealed both non-smoker-BM and smoker-LPG individuals to have decreased %predicted-FEV1 and FEV1/FVC as compared to non-smoker-LPG (p=0.022). Reduction was also observed in both parameters between smoker-BM and other groups (p<0.05). The prevalence of chronic obstructive pulmonary disease was 20% for both non-smoker-BM and smoker-LPG and smaller than that observed for smoker-BM (33%). PFT data was inversely correlated with duration and ePM2.5 (p<0.001). The prevalence of airway obstruction was 20% in both non-smoker-BM and smoker-LPG subjects. Conclusions: Chronic exposure to BM is associated with increased prevalence of respiratory symptoms, reduced lung function and development of chronic obstructive pulmonary disease. These effects are associated with the duration and magnitude of exposure and are exacerbated by tobacco smoke.
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Interferência da apneia obstrutiva do sono e dessaturação noturna de oxigênio no agravamento clínico de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica / Interference of obstructive sleep apnea and nocturnal oxygen desaturation in the clinical aggravation of patients with chronic obstructive pulmonary diseaseStocco, Vera Lucia Toscano 24 November 2015 (has links)
Ao considerar que os distúrbios respiratórios relacionados ao sono, apneia obstrutiva do sono (AOS) e dessaturação noturna de oxigênio (DNO), podem estar presentes em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), este estudo teve como objetivos: (1) estimar a frequência de AOS e DNO na amostra e nos graus e categorias GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease); (2) avaliar a relação da presença de AOS e DNO no agravamento clínico de pacientes com DPOC. Estudo transversal em 56 pacientes com DPOC estável e pressão parcial arterial de oxigênio (PaO2) diurna > 60 mmHg, submetidos à coleta dos seguintes dados: demográficos, antropométricos e de hábito tabágico; relato de ronco e sonolência diurna; número de exacerbações e hospitalizações; escala de dispneia do Medical Reserch Council modificada; teste de avaliação da DPOC; escala de sonolência de Epworth; espirometria; gasometria arterial; hemograma; monitorização ambulatorial da pressão arterial e polissonografia. Os pacientes foram classificados em graus e categorias GOLD e divididos em 3 grupos de estudo: grupo DPOC pura, grupo síndrome de sobreposição (SS) e grupo dessaturador (D). Os resultados mostraram: 30 pacientes do sexo masculino (54%); idade: 63,7 (DP=7,3) anos; índice de massa corpórea (IMC): 25,2 (DP=4,3) Kg/m2; circunferência do pescoço: 38,4 (DP=3,2) cm; 46% tabagistas; carga tabágica: 50,0 (DP=20,7) anosmaço; volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1): 56,4 (DP=19,8) % do previsto; PaO2: 78,3 (DP=8,0) mmHg; saturação arterial de oxigênio (SaO2): 95,5 (DP=1,4) %; 29 pacientes (52%) eram do grupo DPOC pura, 14 (25%) do grupo SS e 13 (23%) do grupo D; frequência de AOS e DNO na amostra: 25% e 23%, respectivamente; frequência de AOS nos GOLD 1234: 14%, 24%, 25%, 50% (p=0,34) e GOLD ABCD: 44%, 15%, 25%, 26% (p=0,31), respectivamente; frequência da DNO nos GOLD 1234: 29%, 24%, 19%, 25% (p=0,88) e GOLD ABCD: 11%, 20%, 25%, 30% (p=0,35), respectivamente. Evidências de diferença estatística entre os 3 grupos: sexo (DPOC pura: 48% de homens versus SS: 86% versus D: 31%; p<0,01); IMC (DPOC pura: 23,9 (DP=3,8) versus SS: 24,7 (DP=4,6) versus D: 28,6 (DP=3,5) Kg/m2; p<0,01); circunferência do pescoço (DPOC pura: 37,4 (DP=2,7) versus SS: 40,0 (DP=2,9) versus D: 38,9 (DP=3,9) cm; p=0,03); relato de sonolência diurna (DPOC pura: 17% versus SS: 0 versus D: 38%; p=0,03); SaO2 diurna (DPOC pura: 95,8 (DP=1,5) % versus SS: 95,8 (DP=1,1) % versus D: 94,7 (DP=1,3) %; p=0,04); descenso noturno diastólico (DPOC pura: 6,5 (DP=7,0) % versus SS: 2,3 (DP=7,3) % versus D: 5,6 (DP=7,0) %; p=0,04). Conclui-se que, em pacientes com DPOC, a frequência de AOS e DNO foi elevada na amostra e não sofreu influência dos graus ou categorias GOLD; encontrou-se associação entre a presença de AOS e o sexo masculino, maior circunferência do pescoço e menor descenso noturno diastólico; e a presença de DNO associou-se com o sexo feminino, maior IMC, maior relato de sonolência diurna e menor SaO2 diurna. Estas características podem contribuir para diferenciar clinicamente os grupos SS e D do grupo DPOC pura / While considering that the sleep-related breathing disorders, obstructive sleep apnea (OSA) and nocturnal oxygen desaturation (NOD) may be present in patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD), this study aimed to: (1) to estimate the frequency of OSA and NOD in the sample and in the GOLD degrees and categories (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease); (2) to assess the relationship of the presence of OSA and NOD in the clinical aggravation of patients with COPD. Transversal study in 56 patients suffering from stable COPD and daytime partial arterial oxygen tension (PaO2) > 60 mmHg, subjected to the collection of the following data: demographic and anthropometric data, and smoking habit; report of snoring and daytime sleepiness; number of exacerbations and hospitalizations; modified Medical Research Council dyspnea scale; COPD assessment test; Epworth Sleepiness Scale; spirometry; arterial gasometry; hemogram; ambulatory blood pressure monitoring and polysomnography. The patients were classified in GOLD degrees and categories and divided into 3 study groups: pure COPD group, overlap syndrome (OS) and desaturator group (D). The results showed: 30 male patients (54%); age 63,7 years old (DP=7,3); body mass index (BMI) 25,2 Kg/m2 (DP=4,3); neck circumference 38,4 cm (DP=3,2); 46% smokers; smoking load 50,0 pack years (DP=20,7); forced expiratory volume in the first second (FEV1) 56,4% of the expected (DP=19,8); PaO2 78,3 mmHg (DP=8,0); arterial oxygen saturation (SaO2) 95,5% (DP=1,4); 29 patients (52%) belonged to the pure COPD group, 14 (25%) to the OS group and 13 (23%) to the D group; frequency of OSA and NOD in the sample: 25% and 23%, respectively; frequency of OSA in the GOLD 1234: 14%, 24%, 25%, 50% (p=0,34) and GOLD ABCD: 44%, 15%, 25%, 26% (p=0,31), respectively; NOD frequency in the GOLD 1234: 29%, 24%, 19%, 25% (p=0,88) and GOLD ABCD: 11%, 20%, 25%, 30% (p=0,35), respectively. Evidences of statistical difference among the three groups: sex (pure COPD: 48% men versus OS: 86% versus D: 31%; p<0,01); BMI (pure COPD: 23,9 (DP=3,8) versus OS: 24,7 (DP=4,6) versus D: 28,6 (DP=3,5) Kg/m2; p<0,01); neck circumference (pure COPD: 37,4 (DP=2,7) versus OS: 40,0 (DP=2,9) versus D: 38,9 (DP=3,9) cm; p=0,03); report of daytime sleepiness (pure COPD: 17% versus OS: 0 versus D: 38%; p=0,03); daytime SaO2 (pure COPD: 95,8% (DP=1,5) versus OS: 95,8% (DP=1,1) versus D: 94,7% (DP=1,3); p=0,04); diastolic sleep dip (pure COPD: 6,5% (DP=7,0) versus OS: 2,3% (DP=7,3) versus D: 5,6% (DP=7,0); p=0,04). It was concluded that, in patients with COPD, the OSA and NOD frequency was high in the sample and was not influenced by GOLD grades or categories. An association between the presence of OSA and the male sex, a larger neck circumference and a smaller diastolic sleep dip was found; and the presence of the NOD was associated with the female sex, a larger BMI, a more significant report of daytime sleepiness and a smaller daytime SaO2. These characteristics may contribute to differentiate clinically the OS and D groups from the pure COPD group
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Efeito da exposição à queima de biomassa na prevalência de sintomas e na função respiratória em uma comunidade do interior do Brasil / Effect of exposure to biomass combustion on respiratory symptoms and lung function in a countryside community of BrazilSilva, Luiz Fernando Ferraz da 28 June 2010 (has links)
Introdução: O uso de biomassa como combustível para aquecimento e preparação de alimentos vem sendo considerado como um importante fator associado à prevalência aumentada de sintomas respiratórios e à perda de função pulmonar. No presente estudo apresentamos os efeitos respiratórios da exposição crônica à combustão de biomassa (BM) dentro (BMD) ou fora (BMF) do domicílio em uma população do interior do Brasil e comparamos os resultados aos de indivíduos da mesma população que utilizam gás liquefeito de petróleo (GLP). Métodos: Foram incluídos 1402 indivíduos em 260 domicílios divididos em três grupos de acordo com a exposição (GLP, BMD, BMF). Os sintomas respiratórios foram avaliados utilizando questionários validados. O índice de refletância de filtros de papel foi utilizado para avaliar a exposição à biomassa. Em 48 domicílios a concentração de material particulado PM2,5 também foi quantificada. Provas de função pulmonar (PFP) foram realizadas em 120 indivíduos. Resultados: O índice de refletância correlacionou-se diretamente com a concentração de PM2,5 (r=0,92, p<0,001) e foi portanto utilizado para estimar a exposição (ePM2,5). Demonstramos aumento significativo do ePM2,5 no grupo BMD e BMF em comparação com o grupo GLP (p<0,001). Houve ainda aumento significativo da razão de chances (OR) para tosse produtiva, chiado e dispnéia nos adultos expostos à BMD (OR=2,93, 2,33, 2,59, respectivamente) e BMF (OR=1,78, 1,78, 1,80, respectivamente) em comparação com o grupo GLP. As PFP demonstraram que tanto o grupo BM-nãotabagista como GLP-tabagista apresentaram redução no % do VEF1 predito e na relação VEF1/CVF quando comparado com GLP-não-tabagista (p=0,002), o mesmo ocorrendo para o grupo BM-tabagista, em relação a todos os demais (p<0,05). A prevalência de obstrução de vias aéreas encontrada no grupo BM-não-tabagista e GLP-tabagista foi semelhante (20%) e menor do que a observada no grupo BM-tabagista (33%). A PFP correlacionou-se inversamente com o tempo de exposição e a concentração de ePM2,5 (p<0,001). Conclusões: A exposição crônica à combustão de biomassa está associada com o aumento da prevalência de sintomas respiratórios, redução da função pulmonar e desenvolvimento de doença pulmonar obstrutiva crônica. Esses efeitos estão associados com a duração e magnitude da exposição e são potencializadas pelo tabagismo. / Introduction: The use of biomass fuels for cooking and heating is considered an important factor associated with respiratory symptoms and loss of pulmonary function. We report the respiratory effects of chronic exposure to biomass (BM) combustion in a Brazilian population and compared the results with those of individuals from the same community using Liquefied Petroleum Gas (LPG). Methods: 1,402 individuals in 260 residences were divided into three groups according to exposure (LPG, indoor-BM, outside-BM). Respiratory symptoms were assessed using questionnaires. Reflectance of paper filters was used to assess BM. In 48 residences the amount of PM2.5 was also quantified. Pulmonary function tests (PFT) were performed in 120 individuals. Results: Reflectance-index correlated directly with PM2.5 (r=0.92, p<0.001) and was used to estimate exposure (ePM2.5). There was a significant increase in ePM2.5 in Indoor-BM and Outside-BM, compared to LPG (p<0.001). There was a significantly increased odds ratio (OR) for cough with sputum, sneezing and dyspnea in adults exposed to Indoor-BM (OR=2.93, 2.33, 2.59, respectively) and Outside-BM (OR=1.78, 1.78, 1.80, respectively) compared to LPG. PFTs revealed both non-smoker-BM and smoker-LPG individuals to have decreased %predicted-FEV1 and FEV1/FVC as compared to non-smoker-LPG (p=0.022). Reduction was also observed in both parameters between smoker-BM and other groups (p<0.05). The prevalence of chronic obstructive pulmonary disease was 20% for both non-smoker-BM and smoker-LPG and smaller than that observed for smoker-BM (33%). PFT data was inversely correlated with duration and ePM2.5 (p<0.001). The prevalence of airway obstruction was 20% in both non-smoker-BM and smoker-LPG subjects. Conclusions: Chronic exposure to BM is associated with increased prevalence of respiratory symptoms, reduced lung function and development of chronic obstructive pulmonary disease. These effects are associated with the duration and magnitude of exposure and are exacerbated by tobacco smoke.
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O papel do treinamento físico resistido durante o periodo de hospitalização na melhora clínica, funcional e da qualidade de vida em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica / The role of resistive physical training during the hospitalization in clinical, functional and quality of life improvement in patients with chronic obstructive pulmonary diseaseBorges, Rodrigo Cerqueira 30 January 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: As exacerbações da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) afetam profundamente a força muscular periférica e a capacidade funcional destes pacientes, entretanto, intervenções para prevenir estas perdas funcionais e sistêmicas são pobremente compreendidas. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos do treinamento resistido sobre a força muscular periférica, capacidade funcional e a qualidade de vida em pacientes com DPOC durante a hospitalização. Além disso, avaliar a resposta desta intervenção sobre a inflamação sistêmica e a atividade física de vida diária. MÉTODOS: Vinte e nove pacientes hospitalizados na enfermaria de um Hospital Universitário por exacerbação da DPOC foram randomizados em dois grupos: controle (GC) e treinamento (GT). Eles foram avaliados no 2° dia de internação, na alta hospitalar e após 30 dias. Nestas avaliações foram verificadas a força muscular periférica dos membros inferiores e superiores, a distância percorrida no teste de caminha de 6 minutos (TC6min), a inflamação sistêmica (TNF-, PCR, IL1, IL-12p70, IL-6, IL-8, IL10), a saúde relacionada a qualidade de vida e a atividade física de vida diária. RESULTADOS: Nossos resultados demonstram que durante a hospitalização todos os pacientes, independente do grupo, mantiveram-se a maior parte do tempo (87%) na posição deitada ou sentada. Os pacientes do GC demonstraram uma redução de força muscular dos membros inferiores (p<0,05), mas sem alteração na distância percorrida em 6 minutos (p>0,05) durante a hospitalização. Os pacientes do GT demonstraram uma melhora na força muscular dos membros inferiores e do TC6min (p<0,05) que permaneceram até 30 dias após a alta hospitalar. Diferentemente do GC, os pacientes do GT apresentaram uma melhora do domínio impacto no questionário de qualidade de vida após a alta hospitalar. Não houve diferença entre os grupos nos marcadores inflamatórios sistêmicos analisados durante a hospitalização e após 30 dias. Além disso, diversos pacientes de ambos os grupos permaneciam fisicamente inativos (70%) em casa. CONCLUSÃO: Nossos resultados sugerem que o treinamento resistido durante a hospitalização melhora a força muscular periférica e capacidade funcional. Entretanto, sem alterar a inflamação sistêmica e a atividade física de vida diária / BACKGROUND: Exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease (COPD) profoundly affects the peripheral muscle strength and functional capacity of patients, however, interventions to prevent these losses and systemic function are poorly understood. OBJECTIVE: Evaluate the effects of resistance training on peripheral muscle strength, functional capacity and quality of life in COPD patients during hospitalization. In addition, evaluate the response of this intervention on systemic inflammation and physical activity of daily living. METHODS: Twenty-nine patients hospitalized in the ward of a university hospital for exacerbation of COPD were randomized into two groups: control (CG) and training (GT). They were evaluated at day 2 after admission, hospital discharge and after 30 days. These assessments were verified to peripheral muscle strength of upper and lower limbs, the distance walked in 6 minutes, systemic inflammation (TNF-, CRP, IL1, IL-12p70, IL-6, IL-8 and IL10), health-related quality of life and physical activity of daily living. RESULTS: Our results show that during hospitalization all patients, regardless of group, remained most of the time (87%) in the lying or sitting position. The CG patients showed a reduction in muscle strength of lower limbs (p <0.05) but no change in distance walked in 6 minutes (p> 0.05) during hospitalization. TG patients demonstrated improvement in muscle strength of lower limbs and distance walked in 6 minutes (p <0.05) that remained until 30 days after hospital discharge. Differently from GC, the GT patients showed an improvement in the domain impact on health-related quality of life after discharge. There was no difference between groups in systemic inflammatory markers analyzed during hospitalization and after 30 days. In addition, several patients in both groups remained physically inactive (70%) at home. CONCLUSION: Our results suggest that resistance training during hospitalization improves peripheral muscle strength and functional capacity. However, without altering systemic inflammation and physical activity of daily living
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Fatores associados à alteração do equilíbrio postural e predição de quedas em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica / Factors associated with postural balance impairment and prediction of falls in patients with chronic obstructive pulmonary diseasePereira, Ana Carolina Alves Caporali 07 February 2018 (has links)
Introdução: A presença de doença crônica e de várias comorbidades, somados à mobilidade reduzida e fraqueza muscular são fatores frequentemente associados ao risco de quedas em idosos, sendo o dano do equilíbrio um dos mais importantes preditores de quedas. Atualmente, há uma crescente evidência de que pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) são bastante suscetíveis a quedas visto que têm apresentado importantes déficits de equilíbrio. Há alguns estudos que avaliam o papel de fatores isolados deste déficit, contudo, a avaliação de múltiplos fatores na mesma população de pacientes ainda não foi muito investigada, assim como o impacto desta alteração de equilíbrio na predição de quedas nesta população ainda é pouco conhecido. Objetivos: Determinar que fatores estão associados à alteração de equilíbrio postural em pacientes com DPOC e avaliar o impacto desta alteração do equilíbrio na predição de quedas nesta população. Métodos: Este estudo prospectivo de coorte incluiu 70 pacientes ambulatoriais com diagnóstico prévio de DPOC. Para a avaliação do equilíbrio os pacientes foram submetidos ao Mini-BESTest (Balance Evaluation Systems Test). As variáveis sexo, idade, frequência de exacerbações / hospitalizações decorrentes da doença respiratória no último ano foram coletados a partir de entrevista pessoal e de registros clínicos. A presença de comorbidades foi avaliada por meio da aplicação de uma escala denominada Functional Comorbidity Index (FCI). O nível de atividade física foi mensurado por meio de um sensor de movimento (acelerômetro), a força isométrica muscular máxima de membros inferiores foi avaliada por um dinamômetro, a qualidade do sono mensurada por meio do questionário Pittsburgh Sleep Quality Index, a dispneia pela modified Medical Research Council (mMRC) dyspnoea scale, o medo de quedas pela escala Falls Efficacy Scale-International (FES-I) e a função pulmonar por meio da prova de função pulmonar completa. Além disso, a incidência de quedas nos pacientes foi seguida por um ano sendo avaliada mensalmente por um diário de autorrelato de quedas, entregue ao paciente após a avaliação inicial, e confirmada por ligações telefônicas. Para a análise estatística foram utilizados modelos de análise de regressão e análise de poder discriminativo através da Receiver operator characteristic curve (ROC curve). O nível de significância foi ajustado para todas as análises e foi de 5% (p < 0,05). Resultados: Verificou-se que o equilíbrio postural (Mini-BESTest - pontuação total) esteve independentemente associado à força muscular de quadríceps, ao medo de queda (FES-I) e à idade, ajustados pela inatividade física (p < 0,001, r2 ajustado=0,49). Ao analisar cada domínio correspondente a um sistema do controle postural separadamente pudemos verificar também que o equilíbrio postural esteve independentemente associado a: idade e inatividade física, ajustados pelo índice de massa corpórea (IMC) no domínio \"Ajustes Posturais Antecipatórios\" (p=0,001, r2 ajustado=0,22); idade, força muscular de quadríceps e pressão inspiratória máxima (PImáx), ajustados pelo aprisionamento aéreo no domínio \"Respostas Posturais Reativas\" (p < 0,001, r2 ajustado=0,47); medo de queda e força muscular de dorsiflexores de tornozelo no domínio \"Orientação Sensorial\" (p=0,001, r2 ajustado=0,16); e qualidade do sono, inatividade física, idade e força muscular de plantiflexores de tornozelo no domínio \"Estabilidade na marcha\" (p < 0,001, r2 ajustado=0,24). Além disso, 37,3% dos pacientes apresentaram pelo menos um evento de queda em um período de 12 meses de seguimento. Verificou-se também que um melhor desempenho no controle postural, avaliado pelo Mini-BESTest esteve associado a um menor risco de queda [Odds ratio (OR)=0,50] e que o Mini-BESTest mostrou ser um bom instrumento para predizer quedas futuras em pacientes com DPOC [Area under the curve (AUC)=0,87, sensibilidade=84% e especificidade=73,8%]. Conclusões: A alteração do equilíbrio postural nesta população de pacientes com DPOC está associada à idade, fraqueza muscular de membros inferiores, medo de queda, qualidade do sono, inatividade física e à função pulmonar. Além disso, a alteração no equilíbrio postural é um bom preditor de quedas futuras nesta população, sendo o Mini-BESTest um bom instrumento para identificar os pacientes com maior risco de quedas. A implementação de programas de reabilitação que incluam treinamento de equilíbrio específico e prevenção de queda pode ser necessária para estes pacientes / Introduction: The presence of chronic disease and several comorbidities, added to reduced mobility and muscle weakness are often associated with the risk of falls in the elderly, with balance impairment being one of the most important predictors of falls. Currently, there is growing evidence that patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD) are quite susceptible to falls since they have presented significant balance deficits. There are some studies that evaluate the role of isolated factors in this deficit, however, the evaluation of multiple factors in the same sample of patients has not yet been much investigated, as well as the impact of this balance impairment in the prediction of falls in this population is not clear in the literature. Objectives: To determine the factors that are associated with postural balance impairment in patients with COPD and to evaluate the impact of this impairment on the prediction of falls in this population. Methods: This prospective cohort study included 70 outpatients with a previous diagnosis of COPD. Postural balance was evaluated by the Mini-BESTest (Balance evaluation systems test). Gender, age, frequency of exacerbations / hospitalizations resulting from respiratory disease in the last year were collected from an initial interview and patients\' medical records. The presence of comorbidities was evaluated using the scale of Functional Comorbidity Index (FCI). The level of physical activity was measured using a motion sensor (accelerometer type), the maximal isometric muscle strength of the lower limbs was assessed using a dynamometer, the sleep quality measured by the Pittsburgh Sleep Quality Index, the dyspnea by the modified Medical Research Council (mMRC) dyspnoea scale, the fear of falling by the Falls Efficacy Scale-International scale (FES-I) and the lung function obtained by the Complete Pulmonary Function Test. In addition, the incidence of falls was followed for one year, assessed monthly by a calendar of self-reports of falls, given to the patient after the initial assessment, and confirmed by telephone calls. For the statistical analysis, regression analyses models and discriminative power analysis by receiver operator characteristic curve (ROC) were used. The level of significance was adjusted for all analyses and was 5% (p < 0.05). Results: Postural balance (Mini-BESTest) was independently associated with quadriceps muscle strength, fear of falling (FES-I) and age, adjusted for physical inactivity (p < 0.001, adjusted r2=0.49). When analyzing each domain corresponding to a postural control system separately, we could also verify that the postural balance was independently associated with: age and physical inactivity, adjusted by the body mass index (BMI) in the domain \"Postural Anticipatory Adjustments\" (p=0.001, adjusted r2=0.22); age, quadriceps muscle strength and maximal inspiratory pressure (MIP), adjusted by air trapping in the \"Postural Reactive Responses\" domain (p < 0.001, adjusted r2=0.47); fear of falling and ankle dorsiflexors muscle strength in the domain \"Sensory Orientation\" (p=0.001, adjusted r2=0.16); and sleep quality, physical inactivity, age and ankle plantiflexors muscle strength in the domain \"Balance during gait\" (p < 0.001, adjusted r2=0.24). In addition, 37.3% of patients had at least one fall event over a 12-month follow-up period. It was also verified that a better performance in postural control evaluated by Mini-BESTest was associated with a lower risk of fall [Odds ratio (OR) = 0.50] and that Mini-BESTest was showed to be a good tool to predict future falls in patients with COPD [Area under the curve (AUC)= 0.87, sensitivity = 84% and specificity = 73.8%]. Conclusions: Postural balance impairment in patients with COPD is associated with age, lower limb muscle weakness, fear of falling, sleep quality, physical inactivity and lung function. In addition, the postural balance impairment is a good predictor of future falls in this population, and Mini-BESTest is a good tool to identify patients at greater risk of falls. The implementation of rehabilitation programs that include specific balance training and fall prevention may be required for these patients
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Associations of Smoking Status and Serious Psychological Distress with Chronic Obstructive Pulmonary DiseaseWang, Ke-Sheng, Wang, Liang, Zheng, Shimin, Wu, Long-Yang 01 September 2013 (has links)
Background: Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) has been a major public health problem due to its high prevalence, morbidity, and mortality. Smoking is a major risk factor for COPD, while serious psychological distress (SPD) is prevalent among COPD patients. However, no study focusing on the effect of SPD on COPD has been so far conducted, while few studies have focused on the associations of SPD and behavioral factors with COPD by smoking status.
Objectives: This study aimed to examine the associations of SPD and behavioral factors (such as smoking and physical activity) with COPD.
Materials and Methods: Weighted logistic regression models were used for the analysis of 1,248 cases and 39,995 controls from the 2005 California Health Interview Survey (CHIS).
Results: The prevalence of SPD was 10% in cases and 4% in controls, respectively. The percentages of past and current smoking were higher in cases than controls (50% vs. 24% and 27% vs. 15%, respectively). After adjusting for other factors, smoking (OR = 4.56, 95% CI = 3.41-6.11 and OR = 3.24, 95% CI = 2.57-4.08 for current and past smoking, respectively), physical activity (OR = 0.69, 95% CI = 0.55-0.87), obesity (OR = 1.25, 95% CI = 1.03-1.52), older age (OR = 2.86, 95% CI = 2.15-3.82, and OR = 5.97, 95% CI = 4.42-8.08 for middle-aged and elder groups, respectively), SPD (OR = 2.11, 95% CI = 1.47-3.04), employment (OR = 0.62, 95% CI = 0.51-0.76), race (OR = 0.35, 95% CI = 0.23-0.54, OR = 0.59, 95% CI = 0.36-0.97, and OR = 0.47, 95% CI=0.29-0.75 for Latino, Asian, and African American, respectively) and lower federal poverty level (OR=1.89, 95% CI = 1.35-2.63, OR = 1.65, 95% CI = 1.27-2.14, and OR = 1.39, 95% CI = 1.12-1.72 for 0-99% FPL, 100-199% FPL and 200-299% FPL, respectively) were all associated with COPD (P < 0.05). Age group, SPD, race, and employment showed significant interactions with smoking status. Stratified by smoking status, aging was the only risk factor for COPD in the never smoking group; whereas, lack of physical activity, older age, SPD, race, unemployment, and lower federal poverty level were associated with COPD in the smoking groups.
Conclusions: Smoking and aging were major risk factors for COPD, while lack of physical activity and SPD were strongly associated with COPD in the smoking groups.
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