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Restaging Rancière: New Scenes of Equality and Democracy in EducationWhittaker, Meredith 20 October 2011 (has links)
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[pt] A ARTE COMO POSSIBILIDADE: REFLEXÕES SOBRE A RELEVÂNCIA CONTEMPORÂNEA DA ARTE A PARTIR DE JACQUES RANCIÈRE / [en] ART AS A POSSIBILITY: REFLECTIONS ON ART S CONTEMPORARY RELEVANCE THROUGH JACQUES RANCIÈREGUILHERME BEZZI CONDE 07 May 2021 (has links)
[pt] Esta dissertação pretende apresentar e discutir o conceito de regimes de identificação das artes, desenvolvido pelo filósofo francês Jacques Rancière desde meados da década de 1990. Interessa-nos principalmente perceber como, por meio deste conceito, a contingência histórica da noção de arte adquire uma dimensão polêmica, tornando-se o ponto de partida para a construção de uma cena argumentativa que visa, sobretudo, tornar perceptível o aparecimento de uma potência dissensual no campo das práticas artísticas a partir de fins do século XVIII. Para desenvolver nossa discussão, em um primeiro momento sublinhamos determinados aspectos do método filosófico de Rancière, no intuito de destacar seus esforços em reconfigurar os debates nos quais interfere, sem, contudo, oferecer respostas unívocas para as questões com as quais se depara. Em um segundo momento, apresentamos o conceito de regimes de identificação e as principais características dos três regimes descritos por Rancière: o regime ético das imagens, o regime poético das artes e o regime estético da arte. Por último, nos perguntamos sobre de que modos o conceito de regimes pode nos ajudar a pensar em uma relevância contemporânea para o campo da arte e sua potência dissensual. / [en] This dissertation aims to present and discuss the concept of regimes of identification of the arts, developed by the French philosopher Jacques Rancière from the middle of the nineteen nineties. We are particularly interested in perceiving how, through this concept, the historical contingency of the notion of art acquires a polemical dimension, becoming the starting point of the construction of an argumentative scene that aims, most of all, at making perceptible the appearence of a dissensual power in the field of artistic practices since the end of the 18th century. First, in order to develop our discussion, we underline certain aspects of Ranciere s philosophical method, with the purpose of highlighting his efforts in reconfiguring the debates in which he interferes, without however, providing univocal answers to the questions with which he comes across. Secondly, we present the concept of regimes of identification and the main characteristics of the three regimes analyzed by Rancière: the ethical regime of images, the poetic regime of arts and the aesthetic regime of art. Last of all, we ask ourselves about which ways the concept of regimes can help us think in a contemporary relevance for the field of art and its dissensual power.
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Documents of Culture, Documents of Barbarism: Gothic Literature, Empiricism, and the Rise of Professional ScienceGrace, Andrew 11 July 2013 (has links)
The trope of the discovered manuscript, in which a narrator or character finds a document and presents it to the readers or other characters, has been a part of the Gothic genre since its inception. The discovered manuscript trope persists, despite criticism and satire, in part because it enables Gothic stories to situate their readers. In the nineteenth-century, as the presence of lawyers, doctors, scientists, journalists and other experts grew in society, Gothic novelists drew upon their methodologies and their records to revise the discovered manuscript trope. This project examines the trope of the discovered manuscript throughout Gothic literature in the eighteenth and nineteenth centuries in order to discuss how the Gothic functions as a literature of terror and how its techniques evolved in response to the epistemologies espoused by empiricist philosophers and professional scientists.
I draw upon Jacques Rancière's theories about the representative and aesthetic regimes for the identification of the artistic image to support three central, interrelated claims about the role, and evolution, of the discovered manuscript trope within Gothic fiction: 1) Gothic literature responds to an epistemological problem in the empiricist tradition revolving around the connections between sensory uncertainty and linguistic gaps; 2) reading and interpreting documents play vital roles in the Gothic tradition; and 3) examining documents in Gothic fiction as image operations illuminates how they participate in a story's epistemological drama. In order to support these claims, this project presents four chapters that discuss a broad range of Gothic texts from Walpole's <italics>The Castle of Otranto<italics> to Stoker's <italics>Dracula<italics>.
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[pt] FEMINISMOS E AS POÉTICAS DO DISSENSO: OS CAMINHOS DA POLÍTICA COMO DANO A PARTIR DE JACQUES RANCIÈRE / [en] FEMINISMS AND DISSENSUS POETICS: THE PATHS OF THE POLITICS OF WRONG STEMMING FROM JACQUES RANCIÈRELUCIA DIAS COSTA BARROS 11 October 2023 (has links)
[pt] Esta dissertação tem por objetivo pensar o feminismo como política dissensual, a partir do filósofo Jacques Rancière, considerando a política como um desentendimento com a ordem hegemônica – nesse caso, o patriarcado. No século XIX a entrada na cena pública das mulheres como agentes, apesar de não serem autorizadas a fazê-lo, promoveu um dano que fez aquilo que era ruído se tornar palavra. Palavra essa que abriu espaço para sensibilidades que não estavam dadas de antemão. Apesar de Rancière não falar diretamente de feminismo, é possível fazer seus conceitos, tais como dissenso, parte dos sem parte e emancipação, operarem em diálogo com uma epistemologia feminista. Ademais, entendendo que a política, nesses termos, é vinculada a um campo sensível, há nela uma dimensão estética.
Quando pensamos em estética como arte assumimos que, para Rancière, no Regime Estético, há uma condição de indeterminação nela, na arte, que abre um campo de possibilidades para tornar algo visível ou dizível. Nesse sentido, a pesquisa também se desdobra para pensar o feminismo nas artes e o modo como estética e política se entrelaçam. / [en] This dissertation aims to think feminism as a dissensual politics, from philosopher Jacques Rancière s theory, considering politics as a disagreement with the hegemonistic order - in this case, patriarchy. In the 19th century women entering the public scene as agents, although not allowed to, promoted a wrong that made what was noise to become a word. A word which opened space for sensibilities that were not given beforehand. Even though Rancière did not speak directly about feminism, it is possible to make his concepts, such as dissensus, part of those who have no part and emancipation, operate in dialogue with a feminist epistemology. Furthermore, understanding that politics, in these terms, is connected to an invisible field, there is an aesthetic dimension in it. While we think of aesthetics as art, we assume that, for Rancière, in the Aesthetic Regime there is a condition of indetermination in art, which opens a field of possibilities to turn something visible or sayable. In this sense, this research also develops to think feminism in art and the way aesthetics and politics intertwine.
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[en] POLITICAL ART OR ART AND POLITICS: AN ANALYSIS OF THIS DISJUNCTION IN RANCIÈRE / [pt] ARTE POLÍTICA OU ARTE E POLÍTICA: UMA ANÁLISE DESTA DISJUNÇÃO EM RANCIÈREDANIEL CARDOSO DE OLIVEIRA 06 May 2013 (has links)
[pt] Nesta dissertação é apresentada uma alternativa para pensar a eficácia política da arte que se distingue do seu uso instrumental. Para isso, postula-se que a conexão entre os campos da arte e da política se estabelece sobre uma experiência dissensual. Ambas as atividades embaralham a trama da experiência sensível na qual um mundo em comum se estabelece; é fixado, designado e repartido. A argumentação se divide em duas partes. Primeiramente, busca recompor uma estética da política – o modo pelo qual se configura um espaço de visibilidade para a ação e a argumentação políticas a partir do dissenso. Trata-se de uma experiência imprevisível e contingente que desfaz as conexões usuais entre causas e efeitos, ações e consequências. Ainda na primeira parte, se discute qual é efetivamente a perspectiva de emancipação por meio desta compreensão do fenômeno político frente à pretensão totalizante que caracterizou a tradição da filosofia política. Na segunda parte, será delimitado o escopo das preocupações da estética, contrapondo-a enquanto disciplina filosófica com a compreensão de Rancière de um regime estético da arte. Isto implica apresentar os diversos regimes com que a arte foi compreendida na tradição em analogia com os regimes de regulação do campo da política. Por fim, será discutida uma alternativa crítica para se pensar a efetividade política intrínseca ao regime estético que não recaia na simples atribuição de culpas e responsabilidades que caracteriza a instrumentalização tanto da política quanto da arte. / [en] This dissertation presents an alternative to think about the political efficacy of art that is distinct from its instrumental use. For this, it is postulated that the connection between the fields of art and politics settles on the experience of the dissensus. Both activities shuffle the plot of sensory experience in which a common world is established, fixed, designed and distributed. The argument is divided into two parts. First, it seeks to recompose an aesthetics of politics – the way is established a space of visibility for the political action and argumentation from political dissent. This is an unpredictable and contingent experience that undoes the usual connections between causes and effects, actions and consequences. Even in the first part, we discuss what is effectively the prospect of emancipation through this understanding of the political phenomenon front totalizing pretensions that characterized the tradition of political philosophy. In the second part, shall be limited the escope of the concerns of aesthetic discipline set in contrast with the conception proposed by Rancière of an aesthetic regime of art. This involves presenting the various regimes that art has been understood in the tradition in analogy with the regulatory regimes of the field of politics. Finally, we discuss an alternative to think about the political effectiveness intrinsic to the aesthetic regime of art that does not lie in the simple attribution of guilt and responsibility that characterizes both the instrumentalization of politics and art.
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[en] THE DIVISIONS, NOMINATIONS AND LITIGATIONS OF POLITICS: RANCIÈRE AND SOCIOLOGY / [pt] A POLÍTICA, SUAS PARTILHAS, NOMEAÇÕES E LITÍGIOS: RANCIÈRE E A SOCIOLOGIADANIEL CARDOSO DE OLIVEIRA 30 July 2018 (has links)
[pt] O objetivo desta tese é apresentar a singularidade da teoria política de Jacques Rancière, discutindo a razão do dissenso como caminho para uma emancipação possível e sempre inacabada. A tese defende que a crítica elaborada por Rancière contra o que, na sua avaliação, é um antiplatonismo platônico de Bourdieu pode ser aproveitada para pensar contextos sociológicos inteiramente distintos. A questão a ser discutida é o núcleo de afinidade entre filosofia e sociologia, qual seja, entre a pretensão filosófica ao governo e a necessidade sociológica de escapar à tutela da economia. Como condição do triunfo de seu estatuto de ciência autônoma, a sociologia avança sobre o território, inaugurado por Platão, onde se formulam sínteses comunitárias através dos mitos (mythos) que embaralham narrativa e discurso. Assim, fazemos referência a algumas objeções suscitadas por Charlotte Nordmann e Alberto Toscano para desenvolver um trabalho de defesa das posições de Rancière. Contudo, a crítica à sociologia foi explorada em uma série de autores e subtemas nos quais Bourdieu não é endereçado, exceto anedoticamente. Os autores tratados são: Alfred Cobban, a partir de seu livro Interpretação social da revolução francesa, analisado por Rancière em Os nomes da História; Hannah Arendt, a partir das divergências entre sua leitura sobre o social e a de Rancière; Boltanski e Chiapello, a partir de O novo espírito do capitalismo, cuja referência a uma proximidade com Rancière, sob a rejeição deste último, é analisada. / [en] The purpose of this thesis is to present the uniqueness of Jacques Racière s political theory, discussing the reason of dissent as the path to a possible and always unfinished emancipation. The thesis defends that Rancière s criticism of what is, on his evaluation, a platonic antiplatonism of Bourdieu, can be harnessed to think entirely different sociological contexts. The question to be addressed is the core of affinity between philosophy and sociology, which is, between the philosophical aspiration to government and the sociological need to escape economy s guardianship. As a condition for the triumph of its scientific status, sociology advances on the territory inaugurated by Plato where community synthesis are formulated through myths (mythos) that shuffles the relation between narrative and discourse. Thus, we make reference to some objections raised by Charlotte Nordmann and Alberto Toscano to develop a defense of Rancière s positions. However, criticism of sociology has been explored in a number of authors and sub-themes in which Bourdieu is not addressed but anecdotally. The authors are: Alfred Cobban, from his book Social Interpretation of the French Revolution, discussed by Rancière in The Names of History; Hannah Arendt, from divergences between her readings on the social and the readings on sociology from Rancière; Boltanski and Chiapello, from their book: The new spirit of capitalism, whose reference to a proximity with Rancière is addressed, under the latter s rejection.
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[pt] EMANCIPAR O ESPECTADOR?: DISTÂNCIAS E INTERVALOS NO CINEMA DE MICHAEL HANEKE / [en] EMANCIPATING THE SPECTATOR?: DISTANCES AND INTERVALS IN THE CINEMA OF MICHAEL HANEKE25 March 2021 (has links)
[pt] A partir dos movimentos de maio de 1968, a figura intelectual da emancipação toma conta da filosofia francesa: enquanto Jacques Rancière aposta na radical hipótese da igualdade das inteligências, Alain Badiou desenvolve uma teoria do acontecimento. Em comum, concernem a ambos processos de subjetivação, dentre os quais Badiou destaca quatro: amorosos, científicos, políticos e artísticos. Neste âmbito, o regime estético rancièriano e a inestética badiousiana oferecem aporte teórico para reformular as categorias segundo as quais se compreende a criação artística – em geral – e o cinema – em particular. No entendimento comum de uma arte contemporânea das relações, este trabalho aproxima os autores com o objetivo de pensar a obra do diretor austríaco Michael Haneke. Dividindo seus filmes em blocos temáticos – entre cinema e amor, entre cinema e ciência, entre cinema e política e entre cinema e outras artes –, investigam-se distâncias e intervalos pelos quais podem passar ideias e nos quais se formam espectadores como sujeitos igualitários. / [en] From May 68 on, the intellectual figure of emancipation takes over French philosophy: while Jacques Rancière bets on the radical hypothesis of the equality of intelligences, Alain Badiou develops the theory of the event. In unison, both are concerned with processes of subjectivation, amongst which Badiou highlights four types: amorous, scientific, political and artistic. In this last scope, the rancièrian aesthetic regime and the badiousian inaesthetics offer a theoretical approach to reformulate the categories within which art – in general – and cinema – in particular – are perceived. In the common understanding of contemporary art of relations, this work links the authors, intending to analyze the work of Austrian director Michael Haneke. Splitting his movies into thematic blocks – between cinema and love, between cinema and science, between cinema and politics and between cinema and other arts –, the investigation lies on the distances and intervals within which ideas pass and spectators form themselves as egalitarian subjects.
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[en] POLITICS AND AESTHETICS OF POLITICS ACCORDING TO THE WORK OF JACQUES RANCIÈRE: TWO NARRATIVES OF THE 2013 PROTESTS IN BRAZIL / [pt] POLÍTICA E ESTÉTICA DA POLÍTICA NA OBRA DE JACQUES RANCIÈRE: DUAS NARRATIVAS SOBRE AS MANIFESTAÇÕES DE 2013 NO BRASILLUISA PRESSBURGER PORTUGAL 09 September 2016 (has links)
[pt] Para Jacques Rancière, o político é um encontro de dois processos
heterogêneos: a polícia, que é uma lei implícita que determina a distribuição
hierárquica dos lugares e das funções dentro de uma sociedade; e a política, um
processo de emancipação que consiste em uma ruptura com a lógica policial. O
conflito político surge a partir da manifestação de uma nova proposta de divisão
do sensível que quer redefinir aqueles que são vistos e aqueles que são invisíveis,
aqueles que tem direito a palavra e aqueles que só alcançam o ruído dentro do
comum. Nesse sentido, esta é uma disputa pela partilha do sensível, a estética
própria da política que se manifesta nos atos de subjetivação que redefinem a
organização do comum. À luz dessas ideias, o objetivo deste trabalho será analisar
o que ocorreu nas manifestações de junho de 2013 no Brasil e tentar entender em
que medida a política se manifestou neste processo. Duas narrativas surgem a
partir destes eventos: a narrativa da mídia tradicional e a narrativa dos
manifestantes. Elas representam ficções, que, na definição de Rancière, são
construções do comum que determinam o dizível, o factível e o possível. Como
será argumentado, a ficção da lógica policial é representada pela narrativa da
mídia tradicional, enquanto a ficção política é representada pela narrativa dos
manifestantes. Assim, o presente trabalho irá contrastar essas duas narrativas,
explicitando como cada uma delas aponta para uma proposta específica da partilha
do sensível e de que forma o processo político ocorre a partir dessa disputa. / [en] According to Jacques Rancière, the political is the encounter of two distinct
process: the police, an implicit law that determines the hierarchical distribution of
places and functions inside a society; and the politics, an emancipation process
that consists in a rupture with the logic of the police. The political conflict appears
through the manifestation of a new proposal of the distribution of the sensible that
aims to redefine those visible and those invisible, those that have the right to
speak and those that have not. In that sense, this is a dispute about the distribution
of the sensible, which is the aesthetics of politics that manifests itself through the
acts of subjectivation that redefine the organization of the common. In light of the
above, the objective of this dissertation is to analyze the events that took place
during the 2013 protests in Brazil and try to comprehend in what ways this can be
understood as a political moment. Two narratives appear from those events: the
traditional media s narrative and the narrative of the protesters. They represent
fictions that, according to Rancière s definition, are conceptions of the common
that define the speakable, the feasible and the possible. The argument here
supported is that the fiction of the police s logic is represented in the narrative of
the traditional media; meanwhile, the protesters narrative corresponds to the
politics fiction. In conclusion, this dissertation will contrast these two narratives,
highlighting the ways in which each of then points towards a different proposal
for the distribution of the sensible, and how the political process occurs from this
dispute.
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[pt] ATIVISMO POÉTICO: INSURGÊNCIAS CONSTELARES NO BRASIL CONTEMPORÂNEO / [en] POETICAL ACTIVISM: CONSTELLAR INSURGENCIES IN CONTEMPORARY BRAZILPEDRO CAETANO EBOLI NOGUEIRA 27 September 2021 (has links)
[pt] A presente Tese de Doutorado investiga algumas das relações entre arte, política e movimentos sociais que permeiam nosso presente, partindo de uma constelação insurgente composta por exposições, ações, trabalhos de arte e de ativismo ocorridos no Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco, circunscritos no período entre 2004 e 2018. Em uma abordagem transversal de arte e política, cada um dos seis capítulos coloca um determinado elemento estético em cena: duas ações do coletivo Frente Três de Fevereiro (1) e uma do Política do Impossível (2); o coletivismo artístico em torno da ocupação Prestes Maia (3) e seu desdobramento na exposição Zona de Poesia Árida e no suporte instalativo Poética do Dissenso (4); duas performances de Elilson (5); dois trabalhos de Bárbara Wagner em colaboração com grupos de evangélicos neopentecostais (6). Partindo desta constelação, discutimos problemas como a poética da política, uma educação pelo silêncio, a crítica institucional e a institucionalidade crítica, uma política do luto e da memória, além de questões relativas a coletivos, minorias, alteridades, identidades e lugares de fala. Nos baseamos especialmente no pensamento de Jacques Rancière, amparado por autores como Bruno Latour, Walter Benjamin, Roland Barthes, Michel Foucault, Judith Butler e Suely Rolnik. Assumimos uma abordagem fragmentária, que tangencia o método cartográfico de Suely Rolnik; as constelações benjaminianas; as cenas rancierianas; os traços barthesianos; e o composicionismo de Bruno Latour. Esta estratégia absorve certos modos de inteligibilidade comuns aos procedimentos de curadoria ou de montagem, em que a reunião de uma série de imagens singulares pode agenciar múltiplas possibilidades de sentido. Na presente Tese, ela permite a emergência de um presente composto enquanto um campo irresoluto de vibração dissensual. / [en] This Doctoral Thesis investigates some of the relationships between art, politics and social movements that permeate our present, starting from an insurgent constellation composed of exhibitions, activist actions and art works that took place in Rio de Janeiro, São Paulo and Pernambuco, in the period between 2004 and 2018. In a transversal approach to art and politics, each one of the six chapters enacts a certain aesthetic element: two actions held by Frente Três de Fevereiro collective (1) and one action held by Política do Impossível collective (2); the artistic collectivism around Prestes Maia occupation (3) and its unfolding in the exhibition Zona de Poesia Árida and in the installation work Poética do Dissenso (4); two performances conceived by Elilson (5); two pieces made by Bárbara Wagner, in collaboration with neopentecostal groups (6). Starting from this constellation, we discuss matters such as the poetics of politics, an education through silence, institutional critique and critical institutionality, a politics of mourning and memory, as well as issues related to collectives, minorities, alterities, identities and speaking places. This research draws especially on the thought of Jacques Rancière, supported by authors such as Bruno Latour, Walter Benjamin, Roland Barthes, Michel Foucault, Judith Butler and Suely Rolnik. Seeking to privilege a fragmentary approach, our method derives from Suely Rolnik s cartographic method; benjaminian s constellations; rancierian s scenes; barthesian s traces; and Bruno Latour s compositionism. This strategy absorbs certain modes of intelligibility common to curatorship, editing and assembly procedures, in which the gathering of a series of singular images can bring together multiple possibilities of meaning. Inside this Thesis, that method allows the emergence of a present compound as an unresolved field of dissenting vibration.
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[en] AESTHETICS AND POLITICS: A DIALOGUE BETWEEN JACQUES RANCIÈRE AND RICARDO BASBAUM / [pt] ARTE E POLÍTICA: UM DIÁLOGO EPISTOLAR ENTRE JACQUES RANCIÈRE E RICARDO BASBAUMPATRICIA DE SOUZA MATIAS 20 April 2020 (has links)
[pt] Na presente dissertação buscamos pensar a relação entre arte e política a
partir das proposições teóricas de Jacques Rancière em diálogo com a obra Você
gostaria de participar de uma experiência artística? do artista visual Ricardo
Basbaum. A elaboração desse diálogo, compreendido aqui como princípio e
criação filosóficos, se deu por meio de cartas, entre Basbaum e Rancière, nas
quais, a partir do episódio doação do NBP (ação realizada pelo Coletivo Vaca
Amarela na proposição Você gostaria de participar de uma experiência
artística?), são discutidas a relação entre estética e política, os papéis do artista e
do espectador no circuito de arte. Para Rancière, a politicidade das obras de arte
não reside na capacidade de dar a ver as estruturas de dominação ou os conflitos
políticos nem na de descortinar alternativas e soluções. A política acontece, antes,
quando ocorrem dissensos na Partilha do Sensível, isto é, na configuração
implícita que define lugares e formas de participação num mundo comum, que
determina aquilo que é visível, audível e o que pode ser dito, pensado ou feito. A
arte é política não por defender tal ou qual causa, mas à medida que mobiliza um
conjunto complexo de relações. A consequência desta formulação é que a própria
noção de obra enquanto um objeto deve ser ampliada para a ideia de regime das
artes como um a priori que define toda rede de relações e articulações em torno da
arte. Deste modo, não serão perscrutadas intenções ou motivações políticas na
obra Você gostaria de participar de uma experiência artística?, aquilo que
pretendemos é pensar de que forma Basbaum reconfigura o sensível sendo,
portanto, política sua obra. / [en] This dissertation aims to present and discuss the relationship between art
and politics from Jacques Rancière s theoretical propositions in dialogue with the
work Would you like to participate in an artistic experience? by visual artist
Ricardo Basbaum. The elaboration of this dialogue, understood here as a
philosophical principle and creation, took place through letters, between Basbaum
and Rancière, in which, from the episode NBP donation (action performed by
the Collective Vaca Amarela in the proposition Would you like to participate in
an artistic experience?), the relationship between aesthetics and politics, the
roles of the artist and the spectator in the art circuit are discussed. For Rancière,
the politicity of works of art does not lie in their ability to reveal the structures of
domination or political conflicts or to uncover alternatives and solutions. Politics
happens rather when dissent occurs in Sensitive Sharing, that is, in the implicit
configuration that defines places and forms of participation in a common world,
which determines what is visible, audible, and what can be said, thought, or done.
Art is political not for defending such or any cause, but as it mobilizes a complex
set of relationships. The consequence of this formulation is that the very notion of
work as an object must be extended to the idea of the regime of the arts as an a
priori that defines the whole network of relations and articulations around art.
Thus, no political intentions or motivations will be scrutinized in the work
Would you like to participate in an artistic experience?, What we want to think
about is how Basbaum reconfigures the sensible and therefore his work is
political.
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