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Não adesão ao tratamento: efeitos para a equipe e efeito da equipe / Non-adherence to treatment: effects to team and effect from team

Ana Paula Chacon Ferreira 29 June 2017 (has links)
A não adesão ao tratamento é um terreno complexo para compreensão e manejo. Este estudo evidenciou os profissionais de saúde que, cotidianamente, são interpelados por tal questão. O objetivo foi refletir acerca de quais os efeitos da não adesão ao tratamento para a equipe de saúde, assim como quais ações/reações da equipe podem gerar, como efeito, a não adesão ao tratamento. O instrumento de coleta de dados foi uma entrevista semiestruturada. A amostra foi composta por 10 profissionais que trabalham com adolescentes em tratamento de doenças crônicas, entre eles: médicos (as), psicólogos (as), fisioterapeutas, nutricionistas e enfermeiros (as). O método para análise dos dados foi a Análise Temática e a Psicanálise foi utilizada para interpretação e discussão do material. Como resultado, a não adesão foi vinculada às carências (socioeconômicas, familiares e educacionais) percebidas nos pacientes, ao período da adolescência (quando o próprio paciente começa a cuidar de seu tratamento) e ao sofrimento advindo da condição da doença. Outros elementos também foram identificados: a presença de uma dinâmica entre paciente-família-equipe, da qual emergiu um ciclo de encaminhamentos, cujo objetivo poderia significar uma tentativa de eliminação de um incômodo (a não adesão), produzindo a cronificação do mesmo. Verificou-se, também, a presença de uma confusão entre cuidado e controle, sendo que as relações estiveram permeadas por desconfiança, verificação e correção. Percebeu-se, ainda, a relação entre não adesão e frustração, seja porque o tratamento é insuficiente para evitar o sofrimento do paciente, podendo até mesmo causá-lo; seja pelo desconforto advindo da percepção de não cooperação do outro, acarretando em uma sensação de inutilidade do trabalho realizado. Ao final, como efeitos para a equipe, evidenciou-se a presença de profissionais envolvidos por um discurso de frustração e impotência. Como efeitos da equipe, verificam-se profissionais produzindo aquilo a de que se queixam, pelos lugares subjetivos que delineiam e cristalizam nas relações. A partir disso, problematiza-se o sentido que a não adesão ao tratamento assume no contexto assistencial (falha que impede o trabalho, necessitando ser controlada/corrigida/extirpada), o que dificulta abordá-la como um sintoma que necessita ser colocado em evidência, já que pode sinalizar os percalços (e as possíveis resoluções) de um contrato relacional, no qual a própria equipe está, necessariamente, implicada / Non-adherence to treatment is a complex field for understanding and handling. This study emphasizes the health professionals who, on a daily basis, face this question. The objective is to think over on the effects of non-adherence to treatment to the health team, as well as which actions/reactions from the team can generate, as an effect, non-adherence to treatment. The instrument of data collection is a semi-structured interview. The sample consists of 10 professionals working with adolescents in the treatment of chronic illness: doctors, psychologists, physiotherapists, nutritionists and nurses. The method for data analysis is Thematic Analysis, and Psychoanalysis is used for interpretation and discussion. As a result, non-adherence is related to: a socioeconomic, family and educational lack in the patients; to the adolescence period (when the patient begins to take care of his/her own treatment); and to the suffering coming from the condition of the disease. Other elements are also identified: the presence of a patient-family-team dynamics, from which a cycle of problem transmission to the other arises, wich could mean an attempt to eliminate a nuisance (non-adherence), producing a chronification of the issue. It is also verified the presence of a confusion between care and control, and the relations are permeated by distrust, verification and correction. The relationship between non-adherence and frustration are also noticed, because the treatment is insufficient to avoid the suffering of the patient, and may even cause it; or because of the discomfort arising from the perception of non-cooperation of the other, resulting in a sense of uselessness of the work performed. In the end, as effects to the team, the presence of professionals involved by a speech of frustration and impotence is evidenced. As effects from the team, it is possible to notice professionals producing what they complain about, by the subjective places that delineate and crystallize in relationships. From this, the meaning that non-adherence to treatment assumes in the care context (failure that restrains work, need to be controlled/corrected/eliminated) is problematized, which makes it difficult to approach it as a symptom that needs to be highlighted, since it can mean the mishaps (and possible resolutions) of a relational contract, in which the team itself is necessarily involved
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As emoções do médico na relação com o paciente: uma abordagem da psicologia junguiana / The Doctor´s Emotions in Relationship With the Patient: An Approach of Jungian Psychology

Castelhano, Laura Marques 13 March 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:39:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Laura Marques Castelhano.pdf: 1955754 bytes, checksum: eb80f8fb5a15633ac54be0a9b22ade47 (MD5) Previous issue date: 2015-03-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The purpose of the research was to investigate the emotions of the doctor and their perception of the patient that affects him. This study used a multimethod research and evaluated in quantitative phase, thirty (30) doctors serving in office. For the qualitative phase were chosen four (4) doctors for an in-depth interview as a Case Study. The instruments used for the analysis were: sociodemographic questionnaire, the Inventory of Stress Symptoms for Adults Lipp (ISSL) and the International Affective Picture System (IAPS) and a semi-structured interview. The results showed that 56.7% of doctors experienced symptoms of stress, which is an index within the expected parameters of the test and there was no relationship between the sociodemographic variables. In relation to emotional perception there was no difference between the sample results and the general population, but differences were found in the relation to sociodemographic variables: age, time since graduation, average handle time (consultation) and weekly hours devoted to work in the office, concluding that older doctors, with more time after graduation and more time in consultation with the patient, felt more impacted on the emotional stimuli than other doctors; and doctors who work more hours per week in the office perceived the stimuli in a less pleasant way than other doctors. These data were confirmed by groups of four (4) clusters. It was conducted by a case study following the approach of Jungian theory with a representative of each cluster from pre-set categories related to the research objectives, content and factors attributed to stress; emotional perception; the role of emotion in the doctor-patient relationship; the emotions aroused by difficult patient and not difficult patient and strategies for dealing with emotions. The results revealed that the emotions could influence attitudes and perceptions in the medical activity. There was a suffering from physicians due to an emotional wound that is not recognized and poorly understood, which can result in projections in patients / O objetivo da pesquisa foi investigar as emoções do médico e a percepção do paciente que o afeta. Este estudo utilizou o método misto de pesquisa e avaliou na fase quantitativa, 30 (trinta) médicos com atuação em consultório. Para a fase qualitativa foram escolhidos 4 (quatro) médicos para a entrevista aprofundada em forma de Estudo de Caso. Os instrumentos utilizados para a análise foram: o questionário sociodemográfico, o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL) e o International Affective Picture System (IAPS) e a entrevista semiestruturada. Os resultados mostraram que 56,7% dos médicos apresentaram sintomas de estresse, índice dentro do esperado pelos parâmetros do teste e não houve relação entre as variáveis do sociodemográfico. Em relação à percepção emocional não houve diferença entre os resultados da amostra e a população geral, mas houve diferença na relação com as variáveis sociodemográficas: idade, tempo de formado, tempo médio de atendimento (consulta) e horas semanais dedicadas ao trabalho no consultório, concluindo-se que médicos mais velhos, com mais tempo de formado e que ficam mais tempo em consulta com o paciente, sentiram-se mais impactados diante dos estímulos emocionais do que os outros médicos; e os médicos que trabalham mais horas semanais no consultório perceberam os estímulos de forma menos prazerosa que os outros médicos. Esses dados foram confirmados pelos agrupamentos dos 4 (quatro) clusters. Efetuou-se a análise de caso segundo a abordagem da teoria junguiana com um representante de cada cluster a partir de categorias pré-estabelecidas relacionadas aos objetivos da pesquisa: índice e fatores atribuídos ao estresse; a percepção emocional; o papel da emoção na relação médico-paciente; as emoções despertadas pelos pacientes difícil e o que não desperta dificuldades e estratégias para lidar com as emoções. Os resultados revelaram que as emoções podem influenciar atitudes e percepções na atividade do médico. Observou-se um sofrimento por parte dos médicos decorrente de uma ferida emocional que não é reconhecida e que encontra pouco espaço para ser compreendida, passível de ocasionar projeções nos pacientes
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Ensino do residente de pediatria em um ambulatório geral: análise da consulta / Teaching pediatric residents in a general pediatric outpatient clinic: analysis of consultation

Ballester, Denise 18 December 2009 (has links)
Diversos autores referem que a realização da consulta médica associa-se a melhores resultados quando apoiada nos pressupostos do modelo centrado no paciente dentre os quais se destaca a inclusão da perspectiva do paciente. O objetivo deste estudo foi analisar se o modelo de ensino adotado no Ambulatorial Geral de Pediatria (AGEP) permite ao residente de pediatria, após um ano de estágio, conduzir uma consulta com a inclusão da perspectiva dos pais. O estágio no AGEP dos residentes de primeiro ano, do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), ocorre no Hospital Universitário da USP que é um serviço de atendimento secundário. Este ambulatório tem como objetivo ensinar uma forma de atendimento ampliado e não centrado na doença. Em 2007, foram selecionados 10 residentes para serem filmados durante a realização de uma consulta no início e no final do estágio. Os dados foram analisados por metodologia qualitativa por meio de técnica exploratória envolvendo, independentemente, três juízes. Adotando-se como referencial teórico pressupostos do modelo centrado no paciente, elaboraram-se as categorias gerais: (1) Compreensão da queixa principal referida pelos pais; (2) Compreensão de outras queixas; (3) Compartilhamento das orientações e decisões. Os residentes tinham em média 26 anos de idade, graduados em diversas faculdades do país e referiam formação em atendimento ambulatorial de pequena duração. Como resultado, observou-se que na categoria (1) a maioria dos residentes explora precocemente a primeira queixa referida pelos pais. No final do estágio alguns residentes incluem na anamnese, de modo insuficiente, a exploração dos sentimentos envolvidos com a queixa. Na categoria (2), poucos residentes exploram ativamente outras preocupações e observou-se pouca valorização da agenda dos pais. Na categoria (3), os residentes mantiveram ao longo do curso a forma não compartilhada das orientações e decisões durante a consulta. A observação das consultas permitiu a elaboração de categorias empíricas: (a) interação com a criança; (b) explicação do roteiro de anamnese; (c) prontuário como principal fonte de informação; (d) momentos de silêncio na consulta; (e) explicações a respeito dos procedimentos do exame físico. Dentre elas, a interação com a criança foi a mais significativa e constatou-se que a maioria dos residentes estabelece pouca comunicação com as crianças. Os residentes que buscam um diálogo com a criança restringem-se aos aspectos da rotina de vida e atividades escolares. Apenas uma residente explora o problema de saúde diretamente com a criança. Chamou a atenção a procura ativa da criança pela comunicação com os residentes durante a consulta, porém a maioria deles não demonstra ter entendido esse comportamento. Concluiu-se que o modelo de ensino do AGEP em 2007 não capacitava os residentes para a realização de consultas com a inclusão da perspectiva dos pais. As explicações para esse fato podem relacionar-se com as dificuldades em mudanças de comportamento, por parte dos residentes, decorrentes da formação na graduação com predomínio do modelo biomédico e a ausência de estratégias específicas para o ensino de pressupostos do modelo centrado no paciente e das habilidades de comunicação durante o estágio no AGEP / Several authors report that the outcome of the medical consultation is associated with better results when based on patient-centered model among which stands out the inclusion of the patient\'s perspective. The aim of this study was to examine whether the teaching model adopted in the Ambulatório Geral de Pediatria (AGEP), a general Pediatric outpatient clinic, capacitates, after one year, the resident of pediatrics to conduct a consultation which includes the parents perspective. The AGEP is a secondary health care facility located at the University Hospital of the University of São Paulo (USP), Brazil, and offers a course for the first year of the residency program of the Department of Pediatrics of the School of Medicine of USP. This clinic aims to teach a form of extended care, not focused on the disease. In 2007, 10 residents were selected to be videotaped while performing a consultation at the beginning and at the end of the course. The data was analyzed through qualitative methodology by exploratory technique involving three judges independently. Using as reference the patient-centered care, general categories were elaborated: (1) Understanding of the parents main complaints, (2) Understanding of other complaints and (3) Sharing decision-making. The residents had an average age of 26 years-old, graduated from different colleges in the country and referred outpatient training only for short periods. As a result it was observed that in category (1), the majority of residents explore precipitously the first parents complaint. At the end of the course some residents, although insufficiently, include in the anamneses the parents concerns involved with the complaint. In Category (2), few residents actively explore other complaints and the parents agenda was neglected. In category (3), residents maintained throughout the course a non-shared decision-making practice. The observation of consultations enabled the development of empirical categories: (a) interaction with the child, (b) explanation of the anamnese guide, (c) use of the records as the main source of information, (d) moments of silence during the consultation, (e) lack of explanation of the procedures of the physical examination. Among which, the interaction with the child was the most significant and it was found that most residents establish little communication with the children. Residents seeking a dialogue with the child are limited to the routine aspects of life and school activities. Only one resident explores the health problem directly with the child. Children actively tried to communicate with the residents during the consultation, but most residents appeared not to have understood their behavior. It was concluded that the teaching model of AGEP in 2007 does not enabled residents to do consultations including the parents perspective. The explanations for this may relate to the difficulties in changing residents behavior due to their former training during medical school in which there is a predominance of the biomedical model. Another reason was the absence of specific strategies for teaching patient-centered care and communication skills during the course in AGEP
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Ensino do residente de pediatria em um ambulatório geral: análise da consulta / Teaching pediatric residents in a general pediatric outpatient clinic: analysis of consultation

Denise Ballester 18 December 2009 (has links)
Diversos autores referem que a realização da consulta médica associa-se a melhores resultados quando apoiada nos pressupostos do modelo centrado no paciente dentre os quais se destaca a inclusão da perspectiva do paciente. O objetivo deste estudo foi analisar se o modelo de ensino adotado no Ambulatorial Geral de Pediatria (AGEP) permite ao residente de pediatria, após um ano de estágio, conduzir uma consulta com a inclusão da perspectiva dos pais. O estágio no AGEP dos residentes de primeiro ano, do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), ocorre no Hospital Universitário da USP que é um serviço de atendimento secundário. Este ambulatório tem como objetivo ensinar uma forma de atendimento ampliado e não centrado na doença. Em 2007, foram selecionados 10 residentes para serem filmados durante a realização de uma consulta no início e no final do estágio. Os dados foram analisados por metodologia qualitativa por meio de técnica exploratória envolvendo, independentemente, três juízes. Adotando-se como referencial teórico pressupostos do modelo centrado no paciente, elaboraram-se as categorias gerais: (1) Compreensão da queixa principal referida pelos pais; (2) Compreensão de outras queixas; (3) Compartilhamento das orientações e decisões. Os residentes tinham em média 26 anos de idade, graduados em diversas faculdades do país e referiam formação em atendimento ambulatorial de pequena duração. Como resultado, observou-se que na categoria (1) a maioria dos residentes explora precocemente a primeira queixa referida pelos pais. No final do estágio alguns residentes incluem na anamnese, de modo insuficiente, a exploração dos sentimentos envolvidos com a queixa. Na categoria (2), poucos residentes exploram ativamente outras preocupações e observou-se pouca valorização da agenda dos pais. Na categoria (3), os residentes mantiveram ao longo do curso a forma não compartilhada das orientações e decisões durante a consulta. A observação das consultas permitiu a elaboração de categorias empíricas: (a) interação com a criança; (b) explicação do roteiro de anamnese; (c) prontuário como principal fonte de informação; (d) momentos de silêncio na consulta; (e) explicações a respeito dos procedimentos do exame físico. Dentre elas, a interação com a criança foi a mais significativa e constatou-se que a maioria dos residentes estabelece pouca comunicação com as crianças. Os residentes que buscam um diálogo com a criança restringem-se aos aspectos da rotina de vida e atividades escolares. Apenas uma residente explora o problema de saúde diretamente com a criança. Chamou a atenção a procura ativa da criança pela comunicação com os residentes durante a consulta, porém a maioria deles não demonstra ter entendido esse comportamento. Concluiu-se que o modelo de ensino do AGEP em 2007 não capacitava os residentes para a realização de consultas com a inclusão da perspectiva dos pais. As explicações para esse fato podem relacionar-se com as dificuldades em mudanças de comportamento, por parte dos residentes, decorrentes da formação na graduação com predomínio do modelo biomédico e a ausência de estratégias específicas para o ensino de pressupostos do modelo centrado no paciente e das habilidades de comunicação durante o estágio no AGEP / Several authors report that the outcome of the medical consultation is associated with better results when based on patient-centered model among which stands out the inclusion of the patient\'s perspective. The aim of this study was to examine whether the teaching model adopted in the Ambulatório Geral de Pediatria (AGEP), a general Pediatric outpatient clinic, capacitates, after one year, the resident of pediatrics to conduct a consultation which includes the parents perspective. The AGEP is a secondary health care facility located at the University Hospital of the University of São Paulo (USP), Brazil, and offers a course for the first year of the residency program of the Department of Pediatrics of the School of Medicine of USP. This clinic aims to teach a form of extended care, not focused on the disease. In 2007, 10 residents were selected to be videotaped while performing a consultation at the beginning and at the end of the course. The data was analyzed through qualitative methodology by exploratory technique involving three judges independently. Using as reference the patient-centered care, general categories were elaborated: (1) Understanding of the parents main complaints, (2) Understanding of other complaints and (3) Sharing decision-making. The residents had an average age of 26 years-old, graduated from different colleges in the country and referred outpatient training only for short periods. As a result it was observed that in category (1), the majority of residents explore precipitously the first parents complaint. At the end of the course some residents, although insufficiently, include in the anamneses the parents concerns involved with the complaint. In Category (2), few residents actively explore other complaints and the parents agenda was neglected. In category (3), residents maintained throughout the course a non-shared decision-making practice. The observation of consultations enabled the development of empirical categories: (a) interaction with the child, (b) explanation of the anamnese guide, (c) use of the records as the main source of information, (d) moments of silence during the consultation, (e) lack of explanation of the procedures of the physical examination. Among which, the interaction with the child was the most significant and it was found that most residents establish little communication with the children. Residents seeking a dialogue with the child are limited to the routine aspects of life and school activities. Only one resident explores the health problem directly with the child. Children actively tried to communicate with the residents during the consultation, but most residents appeared not to have understood their behavior. It was concluded that the teaching model of AGEP in 2007 does not enabled residents to do consultations including the parents perspective. The explanations for this may relate to the difficulties in changing residents behavior due to their former training during medical school in which there is a predominance of the biomedical model. Another reason was the absence of specific strategies for teaching patient-centered care and communication skills during the course in AGEP
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Comunicação de más notícias no departamento de emergência: uma análise comparativa entre as percepções de médicos residentes, pacientes e familiares / Breaking bad news in the emergency department: a comparative analysis amongst residents, patients and family members\' perceptions

Gabriela Toutin Dias 15 December 2015 (has links)
Introdução: A comunicação de más notícias é uma prática difícil, porém frequente, tornando-se praticamente rotineira no dia-a-dia de médicos. No departamento de emergência, esta categoria de comunicação adquire aspectos bastante particulares. Objetivos: O principal objetivo deste estudo é avaliar a percepção de pacientes e familiares acerca da comunicação de más notícias no departamento de emergência, comparando-as à percepção de médicos residentes. Método: Trata-se de um estudo observacional transversal realizado no departamento de emergência de um hospital universitário terciário. Com o intuito de comparar as percepções de médicos residentes e receptores (pacientes e familiares), foi criado um questionário baseado nas seis recomendações provenientes do protocolo SPIKES (Setting [Ambientação]: questões 1-5; Perception [Percepção]: questão 6; Invitation [Convite]: questão 7; Knowledge [Conhecimento]: questões 8-12; Emotions [Emoções]: questões 13-15; Strategy and Summary [Estratégia e Resumo]: questão 16). Os questionários foram aplicados aos participantes imediatamente após a comunicação de uma má notícia no departamento de emergência. A concordância entre médicos residentes e receptores foi analisada utilizando os testes estatísticos de Kappa e Qui-quadrado. Resultados: Um total de 73 comunicações de más notícias foram analisadas. Os participantes foram 73 médicos residentes, 69 familiares e 4 pacientes. Em geral, houve um baixo nível de concordância entre médicos residentes e receptores acerca de como se deu a comunicação da má notícia no departamento de emergência. O nível de satisfação de pacientes e familiares sobre como os médicos residentes comunicaram estas notícias apresentou média de 3,7 + 0,6 pontos. Em contraste, os médicos residentes demonstraram uma pior percepção do mesmo encontro (2,9 + 0,6 pontos), sendo p < 0.001. Conclusão: Médicos residentes e receptores tendem a discordar em relação a diversos aspectos da comunicação de uma má notícia. As discrepâncias foram mais evidentes em questões envolvendo emoções, convite e privacidade. No entanto, uma importante concordância entre as percepções foi encontrada nas questões técnicas e de conhecimento que surgiram durante a comunicação / Introduction: Breaking bad news is a common and routine practice, performed practically every day by physicians. In the Emergency Department, communication acquires unique aspects. Objective: Our main objective was to assess patient and family member\'s perception about bad news communication in the Emergency Department and compare these with physicians\' perceptions. Method: This is a cross-sectional study performed at the Emergency Department of a tertiary teaching hospital. To compare physicians\' and receivers\' (patient and/or family member) perceptions, we created a survey based on the six attributes derived from the SPIKES protocol (Setting: questions 1-5; Perception: question 6; Invitation: question 7; Knowledge: questions 8-12; Emotions: questions 13-15; Strategy and Summary: question 16). The surveys were applied immediately after bad news communication happened in the Emergency Department. We analyzed agreement amongst participants using Kappa statistics and Qui-squared test to compare proportions. Results: A total of 73 bad news communication encounters were analyzed. The survey respondents were 73 physicians, 69 family members and 4 patients. In general, there is a low level of concordance between physicians\' and receivers\' perceptions of how breaking bad news transpired. The satisfaction level of receivers in regards to breaking bad news by doctors presented a mean of 3.7 + 0.6 points. In contrast, the physicians\' perception of the communication was worse (2.9 + 0.6 points), with p < 0.001. Conclusions: Doctors and receivers disagree in relation to what transpired throughout the bad news communication. Discrepancies were more evident in issues involving emotion, invitation and privacy. However, an important agreement between perceptions was found in technical and knowledge related aspects of the communication
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Contribuições psicanalíticas à clínica médica na Atenção Primária em Saúde / Psychoanalytic contributions to Medical Clinic in Primary Health Care

Furtado, Nathalia Vidigal 06 November 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:38:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Nathalia Vidigal Furtado.pdf: 1148548 bytes, checksum: 8d9d3ae18a02499396c16fda90f03f24 (MD5) Previous issue date: 2013-11-06 / The present work aims to study the clinical practice performed by medical professionals in the context of services of Primary Health Care and think about some possible contributions from psychoanalysis to the theme, focusing a discussion on the social and subjective aspects that are present in this field of acknowledge. This articulation was built using the bibliography of the area and material of the interview carried out with two physicians and three users/clients of these services. Following the tracks of Balint, our hypothesis is that there will always be, in the relationship of doctor and his patient, a place for psychotherapy, although some contexts have a prominent position. We believe that this is the case of services of Primary Health Care as they involve problems with a unique complexity and the task of understanding them should be pursued before any intervention. It is concluded that this understanding is achieved only when the presence of the patient is considered in a proper manner. This change implies necessarily to recognize, at the same time, the presence of the singularity of the medical profession, without which no change is possible. First, we aim to contextualize clinical practice in the Primary Health Care, highlighting its importance in the process of refocusing the logic of health services, and rescue the method of clinical work, considering the proximity and differences in Medicine and Psychoanalysis. Following, we reflect on the need for a psychotherapeutic dimension in the practice of clinical medicine, the importance of issues of transference in the doctor-patient relationship and the need to recognize the disease as a particular/subjective construction of a subject, conceiving clinical practice as a task of caring and construction of meaning in the face of illness experience. From a psychoanalytical study we discuss the status of the body in Medicine, as well as the social bond present in the clinic, considering some issues present from medical training to clinical practice / O presente trabalho tem como objetivo estudar a prática clínica realizada por profissionais médicos no contexto dos serviços de Atenção Primária em Saúde (APS), e pensar algumas possíveis contribuições ao tema a partir da Psicanálise, visando a uma discussão sobre aspectos sociais e subjetivos que se fazem presentes nesse campo. Essa articulação foi construída utilizando a bibliografia da área e o material de entrevistas com dois profissionais médicos e três usuários/pacientes destes serviços. Seguindo as trilhas de Balint, nossa hipótese é de que haverá sempre no espaço de uma relação como a do médico com o seu paciente, um lugar para a Psicoterapia, embora alguns contextos tenham um destaque especial. Acreditamos ser esse o caso dos serviços de APS, pois envolvem problemas com uma complexidade particular e a tarefa de compreendê-los deve ser perseguida antes de qualquer intervenção. Conclui-se que esta compreensão será alcançada, apenas, no momento em que a presença do paciente for considerada de maneira adequada. Essa mudança implica, necessariamente, em se reconhecer, concomitantemente, a presença da singularidade do profissional médico, sem a qual, nenhuma mudança é possível. Procuramos primeiro contextualizar a prática clínica na APS, destacando sua importância no processo de reorientação na lógica dos serviços de saúde, e resgatar o método de trabalho clínico, considerando as proximidades e divergências no campo da Medicina e da Psicanálise. Na sequência, buscamos refletir sobre a necessidade da dimensão psicoterápica na prática da clínica médica, a importância das questões transferenciais na relação médico-paciente e sobre a necessidade de reconhecer a doença como construção particular/subjetiva de um sujeito, concebendo a clínica como uma prática de cuidado e de construção de sentido diante da experiência de adoecimento. A partir de um olhar psicanalítico, discutimos sobre o estatuto de corpo presente na Medicina, assim como o (en) laço social presente na clínica médica, considerando algumas questões presentes desde a formação médica até a prática clínica
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A influência da comunicação médica nos ní­veis de satisfação dos pacientes: um estudo de caso / Medical communication on the of levels of patient satisfaction: a case study on its consequences

Bernardi, Rosane Terezinha 24 July 2019 (has links)
As alterações ocorridas no ambiente de prestação de serviços médicos nos últimos anos são profundas. Como em outras áreas profissionais, a pressão por produtividade, o aumento do volume de informações, a interferência de novas tecnologias, a elevação do custo dos serviços e a concomitante redução do orçamento das fontes pagadoras causam um profundo impacto na relação entre o profissional e seu cliente, o paciente. Esta relação é fundamental para uma boa evolução do tratamento, e para a satisfação e recomendação dos serviços por parte do paciente. Diante do cenário de mudanças sem precedentes nessa delicada relação, a presente dissertação teve por objetivo apresentar formas de aprimorar a relação médico-paciente através da melhora da comunicação entre ambos durante os instantes em que ocorre a interação entre eles, por ocasião da consulta. Para tanto, realizou-se uma revisão teórica e um trabalho de campo exploratório. Na bibliografia consultada, foram apresentados alguns fatores com impacto negativo no atual exercício da profissão médica junto ao paciente, e sua importância foi discutida. A revisão teórica também explorou as expectativas dos pacientes quanto ao atendimento, e o impacto de tais expectativas na percepção do paciente sobre o serviço recebido e no seu comportamento após o atendimento. Com base nos artigos pesquisados, foram apresentados alguns conceitos importantes para a melhora desta relação e da comunicação entre médico e paciente. O trabalho de campo foi realizado por meio de uma pesquisa exploratória e qualitativa, que utilizou como método o estudo de caso único com confrontação teórica. A organização estudada foi o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, e a unidade de análise estudada foi o processo de comunicação médico-paciente dentro do contexto da organização, e seu impacto na satisfação dos pacientes atendidos. As evidências foram colhidas paralelamente junto a um grupo de médicos residentes e um grupo de pacientes. Em seguida, cada grupo teve suas evidências analisadas individualmente. Foi também realizada a comparação das evidências colhidas de ambos os grupos com a revisão teórica, e identificação dos gaps. Verificou-se que embora o atendimento no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia seja muito bem avaliado, a maioria de seus pacientes menciona a existência de graves problemas em outros centros de atendimento, relacionados à falta de comunicação empática durante a interação médico-paciente, com importantes consequências. Os médicos residentes, por sua vez, mencionaram vários fatores estressores com impacto para médicos, pacientes e seus familiares. A pesquisa concluiu que o paciente se sente satisfeito quando se sente acolhido, quando o médico olha nos seus olhos e fala o seu nome, quando percebe o interesse dele por seu estado de saúde, recebe atenção e informações honestas - adequadas ao seu nível de compreensão. Os conceitos e propostas apresentados na revisão teórica, bem como as conclusões obtidas com este trabalho, podem contribuir para o desenvolvimento de estratégias e treinamentos práticos para os profissionais médicos desenvolverem uma abordagem mais empática com seus pacientes, aumentando o potencial terapêutico da interação. A pesquisa mostrou aplicação prática e impacto social, uma vez que corrobora para o efetivo aumento da intenção de adesão às recomendações médicas. / Changes that have taken place in the medical service environment in recent years are profound. As in other professional areas, the pressure for productivity, the increase in the volume of information, the interference of new technologies, the increase in the cost of services and the concomitant reduction of the budget of paying sources have an essential impact on the relationship between the professional and his client, the patient. This relationship is fundamental for a good evolution of the treatment, and the satisfaction and recommendation of the services by the patient. Given the unprecedented scenario of changes in this delicate relationship, the present dissertation aimed to present ways of improving the doctor-patient relationship through better communication between both during the moments in which the interaction between them occurs. For that, a theoretical review and exploratory fieldwork were carried out. In the bibliography researched, some factors in the current medical profession exercise with a negative impact on patients were presented, and their importance was discussed. The theoretical review also explored patients\' expectations regarding medical service, the impact of such expectations on the patient\'s perception of the service received, and their behavior after that. Based on the articles researched, we presented some important concepts for the improvement of this relationship and the communication between doctor and patient. The fieldwork was carried out through exploratory and qualitative research, which used a single case study method, with theoretical confrontation. The organization studied was Dante Pazzanese Institute of Cardiology, and the unit of analysis studied was the physician-patient communication process within the context of the organization, and its impact on the satisfaction of patients attended. Evidence was collected in parallel with a group of resident physicians and a group of patients. Then, each group had its evidence analyzed individually. The evidence collected from both groups were compared with the theoretical review, and gaps were identified. Although the medical care in Dante Pazzanese Institute of Cardiology is very well evaluated, most of its patients mention the existence of severe problems in other care centers, related to lack of empathic communication during doctor-patient interaction, with significant consequences. Resident physicians mentioned several stressors that had an impact on physicians, patients, and their families. The research concluded that the patient is satisfied when he feels welcomed, when the doctor looks into his eyes and speaks his name, when he realizes doctor\'s interest in his health, and receive honest information and attention - appropriate to his level of understanding. The concepts and proposals presented in the theoretical review, as well as the conclusions obtained with this work, can contribute to the development of strategies and practical training for medical professionals to develop a more empathic approach with their patients, increasing the therapeutic potential of the interaction. This research has practical applications and social impact, as it contributes to increase the intention to adhere to medical recommendations
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Eu Não Sou Um Número não...(Des)Encontros de Uma Relação Médico-Paciente-Tecnologia no Contexto da AIDS.

Guzmán, Julio Lenín Díaz January 2007 (has links)
p. 1-344 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-04-29T20:52:15Z No. of bitstreams: 1 99999999999999999999.pdf: 961462 bytes, checksum: ed7215c7643c75fd7ba1d480ce75a2fa (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva(mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-05-04T17:34:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1 99999999999999999999.pdf: 961462 bytes, checksum: ed7215c7643c75fd7ba1d480ce75a2fa (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-04T17:34:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 99999999999999999999.pdf: 961462 bytes, checksum: ed7215c7643c75fd7ba1d480ce75a2fa (MD5) Previous issue date: 2007 / O advento da Tecnologia Médica, a partir dos exames de monitoramento: contagem de linfócitos CD4 (CD4) e a quantificação da carga viral plasmática do HIV (CVP), têm desempenhado um avanço importante na procura de um diagnóstico precoce de falha imunológica e virológica em pacientes que vivem com HIV/Aids. Esta, junto à medicação anti-retroviral são fatores determinantes na mudança da Síndrome de uma doença que inevitavelmente levava a uma morte precoce para uma doença crônica que preserva, em certa medida, a qualidade da vida dos pacientes vivendo com HIV/Aids. Procuram-se entender os signos, significados e práticas de médicos de assistência e pacientes vivendo com Aids no contexto da relação médico-paciente-tecnologia, esta última, aqui entendida somente como os exames de CD4 e CVP. Optou-se por uma metodologia de análise qualitativa de entrevistas semi-estruturadas e trabalho de campo. Forma entrevistados 27 pacientes e 4 médicos. O trabalho de campo foi realizado em dois CTA do sul da Bahia. A análise temática debruçou-se em identificar categorias recorrentes nos discursos. Constatou-se que a relação médico-paciente fundamenta-se nas bases de uma medicina hegemônica. Entretanto, a anamnese e o exame clínico minucioso não faziam parte da valise tecnológica principal dos médicos durante a consulta. Em seu lugar, os exames ocuparam o papel principal, quando deveriam ter somente um papel auxiliador. No entanto, os profissionais insistiam na interpretação dos mesmos na procura de uma resposta sobre o comportamento dos pacientes, eficácia do tratamento, adesão à terapêutica, objetividade da doença e critérios para antecipação de uma doença oportunista e/ou da doença terminal. O discurso médico abusava da interpretação dos exames e os profissionais, algumas vezes desconsideram o discurso subjetivo dos pacientes. Ante a necessidade de pacientes que demandavam a escuta por problemas subjetivos, os médicos os encaminhavam para outros profissionais. Segundo eles, indicar a conduta terapêutica, avaliar a eficácia do tratamento anti-retroviral e, por fim, cuidar para enfraquecer o vírus e manter preservada a imunidade dos pacientes representava a ção/responsabilidade primordial destes, nos CTA. Para os pacientes, os exames traduziram a doença como uma metáfora do enfrentamento militar do vírus contra as células de defesa (CD4). Para eles, estes avisavam sobre a emergência de um evento inesperado, doença oportunista ou mesmo da morte, situação que gera ansiedade e expectativas. Os exames configuravam-se, para médicos e pacientes, um espelho da doença e representam o ponto principal da consulta. Esta conduta reforçou o modelo biomédico hegemônico e o re-significado do discurso médico pelos pacientes. Neste sentido, sugere-se a superação do paradigma biomédico e o estímulo para que médicos incorporem o saber das ciências das humanidades? durante sua relação com os pacientes. Propõe-se o reconhecimento de tecnologias leves comunicacionais como úteis na relação médico-paciente no caminho para uma assistência integral e humanizada em saúde. / Salvador
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Programa de Humanização do Parto: análise da teoria e implantação em Salvador

Martinho, Rosana Machado Lopes January 2011 (has links)
p. 1-208 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-05-08T17:31:23Z No. of bitstreams: 1 22222222.pdf: 1815576 bytes, checksum: 52ffa497e296b122e3886d6f8543404f (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva(mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-05-13T13:44:38Z (GMT) No. of bitstreams: 1 22222222.pdf: 1815576 bytes, checksum: 52ffa497e296b122e3886d6f8543404f (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-13T13:44:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 22222222.pdf: 1815576 bytes, checksum: 52ffa497e296b122e3886d6f8543404f (MD5) Previous issue date: 2011 / O artigo pretende avaliar a teoria do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento no Brasil, a fim de verificar se o programa é desenhado de tal modo que possa alcançar os resultados pretendidos. Foi realizada uma análise lógica direta no sentido discutido por Brousselle e Champagne, através da comparação do modelo lógico e modelo teórico do programa. Identificou-se que o referido programa é apenas, parcialmente, fundamentado em evidências científicas. Seu principal problema está na definição abrangente de humanização que engloba tanto aspectos da qualidade técnica do cuidado quanto de uma difusa e não explicitada “cidadania”. Além disso, os objetivos do programa estão definidos de forma genérica e pouco preciso o que torna mais difícil a compreensão da intervenção por parte daqueles que os executa, especialmente, os profissionais de saúde. Conclui-se que o Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento foi desenhado de uma forma que alguns elos causais podem comprometer a produção dos resultados esperados. Em sentido contrário, deve-se fortalecer o programa e, para isso, faz-se necessário investir numa discussão mais ampla com todos os níveis de governança envolvidos na implantação desta política, a fim de delimitar o escopo da assistência humanizada e, conseqüentemente, evitar que essa temática represente um grande “guarda-chuva” capaz de abarcar e solucionar todos os problemas na assistência ao parto e nascimento. / Salvador
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A VIVÊNCIA DO ONCOLOGISTA NA INFORMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE CÂNCER À PACIENTE / The experience of the oncologist while informing patients of cancerous diagnostics

Vivone, Caroline Parsit Ribeiro 03 December 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-03T16:34:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Caroline Parsit Ribeiro Vivone.pdf: 489517 bytes, checksum: bf7d27987df98bf7a6863ca2ae7a4472 (MD5) Previous issue date: 2004-12-03 / The objective of this study, based on qualitative research and using an existing phenomenological methodology, was to investigate the thoughts, feelings and attitudes of the oncologist when informing a patient of a cancer diagnostic. Five semi-guided interviews were conducted with oncologists that provide consultations through a private clinic, and the analysis comprehensive phenomenological of the content were delimited. The results obtained indicate that: The informing of a breast cancer diagnostic to young patients in the reproductive age range was considered to be the most dramatic for the doctors, causing them the greatest concern, fear and sadness, due to the limitations imposed by the illness on the life plans of the patients and issues of motherhood. The interviews revealed that in any case the moment in which the news is given has emotional repercussions due to the experiencing of sad feeling, or due to fantasies related to responsibilities for the illness. They indicate as most difficult in this process the facing the emotional reactions of patients and the explaining of the cancer using words that minimize the impact of the information. In the face of these difficulties some mitigating topics were the evolution of medicine and the possibility of conservative surgery as well as breast reconstruction. The doctors affirmed that they informed patients in a clear, objective and gradual manner, but that not all utilized the expression cancer in all cases. They seek to encourage the patient with optimism and affirmative support, engaging in the treatment in an active, participating manner. In addition, the feel responsible for motivating those who show discouragement or who are reluctant to follow the treatment. The oncologists perceive that from the moment the patient is informed of the diagnostic they establish a bond of confidence and dependency, and in some cases this bond is reciprocal. They recognize, however, that this bond produces an emotional stress that leads to their questioning the choice of their professional specialization. It was observed that some doctors in providing a diagnostic, sometimes at the patient s request, when these previsions prove erroneous experience feeling of impotence, or failure, or guilt for not having properly prepared themselves or the patients for the moment the information is transmitted. They did not regard cases in which family members interfere with doubts or with requests to withhold the information in a negative way, however, not always do the doctors respect such requests. Those interviewed revealed some degree of learning through contact with cancer patients, or through reevaluation of their moral values, or by reflection on their own finiteness. Particularly in those cases of advanced or terminal cancer this learning covers support for moments that precede death, or the recognition of one s own impotence. Conclusion: The analysis of the results reveal the conflicts and the doubts of doctors as ethical beings when assume the risks implicit in choosing when, how and in what manner to inform the diagnostic to a patient, their guilt conscience and the existential anxiety provoked by emotional reactions of patients. Its so demonstrated their concern for existence in the world, the searching for creative encounter and that the subjectiveness is used as a pathway for understanding the patient. In addition, the possibility of failure in a project results in frustration and temporary degrading of one s confidence in their own capability. In this manner, this work demonstrates the unavoidable influence of subjective factors in the attitudes of doctors in informing cancer diagnostics to their patients and that this process is well beyond any pretence of objectiveness. / O presente estudo teve como objetivo, por meio de uma pesquisa qualitativa segundo a abordagem fenomenológica existencial, investigar os pensamentos, sentimentos e atitudes do oncologista na informação do diagnóstico de câncer à paciente. Foram realizadas 5 entrevistas semi-dirigidas com oncologistas que atendem em consultório particular, e foi delimitada a análise compreensiva fenomenológica do conteúdo. Os resultados obtidos mostraram que: A informação do diagnóstico de câncer de mama para pacientes jovens em idade reprodutiva foi considerada a mais marcante para os médicos, lhes causando maior preocupação, medo e tristeza, devido às limitações impostas pela doença aos planos de vida da paciente e às questões da maternidade. Os entrevistados referiram que em qualquer caso, o momento da notícia lhes repercute emocionalmente, pela vivência do sentimento de tristeza, ou por fantasias relacionadas à responsabilidade pela doença. Eles apontaram como mais difícil nesse processo, o confronto com as reações emocionais da paciente e falar sobre o câncer utilizando palavras para amenizar o impacto dessa informação. Diante dessas dificuldades, a evolução da medicina, a possibilidade de cirurgia conservadora e a reconstrução mamária foram consideradas atenuantes. Os médicos afirmaram que informam a paciente de maneira clara, objetiva e gradativa, mas nem todos eles utilizam sempre a palavra câncer . Procuram encorajar a paciente com otimismo e solidariedade, engajando-a no tratamento como participante ativa. Além disso, sentem-se responsáveis por motivar aquela que demonstra desânimo ou que reluta em seguir o tratamento. Eles percebem que a partir da informação do diagnóstico a paciente estabelece um vínculo de confiança e dependência, e identificam que em alguns casos eles também se vinculam à paciente. Entretanto, reconhecem que desse vínculo deriva um desgaste emocional que os leva ao questionamento sobre a escolha de sua especialidade. Constatou-se que alguns oncologistas podem emitir sua opinião sobre determinado diagnóstico, às vezes, a pedido da paciente, mas que ao errarem nesse pré-julgamento, evidenciam sentimentos de impotência, ou fracasso, ou culpa, por não se prepararem, nem à paciente, para o momento da informação. Os casos em que a família interfere com questionamentos ou com o pedido de ocultação da informação não foram vistos por eles de modo negativo, contudo, o pedido de ocultação nem sempre é acatado. Os entrevistados referiram algum tipo de aprendizado através do contato com a paciente oncológica, ou por meio da reavaliação de seus valores morais, ou da reflexão sobre sua própria finitude. Particularmente nos casos de câncer avançado ou terminal, esse aprendizado abrangeu o apoio nos momentos que precedem a morte, ou o reconhecimento da própria impotência. Conclusão: A análise dos resultados revelou os conflitos e as dúvidas do médico como ser ético , que assume os riscos ao escolher quanto, quando e como informar o diagnóstico à paciente, sua consciência de culpabilidade, a ansiedade existencial desencadeada pelas reações emocionais da paciente, a manifestação de sua maneira preocupada de existir no mundo, a busca pelo encontro autêntico e criativo, a subjetividade utilizada como caminho para a compreensão do ser doente e a possibilidade do fracasso de um projeto resultar em frustração e num rebaixamento temporário da confiança em sua própria capacidade. Desse modo, esse trabalho demonstra a inevitável influência dos fatores subjetivos na atitude do médico que informa o diagnóstico de câncer para sua paciente e que esse processo está muito além de qualquer pretensa objetividade.

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