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Planejamento reprodutivo: Experiências de mulheres com anemia falciforme

Lopes, Daniela de Medeiros 20 February 2014 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2014-07-03T19:21:29Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_enf_ Daniela Lopes.pdf: 2549240 bytes, checksum: 3eb74e06b0a8f0fe5bd1281f0ed5a21b (MD5) / Approved for entry into archive by Flávia Ferreira (flaviaccf@yahoo.com.br) on 2014-07-04T13:41:05Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_enf_ Daniela Lopes.pdf: 2549240 bytes, checksum: 3eb74e06b0a8f0fe5bd1281f0ed5a21b (MD5) / Made available in DSpace on 2014-07-04T13:41:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_enf_ Daniela Lopes.pdf: 2549240 bytes, checksum: 3eb74e06b0a8f0fe5bd1281f0ed5a21b (MD5) / A anemia falciforme interfere diretamente na vivência e na saúde reprodutiva das mulheres. Ela não contra indica a gravidez, contudo, devido ao seu potencial de gravidade, a gestação em mulheres com este diagnóstico é considerada de alto risco, assim como a contracepção hormonal que também apresenta algumas complicações associadas, sendo necessário, a realização de um planejamento reprodutivo adequado e seguro, que se constitui um importante fator no cuidado à mulher com a doença. É fundamental entender os desafios enfrentados por essas pessoas nas decisões de saúde reprodutiva, tornando-se assim, importante desdobrar os estudos para além das imposições biológicas da doença e compreender melhor todos os aspectos envolvidos nestas decisões. Assim, esse estudo teve como objetivo analisar as experiências de mulheres com anemia falciforme no contexto do Planejamento Reprodutivo. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, realizado com 14 mulheres com diagnóstico confirmado de anemia falciforme, cadastradas na Associação Feirense de Pessoas com Doença Falciforme, na cidade de Feira de Santana, através de entrevistas semiestruturadas utilizando como método de análise o Discurso do Sujeito Coletivo. Os resultados apontaram que as mulheres com anemia falciforme vivenciam muitos conflitos relacionados à concepção e a contracepção, o que as deixam inseguras e temerosas com relação ao desejo de ser mãe ou de engravidar novamente, e a forma de lidar com esses conflitos varia da experiência vivenciada por cada mulher, seja entre aquelas que nunca engravidaram como nas que já tem filhos(as) mas vivenciaram uma gravidez não planejada e as complicações decorrentes da doença. As experiências com o uso de métodos contraceptivos também foi apontada como conflituosa devido às dúvidas existentes, os efeitos colaterais, as concepções errôneas e o uso inadequado dos mesmos, resultando em gestações não planejadas e complicações no quadro clínico. Com relação ao acompanhamento com profissionais de saúde, foi possível identificar orientações não apropriadas, insegurança na prescrição dos métodos, gerando uma peregrinação das mulheres em busca de orientações que atendessem as suas demandas e medos, ressaltando ainda o uso do discurso médico proibitivo sobre a gestação, não respeitando os direitos reprodutivos das mulheres, contrapondo-se à crença da fé e do desejo de ser mãe, explicitado pelas participantes. As experiências com o planejamento reprodutivo das mulheres com anemia falciforme desse estudo são cercadas pelo conflito, entre desejos, medos, dúvidas e incertezas, que repercutem de forma direta na sua vida reprodutiva e as expõe a diversas situações de risco.
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Práticas e cuidados em saúde reprodutiva de mulheres da etnia Kambiwá

Silva, Leonildo Severino da 07 1900 (has links)
Submitted by Flávia Ferreira (flaviaccf@yahoo.com.br) on 2014-12-17T14:54:18Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO LEONILDO SEVERINO DA SILVA.pdf: 2359601 bytes, checksum: ccb79467900c4302d3c27922a4e1c961 (MD5) / Approved for entry into archive by Flávia Ferreira (flaviaccf@yahoo.com.br) on 2014-12-18T16:15:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO LEONILDO SEVERINO DA SILVA.pdf: 2359601 bytes, checksum: ccb79467900c4302d3c27922a4e1c961 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-12-18T16:15:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO LEONILDO SEVERINO DA SILVA.pdf: 2359601 bytes, checksum: ccb79467900c4302d3c27922a4e1c961 (MD5) / Características culturais da vida reprodutiva de mulheres indígenas exigem uma atenção especial, tendo em vista a produção de cuidados coerentes e adequados prestados por serviços de saúde e profissionais, especialmente por enfermeiras. Assim, os objetivos desse estudo foram: descrever as práticas em saúde reprodutiva de mulheres da etnia Kambiwá; identificar o autocuidado das mulheres Kambiwá e o cuidado oferecido por serviços de saúde, principalmente pela equipe de enfermagem, relacionado à saúde reprodutiva; e, analisar práticas e cuidados em saúde reprodutiva de mulheres da etnia Kambiwá à luz da teoria transcultural do cuidado. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória de abordagem qualitativa que se utilizou da etnoenfermagem, como proposta metodológica e da Teoria Transcultural do Cuidado. Foi realizada na Aldeia Baixa da Alexandra, em Ibimirim - Pernambuco, com vinte mulheres no período de setembro de 2012 a maio de 2014. A seleção das entrevistadas ocorreu por meio de informantes gerais e informantes-chaves. Utilizamos para obtenção dos dados: formulário etnodemográfico – socioeconômico, técnica da Observação-Participação-Reflexão e roteiro de entrevista semiestruturado da História de Vida e Cuidados em Saúde. Os modos de vida da etnia Kambiwá, semelhantes a uma comunidade rural não indígena, com casas de alvenaria, energia elétrica, água de poço artesiano, entre outros aspectos, são de muita relevância para a manutenção das condições de sobrevivência, e, nem por isso, descaracterizam suas particularidades étnicas. A religiosidade praticada por meio dos rituais como o Praiá e os “trabalhos de mesa”, é uma forma de cuidado tradicional para cura e proteção física e espiritual. As entrevistadas têm entre 22 e 85 anos de idade com escolaridade até o ensino médio. A maioria convive com parceiro sexual em domicílios com até quinze pessoas. Realizam o trabalho doméstico e praticam a agricultura de subsistência, com renda básica do Programa Bolsa Família. Têm em média seis filhos(as). A contracepção é praticada por utilização de contraceptivos modernos e práticas tradicionais como beber água antes e após a relação sexual, banhos com “água de sal” e amamentação. Identificam a gravidez por meio do entojo e da amenorreia. Os cuidados durante a gravidez estão dirigidos a manutenção gestacional, evitando o aborto: satisfazer o desejo por alimentos, não ter sustos, evitar quedas e atividades pesadas. O parto, fisiológico, é permeado por práticas xamânicas de autocuidado e pela atenção hospitalar, apresentando-se em um modelo híbrido de cuidado. No pós-parto, geralmente, permanecem em repouso por 30 dias, delegando o trabalho doméstico as parentas e companheiro, além dos cuidados relacionados à higiene pessoal, seguindo um ritual que inclui um tempo determinado para retornar às suas atividades. As práticas e cuidados de mulheres Kambiwá em relação à saúde reprodutiva mostraram que é constituída dentro de um contexto cultural no qual diferentes sistemas de saúde atuam na construção de sentidos que lhes são peculiares. A cultura é dinâmica, possui forte influência do modelo de saúde hospitalocêntrico e medicalizado, e pode interferir na manutenção do cuidado tradicional.
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Processos Identitários e Saúde Reprodutiva: Estudos com Um Grupo de Doulas

DUARTE, C. N. B. 22 February 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_8336_Duarte, Camila Nogueira Bonfim - Dissertação versão digital.pdf: 809018 bytes, checksum: 2607f2465617864e77029e4a50f63245 (MD5) Previous issue date: 2016-02-22 / Tendo em vista a importância do apoio oferecido às mulheres pelas doulas, e sua crescente atuação no cenário mundial e brasileiro a pesquisa relatada nesta dissertação buscou investigar processos identitários de um grupo de doulas que atua em conjunto, tendo como base a Teoria da Identidade Social. Para isso foram realizados dois estudos com um grupo de cinco doulas, com nome fictício Bem Nascer, atuante em uma cidade do estado do Espírito Santo. Elas concordaram, voluntariamente, em participar desta pesquisa. Os dois estudos são apresentados em formato de artigo para apresentar os resultados e discussões de forma estruturada. O primeiro artigo apresenta os resultados obtidos através de observação participante, realizada em dez encontros mensais sobre gestação e parto, promovidos pelo grupo Bem Nascer junto a gestantes. Foi produzido um diário de campo, cujos dados são analisados a partir do método hermenêutico-dialético (Minayo, 1992). Foram identificadas três categorias: 1) Descrição dos encontros; 2) Cenas de interações com o endogrupo; 3) Cenas de interações com exogrupos. Observou-se que as doulas, nas interações com as gestantes, exerciam papeis tais como: amigas; instrutoras-esclarecedoras; profissionais; militantes feministas; e que valorizavam homens pró-parto e médicos humanizados em detrimento de homens tradicionais e médicos tecnocratas. Infere-se que essa valorização ocorre por categorização cruzada. Verificou-se que as contribuições das doulas para a saúde reprodutiva eram condizentes com diretrizes do sistema público de saúde brasileiro e que elas disseminavam ideais feministas para mulheres de classe média. O segundo artigo utiliza entrevistas individuais semiestruturadas, analisadas através da análise de conteúdo temática (Bardin, 1977), que permitiu identificar 134 temas e seis categorias. Os processos identitários das doulas estão ligados à militância feminista, ao movimento de humanização do parto, e ao pertencimento a um grupo de trabalho que constitui laços profissionais, de amizade e confiança. Há atitudes negativas quanto à maioria dos profissionais de medicina, com exceção daqueles percebidos como humanizados. Observa-se que doulas estão construindo processos identitários ligados ao feminismo; e que o ativismo, o grupo de trabalho das doulas e a promoção de encontros com mulheres grávidas constituem estratégias de mudança social, contribuindo para a transformação da assistência à saúde e das relações de gênero. Palavras-chave: cuidado pré-natal; doulas; saúde reprodutiva; atitudes; feminismo; identidade social.
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Tornar-se pai na adolescência: vivências e representações

Bonalume, Bruna Carolina [UNESP] 29 April 2014 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-01-26T13:21:20Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2014-04-29Bitstream added on 2015-01-26T13:30:40Z : No. of bitstreams: 1 000793448.pdf: 1279649 bytes, checksum: 88fcbcd27bf56f6671258bc192312af3 (MD5) / As questões relacionadas à sexualidade e à saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes são objeto de preocupação dos diversos setores sociais. Dentre os estudos sobre a juventude, a gravidez na adolescência tem sido objeto privilegiado, muitas vezes evidenciando discursos pautados em percepções preconceituosas, punitivas e associadas à irresponsabilidade e exposição a riscos. As discussões centram-se na mulher e com menor ou nenhum enfoque, na paternidade. Assim, há um esquecimento do adolescente homem que, na maioria das vezes, não encontra seu espaço junto às politicas públicas, principalmente quando se trata de gravidez na adolescência. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo compreender as representações sociais sobre o processo de paternidade; o tornar-se pai e apreender os significados e as vivências estabelecidas neste processo. A pesquisa foi realizada com 9 adolescentes com 17 e 18 anos, moradores de um bairro periférico no municipio de São Manuel-SP. Considerando o objeto de estudo, adotou-se como referencial teórico as Representações Sociais e como recurso metológico a pesquisa qualitativa, com uma entrevista semi- estruturada. Ao término da coleta, as entrevistas foram transcritas e submetidas à técnica de análise de conteúdo de Bardin. A partir dessa técnica foram identificadas três categorias centrais: a descoberta da gravidez; dificuldades e mudanças vivenciadas pelo adolescente ao tornar-se pai e o significado da paternidade. Após análise dos dados, constatou-se que a vivência da paternidade trouxe mudanças significativas na vida destes adolescentes, tanto no plano econômico, como também no afetivo, pessoal e social. Destaca-se que essa experiência gerou sentimentos de satisfação ao ultrapassar a função de ser apenas um pai provedor, o que é mostrado pelo cuidado com o filho e principalmente através do estabelecimento de relações afetivas entre estes / Issues related to sexuality and to reproductive and sexual health of adolescents is a main concern of many social sectors. Among the studies on youth, teen pregnancy has been privileged, often revealing speeches guided by punitive and prejudicial perceptions, which are associated with irresponsibility and exposure to risks. The discussions focus almost solely on women, with less or no focus on fatherhood. Thus, there is a forgetfulness of the teenage man, who most often doesn’t find his place together with public policies, especially when it comes to teen pregnancy. Thereby, this study aims to understand the social representations about the paternity process and to grasp the meanings and experiences set forth in this process. The survey was conducted with 17 adolescents from 9 to 18 years old, residents of a suburb in the municipality of São Manuel - SP. According to the object of study, the Social Representations were adopted as the theoretical framework, and the qualitative research as a methodological resource, together with a semi-structured interview. At the end of the collection, the interviews were transcribed and subjected to the content analysis technique of Bardin. From this technique, three core categories were identified: the discovery of pregnancy, difficulties and changes experienced by adolescents when becoming fathers and the meaning of fatherhood. After analyzing the data, it was found that the experience of fatherhood has brought significant changes in the lives of these adolescents in economic, emotional, personal and social terms. It is noteworthy that this experience has generated feelings of satisfaction to overcome the function of being just a provider father, which is shown by caring for their child and primarily through emotional relationships between them
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Tornar-se pai na adolescência : vivências e representações /

Bonalume, Bruna Carolina. January 2014 (has links)
Orientador: Ione Morita / Banca: Margareth Ap. Santini Almeida / Banca: Maria Rauter Mancuso / Resumo: As questões relacionadas à sexualidade e à saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes são objeto de preocupação dos diversos setores sociais. Dentre os estudos sobre a juventude, a gravidez na adolescência tem sido objeto privilegiado, muitas vezes evidenciando discursos pautados em percepções preconceituosas, punitivas e associadas à irresponsabilidade e exposição a riscos. As discussões centram-se na mulher e com menor ou nenhum enfoque, na paternidade. Assim, há um esquecimento do adolescente homem que, na maioria das vezes, não encontra seu espaço junto às politicas públicas, principalmente quando se trata de gravidez na adolescência. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo compreender as representações sociais sobre o processo de paternidade; o tornar-se pai e apreender os significados e as vivências estabelecidas neste processo. A pesquisa foi realizada com 9 adolescentes com 17 e 18 anos, moradores de um bairro periférico no municipio de São Manuel-SP. Considerando o objeto de estudo, adotou-se como referencial teórico as Representações Sociais e como recurso metológico a pesquisa qualitativa, com uma entrevista semi- estruturada. Ao término da coleta, as entrevistas foram transcritas e submetidas à técnica de análise de conteúdo de Bardin. A partir dessa técnica foram identificadas três categorias centrais: a descoberta da gravidez; dificuldades e mudanças vivenciadas pelo adolescente ao tornar-se pai e o significado da paternidade. Após análise dos dados, constatou-se que a vivência da paternidade trouxe mudanças significativas na vida destes adolescentes, tanto no plano econômico, como também no afetivo, pessoal e social. Destaca-se que essa experiência gerou sentimentos de satisfação ao ultrapassar a função de ser apenas um pai provedor, o que é mostrado pelo cuidado com o filho e principalmente através do estabelecimento de relações afetivas entre estes / Abstract: Issues related to sexuality and to reproductive and sexual health of adolescents is a main concern of many social sectors. Among the studies on youth, teen pregnancy has been privileged, often revealing speeches guided by punitive and prejudicial perceptions, which are associated with irresponsibility and exposure to risks. The discussions focus almost solely on women, with less or no focus on fatherhood. Thus, there is a forgetfulness of the teenage man, who most often doesn't find his place together with public policies, especially when it comes to teen pregnancy. Thereby, this study aims to understand the social representations about the paternity process and to grasp the meanings and experiences set forth in this process. The survey was conducted with 17 adolescents from 9 to 18 years old, residents of a suburb in the municipality of São Manuel - SP. According to the object of study, the Social Representations were adopted as the theoretical framework, and the qualitative research as a methodological resource, together with a semi-structured interview. At the end of the collection, the interviews were transcribed and subjected to the content analysis technique of Bardin. From this technique, three core categories were identified: the discovery of pregnancy, difficulties and changes experienced by adolescents when becoming fathers and the meaning of fatherhood. After analyzing the data, it was found that the experience of fatherhood has brought significant changes in the lives of these adolescents in economic, emotional, personal and social terms. It is noteworthy that this experience has generated feelings of satisfaction to overcome the function of being just a provider father, which is shown by caring for their child and primarily through emotional relationships between them / Mestre
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Aborto provocado em mulheres vivendo com HIV/Aids

Pilecco, Flávia Bulegon January 2014 (has links)
Introdução: A feminização da epidemia e o aumento da expectativa de vida, trouxeram à tona a discussão sobre decisões reprodutivas de mulheres vivendo com HIV/Aids, incluindo a prática de aborto. Objetivo: Investigar como a interrupção de gestações se insere na trajetória de vida de mulheres vivendo com HIV/Aids. Metodologia: Foi feita uma revisão da literatura buscando estudos que investigaram a ocorrência e fatores associados à prática de aborto induzido em mulheres vivendo com HIV/Aids. Em uma segunda parte da tese, foram analisados dados referentes a um estudo transversal, que pesquisou mulheres vivendo com HIV/Aids de 18 a 49 anos, em Porto Alegre, Brasil, divididas em dois grupos: mulheres vivendo com HIV/Aids e mulheres não vivendo com HIV/Aids, recrutadas em serviços públicos de saúde. A amostra final foi composta por 684 mulheres vivendo com HIV/Aids, que tiveram 2.039 gestações, e 639 mulheres não vivendo com HIV/Aids, com 1.539 gravidezes. A associação entre preditores e desfecho (aborto provocado) foi analisada por meio de um modelo logístico de Equações de Estimativas Generalizadas. A terceira e última parte analisou dados dessa mesma pesquisa, sobre mulheres que tiveram aborto após o diagnóstico de HIV. Resultados: A revisão da literatura indicou que mulheres vivendo com HIV/Aids têm maiores taxas de aborto induzido, embora essas taxas tenham diminuído depois da introdução do protocolo de prevenção da transmissão vertical. A análise dos dados sobre aborto entre mulheres vivendo com HIV/Aids indicou que 6,5% das gestações entre mulheres vivendo com HIV/Aids foram findadas em aborto, mesma situação de 2,9% das gestações entre mulheres não vivendo com HIV/Aids. Entre mulheres vivendo com HIV/Aids, 7,7% das gestações ocorridas antes do diagnóstico foram findadas em aborto induzido, mesma situação 4,0% daquelas ocorridas após o diagnóstico. Ser mais velha, ter maior escolaridade, maior número de parceiros ao longo da vida, ter filhos antes da gravidez índice e não estar vivendo com parceiro durante a gestação foram associados à mais frequente prática de aborto entre mulheres vivendo com HIV/Aids. Na análise da ocorrência de aborto pós-diagnóstico, foi encontrado que dentre as mulheres que tiveram aborto após o diagnóstico a declaração de violência foi recorrente e o uso consistente de contracepção e de preservativo foi baixo. A mediana de tempo entre o diagnóstico e o aborto foi de dois anos. Em metade dos abortos, a motivação foi a mulher estar vivendo com HIV, embora apenas três, de 10 mulheres que declararam essa motivação não tenham tido outros filhos após o diagnóstico. Conclusões: Mulheres vivendo com HIV/Aids têm maior risco de ter aborto induzido ao longo da vida do que mulheres não vivendo com HIV/Aids. Entretanto, apesar de o HIV impactar na decisão na decisão por abortar, a vulnerabilidade socioeconômica e a relação com o parceiro destacam-se como fatores frequentemente associados à prática de aborto. Esse achado é atestado tanto por estudos quanti quanto qualitativos e reforçados por nosso achado de que a maioria dos abortos ocorridos na trajetória dessas mulheres aconteceu antes do diagnóstico de HIV. Assim, as pesquisas com o intuito de investigar aborto entre mulheres vivendo com HIV/Aids devem considerar o contexto específico de cada gestação. Em termos de políticas públicas é fundamental o investimento na difusão e disponibilização de insumos para a dupla proteção, como forma de reduzir as gravidezes não previstas. / Background: The feminization of the epidemic and the increased life expectancy has brought up the discussion about reproductive decisions of women living with HIV/Aids, including the practice of induced abortion. Objective: To investigate how the interruption of pregnancies is inserted in the trajectory of life of women living with HIV/Aids. Methodology: Firstly, a systematic literature review was conducted in order to search for studies that investigate the occurrence and determinants of induced abortion among women living with HIV/Aids. Secondly, data from a cross-sectional study that surveyed women living and not living with HIV/Aids, from 18 to 49 years old, in Porto Alegre, Brazil, were analyzed. The final sample consisted of 684 women living with HIV/Aids, which had 2,039 pregnancies, and 639 women not living with HIV/Aids, with 1,539 pregnancies. The association between the predictors and the outcome (induced abortion) was analyzed by using generalized estimates equations. Finally data from the aforementioned study about women who had abortion after HIV diagnosis were analyzed. Results: The literature review indicated that women living with HIV/Aids have higher rates of induced abortion, although these rates have decreased after the introduction of the protocol to prevent mother-to-child transmission. The analysis of data on abortion among women living with HIV/Aids indicated that 6.5% of pregnancies among women living with HIV/Aids ended on abortion, same situation as 2.9% of pregnancies among women not living with HIV/Aids. Among women living with HIV/Aids, 7.7% of pregnancies that occurred before HIV diagnosis were voluntarily terminated, same situation as 4.0% of those that occurred after HIV diagnosis. To be older, to have higher education and higher number of partners throughout life, to have children before the index pregnancy and not to be living with a partner during pregnancy were associated with abortion among women living with HIV/Aids. In the analysis of the abortions that occurred after HIV diagnosis, the occurrence of violence and the inconsistent use of contraception and condoms were common in the life course of women who had abortions after the HIV diagnosis. The median time between HIV diagnosis and the induced abortion was two years. The motivation for the practice of abortion was the woman to be living with HIV in half of the cases of abortion, although only three of 10 women who reported this motivation have not had other children after HIV diagnosis. Conclusions: Women living with HIV/Aids are at greater risk of having induced abortion throughout life than women not living with HIV/Aids. However, although HIV impacts in the decision to terminate a pregnancy, socioeconomic vulnerability and marital context stand out as factors frequently associated with induced abortion. This finding is confirmed both by quantitative and qualitative studies and reinforced by our finding that the majority of abortions that occur in the trajectory of these women happens before HIV diagnosis. Therefore research developed with the objective of investigating abortion among women living with HIV/Aids should consider the specific context of each pregnancy. In terms of public policy, it is essential to invest in the dissemination and availability of dual protection in order to reduce unplanned pregnancies.
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Parteiras, buchudas e aperreios : uma etnografia do atendimento obstétrico não oficial na cidade de Melgaço, Pará

Fleischer, Soraya Resende January 2007 (has links)
Essa tese trata da prática de parteiras na cidade de Melgaço, na região marajoara e fluvial do estado do Pará, no contexto globalizado entre 2004 e 2006. Seguindo uma abordagem antropológica, minha proposta foi me aproximar da “visão nativa”, integrando a prática de parteiras dentro da análise do modo de vida “local”. Optei por centrar a discussão na etnografia pormenorizada da vida cotidiana (práticas e conhecimentos) das parteiras, sem, no entanto, cair no erro de monografias anteriores, isto é, sem me limitar a uma “história natural” do grupo, como se fosse “exótico” e “isolado”. A importância que estas mulheres conferem à atenção da saúde gineco-obstétrica envolveu analisar elementos tão diversos quanto a massagem abdominal empregada (conhecida localmente como puxação), as relações conjugais e de parentesco, a interação com o sistema de saúde institucional e os cursos de treinamento organizados por ONGs. A originalidade dessa pesquisa é pretender suplantar as dicotomias usuais (tradição/modernidade, biológico/cultural etc.), além da preocupação funcionalista (como modificar as práticas locais), para ressaltar a dimensão social (redes familiares etc.) e simbólica (saberes locais, hierarquias de prestígio) que englobam os elementos que vêm “de fora”, conferindo um sentido à prática atual das parteiras. / This thesis addresses the practice of midwives in the city of Melgaço, in the fluvial region of the Marajó, State of Pará, in the globalized context from 2004 to 2006. Following an anthropological approach, my intention was to become closer to the “native view”, integrating midwives’ practice within the analysis of the “local” way of life. I chose to center this discussion on a detailed ethnography of the midwives’ daily life (practices and knowledge) without, although, committing the mistake of previous monographies, that is, without limiting myself to a “natural history” of the group, as if they were “exotic” and “isolated”. The importance that these women confer to gynecological and obstetrical health issues involved the analysis of elements as diverse as the abdominal massage (known locally as puxação), the kinship and marital relations, the interaction with the institutional health system and the training courses organized by NGOs. The originality of this research is to intend to overcome usual dichotomies (e.g. tradition/modernity, biological/cultural etc.), beyond the functionalist worries (how to modify the local practices), in order to enhance the social (family networks etc.) and symbolic (local knowledge, prestige hierarchies etc.) dimensions that involve the elements coming “from outside” and that confer a meaning to the current practice of these midwives.
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Parteiras, buchudas e aperreios : uma etnografia do atendimento obstétrico não oficial na cidade de Melgaço, Pará

Fleischer, Soraya Resende January 2007 (has links)
Essa tese trata da prática de parteiras na cidade de Melgaço, na região marajoara e fluvial do estado do Pará, no contexto globalizado entre 2004 e 2006. Seguindo uma abordagem antropológica, minha proposta foi me aproximar da “visão nativa”, integrando a prática de parteiras dentro da análise do modo de vida “local”. Optei por centrar a discussão na etnografia pormenorizada da vida cotidiana (práticas e conhecimentos) das parteiras, sem, no entanto, cair no erro de monografias anteriores, isto é, sem me limitar a uma “história natural” do grupo, como se fosse “exótico” e “isolado”. A importância que estas mulheres conferem à atenção da saúde gineco-obstétrica envolveu analisar elementos tão diversos quanto a massagem abdominal empregada (conhecida localmente como puxação), as relações conjugais e de parentesco, a interação com o sistema de saúde institucional e os cursos de treinamento organizados por ONGs. A originalidade dessa pesquisa é pretender suplantar as dicotomias usuais (tradição/modernidade, biológico/cultural etc.), além da preocupação funcionalista (como modificar as práticas locais), para ressaltar a dimensão social (redes familiares etc.) e simbólica (saberes locais, hierarquias de prestígio) que englobam os elementos que vêm “de fora”, conferindo um sentido à prática atual das parteiras. / This thesis addresses the practice of midwives in the city of Melgaço, in the fluvial region of the Marajó, State of Pará, in the globalized context from 2004 to 2006. Following an anthropological approach, my intention was to become closer to the “native view”, integrating midwives’ practice within the analysis of the “local” way of life. I chose to center this discussion on a detailed ethnography of the midwives’ daily life (practices and knowledge) without, although, committing the mistake of previous monographies, that is, without limiting myself to a “natural history” of the group, as if they were “exotic” and “isolated”. The importance that these women confer to gynecological and obstetrical health issues involved the analysis of elements as diverse as the abdominal massage (known locally as puxação), the kinship and marital relations, the interaction with the institutional health system and the training courses organized by NGOs. The originality of this research is to intend to overcome usual dichotomies (e.g. tradition/modernity, biological/cultural etc.), beyond the functionalist worries (how to modify the local practices), in order to enhance the social (family networks etc.) and symbolic (local knowledge, prestige hierarchies etc.) dimensions that involve the elements coming “from outside” and that confer a meaning to the current practice of these midwives.
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Necessidade insatisfeita por contracepção entre mulheres grávidas, Distrito Sanitário II, Recife

dos Santos Ribeiro, Márcia 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:13:52Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4161_1.pdf: 15759026 bytes, checksum: f463716fb188d5a33a792bff37513e8d (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A mudança no perfil demográfico do Brasil ocorreu de forma rápida, a taxa de fecundidade total que era de 6,3 na década de 60 atingiu o valor de 1,8 filhos por mulher em 2006. Essa mudança foi resultado de transformações sociais, culturais e econômicas ocorridas no país. Além disso, outro aspecto responsável pela queda na taxa de fecundidade foi o aumento do conhecimento e do uso de anticoncepcionais, sendo esse um dos principais fatores. No entanto, uma alta prevalência de uso de métodos não significa necessariamente um alcance por parte das mulheres de suas intenções reprodutivas. Necessidades insatisfeitas por contracepção - discordância entre o comportamento reprodutivo, o não uso de contracepção, e o desejo de espaçar ou limitar o número de filhos - são reportadas tanto em países em desenvolvimento como em países desenvolvidos. Este estudo teve como objetivo estimar a prevalência de necessidades insatisfeitas por contracepção e analisar os fatores associados a essas necessidades entre mulheres grávidas cadastradas ao Programa de Saúde da Família do Recife no Distrito Sanitário II. A população do estudo foi composta por 1.120 mulheres grávidas entre 18 e 49 anos de idade sendo o desenho do estudo transversal e explanatório. Essa pesquisa observou que 30,7% das mulheres tiveram necessidades insatisfeitas por contracepção. Os resultados encontrados mostram que as mulheres com maior chance de possuir necessidade insatisfeitas por contracepção eram aquelas com: menor tempo de relacionamento com o parceiro (OR= 1,82; IC 95%1,13 2,9), sem parceiro estável (OR= 1,77; IC 95% 1,14 2,74), com maior paridade (OR= 1,60; IC 95% 0,97 2,62), com o número de filhos maior do que o pretendido (OR= 1,22; IC 95% 1,1 2,11), cujo companheiro manifestou desaprovação quanto ao uso de contracepção (OR= 1,80; IC 95% 1,3 2,5), com menor quantidade de bens duráveis (OR= 1,30; IC 95% 0,98 1,71), quenão possuíam religião (OR= 1,31; IC 95% 1 1,71) e que autodenominaram sua cor de pele como branca (OR= 1,41; IC 95% 1,02 1,95). Os resultados obtidos nesse estudo traçam um perfil das mulheres com necessidades insatisfeitas por contracepção entre usuárias do PSF e identificam os fatores que contribuíram para a presença dessa necessidade. Dessa forma, os resultados deste estudo podem contribuir para a reorientação das ações de planejamento reprodutivo e assim propiciar que as mulheres alcancem suas intenções reprodutivas e exerçam plenamente sua sexualidade
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Aborto provocado em mulheres vivendo com HIV/Aids

Pilecco, Flávia Bulegon January 2014 (has links)
Introdução: A feminização da epidemia e o aumento da expectativa de vida, trouxeram à tona a discussão sobre decisões reprodutivas de mulheres vivendo com HIV/Aids, incluindo a prática de aborto. Objetivo: Investigar como a interrupção de gestações se insere na trajetória de vida de mulheres vivendo com HIV/Aids. Metodologia: Foi feita uma revisão da literatura buscando estudos que investigaram a ocorrência e fatores associados à prática de aborto induzido em mulheres vivendo com HIV/Aids. Em uma segunda parte da tese, foram analisados dados referentes a um estudo transversal, que pesquisou mulheres vivendo com HIV/Aids de 18 a 49 anos, em Porto Alegre, Brasil, divididas em dois grupos: mulheres vivendo com HIV/Aids e mulheres não vivendo com HIV/Aids, recrutadas em serviços públicos de saúde. A amostra final foi composta por 684 mulheres vivendo com HIV/Aids, que tiveram 2.039 gestações, e 639 mulheres não vivendo com HIV/Aids, com 1.539 gravidezes. A associação entre preditores e desfecho (aborto provocado) foi analisada por meio de um modelo logístico de Equações de Estimativas Generalizadas. A terceira e última parte analisou dados dessa mesma pesquisa, sobre mulheres que tiveram aborto após o diagnóstico de HIV. Resultados: A revisão da literatura indicou que mulheres vivendo com HIV/Aids têm maiores taxas de aborto induzido, embora essas taxas tenham diminuído depois da introdução do protocolo de prevenção da transmissão vertical. A análise dos dados sobre aborto entre mulheres vivendo com HIV/Aids indicou que 6,5% das gestações entre mulheres vivendo com HIV/Aids foram findadas em aborto, mesma situação de 2,9% das gestações entre mulheres não vivendo com HIV/Aids. Entre mulheres vivendo com HIV/Aids, 7,7% das gestações ocorridas antes do diagnóstico foram findadas em aborto induzido, mesma situação 4,0% daquelas ocorridas após o diagnóstico. Ser mais velha, ter maior escolaridade, maior número de parceiros ao longo da vida, ter filhos antes da gravidez índice e não estar vivendo com parceiro durante a gestação foram associados à mais frequente prática de aborto entre mulheres vivendo com HIV/Aids. Na análise da ocorrência de aborto pós-diagnóstico, foi encontrado que dentre as mulheres que tiveram aborto após o diagnóstico a declaração de violência foi recorrente e o uso consistente de contracepção e de preservativo foi baixo. A mediana de tempo entre o diagnóstico e o aborto foi de dois anos. Em metade dos abortos, a motivação foi a mulher estar vivendo com HIV, embora apenas três, de 10 mulheres que declararam essa motivação não tenham tido outros filhos após o diagnóstico. Conclusões: Mulheres vivendo com HIV/Aids têm maior risco de ter aborto induzido ao longo da vida do que mulheres não vivendo com HIV/Aids. Entretanto, apesar de o HIV impactar na decisão na decisão por abortar, a vulnerabilidade socioeconômica e a relação com o parceiro destacam-se como fatores frequentemente associados à prática de aborto. Esse achado é atestado tanto por estudos quanti quanto qualitativos e reforçados por nosso achado de que a maioria dos abortos ocorridos na trajetória dessas mulheres aconteceu antes do diagnóstico de HIV. Assim, as pesquisas com o intuito de investigar aborto entre mulheres vivendo com HIV/Aids devem considerar o contexto específico de cada gestação. Em termos de políticas públicas é fundamental o investimento na difusão e disponibilização de insumos para a dupla proteção, como forma de reduzir as gravidezes não previstas. / Background: The feminization of the epidemic and the increased life expectancy has brought up the discussion about reproductive decisions of women living with HIV/Aids, including the practice of induced abortion. Objective: To investigate how the interruption of pregnancies is inserted in the trajectory of life of women living with HIV/Aids. Methodology: Firstly, a systematic literature review was conducted in order to search for studies that investigate the occurrence and determinants of induced abortion among women living with HIV/Aids. Secondly, data from a cross-sectional study that surveyed women living and not living with HIV/Aids, from 18 to 49 years old, in Porto Alegre, Brazil, were analyzed. The final sample consisted of 684 women living with HIV/Aids, which had 2,039 pregnancies, and 639 women not living with HIV/Aids, with 1,539 pregnancies. The association between the predictors and the outcome (induced abortion) was analyzed by using generalized estimates equations. Finally data from the aforementioned study about women who had abortion after HIV diagnosis were analyzed. Results: The literature review indicated that women living with HIV/Aids have higher rates of induced abortion, although these rates have decreased after the introduction of the protocol to prevent mother-to-child transmission. The analysis of data on abortion among women living with HIV/Aids indicated that 6.5% of pregnancies among women living with HIV/Aids ended on abortion, same situation as 2.9% of pregnancies among women not living with HIV/Aids. Among women living with HIV/Aids, 7.7% of pregnancies that occurred before HIV diagnosis were voluntarily terminated, same situation as 4.0% of those that occurred after HIV diagnosis. To be older, to have higher education and higher number of partners throughout life, to have children before the index pregnancy and not to be living with a partner during pregnancy were associated with abortion among women living with HIV/Aids. In the analysis of the abortions that occurred after HIV diagnosis, the occurrence of violence and the inconsistent use of contraception and condoms were common in the life course of women who had abortions after the HIV diagnosis. The median time between HIV diagnosis and the induced abortion was two years. The motivation for the practice of abortion was the woman to be living with HIV in half of the cases of abortion, although only three of 10 women who reported this motivation have not had other children after HIV diagnosis. Conclusions: Women living with HIV/Aids are at greater risk of having induced abortion throughout life than women not living with HIV/Aids. However, although HIV impacts in the decision to terminate a pregnancy, socioeconomic vulnerability and marital context stand out as factors frequently associated with induced abortion. This finding is confirmed both by quantitative and qualitative studies and reinforced by our finding that the majority of abortions that occur in the trajectory of these women happens before HIV diagnosis. Therefore research developed with the objective of investigating abortion among women living with HIV/Aids should consider the specific context of each pregnancy. In terms of public policy, it is essential to invest in the dissemination and availability of dual protection in order to reduce unplanned pregnancies.

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