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Avaliação da atividade antioxidante de compostos orgânicos de selênio sob parâmetros de danos oxidativo e mitocondrial em cérebro de ratos submetidos à sepseSilvestre, Fernanda January 2013 (has links)
The neurological manifestations in patients with acute sepsis as well as cognitive impairment in survivors of sepsis are associated with decreased quality of life and increased mortality and certain aspects of these changes result from pathophysiological mechanisms as oxidative stress. In this context, studies show that antioxidants may play a role in attenuating mechanisms associated with brain dysfunction such as oxidative stress and mitochondrial dysfunction energy. Thus, the literature provides us with important information about the antioxidant role of selenium compounds in the central nervous system, we intend to evaluate the effects of ebselen and diphenyl diselenide in early and late brain dysfunction in rats submitted to an animal model of sepsis. Male Wistar rats were subjected to sepsis by cecal ligation and puncture (CLP), which after treated with oral doses of EB (50 mg / kg), DD (50 mg / kg) or vehicle (oil). Twelve and 24 h after CLP, the rats were sacrificed and samples of brain structures (hippocampus, striatum, cerebellum, and prefrontal cortex) were obtained and analyzed under the parameters of oxidative damage assessment techniques in lipid damage by measuring the formation of thiobarbituric acid reactive substances, protein damage by the formation of carbonyl groups and evaluation of mitochondrial respiratory chain complexes besides the activity of the enzyme creatine kinase. Our results observed in the reduction of oxidative damage to lipids and proteins in the different cerebral structures studied times with the administration of DD, however EB seems to exert the same effect. Such changes are reflected in the assessment of mitochondrial respiratory chain complexes by reversing the decreased activity of the complex caused by the model of CLP. However, for the activity of creatine kinase in 24 hours only positive results found with increased activity through the administration of DD. In this sense, our results suggest that DD may be an important therapeutic target for brain dysfunction associated with sepsis by reversing oxidative damage, dysfunction and energy creatine kinase activity being more effective than EB. / Submitted by Rogele Pinheiro (rogele.pinheiro@unisul.br) on 2018-01-17T16:26:38Z
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Previous issue date: 2013 / As manifestações neurológicas agudas em pacientes com sepse estão associadas à diminuição da qualidade de vida e aumento de mortalidade e certos aspectos dessas alterações resultam de mecanismos fisiopatológicos como o estresse oxidativo. Nesse contexto, estudos mostram que substâncias antioxidantes podem exercer um papel importante na atenuação de mecanismos associados à disfunção cerebral tais como o estresse oxidativo e disfunção energética mitocondrial. Assim, visto que a literatura nos fornece informações importantes sobre o papel antioxidante de compostos de selênio como o disseleneto de difenila (DD) e o ebselen (EB) no Sistema Nervoso Central, avaliamos os efeitos desses compostos na disfunção cerebral em ratos submetidos ao modelo animal de sepse. Foram utilizados ratos Wistar machos submetidos à sepse por ligação e perfuração cecal (CLP), que logo após foram tratados com doses via oral de EB (50 mg/kg), DD (50 mg/kg) ou veículo (óleo). Doze e 24h após CLP os ratos foram sacrificados e amostras de estruturas cerebrais (hipocampo, estriado, cerebelo, córtex pré-frontal e córtex) foram obtidas e analisadas sob parâmetros de danos oxidativos pelas técnicas de avaliação de dano em lipídios através da mensuração da formação das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, dano em proteínas pela formação de grupamentos carbonilas e avaliação dos complexos da cadeia respiratória mitocondrial além da atividade da enzima creatina quinase. Observamos em nossos resultados a diminuição do dano oxidativo em lipídios e proteínas em diferentes estruturas cerebrais nos tempos estudados com a administração de DD, no entanto EB parece não exercer o mesmo efeito. Tais alterações se refletem na avaliação dos complexos da cadeia respiratória mitocondrial através da reversão da diminuição da atividade dos complexos causada pelo modelo de CLP. No entanto, para a atividade de creatina quinase, somente em 24 horas encontramos resultados positivos com o aumento da atividade através da administração de DD. Nesse sentido, nossos resultados sugerem que DD pode ser um importante alvo terapêutico para a disfunção cerebral associada a sepse por reverter o dano oxidativo, a disfunção energética e a atividade da creatina quinase mostrando-se mais eficaz que EB.
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Análise da sepse neonatal tardia em prematuros de muito baixo peso após a implantação do protocolo de sepse na unidade / Analysis of late onset neonatal sepsis in very low birth weight preterms after implantation of the sepsis protocol in the unitCastro, Renata Sayuri Ansai Pereira de [UNESP] 12 April 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-04-12 / Introdução: A sepse e choque séptico são importantes causas de morbimortalidade no período neonatal. A implantação de protocolos permite uma condução sequencial e rápida na sepse/ choque, o que pode melhorar o prognóstico desses pacientes. Objetivo: Investigar nos prematuros de muito baixo peso (PT-MBP) se o quadro séptico está sendo conduzido de forma sistematizada de acordo com o protocolo e se essa sistematização melhorou o prognóstico em curto prazo. Métodos: Estudo retrospectivo, do tipo coorte realizado na UTI Neonatal do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Botucatu no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2015, após aprovação do CEP. Foram selecionados todos os recém-nascidos (RN) prematuros com peso ao nascer inferior a 1500g (muito baixo peso), internados na UTI, nascidos ou não no Serviço, que sobreviveram por mais de 72 horas de vida. Foram incluídos todos os prematuros menores de 34 semanas e que apresentaram diagnóstico de sepse / choque séptico na Unidade. Não foram incluídos aqueles com malformações múltiplas e infecções congênitas. Variáveis estudadas: maternas, gestacionais, neonatais e variáveis do protocolo de choque da Unidade. Os recém-nascidos (RN) foram comparados inicialmente em dois grupos: sepse e choque séptico; para a avaliação do protocolo foram estudados apenas os que evoluíram para choque: com protocolo VS sem protocolo. Desfechos: displasia broncopulmonar (DBP), hemorragia periintraventricular (HPIV) grave, retinopatia da prematuridade (ROP) ≥ estágio 2 e óbito. Estatística: testes paramétricos e não paramétricos, com significância se p<0,05. Resultados: Dentre os 271 PT-MBP admitidos, a incidência de sepse tardia foi de 34%, e do choque séptico foi de 14%. A mortalidade entre os pacientes sépticos foi de 27,5%, e no choque foi de 61%. Abordagem sistematizada do choque de acordo com o protocolo ocorreu em 61% dos casos e os prematuros que não seguiram protocolo apresentaram maior mortalidade (80% x 48%; p=0,047). Não houve diferença significativa em relação às demais comorbidades, porém elas foram mais frequentes no grupo não seguiu o protocolo: DBP (75% vs 33%; p=0,262), HPIV grave (40% vs 22%; p=0,225), ROP ≥ 2 (50% vs 29%; p=1,000). Conclusão: Prematuros com choque séptico apresentaram alta mortalidade e pior prognóstico. Não seguir protocolo aumentou o percentual de morte. Prematuros com choque séptico sem abordagem sistematizada apresentaram pior prognóstico em curto prazo, embora sem diferença significativa, porém com alta relevância clínica. Assim, a abordagem sistematizada do choque pode melhorar o prognóstico desses RN. / Introduction: Sepsis and septic shock are important causes of morbidity and mortality in the neonatal period. Protocol implantation allows sequential and rapid conduction of sepsis / shock, which may improve patient prognosis. Objective: To investigate in the very low birth weight preterm infants if septic disease is being conducted in a systematized manner according to the protocol and if this systematization has improved the prognosis in the short term. Methods: Retrospective cohort study performed at the neonatal intensive care unit (NICU) of the Clinic Hospital Botucatu Medical School from January 2013 to December 2015. All preterm infants with birth weight less than 1500g, admitted in the NICU with more than 72 hours of life were selected and included whose with diagnosis of sepsis / septic shock. Those with multiple malformations and congenital infections were excluded. Variables studied: maternal, gestational, neonatal and variables of the shock protocol. The neonates were initially compared in two groups: sepsis and septic shock; for an evaluation of the protocol it was studied only those who evolved to shock: protocol VS non-protocol. Outcomes: Bronchopulmonary dysplasia (BPD), Grade III or IV intraventricular hemorrhage (IVH), retinopathy of prematurity (ROP) ≥ stage 2 and death. Statistical: parametric and non-parametric tests, with significance if p <0.05. Results: Among the 271 very low birth weight preterm admitted, the incidence of late onset neonatal sepsis and septic shock was 34% and 14%, respectively. Mortality among sepsis neonates was 27.5%, while in the shock group was 61%. Systematic approach according to the protocol occurred in 61% of the cases and the preterm infants who did not follow the protocol presented higher mortality (80% x 48%, p = 0.047). There were no statistically difference in the others comorbidities, but they were more frequent in the non-protocol group: BPD (75% vs 33%; p=0,262), Grade III or IV IVH (40% vs 22%, p = 0.225), ROP ≥ 2 (50% vs 29%, p = 1,000). Conclusion: Preterm infants with septic shock had high mortality and worse prognosis. Not following the protocol increased the percentage of death. Preterm infants with septic shock without systematic approach had worse prognosis in the short term, although without significant difference. Therefore, sequential conduction may be useful to improve prognosis in neonates.
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Desempenho de marcadores de sepse pediátrica e sua relaçâo com a gravidadeTonial, Cristian Tedesco January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Introduction : Sepsis is a systemic condition of intense inflammation, caused by an infectious agent that serves as the "trigger" of the entire process. Finding tools that allow the healthcare professional to anticipate or accompany an adverse outcome is important in the setting of the Pediatric Intensive Care Unit (PICU). Because of this, several sepsis markers have been studied. The objective of this study is to evaluate the progress and performance of pediatric sepsis markers and their relation with severity. Methods : A prospective cohort study of patients admitted to the PICU of a university hospital from March to December 2014. We included all patients with suspected sepsis who had between 28 days and 18 years, and were requiring mechanical ventilation for more than 48 hours and cardiovascular support by vasoactive drugs. We collected serum levels of C-reactive protein (CRP), ferritin, leukocyte count, triglycerides (TGC), total cholesterol, LDL cholesterol (LDL), growth hormone (GH) and Insulin-like Growth Factor 1 (IGF-1) on the first day (D0), 24 hours (D1) and 72 hours (D3) after recruitment. The Pediatric Index of Mortality 2 (PIM2) was obtained on the first day of admission in the PICU. Patients underwent transthoracic echocardiography to determine the ejection fraction (EF) and shortening fraction (FENC) of the left ventricle on D1 and D3. The outcome measures were length of hospitalization, PICU stay; duration of mechanical ventilation (MV) and ventilator-free hours; duration of use of inotropic and maximum score of inotropic agents; PIM2 and mortality. A value of p < 0. 05 was considered significant. Results : During the study period there were 337 hospitalizations. A total of 20 patients completed the study protocol. In terms of demographic, clinical and laboratory characteristics in recruitment, we noted that only ferritin was higher (mean and standard deviation, 454. 4 ± 309. 7 versus 91. 9 ± 6 ng / ml, p = 0. 005) in severe patients (PIM2 ≥ 6%). Patients with cardiac dysfunction by echocardiography in D1 had higher hospital stay (p = 0. 047), PICU stay (p = 0. 020), duration of mechanical ventilation (p = 0. 011), maximum inotropic score (p = 0. 001), PIM2 (p <0. 001) and lower ventilator-free hours (p = 0. 020). Patients with elevated ferritin levels in D0 had also less ventilator-free hours (p = 0. 046), higher maximum inotropic score (p = 0. 009) and PIM2 (p <0. 001). The PIM2 differentiated the most severely ill patients by less ventilator-free hours (p = 0. 012) and higher maximum inotropic score (p = 0. 033). The 2 patients who died during the study had cardiac dysfunction by echocardiography, hyperferritinemia and elevated PIM2.Conclusion : Among the analyzed markers, cardiac dysfunction by echocardiogram (ejection fraction <55% and FENC <28%), ferritin (≥ 300 ng / ml) and (PIM2 ≥ 6%) had the best performance as markers of severity in pediatric patients with sepsis. / Introdução : A sepse é uma condição sistêmica, de intensa inflamação, desencadeada por um agente infeccioso que serve como o “gatilho” de todo processo. Achar ferramentas que possibilitem para o profissional da área da saúde antecipar ou acompanhar uma evolução desfavorável é de suma importância no ambiente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP). Por conta disso, diversos marcadores de sepse têm sido estudados. O objetivo deste estudo é avaliar o desempenho de marcadores de sepse pediátrica e sua relação com a gravidade.Métodos : Estudo de coorte prospectivo, de pacientes internados na UTIP de um hospital universitário do período de março a dezembro de 2014. Foram incluídos todos os pacientes com suspeita de sepse que possuíam entre 28 dias e 18 anos, que estavam necessitando ventilação mecânica por mais de 48 horas e suporte cardiovascular através de drogas vasoativas. Foram coletados níveis séricos de proteína C reativa (PCR), ferritina, contagem de leucócitos, triglicerídeos (TGC), colesterol total, colesterol LDL (LDL), Hormônio de crescimento (GH) e Fator de crescimento semelhante a insulina (Insulin-like Growth Factor 1 ou IGF-1) no primeiro dia (D0), 24 horas (D1) e 72 horas (D3) após o recrutamento. Também foi calculado o Pediatric Index of Mortality 2 (PIM2) no primeiro dia de internação na UTIP. No D1 e no D3 os pacientes foram submetidos a ecocardiograma transtorácico, para determinação da Fração de Ejeção (FE) e da Fração de Encurtamento (FEnc) do ventrículo esquerdo. Os desfechos avaliados foram tempo de internação hospitalar e UTIP; duração da ventilação mecânica (VM) e horas livres de VM; duração do uso de inotrópicos e escore máximo de inotrópicos; PIM2 e mortalidade. Foi considerado como significativo um p < 0,05.Resultados : Durante o período de estudo houveram 337 internações. Um total de 20 pacientes completaram o protocolo do estudo. Em relação às características demográficas, clínicas e laboratoriais no recrutamento, notamos que apenas a ferritina estava mais elevada (média e desvio padrão de 454,4 ± 309,7 versus 91,9 ± 6 ng/mL; p=0,005) nos pacientes mais graves (PIM2 ≥ 6%). Pacientes com disfunção cardíaca pelo ecocardiograma no D1 tiveram maior tempo de internação hospitalar (p = 0,047), de UTIP (p = 0,020), VM total (p = 0,011), escore de inotrópico máximo (p = 0,001), PIM2 (p < 0,001) e menor tempo livre de VM (p = 0,020). Pacientes com ferritina elevada no D0 também tiveram menor tempo livre de ventilação (p = 0,046), maior escore de inotrópico máximo (p = 0,009) e PIM2 (p < 0,001). O PIM2 também diferenciou os pacientes mais graves com menor tempo livre de VM (p= 0,012) e maior escore de inotrópico máximo (p = 0,033). Os 2 pacientes que morreram durante o estudo possuíam disfunção cardíaca pelo ecocardiograma, ferritina e PIM2 elevados. Conclusão : Dentre os marcadores analisados, a disfunção cardíaca pelo ecocardiograma (FE < 55% e FEnc < 28%), a ferritina (≥ 300 ng/ml) e o (PIM2 ≥ 6%) obtiveram o melhor desempenho como marcadores de gravidade em pacientes pediátricos com sepse.
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Prevalência do Streptococcus agalactiae em gestantes detectada pela técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR)Silveira, José Luiz Saldanha da January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Background: Invasive Group B Streptococcal disease emerged in the 1970s as a leading cause of neonatal morbidity and mortality in the United States, and in the last 20 years has remained as the main cause of early-onset disease, meningitis and pneumonia among neonates. Since 1992, the American Academy of Pediatrics, the American College of Obstetricians and Gynecologists, and the Center for Disease Control and Prevention issued revised guidelines recommending universal screening of pregnant women for rectovaginal Group B Streptococcal colonization at 35-37 weeks’ gestation and administering intrapartum antimicrobial prophylaxis to carriers at delivery. Methods: It was a cross sectional study. Vaginal and rectal material was collected by sterile swab. Stuart broth media was used and samples were analyzed by PCR within 72 hours in the Centro de Biologia Genômica e Molecular – PUCRS and Centro de Pesquisas, Serviço de Patologia Clínica do HCPA – UFRGS. The sample was cultured in Brain Heart Infusion plus 8 bg/ml of gentamicin and 15 bg/ml of nalidixic acid medium. After that DNA was extracted and PCR was done. Prevalence ratio was used as risk measure. Data were expressed as proportion and respective 95% confidence interval. Quisquare as well as exact Fisher test was used to evaluate the strength of association among variables. Results: 121 women were analyzed and 28 of them had positive PCR for group B streptococci (23,1% IC95% 16,0 – 31,7). There were no associations between the dependent variable, positive group B streptococci, and the other independent variables tested. The association with previous abortion showed a p=0. 05. Conclusions: The study detected a high rate of prevalence of colonization by EGB in this population, similar to the prevalence described by the international literature. This new method has the potential to be utilized in screening prenatal programs. / Introdução: a doença invasiva pelo estreptococo do grupo B (EGB) emergiu como a principal causa de mortalidade e morbidade no período neonatal nos Estados Unidos da América do Norte em 1970, e durante os últimos 20 anos tem-se mantido como a principal causa de sepsis de início precoce, meningite e pneumonia entre recém-nascidos. Em 1992, a Academia Americana de Pediatria, o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças nos Estados Unidos da América recomendaram a adoção de medidas baseadas na pesquisa ativa para identificação das gestantes colonizadas pelo estreptococo do grupo B, e correspondente quimioprofilaxia no momento do parto. Objetivos: Relatar a prevalência da colonização materna pelo estreptococo do grupo B nas gestantes atendidas no Serviço de Saúde da Mulher em Uruguaiana (RS), medir a freqüência de exposições e relatar a estimativa de risco através da razão de prevalência. Métodos: O trabalho teve um delineamento transversal contemporâneo. A coleta do material foi realizada através de swab combinado vaginal e anal. O material coletado foi mantido em meio de Stuart e encaminhado para análise por PCR no Centro de Biologia Genômica e Molecular da PUCRS e no Centro de Pesquisas, Serviço de Patologia Clínica do HCPA da UFRGS em até 72 horas. Eram então inoculadas em meio seletivo Brain Heart Infusion, suplementado com 8 µg/ml de gentamicina e 15 µg/ml de ácido nalidíxico. Posteriormente era extraído o DNA das culturas e estes submetidos a PCR. A razão de prevalência foi utilizada como medida de risco. Os dados foram expressos como percentual e respectivos intervalos de confiança no nível de 95% (∞=0,05). A força de associação entre as variáveis foi submetida a análise utilizando-se o teste do X² e teste exato de Fischer, quando apropriado. Resultados: 121 pacientes foram incluídos no estudo, sendo que 28 destes apresentaram PCR positiva para o estreptococo do grupo B (23,1% - IC95% 16,0 – 31,7). Não foram detectadas associações entre a variável dependente, EGB positiva, e as variáveis independentes testadas. A associação com aborto prévio apresentou um p=0,05. Conclusões: o estudo detectou uma prevalência alta de colonização das gestantes por EGB nesta população, similar à descrita na literatura internacional. Este novo método tem o potencial de utilização em programas de triagem pré-natal.
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A proteína de ligação do vírus sincicial respiratório inibe citocinas inflamatórias da resposta imune em um modelo de sepse induzido por lipopolissacarídeosBrum, Charles de Ornelas January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Sepsis is a systemic inflammatory disorder, and its progression to septic shock is a serious clinical problem associated with a high mortality rate. Despite significant advances in critical care, treatments do not reverse the systemic inflammatory response and its consequences. Gram-negative sepsis is initiated by exposure to a component of gram-negative bacterial membrane, lipopolysaccharide (LPS), and induces overproduction of host inflammatory cytokines, including tumor necrosis factor (TNF- α), interleukin-1 (IL-1) and interleukin-6 (IL-6) from immunocytes such as monocytes. Recent studies have shown that similar to LPS, the Respiratory syncytial virus - leading cause of severe lower respiratory tract infections in infants and young children – requires the toll-like receptor 4 (TLR4) for signaling. Studies have shown that the respiratory syncytial virus attachment glycoprotein (RSV G) modulates cytokine and chemokine production in monocytes, inhibiting the inflammatory response elicited by LPS stimulation. In this report, we use murine monocytes from different knockout mice to show that RSV G can inhibit the release of cytokines in the immune response against lipoplysaccharide induced sepsis. We demonstrate the modulation of IL-1β, IL-6, IL-10 and TNF-α by RSV G in monocytes LPS stimulated. Importantly, we also considered the effect of RSV G subunits (peptides) and future directions for the clinical use of the glycoprotein on LPS-mediated inflammation. / Sepse é uma desordem inflamatória sistêmica e sua progressão para o choque séptico caracteriza um sério problema clínico, apresentando altas taxas de mortalidade. Apesar dos significativos avanços no tratamento intensivo, os mesmos não são capazes de reverter a resposta inflamatória sistêmica, assim como suas conseqüências. A sepse por bactérias gramnegativas é desencadeada pela exposição a um componente da membrana destas bactérias, conhecido como lipopolissacarídeo (LPS), o que leva a uma super produção de citocinas inflamatórias no hospedeiro, incluindo o fator de necrose tumoral (TNF-α), a interleucina-1 (IL-1) e a interleucina-6 (IL-6), por sua vez provindas de células do sistema imune, como os monócitos. Estudos recentes demonstraram que, de forma similar ao LPS, o vírus sincicial respiratório (RSV) – principal causa de infecção respiratória baixa em crianças e recém natos - utiliza o receptor toll-like 4 (TLR4) para sinalização celular. Estudos demonstraram que a glicoproteína de ligação do vírus sincicial respiratório (RSV G) age como imunomoduladora na produção de citocinas e quimiocinas por monócitos, inibindo a resposta inflamatória estimulada por LPS. Neste artigo, nós utilizamos monócitos monócitos murinos de diferentes camundongos knockout para demonstrar que RSV G pode inibir a produção de citocinas na resposta imune contra lipopolissacarídeos em um modelo de sepse. Demonstra-se também a modulação das citocinas IL-1β, IL-6, IL-10 e TNF-α por RSV G em monócitos estimulados por LPS. O artigo ainda considera de forma destacada o efeito de subunidades (peptídeos) de RSV G, bem como destaca perspectivas para o futuro uso clínico de glicoproteínas na modulação da resposta inflamatória mediada por LPS.
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Avaliação do desenvolvimento pulmonar em crianças prematuras do primeiro ano de vida à idade escolarBastos, Vinícius Gonçalves January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / The lung function of preterm infants is reduced and there are several pre-and postnatal factors associated with lower flow. There is extensive material on the effects of prematurity on lung function in early life, but little has been studied over the long term outcomes. This study therefore has the objective to describe lung development in premature infants, using data collected in the first year of life and correlating these data with functional tests obtained years later. To address this question we conducted a cohort study, prospective, where examinations were performed pulmonary function in infants in a group of children born prematurely, before the first year of life, and after some years the children were again subjected to spirometry to assess and performing development lung compared to the results of the first test. 40 children underwent lung function testing of infants (first test) and 37 children performed the second test. Of the 40 subjects, 17 (42%) were male, and 25 (63%) were white, the variation of Z scores for FVC and FEF2575 between the two tests showed statistically significant increase (p from 0. 028 to 0. 016). The predictor variables that influenced these changes were gender (male sex) and infection pre-and postnatal (chorioamnionitis and early sepsis).In conclusion, our data suggest that there is a trend of accelerated growth of lung function between the first and fifth years of life for children born premature, both in volume and in pulmonary flow, suggesting that, in part, this growth is due to the regression to the mean. Exposure to infection in the neonatal period has a limited effect on lung function with reduction in expiratory flows during the first years of life. These abnormalities are not detected later in life. / A função pulmonar de crianças nascidas prematuras é reduzida e existem vários fatores pré e pós-natais associados a fluxos baixos. Existe vasto material sobre efeitos da prematuridade na função pulmonar nos primeiros meses de vida, mas pouco se estudou sobre os desfechos em longo prazo. Este estudo tem, portanto, o objetivo de descrever o desenvolvimento pulmonar em prematuros, usando dados coletados no primeiro ano de vida e correlacionando estes dados com os testes funcionais obtidos anos mais tarde. Para responder a esta questão foi realizado um estudo de coorte, prospectivo, onde foi realizado exame de função pulmonar de lactentes em um grupo de crianças nascidas prematuras, antes do primeiro ano de vida, e após alguns anos as crianças foram novamente submetidas à espirometria para avaliar o seu desenvolvimento pulmonar e realizar comparação com os resultados do primeiro exame. 40 crianças realizaram o teste de função pulmonar de lactente (primeiro exame) e 37 crianças executaram o segundo teste. Dos 40 sujeitos, 17 (42%) eram do sexo masculino, e 25 (63%) eram da raça branca, a variação dos escores Z da CVF e do FEF2575 entre os dois testes realizados apresentaram aumento estatisticamente significativa (p de 0,028 e 0,016). As variáveis preditoras que influenciaram nestas alterações foram sexo (masculino) e infecção pré e pós-natal (corioamnionite e sepse precoce).Concluindo, os dados deste estudo sugerem que existe uma tendência de crescimento acelerado da função pulmonar entre o primeiro e o quinto anos de vida de crianças nascidos prematuras, tanto em volume quanto em fluxo pulmonares, sugerindo que, em parte, esse crescimento deva-se a regressão à média. A exposição à infecção no período neonatal tem efeito limitado no pulmão, com redução de fluxos expiratórios durante os primeiros anos de vida. Estas alterações espirométricas não são detectadas quatro a seis anos mais tarde.
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Estudo associativo entre variantes genéticas no gene GPX1, participante da via de controle oxidativo, e o desfecho de pacientes críticosMajolo, Fernanda January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Background: During critical illness and sepsis there is severe antioxidant depletion, and this scenario raises the critical ill patient’s mortality risk. Glutathione peroxidase (GPx) is one of the first endogenous antioxidant defense enzymes, and it works cooperatively with superoxide dismutase (SOD) and cathalase (CAT) to detoxify free radicals from the cellular environment. Genetic studies are important to understand the complexity of human oxidative stress and how the organism responds to an extreme situation such as critically care conditions. Previous studies with a GPx1 single nucleotide polymorphism (593C>T SNP; rs1050450; protein variant in GPx1: Pro198Leu) showed 593T carriers and 593TT homozygotes present higher risk to develop different diseases. Objective: We assessed the relationship of the genotype distribution of GPx1 SNP in critically ill patients with their conditions (organ dysfunction, sepsis, and septic shock) and their outcome. Results: We monitored 626 critically ill patients daily from the ICU (intensive care unit) admission to their discharge from hospital, or death. Our study revealed a significant association between 593TT GPx1 genotype and mortality; the mortality rate was higher in homozygous 593TT GPx1 (N = 94) when compared with the group of subjects with genotypes 593CT or 593CC GPx1 (N = 532) (52% versus 38%, P = 0. 009; OR = 1. 79; 95% CI = 1. 13-2. 85). Evaluating the subgroup of 293 ICU patients with sepsis, a pooled analysis including two genetic variants GPx1 and SOD2 (47C> T SNP, rs4880; protein variant in MnSOD: Ala-9Val) showed a significant difference in relation to progression to septic shock. The frequency of septic shock among septic patients with 593T GPx1 and 47C SOD2 alleles (N = 122) was higher when compared with septic patients carrying other settings of genotypes (N = 174) (78% versus 66%; P = 0. 028; OR = 1. 81; 95% CI = 1. 03-3. 18). Accepting the previously reported functional effects of these two SNPs on GPx1 and SOD2 gene expressions and, consequently, on GPx1 and MnSOD enzyme actvities, we believe our results may be considered as an important contribution for the understanding of oxidative imbalance during the critical ill. / Contexto: Durante a doença crítica e sepse há depleção grave de antioxidantes, e esse cenário aumenta o risco de mortalidade do paciente criticamente doente. Glutationa peroxidase (GPx) é uma das primeiras enzimas de defesa antioxidantes endógenas que, agindo em cooperação sinérgica com a superóxido dismutase (SOD) e a catalase (CAT), desintoxica radicais livres no ambiente celular. Os estudos genéticos são importantes para compreender a complexidade do estresse oxidativo humano e como o organismo responde a situações extremas, como no caso das situações críticas de saúde. Estudos anteriores com uma variante SNP (single nucleotide polymorphism) no interior do gene GPx1 (593C>T SNP; rs1050450; variante proteica na GPx1: Pro198Leu) mostraram que os portadores do alelo 593T e os homozigotos 593TT apresentam maior risco de desenvolver quadros patológicos graves. Objetivo: avaliar a relação da distribuição dos genótipos do SNP 593C>T GPx1 em pacientes criticamente doentes buscando associações com seus quadros de gravidade (disfunções orgânicas, sepse e choque séptico) e desfecho (mortalidade), durante o período de sua internação na unidade de terapia intensiva (UTI).Resultados: Foram monitorados diariamente 626 pacientes criticamente doentes desde a sua admissão na UTI até sua alta hospitalar ou óbito. Foi identificada uma associação significativa entre o genótipo 593TT GPx1 e a mortalidade: a taxa de mortalidade foi superior em homozigotos 593TT GPx1 (N = 94) quando comparados com o grupo de indivíduos com genótipos 593CT ou 593CC GPx1 (N = 532) (52% versus 38%, P = 0. 009; OR = 1. 79; 95% CI = 1. 13-2. 85). Avaliando o subgrupo de pacientes críticos com sepse, uma análise conjunta incluindo duas variantes genéticas GPx1 e SOD2 (47C>T SNP; rs4880; variante proteica na MnSOD: Ala-9Val) mostrou diferença significativa em relação a evolução para choque séptico. A frequência de choque séptico entre pacientes sépticos com alelos 593T GPx1 e 47C SOD2 (N = 122) foi superior quando comparado com pacientes sépticos com outras configurações de genótipos (N = 174) (78% versus 66%; P = 0. 028; OR = 1. 81; 95% CI = 1. 03-3. 18). Aceitando que os efeitos funcionais causados pelas variantes genéticas 593C>T GPx1 e 47C>T SOD2 em seus genes e nas enzimas GPx1 e MnSOD, respectivamente, afetam diretamente o balanço oxidativo celular, acreditamos que o resultado do presente estudo pode ser considerado como uma contribuição importante para a compreensão do estresse oxidativo no paciente criticamente doente.
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Estudo das variantes polimórficas -786T>C e 894G>T (Glu298Asp) do gene que codifica para a sintase do óxido nítrico endotelial (eNOS) e a ocorrência de sepse, choque séptico e disfunções orgânicas em pacientes com condições críticas de saúdeFerraro, José Luis Schifino January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Objetivo: Investigar se há associação entre as variantes polimórficas - 786T>C e 894G>T (Glu298Asp) do gene que codifica para a sintase do óxido nítrico endotelial (eNOS) e a ocorrência de sepse, choque séptico e disfunções orgânicas em pacientes com condições críticas de saúde. Pacientes e Métodos: Foram selecionados para esse estudo 207 pacientes críticos internados na unidade de tratamento intensivo geral (UTI) do Hospital São Lucas da PUCRS, admitidos de março de 2002 a dezembro de 2005. O grupo controle foi constituído por 149 doadores voluntários saudáveis oriundos da mesma população. A disfunção orgânica dos pacientes sépticos foi avaliada durante a primeira semana após admissão na UTI, através do escore SOFA, e foram consideradas as ocorrências de sepse, choque séptico e óbito. Os genótipos das variantes polimórficas -786C>T e 894G>T foram determinados por análise de fragmentos de restrição dos produtos da reação em cadeia da polimerase (PCR). Após, foi analisada a freqüência da distribuição dos genótipos e dos alelos entre os grupos de pacientes e de indivíduos saudáveis. Resultados: A freqüência de portadores do alelo -786C entre os pacientes críticos e pacientes sépticos foi significativamente mais alta do que entre os voluntários saudáveis (58% vs 46%; P=0,021, OR=1. 64, CI 95%: 1. 05-2. 57, e 60% vs 46%; P=0,012, OR=1. 82, CI 95%: 1. 10-3. 01, respectivamente). Homozigotos - 786CC tiveram significativamente um maior grau de disfunção orgânica, medido pelo escore SOFA durante a crucial primeira semana de internação na UTI (P=0,001) sem, no entanto, haver diferença significativa na taxa de mortalidade. Homozigotos 894TT foram mais freqüentes entre os pacientes críticos e pacientes sépticos do que entre indivíduos saudáveis (25% vs 14%; P=0,017, OR=0. 49, CI 95%: 0. 25-0. 92, e 25% vs 14%; P=0,024, OR=0. 46, CI 95%: 0. 22-0. 96, respectivamente). Por outro lado, portadores do alelo 894G tiveram escores SOFA significativamente mais altos (P=0,028) e não houve relação significativa com a mortalidade. Detectou-se a presença significativamente superior do duplo-homozigoto -786CC/894TT no grupo de pacientes (P=0,002) se comparada ao grupo de sujeitos saudáveis, e o duplohomozigoto 786TT/894GG significativamente mais freqüente no grupo de voluntários (P=0,002) do que no grupo de pacientes. Conclusão: Ambas variantes polimórficas -786C>T e 894G>T da eNOS podem estar associadas com um maior risco de suscetibilidade ao desenvolvimento de condições clínicas críticas mais graves, à sepse e ao choque séptico.
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Interleucina-6, fator de necrose tumoral-a e interleucina-1b no diagnostico de sepse neonatal precoceSilveira, Rita de Cássia dos Santos January 1997 (has links)
Objetivo: Citocinas são sintetizadas e secretadas em resposta a uma variedade de estímulos inflamatórios, razão pela qual podem ser indicadores muito precoces de sepse neonatal precoce. A proposta deste estudo foi avaliar a contribuição da interleucina-6, fator de necrose tumoral-a e interleucina-1 P para o estabelecimento de critérios diagnósticos de sepse neonatal precoce. F oram estudadas correlações dos níveis plasmáticos dessas citocinas com testes laboratoriais comumente utilizados (leucograma) e com a presença de febre. Método: Foi realizado um estudo de coorte controlado com 117 recém-nascidos (RN) admitidos na Unídade Neonatal do HCPA no período compreendido entre julho de 1995 e agosto de 1996, com idade de zero a 5 dias de vida e suspeita clínica de infecção suficiente para o médico assistente indicar a necessidade de avaliação laboratorial. Nesse momento foi coletado material para hemograma, hemocultura ou qualquer outro teste cultural, dosagens plasmáticas de IL-6, TNF-a e IL-1 P, pela técnica de enzimoimunoensaio, utilizando-se kits R & D Systems. Os pacientes foram divididos em quatro grupos: Grupo I, sepse neonatal comprovada (n= 13); Grupo li, sepse presumível, sem uso de antibiótico pela mãe no periparto (n=36); Grupo III, sepse presumível, no entanto a mãe recebeu antibioticoterapia no periparto (n=17) e Grupo IV (n=51 ), RNs saudáveis, ou seja, aqueles com alguma suspeita clínica inicial de sepse, sem, no entanto, necessidade de antibioticoterapia para melhorarem e com ausência de germe na hemocultura e demais exames de cultura. Resultados: Os quatro grupos tiveram composição semelhante quanto ao peso de nascimento, idade gestacional, tipo de parto e escore de Apgar no 5° minuto. Não foi observada diferença entre os quatro grupos quanto a leucopenia, leucocitose, relação VT 2 </ 0,2, neutropenia e trombocitopenia. Um número reduzido de pacientes apresentou alguma dessas alterações laboratoriais. Como o comportamento dos parâmetros clínicos e laboratoriais dos Grupos I, II e III não mostrou diferença estatisticamente significativa, foi possivel agrupá-los em RN infectados (n=66) e compará-los com os não-infectados (n=Sl). A maioria dos RNs (82,9%) teve seu sangue coletado para avaliação dos níveis plasmáticos das citocinas nas primeiras 24 horas de vida. Interleucina-6 e TNF-a. foram significativamente mais elevados nos Grupos I, II e III, quando comparados com o Grupo IV. As medianas dos valores de IL-lP nos quatro grupos não foram estatisticamente diferentes. IL-6 e IL-1 p tiveram seus níveis plasmáticos mais elevados na presença de febre. A IL-1 p foi o melhor mediador da resposta febril no RN. Foram obtidas curvas ROC (receiver operating characteristics) para IL-6 e TNF-a. , a fim de estabelecer o ponto de corte ideal para esses mediadores. Com um ponto de corte de 32 pg/rnl para IL-6, a sensibilidade foi de 90%, e a especificidade, de 43%; o valor preditivo positivo foi de 67,4%, e o valor preditivo negativo, de 78,6%. Com relação ao TNF-a., o ponto de corte de 12 pg/rnl forneceu uma sensibilidade de 87,9% e uma especificidade de 43%. Os valores preditivos positivos e negativos foram, respectivamente, de 66,7% e 73,3%. Combinando os valores de pontos de corte de IL-6 e de TNF-a, a sensibilidade aumentou para 98,5%, demonstrando que essas citocinas contribuem decisivamente para o diagnóstico precoce de sepse neonatal precoce. Conclusão: É possível caracterizar a resposta inflamatória e o comportamento dos mediadores quando precocemente estudados na evolução da sepse neonatal precoce, pois as citocinas, de um modo geral, alteram-se no início da instalação do processo inflamatório e apresentam meia-vida muito curta. A avaliação do leucograma (leucopenia, relação 1/T) não foi efetiva para o diagnóstico de sepse neonatal precoce, provavelmente porque esses parâmetros laboratoriais necessitam de maior tempo para se mostrarem alterados que as citocinas estudadas. Os níveis plasmáticos de IL-6 e TNF -a foram significativamente mais elevados em RNs com sepse neonatal precoce comprovada ou presumível quando comparados com os de RNs saudáveis. A associação desses mediadores mostrou-se o melhor marcador para sepse no período pós-natal imediato. / Objectives: Cytokines are synthetysed and secreted in response to a variety of inflammatory stimuli, therefore they can be very initial indicators of early onset neonatal sepsis. The purpose of this study was to evaluate the contribution of interleukin-6, tumor necrosis facto r-a., and interleukin-1 J3 for the diagnosis of early onset neonatal sepsis. We studied the correlation between cytokine plasma leveis with commonly used laboratory tests (leukogram) and the presence offever. Methods: A cohort of 117 newborn infants (postnatal age within zero and 5 days old) admitted to the Neonatal Unit of Hospital de Clínicas de Porto Alegre, between July 1995 and August 1996, with a clinicai suspicion of infection were included in the study. At that moment, samples were collected for complete blood count, blood culture or any other culture, plasma leveis o f IL-6, TNF -a. and IL-1 J3 by enzyme-immunoassay (R&D Systems kits). Patients were divided in four groups: Group I: proved neonatal sepsis (n=13); Group II: probably infected with no maternal peripartum use of antibiotic (n=36); Group ill: probably infected but mother received peripartum antibiotic (n=17), and Group IV: newborn infants that did not receive any antibiotic therapy (n=Sl ). Resu1ts: The four groups were similar in relation to birth weight, gestational age, type o f delivery and Apgar scores in the fifth rninute o f life. There were no differences among the four groups in relation to the presence of leukopenia, leukocytosis, VT ratio </ 0.2, neutropenia, and thrombocytopenia. Very few patients had such alterations. There were no statistícal differences among groups I, Il and III in relation to clinicai and laboratory findings, therefore, they were put together (n=66) and compared with group IV. Most of the newborn infants (82.9%) had their blood collected in the first 24 hours of life. IL-6 and TNF-a. were significantly higher in groups I, II and III than in group IV. The median leveis of IL-1 p were similar in ali four groups. Newborn infants with fever had the highest leveis of IL-6 and IL-1 p. The latest was the best mediator for fever in the neonatal period. The optimal cutoff point obtained with the receiver operating characteristics (ROC) curve was 32 pglml for IL-6 (sensitivity = 90%, specificity = 43%, positive predictive value = 67.4%, negative predictive value = 78.6%) , and 12 pglml for TNF-a. (sensitivity = 87.9%, specificity = 43%, positive predictive value = 66. 7%, nega tive predictive value = 73.3% ). Combining IL-6 and TNF-a. cutoff points provides a sensitivity of 98%. Conclusion: It is possible to evaluate the inflammatory response during the evolution of early onset neonatal sepsis. Cytokines become abnormal very early. The blood count was not useful for diagnosis of early onset neonatal sepsis. IL-6 and TNF-a. leveis were signjficantly higher in newborn infants with neonatal sepsis than in normal newborn infants. The combination o f IL-6 and TNF -a. appears to be a highly sensitive marker o f sepsis in the immediate post-natal period.
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Uso do fator estimulador de colônias de granulócitos humanos rhG-CSF no tratamento da sepse neonatal precoce em recém-nascidos prematuros : um estudo duplo-cego, randomizado e controlado por placeboMiura, Ernani January 1998 (has links)
Objetivos: Avaliar a eficácia do uso do rhG-CSF no tratamento da sepse neonatal precoce em recém-nascidos prematuros bem como a resposta das citocinas hematopoéticas e do sistema hematológico. Material e Métodos: Foi realizado um estudo randomizado duplo-cego. Foram incluídos recém-nascidos prematuros com menos de 5 dias de vida com diagnóstico de sepse clínica. O grupo tratamento (GT) recebeu 10 J.tg/kg/d de rhG-CSF, por via intravenosa, uma vez ao dia, por 3 dias consecutivos, e o grupo placebo (GB) recebeu o mesmo volume de placebo, também por via intravenosa, por 3 dias consecutivos. Todos os recém-nascidos foram acompanhados até o óbito ou alta hospitalar. TNF-a, IL-6, GM-CSF, G-CSF, contagem de leucócitos (CL), contagem absoluta de neutrófilos (ANC), relação neutrófilos imaturos/neutrófilos totais (I/T), contagem de plaquetas (CP) e concentração de hemoglobina (Hb) foram estudadas inicialmente antes da administração da primeira dose, 24 horas, 72 horas e 1 O dias após a primeira dose do tratamento e do placebo. Foi feita aspiração da medula óssea 7 dias após a primeira dose. A relação NSP /NPP (NSP = estoque de reserva medular de neutrófilos; NPP = estoque proliferativo medular de neutrófilos) e NSP foram avaliados. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e foi obtido consentimento escrito dos pais dos pacientes. Resultados: Quarenta e quatro recém-nascidos prematuros foram incluídos no estudo, 22 em cada grupo. Não houve diferenças entre ambos os grupos em relação a: idade gestacional média (GT: 29,4 ± 3, 1; GP: 30,7 ± 2,9 semanas); média do peso ao nascer (GT: 1376 ± 491 ; GP: 1404 ± 508 g); mediana do escore de Apgar no quinto minuto de vida; mediana do escore SNAP (escore fisiológico agudo neonatal) nas primeiras 24 horas de vida (GT: 8, variação: 3 - 28; GP: 9,5, variação: O - 23); média do tempo de hospitalização (GT: 40; GP: 35 dias); mediana dos níveis de TNF-u, IL-6, GM-CSF, IIT, CP e Hb em todos os momentos estudados. Apesar da taxa de mortalidade nos primeiros 7 dias de vida ter sido 13,6% menor no GT (mortalidade nos primeiros 7 dias de vida= GT: O; GP: 3) (mortalidade dos 8 aos 28 dias de vida GT: 5; GP: 3 ), não houve diferenças estatisticamente significativa. A incidência de infecção hospitalar durante todo o tempo de internação foi significativamente menor no GT do que no GP (GT: 2; GP: 9; p < 0,03). As medianas dos níveis de G-CSF, CL e ANC foram significativamente maiores no GT do que no GP com 24 horas (GCS = GT: 2568 pg/ml; GP: 56 pg/ml, p < 0,0001; CL = GT: 15200 mm3 ; GP: 8100 mm3 p < 0,005; ANC = GT: 9522 mm3 ; GP: 4526 mm3 p < 0,005) e 72 horas após o início do tratamento (G-CSF = GT: 129 pg/ml; GP: 37,5 pg/ml p < 0,007; CL = GT: 23100 mm3 ; GP: 9250 mm3 p < 0,00002; ANC = GT: 16843 mm3 ; GP: 4703 mm3 p < 0,00002). A média NSP e a relação NSP/NPP foi significativamente maior no GT do que no GP (NSP = GT: 58,4 ± 8%; GP: 47,8 ± 11,2% p < 0,003; NSPINPP = GT: 4,2 ± 2,5; GP: 2,6 ± 1,2 p < 0,05). Conclusões: A administração de rhG-CSF no tratamento da sepse neonatal precoce em recém-nascidos prematuros pode reduzir a mortalidade nos primeiros 7 dias de vida e principalmente, a incidência de infecção hospitalar. Provoca ainda um aumento na contagem de leucócitos e na contagem absoluta de neutrófilos 24 e 72 horas após o início do tratamento, e um aumento na NSP e na relação NSPINPP 7 dias após o início do tratamento. / Objectives: To evaluate the efficacy o f the use of rhG-CSF in the treatment of early neonatal sepsis in premature infants and to asses cytokine and hematologic values in septic premature newborn infants after treatment with rhG-CSF Methods: A double blind randomized study was performed. Premature newborn infants were included in the study if they had a clinicai diagnosis of sepsis in the first 5 days of life. Treatment group (TG) received 10 j..tg/kg/day ofthe rhG-CSF IV once a day for 3 consecutive days, and the placebo group (PG) received the same volume of placebo IV as the TG for 3 consecutive days. Ali the included newboms were followed up to death or hospital discharge. TNF-a, IL-6, GM-CSF, G-CSF, leucocyte count (LC), absolute neutrophil count (ANC), immature/total neutrophil ratio (I/T), platelet count (PC), and hemoglobin concentration (Hb) were studied just before administration o f the first dose, 24 hours, 72 hours and 1 O days after the first dose o f treatment. Bone marrow aspiration was performed 7 days after the first dose oftreatment. NSP (neutrophil storage pool) and NSPINPP (neutrophil proliferative pool) ratio were evaluated. The study was approved by the ethics committee of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre and informed consent o f the parents were obatined. Results: Forty-four premature newborn infants were included in the study, twenty two in each group. Mean gestational ages (TG: 29.4 ± 3.1; PG: 30.7 ± 2.9 weeks), mean birth weights (TG: 1376 ± 491; PG: 1404 ± 508 grams), median Apgar scores in the fifth minutes of life, median SNAP (score for neonatal acute physiology) scores in the first 24 hours oflife (TG: 8, range: 3-28; PG: 9.5, range: O- 23), and mean lenght of hospital stay (TG: 40; PG: 35) were similar in both groups. Median TNF-u, IL-6, GM-CSF, I!f ratio, PC and Hb in all studied moments were similar in both groups. Although the survival rate in the first 7 days o f li f e was 13.6% higher in the TG than in the PG, there was no significant statistical difference (mortality in the first 7 days oflife TG =O; PG: 3), (mortality from 8 to 28 days oflife TG: 5; PG: 3 ). The occurrence o f nosocomial infection during the whole hospital stay was significant lower in the TGthan in the PG (TG: 2; PG: 9, p < 0.03). Median G-CSF leveis, LC, and ANC were significantly higher in the TG than in PG at 24 hours (G-CSF = TG: 2568 pg/ml; PG: 56 pg/ml, p < 0.00001; LC = TG: 15200 mm3 ; PG:8100 mm3 , p < 0.005; ANC = TG: 9522; PG: 4526, p < O. 005) and 72 hours after onset o f treatment (G-CSF = TG: 129 pg/ml; PG: 37.5, p < 0.007; LC = TG: 23100 mm3 ; PG: 9250 mm3 , p < 0.00002; ANC = TG: 16843 mm3 ; PG: 4703 mm3 , p < 0.00002). Mean NSP and NSP/NPP ratio were significantly higher in TG than in PG (NSP = TG: 58.4% ± 8%; PG: 47.8 ± 11.2%, p < 0.003; NSP/NPP ratio = TG: 4.2 ± 2.5; PG: 2.6 ± 1.2, p < 0.05). Condusions: Administration of rhG-CSF to a septic premature newborn infants may decrease the mortality in the first 7 days of life, and mainly the incidence of nosocomial infection. Also rhG-CSF administration causes an increase o f LC and ANC 24 and 72 hours after onset o f treatment, and an increase in NSP and NSP /NPP ratio 7 days after treatment.
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