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Efeito da deficiência de tiamina sobre a inflamação, estresse oxidante e migração celular em modelo experimental de sepse / Effect of thiamine deficiency on inflammation, oxidative stress and cell migration in an experimental model of sepsis

José Antenor Araújo de Andrade 31 October 2012 (has links)
A sepse é uma condição de elevada letalidade muito frequente em pacientes graves e pode estar associada à deficiência de vitamina B1 ou tiamina. Sendo a tiamina fundamental para produção de energia, restauração do poder redutor e síntese de ribose e desoxirribose celulares, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da deficiência de tiamina sobre a resposta inflamatória, através da medida de interleucinas, o estresse oxidante, pela determinação do 4-hidróxi 2-nonenal (4-HNE) um produto de peroxidação de lipídeos de membrana e a migração celular em modelo experimental de sepse. Em um primeiro experimento foi determinada a concentração de pirofosfato de tiamina (PPT) no sangue de camundongos c57bl6 alimentados com ração completa e com ração deficiente em tiamina, para determinação do tempo necessário para a indução de deficiência dessa vitamina. Em um segundo experimento foi utilizada a ligadura e perfuração cecal (CLP) como modelo de sepse em quatro grupos: SHAM ração completa, SHAM ração deficiente em tiamina, CLP ração completa, CLP ração deficiente em tiamina. As concentrações de PPT no sangue foram determinadas por cromatografia líquida de alta eficiência. As dosagens séricas e no líquido peritoneal de TNF-α, IL-1β, IL-6, KC e MCP-1/CCL2 foram realizadas por ELISA. O nível de 4-hidroxi,2-nonenal (4-HNE) no fígado foi avaliado por Western Blot. Contagem de leucócitos no sangue e no líquido peritoneal foi feita por microscopia óptica. Foi avaliada a concentração de bactérias no líquido peritoneal. Nos animais alimentados com ração completa a concentração média de PPT foi 303 42,6 nM, e a deficiência de tiamina foi induzida após 10 dias de ingestão da ração pobre em tiamina, quando observou-se concentração de 12,5 2,4 nM. No lavado peritoneal dos animais submetidos à CLP e privados de tiamina observou-se nível significativamente maior de TNF-α e MCP-1. A IL-1β foi menor no sangue do mesmo grupo. A expressão de 4-HNE foi maior nos grupos privados de tiamina. Quanto à celularidade sanguínea, observou-se apenas maior contagem de mononucleares no grupo submetido à CLP e privado de tiamina. No líquido peritoneal, a contagem de leucócitos totais, mononuleares e monócitos foi mais elevada nos grupos CLP, mas sem relação com o tipo de dieta. No entanto, no líquido peritoneal o grupo CLP deficiente em tiamina revelou população bacteriana significativamente menor que o grupo alimentado com ração completa e os grupos sham. Concluiu-se que a deficiência de tiamina associou-se com aumento da morte bacteriana na cavidade peritoneal, aumento do estresse oxidante, e mudanças na resposta inflamatória. Palavras-chave: Tiamina. Sepse. Estresse oxidante. Inflamação. Modelo de sepse.A sepse é uma condição de elevada letalidade muito frequente em pacientes graves e pode estar associada à deficiência de vitamina B1 ou tiamina. Sendo a tiamina fundamental para produção de energia, restauração do poder redutor e síntese de ribose e desoxirribose celulares, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da deficiência de tiamina sobre a resposta inflamatória, através da medida de interleucinas, o estresse oxidante, pela determinação do 4-hidróxi 2-nonenal (4-HNE) um produto de peroxidação de lipídeos de membrana e a migração celular em modelo experimental de sepse. Em um primeiro experimento foi determinada a concentração de pirofosfato de tiamina (PPT) no sangue de camundongos c57bl6 alimentados com ração completa e com ração deficiente em tiamina, para determinação do tempo necessário para a indução de deficiência dessa vitamina. Em um segundo experimento foi utilizada a ligadura e perfuração cecal (CLP) como modelo de sepse em quatro grupos: SHAM ração completa, SHAM ração deficiente em tiamina, CLP ração completa, CLP ração deficiente em tiamina. As concentrações de PPT no sangue foram determinadas por cromatografia líquida de alta eficiência. As dosagens séricas e no líquido peritoneal de TNF-α, IL-1β, IL-6, KC e MCP-1/CCL2 foram realizadas por ELISA. O nível de 4-hidroxi,2-nonenal (4-HNE) no fígado foi avaliado por Western Blot. Contagem de leucócitos no sangue e no líquido peritoneal foi feita por microscopia óptica. Foi avaliada a concentração de bactérias no líquido peritoneal. Nos animais alimentados com ração completa a concentração média de PPT foi 303 42,6 nM, e a deficiência de tiamina foi induzida após 10 dias de ingestão da ração pobre em tiamina, quando observou-se concentração de 12,5 2,4 nM. No lavado peritoneal dos animais submetidos à CLP e privados de tiamina observou-se nível significativamente maior de TNF-α e MCP-1. A IL-1β foi menor no sangue do mesmo grupo. A expressão de 4-HNE foi maior nos grupos privados de tiamina. Quanto à celularidade sanguínea, observou-se apenas maior contagem de mononucleares no grupo submetido à CLP e privado de tiamina. No líquido peritoneal, a contagem de leucócitos totais, mononuleares e monócitos foi mais elevada nos grupos CLP, mas sem relação com o tipo de dieta. No entanto, no líquido peritoneal o grupo CLP deficiente em tiamina revelou população bacteriana significativamente menor que o grupo alimentado com ração completa e os grupos sham. Concluiu-se que a deficiência de tiamina associou-se com aumento da morte bacteriana na cavidade peritoneal, aumento do estresse oxidante, e mudanças na resposta inflamatória. / Sepsis is a prevalent condition in critically ill patients and may be associated with thiamine deficiency (TD). Since thiamine is important for energy production, redactor power recovering and ribosis and desoxirribosis synthesis, the aim of this study was to evaluate TD effect in inflammation, oxidative stress and cell recruitment in a sepsis model. Thiamine pyrophosphate (TPP) normal concentration was determined in blood of c57bl6 mice fed with AIN93G chow and also in animals fed with similar AIN93G chow without thiamine in order to determine the time required to produce TD. Another experiment was carried out with cecal ligation and puncture (CLP) as the sepsis model with four groups: SHAM with AIN93G complete chow, SHAM with TD chow, CLP with AIN93G complete chow and CLP with TD chow. TPP blood concentrations were determined by HPLC/Fluorescence. Blood and peritoneal liquid TNF-alpha, IL-1, IL-6, KC and MCP-1/CCL2 determinations were performed by ELISA. The expression of 4-HNE was performed by Western Blot. Blood and peritoneal liquid leukocytes counting were performed by optical microscopy. Peritoneal liquid bacterial concentration was determined. Blood TPP mean concentration in AIN93G complete chow was 287.9 27.8 nM and TD occurred in 10 days in TD chow group and blood concentration in this group was 12.5 2.4 nM. Peritoneal liquid TNF-alpha and MCP-1 concentrations were significantly greater in CLP with TD chow group than the other groups. Blood IL1-β was lower in the same group. Liver 4-HNE expression was highest in TD groups. Blood mononuclear number was greater in CLP TD chow group the others. Peritoneal liquid leukocites, mononuclears and neutrophils numbers were detected in greater number in the same group. However, peritoneal liquid bacterial concentration was significantly lower in the same group. In coclusion TD was associated with greater bacterial killing in peritoneal liquid, greater oxidative stress and change in inflammatory response.
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Efeito da deficiência de tiamina sobre a inflamação, estresse oxidante e migração celular em modelo experimental de sepse / Effect of thiamine deficiency on inflammation, oxidative stress and cell migration in an experimental model of sepsis

José Antenor Araújo de Andrade 31 October 2012 (has links)
A sepse é uma condição de elevada letalidade muito frequente em pacientes graves e pode estar associada à deficiência de vitamina B1 ou tiamina. Sendo a tiamina fundamental para produção de energia, restauração do poder redutor e síntese de ribose e desoxirribose celulares, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da deficiência de tiamina sobre a resposta inflamatória, através da medida de interleucinas, o estresse oxidante, pela determinação do 4-hidróxi 2-nonenal (4-HNE) um produto de peroxidação de lipídeos de membrana e a migração celular em modelo experimental de sepse. Em um primeiro experimento foi determinada a concentração de pirofosfato de tiamina (PPT) no sangue de camundongos c57bl6 alimentados com ração completa e com ração deficiente em tiamina, para determinação do tempo necessário para a indução de deficiência dessa vitamina. Em um segundo experimento foi utilizada a ligadura e perfuração cecal (CLP) como modelo de sepse em quatro grupos: SHAM ração completa, SHAM ração deficiente em tiamina, CLP ração completa, CLP ração deficiente em tiamina. As concentrações de PPT no sangue foram determinadas por cromatografia líquida de alta eficiência. As dosagens séricas e no líquido peritoneal de TNF-α, IL-1β, IL-6, KC e MCP-1/CCL2 foram realizadas por ELISA. O nível de 4-hidroxi,2-nonenal (4-HNE) no fígado foi avaliado por Western Blot. Contagem de leucócitos no sangue e no líquido peritoneal foi feita por microscopia óptica. Foi avaliada a concentração de bactérias no líquido peritoneal. Nos animais alimentados com ração completa a concentração média de PPT foi 303 42,6 nM, e a deficiência de tiamina foi induzida após 10 dias de ingestão da ração pobre em tiamina, quando observou-se concentração de 12,5 2,4 nM. No lavado peritoneal dos animais submetidos à CLP e privados de tiamina observou-se nível significativamente maior de TNF-α e MCP-1. A IL-1β foi menor no sangue do mesmo grupo. A expressão de 4-HNE foi maior nos grupos privados de tiamina. Quanto à celularidade sanguínea, observou-se apenas maior contagem de mononucleares no grupo submetido à CLP e privado de tiamina. No líquido peritoneal, a contagem de leucócitos totais, mononuleares e monócitos foi mais elevada nos grupos CLP, mas sem relação com o tipo de dieta. No entanto, no líquido peritoneal o grupo CLP deficiente em tiamina revelou população bacteriana significativamente menor que o grupo alimentado com ração completa e os grupos sham. Concluiu-se que a deficiência de tiamina associou-se com aumento da morte bacteriana na cavidade peritoneal, aumento do estresse oxidante, e mudanças na resposta inflamatória. Palavras-chave: Tiamina. Sepse. Estresse oxidante. Inflamação. Modelo de sepse.A sepse é uma condição de elevada letalidade muito frequente em pacientes graves e pode estar associada à deficiência de vitamina B1 ou tiamina. Sendo a tiamina fundamental para produção de energia, restauração do poder redutor e síntese de ribose e desoxirribose celulares, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da deficiência de tiamina sobre a resposta inflamatória, através da medida de interleucinas, o estresse oxidante, pela determinação do 4-hidróxi 2-nonenal (4-HNE) um produto de peroxidação de lipídeos de membrana e a migração celular em modelo experimental de sepse. Em um primeiro experimento foi determinada a concentração de pirofosfato de tiamina (PPT) no sangue de camundongos c57bl6 alimentados com ração completa e com ração deficiente em tiamina, para determinação do tempo necessário para a indução de deficiência dessa vitamina. Em um segundo experimento foi utilizada a ligadura e perfuração cecal (CLP) como modelo de sepse em quatro grupos: SHAM ração completa, SHAM ração deficiente em tiamina, CLP ração completa, CLP ração deficiente em tiamina. As concentrações de PPT no sangue foram determinadas por cromatografia líquida de alta eficiência. As dosagens séricas e no líquido peritoneal de TNF-α, IL-1β, IL-6, KC e MCP-1/CCL2 foram realizadas por ELISA. O nível de 4-hidroxi,2-nonenal (4-HNE) no fígado foi avaliado por Western Blot. Contagem de leucócitos no sangue e no líquido peritoneal foi feita por microscopia óptica. Foi avaliada a concentração de bactérias no líquido peritoneal. Nos animais alimentados com ração completa a concentração média de PPT foi 303 42,6 nM, e a deficiência de tiamina foi induzida após 10 dias de ingestão da ração pobre em tiamina, quando observou-se concentração de 12,5 2,4 nM. No lavado peritoneal dos animais submetidos à CLP e privados de tiamina observou-se nível significativamente maior de TNF-α e MCP-1. A IL-1β foi menor no sangue do mesmo grupo. A expressão de 4-HNE foi maior nos grupos privados de tiamina. Quanto à celularidade sanguínea, observou-se apenas maior contagem de mononucleares no grupo submetido à CLP e privado de tiamina. No líquido peritoneal, a contagem de leucócitos totais, mononuleares e monócitos foi mais elevada nos grupos CLP, mas sem relação com o tipo de dieta. No entanto, no líquido peritoneal o grupo CLP deficiente em tiamina revelou população bacteriana significativamente menor que o grupo alimentado com ração completa e os grupos sham. Concluiu-se que a deficiência de tiamina associou-se com aumento da morte bacteriana na cavidade peritoneal, aumento do estresse oxidante, e mudanças na resposta inflamatória. / Sepsis is a prevalent condition in critically ill patients and may be associated with thiamine deficiency (TD). Since thiamine is important for energy production, redactor power recovering and ribosis and desoxirribosis synthesis, the aim of this study was to evaluate TD effect in inflammation, oxidative stress and cell recruitment in a sepsis model. Thiamine pyrophosphate (TPP) normal concentration was determined in blood of c57bl6 mice fed with AIN93G chow and also in animals fed with similar AIN93G chow without thiamine in order to determine the time required to produce TD. Another experiment was carried out with cecal ligation and puncture (CLP) as the sepsis model with four groups: SHAM with AIN93G complete chow, SHAM with TD chow, CLP with AIN93G complete chow and CLP with TD chow. TPP blood concentrations were determined by HPLC/Fluorescence. Blood and peritoneal liquid TNF-alpha, IL-1, IL-6, KC and MCP-1/CCL2 determinations were performed by ELISA. The expression of 4-HNE was performed by Western Blot. Blood and peritoneal liquid leukocytes counting were performed by optical microscopy. Peritoneal liquid bacterial concentration was determined. Blood TPP mean concentration in AIN93G complete chow was 287.9 27.8 nM and TD occurred in 10 days in TD chow group and blood concentration in this group was 12.5 2.4 nM. Peritoneal liquid TNF-alpha and MCP-1 concentrations were significantly greater in CLP with TD chow group than the other groups. Blood IL1-β was lower in the same group. Liver 4-HNE expression was highest in TD groups. Blood mononuclear number was greater in CLP TD chow group the others. Peritoneal liquid leukocites, mononuclears and neutrophils numbers were detected in greater number in the same group. However, peritoneal liquid bacterial concentration was significantly lower in the same group. In coclusion TD was associated with greater bacterial killing in peritoneal liquid, greater oxidative stress and change in inflammatory response.
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Papel dos monócitos inflamatórios na sepse / The role of inflammatory monocytes in sepsis

Cebinelli, Guilherme Cesar Martelossi 12 February 2019 (has links)
Sepse é uma síndrome, na qual, o paciente apresenta lesões de órgãos com risco a vida, em decorrência de uma inflamação exagerada desencadeada por uma infecção. Estima-se uma ocorrência anual de 31,5 milhões de casos de sepse e 19,4 milhões de casos de choque séptico no mundo, causando potencialmente 5,3 milhões de mortes. Esses índices alarmantes fizeram com que em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adotasse uma resolução com o objetivo de aperfeiçoar a prevenção, diagnóstico e tratamento dessa condição clínica que vem sendo negligenciada. A iniciação da sepse, ocorre quando há um descontrole da infecção, acarretando excessiva ativação de células do sistema imune inato. Isso resulta em uma inflamação sistêmica danosa que é responsável pela maioria das alterações fisiopatológicas da sepse. Nesse contexto do sistema imune inato, o papel de neutrófilos já é bem compreendido da patogênese da sepse. Contudo, a função dos monócitos inflamatórios ainda não é bem estabelecida. Ao mesmo tempo que essas células podem participar do controle de infecções, elas também podem contribuir com a inflamação sistêmica e a lesão de órgãos. Deste modo, a compreensão do papel dessas células se faz importante para determinação de novos alvos terapêuticos para essa condição clínica. Nossos resultados demonstraram, em modelo experimental de sepse, que o aumento da emigração de monócitos inflamatórios da medula óssea está relacionado com maior taxa de mortalidade dos animais e exacerbação da inflamação sistêmica. A migração dessas células para órgãos, como rim e pulmão, está relacionado com inflamação e aumento de lesões, nesses locais. Deste modo, conclui-se que monócitos inflamatórios possuem um papel deletério na patogênese da sepse / Sepsis is a syndrome in which the patient has life-threatening organ damage due to an exaggerated inflammation triggered by an infection. The annual occurrence is 31.5 million cases of sepsis and 19.4 million cases of septic shock in the world, which potentially cause 5.3 million deaths. In concern of these alarming reports in 2017, the World Health Organization (WHO) adopted a resolution aimed at improving the prevention, diagnosis and treatment of this neglected clinical condition. The initiation of sepsis occurs when the infection was not controlled, causing excessive activation of the innate immune cells. This excessive activation causes a systemic inflammation that is responsible for most pathophysiological phenomena in sepsis. In this context of the innate immune system, the role of neutrophils is already well understood in the pathogenesis of sepsis. However, the role of inflammatory monocytes is not yet well established. These cells can participate in the control of infections, or can also contribute to systemic inflammation and organs damage. Thus, the understanding of the roles of these cells become important for the development of new therapeutic targets for this clinical condition. Our results demonstrated that the systemic increase of the inflammatory monocytes frequency is related to higher mortality rate, exacerbation of systemic inflammation, increased migration to organs (lung and kidney), and in these sites, are related to inflammation and lesions. Thus, we concluded that these cells have a deleterious role in the pathogenesis of sepsis
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Papel dos receptores de TNF no desenvolvimento da imunossupressão pós-sepse / The role of TNF receptors in the development of sepsis-induced immunossupression

Melo, Paulo Henrique de 17 April 2013 (has links)
A sepse é uma síndrome de resposta inflamatória sistêmica decorrente de um processo infeccioso, a qual acarreta alta taxa de mortalidade. Relatos da literatura tem demonstrado que pacientes e animais de experimentação que sobrevivem à sepse desenvolvem quadro de imunossupressão tardia, o qual contribui com a maior sucetibilidade destes a infecções secundárias. Nosso grupo demonstrou que as células T reguladoras (Tregs) participam ativamente do desenvolvimento desta imunossupressão. O Fator de Necrose Tumoral (TNF) é uma citocina pleotrópica responsável por diversas funções durante a resposta inflamatória, apresentando dois receptores responsáveis pelas suas atividades: o TNFR1 e o TNFR2. Foi demonstrando que o TNF exerce um importante papel na atividade de Tregs, induzindo a proliferação, estabilização do fenótipo e aumentando sua atividade imunossupressora, sugerindo que tais atividades sejam atribuidas ao TNFR2. Desta forma, nosso objetivo foi avaliar a participação dos receptores de TNF no desenvolvimento da imunossupressão pós-sepse. Para isso animais WT, TNFR1-/- e TNFR1/2 -/- foram submetidos à sepse grave, induzida por CLP e tratados com um suporte básico (reposição hidríca e antibioticoterapia). Inicialmente avaliamos a participação dos receptores de TNF na fase aguda da sepse. Demonstramos que nesta fase os receptores de TNF, principalmente TNFR1, apresentam um papel prejudicial na migração de neutrófilos, no controle do processo infeccioso e nas lesões de orgãos decorrentes da sepse. Posteriormente, os animais sobreviventes foram infectados com um dose subletal de L. pneumophila i.n 15 dias após a CLP. Avaliamos a participação dos receptores TNF na sucetibilidade à infecção secundária induzida por L. pneumophila em animais sobreviventes à sepse. Observamos que animais TNFR1-/- sobreviventes à sepse são mais suscetíveis, ao passo que animais TNFR1/2-/- sobreviventes à sepse são resitentes à infecção secundária em relação aos animais WT sobreviventes à sepse. Avaliamos então, a expansão de Tregs no baço destes animais sobreviventes à sepse e, observamos que animais TNFR1-/- apresentam aumento da expansão de Tregs, ao passo que os animais TNFR1/2-/- não apresentaram expansão de Tregs comparados ao WT. Observamos também que as Tregs apresentam maior densidade de receptores de TNF do que as células T convencionais e, que durante a sepse ocorre aumento da densidade destes receptores nas Tregs. Sugerimos então que possivelmente o TNFR1 seja um regulador negativo, enquanto o TNFR2 possa assumir um papel na regulação positiva na expansão de Tregs após a sepse, durante o desenvolvimento da imunossupressão. / Sepsis is a systemic inflammatory response syndrome resulting from infectious process, resulting in high mortality rate. It has been shown that septic mice and patients that survived from sepsis develop a late immunosuppression, which contributes to greater susceptibility to these secondary infections. Our group has shown that regulatory T cells (Tregs) actively participate in the development of this immunosuppression. The Tumor Necrosis Factor (TNF) is pleiotropic cytokine responsible for several processes in the inflammatory response. Two receptors are responsible for the various activities of TNF: TNFR1 and TNFR2. It have shown that TNF plays an important role in the activity of Tregs, inducing proliferation, stabilization of phenotype and increasing their immunosuppressive activity. The authors also suggested that these activities are TNFR2-mediated. Thus, our objective was to evaluate the role of TNF receptors in the acute phase of sepsis and also in the development of immunosuppression post-sepsis. For that, TNFR1-/ -, TNFR1/2 -/ - and WT mice were underwent to severe sepsis induced by CLP and treatment with basic support (hydration and antibiotics). Initially we evaluated the participation of TNF receptors in the acute phase of sepsis. We suggest that at this stage the TNF receptor, TNFR1 mainly exert a deleterious role in the migration of neutrophils in control of the infectious process and the tissue damage resulting from sepsis. In addition, the survivors from the septic event were intranasaly infected with L. pneumophila in the 15th day after sepsis induction. We evaluated the participation of these receptors in susceptibility to secondary infection induced by L. pneumophila in survivors from sepsis. Comparing the animals that survived from sepsis, we observed that TNFR1/2-/- , like WT mice, are not susceptible to the secondary infection, while TNFR1-/- survivors are more susceptible to it. We also observed that TNFR1-/ - animals show increased expansion of Tregs in the spleen, different of TNFR1/2-/- mice, that did not show expansion of Tregs compared to WT. We also observed Tregs have a higher density of receptors for TNF than conventional T cells, whereas during sepsis occurs increased expression of this receptor in Tregs. Altogether, the results suggest that TNFR1 is a negative regulator, whereas TNFR2 may play a role in the upregulation during expansion of Tregs, in development of sepsis-induced imunossupression.
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"Avaliação da procalcitonina como marcador de sepse e de choque séptico em pacientes pediátricos" / Evaluation of procalcitonin and C reactive protein as a sepsis marker in pediatric patients

Arkader, Ronaldo 09 February 2004 (has links)
Sepse bacteriana é a maior causa de morbimortalidade na faixa etária pediátrica e neonatal. A detecção precoce do quadro séptico é difícil, devido os sinais iniciais da doença serem inespecíficos. A possibilidade da existência de exame laboratorial capaz de identificar precocemente quadros sépticos melhoraria o prognóstico desses pacientes. Várias proteínas de fase aguda foram estudadas como marcadores de infecção sendo a proteína C reativa (PCR) a mais utilizada. A procalcitonina (PCT), um pró-hormônio, encontra-se elevado precocemente em quadros sépticos em crianças e adultos. Estudo prospectivo com 14 crianças submetidas à cirurgia cardíaca com circulação extra-corpórea (CEC), com dosagens seriadas de procalcitonina e proteína C reativa, serviram como modelo de resposta inflamatória sistêmica sem infecção com dosagens antes da CEC, após a CEC no primeiro, segundo e terceiro dia após cirurgia, enquanto 14 crianças com sepse/choque séptico dosagens seriadas de PCT e PCR foram obtidas sequencialmente antes do tratamento antibioticoterápico e a cada dia até o terceiro dia. Em crianças sépticas a PCT demonstrou ser superior a PCR como marcador de sepse assim como para diferenciar quadros inflamatórios sistêmicos. / Bacterial sepsis is a major cause of morbidity and mortality in neonates and children. Early detection of bacterial sepsis is difficult because the first signs of this disease may be minimal or nonspecific. The availability of a laboratory test to accurately and rapidly identify septic neonates and children would be of great value in improving the outcome of these patients. Several acute-phase proteins have been used for the diagnosis of bacterial sepsis and C reactive protein (CRP) is the usual marker. It has been reported that the concentration of procalcitonin (PCT), a pro-hormone, is markedly higher in children and adults with sepsis. In a prospective study, 14 children were enrolled after cardiac surgery with cardiopulmonary bypass (CPB), these group represent the non infected children with inflammatory response. Blood samples were obtained before CPB, after CPB, on the first, second and third day after surgery. Another group with 14 children with sepsis or septic shock were enrolled, and blood samples were obtained before antibiotic start, on the first, second and third days. In septic children PCT concentration is a better diagnostic marker of sepsis and to differentiate inflammatory response than CRP.
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Fatores clínicos e laboratoriais associados à gravidade da doença meningocócica / Clinical and laboratory features associate with severity of meningococcal disease

Souza, Alexandre Leite de 16 May 2012 (has links)
O conhecimento científico da doença meningocócica cresceu significativamente desde que a natureza epidêmica da enfermidade foi pioneiramente descrita por Vieusseux no começo do século dezenove. De fato, dois séculos depois, houve avanços revolucionários nas esferas de saúde pública, técnicas diagnósticas, antibioticoterapia, assim como nas terapias adjuvantes envolvendo modulação das cascatas de coagulação e inflamação. Além disso, terapia de suporte para manter a homeostase via monitorização do status hemodinâmico, empregos de vasopressores, transfusão de plasma e suporte respiratório. Contudo, as taxas de letalidade e morbidade desta infecção não se alteraram significativamente nas últimas três décadas. Anualmente, a Organização Mundial de Saúde estima que ocorram 1.2 milhões de novos casos da doença, resultando em 135.000 mortes. No Brasil, anualmente, há 3500 casos da doença com uma taxa de incidência igual a 2 casos por 100.000 habitantes e uma taxa de letalidade igual a 20%. No Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) há 100 casos por ano. Assim, nós observamos um amplo espectro clínico da infecção, incluindo manifestações dramáticas como purpura fulminans e complicações atípicas como peritonite. O propósito deste estudo foi avaliar as características clínicas e laboratoriais, assim como a severidade da doença nos pacientes hospitalizados no IIER entre 2003 e 2004. Assim, pacientes previamente hígidos com diagnóstico de infecção meningocócica foram incluídos neste estudo prospectivo. Durante o período de estudo um total de 91 (53 homens e 38 mulheres) pacientes foram identificados como casos confirmados de infecção meningocócica como previamente descrito em materiais e métodos. Culturas de sangue, líquor, ou biópsia de pele de 39 pacientes (43%) foram positivas para N. meningitidis. Todos pacientes tiveram o exame de contraimunoeletroforese ou teste de aglutinação do látex positivo. A idade mediana dos pacientes foi igual a 6 anos (variação, 2 a 16 anos). A letalidade foi igual a 14% (13/91) e seqüelas ou complicações clínicas ocorreram em 63% (49/78) dos sobreviventes. Todos pacientes morreram de choque séptico e o tempo mediano entre hospitalização e óbito foi igual a 24 horas (variação, 18-72 horas). Concluindo, os resultados deste estudo prospectivo criam um elo entre infecção meningocócica e uma constelação de fenômenos fisiopatológicos: hipocalemia, hipomagnesemia, hipocalcemia, hiponatremia, hipoglicemia, hiperglicemia, leucopenia, coagulopatia e plaquetopenia. Os níveis de IL-6 e IL-10 corresponderam bem com a classificação baseada em parâmetros clínicos. A letalidade foi igual a 14% (13/91) e seqüelas ou complicações clínicas ocorreram em 63% (49/78) dos sobreviventes. Uma complexa interação entre mediadores é responsável por determinar a severidade da infecção e tais observações podem ser utilizadas para identificar fatores associados com a gravidade na fase aguda da infecção meningococócica / Scientific knowledge of meningococcal infection has increased greatly since the epidemic nature of the illness was first described by Vieusseux at the dawn of the nineteenth century. In fact, two centuries later, revolutionary advances have been made in public health measures, diagnostic procedures, antimicrobial therapy, and adjunctive therapies involving modulation of the inflammatory and coagulation cascades. In addition, supportive care facilities can maintain homeostasis by monitoring hemodynamic status, administering vasoactive agents and/or plasma exchange, and providing respiratory support. However, the prognosis of and case fatality rate among patients affected by meningococcal disease have not changed significantly over the past 3 decades. The World Health Organization estimates that there are 1.2 million cases of meningococcal disease and 135,000 related deaths annually. In Brazil, 3500 cases are reported annually, with a median incidence of 2 cases per 100,000 population and a case-fatality rate of 20%. At the Emílio Ribas Institute of Infectology (ERII), the incidence of meningococcal disease is approximately 100 cases per year. Therefore, we have observed a broad range of clinical presentations of N. meningitidis infection, including dramatic manifestations as purpura fulminans and atypical complications such as peritonitis. The purpose of this study was to evaluate the clinical features, laboratory features, and the severity of meningococcal disease in patients admitted to the ERII between 2003 and 2004. Therefore, consecutive previously healthy patients with a diagnosis of meningococcal disease were included in a prospective cohort study. During the study period a total of 91 (53 males and 38 females) patients were identified as confirmed cases of meningococcal infection as previously described in material and methods. Cultures of blood, CSF, or skin biopsy specimens from 39 patients (43%) yielded N. meningitidis. All patients had positive counterimmunoelectrophoresis or latex agglutination test in blood or CSF. The median age of the patients was 6 years (range, 2 years to 16 years). The case fatality rate was 14% (13/91) and sequelae or clinical complications occurred in 63% (49/78) of the survivors. All patients died of irreversible septic shock and the median duration from the hospitalization until death was 24 hours (range, 18-72 hours). In conclusion, results from this prospective cohort study support a link between meningococcal infection and a constellation of pathophysiological phenomena: hypokalemia, hypomagnesemia, hypocalcemia, hyponatremia, hypoglycemia, hyperglycemia, leukopenia, coagulopathy, and thrombocytopenia. Both pro-inflammatory IL-6 and anti-inflammatory IL-10 corresponded well with a classification based on clinical parameters. The case fatality rate was 14% (13/91) and sequelae or clinical complications occurred in 63% (49/78) of the survivors. A complex interplay of mediators is responsible for determining severity of disease and these observations can be used to identify factors associated with severity in the acute phase of meningococcal infection
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Aspectos morfofisiológicos e comportamentais após inflamação induzida por LPS durante a gestação de camundongos

ZAVAN, Bruno 06 May 2011 (has links)
Em muitos mamíferos, é notado um influxo de linfócitos no início da gestação, que é acompanhado por um processo de proliferação, diferenciação e migração destas células. Em camundongos estes linfócitos se distribuírem na região mesometrial de cada sítio de implantação (SIE). Estudos imunocitoquímicos indicaram que estes linfócitos são células Natural Killer, porém, sua morfologia e comportamento peculiar sugerem que elas representam uma subpopulação de NK específica do útero durante a gestação, sendo portanto denominadas células Natural Killer uterinas (uNK). A função conhecida para estas células em camundongos é a liberação de citocinas como IFN- que leva à dilatação das artérias espiraladas deciduais e manutenção da integridade decidual, contribuindo, portanto, para o desenvolvimento normal da decídua e da placenta. A infecção intra-uterina foi reconhecida como a causa primária de partos prematuros e corrobora para o desenvolvimento de leucomalácia periventricular e displasia broncopulmonar. Estudo recente em camundongos prenhes demonstrou que a injeção intra-uterina de LPS de E.coli provoca aumento da expressão de Fosfodiesterase 4B (PDE4B) e da atividade fosfodiestrase na interface materno-fetal, aumento nas concentrações de TNF-α, IL-1β, IL-6 e IL-10 no líquido amniótico o que induz o parto prematuro e a diminuição da viabilidade fetal. É esperado que a administração de LPS promova o aumento sistêmico e central de citocinas próinflamatórias, e que o animal responda com alterações endócrinas, imunológicas e comportamentais com o fito de favorecer o restabelecimento da homeostasia. Nesse contexto, o presente trabalho buscou avaliar os efeitos comportamentais da administração de LPS em camundongos, bem como os efeitos no útero prenhe e nas células uNK desses animais por meio do estudo morfológico, citoquímico e estereológico. O estabelecimento do comportamento febril foi identificado a partir da segunda hora após a administração de LPS, e esse evento ocorreu concomitante ao estabelecimento do comportamento análogo à ansiedade. Foi possível identificar nos animais tratados o comportamento de apatia e redução na capacidade exploratória, que somados ao comportamento depressivo, estabelecido após 1 hora da aplicação do LPS, fazem parte das alterações que constituem o comportamento doentio. O tratamento provocou também alterações no ambiente uterino, de tal forma que foi possível identificar um significativo aumento de células uNK imaturas na região do miométrio dos SIE. Além disso, o tratamento levou à diminuição da quantidade de células uNK maduras e senescentes nas três regiões estudadas dos SIE concomitante ao aumento de células uNK que possuíam padrão alterado na expressão de N-actilgalactosamina nos seus grânulos e superfície. O período onde foram encontradas tais alterações acompanhou o período onde houve perda na marcação de perforina, sugerindo a ocorrência de degranulação. A imunocitoquímica demonstrou que o tratamento com LPS parece ter induzido a despolimerização dos filamentos contrateis de α-actina causando relaxamento nos vasos que irrigam o ambiente uterino. / In mammalian, there is a lymphocyte influx in early pregnancy, which is accompanied by proliferation, differentiation and migration of these cells. These lynphocites distribute in mesometrial region of each embryo implantation site (EIS). Immunocytochemical studies indicated that these cells are Natural Killer cells, but their peculiar morphology and behavior suggest that they represent a uterus specific NK subpopulation during pregnancy called uterine Natural Killer cells (uNK). The known function for these cells in mice is cytokines releasing such as IFN- leading to decidual spiral arteries dilation and maintaining decidual integrity, contributing to normal development of decidua and placenta. Intrauterine infection was recognized as primary cause of preterm labor and supports the periventricular leukomalacia and bronchopulmonary dysplasia development. Recent study in pregnant mice showed that E.coli LPS intra-uterine injection causes increased expression of Phosphodiesterase 4B (PDE4B) and fosfodiestrase activity in maternal-fetal interface, increased TNF-α, IL-1β, IL-6 and IL-10 concentrations in amniotic fluid which leads to premature delivery and reduced fetal viability. It is expected that LPS administration promotes systemic and central proinflammatory cytokines increasing, and that the animal responds with endocrine, immune and behavioral disorders with the aim of promoting homeostasis restoration. In this context, the present study evaluated the behavioral effects of LPS administration in mice and the effects on pregnant uterus and uNK cells of these animals through morphological, cytochemical and stereological study. The feverish behavior establishment was identified from second hour after LPS administration, and this event was concomitant with anxiety-like behavior establishment. It was possible to identify treated animals apathy behavior, reduction in exploratory capacity and depressive behavior drawn 1 hour after LPS application as part of sickness behavior. The treatment also caused changes in the intrauterine environment, so that we could identify a significant increase of immature uNK cells in myometrium region of EIS. Furthermore, the treatment decreased the amount of mature and senescent uNK cells in the three EIS studied regions, concomitantly with the increasing granules and surface N-actilegalactosamine expression altered uNK cells. These changes were accompanied by the perforin labeling loss and a reduction on blood vessel α-actin labeling, suggesting respectively the uNK cell citotoxicity (perforin releasing) and actin contractile filament despolymerization causing relaxation of blood vessels that supplies the decidua and embryo. / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG
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Hidrogênio molecular inibe a resposta inflamatória e previne o dano cognitivo em ratos submetidos ao choque séptico / Molecular hydrogen inhibits inflammatory response and prevents cognitive damage in rats submitted to septic shock

Jesus, Aline Alves de 30 November 2018 (has links)
O sistema nervoso central (SNC) é uma das primeiras regiões a ser acometida durante a sepse e choque séptico, o que contribui para o aumento da taxa de morbidade e mortalidade. Pacientes em choque séptico apresentam disfunção neuronal aguda, tais como o delírio, desorientação e coma. Em longo prazo, o dano cognitivo pode ocorrer ocasionando o comprometimento do aprendizado e formação de memória. Estudos demonstram que durante a resposta inflamatória sistêmica exacerbada, mediadores inflamatórios presentes na circulação sistêmica, são capazes de chegar ao SNC e ocasionar a ativação de células gliais, conduzindo a um estado de neuroinflamação. Nesse processo, algumas estruturas do SNC, tais como o hipocampo são mais vulneráveis à ação de espécies reativas de oxigênio (ERO), e a mediadores inflamatórios produzidos de forma excessiva durante a sepse. Neste contexto, a investigação de novas estratégias terapêuticas que sejam capazes de atenuar a resposta inflamatória exacerbada se faz necessário. Assim, o presente projeto teve como objetivo investigar prováveis propriedades antioxidante e anti-inflamatória do Hidrogênio molecular (H2), bem como sua possível ação neuroprotetora em ratos submetidos à sepse polimicrobiana, induzida por ligadura e perfuração cecal (CLP). Para isso o projeto foi dividido em dois protocolos experimentais. No primeiro protocolo ratos Wistar submetidos à cirurgia de CLP ou Sham, foram submetidos ao tratamento com inalação do H2 a 2%, por um período de 1h durante 10 dias consecutivos, e logo após foram submetidos a testes comportamentais para avaliação da memória de habituação, discriminativa e aversiva. No segundo protocolo os animais foram tratados com inalação do H2 por um período de 3h, e 24h após ao término da cirurgia de CLP/Sham foram decapitados para coleta do sangue e cérebro. A partir dos resultados dos testes comportamentais observamos que o tratamento com inalação do H2 durante a sepse experimental preveniu a perda de memória e o dano cognitivo, bem como foi capaz de diminuir os níveis de citocinas pró-inflamatórias de fase aguda tais como IL-1?, IL-6 e TNF? no córtex pré-frontal e hipocampo. A estratégia também foi capaz de diminuir os níveis de TBARS no plasma. Observamos um aumento da concentração da enzima catalase nos animais tratados com H2. Em conjunto os resultados indicam que o H2 foi capaz de inibir a resposta inflamatória e prevenir o dano cognitivo, agindo como uma substância neuroprotetora em ratos submetidos ao choque séptico experimental / The central nervous system is one of the first regions to be affected during Sepsis and septic shock, which contributes to the increased rate of morbidity and mortality. Patients with severe sepsis may present acute neuronal dysfunction such as delirium, disorientation, and unconscious. In the long term, cognitive damage can occur causing the commitment of learning and memory formation. Studies show that during the exacerbated systemic inflammatory response, inflammatory mediators present in the systemic circulation, are able to reach the CNS and cause the activation of glial cells, leading to a state of neuroinflammation. In this process, some CNS structures such as the hippocampus are more vulnerable to the action of reactive oxygen species (ROS), and to inflammatory mediators produced excessively during sepsis. In this context, the investigation of new therapeutic strategies that are capable of attenuating the exacerbated inflammatory response is necessary. Thus, the present project aimed to investigate the probable antioxidant and anti-inflammatory properties of molecular hydrogen (H2), as well as its possible neuroprotective action in rats submitted to polymicrobial sepsis induced by ligature and cecal puncture (CLP). In order to check this hypothesis, the project was divided into two experimental protocols. In the first protocol Wistar rats submitted to CLP or Sham surgery were submitted to 2% H2 inhalation treatment for a period of 1h for 10 consecutive days, and soon after they underwent behavioral tests to evaluate habituation memory, discriminative and aversive. In the second protocol the animals were treated with H2 inhalation for a period of 3h and 24h, and at the end of the treatment, they were decapitated for blood and brain collection. Plasma was already used for nitrate dosage, lipid peroxidation, antioxidant enzymes and inflammatory cytokines. From the results of the behavioral tests, we observed that treatment with H2 inhalation during the experimental sepsis prevented memory loss and cognitive damage, and was able to decrease the levels of acute-phase inflammatory cytokines such as IL-1?, IL -6 and TNF? in the prefrontal cortex and hippocampus. The therapeutic strategy was also able to decrease plasma TBARS levels. We also observed an increase in the concentration of the enzyme catalase in H2-treated animals. Together the results indicate that molecular hydrogen was able to inhibit the inflammatory response and prevent cognitive damage, acting as a neuroprotective substance, in rats submitted to experimental septic shock
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Papel protetor do receptor quimiotático CCR5 durante a sepse experimental / Protective role of the CCR5 chemotactic receptor during experimental sepsis

Castanheira, Fernanda Vargas e Silva 11 April 2012 (has links)
A sepse é uma resposta inflamatória sistêmica resultante da inabilidade do sistema imune em controlar uma infecção, onde a taxa de sobrevida está associada ao recrutamento de neutrófilos para o local da infecção. Tem sido demonstrado que a expressão de receptores quimiotáticos pode ser alterada durante a sepse. Neutrófilos de animais naives respondem às quimiocinas CXC, mas são irresponsivos às quimiocinas CC. Entretanto, dados do nosso laboratório mostram que a expressão de CXCR2 é reduzida na sepse, prejudicando a migração de neutrófilos para o foco da infecção. Além disso, ocorre o aparecimento do receptor CCR2 nos neutrófilos, levando à infiltração dessas células no pulmão e outros órgãos. Nesse contexto, o nosso objetivo foi investigar a possível expressão do receptor CCR5 em neutrófilos e seu papel na evolução da sepse. Demostramos que animais sham-operados expressam baixos níveis de CCR5 e altos níveis de CXCR2. Entretanto, sob a condição de sepse experimental induzida por ligação e perfuração do ceco (CLP), neutrófilos circulantes e que migraram para a cavidade peritoneal expressam altos níveis de CCR5 em paralelo com a internalização de CXCR2. Além disso, animais deficientes para CCR5 (CCR5-/-), submetidos à CLP, apresentam diminuição na taxa de sobrevida, redução na migração de neutrófilos para o foco da infecção, aumento da disseminação bacteriana, aumento no infiltrado de neutrófilos no pulmão e aumento nos níveis de marcadores de lesão do coração e rim, quando comparados com animais selvagens (WT). Adicionalmente, a incubação de neutrófilos isolados da medula óssea com LPS aumentou a expressão de CCR5 e os tornou responsivos à MIP-1? (ligante de CCR5), induzindo quimiotaxia. Também demonstramos que o receptor CCR5 possui importante papel durante a adesão de neutrófilos ao endotélio vascular para posterior migração. Em conjunto, esses resultados indicam que durante a CLP, o aumento da expressão de CCR5 em neutrófilos tem um papel protetor, visto que animais CCR5-/- sépticos apresentam reduzida migração de neutrófilos para o foco infeccioso, inflamação sistêmica acentuada e baixa taxa de sobrevivência. / Sepsis is a systemic inflammatory response resulted from the inability of the innate immune system to control infections, being the survival rate associated to the recruitment of neutrophils to the infection site. It has been demonstrated that chemokine receptors expression profile can be altered under sepsis conditions. Neutrophils from naïve mice respond to CXC chemokines, but are usually unresponsive to CC chemokines. However, data from our laboratory show that CXCR2 expression is down regulated, impairing the neutrophil migration to infection focus. In addition, CCR2 appears on the surface of neutrophils, mediating the accumulation of these cells in the lung and other organs. In this context, we aimed to investigate the possible expression of CCR5 receptor on neutrophils and its role on sepsis evolution. We showed that neutrophils from sham mice express high levels of CXCR2 and low levels of CCR5. However, during experimental sepsis, induced by cecal ligation and puncture (CLP), in parallel with CXCR2 internalization, neutrophils from the circulation or from the peritoneal cavity express higher levels of CCR5. Interestingly, deficient mice for the CCR5 receptor (CCR5-/-), undergone to CLP show decreased survival rate, reduction in the neutrophil migration to the site of infection, increase in the numbers of bacteria, increase in the neutrophil infiltration in lung and heart and increase in the levels of markers of injuries in heart and kidney, when compared to wild type mice (WT).In addition, the incubation of bone marrow derivedneutrophils with LPS enhances the expression of CCR5 and renders them responsive to CCL4 (a ligant of CCR5)-induced chemotaxis. Moreover, we demonstrated that CCR5 receptor has an important role during neutrophil adhesion to the vascular endothelium before transmigration. Together, these results indicate that during CLP-induced sepsis, the increase of the expression of CCR5 on neutrophils plays a host protective role, since CCR5-/- mice under sepsis present reduced neutrophil migration to infection focus, high systemic inflammation and low survival rate.
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Estudo da sepse experimental em animais diabéticos e sadios, tratados ou não com insulina / Study of experimental sepsis in diabetic and healthy rats, treated or not with insulin.

Nolasco, Eduardo Lima 04 March 2013 (has links)
Sepse e choque séptico são causas frequentes de morte nas unidades de terapia intensiva, sendo responsável pelo alto custo global de internação, segundo DATA-SUS. Sabendo-se que o paciente diabético apresenta um maior risco de infecção e que 22% dos indivíduos com sepse apresentam diabetes, é de extrema importância o melhor entendimento da sua fisiopatologia no paciente diabético para que medidas intervencionistas sejam desenvolvidas, preservando vidas. O projeto buscou avaliar a sepse experimentalmente através do modelo de ligadura e perfuração do ceco (CLP - 2 perfurações) em ratos Wistar machos sadios e tornados diabéticos através da injeção endovenosa de aloxana (42 mg/kg, i.v., 10 dias). Além disso, buscamos avaliar se o tratamento com insulina alteraria as variáveis escolhidas. O trabalho avaliou parâmetros hematológicos e bioquímicos como uréia, creatinina, alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e fosfatase alcalina (FAL). Após 6 horas da realização da CLP foram coletados lavados broncoalveolares (LBA) e peritoneal (LPe) com o objetivo de estudar o perfil de citocinas através da dosagem das interleucinas (IL)-1β, IL-6, IL-10, fator de necrose tumoral (TNF)-α e cytokine-induced neutrophill chemoattractant (CINC)-1 e CINC-2, celularidade total e específica. Rim, pulmão e fígado foram coletados para análises morfológicas e da atividade da mieloperoxidase (MPO). Após 6 horas de CLP observamos que a hematimetria, hemoglobina, plaquetometria e celularidade do LBA não sofreram alterações nem após o tratamento com insulina. A sepse provocou diminuição da leucometria total nos animais diabéticos e controles, aumento da celularidade total do LPe com um predomínio de polimorfonucleares, que foi semelhante em ambos os grupos; aumento da concentração no LPe de IL-1β, IL-6, CINC-1, CINC-2 e IL-10; as concentrações do TNF-α permaneceram idênticas em ambos os grupos. Em relação aos marcadores hepáticos, foram observados que os animais diabéticos possuem os maiores valores de ALT, AST e FAL em relação ao grupo controle e já apresentavam uma disfunção morfológica de hepatócitos, porém, sem infiltrado neutrofílico. O tratamento com insulina reduziu os valores dessas enzimas em níveis próximos aos do controle. Dos marcadores renais, apenas a uréia sofreu aumento significativo nos animais diabéticos em relação aos controles, sendo exacerbada pela CLP. Alterações glomerulares, como capilares dilatados e redução do espaço de Bowman foram observadas nos animais com sepse, os quais não sofreram influência após o tratamento com insulina. Estes dados sugerem que a insulina teve um efeito hepato-protetor e que o padrão causado pela sepse nos animais controles e diabéticos não foi modificado pelo tratamento com insulina. / Sepsis and septic shock are common cause of death in intensive care units (ICU) and according to Brazilian DATA-SUS is one of the major causes of high cost hospitalization. Since diabetic patients have a higher risk of infection and represent approximately 22% of all the septic individuals, it is extremely important to understand the pathophysiology of sepsis in diabetic patients in order to develop interventional measure. The objective of this study is to evaluate the experimental sepsis model by cecal ligation and puncture (CLP 2 punctures) in Wistar healthy males rendered diabetic by intravenous injection of alloxan (42 mg/kg, i.v., 10 days). The study analyzed hematological and biochemical parameters such as urea, creatinine, alanine aminotransferase (ALT), aspartate aminotransferase (AST) and alkaline phosphatase (ALP). Furthermore, we studied how insulin treatment could modulate these parameters. After 6 hours of CLP bronchoalveolar (BAL) and peritoneal lavages (PeL) were collected and a cytokine profile was accessed: interleukin (IL)-1β, IL-6, IL-10, tumor necrosis factor (TNF)-α, cytokine-induced neutrophill chemoattractant (CINC)-1, CINC-2. Samples from kidney, lung and liver were collected for morphological analysis and for the measurement of myeloperoxidase activity (MPO). After 6 hours of CLP, red blood cell count, hemoglobin, platelet count, cytokine profile and cellularity of the BAL did not change. In addition, insulin treatment did not change these parameters. CLP caused a decrease in total leukocyte count in both groups diabetic and control rats. Moreover, this model induced a rise in total PeL cellularity with a predominance of polymorfonuclear cells, which was similar in both groups control and diabetic rats. In the PeL, proinflammatory cytokines such as IL-1β, IL-6, CINC-1, CINC-2 and the antinflammatory cytokine IL-10 were enhanced. The TNF-α concentrations remained similar in both groups. Hepatic markers inferring in hepatocyte dysfunction were higher in the diabetes-induced animals what was in part restored after insulin administration. Regarding renal markers, only urea levels were enhanced in diabetic rats and worsened after CLP induction. Morphological changes, such as capillary dilatation and reduced Bowman space was already observed in the kidney of animals with sepsis, insulin treatment did not corrected the values. These data suggest that insulin had a hepato-protective effect but further changes were not observed after insulin treatment.

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