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Comparison of coping, quality of life and psychosocial well-being in children and adult patients with vitiligo before and after treatment with pseudocatalase PC-KUS : a questionnaire-based investigation into social anxiety, helplessness, anxious-depressive mood, quality of life and depression before and after treatment with pseudocatalase PC-KUS depending on demographic characteristics and experiences

Krüger, Christian January 2009 (has links)
Vitiligo is an idiopathic, non-contagious and often familial depigmentation disorder affecting both sexes equally. The mostly progressive and patchy loss of the inherited skin colour is not only a cosmetical problem, it has a profound impact on the patient's well-being. Stigmatisation and rejection often causes depression, self-consciousness, sexual problems and an impaired quality of life. To further substantiate earlier investigations and to introduce new aspects, we utilised the Dermatology Life Quality Index (DLQI), the Beck Depression Inventory (BDI) and the Adjustment to Chronic Skin Disorders Questionnaire (ACS) with its sub-scales on Social anxiety/avoidance, Helplessness and Anxious-depressive Mood in 422 patients and 55 healthy controls. We also included 103 children, their parents and 18 controls by using the Children's Dermatology Life Quality Index (CDLQI) and an adapted version of the ACS. We found that patients with vitiligo experience high levels of stigmatisation. They have an impaired quality of life and are more socially anxious/avoidant, helpless and (anxious-) depressive compared to healthy controls. The results correlate with disease severity, avoidant behaviour/hiding of vitiligo and the belief that psychological stress influences the disease. Female patients are generally more affected. Treatment with pseudocatalase PC-KUS improves quality of life and reduces anxious-depressive mood. Children also suffer from stigmatisation and an impaired quality of life. Parents are more socially anxious and helpless compared to the control group.
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Estilos de apego e bem-estar psicológico em adolescentes colegiais: influência de gênero e etnia (oriental vs ocidental) / Styles of attachment and well-being in highschool students: influences of Gender and Ethnic (Eastern vs. Western)

Sang, Ernesto Rene 03 April 2009 (has links)
Investigamos a configuração dos vínculos de apego em função de etnia e de gênero. Baseados na teoria do apego que aponta a influência do contexto sócio-afetivo no desenvolvimento dos diversos estilos de apego assim como a relação significativa destes com bem-estar psicológico (indicados por sinais de depressão e fobia social), supusemos que a formação do modelo interno de si (dimensão essencial na definição dos estilos de apego) poderia estar relacionada à etnia, através dos modos de criação. A amostra foi composta por 328 colegiais (203 do sexo masculino e 125 do sexo feminino) com idade média de 15 anos, dos quais 101 tinham pais de origem oriental (chinesa, japonesa ou coreana) e 227 de origem ocidental. Foi constatado efeito da etnia quanto ao modelo interno de si, com predominância de modelo de si positivo nos ocidentais (subjacentes aos estilos seguro e rejeitador) e negativo nos orientais (estilos preocupado e medroso). Em relação a bem-estar psicológico em termos de indicadores de depressão e fobia social foi significativa a relação de depressão com os estilos de apego medroso e preocupado (modelo de si negativo), sendo mais freqüente a indicação de depressão nos participantes ocidentais do que nos orientais (principalmente nas meninas ocidentais rejeitadoras). Encontramos também relações significativas de fobia social com o modelo de si positivo (estilos de apego seguro e rejeitador) principalmente nos meninos, para ambas as etnias; no entanto, tal efeito não foi suficiente em termos de gerar fobia social num nível considerado de importância clínica. Nossa pesquisa apontou correlação negativa significativa entre depressão e confiança em relação aos pais e positiva entre depressão e distanciamento (afetivo) dos pais. No conjunto, esses resultados confirmam algumas informações sobre depressão e fobia na 13 adolescência. As diferenças nos modos de criação parecem ter afetado, nas duas sub-amostras pesquisadas, o modelo de si, a comunicação com pais e a interação com amigos. Nossos resultados destacam a predominância do contexto familiar de criação para a formação do modelo de si, sobre o contexto social mais geral; indicando a importância de considerar o impacto da orientação cultural, seja para a independência nas culturas ocidentais, seja para a interdependência nas culturas orientais, sobre o desenvolvimento dos indivíduos. Os resultados obtidos sugerem uma interação complexa entre modos de criação/etnia, gênero, estilo de apego e bem-estar psicológico. Os resultados permitem também uma compreensão menos ingênua das categorias de estilo de apego, apontando que a dimensão modelo de si evidencia as influências da maneira de se relacionar dos adolescentes, que afeta o seu ajustamento psicossocial. A conjugação dos estilos de apego com os indicadores de bem estar psicológico também permitiu aprofundar a compreensão do significado dos estilos de apego nos dois grupos culturais pesquisados. / Theory of attachment emphasizes not only the influence of the social-affective context on the development of different styles of attachment but also its contribution to the ways people achieve a sense of well-being (Armsden & Greenberg, 1987) particularly during adolescence. Supposedly the different ethnic background would determine different styles of parenting and, as a consequence, different styles of attachment relationships (secure, dismissing, fearful and preoccupied, as Bartholomew & Horowitz (1991), classified) in their adolescent offspring. This study investigated the influence of ethnic background and gender on the configuration of attachment relations in a sample consisting of 328 high-school students (203 males and 125 females), ranging from 14 to 15 years of age, all from middle-class families. The participants were divided into two groups: one group with 101 students whose parents had Asian background (Chinese, Japanese and Korean) and the other group (227) whose parents were from western-brazilian background. Ethnic background had significant effect on model of self, one of the dimensions underlying the style of attachment relations. For western-Brazilian such model of self has been mostly positive, associated wih the secure and dismissing attachment style. Regarding Asian subjects, a predominance of negative model of self has been found, associated with the preoccupied and fearful style of attachment. Concernig psychological well-being, which informs about depressive traits and social phobia, it has been revealed a significant association between depression and the fearful and preoccupied style, associated with negative model of self, mainly for Brazilian subjects, 15 particularly for girls with dismissing attachment style. Participants from Asian background showed less signs of depression. For male participants from both ethnic background we found a positive correlation between social phobia and positive model of self (associated with secure and dismissing attachment). Nevertheless, scores on social phobia did not reach a significant clinical level. Our study revealed significants indications for depression: a negative association between depression and trust concerning parents, as well as a positive one between depression and withdrawal from parents. Such results confirmed some data on depression and social phobia in adolescence. It seems that the differences on parenting have important influence on the shaping of the model of self, as well as on communication with parent and on relationships with peers in both ethnic groups. Such influence reinforces the impact of the cultural orientation on the development of individuals, be it the independence orientation on western culture or the interdependence orientation on non-western culture as Markus & Kitayama (1991) had describied. Our results suggest a complex interaction between parentig practices, ethnic influence, gender, attachment relations and well-being. Taking into account this complex interaction allows a less naïve understanding of the different styles of attachment. The shaping of the model of self as affected by cultural factors involved in parentig practices, influences the way adolescents relates to others and, as a consequence, his/her psychological adjustment. Articulating styles of attachment, working model of self and the signals of psychological well-being made possible a deeper understanding of the meaning of attachment relations on both cultural groups.
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Transtorno de ansiedade social e habilidades sociais: estudo psicométrico e empírico / Social anxiety disorder and social skills: a psychometric and empirical study

Angelico, Antonio Paulo 22 May 2009 (has links)
O Transtorno de Ansiedade Social (TAS) tem sido considerado um grave problema de saúde mental pela sua alta prevalência em pessoas jovens e pelas incapacidades decorrentes no desempenho e interações sociais. É fundamental que se disponha de instrumentos validados e abrangentes que avaliem tanto os recursos e déficits comportamentais quanto os prejuízos sociais e funcionais destas pessoas. Objetivou-se, neste trabalho, verificar as associações entre as manifestações comportamentais e clínicas do TAS por meio de dois estudos, um psicométrico e outro empírico, visando: (a) aferir as propriedades psicométricas do Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del-Prette), enquanto medida do repertório comportamental de habilidades sociais, em relação à avaliação das manifestações clínicas próprias do TAS, medidas pelo Inventário da Fobia Social (SPIN); e (b) comparar e caracterizar o repertório de habilidades sociais apresentado por universitários brasileiros portadores de TAS e não portadores frente a uma situação experimental estruturada, o Teste de Simulação de Falar em Público (TSFP). Do estudo psicométrico, participaram 1006 universitários, na faixa etária entre 17 e 35 anos, de ambos os gêneros, provindos de duas instituições de ensino superior. Posteriormente, 86 participantes foram randomicamente selecionados desta amostra inicial e agrupados como casos e não-casos de TAS a partir de avaliação clínica sistemática por meio da Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV. Do delineamento empírico, participaram 26 universitários, sendo 13 com diagnóstico de TAS e 13 não portadores de transtornos psiquiátricos. Quanto aos resultados, o IHS apresentou boa consistência interna para o escore total, reforçando a sua validade de construto. Observou-se boa validade concorrente entre o IHS e o SPIN, com um coeficiente altamente significativo de correlação negativa entre eles, indicando que quanto mais elaborado for o repertório de habilidades sociais de um indivíduo, menor é a sua probabilidade de satisfazer os critérios de rastreamento de indicadores para o TAS. O IHS demonstrou distinguir significativamente indivíduos com e sem TAS, atestando sua validade discriminativa e preditiva para esse diagnóstico, evidenciando-se assim a sua validade clínica e a possibilidade do seu uso em estudos empíricos que testem a eficácia terapêutica de programas de intervenção. No TSFP, os grupos caso e não-caso de TAS não demonstraram diferenças significativas, em termos de freqüência, para a maioria dos marcadores comportamentais de ansiedade avaliados. Um número maior de sujeitos do grupo não-caso foi avaliado como apresentando um nível de habilidades sociais apropriadas para falar em público, que variou de moderado a alto, em comparação ao grupo caso. Ao longo do TSFP, a freqüência de emissão dos marcadores comportamentais de ansiedade pelos sujeitos de ambos os grupos manteve-se estável. Os grupos diferiram significativamente na maioria dos itens indicativos da habilidade de falar em público do IHS e quanto ao escore geral desta habilidade. A análise dos resultados do estudo empírico aponta para a necessidade de novos estudos com amostras clínicas de indivíduos com TAS dos subtipos generalizado e circunscrito, e não-clínica, com maior número de sujeitos, previamente avaliados quanto ao medo de falar em público, e também para a possibilidade de uso do TSFP em programas de Treinamento em Habilidades Sociais. / Social Anxiety Disorder (SAD) has been considered a serious mental health problem for its high prevalence in young people and for the resulting disabilities in the performance and social interactions. It stands out, thus, as being fundamental to have comprehensive and validated instruments which evaluate both the resources and the social and functional impairments of these people. In this work, we aimed at verifying the associations between the behavioral and clinical manifestations of SAD by means of two studies, a psychometric study and an empirical one, in order to: (a) check the psychometric properties of the Social Skills Inventory (HIS-Del-Prette), as a measure of the social skills behavioral repertoire in relation to the evaluation of the typical clinical manifestations of SAD, measured by the Social Phobia Inventory (SPIN); (b) compare and characterize the social skills repertoire shown by Brazilian undergraduates with and without SAD in a structured experimental situation, the Simulated Public Speaking Test (SPST). A total of 1006 undergraduates of both genders participated in the psychometric study, with ages between 17 and 35, from two universities. Subsequently, 86 participants were randomly selected from this initial sample and grouped as SAD case and non-case from the systematic clinical evaluation. In the empirical outline, 26 undergraduates participated, 13 with a SAD diagnosis and 13 without the disorder. According to the results, IHS showed good internal consistency for the total score, reinforcing its construct validity. Good concurrent validity was demonstrated between IHS and SPIN, with a highly significant negative correlation coefficient between them, indicating that the more elaborate the social skills repertoire of an individual is, the smaller the probability that he or she will meet the screening criteria for the indicators of SAD. IHS proved to significantly distinguish individuals with and without SAD, attesting thus, discriminative and predictive validity for this diagnosis, showing its clinical validity for the diagnosis of this disorder and yet the possibility of using it in empirical studies testing the therapeutical efficacy in programs of intervention. In the SPST, the case and non-case groups of SAD did not show significant differences in terms of frequency for most of the social anxiety markers, except in relation to facial movements of discomfort, and the class of non-verbal markers, in which the non-case group presented higher values. A higher number of individuals from this group were evaluated as showing a level of appropriate social skills for speaking in public which varied from moderate to high, in comparison with the other group. Throughout SPST, the frequency of emission of anxiety behavioral markers by the participants of both groups was stable. The groups differed significantly in most items of IHS indicative of abilities to speak in public, as well as in the general score of this ability. The analysis of the results of the empirical study points to the necessity of new studies with clinical samples of individuals with SAD of the generalized and circumscribed subtypes and non-clinical, with a larger number of participants, previously evaluated as to the fear of speaking in public, and also to the possibility of using SPST in Social Skills Training.
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Transtorno de ansiedade social e os prejuízos funcionais relacionados a vida cotidiana: validação de escalas / Social anxiety disorder and functional impairment: scale validation

Abumusse, Luciene Vaccaro de Morais 27 March 2009 (has links)
O Transtorno de Ansiedade Social (TAS) caracteriza-se pelo medo acentuado e persistente de situações sociais ou de desempenho, mostrando-se associado a prejuízos funcionais . Objetiva-se avaliar a associação do TAS a prejuízos funcionais nas atividades cotidianas, por meio da validação de duas escalas de auto e de hetero-avaliação, aplicadas a universitários brasileiros. Realizou-se dois estudos, um de comparação entre grupos TAS e Não TAS e outro de estudos de casos. Procedeu-se à tradução e adaptação da Escala de Liebowitz para auto-avaliação dos prejuízos funcionais (ELAPF) e da Escala de Liebowitz para hetero-avaliação dos prejuízos funcionais (ELHPF). Participaram do estudo de comparação entre grupos 173 universitários (TAS = 84 e Não TAS = 89), de ambos os sexos, com idade entre 17 e 35 anos. Procedeu-se a aplicação da Entrevista clínica semi-estruturada para o DSM-IV, para a confirmação diagnóstica e dos instrumentos: ELAPF, ELHPF, Questionário de Saúde Geral -12 (QSG-12), Inventário de Fobia Social (SPIN). Para os estudos de casos, selecionou-se três participantes do grupo TAS e procedeu-se a uma entrevista semi-estruturada sobre o impacto do transtorno nas atividades cotidianas, nos relacionamentos e na saúde geral. Os dados das escalas foram codificados e os grupos comparados por teste estatísticos não paramétricos (p 0,05) e para os estudos de casos foram integrados e analisados qualitativamente os dados das escalas e da entrevista,. Os grupos não apresentaram diferenças significativas quanto as variáveis demográficas. O grupo TAS apresentou no QSG-12 mais dificuldades quanto ao bem estar geral, e na ELAPF e na ELHPF apresentou, com significância estatística, mais dificuldades nas últimas semanas e no curso da vida. Observou-se para o grupo TAS: a) para a ELHPF, consistência interna de 0,68 no curso da vida e 0,67 nas duas últimas semanas, o coeficiente de correlação Kappa entre os avaliadores, variou de 0,75 a 0,93, caracterizando nível de concordância satisfatória e na análise dos componentes principais extrairam-se dois fatores para os dois parâmetros temporais; a validade concorrente realizada com o SPIN, mostrou valores que variaram entre 0,11 e 0,33 para o parâmetro no curso da vida e 0,17 a 0,39 nas duas últimas semanas, e b) para a ELAPF, a consistência interna foi de 0,85 para o parâmetro no curso da vida e 0,83 nas duas últimas semanas e na análise dos componentes principais extrairam-se três fatores, para o parâmetro temporal no curso da vida e dois fatores no parâmetro nas duas últimas semanas; a validade concorrente realizada em relação ao SPIN, mostrou valores no curso da vida de -0,14 a 0,25 e nas duas últimas semanas, a correlação variou de 0 a 0,38. Os estudos de casos evidenciaram que os prejuízos funcionais associados ao TAS têm impacto negativo para os relacionamentos, as atividades cotidianas, o bem estar e a percepção de saúde. As escalas , mostraram-se válidas para a avaliação dos prejuízos funcionais associados ao TAS, o que contribui para as práticas de saúde mental, em especial as de terapia ocupacional, que tem como foco as intervenções voltadas para a vida cotidiana. / Social Anxiety Disorder (SAD) is characterized by marked and persistent fear of social or performance situations and is associated with functional impairment. The objective of the present study was to assess the association of SAD with functional impairment in daily activities by means of the validation of two scales (auto and hetero-evaluation) applied to Brazilian university students. Two studies were conducted, one of them comparing SAD and Non SAD groups and the other consisting of cases studies. The Liebowitz Disability Self Rating Scale (LDSRS) and the Disability Profile /Clinician- Rated (DP) were translated and adapted. A total of 173 university students (SAD = 84 and Non-SAD = 89) of both genders, aged 17 to 35 years participated in the study of group comparison. A semi-structured clinical interview for DSM-IV was applied for confirmation of the diagnosis and the following instruments were applied: LDSRS, DP, General Health Questionnaire-12 (GHQ-12), and Social Phobia Inventory (SPIN). Three participants of the SAD group were selected for the case studies and submitted to a semi-structured interview about the impact of the disorder on daily activities, relationships, and general health. The scale data were coded and the groups were compared by a non-parametric test (p 0.05), and for the case studies the scale and interview data were integrated and analyzed qualitatively. The groups did not differ significantly in terms of demographic variables. For the SAD group, application of the GHQ-12 revealed more difficulties regarding general well-being, and application of the LDSRS and DP revealed significantly more lifetime difficulties and difficulties in the last weeks. The following observations were made for the SAD group: a) for the DP, the internal consistency was 0.68 during the life course and 0.67 during the last two weeks; the Kappa correlation coefficient for the two raters ranged from 0.75 to 0.93, characterizing a satisfactory level of concordance, and two factors for the two temporal parameters were extracted in the analysis of the principal components; concurrent validity performed with the SPIN showed values ranging from 0.11 to 0.33 for the lifetime parameter and from 0.17 to 0.39 for the last two weeks, and b) for the LDSRS, the internal consistency was 0.85 for the lifetime parameter and 0.83 for the last two weeks; concurrent validity performed with the SPIN showed lifetime values ranging from 0.14 to 0.25 and values ranging from 0 to 0.38 in the last two weeks. The case studies demonstrated that the functional impairment associated with SAD has a negative impact on relationships, daily activities, well-being, and health perception. The scales proved to be valid for the assessment of the functional impairment associated with SAD, a fact that contributes to mental health practices, especially those of occupational therapy, that focus on interventions in daily life.
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Espectro do transtorno de ansiedade social: estudo de suas comorbidades psiquiátricas e associação com o prolapso de valva mitral / Social anxiety spectrum: study of this psychiatry comorbidities and the association with the mitral valve prolapse

Santos Filho, Alaor 16 November 2010 (has links)
Introdução: O transtorno de ansiedade social (TAS) é uma condição que pode ser muito incapacitante, com considerável sofrimento subjetivo, alta prevalência de comorbidades psiquiátricas e impacto negativo no funcionamento psicossocial. Entretanto, existem poucos dados na literatura sobre a possível extensão deste comprometimento nos indivíduos com sinais e sintomas subclínicos do TAS. Além disso, a discussão sobre a associação entre o prolapso de valva mitral (PVM) e os transtornos de ansiedade, particularmente com o transtorno de pânico e o TAS, existe já há cerca de três décadas, mas os resultados publicados não são suficientes para definitivamente estabelecer ou excluir a associação entre essas condições, com prevalências variando de 0 a 57%. Método: O delineamento metodológico envolveu duas etapas. Na primeira, as comorbidades psiquiátricas e o comprometimento no funcionamento psicossocial foram avaliados em 355 estudantes universitários que haviam sido diagnosticados previamente como TAS (n=141), TAS subclínico (n=92) ou controles (n=122). Na segunda etapa, um total de 232 voluntários diagnosticados como transtorno de pânico (n=41), TAS (n=89) ou controles (n=102) foram avaliados em ecocardiografia quanto ao PVM. Os exames foram realizados por dois cardiologistas que estavam cegos em relação ao diagnóstico psiquiátrico dos participantes. Foram obtidas medidas utilizando os critérios atuais e antigos para o diagnóstico de PVM, para permitir a comparação e generalização dos resultados. Resultados: A taxa de comorbidade com outros transtornos psiquiátricos foi de 71,6% no grupo TAS e de 50% nos sujeitos com TAS subclínico, ambos significativamente maiores que os controles (28,7%). A presença de comorbidades foi progressivamente maior de acordo com o subtipo e a gravidade do TAS. Quanto ao funcionamento psicossocial o grupo TAS apresentou maior comprometimento que os outros dois grupos em todos os domínios avaliados, e os sujeitos com TAS subclínico apresentaram valores intermediários. Na segunda etapa, os resultados demonstraram que não há diferenças estatísticas entre os grupos quanto à prevalência de PVM, seja pelos critérios ecocardiográficos atuais para o diagnóstico de PVM (visão longitudinal paraesternal: pânico=2,4%, TAS=4,5%, controles=1,0%) ou pelos critérios antigos (visão apical de 4-câmaras: pânico=2,4%, TAS=4,5%, controles=10,8%; modo-M: pânico=2,4%, TAS=6,7%, controles=4,9%). Também não houve diferenças significativas em relação a outras características morfológicas, como presença de regurgitação mitral, espessamento valvar ou presença de alongamento de cordoalhas. Conclusões: A prevalência de comorbidades psiquiátricas e o comprometimento no funcionamento psicossocial aumentam progressivamente ao longo do espectro de ansiedade social. O fato de o TAS subclínico apresentar considerável incapacidade e sofrimento em comparação com sujeitos controles justifica uma revisão na validade desses critérios diagnósticos. Por outro lado, não houve associação entre o transtorno de pânico ou o TAS com o PVM em nossos resultados, independente dos critérios diagnósticos utilizados, com prevalências compatíveis com a esperada na população geral. Dessa forma, é preciso desmistificar a relação entre essa alteração cardíaca e o transtorno de pânico e o TAS, pelas repercussões que pode ter para o paciente e em seu tratamento psiquiátrico. / Background: Social anxiety disorder (SAD) is a highly disabling condition that causes considerable subjective suffering. It has a high prevalence rate of psychiatric comorbidities and a negative impact on psychosocial functioning. However, few data are available in the literature about the possible extent of this impairment in individuals with subthreshold signs and symptoms of SAD. In addition, the discussion about the association between mitral valve prolapse (MVP) and anxiety disorders, especially panic disorder and SAD, has been going on for over three decades, but the published results are insufficient to establish or to exclude an association between these conditions, with reported prevalence rates ranging from 0% to 57%. Method: The methodological design involved two stages. In the first, psychiatric comorbidities and psychosocial functioning impairment were evaluated in 355 college students diagnosed with SAD (n=141), subthreshold SAD (n=92) or as healthy controls (n=122) in a previous study. In the second stage, a total of 232 volunteers previously diagnosed with panic disorder (n=41), SAD (n=89) or as healthy controls (n=102) underwent echocardiographic evaluation for MVP. The exams were performed by two cardiologists who were blind to the psychiatric diagnosis of the participants. Measurements based on current and earlier MVP diagnostic criteria were taken in order to permit the comparison and generalization of the results. Results: The rate of comorbidity with other psychiatric disorders was 71.6% in the SAD group and 50% in subjects with subthreshold SAD, both significantly greater than controls (28.7%). The presence of comorbidities increased progressively according to SAD subtype and severity. Concerning psychosocial functioning, the SAD group had greater impairment than the other two groups in all domains evaluated, and subjects with subthreshold SAD presented intermediate values. In the second stage, the results demonstrated that there were no statistically significant differences among the groups in terms of MVP prevalence, whether using current diagnostic criteria (long-axis view: panic=2.4%, SAD=4.5%, control=1.0%) or earlier criteria (apical four-chamber view: panic=2.4%, SAD=4.5%, control=10.8%; M-mode: panic=2.4%, SAD=6.7%, control=4.9%). Also, there were no significant differences regarding other morphological characteristics, such as presence of mitral regurgitation, mean valve thickness or elongation of chordae. Conclusions: The rates of psychiatric comorbidities and the psychosocial functioning impairment increase progressively along the spectrum of social anxiety. The fact that subthreshold SAD causes considerable disability and suffering in comparison with control subjects justifies a review of the validity of current diagnostic criteria. On the other hand, in this investigation no association between panic disorder or SAD and MVP was documented, regardless of the diagnostic criteria used, with prevalence rates similar to those reported for the general population. Thus, it seems necessary to demystify the relationship between this cardiac alteration and panic disorder and SAD in order to avoid unwanted influences for the patient and his psychiatric treatment.
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Associação entre ansiedade e hipermobilidade articular: estudos com diferentes amostras / Association between anxiety and joint hypermobility: studies with different samples

Sanches, Simone Bianchi 08 September 2014 (has links)
Introdução: A ansiedade pode se manifestar por meio de sintomas físicos e autonômicos. Os transtornos de ansiedade são geralmente descritos por uma interação de sintomas somáticos e sinais subjetivos, o que aumenta a importância de um conhecimento mais amplo sobre como esses fatores estão relacionados e ocorrem em conjunto com distúrbios psiquiátricos e não psiquiátricas. Assim, a ansiedade pode estar associada a diversas condições médicas, entre as quais a hipermobilidade articular. A hipermobilidade articular (JHM) é caracterizada pelo aumento da flexibilidade das articulações. É um sinal de maior elasticidade que pode até ser vantajoso para algumas pessoas em atividades específicas. Por outro lado, a síndrome da hipermobilidade articular (JHS) é mais ampla do que a JHM, sendo acompanhada de sintomas clínicos, especialmente de histórico de lesões, sinais da pele, instabilidade e dor. Objetivos: A associação entre ansiedade e hipermobilidade articular foi investigada em cinco estudos, desenvolvidos com três amostras diferentes e independentes, como descrito a seguir: um grupo de estudantes universitários, uma amostra de famílias com alta agregação genética de ansiedade e hipermobilidade e uma amostra composta por bailarinas. Método: O primeiro estudo foi desenvolvido por meio de uma revisão sistemática da literatura. Utilizando um protocolo, foi realizada uma pesquisa sistemática de artigos nas bases de dados eletrônicas PubMed, LILACS, PsycINFO e SciELO utilizando as palavras-chave \'anxiety\', \'joint\' e \'hipermobility\' e operadores booleanos. O segundo estudo foi desenvolvido como uma avaliação epidemiológica, com 2.300 estudantes universitários de ambos os sexos, com idade entre 17-35 anos, de duas universidades brasileiras. Os participantes responderam a instrumentos de autorrelato de ansiedade (Inventário de Ansiedade de Beck - BAI), Ansiedade Social (Inventário de Fobia Social - SPIN) e um questionário de screening para JHM (questionário de cinco partes para a identificação da hipermobilidade). O terceiro estudo foi desenvolvido com uma amostra de conveniência, extraída deste estudo epidemiológico, formada por 87 estudantes universitários, divididos em dois grupos, de acordo com a presença ou ausência de Transtorno de Ansiedade Social (TAS). Eles responderam aos mesmos instrumentos de autorrelato e também passaram por uma avaliação clínica, em que responderam à entrevista clínica semiestruturada para o DSM-IV (SCID-IV) e foram avaliadas de acordo com o escore de Beighton para JHM. O estudo seguinte foi desenvolvido através de um desenho longitudinal, avaliando uma amostra de famílias espanholas com alta agregação genética de ansiedade e hipermobilidade. No início do estudo, a amostra foi formada por 156 participantes; em oito anos de seguimento, a amostra foi composta por 98 sujeitos. Os participantes preencheram instrumentos de autorrelato (Inventário de Medo [FSS] e Inventário de Ansiedade Estado-Traço [IDATE]), assim como responderam à SCID-IV e foram avaliados de acordo com o escore de Beighton para JHM e critérios de Brighton para a JHS. Por último, o quinto estudo foi realizado com 145 bailarinas, divididas em três grupos: alunas de balé (n=59), professoras de balé (n=37) e bailarinas profissionais (n=49). As participantes responderam a instrumentos de autorrelato para avaliação da JHM (questionário de screening), ansiedade (BAI), ansiedade social (SPIN), pânico (Patient Health Questionnaire - Brief PHQ), sintomatologia depressiva (PHQ-9), abuso de álcool (FAST) e dor (Inventário breve de dor [BPI] e avaliação da incapacidade funcional por causa da dor [SEFIP]). As bailarinas também foram submetidas a uma avaliação clínica de acordo com o escore de Beighton e os critérios Brighton. Resultados: Dos 34 artigos inicialmente encontrados, 17 foram incluídos na revisão sistemática. Em geral, eles ratificaram a associação entre os sintomas de ansiedade (como medos e sintomas psicológicos) e JHM. No que se refere aos transtornos de ansiedade, os dados se mostraram mais heterogêneos, dependendo do tipo de transtorno, parecendo mais associados ao transtorno de pânico. No segundo estudo, desenvolvido com 2.300 estudantes universitários, os resultados indicaram importantes diferenças de gênero. Mulheres hipermóveis (mas não os homens) apresentaram correlação entre a ansiedade e a JHM, com especial atenção para a sintomatologia autonômica e pânico. A terceira amostra (87 universitários brasileiros) não apresentou diferenças no que diz respeito à associação entre TAS e JHM. No quarto estudo, desenvolvido com famílias espanholas, a JHM mostrou-se associada ao transtorno de pânico, pânico e agorafobia na primeira avaliação. A JHS foi associada à ansiedade-traço. Na avaliação de seguimento (follow-up), os dados apresentados indicaram aumento do risco para a incidência de pânico e fobia simples entre os participantes com JHS. No estudo desenvolvido com bailarinas, as participantes com JHM apresentaram maior pontuação na subescala de sintomas neurofisiológicos da BAI, embora com pontuação mais baixa na sintomatologia de ansiedade social. A JHS mostrou correlação com as subescalas de sintomas subjetivos e de pânico da BAI e com a SPIN. Os participantes com JHS também apresentaram escores mais altos em itens específicos da BAI, como tremores, medo de perder o controle e dificuldade em respirar, assim como em itens específicos da SPIN, como rubor e maior esforço para evitar críticas. Entre as bailarinas, também foi possível discutir diferenças e características importantes da JHM, JHS e dor ao longo da carreira de balé. Conclusões: A integração de dados desses diversos estudos chama a atenção para a força de características genéticas na associação entre ansiedade e a hipermobilidade. Ela também reforça a importância de identificar claramente a JHM e a JHS como duas condições clínicas diferentes. Em conjunto, os dados destes estudos sugerem que a JHS tem mais indicadores de associação com a ansiedade do que a hipermobilidade isolada\" (JHM). A correlação entre a ansiedade e a JHS é estatisticamente significativa, mas sua força foi moderada. Parece que ansiedade claramente desempenha um papel nos sintomas extra-articulares da JHS, apesar de não ser o único fator relevante nesta condição clínica. / Introduction: Anxiety manifests through physical and autonomic symptoms. Anxiety disorders are usually described as an interaction between somatic symptoms and subjective signs, and it is thus important to understand how those factors are related and co-occur with both psychiatric and non-psychiatric disorders. Thus, anxiety may be associated with diverse medical conditions, among which joint hypermobility. Joint hypermobility (JHM) is characterized by increased joint flexibility. It is a sign of higher elasticity that can even be advantageous for some people in specific activities. On the other hand, joint hypermobility syndrome (JHS) is a more complex condition that includes other clinical symptoms, especially a history of injuries, skin signs, instability and pain. Objectives: The association between anxiety and joint hypermobility was investigated in five studies, developed with three different and independent samples, as follows: a group of university students, a sample of families with high genetic aggregation of anxiety and hypermobility and a sample consisting of ballet dancers. Methods: The first study was developed as a systematic review of the literature. Using a protocol, we conducted a systematic search of articles in the electronic databases PubMed, LILACS, PsycInfo e SciELO, using the keywords anxiety, joint and hypermobility and Boolean operators. The second study was developed as an epidemiological survey, with 2,300 university students of both genders, aged 17-35 years, from two Brazilian universities. Participants completed self-reporting instruments asessing anxiety (Beck Anxiety Inventory BAI), social anxiety (Social Phobia Inventory SPIN) and a screening questionnaire for JHM (the five-part questionnaire for identifying hypermobility). The third study was developed with a convenience sample of the epidemiological study, consisting of 87 university students, divided into two groups, according to the presence or absence of social anxiety disorder (SAD). The volunteers completed the same self-rating instruments and underwent a clinical evaluation that included the Semi-structured Clinical Interview for DSM-IV (SCID-IV) and the Beighton score for JHM. The fourth study had a longitudinal design and included a sample of Spanish families with high genetic aggregation of anxiety and hypermobility. At baseline, the sample consisted of 156 participants; at eight yearsof follow-up, the sample comprised 98 subjects. The volunteers completed self-reting instruments (Fear Survey Schedule [FSS] and Spielberger Stait-Trait Anxiety Inventory [STAI]) and underwent a clinical evalution including the SCID-IV, the Beighton score for JHM and also the Brighton criteria to assess the JHS. Lastly, the fifth study included 145 dancers, divided into three groups: ballet students (n=59), ballet teachers (n=37) and professional ballerinas (n=49). The participants completed self-rating instruments assessing JHM (five-part questionnaire), anxiety (BAI), social anxiety (SPIN), panic (Patient Health Questionnaire - Brief PHQ), depressive symptomatology (PHQ-9), alcohol abuse (FAST) and pain (Brief Pain Inventory [BPI] and Self-Estimated Functional Inability because of Pain [SEFIP]). Ballet dancers also underwent a clinical evaluation based on the Beighton score and Brighton criteria. Results: From 34 articles initially found, 17 were included in the systematic review. In general, they ratified the association between anxiety symptoms (such as fears and psychological distress) and JHM. In regard to anxiety disorders, data were less homogeneous and varied according to the type of disorder, with stronger association between hypermobility and panic disorder. In the second study, which involved a sample of 2,300 university students, results suggested important gender-related differences. Hypermobile women (but not men) presented a correlation between anxiety and JHM, with special emphasis on autonomic and panic symptomatology. The third sample (87 Brazilian university students) did not present significant differences in regard to the association between SAD and JHM. In the fourth study, developed with Spanish families, JHM was associated with panic disorder and panic with agoraphobia at baseline. JHS was associated with trait anxiety at baseline. At follow-up, the data showed an increased risk for the incidence of panic and simple phobia among participants with JHS. Among ballet dancers, participants with JHM had higher scores in neurophysiological subscale of the BAI, but less social anxiety symptomatology. JHS correlated with the subjective and panic subscales of the BAI and with SPIN. Participants with JHS also presented higher scores in specific items of BAI, such as trembling, fear of losing control and difficulty breathing, as in specific items of SPIN, such as blushing and higher efforts to avoid criticism. In the study developed with ballet dancers, it was also possible to discuss differences between important features of JHM, JHS and pain throughout the ballet career. Conclusions: The integrated data of these five studies draw attention to the strength of genetic features in the association between anxiety and hypermobility. Their results also highlighted the importance of clearly identifying JHM and JHS as two different clinical conditions. Taken together, our data suggest that JHS seems to be more consistently associated with anxiety than the isolated hypermobility (JHM). Nevertheless, although the correlation between anxiety and JHS was statistically significant, its strength was moderate. It seems that anxiety clearly play a role in extra-articular symptoms of the JHS, although not being the only relevant factor in this clinical condition.
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Associação entre ansiedade e hipermobilidade articular: estudos com diferentes amostras / Association between anxiety and joint hypermobility: studies with different samples

Simone Bianchi Sanches 08 September 2014 (has links)
Introdução: A ansiedade pode se manifestar por meio de sintomas físicos e autonômicos. Os transtornos de ansiedade são geralmente descritos por uma interação de sintomas somáticos e sinais subjetivos, o que aumenta a importância de um conhecimento mais amplo sobre como esses fatores estão relacionados e ocorrem em conjunto com distúrbios psiquiátricos e não psiquiátricas. Assim, a ansiedade pode estar associada a diversas condições médicas, entre as quais a hipermobilidade articular. A hipermobilidade articular (JHM) é caracterizada pelo aumento da flexibilidade das articulações. É um sinal de maior elasticidade que pode até ser vantajoso para algumas pessoas em atividades específicas. Por outro lado, a síndrome da hipermobilidade articular (JHS) é mais ampla do que a JHM, sendo acompanhada de sintomas clínicos, especialmente de histórico de lesões, sinais da pele, instabilidade e dor. Objetivos: A associação entre ansiedade e hipermobilidade articular foi investigada em cinco estudos, desenvolvidos com três amostras diferentes e independentes, como descrito a seguir: um grupo de estudantes universitários, uma amostra de famílias com alta agregação genética de ansiedade e hipermobilidade e uma amostra composta por bailarinas. Método: O primeiro estudo foi desenvolvido por meio de uma revisão sistemática da literatura. Utilizando um protocolo, foi realizada uma pesquisa sistemática de artigos nas bases de dados eletrônicas PubMed, LILACS, PsycINFO e SciELO utilizando as palavras-chave \'anxiety\', \'joint\' e \'hipermobility\' e operadores booleanos. O segundo estudo foi desenvolvido como uma avaliação epidemiológica, com 2.300 estudantes universitários de ambos os sexos, com idade entre 17-35 anos, de duas universidades brasileiras. Os participantes responderam a instrumentos de autorrelato de ansiedade (Inventário de Ansiedade de Beck - BAI), Ansiedade Social (Inventário de Fobia Social - SPIN) e um questionário de screening para JHM (questionário de cinco partes para a identificação da hipermobilidade). O terceiro estudo foi desenvolvido com uma amostra de conveniência, extraída deste estudo epidemiológico, formada por 87 estudantes universitários, divididos em dois grupos, de acordo com a presença ou ausência de Transtorno de Ansiedade Social (TAS). Eles responderam aos mesmos instrumentos de autorrelato e também passaram por uma avaliação clínica, em que responderam à entrevista clínica semiestruturada para o DSM-IV (SCID-IV) e foram avaliadas de acordo com o escore de Beighton para JHM. O estudo seguinte foi desenvolvido através de um desenho longitudinal, avaliando uma amostra de famílias espanholas com alta agregação genética de ansiedade e hipermobilidade. No início do estudo, a amostra foi formada por 156 participantes; em oito anos de seguimento, a amostra foi composta por 98 sujeitos. Os participantes preencheram instrumentos de autorrelato (Inventário de Medo [FSS] e Inventário de Ansiedade Estado-Traço [IDATE]), assim como responderam à SCID-IV e foram avaliados de acordo com o escore de Beighton para JHM e critérios de Brighton para a JHS. Por último, o quinto estudo foi realizado com 145 bailarinas, divididas em três grupos: alunas de balé (n=59), professoras de balé (n=37) e bailarinas profissionais (n=49). As participantes responderam a instrumentos de autorrelato para avaliação da JHM (questionário de screening), ansiedade (BAI), ansiedade social (SPIN), pânico (Patient Health Questionnaire - Brief PHQ), sintomatologia depressiva (PHQ-9), abuso de álcool (FAST) e dor (Inventário breve de dor [BPI] e avaliação da incapacidade funcional por causa da dor [SEFIP]). As bailarinas também foram submetidas a uma avaliação clínica de acordo com o escore de Beighton e os critérios Brighton. Resultados: Dos 34 artigos inicialmente encontrados, 17 foram incluídos na revisão sistemática. Em geral, eles ratificaram a associação entre os sintomas de ansiedade (como medos e sintomas psicológicos) e JHM. No que se refere aos transtornos de ansiedade, os dados se mostraram mais heterogêneos, dependendo do tipo de transtorno, parecendo mais associados ao transtorno de pânico. No segundo estudo, desenvolvido com 2.300 estudantes universitários, os resultados indicaram importantes diferenças de gênero. Mulheres hipermóveis (mas não os homens) apresentaram correlação entre a ansiedade e a JHM, com especial atenção para a sintomatologia autonômica e pânico. A terceira amostra (87 universitários brasileiros) não apresentou diferenças no que diz respeito à associação entre TAS e JHM. No quarto estudo, desenvolvido com famílias espanholas, a JHM mostrou-se associada ao transtorno de pânico, pânico e agorafobia na primeira avaliação. A JHS foi associada à ansiedade-traço. Na avaliação de seguimento (follow-up), os dados apresentados indicaram aumento do risco para a incidência de pânico e fobia simples entre os participantes com JHS. No estudo desenvolvido com bailarinas, as participantes com JHM apresentaram maior pontuação na subescala de sintomas neurofisiológicos da BAI, embora com pontuação mais baixa na sintomatologia de ansiedade social. A JHS mostrou correlação com as subescalas de sintomas subjetivos e de pânico da BAI e com a SPIN. Os participantes com JHS também apresentaram escores mais altos em itens específicos da BAI, como tremores, medo de perder o controle e dificuldade em respirar, assim como em itens específicos da SPIN, como rubor e maior esforço para evitar críticas. Entre as bailarinas, também foi possível discutir diferenças e características importantes da JHM, JHS e dor ao longo da carreira de balé. Conclusões: A integração de dados desses diversos estudos chama a atenção para a força de características genéticas na associação entre ansiedade e a hipermobilidade. Ela também reforça a importância de identificar claramente a JHM e a JHS como duas condições clínicas diferentes. Em conjunto, os dados destes estudos sugerem que a JHS tem mais indicadores de associação com a ansiedade do que a hipermobilidade isolada\" (JHM). A correlação entre a ansiedade e a JHS é estatisticamente significativa, mas sua força foi moderada. Parece que ansiedade claramente desempenha um papel nos sintomas extra-articulares da JHS, apesar de não ser o único fator relevante nesta condição clínica. / Introduction: Anxiety manifests through physical and autonomic symptoms. Anxiety disorders are usually described as an interaction between somatic symptoms and subjective signs, and it is thus important to understand how those factors are related and co-occur with both psychiatric and non-psychiatric disorders. Thus, anxiety may be associated with diverse medical conditions, among which joint hypermobility. Joint hypermobility (JHM) is characterized by increased joint flexibility. It is a sign of higher elasticity that can even be advantageous for some people in specific activities. On the other hand, joint hypermobility syndrome (JHS) is a more complex condition that includes other clinical symptoms, especially a history of injuries, skin signs, instability and pain. Objectives: The association between anxiety and joint hypermobility was investigated in five studies, developed with three different and independent samples, as follows: a group of university students, a sample of families with high genetic aggregation of anxiety and hypermobility and a sample consisting of ballet dancers. Methods: The first study was developed as a systematic review of the literature. Using a protocol, we conducted a systematic search of articles in the electronic databases PubMed, LILACS, PsycInfo e SciELO, using the keywords anxiety, joint and hypermobility and Boolean operators. The second study was developed as an epidemiological survey, with 2,300 university students of both genders, aged 17-35 years, from two Brazilian universities. Participants completed self-reporting instruments asessing anxiety (Beck Anxiety Inventory BAI), social anxiety (Social Phobia Inventory SPIN) and a screening questionnaire for JHM (the five-part questionnaire for identifying hypermobility). The third study was developed with a convenience sample of the epidemiological study, consisting of 87 university students, divided into two groups, according to the presence or absence of social anxiety disorder (SAD). The volunteers completed the same self-rating instruments and underwent a clinical evaluation that included the Semi-structured Clinical Interview for DSM-IV (SCID-IV) and the Beighton score for JHM. The fourth study had a longitudinal design and included a sample of Spanish families with high genetic aggregation of anxiety and hypermobility. At baseline, the sample consisted of 156 participants; at eight yearsof follow-up, the sample comprised 98 subjects. The volunteers completed self-reting instruments (Fear Survey Schedule [FSS] and Spielberger Stait-Trait Anxiety Inventory [STAI]) and underwent a clinical evalution including the SCID-IV, the Beighton score for JHM and also the Brighton criteria to assess the JHS. Lastly, the fifth study included 145 dancers, divided into three groups: ballet students (n=59), ballet teachers (n=37) and professional ballerinas (n=49). The participants completed self-rating instruments assessing JHM (five-part questionnaire), anxiety (BAI), social anxiety (SPIN), panic (Patient Health Questionnaire - Brief PHQ), depressive symptomatology (PHQ-9), alcohol abuse (FAST) and pain (Brief Pain Inventory [BPI] and Self-Estimated Functional Inability because of Pain [SEFIP]). Ballet dancers also underwent a clinical evaluation based on the Beighton score and Brighton criteria. Results: From 34 articles initially found, 17 were included in the systematic review. In general, they ratified the association between anxiety symptoms (such as fears and psychological distress) and JHM. In regard to anxiety disorders, data were less homogeneous and varied according to the type of disorder, with stronger association between hypermobility and panic disorder. In the second study, which involved a sample of 2,300 university students, results suggested important gender-related differences. Hypermobile women (but not men) presented a correlation between anxiety and JHM, with special emphasis on autonomic and panic symptomatology. The third sample (87 Brazilian university students) did not present significant differences in regard to the association between SAD and JHM. In the fourth study, developed with Spanish families, JHM was associated with panic disorder and panic with agoraphobia at baseline. JHS was associated with trait anxiety at baseline. At follow-up, the data showed an increased risk for the incidence of panic and simple phobia among participants with JHS. Among ballet dancers, participants with JHM had higher scores in neurophysiological subscale of the BAI, but less social anxiety symptomatology. JHS correlated with the subjective and panic subscales of the BAI and with SPIN. Participants with JHS also presented higher scores in specific items of BAI, such as trembling, fear of losing control and difficulty breathing, as in specific items of SPIN, such as blushing and higher efforts to avoid criticism. In the study developed with ballet dancers, it was also possible to discuss differences between important features of JHM, JHS and pain throughout the ballet career. Conclusions: The integrated data of these five studies draw attention to the strength of genetic features in the association between anxiety and hypermobility. Their results also highlighted the importance of clearly identifying JHM and JHS as two different clinical conditions. Taken together, our data suggest that JHS seems to be more consistently associated with anxiety than the isolated hypermobility (JHM). Nevertheless, although the correlation between anxiety and JHS was statistically significant, its strength was moderate. It seems that anxiety clearly play a role in extra-articular symptoms of the JHS, although not being the only relevant factor in this clinical condition.
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Espectro do transtorno de ansiedade social: estudo de suas comorbidades psiquiátricas e associação com o prolapso de valva mitral / Social anxiety spectrum: study of this psychiatry comorbidities and the association with the mitral valve prolapse

Alaor Santos Filho 16 November 2010 (has links)
Introdução: O transtorno de ansiedade social (TAS) é uma condição que pode ser muito incapacitante, com considerável sofrimento subjetivo, alta prevalência de comorbidades psiquiátricas e impacto negativo no funcionamento psicossocial. Entretanto, existem poucos dados na literatura sobre a possível extensão deste comprometimento nos indivíduos com sinais e sintomas subclínicos do TAS. Além disso, a discussão sobre a associação entre o prolapso de valva mitral (PVM) e os transtornos de ansiedade, particularmente com o transtorno de pânico e o TAS, existe já há cerca de três décadas, mas os resultados publicados não são suficientes para definitivamente estabelecer ou excluir a associação entre essas condições, com prevalências variando de 0 a 57%. Método: O delineamento metodológico envolveu duas etapas. Na primeira, as comorbidades psiquiátricas e o comprometimento no funcionamento psicossocial foram avaliados em 355 estudantes universitários que haviam sido diagnosticados previamente como TAS (n=141), TAS subclínico (n=92) ou controles (n=122). Na segunda etapa, um total de 232 voluntários diagnosticados como transtorno de pânico (n=41), TAS (n=89) ou controles (n=102) foram avaliados em ecocardiografia quanto ao PVM. Os exames foram realizados por dois cardiologistas que estavam cegos em relação ao diagnóstico psiquiátrico dos participantes. Foram obtidas medidas utilizando os critérios atuais e antigos para o diagnóstico de PVM, para permitir a comparação e generalização dos resultados. Resultados: A taxa de comorbidade com outros transtornos psiquiátricos foi de 71,6% no grupo TAS e de 50% nos sujeitos com TAS subclínico, ambos significativamente maiores que os controles (28,7%). A presença de comorbidades foi progressivamente maior de acordo com o subtipo e a gravidade do TAS. Quanto ao funcionamento psicossocial o grupo TAS apresentou maior comprometimento que os outros dois grupos em todos os domínios avaliados, e os sujeitos com TAS subclínico apresentaram valores intermediários. Na segunda etapa, os resultados demonstraram que não há diferenças estatísticas entre os grupos quanto à prevalência de PVM, seja pelos critérios ecocardiográficos atuais para o diagnóstico de PVM (visão longitudinal paraesternal: pânico=2,4%, TAS=4,5%, controles=1,0%) ou pelos critérios antigos (visão apical de 4-câmaras: pânico=2,4%, TAS=4,5%, controles=10,8%; modo-M: pânico=2,4%, TAS=6,7%, controles=4,9%). Também não houve diferenças significativas em relação a outras características morfológicas, como presença de regurgitação mitral, espessamento valvar ou presença de alongamento de cordoalhas. Conclusões: A prevalência de comorbidades psiquiátricas e o comprometimento no funcionamento psicossocial aumentam progressivamente ao longo do espectro de ansiedade social. O fato de o TAS subclínico apresentar considerável incapacidade e sofrimento em comparação com sujeitos controles justifica uma revisão na validade desses critérios diagnósticos. Por outro lado, não houve associação entre o transtorno de pânico ou o TAS com o PVM em nossos resultados, independente dos critérios diagnósticos utilizados, com prevalências compatíveis com a esperada na população geral. Dessa forma, é preciso desmistificar a relação entre essa alteração cardíaca e o transtorno de pânico e o TAS, pelas repercussões que pode ter para o paciente e em seu tratamento psiquiátrico. / Background: Social anxiety disorder (SAD) is a highly disabling condition that causes considerable subjective suffering. It has a high prevalence rate of psychiatric comorbidities and a negative impact on psychosocial functioning. However, few data are available in the literature about the possible extent of this impairment in individuals with subthreshold signs and symptoms of SAD. In addition, the discussion about the association between mitral valve prolapse (MVP) and anxiety disorders, especially panic disorder and SAD, has been going on for over three decades, but the published results are insufficient to establish or to exclude an association between these conditions, with reported prevalence rates ranging from 0% to 57%. Method: The methodological design involved two stages. In the first, psychiatric comorbidities and psychosocial functioning impairment were evaluated in 355 college students diagnosed with SAD (n=141), subthreshold SAD (n=92) or as healthy controls (n=122) in a previous study. In the second stage, a total of 232 volunteers previously diagnosed with panic disorder (n=41), SAD (n=89) or as healthy controls (n=102) underwent echocardiographic evaluation for MVP. The exams were performed by two cardiologists who were blind to the psychiatric diagnosis of the participants. Measurements based on current and earlier MVP diagnostic criteria were taken in order to permit the comparison and generalization of the results. Results: The rate of comorbidity with other psychiatric disorders was 71.6% in the SAD group and 50% in subjects with subthreshold SAD, both significantly greater than controls (28.7%). The presence of comorbidities increased progressively according to SAD subtype and severity. Concerning psychosocial functioning, the SAD group had greater impairment than the other two groups in all domains evaluated, and subjects with subthreshold SAD presented intermediate values. In the second stage, the results demonstrated that there were no statistically significant differences among the groups in terms of MVP prevalence, whether using current diagnostic criteria (long-axis view: panic=2.4%, SAD=4.5%, control=1.0%) or earlier criteria (apical four-chamber view: panic=2.4%, SAD=4.5%, control=10.8%; M-mode: panic=2.4%, SAD=6.7%, control=4.9%). Also, there were no significant differences regarding other morphological characteristics, such as presence of mitral regurgitation, mean valve thickness or elongation of chordae. Conclusions: The rates of psychiatric comorbidities and the psychosocial functioning impairment increase progressively along the spectrum of social anxiety. The fact that subthreshold SAD causes considerable disability and suffering in comparison with control subjects justifies a review of the validity of current diagnostic criteria. On the other hand, in this investigation no association between panic disorder or SAD and MVP was documented, regardless of the diagnostic criteria used, with prevalence rates similar to those reported for the general population. Thus, it seems necessary to demystify the relationship between this cardiac alteration and panic disorder and SAD in order to avoid unwanted influences for the patient and his psychiatric treatment.
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Estilos de apego e bem-estar psicológico em adolescentes colegiais: influência de gênero e etnia (oriental vs ocidental) / Styles of attachment and well-being in highschool students: influences of Gender and Ethnic (Eastern vs. Western)

Ernesto Rene Sang 03 April 2009 (has links)
Investigamos a configuração dos vínculos de apego em função de etnia e de gênero. Baseados na teoria do apego que aponta a influência do contexto sócio-afetivo no desenvolvimento dos diversos estilos de apego assim como a relação significativa destes com bem-estar psicológico (indicados por sinais de depressão e fobia social), supusemos que a formação do modelo interno de si (dimensão essencial na definição dos estilos de apego) poderia estar relacionada à etnia, através dos modos de criação. A amostra foi composta por 328 colegiais (203 do sexo masculino e 125 do sexo feminino) com idade média de 15 anos, dos quais 101 tinham pais de origem oriental (chinesa, japonesa ou coreana) e 227 de origem ocidental. Foi constatado efeito da etnia quanto ao modelo interno de si, com predominância de modelo de si positivo nos ocidentais (subjacentes aos estilos seguro e rejeitador) e negativo nos orientais (estilos preocupado e medroso). Em relação a bem-estar psicológico em termos de indicadores de depressão e fobia social foi significativa a relação de depressão com os estilos de apego medroso e preocupado (modelo de si negativo), sendo mais freqüente a indicação de depressão nos participantes ocidentais do que nos orientais (principalmente nas meninas ocidentais rejeitadoras). Encontramos também relações significativas de fobia social com o modelo de si positivo (estilos de apego seguro e rejeitador) principalmente nos meninos, para ambas as etnias; no entanto, tal efeito não foi suficiente em termos de gerar fobia social num nível considerado de importância clínica. Nossa pesquisa apontou correlação negativa significativa entre depressão e confiança em relação aos pais e positiva entre depressão e distanciamento (afetivo) dos pais. No conjunto, esses resultados confirmam algumas informações sobre depressão e fobia na 13 adolescência. As diferenças nos modos de criação parecem ter afetado, nas duas sub-amostras pesquisadas, o modelo de si, a comunicação com pais e a interação com amigos. Nossos resultados destacam a predominância do contexto familiar de criação para a formação do modelo de si, sobre o contexto social mais geral; indicando a importância de considerar o impacto da orientação cultural, seja para a independência nas culturas ocidentais, seja para a interdependência nas culturas orientais, sobre o desenvolvimento dos indivíduos. Os resultados obtidos sugerem uma interação complexa entre modos de criação/etnia, gênero, estilo de apego e bem-estar psicológico. Os resultados permitem também uma compreensão menos ingênua das categorias de estilo de apego, apontando que a dimensão modelo de si evidencia as influências da maneira de se relacionar dos adolescentes, que afeta o seu ajustamento psicossocial. A conjugação dos estilos de apego com os indicadores de bem estar psicológico também permitiu aprofundar a compreensão do significado dos estilos de apego nos dois grupos culturais pesquisados. / Theory of attachment emphasizes not only the influence of the social-affective context on the development of different styles of attachment but also its contribution to the ways people achieve a sense of well-being (Armsden & Greenberg, 1987) particularly during adolescence. Supposedly the different ethnic background would determine different styles of parenting and, as a consequence, different styles of attachment relationships (secure, dismissing, fearful and preoccupied, as Bartholomew & Horowitz (1991), classified) in their adolescent offspring. This study investigated the influence of ethnic background and gender on the configuration of attachment relations in a sample consisting of 328 high-school students (203 males and 125 females), ranging from 14 to 15 years of age, all from middle-class families. The participants were divided into two groups: one group with 101 students whose parents had Asian background (Chinese, Japanese and Korean) and the other group (227) whose parents were from western-brazilian background. Ethnic background had significant effect on model of self, one of the dimensions underlying the style of attachment relations. For western-Brazilian such model of self has been mostly positive, associated wih the secure and dismissing attachment style. Regarding Asian subjects, a predominance of negative model of self has been found, associated with the preoccupied and fearful style of attachment. Concernig psychological well-being, which informs about depressive traits and social phobia, it has been revealed a significant association between depression and the fearful and preoccupied style, associated with negative model of self, mainly for Brazilian subjects, 15 particularly for girls with dismissing attachment style. Participants from Asian background showed less signs of depression. For male participants from both ethnic background we found a positive correlation between social phobia and positive model of self (associated with secure and dismissing attachment). Nevertheless, scores on social phobia did not reach a significant clinical level. Our study revealed significants indications for depression: a negative association between depression and trust concerning parents, as well as a positive one between depression and withdrawal from parents. Such results confirmed some data on depression and social phobia in adolescence. It seems that the differences on parenting have important influence on the shaping of the model of self, as well as on communication with parent and on relationships with peers in both ethnic groups. Such influence reinforces the impact of the cultural orientation on the development of individuals, be it the independence orientation on western culture or the interdependence orientation on non-western culture as Markus & Kitayama (1991) had describied. Our results suggest a complex interaction between parentig practices, ethnic influence, gender, attachment relations and well-being. Taking into account this complex interaction allows a less naïve understanding of the different styles of attachment. The shaping of the model of self as affected by cultural factors involved in parentig practices, influences the way adolescents relates to others and, as a consequence, his/her psychological adjustment. Articulating styles of attachment, working model of self and the signals of psychological well-being made possible a deeper understanding of the meaning of attachment relations on both cultural groups.
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O impacto da interação entre consumidores no valor da experiência e na satisfação do consumidor : o papel da ansiedade social

Becker, Larissa Carine Braz January 2014 (has links)
O objetivo principal deste trabalho é investigar o impacto da interação entre consumidores no valor da experiência e na satisfação do consumidor, nos ambientes de varejo off-line e on-line, considerando o papel da ansiedade social. Para alcançar este objetivo, três estudos experimentais foram conduzidos. Os resultados indicam que a interação entre consumidores aumenta o valor da experiência e a sua satisfação tanto no ambiente de varejo off-line (estudos 1 e 3) como no on-line (estudos 2 e 3). Entretanto, no ambiente de varejo off-line, o impacto da interação entre consumidores na satisfação é moderado pela ansiedade social (estudos 1 e 3). Assim, quanto maior a ansiedade social do indivíduo, menor é o impacto da interação entre consumidores na satisfação do consumidor. Para a relação entre interação entre consumidores e valor da experiência, não foi encontrada essa moderação. No ambiente de varejo on-line, a ansiedade social não modera nenhuma destas relações, conforme previsto (estudos 2 e 3). Adicionalmente, o estudo 3 busca fornecer uma possível explicação da razão pela qual não há moderação no ambiente on-line, demonstrando que o controle da autoapresentação é maior neste ambiente, mas somente para consumidores com alta ansiedade social. / The main purpose of this study is to investigate the impact of customer-to-customer interaction on experience value and customer satisfaction, in the off-line and on-line retail environments, considering the role of social anxiety. To achieve this objective, three experimental studies were conducted. The results indicate that the customer-to-customer interaction increases the experience value and satisfaction in both the offline retail environment (studies 1 and 3) and the online (studies 2 and 3). However, in the offline retail environment, the impact of the customer-to-customer interaction on customer satisfaction is moderated by social anxiety (studies 1 and 3). Thus, the higher the social anxiety of the individual, the lower the impact of the customer-to-customer interaction on customer satisfaction. For the relationship between customer-to-customer interaction and experience value, this moderation was not found. In the online retail environment, social anxiety does not moderate any of these relationships, as predicted (studies 2 and 3). Additionally, study 3 seeks to provide a possible explanation of there is not such moderation in the online environment, and demonstrates that the self-presentation control is higher in this environment, but only for consumers with high social anxiety.

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