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Gênero, família e escola: socialização familiar e escolarização de meninas e meninos de camadas populares de São Paulo / Gender, family and school: family socialization and schooling of girls and boys from working class background in São PauloSenkevics, Adriano Souza 19 March 2015 (has links)
Desde a segunda metade do século XX, as desigualdades de gênero na educação brasileira têm se revertido a favor das meninas, que hoje apresentam os melhores indicadores educacionais ao longo de sua trajetória escolar. O conjunto de investigações científicas dentro dessa temática, lançando mão do conceito de gênero, tem realçado inúmeras contribuições para se pensar o papel da escola na construção de masculinidades e feminilidades entre seus alunos e alunas. Entretanto, algumas lacunas têm persistido e apontado para novos desafios e perspectivas dentro do campo de estudos em gênero e educação. Entre elas, a existência de poucos trabalhos que procuram entender, sobretudo do ponto de vista das próprias crianças, as construções de masculinidades e feminilidades no âmbito das expectativas e práticas de socialização familiar, aqui inclusas as atividades que as crianças desempenham em suas residências, suas regiões de moradia e em outras instituições que por ventura frequentem. Partindo da necessidade de se investigar, em maior profundidade, essas interfaces entre gênero, família e escola, este trabalho de caráter qualitativo toma como sujeitos de pesquisa 25 crianças oriundas de camadas populares, entre oito e treze anos de idade, matriculadas no terceiro ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de São Paulo. Por meio de entrevistas semiestruturadas e observações participantes durante um semestre letivo, procura-se compreender como meninos e meninas percebem e ressignificam a postura de suas famílias frente a diferenças e semelhanças de gênero, a fim de explorar as relações entre as desigualdades na educação escolar e as construções de masculinidades e feminilidades no âmbito familiar, tomando como base a teoria da socióloga australiana Raewyn Connell. Os resultados desta pesquisa sugerem que, por um lado, as meninas encontram à sua disposição um leque restrito de atividades de lazer, bem como um acesso mais vigiado ou mesmo interditado ao espaço público da rua e arredores da residência, os quais elas mesmas entendem como perigosos e arriscados. Por outro, elas costumam também estar sobrecarregadas pelos afazeres domésticos, que realizam como parte de suas rotinas atarefadas e controladas, de modo a espelhar a divisão sexual do trabalho entre adultos. Existe, assim, uma relação por vezes antagônica entre a participação nos serviços de casa, as oportunidades de lazer e a circulação no espaço público, que resultam em situações de confinamento doméstico para muitas das meninas e, em contraste, rotinas mais frouxas e livres para a maioria dos garotos. Ademais, percebe-se que, na maioria dos casos, as garotas apresentam aspirações profissionais voltadas para carreiras que exigem maior qualificação profissional e até mesmo um prolongamento da escolarização, enquanto muitos dos meninos demonstram certo desconhecimento ou imaturidade a respeito de suas perspectivas de futuro. Conclui-se, enfim, que o cenário sexista sobre o qual se assenta a socialização familiar parece estimular um maior desempenho escolar das meninas por duas vias: primeiramente, pelo incentivo à construção de feminilidades pautadas pela responsabilidade, organização e iniciativa atributos condizentes com as expectativas escolares; e, em segundo lugar, pela significação positiva da escola enquanto um espaço de entretenimento, sociabilidade e realização pessoal, em que as meninas, mais do que os meninos, encontram possibilidades para ampliar seu horizonte de perspectivas e práticas. / Since the second half of the twentieth century, gender inequalities in Brazilian education have been reversed in favor of the girls, who now show higher education indicators than boys throughout their school trajectories. Scientific research about this topic which makes use of the concept of gender has contributed to shed light on the role of schools in the construction of masculinities and femininities of its students. However, some gaps still persist in research and indicate new challenges and prospects in gender and education studies field. Among these gaps, its noticeable that few studies seek to understand especially from the children\'s point of view constructions of masculinities and femininities in the bounds of family socialization expectations and practices, including activities done by children at their homes, neighborhoods and other institutions they attend. In order to contribute to fill this gap, this qualitative research studies 25 children from working class families, between the ages of 8 and 13 years old, enrolled in the third grade of elementary education in a public school in the city of São Paulo. Using semi-structured interviews and participant observation throughout one school semester, I seek to comprehend how boys and girls perceive and resignify their families perspectives on gender differences and similarities in order to explore the relation between educational inequalities and the constructions of masculinities and femininities in the family, based on the theoretical framework of Australian sociologist Raewyn Connel. The results suggest that, on one hand, girls have a restricted range of leisure activities and more supervised (and often prohibited) access to the street and their home surroundings, places the girls themselves perceive as dangerous and risky. On the other hand, girls tend to be overwhelmed by household chores that are part of their busy and controlled schedules in a way that reflects the sexual division of labor among adults. There is often an antagonistic relation between household chores, recreational opportunities and being allowed to move around in public spaces, resulting in home confinement contexts for many girls and, in contrast, more loose and free daily routines for most boys. Moreover, in most cases, girls have more ambitious professional aspirations for careers that require higher qualification or extended education, whereas many boys show certain ignorance or immaturity about their future prospects. Finally, I conclude that the sexist scenario of family socialization seems to stimulate higher school performance of girls in two ways: first, by encouraging the construction of femininity based on responsibility, organization and initiative which is consistent with schools expectations; and, secondly, girls positive significance of school as a space of entertainment, sociability and personal achievement. More than boys, girls find opportunities to broaden their horizon of practices and perspectives in school.
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Mandingas da infância: as culturas das crianças pequenas na escola municipal Malê Debalê, em Salvador (BA) / Mandingas of childhood: young children\'s culture in a municipal school of Malê Debalê in a Salvador (BA)Nunes, Mighian Danae Ferreira 18 August 2017 (has links)
Esta tese é um dos frutos de uma etnografia realizada em 2015 com crianças de uma turma de educação infantil (04-05 anos) na escola municipal Malê Debalê, em Itapuã, Salvador (BA), escola sediada dentro do bloco afro de mesmo nome. Devido às possibilidades e também limitações que uma etnografia oferece, a pesquisa alternou momentos em que pude falar sobre e com as crianças, através do estudo das relações de catorze crianças entre si, com crianças maiores e também com os/as adultos/as. A partir da sociologia da infância, mas também com os estudos sociais da infância, os estudos sobre relações raciais e antirracismo, a interseccionalidade e os estudos decoloniais, busquei aproximar-me do ponto de vista das crianças para abordar os temas que por elas me foram apresentados, a saber: a relação adultocriança e o corpo. Apresento também temas que julguei importantes serem assinalados a partir da minha perspectiva adulta, como sexo-gênero e raça. De modo secundário, as ações das/os adultos/as presentes no campo também foram observadas. O termo mandinga, identificado como um dos elementos da capoeira, possui uma relação com o contexto e com o grupo social estudado, além de traduzir os aspectos observados no campo, a partir da forma como as crianças lidavam com as pessoas e os objetos à sua volta. Denominei de mandinga a ação social que essas crianças negras realizaram para negociar suas existências em um mundo adulto que, apesar de reconhecer suas presenças, insiste em não reconhecer a importância das suas culturas e dos saberes que elas possuem para viver no mundo enquanto seres que, tal como os/as adultos/os, estão sendo e tornando-se. A pesquisa demonstrou que, muito embora estejam em um espaço em que as culturas negras são vivenciadas pelas crianças, tanto os meninos quanto as meninas negras ainda são submetidos/as a normas de raça e sexo-gênero, acrescidas pelas imposições da idade, demonstrando o caráter fundamental do debate interseccional para alcançarmos as crianças negras. A partir das relações de interdependência entre as estruturas sociais e as agências das crianças, vislumbra-se um corpo de criança que é individual e coletivo, porque expressa-se por, com e a partir das demais pessoas presentes em suas vidas. Esse corpo é bio-socio-cultural em toda a sua existência e foi, paulatinamente, sendo percebido pelas crianças como possuidor de um sexo-gênero e de uma raça a partir das relações que travaram entre elas, com outras crianças maiores e também com os/as adultos/as. Nas interações, uma cobrança com relação às meninas negras para que demonstrassem maior controle sobre suas emoções foi percebida, já para os meninos negros havia o reforço da masculinidade, que se fazia presente quando eles eram vistos como maus e perigosos. Apesar disso, houve crianças que fizeram frente a esses modelos femininos e masculinos impostos também às crianças negras, havendo uma solidariedade intergêneros, possível de ser notada entre elas durante o trabalho de campo, evidenciando-se com alguma intensidade nos momentos em que brincaram juntas de casinha, com os meninos negros desempenhando funções consideradas femininas. Estas análises fizeram-me perceber que, para além do brincar, a amizade foi um dos princípios das crianças partícipes da pesquisa. A amizade, em consonância com o ponto de vista das mulheres negras presentes no campo, demonstrou as possibilidades de aproximação entre as perspectivas das crianças e as dos/as adultos/as negros/as. No que tange aos corpos das crianças, estes movem-se através de gingas de corpo e gingas de palavra, organizadas individual e coletivamente para burlar os espaços-tempos definidos pela escola e as ordens institucionais adultas ocidentais. Entre mandingas e gingas, as crianças brincam não apenas com brinquedos, pessoas e coisas, mas também com a própria vida, recuando e atacando, tal qual num jogo de capoeira e, ao mesmo tempo, se acomodam, resistem e transformam. Nestes movimentos, recuperam suas existências no instante-agora em que estão crianças. / This thesis is one of the results of an ethnographic study carried out in 2015, with a class of young children (04-05 years old) in the municipal school Malê Debalê, in Itapuã, Salvador, Bahia (BA). This school is located in the African block (of a carnival group) with the same name. Due to the possibilities - as well as the limitations - that the ethnography offers, the research alternated moments during which I could talk « about » and « to » children, through the study of relationships of fourteen children among themselves, with older children as well as with adults. From children sociology, but also with social studies of childhood, studies about racial and anti-racism tensions, the intersectionality and the decolonial studies, I tried to get closer, to the children\'s point of view, to approach the subjects which they were introducing to me, such as: the relationship adult-child and the body. I also present subjects I judged important to be considered from my adult perspective: sex-gender and race. Secondarily, the actions of the adults present on the field were also observed. The term mandinga, identified as one of the elements of capoeira, is related to the context and to the social group studied, besides it translates the aspects observed in the field, from the way children dealt with people and objects around them. I called mandinga the social action these black children played to negotiate their existence in an adult world which, on top of recognizing their presence, insists on not recognizing the importance of their cultures and knowledge which they own to live in the world as human beings and, as the adults, they \"are being\" and, at the same moment, they \"are becoming\". This research demonstrated that, even though they are in a space in which black culture is experienced by children, the black boys as well as the black girls are still subjected to the racial and sex-gender norms, increased by the impositions due to the age. The situation demonstrates the importance of the intersectional debate to reach the black children. From the relation of interdependence between the social structures and the children\'s agencies, it is glimpse at the child\'s body, which is individual and collective, as it expresses itself for, with and from other people present in their lives. This body is bio-socio-cultural in all its existence and it has been, gradually, perceived by children as a possessor of a sex-gender and of a race. It occurs due to the relationships among themselves and with older children, as well as with adults. In the interactions, it was noticed a concern related to black girls, it is expected from them to demonstrate a major control over their emotions. On the other hand, there was reinforcement to the black boys of masculinity, which was present when they were seen as bad and dangerous. Although, there were children who faced these male and female models, imposed also to black children, it was noticed, during fieldwork, the children were creating an intergenerational solidarity. There was some intensity of this solidarity when they were playing together \"house\", with black boys performing social roles considered \"feminine\". These analyzes made me perceive that, beyond playing, the friendship was one of the principles for the children present in this study. The friendship, from the point of view of the black women present in the field, has demonstrated the possibilities of an approach between the perspectives of the children and of the adults from the black community. In reference to the bodies of the children, they move through the body and the word ginga , organized individually and collectively to cheat the space-time defined by the school and by the occidental adult institutional order. Between mandingas and gingas, the children « play » not only with toys, people and things, but also with life itself, retreating and attacking, like a game of capoeira, and, at the same time, the kids settle, resist and transform. In these movements, they get back their existence to the present moment in which they are being children.
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Eu canto pra você: saberes musicais de professores da pequena infância / I sing to you: early childhood teachers musical knowledgeCunha, Sandra Mara da 30 September 2014 (has links)
Quais são os saberes que as professoras da pequena infância movimentam para trabalhar a música quando não são especialistas no assunto e nem passaram por um aprendizado profissionalizante nessa área? É possível identificar esses saberes, buscar aprofundamentos que promovam mudanças nas práticas musicais instituídas e construir um trabalho em que a música seja pensada também como área de conhecimento? Foi com o objetivo de responder a esses questionamentos que nasceu este trabalho de doutorado, e o tema de estudo sobre o qual ele se debruça são os saberes e práticas musicais de professores da pequena infância. Seus principais objetivos são: desenvolver a pesquisa, tendo como base o conhecimento musical que estava em jogo na ação educativa das professoras com as crianças, refletir sobre suas práticas, e incentivá-las a trabalhar em sintonia com o fazer musical infantil. Em encontros semanais, realizados durante todo o ano letivo, as professoras compartilharam seu trabalho com crianças de zero a cinco anos de idade, de duas escolas públicas da zona sul da cidade de São Paulo: uma escola municipal de educação infantil - EMEI e um centro de educação infantil - CEI. Tendo em vista que o tema de investigação possui um caráter singular e multifacetado, a Educação Musical abriu-se aos diálogos com os campos da Formação de Professores e com a Sociologia da Infância. O primeiro, para apoiá-la nas questões referentes à profissionalidade docente, e o segundo, pela intenção de estudar as culturas de pares infantis, a partir das quais seria possível compreender a natureza sociocultural da música das crianças. A investigação desenvolveu-se apoiada na metodologia da pesquisa-ação participativa e teve como resultado mais importante e significativo a conquista da dupla escuta: para a música e para as crianças. Com o foco posto na compreensão mais aprofundada acerca das especificidades da música enquanto área de conhecimento e a observação e a escuta atentas e sensíveis para a música das crianças, a pesquisa propiciou aperfeiçoamentos e tornou viável, às professoras não especialistas, o desenvolvimento de um trabalho com a música. / What is the knowledge that early childhood teachers explore to work music when they are not experts on the subject nor went through a professional learning in this area? Is it possible to identify this knowledge and seek insights that promote changes in established practices and build a musical work where the music is also thought of as an area of knowledge? Aiming to answer these questions this doctoral study work subject was born and its focus was the musical knowledge and practices of early childhood teachers. Its main objectives were to develop research based on the musical knowledge that was at stake in the educational action used by teachers with children, reflect on these practices and encourage them to work in harmony with the children\'s musical action. In weekly meetings for an entire school year teachers shared their work with children from birth to five years of age from two public schools in the southern city of São Paulo: a public preschool - EMEI, and a center of early childhood education - CEI. Given that the research topic chosen possesses a unique and multifaceted character, Music Education opened the dialogue with the fields of Teacher Education and the Sociology of Childhood. The first field gave the support on matters relating to the teaching profession and the second because of its intention of studying the cultures of infant pairs in order to understand the sociocultural nature of children\'s music. The investigation was developed using the participatory action research and the most important and significant result produced was the accomplishment of a \"double listening\": for music and for children. With the focus in understanding the specifics of music as a field of knowledge and the observation and sensitive listening to the music of the children, the research led to improvements and made possible for non-specialists teachers to develop a work with the music.
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Estudos da infância na América do Sul: pesquisa e produção na perspectiva da sociologia da infância / Childhood studies in South America: research and production from the perspective of sociology of childhoodMonique Aparecida Voltarelli 15 September 2017 (has links)
Nos últimos anos, pode-se visualizar o aumento das produções e das publicações sobre o tema da infância pela ótica dos cientistas sociais, que a têm investigado sob nova perspectiva, assim como discutido e verificado outras possibilidades metodológicas de se realizar pesquisas com e sobre crianças, num movimento de busca de compreensão do seu papel e do da infância no mundo contemporâneo. Ao considerar que o campo da sociologia da infância tem produção internacional e que pesquisadores de diferentes países têm apresentado suas pesquisas em congressos da área e publicado seus trabalhos em livros ou periódicos, verificou-se que há pouca informação sobre estudos da infância na América do Sul. Esta pesquisa propôs-se a investigar o desenvolvimento do campo em ao menos dois países deste continente, a fim de compreender o que se tem pesquisado e produzido na perspectiva da sociologia da infância. A investigação mapeou, considerando o período de 2010 a 2013, as produções de autores sul-americanos hispano-falantes, por meio da consulta a diferentes bases de dados, da realização de visitas aos países escolhidos para melhor conhecimento da produção, e de entrevistas com os pesquisadores. Para a compreensão da configuração do campo na América do Sul, recorreu-se ao conceito de campo científico em Bourdieu, sendo que, com as contribuições da obra desse autor, juntamente com a realização da análise de conteúdo, foram identificados os temas consagrados nas publicações, as abordagens teóricas, os caminhos metodológicos, as áreas predominantes nos estudos, e os elementos que estruturam o campo na Argentina e no Chile, países investigados. Considera-se que o campo da sociologia da infância e o campo interdisciplinar dos estudos sociais da infância convivem nesses países, como resultado das diferentes formações dos pesquisadores do campo e dos variados contextos de vida das crianças. Constata-se que, num primeiro momento, as produções europeia e norte-americana tiveram grande influência na realização de investigações científicas nos países investigados, mas conclui-se que os movimentos próprios do campo podem estruturar outros caminhos para as produções e teorizações da infância no hemisfério sul. / In recent years, we have seen an increase in the productions and publications on the theme of childhood from the perspective of the social scientists who have investigated childhood by discussing it applying other methodologies when conducting research with and about children. It has led to a new movement which aims at understanding the role of children and childhood in the contemporary world. Considering the worldwide width of sociology of childhood, little has been shown in conferences and literature about childhood studies in South America. Having noticed this lacking, the present research headed to investigate the development of the field in at least two South American countries in order to understand what has been researched and produced from the sociology of childhood perspective. The study mapped the production of South American and Spanish-speaking authors from 2010 to 2013, by consulting different databases, visiting the selected countries and interviewing researchers so to have a better understanding of the productions. In order to comprehend the field in South America configuration, we adopted the concept of the scientific field of Bourdieu, and with his theoretical background and the content analysis, we were able to identify the themes consecrated, the theoretical approaches, the methodological procedures, the predominant areas, and also the elements that structure the field in Argentina and Chile, the investigated countries. We noticed that the field of the sociology of childhood and the interdisciplinary field of social studies of childhood coexist in these countries, which is due to the different academic background the researchers of the field have and the varied contexts of children\'s life. Initially, European and North American productions had a great influence on the conduct of scientific research in the countries investigated, but the movements of the field can structure other pathways for the productions and theorizations of children in the Southern Hemisphere.
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Infância: imagens e memórias de adultos / Childhood: images and memories of adultsBreda, Bruna 22 November 2010 (has links)
A pesquisa tem por objetivo identificar quais imagens da infância os adultos têm. Foi desenvolvida em uma perspectiva qualitativa com o propósito de compreender o que pensam acerca da infância e coletou memórias de infância de nove adultos que têm em comum o fato de seus filhos frequentarem uma instituição pública de educação infantil. Sustentada pelo referencial teórico da Sociologia da Infância compreende a infância enquanto categoria da estrutura social em sua divisão geracional. Utiliza os paradigmas da área acerca da construção social, histórica e cultural das imagens e representações de infância. Com o apoio das teorias da Memória Coletiva a pesquisa compreende a influência que o passado exerce na percepção do presente e na construção de concepções e imagens, neste caso, da infância. A pesquisa de campo revelou que tanto as experiências vividas pelos sujeitos adultos quando crianças como as representações sociais da infância exercem influência na maneira de se conceptualizar e imaginar a infância nos dias de hoje. / This research aims to identify which childhood images adults have. It was developed in a qualitative perspective with the purpose of understanding what they think about childhood and collected childhood memories from nine adults that share the fact of their children attend the same public kindergarten. Based on the theoretical framework of Sociology of Childhood understands childhood as a category of social structure in a generational division. The research uses the fields paradigm of socially, historically and culturally constructed images and models of childhood. Supported by the Collective Memory theories the research understands the influence that past has upon the presents perception and upon the conceptions and images of childhood construction, in this case. The field research revealed that both the experiences of these adults while they were children and social models of childhood influence the manner of conceiving and imagining childhood nowadays.
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Isto não é uma criança! Teorias e métodos para o estudo de bebês nas distintas abordagens da sociologia da infância de língua inglesaTebet, Gabriela Guarnieri de Campos 29 April 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-04-29 / Financiadora de Estudos e Projetos / This research aimed to discuss the theoretical and methodological foundations of Sociology of Childhood, trying to answer some methodological challenges that arise for research with babies, from a dialogue with English speakers scholars. This is a qualitative theoretical and bibliographic research, which some contributions of the genealogy as proposed by Foucault. From the analysis of the scientific production of Alison James, Chris Jenks, Alan Prout, Jens Qvortrup, Leena Alanen and William Corsaro, we question the value of concepts and methodologies proposed for the study of children (such as the concepts of childhood, generation, and peer cultures) in case of the studies of babies. We emphasize the necessity of constituting theoretically the baby inside Childhood Studies, as an independent analytical category. We already emphasize that babies should not be studied adopting the same concepts used for the study of children and even using the same methodologies. We put in a dialogue the ideas of Foucault, Deleuze and Simondon, presents the work of Jenks (2005) and Prout (2005), and using some concepts from these scholars, we defend the idea that there is a difference between babies and children that cannot be ignored. From the ideas of these authors, we argue that "babies" are beings immersed in the pre-individual condition. Are becomings, difference, pure potentiality not individuated; while children are individuals who have an identity (of age, gender, cultural belonging, ethnic-racial, etc..) that babies don t have. In terms of methodology, we point out that this singular condition of babies cannot be studied from any methodology. This way, we highlight the cartography proposed by Deleuze, the schizoanalysis , used by Guattari, the Transgressive Method of Bataille and the methodology of Actor-Network Theory , as some apparently promising methodologies for the study of babies. / Esta pesquisa teve por objetivo discutir os fundamentos teórico-metodológicos da Sociologia da Infância de língua inglesa, buscando responder a alguns desafios metodológicos que se colocam para as pesquisas com bebês. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter teórico, que utilizou alguns aportes da genealogia, tal como proposta por Michel Foucault. A partir da análise da produção bibliográfica de Alison James, Chris Jenks, Alan Prout, Jens Qvortrup, Leena Alanen e William Corsaro, problematizamos a utilização de conceitos e metodologias, para o estudo dos bebês, propostos para o estudo das crianças (tais como os conceitos de infância, geração, e culturas de pares) e ressaltamos a necessidade de constituirmos teoricamente o bebê no interior dos Estudos da Infância, como uma categoria analítica independente. Destacamos que os bebês não devem ser estudados a partir dos mesmos conceitos utilizados para o estudo das crianças e nem a partir das mesmas metodologias. Colocando em diálogo algumas ideias de Foucault, Deleuze e Simondon, presentes na obra de Jenks (2005) e Prout (2005), defendemos a ideia de que existe uma diferença entre os bebês e as crianças que não pode ser ignorada. A partir de conceitos desses autores, argumentamos que bebês são seres imersos numa condição pré-individual. São devires, diferença, pura potencialidade não individuada; enquanto as crianças são também indivíduos/sujeitos constituindo-se por meio de identidades (etária, de gênero, de pertencimento cultural, étnico-racial, etc.) que não estão presentes, ainda, nos bebês. Em termos metodológicos, apontamos que essa condição singular dos bebês não pode ser estudada a partir de metodologias já consagradas às crianças, e destacamos a cartografia de Deleuze, a esquizoanálise de Guattari, o método transgressivo de Bataille e a metodologia da Teoria do Ator-Rede como algumas possibilidades metodológicas aparentemente promissoras para o estudo dos bebês.
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Infância: imagens e memórias de adultos / Childhood: images and memories of adultsBruna Breda 22 November 2010 (has links)
A pesquisa tem por objetivo identificar quais imagens da infância os adultos têm. Foi desenvolvida em uma perspectiva qualitativa com o propósito de compreender o que pensam acerca da infância e coletou memórias de infância de nove adultos que têm em comum o fato de seus filhos frequentarem uma instituição pública de educação infantil. Sustentada pelo referencial teórico da Sociologia da Infância compreende a infância enquanto categoria da estrutura social em sua divisão geracional. Utiliza os paradigmas da área acerca da construção social, histórica e cultural das imagens e representações de infância. Com o apoio das teorias da Memória Coletiva a pesquisa compreende a influência que o passado exerce na percepção do presente e na construção de concepções e imagens, neste caso, da infância. A pesquisa de campo revelou que tanto as experiências vividas pelos sujeitos adultos quando crianças como as representações sociais da infância exercem influência na maneira de se conceptualizar e imaginar a infância nos dias de hoje. / This research aims to identify which childhood images adults have. It was developed in a qualitative perspective with the purpose of understanding what they think about childhood and collected childhood memories from nine adults that share the fact of their children attend the same public kindergarten. Based on the theoretical framework of Sociology of Childhood understands childhood as a category of social structure in a generational division. The research uses the fields paradigm of socially, historically and culturally constructed images and models of childhood. Supported by the Collective Memory theories the research understands the influence that past has upon the presents perception and upon the conceptions and images of childhood construction, in this case. The field research revealed that both the experiences of these adults while they were children and social models of childhood influence the manner of conceiving and imagining childhood nowadays.
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Trajetórias e caminhos : uma cartografia dos bebêsOliveira, Julia Yoko Tachikawa de 30 September 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-09-30 / Não recebi financiamento / This research aimed to trace the movements of the babies through the
cartography, considering them protagonists of the traces. Aiming to promote a
discussion about the research methodology for studies of babies in their
specificities on the spaces they occupy, the work mapped the babies
movements and actions daily in a public space, in a collective context of
experiences, in an institution of early child education and care. The
methodology of research was qualitative approach in the ethnographic type with
participant observation, capture of images and records, this documentation and
diaries was transcribed in maps accompanied by subtitles and descriptions of
scenes. The theoretical framework was based on the Sociology of Childhood,
with William Corsaro, with the model of the global web and a cultural routines,
and in Fernand Deligny, for a cartography, whose practices of maps were
revealed as a form of transcription of the "voices", movements, affections,
encounters and not the explanation of the origin or nature of movements or
other forms of interpretations about behaviors and standardized actions. The
research uses a language for the possibility of indicate some paths and tracks
to enlarge our understanding of the " babies world " and looked for knowledge
in how works can be as starting points babies participation as sources and
informants, to be constitute in a research with babies, not just about babies. / Esta pesquisa teve por objetivo traçar os movimentos dos bebês por
meio da cartografia, considerando-os protagonistas dos traçados.
Visando a promover uma discussão acerca desta metodologia de
pesquisa para estudos dos bebês em suas especificidades através dos
espaços que ocupam, o trabalho mapeou os movimentos e ações dos
bebês no cotidiano de um espaço público, em contexto coletivo de
vivências, em uma instituição de Educação Infantil. A metodologia de
abordagem qualitativa foi a de observação participante do tipo
etnográfica, com captação de imagens, realização de registros,
documentações e diários transcritos em mapas acompanhados de
legendas e descrições de cenas. O referencial teórico fundamentou-se
na Sociologia da Infância, com William Corsaro, destacando o modelo
da teia global e as rotinas culturais, e em Fernand Deligny, para a
cartografia, cujas práticas de mapas se revelavam como uma forma
de transcrição das “vozes”, dos movimentos, dos afetos, encontros e
não de explicação da origem ou natureza dos movimentos ou outras
formas de interpretações sobre comportamentos e ações
normatizadas. A pesquisa utiliza uma linguagem que possibilita
indicar alguns caminhos e pistas para ampliar a nossa compreensão
sobre o “mundo dos bebês” e buscou conhecimentos em como
trabalhos podem ter como ponto de partida a participação dos bebês
como fontes e informantes, de forma a constituir-se em uma
pesquisa com bebês, e não apenas sobre bebês.
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Gênero, família e escola: socialização familiar e escolarização de meninas e meninos de camadas populares de São Paulo / Gender, family and school: family socialization and schooling of girls and boys from working class background in São PauloAdriano Souza Senkevics 19 March 2015 (has links)
Desde a segunda metade do século XX, as desigualdades de gênero na educação brasileira têm se revertido a favor das meninas, que hoje apresentam os melhores indicadores educacionais ao longo de sua trajetória escolar. O conjunto de investigações científicas dentro dessa temática, lançando mão do conceito de gênero, tem realçado inúmeras contribuições para se pensar o papel da escola na construção de masculinidades e feminilidades entre seus alunos e alunas. Entretanto, algumas lacunas têm persistido e apontado para novos desafios e perspectivas dentro do campo de estudos em gênero e educação. Entre elas, a existência de poucos trabalhos que procuram entender, sobretudo do ponto de vista das próprias crianças, as construções de masculinidades e feminilidades no âmbito das expectativas e práticas de socialização familiar, aqui inclusas as atividades que as crianças desempenham em suas residências, suas regiões de moradia e em outras instituições que por ventura frequentem. Partindo da necessidade de se investigar, em maior profundidade, essas interfaces entre gênero, família e escola, este trabalho de caráter qualitativo toma como sujeitos de pesquisa 25 crianças oriundas de camadas populares, entre oito e treze anos de idade, matriculadas no terceiro ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de São Paulo. Por meio de entrevistas semiestruturadas e observações participantes durante um semestre letivo, procura-se compreender como meninos e meninas percebem e ressignificam a postura de suas famílias frente a diferenças e semelhanças de gênero, a fim de explorar as relações entre as desigualdades na educação escolar e as construções de masculinidades e feminilidades no âmbito familiar, tomando como base a teoria da socióloga australiana Raewyn Connell. Os resultados desta pesquisa sugerem que, por um lado, as meninas encontram à sua disposição um leque restrito de atividades de lazer, bem como um acesso mais vigiado ou mesmo interditado ao espaço público da rua e arredores da residência, os quais elas mesmas entendem como perigosos e arriscados. Por outro, elas costumam também estar sobrecarregadas pelos afazeres domésticos, que realizam como parte de suas rotinas atarefadas e controladas, de modo a espelhar a divisão sexual do trabalho entre adultos. Existe, assim, uma relação por vezes antagônica entre a participação nos serviços de casa, as oportunidades de lazer e a circulação no espaço público, que resultam em situações de confinamento doméstico para muitas das meninas e, em contraste, rotinas mais frouxas e livres para a maioria dos garotos. Ademais, percebe-se que, na maioria dos casos, as garotas apresentam aspirações profissionais voltadas para carreiras que exigem maior qualificação profissional e até mesmo um prolongamento da escolarização, enquanto muitos dos meninos demonstram certo desconhecimento ou imaturidade a respeito de suas perspectivas de futuro. Conclui-se, enfim, que o cenário sexista sobre o qual se assenta a socialização familiar parece estimular um maior desempenho escolar das meninas por duas vias: primeiramente, pelo incentivo à construção de feminilidades pautadas pela responsabilidade, organização e iniciativa atributos condizentes com as expectativas escolares; e, em segundo lugar, pela significação positiva da escola enquanto um espaço de entretenimento, sociabilidade e realização pessoal, em que as meninas, mais do que os meninos, encontram possibilidades para ampliar seu horizonte de perspectivas e práticas. / Since the second half of the twentieth century, gender inequalities in Brazilian education have been reversed in favor of the girls, who now show higher education indicators than boys throughout their school trajectories. Scientific research about this topic which makes use of the concept of gender has contributed to shed light on the role of schools in the construction of masculinities and femininities of its students. However, some gaps still persist in research and indicate new challenges and prospects in gender and education studies field. Among these gaps, its noticeable that few studies seek to understand especially from the children\'s point of view constructions of masculinities and femininities in the bounds of family socialization expectations and practices, including activities done by children at their homes, neighborhoods and other institutions they attend. In order to contribute to fill this gap, this qualitative research studies 25 children from working class families, between the ages of 8 and 13 years old, enrolled in the third grade of elementary education in a public school in the city of São Paulo. Using semi-structured interviews and participant observation throughout one school semester, I seek to comprehend how boys and girls perceive and resignify their families perspectives on gender differences and similarities in order to explore the relation between educational inequalities and the constructions of masculinities and femininities in the family, based on the theoretical framework of Australian sociologist Raewyn Connel. The results suggest that, on one hand, girls have a restricted range of leisure activities and more supervised (and often prohibited) access to the street and their home surroundings, places the girls themselves perceive as dangerous and risky. On the other hand, girls tend to be overwhelmed by household chores that are part of their busy and controlled schedules in a way that reflects the sexual division of labor among adults. There is often an antagonistic relation between household chores, recreational opportunities and being allowed to move around in public spaces, resulting in home confinement contexts for many girls and, in contrast, more loose and free daily routines for most boys. Moreover, in most cases, girls have more ambitious professional aspirations for careers that require higher qualification or extended education, whereas many boys show certain ignorance or immaturity about their future prospects. Finally, I conclude that the sexist scenario of family socialization seems to stimulate higher school performance of girls in two ways: first, by encouraging the construction of femininity based on responsibility, organization and initiative which is consistent with schools expectations; and, secondly, girls positive significance of school as a space of entertainment, sociability and personal achievement. More than boys, girls find opportunities to broaden their horizon of practices and perspectives in school.
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Conflito na educação infantil: o que as crianças têm a dizer sobre ele? / Early childhood education conflict: what children have to say about them?Bianca Rodriguez Corsi 08 November 2010 (has links)
Atualmente corrobora-se com a ideia de que as crianças são sujeitos capazes de construir, transformar, produzir e reproduzir culturas (CORSARO, 1997, SARMENTO, 1997, 2007). Nessa linha, foi realizada pesquisa junto a um grupo de crianças de 5 a 6 anos de idade de uma instituição pública da cidade de São Paulo, a fim de investigar o que pensam e falam acerca dos conflitos que vivenciam. A investigação utilizou-se do relato oral do que as crianças verbalizaram ser conflito, anotado pela pesquisadora, e de uma metodologia sugerida por elas: a Caixa do Conflito local onde, espontaneamente, depositaram registros de situações que julgaram conflitantes. Os conflitos foram analisados a luz da teoria walloniana, na qual são compreendidos como movimento constitutivo dos sujeitos, por meio da preservação e afirmação do eu, sendo, portanto, realidade necessária para a formação da vida psíquica e social das crianças. Contamos, também, com os textos publicados por Manuela Ferreira e William Corsaro referentes às pesquisas que realizaram sobre as relações estabelecidas entre crianças, ou seja, a respeito das interações infantis. A partir do material coletado é possível afirmar que conflito para essas crianças, à diferença da interpretação dos adultos, não é só algo que machuca fisicamente outra pessoa, ou o desrespeito a uma regra, mas também algo que as deixa tristes, frustradas, com medo, ou seja, situações que envolvem emoções, que descrevem como sendo as mais conflitantes. / Nowadays the idea that children are people able to build, to transform, to produce and reproduce cultures is legitimated (CORSARO, 1997, SARMENTO, 1997, 2007). Following this line, a research with a childrens group, around 5 and 6 years old from a public institution in São Paulo was realize, in order to investigate what they think and say about the disagreement they deal with. The research used children´s oral narrative about what they said of disagreement, which was noted by the researcher and a methodology suggested by them: the Conflict Box place where they spontaneously deposited situations registers that they judge conflicts. The conflicts noted by the children was analyzed using the Wallonian theory, in which are understood as a constitutive movement through self preservation and affirmation, therefore, necessary reality to the psyche and social children´s life formation. We used, also, papers published by Manuela Ferreira and William Corsaro that refers to researches realized on children´s relationships, in other words, about childrens interaction. From the collected material it is possible to say that conflict for these children, unlike adults interpretation, it is not only something that physically hurts someone else, or the disrespect to a rule, but also something that makes them sad, frustrated, scared, in other words, situations that evolves emotions, something they describe as the most conflicting.
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