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Eu canto pra você: saberes musicais de professores da pequena infância / I sing to you: early childhood teachers musical knowledge

Sandra Mara da Cunha 30 September 2014 (has links)
Quais são os saberes que as professoras da pequena infância movimentam para trabalhar a música quando não são especialistas no assunto e nem passaram por um aprendizado profissionalizante nessa área? É possível identificar esses saberes, buscar aprofundamentos que promovam mudanças nas práticas musicais instituídas e construir um trabalho em que a música seja pensada também como área de conhecimento? Foi com o objetivo de responder a esses questionamentos que nasceu este trabalho de doutorado, e o tema de estudo sobre o qual ele se debruça são os saberes e práticas musicais de professores da pequena infância. Seus principais objetivos são: desenvolver a pesquisa, tendo como base o conhecimento musical que estava em jogo na ação educativa das professoras com as crianças, refletir sobre suas práticas, e incentivá-las a trabalhar em sintonia com o fazer musical infantil. Em encontros semanais, realizados durante todo o ano letivo, as professoras compartilharam seu trabalho com crianças de zero a cinco anos de idade, de duas escolas públicas da zona sul da cidade de São Paulo: uma escola municipal de educação infantil - EMEI e um centro de educação infantil - CEI. Tendo em vista que o tema de investigação possui um caráter singular e multifacetado, a Educação Musical abriu-se aos diálogos com os campos da Formação de Professores e com a Sociologia da Infância. O primeiro, para apoiá-la nas questões referentes à profissionalidade docente, e o segundo, pela intenção de estudar as culturas de pares infantis, a partir das quais seria possível compreender a natureza sociocultural da música das crianças. A investigação desenvolveu-se apoiada na metodologia da pesquisa-ação participativa e teve como resultado mais importante e significativo a conquista da dupla escuta: para a música e para as crianças. Com o foco posto na compreensão mais aprofundada acerca das especificidades da música enquanto área de conhecimento e a observação e a escuta atentas e sensíveis para a música das crianças, a pesquisa propiciou aperfeiçoamentos e tornou viável, às professoras não especialistas, o desenvolvimento de um trabalho com a música. / What is the knowledge that early childhood teachers explore to work music when they are not experts on the subject nor went through a professional learning in this area? Is it possible to identify this knowledge and seek insights that promote changes in established practices and build a musical work where the music is also thought of as an area of knowledge? Aiming to answer these questions this doctoral study work subject was born and its focus was the musical knowledge and practices of early childhood teachers. Its main objectives were to develop research based on the musical knowledge that was at stake in the educational action used by teachers with children, reflect on these practices and encourage them to work in harmony with the children\'s musical action. In weekly meetings for an entire school year teachers shared their work with children from birth to five years of age from two public schools in the southern city of São Paulo: a public preschool - EMEI, and a center of early childhood education - CEI. Given that the research topic chosen possesses a unique and multifaceted character, Music Education opened the dialogue with the fields of Teacher Education and the Sociology of Childhood. The first field gave the support on matters relating to the teaching profession and the second because of its intention of studying the cultures of infant pairs in order to understand the sociocultural nature of children\'s music. The investigation was developed using the participatory action research and the most important and significant result produced was the accomplishment of a \"double listening\": for music and for children. With the focus in understanding the specifics of music as a field of knowledge and the observation and sensitive listening to the music of the children, the research led to improvements and made possible for non-specialists teachers to develop a work with the music.
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Mandingas da infância: as culturas das crianças pequenas na escola municipal Malê Debalê, em Salvador (BA) / Mandingas of childhood: young children\'s culture in a municipal school of Malê Debalê in a Salvador (BA)

Mighian Danae Ferreira Nunes 18 August 2017 (has links)
Esta tese é um dos frutos de uma etnografia realizada em 2015 com crianças de uma turma de educação infantil (04-05 anos) na escola municipal Malê Debalê, em Itapuã, Salvador (BA), escola sediada dentro do bloco afro de mesmo nome. Devido às possibilidades e também limitações que uma etnografia oferece, a pesquisa alternou momentos em que pude falar sobre e com as crianças, através do estudo das relações de catorze crianças entre si, com crianças maiores e também com os/as adultos/as. A partir da sociologia da infância, mas também com os estudos sociais da infância, os estudos sobre relações raciais e antirracismo, a interseccionalidade e os estudos decoloniais, busquei aproximar-me do ponto de vista das crianças para abordar os temas que por elas me foram apresentados, a saber: a relação adultocriança e o corpo. Apresento também temas que julguei importantes serem assinalados a partir da minha perspectiva adulta, como sexo-gênero e raça. De modo secundário, as ações das/os adultos/as presentes no campo também foram observadas. O termo mandinga, identificado como um dos elementos da capoeira, possui uma relação com o contexto e com o grupo social estudado, além de traduzir os aspectos observados no campo, a partir da forma como as crianças lidavam com as pessoas e os objetos à sua volta. Denominei de mandinga a ação social que essas crianças negras realizaram para negociar suas existências em um mundo adulto que, apesar de reconhecer suas presenças, insiste em não reconhecer a importância das suas culturas e dos saberes que elas possuem para viver no mundo enquanto seres que, tal como os/as adultos/os, estão sendo e tornando-se. A pesquisa demonstrou que, muito embora estejam em um espaço em que as culturas negras são vivenciadas pelas crianças, tanto os meninos quanto as meninas negras ainda são submetidos/as a normas de raça e sexo-gênero, acrescidas pelas imposições da idade, demonstrando o caráter fundamental do debate interseccional para alcançarmos as crianças negras. A partir das relações de interdependência entre as estruturas sociais e as agências das crianças, vislumbra-se um corpo de criança que é individual e coletivo, porque expressa-se por, com e a partir das demais pessoas presentes em suas vidas. Esse corpo é bio-socio-cultural em toda a sua existência e foi, paulatinamente, sendo percebido pelas crianças como possuidor de um sexo-gênero e de uma raça a partir das relações que travaram entre elas, com outras crianças maiores e também com os/as adultos/as. Nas interações, uma cobrança com relação às meninas negras para que demonstrassem maior controle sobre suas emoções foi percebida, já para os meninos negros havia o reforço da masculinidade, que se fazia presente quando eles eram vistos como maus e perigosos. Apesar disso, houve crianças que fizeram frente a esses modelos femininos e masculinos impostos também às crianças negras, havendo uma solidariedade intergêneros, possível de ser notada entre elas durante o trabalho de campo, evidenciando-se com alguma intensidade nos momentos em que brincaram juntas de casinha, com os meninos negros desempenhando funções consideradas femininas. Estas análises fizeram-me perceber que, para além do brincar, a amizade foi um dos princípios das crianças partícipes da pesquisa. A amizade, em consonância com o ponto de vista das mulheres negras presentes no campo, demonstrou as possibilidades de aproximação entre as perspectivas das crianças e as dos/as adultos/as negros/as. No que tange aos corpos das crianças, estes movem-se através de gingas de corpo e gingas de palavra, organizadas individual e coletivamente para burlar os espaços-tempos definidos pela escola e as ordens institucionais adultas ocidentais. Entre mandingas e gingas, as crianças brincam não apenas com brinquedos, pessoas e coisas, mas também com a própria vida, recuando e atacando, tal qual num jogo de capoeira e, ao mesmo tempo, se acomodam, resistem e transformam. Nestes movimentos, recuperam suas existências no instante-agora em que estão crianças. / This thesis is one of the results of an ethnographic study carried out in 2015, with a class of young children (04-05 years old) in the municipal school Malê Debalê, in Itapuã, Salvador, Bahia (BA). This school is located in the African block (of a carnival group) with the same name. Due to the possibilities - as well as the limitations - that the ethnography offers, the research alternated moments during which I could talk « about » and « to » children, through the study of relationships of fourteen children among themselves, with older children as well as with adults. From children sociology, but also with social studies of childhood, studies about racial and anti-racism tensions, the intersectionality and the decolonial studies, I tried to get closer, to the children\'s point of view, to approach the subjects which they were introducing to me, such as: the relationship adult-child and the body. I also present subjects I judged important to be considered from my adult perspective: sex-gender and race. Secondarily, the actions of the adults present on the field were also observed. The term mandinga, identified as one of the elements of capoeira, is related to the context and to the social group studied, besides it translates the aspects observed in the field, from the way children dealt with people and objects around them. I called mandinga the social action these black children played to negotiate their existence in an adult world which, on top of recognizing their presence, insists on not recognizing the importance of their cultures and knowledge which they own to live in the world as human beings and, as the adults, they \"are being\" and, at the same moment, they \"are becoming\". This research demonstrated that, even though they are in a space in which black culture is experienced by children, the black boys as well as the black girls are still subjected to the racial and sex-gender norms, increased by the impositions due to the age. The situation demonstrates the importance of the intersectional debate to reach the black children. From the relation of interdependence between the social structures and the children\'s agencies, it is glimpse at the child\'s body, which is individual and collective, as it expresses itself for, with and from other people present in their lives. This body is bio-socio-cultural in all its existence and it has been, gradually, perceived by children as a possessor of a sex-gender and of a race. It occurs due to the relationships among themselves and with older children, as well as with adults. In the interactions, it was noticed a concern related to black girls, it is expected from them to demonstrate a major control over their emotions. On the other hand, there was reinforcement to the black boys of masculinity, which was present when they were seen as bad and dangerous. Although, there were children who faced these male and female models, imposed also to black children, it was noticed, during fieldwork, the children were creating an intergenerational solidarity. There was some intensity of this solidarity when they were playing together \"house\", with black boys performing social roles considered \"feminine\". These analyzes made me perceive that, beyond playing, the friendship was one of the principles for the children present in this study. The friendship, from the point of view of the black women present in the field, has demonstrated the possibilities of an approach between the perspectives of the children and of the adults from the black community. In reference to the bodies of the children, they move through the body and the word ginga , organized individually and collectively to cheat the space-time defined by the school and by the occidental adult institutional order. Between mandingas and gingas, the children « play » not only with toys, people and things, but also with life itself, retreating and attacking, like a game of capoeira, and, at the same time, the kids settle, resist and transform. In these movements, they get back their existence to the present moment in which they are being children.
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Representação da infância em documentários brasileiros: ser criança não significa ter infância

Chaves, Maria Margarete Pinto 15 December 2015 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-04-04T11:18:00Z No. of bitstreams: 1 mariamargaretepintochaves.pdf: 13302415 bytes, checksum: 65bbac7118f0e0616ae8e00a3f3b6c94 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-04-24T03:41:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1 mariamargaretepintochaves.pdf: 13302415 bytes, checksum: 65bbac7118f0e0616ae8e00a3f3b6c94 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-24T03:41:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 mariamargaretepintochaves.pdf: 13302415 bytes, checksum: 65bbac7118f0e0616ae8e00a3f3b6c94 (MD5) Previous issue date: 2015-12-15 / Esta tese teve como proposta uma pesquisa acerca da representação dos modos de socialização da infância em documentários brasileiros de 2000 a 2013: A Invenção da Infância (SULZBACH, 2000), Que letra é essa? (ROCHA, 2004), Criança, a alma do negócio (RENNER, 2008), Infância Incomum (NATIONAL GEOGRAPHIC, 2012) e Mitã (MATTOS, 2013). Utilizamos os documentários como base empírica por acreditar que eles nos permitiriam valiosas reinterpretações contemporâneas sobre concepções e modos de socialização da infância brasileira em diferentes contextos sociais, econômicos e culturais. Trata-se de um estudo de Antropologia do Cinema que se utiliza do cinema como objeto de pesquisa, no caso, para estudo das concepções e modos de socialização da infância brasileira. Durante a análise fílmica, foi feita uma desconstrução da narrativa fílmica, seguida de sua reconstrução com algumas de suas imagens, de suas múltiplas vozes e a análise das suas representações sobre a infância fundamentando-se em algumas referências teóricas sobre o assunto. / This thesis aimed to research on the representation of childhood socialization modes in Brazilian documentaries from 2000 to 2013: A Invenção da Infância (SULZBACH, 2000), Que letra é essa? (ROCHA, 2004), Criança, a alma do negócio (RENNER e NISTI, 2008), Infância Incomum (NATIONAL GEOGRAPHIC, 2012) and Mitã (MATTOS, 2013). We use the documentary as empirical basis for assuming that they would allow us valuable contemporary reinterpretations of Brazilian childhood’s conceptions and modes of socialization in different social, economic and cultural contexts. It is an anthropology study of cinema that uses cinema as a research object, in this case, to study the conceptions and socialization modes of Brazilian childhood. During the film analysis, it was made a deconstruction of the film narrative, then its reconstruction with some of its images, its many voices and the analysis of their representations of childhood based on some theoretical references to the subject.
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Lugares da infância: mobilidade e práticas cotidianas das crianças nos espaços sociais de interação

Faria, Eliete do Carmo Garcia Verbena e 06 November 2014 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2018-09-04T12:26:21Z No. of bitstreams: 1 elietedocarmogarciaverbenaefaria.pdf: 6590686 bytes, checksum: 8d46c0b0fe371d8e030b5a65577ff137 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2018-09-04T13:15:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1 elietedocarmogarciaverbenaefaria.pdf: 6590686 bytes, checksum: 8d46c0b0fe371d8e030b5a65577ff137 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-04T13:15:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 elietedocarmogarciaverbenaefaria.pdf: 6590686 bytes, checksum: 8d46c0b0fe371d8e030b5a65577ff137 (MD5) Previous issue date: 2014-11-06 / PROQUALI (UFJF) / O presente estudo aborda a criança entendida como ator social que integra a infância na perspectiva de uma categoria geracional, ancorada nos estudos da Sociologia da Infância. Teve como objetivos: analisar a mobilidade e a autonomia como expressões da capacidade de agir das crianças nos espaços sociais de convivência, a partir da compreensão do seu ir e vir para além dos deslocamentos escola-casa-escola, assim como sua relação com as interações entre pares e intergeracionais; delinear as dimensões da espacialidade e da temporalidade no ir e vir de crianças em seus diferentes contextos de convivência; compreender as práticas corporais/atitudes adotadas pelas crianças nas experiências cotidianas do seu ir e vir, tendo como ponto de partida o espaço escolar; e identificar o sentimento das crianças sobre a sua capacidade para se deslocarem pela cidade, bem como os desafios percebidos pelas mesmas na realização desse agir. Trata-se de um estudo de cunho etnográfico, que abrangeu dois contextos: português, com a participação de 14 crianças; e brasileiro, com a participação de 20 crianças, nos anos de 2010 e 2011, respectivamente. As crianças possuíam idades entre dez e treze anos. Para a recolha dos dados que emergiram do campo, foram adotados os seguintes procedimentos metodológicos: observação em campo; grupo focal; questionário; diário de bordo; produção de desenho e de texto; e registro fotográfico. A análise dos dados obtidos deu-se pela triangulação metodológica, considerando o contexto de cada campo pesquisado. Os resultados revelaram que na exploração dos espaços via interações entre pares, a experiência vivenciada pelas crianças gera o sentimento de capacidade para o ir e vir. No que se refere às interações intergeracionais, negociações são estabelecidas e permissões/proibições são atribuídas conforme as condições geográficas do local a ser frequentado, além da explicitação de suas normas de funcionamento, da necessidade de proteção pelos pais/responsáveis e da peculiaridade da organização familiar que interferem no processo de mobilidade das crianças. Marca-se, pois, a relação de identidade e de pertencimento construída pelas crianças em suas vivências, atribuindo ao espaço a condição afetiva de "lugar". Sobre a temporalidade, chrónos orienta a vida das crianças em suas vivências na escola e na cidade. O tempo vivido de forma significativa, representado por aión, manifesta-se, dando sentido às experiências autorizadas, conquistadas e àquelas alcançadas mediante à transgressão. Espaço e tempo são determinantes para que a criança explore a escola e a cidade, em que o enfrentamento dos desafios e riscos é constantemente (re)negociado com os pares no compartilhamento das experiências e com os adultos no desvencilhamento da proteção, ambos para a conquista da autonomia, a fim de que a sua relatividade perca força. As práticas lúdicas expressam esses aspectos, seja na escola ou na cidade, de acordo com as suas especificidades. A cultura lúdica da infância evidencia a ideia de se viver ludicamente o cotidiano além da centralidade corporal, agrupando os desafios espaço-temporais e explicitando a criança ator. Reconhecendo a condição de ser criança colocada à infância, essa age em busca de autogerência do seu ir e vir e de suas práticas, a partir da realidade encontrada no meio social ocupado. / The present study focuses on the child as a social actor that integrates childhood from the perspective of a generational category, anchored in studies of the Sociology of Childhood. Aimed to: analyze the mobility and autonomy as expressions of children's ability to act in social living spaces, from the understanding of their come and go beyond the displacement school-home-school, as well as its relationship to the interactions between pairs and intergenerational; outline the dimensions of spatiality and temporality in the coming and going of children in their different contexts of coexistence; understand the corporal practices/attitudes adopted by children in their everyday experiences of come and go, taking as starting point the school space; and identify the feelings of children about their capacity to move around the city, as well as the challenges perceived by them in carrying out this act. It is an ethnographic study, which covered two contexts: Portuguese, with the participation of 14 children and Brazilian, with the participation of 20 children, in the years 2010 and 2011, respectively. The participants children had between ten and thirteen years. To collect the data from the field, the following methodological procedures were adopted: field observation; focus group; questionnaire; logbook; production of drawing and text; and photographic records. The data analysis used the methodological triangulation, considering the context of each researched field. The results revealed that the exploration of space through pair interactions, the lived experience by the children generates the feeling of competence to come and go. With regard to intergenerational interactions, negotiations are established and permissions/prohibitions are assigned according to the geographical conditions of the place frequented, besides the explanation of its functioning norms, the need for protection by parents/guardians and the peculiarity of family organization that interfere with the mobility process of children. Brand yourself, therefore, the relationship of identity and belonging is built by children in their experiences, attributing to the space the affective condition of "place". About temporality, chrónos guides the life of children in their experiences at school and in the city. The time lived significantly, represented by aión, manifests itself, giving meaning to authorized experience, conquered and those obtained by transgression. Space and time are crucial for the child to explore the school and the city in which meet challenges and risks is constantly (re)negotiated with pairs in sharing experiences and with adults to the loosen up of the protection, both for the achievement of autonomy, so that its relativity lose strength. The ludic practices express these aspects, whether in school or in the city, according to their specificities. The ludic culture of childhood highlights the idea of living playing beyond the corporal centrality, gathering the challenges spatiotemporal and explaining the child as agent. Recognizing the condition of being a child placed to childhood, it acts in search of selfmanagement of their come and go and their practices from the reality found in occupied social environment.
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Raça, infância e escola: etnografia entre crianças em uma escola municipal de São Paulo / Race, childhood and school: etnography between children in a public school of São Paulo

Fasson, Karina 14 December 2017 (has links)
A presente pesquisa tem como objeto de estudo as relações raciais na infância no ambiente escolar, e como pano de fundo o contexto de mudanças político-institucionais observadas no Brasil a partir de 2003, com a promoção da igualdade racial e combate ao racismo. Nesse sentido, a pergunta de pesquisa colocada foi: como são construídas as relações raciais entre as crianças em um ambiente escolar que assume a existência de racismo e desigualdade racial no Brasil? A etnografia foi empregada como metodologia, tal como presente nos estudos sociais da infância, e complementada por perspectivas clássicas e estudos no ambiente escolar. Envolveu estratégias e procedimentos que incluíram a entrada em campo e aceitação, coleta de informações por meio de observação e interações, escrita constante de notas de campo e posterior elaboração de descrições detalhadas, interpretações e teorizações a partir dos dados. A pesquisa foi realizada em uma escola da rede municipal de São Paulo, onde foi acompanhado o cotidiano de uma turma de quarto ano, dentro e fora da sala de aula, durante o ano letivo de 2016. Por meio da observação das relações entre as crianças, foi possível compreender aspectos referentes às atitudes e aos comportamentos raciais (preconceito e discriminação racial, respectivamente). Como resultado, em relação às atitudes, temos que as preferências estéticas das crianças estavam relacionadas ao fenótipo branco, tido como o padrão, o que ficava evidente inclusive pela maneira com que algumas crianças negras se retratavam. Apesar disso, era possível notar contrapontos a esse padrão. Em relação aos comportamentos, destacam-se as ofensas verbais entre as crianças, que revelam características do tratamento dado à questão racial: (1) as crianças que sofrem com práticas racistas costumam denunciar tais atos para um adulto responsável, não se calando (diferentemente do que foi visto em estudos anteriores); (2) as crianças têm percepção de que é errado ofender colegas com palavras ligadas à cor/raça; (3) o insulto racial não é visto enquanto um tipo específico de discriminação, mas colocado juntamente com outros problemas de violência entre pares da infância/ adolescência: é denominado genericamente enquanto bullying pelas crianças e também pelos adultos na escola; (4) as ofensas em tom de brincadeira caracterizam boa parte das ocorrências de discriminação racial entre as crianças, denotando ambivalência da prática. Por fim, aponta-se a importância da inclusão da infância na agenda dos estudos sociológicos sobre relações raciais, dado seu potencial para explicação do limite na redução de desigualdades raciais na educação, como também para reflexões sobre o que ocorre na vida adulta e para que se reflita sobre as políticas de Estado que visam combater a discriminação e a desigualdade racial no Brasil. / The present study has the study of racial relations in childhood in the school environment as its object, and as a background the context of political and institutional changes observed in Brazil since 2003, with the promotion of racial equality and the fight against racism. In this sense, the research question was: how are racial relations constructed among children in a school environment that assumes the existence of racism and racial inequality in Brazil? The methodology used was the ethnography, as presented in the social studies of childhood, and complemented by classical perspectives and studies in the school environment. This methodology involved strategies and procedures that included entry into the field and acceptance, information gathering through observation and interactions, constant writing of field notes and subsequent elaboration of detailed descriptions, interpretations and theorizations. The research was carried out in a school managed by São Paulos city, where I followed the daily life of a fourth year class, inside and outside the classroom, during the school year of 2016. Through the observation of the relationships among children, it was possible to understand aspects related to racial attitudes and behaviors (prejudice and racial discrimination, respectively). As a result, with regards to attitudes, we noticed that the aesthetic preferences of the children were related to the white phenotype, taken as the pattern, which was evident even by the way some black children portrayed themselves. Despite this, it was possible to note counterpoints to this pattern. Concerning behaviors, verbal offenses among children reveal characteristics of the treatment given to the racial issue. The following aspects stand out: (1) children who suffer racism often report such acts to a responsible adult (unlike which was seen in previous studies); (2) children have a perception that it is wrong to offend peers with words related to color/ race; (3) racial insult is not seen as a specific type of discrimination but placed alongside other peer violence problems of childhood/ adolescence: it is generally termed as bullying by children and also by adults in school; (4) playful offenses characterize most of the occurrences of racial discrimination among children, denoting ambivalence. Finally, the importance of the inclusion of childhood in the agenda of sociological studies on race relations is pointed out, considering its potential to explain the limit in the reduction of racial inequalities in education, as well as for reflections on what happens in adult life and for what to reflect on state policies aimed at combating racial discrimination and inequality in Brazil.
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Origens do Estatuto da Criança e do Adolescente: a influência de comunidades epistêmicas na formulação da Lei n. 8.069/90 / The origins of the brasilian Child and Adolescent Statute: the influence of epistemic communities on Federal Law nº. 8.069/90

Maida, Marco José Domenici 19 October 2018 (has links)
O presente trabalho baseia-se no levantamento histórico sobre a proteção dos direitos humanos da criança e do adolescente, na análise de referências teóricas sobre comunidades epistêmicas e movimentos sociais, e em entrevistas com pessoas envolvidas na criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei Federal n.º 8.069/90. Identifica cinco comunidades epistêmicas (internacional, estatal, militante, religiosa e jurídica), presentes no Movimento de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente dos anos 80. Ao identificar essas comunidades, cujas influências técnicas e políticas foram essenciais para a elaboração coletiva do ECA, procuramos evidenciar teorias que geraram consenso à época e orientaram a formulação da norma jurídica. As duas principais são: Teologia da Libertação e Pedagogia do Oprimido. O reconhecimento dessas teorias fundantes pode inspirar o desenvolvimento de indicadores que auxiliariam na avaliação da implementação do Estatuto em trabalhos futuros. A pesquisa, para os fins desta dissertação, é descritiva e documental, com dimensão histórica e processo interdisciplinar. Situa-se no campo das ciências sociais aplicadas, e baseia-se em entrevistas semiestruturadas, documentação oficial e textos científicos com suporte bibliográfico, que reúnem trabalhos de natureza jurídica, política, sociológica, teológica e filosófica / The present work is based on a historical survey of the protection of the human rights of children and adolescents (both in Brazil and across the world), an analysis of theoretical references on epistemic communities and social movements, and interviews with people involved in the formulation of the Child and Adolescent Statute (CAS) - Federal Law n.º 8.069/90. It identifies five epistemic communities (international; state; militant; religious; legal) presents in the Social Movement to Defend the Rights of Children and Adolescents in the 1980s. In identifying these communities, whose technical and political influences contributed to the formulation of the CAS, we can highlight which scientific theories generated consensus at the time and founded the legal norm, such as Liberation Theology and Pedagogy of the Oppressed. The principles of those theories also reveal indicators for evaluating the implementation of the Statute in future work. The research carried out for the purposes of this dissertation is descriptive and documentary with historical dimension and interdisciplinary process. It is situated in the field of applied social sciences, and is based on semi-structured interviews, official documentation and scientific texts with bibliographic support, which bring together works of a juridical, political, sociological, theological and philosophical nature
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Educação infantil, espaços de confronto e convívio com as diferenças: análise das interações entre professoras e meninas e meninos que transgridem as fronteiras de gênero / Early childhood education, spaces of confrontation and familiarization with differences: analysis of interactions between teachers and girls and boys who transgress the gender boundaries

Finco, Daniela 22 March 2010 (has links)
Esta tese apresenta o resultado de um estudo realizado em uma escola municipal de Educação Infantil da rede municipal de São Paulo (Emei). O objetivo foi observar e interpretar as interações entre professoras e crianças em geral e, especialmente, as crianças que transgridem os padrões de gênero que lhes são impostos, dando significados e estruturando suas experiências sociais. Trata-se de investigação qualitativa, de inspiração etnográfica, que envolveu quatro turmas de crianças de 3 a 6 anos e suas professoras e recorreu aos registros das observações em caderno de campo e às entrevistas realizadas com professoras. Apresenta os construtos e os conhecimentos nos quais as professoras se baseiam, ao lidar com os conflitos relativos às questões de gênero na infância, tais como a explicação das diferenças baseada na Biologia e na Genética e a compreensão da identidade de gênero das crianças como estática e universal. Os resultados apontam para práticas e estratégias de organização dos tempos e dos espaços, caracterizadas por uma disciplina heteronormativa de controle, regulação e normatização dos corpos e dos desejos de meninas e meninos. Destacou-se, nesta forma de organização institucional, uma intencionalidade pedagógica que tem no sexo um importante critério para a organização e para os usos dos tempos e dos espaços. Entretanto, apesar dessas formas de controle, o poder das professoras sobre meninas e meninos não é universal e unilateral, e o processo de socialização não se dá de forma passiva. Meninas e meninos encontram brechas no gerenciamento do dia a dia da pré-escola e criam estratégias inteligentes para alcançar seus desejos. A possibilidade de participar de um coletivo infantil, a capacidade de imaginar e fantasiar, os momentos livres e autônomos de brincadeiras, a sociabilidade e as amizades, os tempos e os espaços com menor controle das pessoas adultas, permitem a criação de diferentes formas de burlar as estruturas propostas e de iniciar sempre um novo movimento de transgressão. A pesquisa revela ainda os espaços da pré-escola como espaços de encontro, confronto e convívio com a diversidade. Nesse contexto, as possibilidades de produção, reprodução e resistência à discriminação de gênero interagem de maneira complexa e colocam-nos muitos desafios. Diante da necessidade do reconhecimento e da valorização das diferenças de gênero, esta investigação aponta para a emergência da inclusão da perspectiva de gênero e de novos direitos das crianças nas políticas públicas de Educação Infantil. / This thesis presents the study of gender in a municipal school of Early Childhood Education (Emei). Conducted in the city of São Paulo, the objective of the study was to analyse the interactions between teachers and children and, in special, observe and interpret the children that, to crossing the line of the patterns imposed on them, transgress the gender limits, giving new meaning and structure to their social practices. This ethnographic research is qualitative, it investigates four groups of children (aged 3 to 6 years) and their teachers; to do this, field records and interviews were used. We investigate the basis of the knowledge used by teachers to deal with conflicts and gender issues in childhood; the explanation of these differences are based on biology, genetics, and in the understanding of children gender identity as static and universal. The results point to existence of practices and strategies, for time and space organization, characterized by a heteronormativity discipline control, regulation and standardization of bodies and desires. This thesis figured out a pedagogic intention in the usage of sex as criteria for time and space control. However, despite the forms of control, the power of the teachers on girls and boys is not universal, neither one-way relationship; the process of socialization does not happen passively. Girls and boys find gaps in the management policy and, smartly, create strategies to achieve their desires and wills. Several factors as, for example, the different possibilities for collective participation in preschool, imagination, the freedom during the play time, easy sociability and desire for friendships, especially in times and spaces with less control of adults, creates a condition to get around the proposed structures, bypassing them, and always starting a new movement into transgression zones. The research also reveals that the preschool is an special place and time for found, facing and living with difference and diversity; the plenty of possibilities of production, reproduction and resistance to gender discrimination interact in a complex way, bringing us many education challenges. This research, aware of the importance of gender issues, claims that is immediately needed to include new rights of children in the public policies for early childhood education.
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Origens do Estatuto da Criança e do Adolescente: a influência de comunidades epistêmicas na formulação da Lei n. 8.069/90 / The origins of the brasilian Child and Adolescent Statute: the influence of epistemic communities on Federal Law nº. 8.069/90

Marco José Domenici Maida 19 October 2018 (has links)
O presente trabalho baseia-se no levantamento histórico sobre a proteção dos direitos humanos da criança e do adolescente, na análise de referências teóricas sobre comunidades epistêmicas e movimentos sociais, e em entrevistas com pessoas envolvidas na criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei Federal n.º 8.069/90. Identifica cinco comunidades epistêmicas (internacional, estatal, militante, religiosa e jurídica), presentes no Movimento de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente dos anos 80. Ao identificar essas comunidades, cujas influências técnicas e políticas foram essenciais para a elaboração coletiva do ECA, procuramos evidenciar teorias que geraram consenso à época e orientaram a formulação da norma jurídica. As duas principais são: Teologia da Libertação e Pedagogia do Oprimido. O reconhecimento dessas teorias fundantes pode inspirar o desenvolvimento de indicadores que auxiliariam na avaliação da implementação do Estatuto em trabalhos futuros. A pesquisa, para os fins desta dissertação, é descritiva e documental, com dimensão histórica e processo interdisciplinar. Situa-se no campo das ciências sociais aplicadas, e baseia-se em entrevistas semiestruturadas, documentação oficial e textos científicos com suporte bibliográfico, que reúnem trabalhos de natureza jurídica, política, sociológica, teológica e filosófica / The present work is based on a historical survey of the protection of the human rights of children and adolescents (both in Brazil and across the world), an analysis of theoretical references on epistemic communities and social movements, and interviews with people involved in the formulation of the Child and Adolescent Statute (CAS) - Federal Law n.º 8.069/90. It identifies five epistemic communities (international; state; militant; religious; legal) presents in the Social Movement to Defend the Rights of Children and Adolescents in the 1980s. In identifying these communities, whose technical and political influences contributed to the formulation of the CAS, we can highlight which scientific theories generated consensus at the time and founded the legal norm, such as Liberation Theology and Pedagogy of the Oppressed. The principles of those theories also reveal indicators for evaluating the implementation of the Statute in future work. The research carried out for the purposes of this dissertation is descriptive and documentary with historical dimension and interdisciplinary process. It is situated in the field of applied social sciences, and is based on semi-structured interviews, official documentation and scientific texts with bibliographic support, which bring together works of a juridical, political, sociological, theological and philosophical nature
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Identificação étnico-racial na voz de crianças em espaços de educação infantil

Trinidad, Cristina Teodoro 03 June 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:56:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Cristina Teodoro Trinidad.pdf: 10137598 bytes, checksum: ebf7f617d934cd5eb2918d6ad1300b2c (MD5) Previous issue date: 2011-06-03 / Fundação Ford / This study aimed to determine: a) if - and how - children in preschool understand racial- ethnic identification; b) the criteria they employ to do so; and c) the means by which this identification is formulated. The research was conducted in an elementary school, situated in the west part of the city of São Paulo, SP, Brazil, involving 33 children between 4 and 5 years old. The theoretical framework includes approaches to the ethnic-racial identification, specifically those that consider race as a social construction. Furthermore, some categories of the socio-historical theory in Psychology, in particular, the appropriation of 'senses and meanings' were employed. Finally, it was adopted the notion of child proposed by Sociology of Childhood, which sees children as a legitimate social actor, one who produces symbols, representations and beliefs that contribute to their own cultures. The literature review was mainly from North-America, since in Brazil, there are few studies dealing with ethnic and/or racial identification made by children or adolescents. Methodologically, an ethnographic approach was employed in this study, using the following procedures for data collection: participant observations, informal conversations, children s storytelling and document analysis. The results show that young children know and employ racial-ethnic categories while playing or interacting with their peers, but do not select their friends based on their skin color. Nevertheless, they do verbalize a desire to have characteristics not associated with blacks, hair and skin tone being those most frequently mentioned. Apparently, all this indicates that meanings socially constructed, for both whites and blacks, have been appropriate by those children, being especially difficult to handle for those of interracial relationships. In fact, as the similarity to black people increases, the desire of being white intensifies. Finally, it is important to mention that the male and female roles have also been duly appropriated and are reproduced by girls and boy in their everyday life. This situation reveals the urgency of breaking the tendency to reproduce and perpetuate gender discriminations present in society. Lastly, the e results show that adults working at the elementary school as well as the children's own parents do not consider that to answer questions regarding color or race can be of any use, demonstrating a lack of knowledge about the importance of educating children to recognize ethnic and racial diversity as something to be respected and positively valued / Este trabalho teve como objetivo verificar: 1) se e como as crianças em idade pré-escolar compreendem a identificação étnico-racial; 2) os critérios que empregam para tal; e 3) a forma por meio da qual essa identificação é explicitada. A pesquisa foi realizada em uma escola de educação infantil situada na zona oeste da cidade de São Paulo (SP-Brasil) e contou com o envolvimento de 33 crianças entre quatro e cinco anos de idade. O referencial teórico foi constituído com base em três abordagens: 1) as teorias acerca da identificação étnico-racial, em especial aquelas que consideram a raça uma construção social; a proposta sócio-histórica da Psicologia, com particular atenção às categorias sentido e significado ; e 3) a concepção proposta pela Sociologia da Infância, segundo a qual a criança é um ator social legítimo e de direito, que produz símbolos, representações e crenças que contribuem para suas próprias culturas. A revisão da literatura centrou-se, sobretudo, em autores norte-americanos, tendo em vista que, no Brasil, poucos são os estudos que tratam da identificação étnico-racial de crianças e adolescentes. Em termos metodológicos, optou-se pela abordagem etnográfica, e a coleta de dados pautou-se pelos seguintes procedimentos: observações participantes, conversas informais, contação de histórias pelas crianças e análise documental. Os resultados mostraram que crianças de pouca idade conhecem e empregam as categorias étnico-raciais; em suas brincadeiras e interações, não selecionam seus pares tendo como base a cor da pele; verbalizam, no entanto, o desejo de ter características associadas ao grupo de pessoas brancas, sendo o cabelo e a tonalidade da pele as mais mencionadas. Tudo isso aponta para o fato de que os sentidos e os significados dados a brancos e negros já foram apropriados pelas crianças. Em relação aos filhos de relacionamentos inter-raciais, notou-se que, quanto mais as crianças apresentam traços físicos que se aproximam dos atribuídos às pessoas negras, maior é o desejo de serem brancas. Os papéis sociais masculinos e femininos também foram devidamente apropriados e reproduzidos no cotidiano infantil, apontando ser necessário romper com a tendência de reproduzir e perpetuar a discriminação de gênero presente na sociedade. Averiguou-se, também, que a instituição de educação infantil e as famílias das crianças não consideram o preenchimento do quesito cor/raça (seja no Censo da População ou no Censo Escolar) necessário ou relevante, explicitando que desconhecem a importância de educar as crianças pequenas para reconhecerem a diversidade étnico-racial como algo a ser respeitado e positivamente valorizado
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Configurações do ofício de aluno: meninos e meninas na escola / Configurations of the student occupation: boys and girls learning how to be a student at elementary school

Pereira, Fábio Hoffmann 24 April 2015 (has links)
A pesquisa aqui apresentada é resultado de trabalho de investigação qualitativa que teve como objetivos principais compreender como alunos e alunas configuram seu ofício de aluno, em quais aspectos esta construção é mais simples ou mais complexa e difícil para as crianças, além de discutir em quais aspectos a configuração do ofício de aluno é semelhante ou diferente para meninos e para meninas. Com base principalmente em três eixos teóricos o conceito de configuração, definido por Norbert Elias, os referenciais teóricos e metodológicos fundamentados nos estudos das Relações de Gênero e os referenciais teóricos e metodológicos da Sociologia da Infância o trabalho de campo foi desenvolvido ao longo de um ano, acompanhando uma turma do segundo ano do ensino fundamental em uma escola pública da rede municipal de ensino da Cidade de São Paulo. As análises concentraram-se em três dos aspectos observados: relação da professora da turma e sua organização da aula com os meninos e as meninas, as relações dos alunos e das alunas com o espaço da sala de aula e com os materiais escolares e as relações entre pares. Quanto ao gênero, uma maior competição entre as meninas pareceu levá-las a um esforço maior para cumprir seu ofício de aluno de uma maneira que respondesse à escola como aquele aluno que tem boa compreensão dos conteúdos ensinados. Já os meninos pareciam conseguir equilibrar melhor os aspectos da conversa e da bagunça com a apresentação das tarefas e o aprendizado satisfatório. Os meninos e as meninas percebidas como maus e más alunas também demonstraram peculiaridades interessantes de transgressão e, ao mesmo tempo, de muita consciência de como deve ser um aluno na escola. As conclusões destas análises evidenciam que em nenhum momento as crianças são passivas no aprendizado de seu ofício como aluno, pelo contrário, os três aspectos da análise apresentados mostraram-se imbricados e carregados tanto de reproduções quanto de interpretações ativas das crianças em relação às regras, às rotinas, aos usos de objetos, à amizade, à ajuda mútua, dentre outros aspectos. / The research presented here is the result of a qualitative survey whose main objectives were: to understand how boys and girls perform the occupation of a student, to know in which aspects this construction is simpler and more complex and difficult for children, and to discuss about which aspects the configuring of the student occupation is similar or different for boys and girls. Mainly based on three theoretical axes the concept of configuration, defined by Norbert Elias, the theoretical and methodological framework based on Gender Relations studies and the theoretical and methodological framework of sociology of childhood the fieldwork was developed over one year, surveying a class in the second year of primary education from a public school in the city of São Paulo. The analysis focused on the following three aspects: the relationship between the teacher and the female and male students and her class organization, the relations that boys and girls maintained with the classroom space and school supplies and the relationships among peers. As to gender, a greater competition among girls seemed to lead them to greater efforts to perform their occupation as a student, in a way to respond to the school as a student who has an excellent understanding of the content taught. Regarding the boys, they seemed to get a better balance between chatting and mess and the fulfillment of tasks and satisfactory learning. Boys and girls perceived as bad students also demonstrated interesting peculiarities concerning transgression and, at the same time, they had a lot of awareness on how a student is supposed to behave at school. The conclusions of these analyses show that at no time the children are passive in learning their student occupation, on the contrary, the three aspects of this analysis proved to be intermingled, presenting both reproductions and active interpretations of the children in relation to the rules, the routines, the uses of objects, friendship, mutual aid, among other things.

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