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InteraÃÃo da frutalina com neoplasias de tireÃide. Estudo comparativo com marcadores tumorais em uso / FRUTALIN AS A TUMORAL MARKER IN THYROID LESIONS. A COMPARATIVE STUDY WITH ROUTINELY USED MARKERS.

Marcus Vinicius Liberato Milhome 12 September 2008 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O interesse nos carboidratos de superfÃcie celular tem aumentado devido ao fato de estarem relacionados a diferenciaÃÃo e maturaÃÃo celular. A transformaÃÃo celular em neoplasias malignas està associado a alteraÃÃes na superfÃcie de membranas celulares, particularmente na composiÃÃo dos glicoconjugados, determinando sua capacidade em relaÃÃo a invasividade e potencial metastÃtico. Lectinas, proteinas amplamente distribuidas nos reinos animal e vegetal, tem a capacidade de ligarem-se a carboidratos de estrutura e configuraÃÃo especÃficas. Tem sido utilizadas como ferramentas em muitas Ãreas de investigaÃÃo diagnÃstica especialmente naquelas relacionadas a mudanÃas na expressÃo de carboidratos no citoplasma e na membrana celulares. O objetivo deste trabalho foi comparar o padrÃo de ligaÃÃo da frutalina, lectina α-galactose ligante de Artocarpus incisa, biotinilada (FTL-B) com os marcadores usuais (CK19, GAL3, HBME-1) e o novo marcador para carcinomas papilares da tireÃide, 373-E1, em vÃrias lesÃes malignas e benignas da tireÃide e em tecido tireoidiano normal. FTL-B foi obtida por cromatografia de afinidade e biotinilada. CK19, GAL3 e HBME-1 foram obtidos de Novocastra Laboratories, Ltd., UK e 373-E1 de Labvision, UK. LesÃes tireoidianas e tecido tireoidiano normal em parafina foram utilizados para a construÃÃo de tissue micro-arrays os quais foram cortados a 2 Âm e marcados com CK19, GAL3, HBME-1 e 373-E1 pelo mÃtodo imuno-histoquÃmico da estreptoavidina-biotina-peroxidase e com FTL-B por mÃtodo lectino-histoquÃmico. As lesÃes incluÃam carcinomas papilares (90 casos), carcinomas foliculares (6 casos), carcinoma de cÃlulas de HÃrthle (2 casos), carcinoma anaplÃsico (4 casos), metÃstases linfonodais de carcinomas papilares (6 casos), adenoma de cÃlulas de HÃrthle (2 casos), adenomas foliculares (3 casos), bÃcio (4 casos) e tireoidite de Hashimoto (3 casos). NÃo houve marcaÃÃo em tecido tireoidiano normal ou nas lesÃes benignas usando FTL-B ou os marcadores usuais. Carcinomas papilares e metÃstases de carcinomas papilares marcaram fortemente a membrana celular com FTL-B. Os marcadores usuais e FTL-B mostraram padrÃes de marcaÃÃo semelhantes, sugerindo que FTL-B poderia ser usada como um marcador tumoral da mesma forma que CK19, GAL3, HBME-1 e 373-E1. / Increased interest has been devoted to cell surface carbohydrates, since they are related to cell differentiation and maturation. Cell transformation in malignant tumors is associated to altered surface membranes, particularly with an abnormal composition of glycoconjugates, determining characteristics of neoplastic cells as invasive behavior and metastasis. Lectins, proteins widely distributed in the plant and animal kingdom, have the distinctive property of binding to carbohydrates of specific structure and configuration. Lectins have been used as tools in many areas of diagnostic investigation especially related to changes in the expression of membrane and cytoplasmatic carbohydrates. The aim of this work was to compare the binding pattern of the biotinilated frutalin, Artocarpus incisa α-galatose binding lectin (FTL-B), with the markers usually available (CK19, HBME-1, GAL3) and the new papillary thyroid carcinoma marker 373-E1 in various thyroid lesions and normal thyroid tissue. FTL-B was obtained by affinity chromatography and biotinilated. CK19, GAL3 and HBME-1 were obtained from Novocastra Laboratories, Ltd., UK and 373-E1 from Labvision, UK. Formalin-fixed, paraffin-embedded thyroid tissues were used to build tissue macro-arrays that were cut at 2 Âm and stained using FTL-B, CK19, GAL3, HBME-1 and 373-E1 by strepABC-HRP method. The cases included papillary carcinoma (90), follicular carcinoma (6), HÃrthle cell carcinoma (2), anaplastic carcinoma (4), nodal metastasis of papillary carcinoma (6), HÃrthle cell adenoma (2), follicular adenoma (3), goiter (4) and Hashimotoâs thyroiditis (3). There was no staining on benign thyroid lesions or normal thyroid tissue using FTL-B or the usual markers. Papillary carcinoma and metastasis from papillary carcinoma showed strong membranar stain using FTL-B. FTL-B and the usual markers showed similar binding pattern suggesting that FTL-B could be used as a thyroid tumoral marker similar to GAL3, CK19, HBME-1 and 373-E1.
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Caracterização de peptídeos ligantes a carcinomas papilíferos de tireoide / Characterization of peptide binding papillary thyroid carcinoma

Reis, Carolina Fernandes, 1982- 10 July 2013 (has links)
Orientadores: Laura Sterian Ward, Luiz Ricardo Goulart Filho / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-23T19:36:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Reis_CarolinaFernandes_D.pdf: 11022078 bytes, checksum: 4506c2c2816405721c293e78c8fc5c46 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: A incidência do câncer de tireóide vem aumentando nas últimas décadas no Brasil, assim como em quase todos os países do mundo. Novos marcadores para uso no diagnóstico e prognóstico são essenciais para diminuir o número de cirurgias desnecessárias e melhorar a qualidade do tratamento dos pacientes, sendo que as técnicas utilizadas ainda não conseguiram obter marcadores de ampla utilidade. Os objetivos principais foram validar o peptídeo CaT12, um ligante de carcinoma papilífero de tireóide (CP) selecionado por Phage Display e avaliar em nódulos tireoidianos os possíveis alvos deste peptídeo. O CaT12 foi tumor específico quando testado em imunohistoquímica, foram usados um total de 775 tecidos de lesões não neoplásicas e neoplásicas (benignas e malignas), sendo 232 nódulos tireoidianos (15 sem neoplasia, 53 bócios, 54 adenomas, 69 carcinomas papilíferos e 41 carcinomas foliculares). O peptídeo CaT12 foi eficiente para identificar carcinomas papilíferos com 91,2% de sensibilidade e 85,1% de especificidade; este peptídeo também ajuda caracterizar lesões foliculares distinguindo carcinomas papilíferos de variante folicular (CPVF) de adenomas com 91,9% de acurácia. Tecidos benignos (nevos atípicos e nevos comuns) e não neoplásicos (vários tecidos sem neoplasia tais como mama, próstata, rim, cérebro, tireóide e outros) apresentaram apenas 13,74% de positividade, enquanto os carcinomas de mama, próstata e rim apresentaram 53,96%, 70,18% e 74,29% de positividade para o CaT12 respectivamente. Após verificar a eficiência do marcador CaT12 investigamos os possíveis ligantes que foram identificados como sendo queratinas (KRT), a expressão gênica de algumas dessas queratinas foram analisadas em tecidos micro dissecados de 114 nódulos tireoidianos, sendo 12 tecidos sem neoplasia, 38 com doença benigna (24 bócios e 14 adenomas) e 64 com carcinomas papilíferos (32 de variante folicular e 32 de variante clássica). As queratinas KRT5 (P=0,0002) e KRT14 (P<0,0001) estão mais expressas em pacientes com doença maligna, enquanto as queratinas KRT2 (P<0,0001), KRT6A (P=0,0014) e KRT10 (P<0,0001) foram expressas preferencialmente nos pacientes com doenças benignas. Ensaios de citotoxicidade e indução de inflamação avaliaram o possível uso não só como marcador, mas como carreador de drogas para uso terapêutico. O CaT12 não foi citotóxico para as células NPA e TPC1 (linhagens celulares de carcinoma papilífero de tireoide) e não demonstrou resposta imunológica quando testado em leucócitos de camundongos isogênicos. Visando futura aplicação deste peptídeo como carreador de drogas testamos a prostaglandina 15-dPGJ2 que foi tóxica para as células TPC1 (IC50=9,3 uM) e poderá ser utilizada conjugada ao CaT12 para entregar a droga apenas para as células cancerígenas. Outros peptídeos foram selecionados (CaT19, CaT42 e CaT66) para reconhecimento da superfície celular e poderão ser utilizados como marcadores auxiliares no diagnóstico durante a biópsia por agulha fina. Concluímos que o peptídeo CaT12 foi eficiente para distinguir malignidade em lesões tireoidianas, podendo ser usado para identificar carcinomas diferenciando as lesões malignas das benignas. O CaT12 também reconheceu malignidade em tumores de próstata, mama e rim. Além disso, foi demonstrado que a expressão gênica das queratinas são importantes na tumorigênese tireoidiana / Abstract: Incidence of thyroid cancer has increased in Brazil, as well as in almost countries of the world. New diagnostic and prognostic markers are essential to reduce numbers of unnecessary surgeries and improve the quality of patient's care. Unfortunately, recent markers used are not prove broad utility. Aim was validate CaT12 peptide selected by Phage Display as a marker to separate benign from malignant follicular lesions and evaluate in thyroid nodules possible targets for CaT12. The antibody-like peptide CaT12 was tumor-specific, which was further tested by immunohistochemistry against tissue comprised of 775 human benign and malignant tissues, including 232 thyroid nodular lesions: 15 normal thyroid tissues, 53 nodular goiters, 54 follicular adenomas; 69 papillary thyroid carcinomas (PTC); and 41 follicular carcinomas. CaT12 was able to identify PTC among thyroid nodular lesions with 91.2% sensitivity and 85.1% specificity; this peptide helped characterize follicular lesions distinguishing the follicular variant of PTC (FVPTC) from FA with 91.9% accuracy. Benign tissues (nevus atypical and nevus communes) and non neoplastic tissues (differents human non neoplastic tissues) showed only 13.74% positivity, while breast, prostate and kidney carcinomas showed respectively, 53.96%, 70.18% e 74.29% CaT12 positivity. After verifying the efficiency of marker CaT12 we investigated the possible ligands that have been identified as keratins (KRT), the mRNA expression these keratins were analyzed in microdissected tissues of 114 thyroid nodules: 12 tissues without cancer, 38 with benign disease (24 goiters and 14 adenomas) and 64 with papillary carcinomas (32 follicular variant and 32classic variant). The KRT5 (P = 0.0002) and KRT14 (P <0.0001) were most expressed in patients with malignant disease, while KRT2 (P <0.0001), KRT6A (P = 0.0014) and KRT10 (P <0.0001) were preferentially expressed in patients with benign diseases. Cytotoxicity and induction of inflammation assays evaluated the possible use as a biomarker and therapeutic by drug delivery. We showed CaT12 was not cytotoxic to NPA and TPC1 cells (papillary thyroid carcinoma cell lines) and no immune response demonstrated when tested in leukocytes of inbred mice. To future application of this peptide as a carrier of drugs we tested prostaglandin 15-dPGJ2 in TPC1 cells and was toxic to the cells (IC50 = 9.3 uM), this drug may be used conjugate with CaT12 for 15-dPGJ2 to be delivered only to cancer cells. Other peptides were selected (CaT19, CaT42 and CaT66) for recognition of cell surface and can be used as markers auxiliary to fine needle biopsy or drug deliveries. In conclusion, our CaT12 peptide was highly effective and resulted in a useful antibody-like biomarker that recognizes malignancy among thyroid nodules and may help distinguish follicular patterned lesions. CaT12 also recognized malignancy in prostate, breast and kidney tumors. Furthermore, it was demonstrated that the gene expression of keratins are important in thyroid tumorigenesis / Doutorado / Clinica Medica / Doutora em Clínica Médica
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Estudo de utilidade clínica da identificação de alterações gênicas nas vias PI3K/AKT e MAPK no diagnóstico do nódulo tiroidiano e na predição de evolução do paciente com câncer diferenciado da tiróide = Study of clinical utility in the identification of genetic alterations in PI3K/AKT and MAPK pathways in diagnosis of thyroid nodules and in prediction of outcome i patients with differentiated thyroid carcinoma / Study of clinical utility in the identification of genetic alterations in PI3K/AKT and MAPK pathways in diagnosis of thyroid nodules and in prediction of outcome i patients with differentiated thyroid carcinoma : Study of clinical utility in the identification of genetic alterations in PI3K/AKT and MAPK pathways in diagnosis of thyroid nodules and in prediction of outcome i patients with differentiated thyroid carcinoma

Silva, Aline Carolina De Nadai da, 1986- 21 August 2018 (has links)
Orientadores: Laura Sterian Ward, Márcio José da Silva / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-21T06:32:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Silva_AlineCarolinaDeNadaida_M.pdf: 2484854 bytes, checksum: 084b0bdeea2ea5baa391d3e9acfc9841 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: O câncer diferenciado de tiroide (CDT) é a malignidade endócrina mais comum e a quarta mais frequente entre as mulheres Brasileiras. O carcinoma papilífero da tiroide (CPT) representa 80-90% de todas as malignidades tiroidianas. As mais importantes vias envolvidas na formação e progressão do CDT são as vias MAPK e PI3K/AKT. O gene RAS possui como uma de suas vias efetoras a via PI3K/AKT, a qual tem um papel importante na sobrevivência e na proliferação celular. A mutação Q61R do gene NRAS é a mais frequentemente encontrada em CDT. O gene BRAF possui mutações pontuais que são identificadas em 40-45% nos CPT, sendo a V600E a mais comum encontrada nesta neoplasia e responsável por manter e promover a progressão a tumores mais agressivos do CPT. O gene AKT possui um papel importante na via de sinalização PI3K, regulando a sobrevivência, proliferação e crescimento celular, sendo que a isoforma AKT1 possui um papel de pró-motilidade em CDT. Para investigar a utilidade clínica das vias MAPK e PI3K/AKT no diagnóstico e prognóstico do CDT foi realizada a genotipagem da mutação dos genes NRAS, HRAS e BRAF e o seqüenciamento automático do éxon 3 do gene AKT1 em 281 pacientes com nódulos tiroidianos. Destes, 190 eram tumores benignos, incluindo 121 hiperplasias e 69 adenomas foliculares, e 91 eram tumores malignos, sendo 60 carcinomas papilíferos variante clássica, 26 carcinomas papilíferos variante folicular, 01 carcinoma papilífero variante células altas, 02 carcinomas foliculares e 02 carcinomas anaplásicos. Todos os pacientes foram tratados e seguidos de acordo com um protocolo padrão por 12 a 87 meses (38,06±19,9 meses). A genotipagem do códon 61 do gene NRAS mostrou que indivíduos com genótipo CT possuem maior risco de desenvolverem o CPT de variante folicular (p=0,025). Já a mutação de HRAS não teve nenhuma utilidade clínica. A presença do genótipo heterozigoto da mutação de BRAF teve associação com o desenvolvimento do CPT (p<0,001). Observamos alterações genéticas no éxon 3 do gene AKT1 em 114 (41,76%) de 273 pacientes. Foram encontradas 3 alterações intrônicas (rs2494738, rs3730368, rs3730358) e uma exônica (L52R). A presença da alteração rs2494738 mostrou associação com ausência de invasão tumoral (p=0,004) e a rs3730368 como fator de proteção no desenvolvimento de tumores malignos (p=0,046), enquanto que o genótipo selvagem se relacionou com o desenvolvimento de tumores benignos menores de 2cm (p=0,033). A presença da alteração rs3730358 se associou com tumores malignos menores de 2 cm (p=0,032). Já a presença da alteração L52R apareceu em tumores malignos (p=0,004) e encapsulados (p=0,006), em tumores benignos menores de 2cm (p=0,029) e de 2-4cm (p=0,0387). Portanto, podemos concluir que existem alterações genéticas importantes que possam influenciar no desenvolvimento do CDT, sugerindo que estas alterações possam servir como possíveis marcadores de diagnóstico. Porém neste estudo estas alterações não tiveram relação com prognóstico, talvez pelo baixo tempo de seguimento destes pacientes / Abstract: Differentiated thyroid cancer (DTC) is the most common endocrine malignancy and the fourth most frequent among Brazilian women. Papillary thyroid carcinoma (PTC) represents 80-90% of all thyroid malignancies. The most important pathways involved in the formation and progression of DTC are the MAPK and PI3K/AKT pathways. The RAS gene has as one of its effectors the PI3K/AKT pathway, which plays an important role in the survival and proliferation. The mutation Q61R of NRAS gene is most often found in DTC. The BRAF gene mutations that have been identified in 40-45% in the CPT, and the V600E found this the most common malignancy and is responsible for maintaining and promoting the progression to more aggressive tumors of the PTC. The AKT gene has a role in signaling fosfotidilinositol-3 kinase (PI3K) pathway regulating the survival, proliferation and cell growth, and the AKT1 isoform plays a pro-motility in DTC. To investigate the clinical utility of the MAPK and PI3K/AKT pathways in the diagnosis and prognosis of DTC was performed by genotyping of the mutations of NRAS, HRAS and BRAF genes and sequencing of exon 3 of the AKT1 gene in 281 patients with thyroid nodule. Of these, 190 were benign, including 121 hyperplasias and 69 follicular adenomas, and 91 were malignant tumors, including 60 classic variant papillary carcinomas, 26 follicular variant papillary carcinomas, 01 tall cell variant of papillary carcinoma, 02 follicular carcinomas and 02 anaplastic carcinomas. All patients were treated and followed according to a standard protocol for 12 to 87 months (38.06 ± 19.9 months). Genotyping of codon 61 of NRAS gene showed that patients with CT genotype have increased risk of PTC developed the follicular variant (p=0.025). Already HRAS mutation had no clinical utility. The presence of the heterozygous genotype of the BRAF mutation was associated with the development of PTC (p <0.001). We observed genetic alterations in exon 3 of the AKT1 gene in 114 (41.76%) of 273 patients. We found three intronic changes (rs2494738, rs3730368, rs3730358) and one exonic (L52R). The genetic alteration rs2494738 showed no association with tumor invasion (p=0,004) and the rs3730368 as a protective factor in the development of malignant tumors (p=0,046), whereas the wildtype genotype associated with benign tumors smaller than 2 cm (p=0,033). The presence of the alteration rs3730358 was associated with malignant tumors smaller than 2 cm (p=0,032). The presence of the alteration L52R appeared in malignant tumors (p=0,004) and encapsulated (p=0,006), and in benign tumors smaller than 2 cm (p=0,029) and 2-4cm (p=0,0387). Therefore, we conclude that there are important genetic alterations that may influence the development of the CDT, suggesting that these changes may serve as potential diagnostic markers, but in this study these changes did not correlate with prognosis perhaps by the low follow-up of these patients / Mestrado / Clinica Medica / Mestra em Clínica Médica
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Análise da densidade mineral óssea de pacientes pós-menopausa com terapia supressiva do TSH por carcinoma diferenciado da tireóide / Analysis of bone mineral density of patients with postmenopausal TSH suppressive therapy in differentiated thyroid carcinoma

Melo, Thaís Gomes de, 1979- 21 August 2018 (has links)
Orientadores: Lígia Vera Montalli da Assumpção, Denise Engelbrecht Zantut-Wittmann / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-21T14:23:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Melo_ThaisGomesde_M.pdf: 3231410 bytes, checksum: 7b8d4fe80013eb77d563038187ed9ec3 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: Introdução: A supressão do hormônio tireoestimulante (TSH) com doses suprafisiológicas de levotiroxina é um dos pilares do tratamento do carcinoma diferenciado de tireóide (CDT), levando os pacientes a um estado de tireotoxicose exógena subclínica (TES). Tal situação pode exercer uma influência negativa sobre a densidade mineral óssea (DMO), mas os resultados dos estudos que analisaram as implicações da supressão do TSH sobre a DMO em pacientes com CDT são conflitantes. Objetivos: Avaliar a relação entre terapia supressiva de TSH por CDT e DMO em mulheres pósmenopausa e investigar os fatores que afetam a DMO nessa população. Métodos: Estudo transversal envolvendo 109 mulheres pós-menopausa sob terapia supressiva de TSH devido a CDT seguidas em único centro terciário submetidas à análise de DMO durante seu seguimento. A DMO das pacientes foi comparada à de um grupo de controle composto por mulheres pós-menopausa, comprovadamente eutireoideanas, pareadas por idade, na proporção 1:1. Mulheres portadoras de condições que poderiam reduzir a DMO foram excluídas de ambos os grupos. A análise estatística foi realizada com teste de qui-quadrado de Pearson, teste de Mann-Whitney, coeficiente de correlação de Spearman, análises de regressão linear univariada e multivariada, conforme aplicável. A análise da curva ROC (Receiver Operating Characteristic) foi usada para obtenção de valores limiares de TSH que diferenciassem pacientes com DMO normal daquelas com osteopenia ou osteoporose. O nível de significância adotado foi de 5% (p< 0,05). Resultados: As pacientes apresentaram idade de 58,4 ± 8,3 anos, índice de massa corporal (IMC) de 27,9 ± 4,5 kg/m2 e níveis médios de TSH no ano anterior à análise da DMO de 0,21 ± 0,28 ?UI/ml. Os valores médios de T-scores das pacientes foram de -1,09 ± 1,43 desvios-padrão (DP) na coluna lombar e -0,12 ± 1,18 DP no fêmur total. Não observamos diferenças significativas entre a DMO lombar ou femoral entre os grupos. A análise de regressão multivariada identificou o IMC e o nível médio de TSH como fatores significativamente correlacionados à DMO lombar e femoral. O uso prévio de anticoncepcional oral também foi um fator correlacionado com maior DMO femoral. A análise da curva ROC para valores de TSH que diferenciassem pacientes com DMO normal daquelas com osteopenia ou osteoporose identificou o limiar significativo de TSH < 0,185 ?UI/ml para DMO normal em relação à osteopenia, com uma área sob a curva (ASC) significativa (0,625; intervalo de confiança de 95% = 0,508 - 0,742; p = 0,043) / Abstract: Background: Suppression of thyrostimulating hormone (TSH) with supraphysiological doses of levothyroxine is part of the treatment of differentiated thyroid carcinoma (DTC), leading the patient to a status of exogenous thyrotoxicosis state. This may exert a potential negative influence on bone mineral density (BMD), but the results of trials that analyzed the implications of TSH suppression on BMD of patients with DTC are conflicting. Objectives: We aimed to evaluate the relationship between TSH suppressive therapy and BMD in postmenopausal women and investigate the factors that affect BMD in this population. Methods: This was a cross-sectional study involving 109 postmenopausal women under TSH suppressive therapy for DTC in a single tertiary hospital, who underwent BMD measurement during followup. They were compared to a control group of 109 postmenopausal euthyroid women, matched by age. Women with conditions that could be related to bone loss were excluded from both groups. Statistical analysis was performed with Pearson's chi-square test, Mann-Whitney test, Spearman correlation coefficient, linear regression analysis with univariate and multivariate models and stepwise criteria for variable selection, as applicable. Receiver operating characteristic (ROC) curve analysis was used to obtain the cutoff points for TSH values to differentiate patients with normal BMD from those with osteopenia and osteoporosis. Level of significance was 5% (p < 0.05). Results: Patients were 58.4 ± 8.3 years-old, with body mass index (BMI) of 27.9 ± 4.5 kg/m2, mean TSH level of 0.21 ± 0.28 ?UI/ml. Average T-scores of patients were -1.09 ± 1.43 SD in lumbar spine and -0.12 ± 1.18 SD in total femur. No significant differences were found between lumbar (p = 0.940) or femoral (p = 0.105) T-scores between groups. Multivariate regression analysis evidenced BMI and mean TSH as significant factors correlated to lumbar BMD. For femoral BMD, significant correlation factors were BMI, TSH, and oral contraceptive use. ROC curve analysis for TSH values that differentiated patients with normal BMD from osteopenia and osteoporosis identified the significant cutoff of TSH < 0.185 ?UI/ml for normal BMD versus osteopenia, with significant area under the curve (0.625; 95% confidence interval = 0.508 - 0.742; p = 0.043). Conclusion: The TSH threshold that discriminates normal BMD from osteopenia in DTC patients treated with exogenous LT4 is unprecedented. Our data provide a rationale for maintaining TSH levels less suppressed in patients at low risk for tumor recurrence, aiming to preserve their BMD / Mestrado / Clinica Medica / Mestra em Clínica Médica
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Perfil genético de suscetibilidade ao desenvolvimento de carcinoma medular de tireoide / Profile of genetic susceptibility to the development of medullary thyroid carcinoma

Barbieri, Raquel Bueno, 1985- 03 May 2012 (has links)
Orientadores: Laura Sterian Ward, Janete Cerutti / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-20T07:05:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Barbieri_RaquelBueno_M.pdf: 1118684 bytes, checksum: aea72fb3df76b68d6756c422b46ffc56 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: Polimorfismos de genes baixa penetrância têm sido consistentemente associados com a suscetibilidade a uma série de tumores humanos, incluindo o câncer de tireóide. A fim de determinar seu papel no carcinoma medular de tireóide (CMT), foi utilizado o método TaqMan® SNP Genotyping em 138 pacientes com CMTH, 47 pacientes com CMT-s e um grupo controle de 578 indivíduos para genotipagem dos polimorfismos CYP1A2*F (rs762551), CYP1A1m1 (rs4646903), NAT2 C282T (rs1041983), GSTP1 codon 105 (rs1695), TP53 codon 72 (rs1042522). Este estudo demonstrou uma associação entre a presença de alelos polimórficos de CYP1A2*F, GSTP1 e NAT2 e o desenvolvimento de CMTH. A herança do alelo C em homozigose do gene CYP1A 2*F influencia o desenvolvimento de CMTH em mais de 2 vezes. Pacientes que apresentaram o alelo T em homozigose para o gene NAT2 possuem uma probabilidade 3 vezes maior para o desenvolvimento de CMTH e os indivíduos que herdaram o alelo G do gene GSTP1 em homozigose apresentam maior probabilidade de desenvolvimento de CMTH. Uma análise estatística de regressão logística, ajustada para sexo, idade, etnia, tabagismo e os genes CYP1A*F, CYP1A1m1, NAT, GSTP1 e TP53 para os pacientes com CMTH demonstrou que, quando considerado o tamanho do tumor como estimativa de agressividade, o sexo masculino apresentou-se como fator de proteção ao aumento do tamanho do tumor (OR=0,12; p=0,0072). Considerando a recidiva local como estimativa de agressividade, o genótipo alterado do gene GSTP1 apresentou-se como fator de risco para presença de recidiva local (OR=1,17; p=0,035). A análise de regressão logística mostrou que a herança do genótipo C/C dos genes NAT2 (OR=3,87; IC95%=2,11-7,10; p=2,2x10-5) e TP53 (OR=3,87 IC95%=1,78-6,10; p=2,8x10-4) aumentou o risco de CMT-s. Uma análise de regressão indicou que o genótipo C/C do gene TP53 contribui com 8,07% do risco CMT-s. Não foi possível identificar qualquer relação entre os polimorfismos de NAT2 e TP53, sugerindo que são fatores independentes de risco para o CMT-s. Em conclusão, foi demonstrado que os genes de detoxificação e genes de apoptose e controle do ciclo celular estão envolvidos na suscetibilidade ao desenvolvimento de CMT-s e CMTH e podem modular a suscetibilidade à doença / Abstract: Polymorphisms in low penetrance genes have been consistently associated with susceptibility to a variety of human tumors, including thyroid cancer. In order to determine its role in medullary thyroid carcinoma (MTC) TaqMan® SNP Genotyping method was used in 138 patients with HMTC, 47 patients with MTC-s and a control group of 578 for genotyping of polymorphisms CYP1A2*F (rs762551), CYP1A1m1 (rs4646903), NAT2 C282T (rs1041983), GSTP1 codon 105 (rs1695) and TP53 codon 72 (rs1042522). This study demonstrated an association between the presence of polymorphic alleles of CYP1A2 F, GSTP1 and NAT2 and the development of HMTC. The legacy of the C allele in homozygous CYP1A2*F gene influences the development of CMTH in more than two times. Patients who had the T allele in homozygous for the NAT2 gene have a three times more likely to develop HMTC and individuals who have inherited the G allele of GSTP1 gene in homozygous are more likely to develop CMTH. A statistical analysis of logistic regression, adjusted for sex, age, ethnicity, smoking and genes CYP1A*F, CYP1A1m1, NAT, GSTP1, and TP53, in patients with HMTC, showed that, when considering the size of the tumor as an estimate of aggression, sex male presented himself as a protective factor to the increase in tumor size (OR=0.12; p=0.0072). Considering the estimate of local recurrence and aggressiveness, the altered gene GSTP1 genotype appeared as a risk factor for presence of local recurrence (OR=1.17; p=0.035). The logistic regression analysis showed that the genotypes of the NAT2 gene C/C (OR=3.87; 95%CI=2.11-7.10, p=2.2x10-5) and TP53 C/C (OR=3.87; 95%CI=1.78-6.10; p=2.8x10-4) inheritance increased the risk of sporadic MTC. A regression analysis showed that genotype C/C TP53 gene accounts for 8.07% of sporadic MTC risk. In addition, there was no association between the investigated genes and clinical or pathological features of aggressiveness of the tumors or the outcome of MTC patients. In conclusion, we demonstrated that detoxification genes and apoptotic and cell-cycle control genes are involved in the susceptibility of MTC-s and HMTC and may modulate the susceptibility to the disease / Mestrado / Ciencias Basicas / Mestre em Clinica Medica
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Análise do perfil das proteínas MAGE A3, P53, MDM2 e KAP - 1 na identificação de malignidade e na caracterização de lesões tiroidianas de padrão folicular = Analysis of protein profile MAGE A3, P53, MDM2 and KAP-1 in malignancy identification and in the characterization of thyroid follicular lesions / Analysis of protein profile MAGE A3, P53, MDM2 and KAP-1 in malignancy identification and in the characterization of thyroid follicular lesions

Martins, Mariana Bonjiorno, 1985- 20 August 2018 (has links)
Orientador: Laura Sterian Ward / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-20T22:18:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Martins_MarianaBonjiorno_M.pdf: 2775717 bytes, checksum: 1e2d998b43775fd0f5b926acafc0b649 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: As lesões tiroidianas de padrão folicular constituem cerca de 30% das lesões de tiroide e são um grande problema clínico já que incluem condições benignas e malignas. Isso obriga aos pacientes que são candidatos potenciais a realizarem cirurgia, que se mostra desnecessária em 70% das citologias indeterminadas que, no exame histológico, revelam serem lesões benignas. Os antígenos de Câncer de Testículos possuem como membro MAGE A3, uma proteína especifica envolvida na regulação da apoptose e na progressão do ciclo celular. O gene TP53 é um supressor tumoral, sua proteína p53 possui uma participação fundamental no controle do ciclo celular, reparação do DNA e ativação da apoptose, e é responsável pela transcrição da MDM2, que inibe as funções transcritoras de p53 e produz retroalimentação negativa. A proteína KAP-1 pode atuar como uma co-repressora de p53 ao se ligar a MAGE A3 e a MDM2 e ele tem sido implicado em diversos processos celulares, tais como o desenvolvimento, diferenciação e transformação neoplásica. Objetivamos neste trabalho, analisar a expressão de MAGE A3, P53, MDM2 e KAP-1 como possíveis marcadores de diagnóstico e prognóstico para Câncer Diferenciado de Tiroide. Utilizamos imunoistoquímica para avaliar expressão das proteínas. Foram investigados 364 pacientes com nódulos de tiroide (tecidos malignos e benignos). A expressão de todas as proteínas identificou malignidade (p<0.0001) e também pode diferenciar algumas lesões de padrão folicular. A expressão proteica de MAGE A3, P53, MDM2 e KAP-1 se associaram com aspectos clínicos e patológicos de agressividade, porém somente KAP-1 se correlacionou com recidiva tumoral, mas não com a sobrevida dos pacientes. Nossos dados sugerem que a expressão de MAGE A3, P53, MDM2 não é boa marcadora de recidiva, mas todas as proteínas podem auxiliar no diagnóstico diferencial das lesões foliculares da tiroide e confirmar malignidade, podendo ser útil como parte de um painel de marcadores que auxiliam no diagnóstico para câncer diferenciado da tiroide / Abstract: The lesions of thyroid follicular constitute about 30% of thyroid lesions and are a major clinical problem since they include benign and malignant conditions. This requires patients who are potential candidates to perform surgery, which appears unnecessary in 70% of indeterminate cytology that the histological examination revealed to be benign. The antigens Cancer Testis have member as MAGE A3, a specific protein involved in regulation of apoptosis and cell cycle progression. The TP53 is a tumor suppressor, its protein p53 has a fundamental role in cell cycle control, DNA repair and activation of apoptosis, and is responsible for transcription of MDM2, which inhibits the functions of p53 transcribers and produces negative feedback. The KAP-1 protein can act as a co-repressor of p53 to bind to MDM2 and MAGE A3 and it has been implicated in diverse cellular processes such as development, differentiation and neoplasic transformation. This paper sets to analyze the expression of MAGE A3, P53, MDM2 and KAP-1 as potential markers for diagnosis and prognosis of Differentiated Thyroid Cancer. We used immunohistochemistry to evaluate protein expression. We investigated 364 patients with thyroid nodules (malignant and benign tissue). The expression of all proteins identified malignancy (p <0.0001) and also can differentiate between some follicular lesions. Protein expression of MAGE A3, P53, MDM2 and KAP-1 were associated with clinical and pathological aggression, but only KAP-1 correlated with tumor recurrence, but not with patient survival. Our data suggest that the expression of MAGE A3, P53, MDM2 is not a good marker of recurrence, but all proteins may help in the differential diagnosis of follicular thyroid lesions and to confirm malignancy and may be useful as part of a panel of markers that help diagnosis of differential thyroid cancer / Mestrado / Clinica Medica / Mestre em Ciências
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Aspectos clínicos, ultrasonográficos, cintilográficos e cito-patológicos na predição de malignidade do nódulo tireoidiano / Role of clinical, ultrasound, scintigraphyc and cytological parameters to predict malignancy in thyroid nodule

Maia, Frederico Fernandes Ribeiro, 1979- 18 August 2018 (has links)
Orientadores: Denise Engelbrecht Zantut-Wittmann, José Vassallo, Patrícia Sabino Matos / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-18T16:27:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maia_FredericoFernandesRibeiro_M.pdf: 3526510 bytes, checksum: 65aa0cfcc1c703f9021864119260a326 (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: Introdução: A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) permanece como o procedimento de referência na avaliação dos nódulos de tireóide. No entanto, em cerca de 10 a 30% dos casos, o diagnóstico citológico é indeterminado. Alguns estudos recentes buscam estabelecer modelos de predição de risco para malignidade no nódulo de tireóide, correlacionando fatores de risco, como idade, sexo, nódulo solitário, níveis de hormônio estimulador da tireóide (TSH), auto-imunidade tireoidiana, nódulos frios e aspectos ultrassonográficos, entre outros. No entanto, os resultados são discordantes, carecendo de novos estudos sobre o tema. Objetivos: Avaliar os parâmetros clínicos, laboratoriais, de ultra-sonografia (US), cintilografia e cito-patologia em nódulos de tireóide, incluindo nódulos de citologia indeterminada, e investigar o papel destes fatores como preditores de malignidade em nódulos de tireóide com resultados citológicos inicialmente benignos submetidos à repetição criteriosa da PAAF. Métodos: Cento e quarenta e três pacientes tratados cirurgicamente em um único centro hospitalar, sendo confirmadas pela histologia que 65% (93) apresentavam nódulos de tireóide benignos e 35%, lesões malignas (50). Todas as citologias foram revisadas por patologista experiente na área e pelo autor, sendo reclassificadas prospectivamente pelo sistema de Bethesda. As variáveis clínicas, laboratoriais, cintilográficas, ultrassonográficas e cito-patológicas foram definidas com base na literatura consensual e comparadas retrospectivamente, definindo-se os marcadores de risco de malignidade após análise de regressão multivariada. Dentre os 143 casos, em 80 estabeleceu-se o diagnóstico de citologia indeterminada, sendo pesquisados os preditores clínicos, ultrassonográficos e variáveis citológicas apontadas pela classificação de Bethesda. Dentre o total dos 143 nódulos, avaliamos a evolução de 35 deles que apresentaram resultados citológicos inicialmente benignos e foram submetidos à PAAF de repetição guiada por US (PAAF-US). Resultados: Entre os grupos de pacientes com diagnóstico histológico de nódulos benignos e malignos, não houve diferença significativa quanto ao sexo, função tireoidiana avaliada por níveis séricos de TSH e T4L, doença auto-imune da tireóide, e padrão cintilográfico, incluindo os nódulos com citologia indeterminada e o grupo de nódulos com citologia inicial benigna. O modelo obtido após análise de regressão multivariada evidenciou como fatores preditivos de malignidade em nódulo de tireóide a idade do paciente acima de 38,5 anos (determinado pela análise da curva ROC), o diâmetro do nódulo (> 2 cm), presença de microcalcificações e irregularidade da borda ao ultra-som, exibindo acurácia de 81,7%. A comparação entre os achados de US mostrou diferenças em relação às características suspeitas de malignidade (microcalcificações, fluxo central, irregularidade da borda e hipoecogenicidade). A prevalência de malignidade nos nódulos com citologia indeterminada (n=80) foi de 25% (20/80). A análise de regressão multivariada mostrou irregularidade da borda ao ultra-som e citologia categoria IV de Bethesda como variáveis significativas para prever a malignidade em nódulos de tireóide com citologia indeterminada, proporcionando 76,9% de acurácia. Quanto aos pacientes com nódulos apresentando citologia inicial benigna e submetidos à repetição da PAAF, obtivemos 10 casos malignos (28,5%) (G1) e 25 nódulos que mantiveram diagnóstico de benignidade (G2) à histologia final. Dentre o total de 35 pacientes, a PAAF de repetição resultou em 28 citologias indeterminadas durante o seguimento, sendo que 23 (82,1%) foram identificadas até a 3ª PAAF-US. O intervalo entre a 1ª e 3ª PAAF-US foi de 13 meses (mediana). A análise dos dados obtidos pelos laudos do estudo ultrassonográfico mostrou diferença significativa entre as características suspeitas no G1: microcalcificações, irregularidade da borda, fluxo central, hipoecogenicidade, em relação ao G2. Conclusões: Verificamos maior risco de carcinoma em nódulos de tireóide de pacientes com idade acima de 39 anos e US com características suspeitas de malignidade. O estudo de ultra-som e resultado categoria IV de Bethesda à citologia mostraram alta acurácia para predição de malignidade em nódulos com citologia indeterminada. Em nódulos com citologia inicial benigna, seguidos ambulatorialmente, observou-se maior taxa de malignidade na presença de US suspeito inicial, indicando que a repetição da PAAF-US por até duas vezes, em um período médio de 13 meses após a 1ª punção pode elevar a taxa de diagnóstico. Estes resultados podem ser usados para orientar a tomada de decisões cirúrgicas com maior propriedade / Abstract: Background: Althout fine-needle aspiration cytology (FNAC) is considering the gold standard for evaluating thyroid nodules, in about 10-30% of the cases, cytology is indeterminate. Some studies in literature showed different models of prediction for thyroid nodule malignancy, including age, gender, solitary nodule, thyrotropin (TSH) levels, thyroid auto-immunity, cold nodules and suspect ultrasound aspects. However, the adequate predictor model for clinical application and surgical guidance for thyroid nodule management is not well established in medical literature. Objectives: This study aimed to evaluate clinical, laboratory, ultrasound (US) and scintigraphyc parameters in thyroid nodule. This study still aimed to investigate the role of these predictors to determine malignancy in thyroid nodules with indeterminate cytology and nodules with initially benign cytological result at 1st presentation. Methods: This study enrolled 143 patients surgically treated in a single center, 65% (93) of benign thyroid nodule vs. 35% (50) malignant lesions at final histology (1998 to 2008). The clinical, laboratory, scintigraphyc and US features were retrospectively compared and a predictor model was designed after multivariate analysis to predict malignancy in this group. 80/143 selected cases of indeterminate cytology were prospective studied and re-classified by Bethesda System. The clinical, scintigraphyc, sonographic and cytological classification (Bethesda) variables were analyzed in this specific group. At finally, we studied 35/143 nodules with initially benign cytological result who underwent serious ultrasound guided re-biopsy [fine-needle aspiration cytology (FNAC-US)]. Results: Between the benign and malignant nodules groups, there were no differences in gender, serum TSH and FT4 levels, thyroid auto-antibodies, thyroid dysfunction and scintigraphyc result, including indeterminate cytology group and the specific group of thyroid nodules with initially benign cytology result. Sonographic study showed differences between the presences of suspected characteristics of nodule in the group of malignant lesions: microcalcifications, central flow, border irregularity and hypoechogenicity. The model obtained after multivariate analysis, showed age (>39yrs), border irregularity, microcalcifications and nodule size as factors predictive of malignancy, featuring 81.7% of accuracy. In the specific group of indeterminate cytology, there was a 25% prevalence of malignancy (20/80). The model obtained after multivariate analysis demonstrated border irregularity by US and category IV of Bethesda as significant variables to predict malignancy in indeterminate thyroid nodules (76.9% of accuracy). By means of surgery, malignancy histology results were confirmed in 10 (28.5%) cases (G1) vs. 25 (71.5%) benign nodules (G2) in the group of nodules with initially cytological result. Of the 28/35 indeterminate FNAC result during the follow up, 23 (82.1%) was identified until the 3rd FNAC-US. The interval between 1st and 3rd re-biopsy was 13 months (median). Sonographic studies showed malignant suspected US features in G1: microcalcifications, central flow, hypoechogenicity and border irregularity. Conclusions: This study confirmed significantly increased risk for malignancy in patients over 39 years and suspects US features. The ultrasound study and category IV of Bethesda were correlated to malignancy in thyroid nodules with indeterminate cytology. This study demonstrated malignancy rate in thyroid nodules with first benign cytologic result and suspicious US features of malignancy and suggests repeating FNAC-US in this group of nodules for at least two times (until the 3rd FNAC) in about 13 months horizon. These findings can be used to guide surgical decision making / Mestrado / Clinica Medica / Mestre em Clinica Medica
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Fatores associados à persistência do carcinoma diferenciado de tireoide um ano após radioiodoterapia

GUIMARÃES, Giulliana Nóbrega 15 June 2015 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-04-19T11:21:33Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) DISSERTAÇAO-GIULLIANA_NOBREGA.pdf: 1803238 bytes, checksum: 3e84c45ed9de31b5cd10607f9f195dca (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-19T11:21:33Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) DISSERTAÇAO-GIULLIANA_NOBREGA.pdf: 1803238 bytes, checksum: 3e84c45ed9de31b5cd10607f9f195dca (MD5) Previous issue date: 2015-06-15 / CNPq / INTRODUÇÃO: O carcinoma diferenciado de tireoide (CDT) é avaliado e tratado de acordo com fatores prognósticos. Embora tenha um bom prognóstico, 14% dos pacientes considerados como de baixo risco de recorrência podem apresentar doença persistente mesmo com tratamento adequado. Por isso, estudos têm sido realizados no intuito de encontrar outros possíveis preditores de persistência do CDT. OBJETIVO: Avaliar que fatores clínicos, laboratoriais e anatomopatológicos estão associados à persistência do CDT um ano após radioiodoterapia (RIT). METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão de prontuários, na qual foram incluídos 375 pacientes portadores de CDT. Foram coletados dos registros os dados clínicos (gênero e idade), resultados de dosagens de hormônio tireoestimulante (TSH), tireoglobulina (Tg) e anticorpo anti-tireoglobulina (AATg) antes e um ano após RIT, resultados de varredura de corpo inteiro (PCI) após dose ablativa de radioiodo (131I) e um ano após tratamento inicial, além de laudos dos exames histopatológicos. A partir dos dados obtidos, foi realizada análise bivariada e as variáveis que apresentaram significância inferior a 20,0% (p < 0,20) foram submetidas à análise multivariada através do modelo de regressão de Poisson. Para se chegar a um valor de Tg estimulada (TgE) capaz de predizer os pacientes que teriam maior chance de persistência de doença, foi realizada uma curva ROC. RESULTADOS: Observou-se associação significativa entre persistência de doença e idade inferior a 45 anos (p=0,001), multifocalidade (p=0.008) e tamanho tumoral entre 2 a 4 cm (p=0,002). Além disso, verificou-se associação significativa entre da TgE e persistência do CDT (p<0,001). O ponto de corte de TgE pré-dose com maior sensibilidade e especificidade para prever persistência de doença foi de 7,4 ng/mL. Utilizando este valor encontramos um valor preditivo negativo (VPN) de 87,5%. CONCLUSÃO: Neste estudo encontramos uma forte associação entre persistência do CDT e faixa etária, tamanho tumoral, multifocalidade e Tg estimulada pré-ablação. A Tg estimulada pré-ablação mostrou-se um valioso preditor de persistência de CDT um ano após RIT. Valores de 7,4 ng/mL ou mais mostraram maior sensibilidade e especificidade para prever este desfecho. / BACKGROUND: Differentiated thyroid carcinoma (CDT) is evaluated and treated according to prognostic factors. Although it has a good prognosis, 14% of the patients which are considered at low risk of recurrence, might have persistent disease despite suitable treatment. Hence, studies have been realized in order to find other possible prognostic predictors for CDT persistence. OBJECTIVE: Assess which clinical, laboratory and pathological factors are associated with persistence of CDT one year after radioiodine therapy (RIT). METHODS: It was performed a chart review, in which was included 375 patients with CDT. Were collected clinical data (age and sex), results of thyroid-stimulating hormone (TSH), thyroglobulin (Tg) and antithyroglobulin antibody (AATg) before and one year after RIT, whole body scan (PCI) results after ablative dose of 131I and one year later and, also histopathological exam reports. From these data, was performed a bivariate analysis and the variables that were significant lower than 20.0% (p <0.20) were submitted to multivariate analysis using Poisson regression model. To achieve a stimulated Tg (TgE) value able to predict which patients would have a greater chance of persistent disease, a ROC curve was performed. RESULTS: A significant association was found between persistence of disease and age less than 45 years (p = 0.001), multifocality (p = 0.008) and tumor size between 2-4 cm (p = 0.002). In addition, there was a significant association between TgE and persistence of CDT (p <0.001). The pre-ablation TgE cutoff with greater sensitivity and specificity in predicting persistence of disease was 7.4 ng / mL. Using this value, we found a negative predictive value (VPN) of 87.5%. CONCLUSION: We found a significant association between persistent CDT and age, tumor size, multifocality and pre-ablation TgE in this study. TgE pre-ablation was shown to be a valuable predictor of persistence CDT one year after RIT. Values of 7.4 ng / ml or more showed greater sensitivity and specificity to predict this outcome.
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Expressão de marcadores moleculares preditivos de recorrência locoregional de carcinoma papilífero de tireoide / Expression of molecular predictive markers of locoregional recurrence of papillary thyroid carcinoma

Viana, Aline de Oliveira Ribeiro 15 January 2019 (has links)
INTRODUÇÃO: O carcinoma papilífero é o tumor maligno mais comum da tireoide e sua incidência vem aumentando em todo o mundo nas últimas décadas. A maioria dos pacientes com carcinoma papilífero apresenta bom prognóstico, com uma taxa de sobrevida em 10 anos de 90 a 95%, porém, as taxas de recorrência e a necessidade de continuar o tratamento continuam a ser um problema significativo para 5 a 40% dos pacientes. Embora sejam utilizadas diversas classificações de risco baseadas em diferentes fatores prognósticos, nenhuma é capaz de predizer quais pacientes terão maior chance de recorrência e desfecho desfavorável. Este estudo tem como objetivo analisar a expressão de marcadores imunoistoquímicos (Citoqueratina-19, Galectina- 3, EGFR, Ki-67, NF-kB) como marcadores preditivos de recorrência no carcinoma papilífero de tireoide. MÉTODOS: Estudo retrospectivo caso-controle, que incluiu 42 casos de pacientes com carcinoma papilífero de tireoide tratados cirurgicamente no A.C. Camargo Cancer Center entre janeiro de 2000 e julho de 2010 que apresentaram recorrência diagnosticada durante o período de seguimento. Pacientes do grupo controle foram pareados por gênero, idade, estadiamento patológico T e N. Os casos selecionados tiveram suas características clínicas registradas e variáveis anatomopatológicas revistas por um patologista com experiência em patologia tireoideana. As lâminas foram confeccionadas pelo sistema de tissue microarray e foram submetidos a reação de imunoistoquímica. Análise de sobrevida multivariada pelo método de Cox foi aplicada para identificar fatores de risco independentes para recorrência. RESULTADOS: Dos 42 casos selecionados, 30 pacientes (71,4%) eram do gênero feminino e 12 (28,6%) do gênero masculino, com a idade variando entre 10 e 80 anos (mediana de 39 anos). A maioria dos pacientes (64,3%) tinha tumores com estadiamento T inicial (T1-T2). Metade da casuística foi classificada como baixo risco, segundo a estratificação de risco da American Thyroid Association (ATA). Dezessete pacientes (40,5%) apresentava risco intermediário e quatro pacientes (9,5%) foram classificados como de alto risco. O tempo de seguimento variou de 46 a 196 meses, com tempo até a recorrência de 2 a 106 meses (mediana de 30 meses). Entre os marcadores analisados, o CK-19 e Ki-67 apresentaram associação estatisticamente significativa com o risco de recorrência (p=0,029 e p=0,007 respectivamente). Na análise multivariada, a imunoexpressão para os marcadores CK-19 e Ki-67 foram identificados como fatores independentes significativos para predição do risco recorrência loco-regional (IC-1,14-81,01 e 1,32- 7,94, respectivamente). Galectina-3, EGFR e NF-kB não apresentaram associação estatisticamente significante. Não observamos associação entre a imunoexpressão dos marcadores imunoistoquímicos e as variáveis clinico-patológicas estudadas. CONCLUSÃO: A análise imunoistoquímica dos marcadores de Ki-67 e CK-19 mostrou-se significativa para predizer recorrência tumoral em pacientes com carcinoma papilífero de tireoide / INTRODUCTION: Papillary carcinoma is the most common malignant thyroid tumor and its incidence has been increasing around the world in recent decades. Most papillary carcinoma have a good prognosis, with a 10-year survival rate of 90-95%, however, as rates of recurrence and salvage treatment remain a significant problem for 5-40% of patients. Although several risk classifications based on prognostic factors are in use, no one is able to predict precisely higher risk os recurrence and unfavorable outcome. The aim os this study is to analyse the immunohistochemical expression of selected markers (Cytokeratin-19, Galectin-3, EGFR, Ki 67, NF-kB) as predictors of thyroid papillary carcinoma recurrence. METHODS: Retrospective case-control study, which included 42 cases of patients with papillary thyroid carcinoma surgically treated at the A.C.Camargo Cancer Center between January 2000 and July 2010. The control group was matched by gender, age, pathological staging T and N stages. Clinical data was registered and pathological characteristics were reviwed by a single pathologist specialized in thyroid diseases. The slides were prepared for microarray tissue system and were submitted to an immunohistochemical reactions. Multivariate Cox method was used to identify the independent risk factors for recurrence. RESULTS: Of the 42 selected cases, 30 patients (71.4%) were female and 12 (28.6%) were male, ranging in age from 10 to 80 years (median of 39 years). Most patients (64.3%) had tumors at initial T staging (T1-T2). Half of the sample was classified as low risk according to the American Thyroid Association (ATA) risk stratification. Seventeen patients (40.5%) presented intermediate risk and four patients (9.5%) were classified as high risk. Follow-up ranged from 46 to 196 months, with time to recurrence from 2 to 106 months (median of 30 months). Among the markers analyzed, CK-19 and Ki-67 had a statistically significant association with the risk of recurrence (p = 0.029 and p = 0.007, respectively). In the multivariate logistic regression analysis, immunoexpression for the CK-19 and Ki-67 markers was independent risk factors for locoregional recurrence (CI-1.14-81.01 and 1.32-7.94, respectively) . Galectin-3, EGFR and NF-kB did not present a statistically significant association in this study. We did not observe an association between the immunoexpression of the immunohistochemical markers and the clinical-pathological variables studied. CONCLUSION: The immunohistochemical analysis of the Ki-67 and CK-19 markers are significant predictors of tumor recurrence in patients with papillary thyroid carcinoma
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Expressão de marcadores moleculares preditivos de recorrência locoregional de carcinoma papilífero de tireoide / Expression of molecular predictive markers of locoregional recurrence of papillary thyroid carcinoma

Aline de Oliveira Ribeiro Viana 15 January 2019 (has links)
INTRODUÇÃO: O carcinoma papilífero é o tumor maligno mais comum da tireoide e sua incidência vem aumentando em todo o mundo nas últimas décadas. A maioria dos pacientes com carcinoma papilífero apresenta bom prognóstico, com uma taxa de sobrevida em 10 anos de 90 a 95%, porém, as taxas de recorrência e a necessidade de continuar o tratamento continuam a ser um problema significativo para 5 a 40% dos pacientes. Embora sejam utilizadas diversas classificações de risco baseadas em diferentes fatores prognósticos, nenhuma é capaz de predizer quais pacientes terão maior chance de recorrência e desfecho desfavorável. Este estudo tem como objetivo analisar a expressão de marcadores imunoistoquímicos (Citoqueratina-19, Galectina- 3, EGFR, Ki-67, NF-kB) como marcadores preditivos de recorrência no carcinoma papilífero de tireoide. MÉTODOS: Estudo retrospectivo caso-controle, que incluiu 42 casos de pacientes com carcinoma papilífero de tireoide tratados cirurgicamente no A.C. Camargo Cancer Center entre janeiro de 2000 e julho de 2010 que apresentaram recorrência diagnosticada durante o período de seguimento. Pacientes do grupo controle foram pareados por gênero, idade, estadiamento patológico T e N. Os casos selecionados tiveram suas características clínicas registradas e variáveis anatomopatológicas revistas por um patologista com experiência em patologia tireoideana. As lâminas foram confeccionadas pelo sistema de tissue microarray e foram submetidos a reação de imunoistoquímica. Análise de sobrevida multivariada pelo método de Cox foi aplicada para identificar fatores de risco independentes para recorrência. RESULTADOS: Dos 42 casos selecionados, 30 pacientes (71,4%) eram do gênero feminino e 12 (28,6%) do gênero masculino, com a idade variando entre 10 e 80 anos (mediana de 39 anos). A maioria dos pacientes (64,3%) tinha tumores com estadiamento T inicial (T1-T2). Metade da casuística foi classificada como baixo risco, segundo a estratificação de risco da American Thyroid Association (ATA). Dezessete pacientes (40,5%) apresentava risco intermediário e quatro pacientes (9,5%) foram classificados como de alto risco. O tempo de seguimento variou de 46 a 196 meses, com tempo até a recorrência de 2 a 106 meses (mediana de 30 meses). Entre os marcadores analisados, o CK-19 e Ki-67 apresentaram associação estatisticamente significativa com o risco de recorrência (p=0,029 e p=0,007 respectivamente). Na análise multivariada, a imunoexpressão para os marcadores CK-19 e Ki-67 foram identificados como fatores independentes significativos para predição do risco recorrência loco-regional (IC-1,14-81,01 e 1,32- 7,94, respectivamente). Galectina-3, EGFR e NF-kB não apresentaram associação estatisticamente significante. Não observamos associação entre a imunoexpressão dos marcadores imunoistoquímicos e as variáveis clinico-patológicas estudadas. CONCLUSÃO: A análise imunoistoquímica dos marcadores de Ki-67 e CK-19 mostrou-se significativa para predizer recorrência tumoral em pacientes com carcinoma papilífero de tireoide / INTRODUCTION: Papillary carcinoma is the most common malignant thyroid tumor and its incidence has been increasing around the world in recent decades. Most papillary carcinoma have a good prognosis, with a 10-year survival rate of 90-95%, however, as rates of recurrence and salvage treatment remain a significant problem for 5-40% of patients. Although several risk classifications based on prognostic factors are in use, no one is able to predict precisely higher risk os recurrence and unfavorable outcome. The aim os this study is to analyse the immunohistochemical expression of selected markers (Cytokeratin-19, Galectin-3, EGFR, Ki 67, NF-kB) as predictors of thyroid papillary carcinoma recurrence. METHODS: Retrospective case-control study, which included 42 cases of patients with papillary thyroid carcinoma surgically treated at the A.C.Camargo Cancer Center between January 2000 and July 2010. The control group was matched by gender, age, pathological staging T and N stages. Clinical data was registered and pathological characteristics were reviwed by a single pathologist specialized in thyroid diseases. The slides were prepared for microarray tissue system and were submitted to an immunohistochemical reactions. Multivariate Cox method was used to identify the independent risk factors for recurrence. RESULTS: Of the 42 selected cases, 30 patients (71.4%) were female and 12 (28.6%) were male, ranging in age from 10 to 80 years (median of 39 years). Most patients (64.3%) had tumors at initial T staging (T1-T2). Half of the sample was classified as low risk according to the American Thyroid Association (ATA) risk stratification. Seventeen patients (40.5%) presented intermediate risk and four patients (9.5%) were classified as high risk. Follow-up ranged from 46 to 196 months, with time to recurrence from 2 to 106 months (median of 30 months). Among the markers analyzed, CK-19 and Ki-67 had a statistically significant association with the risk of recurrence (p = 0.029 and p = 0.007, respectively). In the multivariate logistic regression analysis, immunoexpression for the CK-19 and Ki-67 markers was independent risk factors for locoregional recurrence (CI-1.14-81.01 and 1.32-7.94, respectively) . Galectin-3, EGFR and NF-kB did not present a statistically significant association in this study. We did not observe an association between the immunoexpression of the immunohistochemical markers and the clinical-pathological variables studied. CONCLUSION: The immunohistochemical analysis of the Ki-67 and CK-19 markers are significant predictors of tumor recurrence in patients with papillary thyroid carcinoma

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