• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 17
  • 8
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 29
  • 29
  • 9
  • 9
  • 8
  • 6
  • 5
  • 4
  • 4
  • 4
  • 4
  • 4
  • 3
  • 3
  • 3
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
21

Infecção de gerbils (Meriones unguiculatus) com Toxocara canis : migração de larvas e estudo morfológico com pesquisa imunohistoquímica de antígenos de larvas nas lesões

Flecher, Mayra Cunha 13 April 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-23T13:56:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao de Mayra Cunha Flecher Parte 1.pdf: 411121 bytes, checksum: 2e2fa35dfadad427bfb1686b54ea0759 (MD5) Previous issue date: 2010-04-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Introdução. Nos últimos anos, os gerbils têm sido usados como modelo de Toxocaríase experimental, especialmente, para os estudos de lesões oculares e do Sistema Nervoso Central. Objetivos. Estudar a migração das larvas e as lesões, por meio de estudo imunohistoquímico, em gerbils infectados ou reinfectados com Toxocara canis. Métodos. Gerbils foram infectados com 1.500 ovos embrionados de T. canis e eutanasiados 4, 8, 12, 24, 48, 72 e 96 horas; 7, 15, 30 e 60 dias após a infecção. Intestino delgado e grosso, fragmentos do fígado e do encéfalo foram pressionados entre duas lâminas para a contagem de larvas, e o pulmão, digerido com solução de pepsina ácida para a contagem das larvas no sedimento. De todos os órgãos foram colhidos fragmentos, e fixados em formol tamponado para estudo histológico e imunohistoquímico das lesões, com utilização de um soro policlonal obtido em coelhos infectados com T. canis. Outro grupo de gerbils, previamente infectados foram reinfectados, 30 dias após a primeira infecção, com 1.500 ou 1.000 ovos e sacrificados 4, 8, 48 e 72 horas, e 7, 15, 30 e 60 dias após a reinfecção sendo submetidos aos mesmos procedimentos dos animais com uma única infecção. Resultados. Os resultados mostraram que as larvas migraram nas primeiras 24 horas através do intestino delgado e ceco, a partir desse tempo elas começaram a ser observadas em grande número no fígado, apresentando concentração maior 48 horas após a infecção. Depois começaram a migrar para os pulmões e outros órgãos, reduzindo de número no fígado após uma semana de infecção, e voltando a aumentar após 15 dias, sendo ainda observadas até os 60 dias. Nos pulmões, as larvas foram abundantes após 72 horas, onde induziram grandes áreas de hemorragia, que reduziam em número progressivamente até 30 dias após a infecção. A partir de 96 horas, foram encontradas no encéfalo, onde predominaram até o fim do experimento. Nos animais reinfectados houve um aumento na proporção de larvas contadas no fígado, em relação à primoinfecção, e redução delas no encéfalo. Nos animais que receberam uma infecção, as alterações morfológicas nos diferentes órgãos, exceto nos sistema nervoso, caracterizaram-se por inflamação discreta ou moderada com grande quantidade de eosinófilos e agregados frouxos de macrófagos e eosinófilos. No encéfalo as larvas foram observadas intactas, com reação inflamatória muito escassa. Nos animais reinfectados, as lesões inflamatórias foram mais graves com granulomas epitelióides bem organizados, muitos com larva no centro, inclusive com lesões graves na substância branca de cerebelo. A imunohistoquímica detectou em todos os órgãos, na infecção primária e na reinfecção, antígenos da larva nas áreas de exsudato inflamatório difuso, nos granulomas e ao redor das larvas. Conclusão. Os resultados mostraram que a migração das larvas no gerbil segue o padrão observado em camundongos e ratos com uma fase neurotrópica mais tardia, com concentração de larvas no sistema nervoso central. Na reinfecção há evidencias de resposta imunitária adaptativa tipo TH2 (eosinofilia no exsudato inflamatório e granulomas eosinofílicos), com aumento da retenção de larvas no fígado retardando a sua chegada no encéfalo; embora os granulomas epitelióides nos animais reinfectados, ás vezes, tivessem larvas no seu interior, não havia evidência de agressão a essa larvas / Introduction. In last years, the gerbils have been used as experimental model of toxocariasis, especially for studies of ocular lesions and central nervous system. Objectives. To study the migration of larvae and lesions with immunohistochemical study in gerbils infected or re-infected with Toxocara canis. Methods. Gerbils were infected with 1,500 embryonated eggs of T. canis and euthanized 4, 8, 12, 24, 48, 72 and 96 hours, 7, 15, 30 and 60 days after infection. Small and large intestine, liver and brain fragments were pressed between two slides for larvae counts, and lung, digested with acid pepsin solution for larvae counts in the sediment. Formalin fixed fragments of different organs were paraffin embedded for histology and immuniohistiochenmistry, using anti-Toxocara polyclonal serum obtained from rabbits infected with T. canis. Previously infected gerbils were re-infected 30 days after the first infection, with 1,500 or 1,000 eggs and sacrificed 4, 8, 48 and 72 hours, 7, 15, 30 and 60 days after reinfection and underwent the same procedures for larvae counts and histology and immunohistochemestry studies.. Results. Toxocara larvae migrate within the first 24 hours through the small intestine and cecum; from that time they began to be observed in large numbers in the liver, reaching higher number at 48 hours after infection. Then they began to migrate to the lungs and other organs, decreasing the number in the liver after a week of infection, and increased again after 15 days, and still observed until 60 days. In the lungs, the larvae were abundant after 72 hours, which induced large areas of hemorrhage, and were reduced progressively until 30 days after infection. After 96 hours, larvae start to be found in the brain, where the larval burden increased progressively until the end of the experiment. In re-infected animals was an increase in the proportion of larvae counted in the liver in relation to the first infection, and reduction in the brain, at the same times post infection. In animals that received one infection, the morphological changes in various organs, except in the nervous system, characterized by mild or moderate inflammation with large numbers of eosinophils and loose aggregates of macrophages and eosinophils. In the brain larvae were found intact, with scarce or absent inflammatory reaction. In re-infected animals, inflammatory lesions were more severe in all organs, with well organized epithelioid granulomas, with or without larva. Central nervous system lesions were severe, mainly injury in the white matter and Purkinge cells of cerebellum. Immunohistochemistry detected in all organs from all animals larval antigens in areas of diffuse inflammatory exudates, in granulomas and around intact larvae. Conclusion. The results showed that the Toxocara canis larval migration pattern in gerbils is similar to that described in mice and rats, with a neurotropic later stage, leading to concentration of larvae in the central nervous system. Lesions observed after reinfection showed evidence of a TH2 type adaptive immune response (eosinophils in the exsudate and epitheliod eosinophilic granulomas) that would be in relationship with retention of larvae in the liver, delaying their arrival to the brain. Although larvae were sometimes found inside epithelioid granulomas, there was not evidence that larvae were injured by inflammatory cells
22

Toxocaríase murina experimental: diagnóstico por PCR e comparação com técnicas imunológicas / Experimental murine toxocariasis: PCR diagnosis and its comparison with immunological techniques

Fonseca, Gabriela Rodrigues e 03 July 2018 (has links)
A toxocaríase é considerada uma das cinco parasitoses negligenciadas pelo Centers for Disease Control and Prevention e recebe ainda pouca atenção. As metodologias diagnósticas conhecidas são bem estabelecidas, apresentando, porém, limitações caracterizadas, sobretudo, pela ocorrência de reações-cruzadas. A biologia molecular mostra grandes avanços para o diagnóstico eficaz de diversas parasitoses, mas ainda carece de estudos em amostras de fácil obtenção para o diagnóstico da toxocaríase. Para aprimorar o conhecimento sobre a importância da técnica da Reação em Cadeia da Polimerase Convencional (PCR) e sua relação com técnicas diagnósticas já conhecidas, foram utilizados 42 camundongos BALB/c, machos, entre 6 a 8 semanas de vida, divididos em três grupos, inoculados com 5, 50 ou 500 ovos larvados e sangrados pelo plexo orbital aos 15, 30, 60 e 90 dias pós infecção. Ainda, do total, 24 camundongos foram sangrados aos 120 dias pós infecção. Ao final do experimento, foi realizada a recuperação de larvas e a PCR de tecido hepático, cérebro e carcaça de camundongos dos grupos infectados. As amostras de soro foram processadas pelas técnicas de ELISA, Western-blotting e PCR. O ELISA e o Western-blotting mostraram resultados reagentes em todas as datas para a maioria dos inóculos de ovos, com relação diretamente proporcional entre a detecção de anticorpos e a carga parasitária. Durante o período da infecção, a detecção de IgG foi mais intensa próxima aos 60 dias pós-infecção para a maioria dos inóculos de ovos, por ambos os métodos imunológicos. Apesar de identificar DNA de larvas e vermes adultos, a PCR não foi capaz de detectar DNA do parasito em amostras de soro em todos os grupos e datas pós-infecção. Em contrapartida, foi detectado DNA do parasito em todos os órgãos com ao menos um dos primers utilizados. Foram recuperadas larvas na maioria dos órgãos com maior porcentagem de recuperação relatada nos animais inoculados com 50 ovos larvados. O diagnóstico molecular, utilizando sangue do paciente, ainda não pode ser considerado uma ferramenta para o diagnóstico dessa infecção / Toxocariasis is considered by the Centers for Disease Control and Prevention one of the five neglected diseases and still receives little attention. The diagnostic methods are well established, presenting, however, limitations characterized mainly by the occurrence of cross-reactions. Molecular biology shows great advance for the effective diagnosis of several parasitic infections, but still lacks studies using samples that are easily obtained for the diagnosis of toxocariasis. In order to refine the knowledge about the importance of Conventional Polymerase Chain Reaction (PCR) and its relation with known techniques, 42 BALB/c male mice, between 6-8 weeks of age were inoculated with 5, 50 and 500 embryonated eggs respectively and bled by the orbital plexus at 15, 30, 60 and 90 days post infection. Also, 24 of 42 animals were bled the same way at 120 days post-infection. At the end of the experiment, larval recovery and conventional PCR were performed in liver, brain and carcass of mice of the infected groups. Serum samples were processed by ELISA, Western-blotting and PCR. The ELISA and Western-blotting techniques showed positive results in all days post infection for most eggs inocula and showed a directly proportional dependence between the infective dose and the level of antibodies. During the course of the infection, IgG detection was most intense near 60 days post infection for most eggs inocula, for both diagnostic methods. Despite positive DNA identification in larvae and adult worms, PCR wasn\'t able to detect parasite DNA in serum samples in all infected groups and days post infection. In contrast, parasite DNA was detected in all organs with at least one of the primers. Larvae were recovered from most organs, and animals inoculated with 50 embryonated eggs showed the highest percentage of larval recovery. Molecular diagnosis using patient\'s blood is not the best tool for toxocariasis diagnosis so far
23

Toxocaríase experimental em hamster / Experimental toxocariasis in hamsters

Silva, Ana Maria Gonçalves da 08 April 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: Toxocaríase é uma infecção parasitária de distribuição global, causada pela fase larval de Toxocara spp. Os hospedeiros naturais são cães e gatos, nos quais o parasita completa o ciclo chegando a fase adulta. Outros hospedeiros podem ser infectados pela fase larval do parasita, após ingestão de ovos embrionados do solo, mãos contaminadas, fomites, ou ingestão de carne ou vísceras de animais infectados. Em hospedeiros paratênicos o parasita não completa o ciclo, invadindo em estágio larval vísceras ou outros tecidos, onde podem sobreviver e induzir a patologia. O presente estudo teve como objetivo caracterizar o hamster (Mesocricetus auratus), como modelo experimental de toxocaríase, inicialmente através do estudo das lesões histopatológicas em fígado, pulmão e rim. A caracterização da resposta imunológica do modelo, foi feita através do estudo de citocinas envolvidas nas respostas Th1 e Th2, e foi sugerida uma correlação entre alterações glomerulares e depósitos de complexos antígenos-anticorpo pré-formados na circulação. MÉTODOS: Hamsters foram inoculados com ovos embrionados de Toxocara canis, e mantidos no biotério do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. O estudo histopatológico foi desenvolvido utilizando-se cortes parafinados corados por hematoxilina e eosina. Para detecção de antígenos nos tecidos foram realizadas reações imunohistoquímicas, utilizando-se anticorpo monoclonal e policlonal anti- Toxocara canis. Utilizando-se o soro dos animais infectados e animais controle, foi realizada pesquisa de antígeno e anticorpo por ELISA. Para pesquisa de imunoglobulinas IgG e IgM e complemento, foram utilizados cortes congelados de rins para realização de reação de Imunofluorescência. Fragmentos de rins foram incluídos para utilização em microscopia eletrônica, para detecção de antígenos de toxocara e de imune complexos. Para caracterização de resposta imunológica foram estudadas citocinas envolvidas na resposta Th1 e Th2 por técnica de RT-PCR. RESULTADOS: Os achados histopatológicos demonstraram desde o início da infecção, presença de larvas em maior número no fígado, seguido de pulmão e raramente rins. Em fígado remanescentes larvares foram visualizados cercados por reação inflamatória granulomatosa. Logo no início da infecção foi encontrado pneumonite intersticial e intraalveolar focal, e lesão renal com glomérulo apresentando hiperplasia focal de células mesangiais (glomerulite mesangio-proliferativa). Houve marcação de antígenos em todos os grupos de animais infectados, tanto pelo anticorpo monoclonal, como pelo policlonal. Depósitos de imunoglobulinas e complemento foram marcados em glomérulo por imunofluorescência A análise dos soros por ELISA, demonstrou na pesquisa de anticorpos aumento gradativo no decorrer da infecção, acompanhado de diminuição de antígenos. Depósitos de antígenos em glomérulos foram detectados por microscopia imonoeletrônica. No RT-PCR foi detectado aumento significativo do nível de IL-4, com tendência de elevação de IL-10 e IFN-?. CONCLUSÃO: O hamster demonstrou ser um modelo experimental eficiente para toxocaríase. Entretanto este modelo é mais adequado para infecções de curto prazo. A resposta imunológica avaliada por RT-PCR, com elevado nível da expressão de IL-4, sugere uma resposta Th2, mas a tendência de aumento de IL-10 e IFN-? poderia sinalizar uma resposta mista Th1 e Th2. Achados de depósitos de imunoglobulinas no glomérulo sugerem a possibilidade de que as manifestações renais com síndrome nefrótica em humanos possa vir a ter como base a toxocaríase / INTRODUCTION: Toxocariasis is a parasitic infection of global distribution, caused by the larval stage of Toxocara spp. The natural hosts are dogs and cats, in which the parasite completes the cycle reaching adulthood. Other hosts can be infected with the larval stage of the parasite, after ingestion of embryonated eggs from the soil, contaminated hands, fomites, or ingestion of meat or viscera of infected animals. In paratenics hosts the parasite not complete the cycle, encroaching on larval stage in viscera or other tissues where they can survive and induce pathology. The present study aimed to characterize the hamster, Mesocricetus auratus, as experimental model of toxocariasis, initially through the study of histopathological lesions in the liver, lung and kidney. The characterization of immune response model, was made through the study of cytokines Th1 and Th2 responses involved, and a correlation was suggested between glomerular changes and antibody-antigen complexes deposits preformed in the circulation. METHODS: Hamsters were inoculated with embryonated eggs of Toxocara canis, and kept in the bioterium of the Institute of Tropical Medicine of the São Paulo. The histopathologic study was developed using paraffin slides stained by hematoxylin and eosin. For detection of antigens in tissues immunohistochemistry reactions were performed using monoclonal and polyclonal anti-Toxocara canis sera. Using the serum of infected and control animals, search has been carried out of antigen and antibody by ELISA. For the search of immunoglobulins IgG, IgM and complement, were used slides prepared from frozen fragments of kidneys and a immunofluorescence reaction. Fragments of kidneys were included for electron microscopy to detect antigens of Toxocara and immune complexes. For characterization of Th1 and Th2 response cytokines involved were detected by RT-PCR technique. RESULTS: Histopathological findings demonstrated since the beginning of the infection the presence of larvae in greater numbers in the liver, followed by lung and rarely kidneys. In the liver larval remnants were surrounded by a granulomatous inflammatory reaction. Early in the infection was found interstitial pneumonitis with intraalveolar focal inflammatory infiltrate and renal injury with glomerulus showing mesangial cell focal hyperplasia (mesangioproliferative glomerulonephritis). There were the presence of antigens in all groups of animals infected detected by both the monoclonal and polyclonal antibodies. Deposits of immunoglobulin and complement were present in glomerulus by immunofluorescence analysis. ELISA, showed that the presence of antibodies increased gradually in the course of infection, accompanied by progressive diminution of antigens. Clusters of antigen/s were detected by immunoelectron microscopy. RT-PCR showed a significant increase of IL-4, with a tendency of increase of IL- 10 and IFN-?. CONCLUSION: The hamster has proved to be an efficient experimental model for toxocariasis. However this model is best suited for short-term infections. The immune response evaluated by RT-PCR, with high level of expression of IL-4, suggests a Th2 response, but the trend of increase of IL-10 and IFN-? might suggest a Th1 and Th2 mixed response. Findings of immunoglobulin deposits in glomeruli suggests the possibility that the renal manifestations with nephrotic syndrome in humans might have, in certain circunstances, as a basis the toxocariasis
24

Toxocaríase experimental em hamster / Experimental toxocariasis in hamsters

Ana Maria Gonçalves da Silva 08 April 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: Toxocaríase é uma infecção parasitária de distribuição global, causada pela fase larval de Toxocara spp. Os hospedeiros naturais são cães e gatos, nos quais o parasita completa o ciclo chegando a fase adulta. Outros hospedeiros podem ser infectados pela fase larval do parasita, após ingestão de ovos embrionados do solo, mãos contaminadas, fomites, ou ingestão de carne ou vísceras de animais infectados. Em hospedeiros paratênicos o parasita não completa o ciclo, invadindo em estágio larval vísceras ou outros tecidos, onde podem sobreviver e induzir a patologia. O presente estudo teve como objetivo caracterizar o hamster (Mesocricetus auratus), como modelo experimental de toxocaríase, inicialmente através do estudo das lesões histopatológicas em fígado, pulmão e rim. A caracterização da resposta imunológica do modelo, foi feita através do estudo de citocinas envolvidas nas respostas Th1 e Th2, e foi sugerida uma correlação entre alterações glomerulares e depósitos de complexos antígenos-anticorpo pré-formados na circulação. MÉTODOS: Hamsters foram inoculados com ovos embrionados de Toxocara canis, e mantidos no biotério do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. O estudo histopatológico foi desenvolvido utilizando-se cortes parafinados corados por hematoxilina e eosina. Para detecção de antígenos nos tecidos foram realizadas reações imunohistoquímicas, utilizando-se anticorpo monoclonal e policlonal anti- Toxocara canis. Utilizando-se o soro dos animais infectados e animais controle, foi realizada pesquisa de antígeno e anticorpo por ELISA. Para pesquisa de imunoglobulinas IgG e IgM e complemento, foram utilizados cortes congelados de rins para realização de reação de Imunofluorescência. Fragmentos de rins foram incluídos para utilização em microscopia eletrônica, para detecção de antígenos de toxocara e de imune complexos. Para caracterização de resposta imunológica foram estudadas citocinas envolvidas na resposta Th1 e Th2 por técnica de RT-PCR. RESULTADOS: Os achados histopatológicos demonstraram desde o início da infecção, presença de larvas em maior número no fígado, seguido de pulmão e raramente rins. Em fígado remanescentes larvares foram visualizados cercados por reação inflamatória granulomatosa. Logo no início da infecção foi encontrado pneumonite intersticial e intraalveolar focal, e lesão renal com glomérulo apresentando hiperplasia focal de células mesangiais (glomerulite mesangio-proliferativa). Houve marcação de antígenos em todos os grupos de animais infectados, tanto pelo anticorpo monoclonal, como pelo policlonal. Depósitos de imunoglobulinas e complemento foram marcados em glomérulo por imunofluorescência A análise dos soros por ELISA, demonstrou na pesquisa de anticorpos aumento gradativo no decorrer da infecção, acompanhado de diminuição de antígenos. Depósitos de antígenos em glomérulos foram detectados por microscopia imonoeletrônica. No RT-PCR foi detectado aumento significativo do nível de IL-4, com tendência de elevação de IL-10 e IFN-?. CONCLUSÃO: O hamster demonstrou ser um modelo experimental eficiente para toxocaríase. Entretanto este modelo é mais adequado para infecções de curto prazo. A resposta imunológica avaliada por RT-PCR, com elevado nível da expressão de IL-4, sugere uma resposta Th2, mas a tendência de aumento de IL-10 e IFN-? poderia sinalizar uma resposta mista Th1 e Th2. Achados de depósitos de imunoglobulinas no glomérulo sugerem a possibilidade de que as manifestações renais com síndrome nefrótica em humanos possa vir a ter como base a toxocaríase / INTRODUCTION: Toxocariasis is a parasitic infection of global distribution, caused by the larval stage of Toxocara spp. The natural hosts are dogs and cats, in which the parasite completes the cycle reaching adulthood. Other hosts can be infected with the larval stage of the parasite, after ingestion of embryonated eggs from the soil, contaminated hands, fomites, or ingestion of meat or viscera of infected animals. In paratenics hosts the parasite not complete the cycle, encroaching on larval stage in viscera or other tissues where they can survive and induce pathology. The present study aimed to characterize the hamster, Mesocricetus auratus, as experimental model of toxocariasis, initially through the study of histopathological lesions in the liver, lung and kidney. The characterization of immune response model, was made through the study of cytokines Th1 and Th2 responses involved, and a correlation was suggested between glomerular changes and antibody-antigen complexes deposits preformed in the circulation. METHODS: Hamsters were inoculated with embryonated eggs of Toxocara canis, and kept in the bioterium of the Institute of Tropical Medicine of the São Paulo. The histopathologic study was developed using paraffin slides stained by hematoxylin and eosin. For detection of antigens in tissues immunohistochemistry reactions were performed using monoclonal and polyclonal anti-Toxocara canis sera. Using the serum of infected and control animals, search has been carried out of antigen and antibody by ELISA. For the search of immunoglobulins IgG, IgM and complement, were used slides prepared from frozen fragments of kidneys and a immunofluorescence reaction. Fragments of kidneys were included for electron microscopy to detect antigens of Toxocara and immune complexes. For characterization of Th1 and Th2 response cytokines involved were detected by RT-PCR technique. RESULTS: Histopathological findings demonstrated since the beginning of the infection the presence of larvae in greater numbers in the liver, followed by lung and rarely kidneys. In the liver larval remnants were surrounded by a granulomatous inflammatory reaction. Early in the infection was found interstitial pneumonitis with intraalveolar focal inflammatory infiltrate and renal injury with glomerulus showing mesangial cell focal hyperplasia (mesangioproliferative glomerulonephritis). There were the presence of antigens in all groups of animals infected detected by both the monoclonal and polyclonal antibodies. Deposits of immunoglobulin and complement were present in glomerulus by immunofluorescence analysis. ELISA, showed that the presence of antibodies increased gradually in the course of infection, accompanied by progressive diminution of antigens. Clusters of antigen/s were detected by immunoelectron microscopy. RT-PCR showed a significant increase of IL-4, with a tendency of increase of IL- 10 and IFN-?. CONCLUSION: The hamster has proved to be an efficient experimental model for toxocariasis. However this model is best suited for short-term infections. The immune response evaluated by RT-PCR, with high level of expression of IL-4, suggests a Th2 response, but the trend of increase of IL-10 and IFN-? might suggest a Th1 and Th2 mixed response. Findings of immunoglobulin deposits in glomeruli suggests the possibility that the renal manifestations with nephrotic syndrome in humans might have, in certain circunstances, as a basis the toxocariasis
25

Toxocaríase murina experimental: diagnóstico por PCR e comparação com técnicas imunológicas / Experimental murine toxocariasis: PCR diagnosis and its comparison with immunological techniques

Gabriela Rodrigues e Fonseca 03 July 2018 (has links)
A toxocaríase é considerada uma das cinco parasitoses negligenciadas pelo Centers for Disease Control and Prevention e recebe ainda pouca atenção. As metodologias diagnósticas conhecidas são bem estabelecidas, apresentando, porém, limitações caracterizadas, sobretudo, pela ocorrência de reações-cruzadas. A biologia molecular mostra grandes avanços para o diagnóstico eficaz de diversas parasitoses, mas ainda carece de estudos em amostras de fácil obtenção para o diagnóstico da toxocaríase. Para aprimorar o conhecimento sobre a importância da técnica da Reação em Cadeia da Polimerase Convencional (PCR) e sua relação com técnicas diagnósticas já conhecidas, foram utilizados 42 camundongos BALB/c, machos, entre 6 a 8 semanas de vida, divididos em três grupos, inoculados com 5, 50 ou 500 ovos larvados e sangrados pelo plexo orbital aos 15, 30, 60 e 90 dias pós infecção. Ainda, do total, 24 camundongos foram sangrados aos 120 dias pós infecção. Ao final do experimento, foi realizada a recuperação de larvas e a PCR de tecido hepático, cérebro e carcaça de camundongos dos grupos infectados. As amostras de soro foram processadas pelas técnicas de ELISA, Western-blotting e PCR. O ELISA e o Western-blotting mostraram resultados reagentes em todas as datas para a maioria dos inóculos de ovos, com relação diretamente proporcional entre a detecção de anticorpos e a carga parasitária. Durante o período da infecção, a detecção de IgG foi mais intensa próxima aos 60 dias pós-infecção para a maioria dos inóculos de ovos, por ambos os métodos imunológicos. Apesar de identificar DNA de larvas e vermes adultos, a PCR não foi capaz de detectar DNA do parasito em amostras de soro em todos os grupos e datas pós-infecção. Em contrapartida, foi detectado DNA do parasito em todos os órgãos com ao menos um dos primers utilizados. Foram recuperadas larvas na maioria dos órgãos com maior porcentagem de recuperação relatada nos animais inoculados com 50 ovos larvados. O diagnóstico molecular, utilizando sangue do paciente, ainda não pode ser considerado uma ferramenta para o diagnóstico dessa infecção / Toxocariasis is considered by the Centers for Disease Control and Prevention one of the five neglected diseases and still receives little attention. The diagnostic methods are well established, presenting, however, limitations characterized mainly by the occurrence of cross-reactions. Molecular biology shows great advance for the effective diagnosis of several parasitic infections, but still lacks studies using samples that are easily obtained for the diagnosis of toxocariasis. In order to refine the knowledge about the importance of Conventional Polymerase Chain Reaction (PCR) and its relation with known techniques, 42 BALB/c male mice, between 6-8 weeks of age were inoculated with 5, 50 and 500 embryonated eggs respectively and bled by the orbital plexus at 15, 30, 60 and 90 days post infection. Also, 24 of 42 animals were bled the same way at 120 days post-infection. At the end of the experiment, larval recovery and conventional PCR were performed in liver, brain and carcass of mice of the infected groups. Serum samples were processed by ELISA, Western-blotting and PCR. The ELISA and Western-blotting techniques showed positive results in all days post infection for most eggs inocula and showed a directly proportional dependence between the infective dose and the level of antibodies. During the course of the infection, IgG detection was most intense near 60 days post infection for most eggs inocula, for both diagnostic methods. Despite positive DNA identification in larvae and adult worms, PCR wasn\'t able to detect parasite DNA in serum samples in all infected groups and days post infection. In contrast, parasite DNA was detected in all organs with at least one of the primers. Larvae were recovered from most organs, and animals inoculated with 50 embryonated eggs showed the highest percentage of larval recovery. Molecular diagnosis using patient\'s blood is not the best tool for toxocariasis diagnosis so far
26

Propuesta de diseño y gestión de operaciones para un sistema de biodigestores implementados en los parques de la comuna 6 del Distrito de San Juan de Lurigancho en el año 2020 / Proposal for the design and management of operations for a system of biodigesters implemented in the parks of commune 6 of the District of San Juan de Lurigancho in 2020

Rojas Morales, Demi Stefh, Salazar Luy, Yesica Vanessa Del Rosario 17 August 2021 (has links)
La toxocariasis humana se ha convertido en un relevante problema, ya que al pasar de los años se ha incrementado en la población considerablemente, esta infección es generada por la alta exposición de las heces caninas. Estos desechos al no ser adecuadamente tratados generan contaminación ambiental y afecta la salud de las personas. En Lima, el distrito más crítico por dicha problemática es San Juan de Lurigancho debido a la mayor población canina y la falta de cultura de recojo de las heces caninas en los parques públicos. En el presente proyecto de investigación se propone un modelo de cadena de suministro para producir biofertilizante y biogás, utilizando las heces caninas, ya que poseen un gran potencial de fertilización orgánica que no es aprovechado por la sociedad, la cual es una oportunidad para promover el desarrollo socioambiental. Es preciso señalar que esta propuesta se distingue a otros proyectos, ya que muestra el cumplimiento de los aspectos económicos y socioambientales, con el uso de tecnologías limpias como son los biodigestores. / Human toxocariasis has become a relevant problem, since over the years it has increased in the population considerably, this infection is generated by the high exposure of canine feces. These wastes, when not properly treated, generate environmental pollution and affect people's health. In Lima, the most critical district for this problem is San Juan de Lurigancho because of the larger canine population and the lack of culture to collect dog feces in public parks. In this research project, a supply chain model is proposed to produce biofertilizer and biogas, using dog feces, since they have a great potential for organic fertilization that is not used by society, which is an opportunity to promote the socio-environmental development. It should be noted that this proposal distinguishes itself from other projects, since it shows compliance with economic and socio-environmental aspects, with the use of clean technologies such as biodigesters. / Trabajo de Suficiencia Profesional
27

Fatores de risco de infeccção por Toxocara Canis e associação desta parasitose com asma e atopia

Mendonça, Lívia Ribeiro January 2010 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2014-07-23T17:26:59Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_ICS_ Livia Ribeiro Mendonca.pdf: 860797 bytes, checksum: e624ccf3dcb38ac79e014fa29b563f7c (MD5) / Made available in DSpace on 2014-07-23T17:26:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_ICS_ Livia Ribeiro Mendonca.pdf: 860797 bytes, checksum: e624ccf3dcb38ac79e014fa29b563f7c (MD5) / Introdução: O Toxocara canis é um parasito helminto cosmopolita de cães que pode infectar os seres humanos provocando a síndrome da Larva Migrans Visceral (LMV). Os sinais clínicos da LMV são muito inespecíficos e seu diagnóstico é realizado através da detecção da IgG anti-T. canis por ELISA, utilizando antígeno excretório/secretório das larvas de T. canis (TcESLA). Objetivos: Investigar possíveis associações entre a infecção por T. canis com eosinofilia, IgE total e IgE específica contra aeroalérgenos, teste de punctura cutâneo e asma. Objetivou-se ainda, investigar os fatores de risco associados á aquisição desta infecção. Métodos: Os pais ou responsáveis das 1.445 crianças do estudo responderam a um questionário ISAAC fase II adaptado para o português, sobre o histórico de sibilo nos últimos 12 meses das crianças. Em seguida estas foram submetidas ao teste de punctura cutâneo (TPC), coleta de sangue para contagem de células periféricas, cultivo para detecção de citocinas e determinação sorológica da IgE específica contra aeroalérgenos, pelo teste Unicap, IgE total determinada por ELISA e detecção de anticorpos IgG anti-T. canis por ELISA, utilizando TcESLA e soros pré-absorvido com antígenos de Ascaris lumbricoides. Na análise estatística estimou-se Odds Ratio (OR) e Intervalo de Confiança a 95% (IC 95%) na análise univariada e multivariada com regressão logística e análise politômica ajustada para sexo, idade, escolaridade materna, asma dos pais, mofo, esgotamento sanitário e infecções por A. lumbricoides e Trichuris trichiura. Resultados: 53,7% das crianças eram do sexo masculino, 40,5% tinham idade entre seis e sete anos, 48,3% possuíam mães com segundo grau incompleto e em 70% das casas inspecionadas havia mofo nas paredes. Foi detectada infecção de 14,9% para A. lumbricoides e 13,8% para T. trichiura. A prevalência da infecção pelo T. canis foi de 48,4%; 13,4% das crianças tinham pais alérgicos e 22,4% das crianças forma classificadas como asmáticas. Eosinofilia maior que 4% ocorreu em 74,2% e maior que 10% em 25,4% das crianças; IgE total acima do ponto de corte de 0,2 mg/ml ocorreu em 59,6%, e IgE específica para pelo menos um alérgeno de quatro investigados, nos pontos de cortes de ≥0,35 e ≥0,70 foi de 48,5% e 36,8%, respectivamente. Teste cutâneo positivo para pelo menos um dos sete alérgenos testados foi observado em 30,4% das crianças. Os fatores de risco para infecção por T. canis determinados neste estudo foram idade, baixa escolaridade materna, pavimentação da rua e contato com cão e/ou gato. A infecção por T. canis foi positivamente associada com eosinofilia tanto à 4% como à 10%, com IgE específica para aeroalérgenos ≥0,35 e ≥0,70, aumento de IL-10 e negativamente associada ao TPC. Não foi observada associação desta infecção e asma atópica e não-atópica. Conclusão: A soroprevalência da infecção pelo T. canis é alta em nossa população. A associação da infecção e o contato com gato é sugestivo que o TcESLA pode reagir cruzadamente com antígenos de T. cati. A relação entre baixa escolaridade materna com maior soroprevalência de T. canis suporta o caráter sócio-econômico desta patologia. Embora a infecção por T. canis seja um fator de risco para eosinofilia, IgE total e IgE específica para aeroalérgenos a infecção está associada negativamente a hipersensibilidade cutânea imediata e, possivelmente, pode impedir a degranulação de mastócitos seja por competição da IgE anti-T.canis com a IgE anti-alérgenos na ligação aos receptores de IgE destas células, ou seja pelo aumento da produção de IL-10 mostrado neste estudo. Isto pode explicar também ausência de associação com asma, ambas, atópica e não atópica.
28

Avaliação do efeito do extrato etanólico bruto de Harpagophytum procumbens em camundongos infectados com Toxocara canis

Oliveira, Sandra Regina Pereira de 29 February 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-17T18:39:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 4791.pdf: 1129656 bytes, checksum: 3d25d8e4c71842592c3397b419db0ca8 (MD5) Previous issue date: 2012-02-29 / The Syndrome of Visceral Larva Migrans (VLMS) is a parasitic disease caused by Toxocara canis, one of the most common helminthes in dogs. In the definitive hosts are present in different morphological forms, embryonated eggs, adult males and females. However, in unusual hosts (humans and rodents), present only in stage infective larvae (L3) and do not complete their life cycle. The infection in man occurs by ingestion of embryonated eggs which release in the small intestine infective larvae (L3), which cross the intestinal mucosa and the lymphatic vessels reach the circulation port reaching the lungs and liver. Larvae can still cross the gut wall actively start a process of erratic migration through different host tissues. The main characteristics of this disease in the chronic phase are eosinofilias blood and tissue and high levels of serum IgE. The immune response of host larvae occurs during tissue migration, where the larvae release antigenic products of excretion-secretion (TES) that protect against host reactions. The TES have a fraction of the allergen responsible for stimulating production and release of eosinophils. In this context, the search for new therapeutic tools that promote less damage to individuals affected by increased systemic eosinophil becomes important. In this study, we evaluated the modulatory activity and anti-inflammatory eosinophilia Harpagophytum procumbens against using the model of experimental infection with T. VLMS kennels. Our results showed that the extract of Harpagophytum procumbens has anti-inflammatory effects in reducing eosinophil infiltration in the blood and washed from the peritoneal and bronchoalveolar at different periods analyzed. The antiinflammatory may be due to the ability of the extract Harpagophytum procumbens decrease the production of factors that favor the proliferation and activation of eosinophils (IL-5, IL-4 and IL-13) during 18, established as the peak of eosinophilia. Furthermore, our treatment decreases the expression adhesion molecules, CD11b, CD11c peak of eosinophilia during infection by T. kennels. The CD40 molecule expression by eosinophils seems to favor the survival of leukocytes, however, would require further investigations that contributed to the understanding of the mechanisms by which the extract of H. procumbens can interfere with the migration of eosinophils into the inflammatory site in this model, since this event is characterized as being complex order. / A Síndrome da Larva Migrans Visceral (SLMV) é uma parasitose, causada pelo Toxocara canis, um dos helmintos mais freqüente em cães. Nos hospedeiros definitivos, se apresentam em diferentes formas morfológicas, ovos embrionados, adultos machos e fêmeas. Entretanto, nos hospedeiros não habituais (ex.: homem e roedores), apresentam-se apenas no estádio de larvas infectantes (L3) e não completam seu ciclo biológico. A infecção no homem ocorre pela ingestão acidental de ovos larvados, que no intestino delgado liberam as larvas infectantes (L3), as quais atravessam a mucosa intestinal e pela via linfática atingem a circulação porta e o fígado chegando aos pulmões. As larvas podem ainda atravessar ativamente a parede do intestino, iniciar um processo de migração errática através dos diferentes tecidos do hospedeiro. As principais características dessa doença na fase crônica são as eosinofilias sanguínea e tecidual e altos níveis de IgE sérica. A resposta imunológica do hospedeiro as larvas, ocorre durante a migração tecidual, onde as larvas liberam produtos antigênicos de secreção-excreção (TES) que as protegem contra a reação do hospedeiro. Os TES apresentam uma fração alergênica responsável pela estimulação da produção e liberação de eosinófilos. Neste contexto, a busca por novas ferramentas terapêuticas que promovam menos danos aos indivíduos acometidos pelo aumento sistêmico dos eosinófilos torna-se importante. Assim, neste estudo, avaliamos a atividade modulatória e anti-inflamatória da Harpagophytum procumbens contra eosinofilia utilizando o modelo de infecção experimental com T. canis SLMV. Nossos resultados demonstraram que o extrato da Harpagophytum procumbens possui efeitos anti-inflamatório diminuindo no infiltrado eosinofílico no sangue e lavados da peritoneal e broncoalveolar, nos diferentes períodos analisados. O efeito anti-inflamtório pode ser decorrente da capacidade do extrato de Harpagophytum procumbens diminuir a produção de fatores que favorecem a proliferação e ativação de eosinófilos (IL-5, IL-4 e IL-13) no período 18°, estabelecido como o pico da eosinofilia. Além disso, nosso tratamento diminui a expressão das moléculas de adesão CD11b, CD11c no pico da eosinofilia durante a infecção por T. canis. A expressão da molécula CD40 por eosinófilos parece favorecer a sobrevida deste leucócito, todavia, serão necessárias outras investigações que contribuíam para o entendimento dos mecanismos pelos quais o extrato de H. procumbens pode interferir na migração dos eosinófilos para o sitio inflamatório neste modelo, uma vez que este evento é caracterizado como sendo ordem complexa e multifatorial.
29

Diagnóstico imunoenzimático da larva migrans visceral / Immunoenzimatic Diagnosis of the Visceral larva migrans

Schoenardie, Elizandra Roselaine 24 June 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2014-08-20T13:32:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertacao_elizandra_schoenardie.pdf: 268602 bytes, checksum: 08408f44b3e993faf7cf221741aa401e (MD5) Previous issue date: 2005-06-24 / The Visceral Larva Migrans (VLM) is a zoonotic disease caused by the helminth Toxocara cannis. The precocious diagnosis of this disease in humans is very important to determinate the evolution of the clinical case and the patient's treatment. The goal of the first experiment was determinate the presence of antibodies anti-T. cannis in children from Pelotas through the Indirect Enzyme-Linked Immunosorbent Assay (ELISA) front to the antigen TES, as well as to define the pattern of bands recognized by the positive serums in ELISA through the "Western blotting . For this experiment 427 serums from children, with ages between one to eleven yeas old was tested, those serums was adsorved with AgSoAl and determinate that 50,6% was positive for antibodies anti-TES, showing a significant association among the positive children for antibodies anti-TES and the contact with dogs and cats. This association was also observed in the children's different age groups, but not regarding the gender of the same ones. To perform the Western Blotting , 70 serums witch give a positive result in the Indirect ELISA was been used, all serums recognize glicoproteic bands in the range between 30 and 120 kDa. Was observed a diminution in the crusade reaction with AgSoAl when the adsorved and not adsorved serums with this antigen has been test in the Western blotting , where a band of 30 kDa demonstrate to be an important glicoprotein to specific diagnosis of VLM. In the second experiment, 25 mice BALB/c were inoculated with approximately 1000 eggs containing the larvae L3. Each fifteen days blood collection was made through the reto orbital plexus until the 105 days after de animals infection. The serums was tested in the Indirect ELISA using the Antigen TES and urea 6M in order to discriminate recent and late infection, through the percentile of avidity of the IgG in the different days after the infection. A low percentile of avidity was observed to the 15 days after inoculation (between 7,25 and 27,5%). After 60 days of infection, all the animals presented avidity between 31,4 and 58%. This result suggests that in mice BALB/c, to the 60 days after infection the chronic phase of VLM is already established. / A Larva Migrans Visceral (LMV) é uma doença zoonótica que possui como principal agente etiológico o helminto Toxocara canis. O diagnóstico precoce da doença no homem é importante para estudos de evolução clínica e tratamento do paciente e os inquéritos epidemiológicos para determinar a freqüência da infecção em uma população. Por isso, o primeiro experimento teve como objetivo, determinar a presença de anticorpos anti-T. canis em crianças da região de Pelotas através de Enzyme linked immnosorbent assay (ELISA) com o antígeno de excreção e secreção de larvas de Toxocara canis (TES), bem como definir, através de Western blotting , o padrão de bandas do TES reconhecidas pelos soros positivos ao ELISA. Foram ensaiados no ELISA Indireto 427 soros de crianças de um a 12 anos de idade adsorvidos com antígeno somático de Ascaris lumbricoides e determinado que 50,6% apresentaram anticorpos anti-TES, ocorrendo uma associação significativa entre as crianças positivas e o contato com cães e gatos. Esta associação também foi observada em diferentes faixas etárias das crianças, mas não com relação ao sexo das mesmas. Setenta soros positivos no ELISA foram ensaiados no Western blotting e todos reconheceram frações proteicas entre 30 e 120 kDa. Uma diminuição da reação cruzada com o AgSoAl foi observada quando soros adsorvidos com este antígeno foram testados no Western blotting , sendo que uma fração antigênica de 30 kDa apresentou-se como uma proteína importante para o diagnóstico específico da LMV. No segundo experimento, 25 camundongos BALB/c foram inoculados com aproximadamente 1000 ovos contendo a larva infectante (L3). Colheitas quinzenais de sangue foram realizadas através do plexo retro orbital até os 105 dias pós-infecção dos animais. Os soros foram ensaiados no ELISA Indireto utilizando o antígeno TES e a uréia 6M a fim de discriminar infecção recente e tardia, através do percentual de avidez da IgG nos diferentes dias após a infecção. Um baixo percentual de avidez, característico da infecção aguda, foi observado aos 15 dias pós-inoculação (entre 7,3 e 27,5%). Após 60 dias de infecção, todos os animais apresentaram avidez entre 31,4 e 58%. Através destes resultados, sugere-se que em camundongos BALB/c, aos 60 dias pós-infecção a fase crônica da LMV já está estabelecida.

Page generated in 0.4682 seconds