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Repercussão da substituição da infusão venosa de fentanil por metadona enteral sobre o tempo de desmame da ventilação mecânica em pacientes graves internados em unidades de terapia intensiva de adultos / Effect of substitution of intravenous infusion of fentanyl by enteral methadone on the time of weaning from mechanical ventilation in critically ill patients in intensive care units for adults

Raquel Wanzuita 11 August 2011 (has links)
INTRODUÇÃO:Pacientes em ventilação mecânica (VM) são freqüentemente submetidos ao uso prolongado e/ou a doses elevadas de opióides, que durante a retirada podem causar abstinência dificultando o desmame da VM. Objetivo: testar a hipótese de que a introdução da metadona enteral na fase de desmame da sedação e analgesia em pacientes adultos graves sob VM diminui o tempo de desmame da VM. MÉTODOS: Estudo prospectivo, randomizado, controlado e duplo-cego, realizado entre abril de 2005 e outubro de 2009, em quatro Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de adultos de Joinville, SC. Foram randomizados 75 pacientes que apresentavam critérios para desmame da VM e estavam em uso de fentanil por mais de cinco dias consecutivos ou infusão ³ 5 g/kg/h por 12 horas. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: Grupo Metadona (GM) e Grupo Controle (GC). Nas primeiras 24 horas após a inclusão os dois grupos receberam 80% da dose original do fentanil. Ao GM administrou-se metadona via enteral (10 mg cada 6 horas), e ao GC administrou-se placebo via enteral. Após as primeiras 24 horas acrescentou-se infusão intravenosa de solução salina (placebo) no GM, enquanto o GC recebeu infusão de solução intravenosa de fentanil. Em ambos os grupos, a solução venosa foi reduzida em 20% a cada 24 horas. Episódios de intolerância à retirada de opióide foram medicados com suplementação de opióide. Os grupos foram comparados entre si avaliando-se o tempo de desmame da VM, tempo de VM, permanência na UTI e permanência hospitalar. RESULTADOS: Dos 75 pacientes randomizados, sete foram excluídos e 68 foram analisados: 37 no GM e 31 no GC. Entre o início do desmame e a extubação, observou-se maior probabilidade de antecipação da extubação no GM, porém a diferença não foi significativa (Hazard Ratio: 1,52 (IC 95% 0,87 a 2,64; p = 0,11). Analisando-se o intervalo entre a randomização e o quinto dia do desmame da VM, a probabilidade de sucesso de desmame foi significativamente maior no GM (Hazard Ratio: 2,64 (IC 95%: 1,22 a 5,69; p < 0,02). Dentre os 54 pacientes que completaram o desmame da VM (29 do GM e 25 do GC), o tempo de desmame da VM foi significativamente menor no GM (Hazard Ratio: 2.06; IC 95% 1.17 a 3.63; p < 0.004). Não houve diferença entre os grupos com relação ao tempo de VM, permanência na UTI e permanência hospitalar. CONCLUSÃO: a introdução da metadona enteral na fase de desmame da sedação e analgesia de pacientes adultos graves sob VM resultou na diminuição do tempo de desmame da VM / INTRODUCTION: Patients on mechanical ventilation (MV) are often subjected to prolonged use and / or high doses of opioids, which when removed can cause withdrawal syndrome and to difficult weaning from MV. Objective: to test the hypothesis that the introduction of enteral methadone in weaning from sedation and analgesia in critically ill adult patients on MV decreases the time of weaning from MV. METHODS: Prospective, randomized, controlled, double-blind trial, conducted between April 2005 and October 2009 in ICUs of four hospitals in Joinville, SC. We randomized 75 patients who met the criteria for weaning from MV and were using fentanyl for more than 5 consecutive days or infusion ³ 5 g/ kg / h for 12 hours. Patients were randomized into two groups: Methadone group (MG) and Control Group (CG). At first 24 hours both groups received 80% of the original dose of fentanyl and received, additionally, enteral methadone (10mg qid) or enteral placebo. After the first 24 hours, MG: received enteral methadone (10mg qid) and intravenous placebo. CG received enteral placebo and intravenous fentanyl. In both groups, the blinded intravenous solutions were reduced by 20% of the original dose, every 24 hours. Episodes of intolerance opioid withdrawal were treated with supplemental opioid. The groups were compared by evaluating the time of weaning from MV, duration of MV, ICU and hospital stay.RESULTS: Of 75 randomized patients, 7 were excluded and 68 were analyzed: 37 at MG and 31 in CG. Between the beggining of weaning and extubation, there was a greater probability of anticipation of extubation in the MG, but the difference was not significant. (Hazard Ratio: 1,52 (IC 95% 0,87 a 2,64; p = 0,11). Analyzing the interval between randomization and the fifth day of weaning from MV, the probability of successful weaning was significantly higher in GM (Hazard Ratio: 2,64 (IC 95%: 1,22 a 5,69; p < 0,02). Within the 54 patients who completed the weaning from MV (29 on the MG and 25 on the CG), weaning time from MV was significantly less in the MG (Hazard Ratio: 2.06; IC 95% 1.17 a 3.63; p < 0.004). There was no difference between the two groups with respect the duration of MV, length of ICU stay and hospital stay. CONCLUSÃO: the introduction of enteral methadone in weaning from sedation and analgesia of critically ill adult patients on MV decreased the time of weaning from MV
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Efeito do banho sobre a flora microbiana da pele de recém-nascidos pré-termo

Cunha, Maria Luzia Chollopetz da January 2004 (has links)
Objetivo: Avaliar os efeitos do banho somente com água e do banho com sabonete neutro e água sobre a flora microbiana cutânea, comparando a quantidade de colônias e o tipo de microorganismos presentes na pele dos recém-nascidos pré-termo antes e após o banho. Método: Ensaio clínico randomizado cego, com 73 pré-termos de idade gestacional entre 28 e 35 semanas e peso de nascimento entre 800 g e 1.800 g, alocados por randomização para um grupo que recebeu sete banhos somente com água ou para outro grupo que recebeu sete banhos com sabonete neutro e água. Foram coletados swabs da região axilar antes e após o banho para comparação da flora cutânea de ambos os grupos. Resultados: O Staphylococcus coagulase negativo foi o microorganismo com maior prevalência nos dois grupos. Na comparação, entre os grupos, da contagem de colônias de microorganismos, não houve diferença significativa. A comparação do número de UFC realizada pela ANOVA de medidas repetidas, mostrou uma diferença significativa ao longo do tempo dos germes gram-positivos (P < 0,001) e dos germes gram-negativos (P = 0,032) nos dois grupos, indicando que a colonização da pele diminuiu em ambos os grupos de maneira semelhante, sem haver diferença significativa entre os dois grupos de pré-termos. Conclusões: O banho do pré-termo com sabonete neutro e água e o banho somente com água produzem efeitos semelhantes sobre a colonização da pele do recém-nascido prétermo hospitalizado em UTIN, sendo ambos eficazes na redução do número de colônias de bactérias gram-positivas e gram-negativas.
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Validação da versão brasileira da Behavioral Pain Scale em pacientes sedados e em ventilação mecânica invasiva / Validation of the Brazilian version of Behavioral Pain Scale in sedated and mechanically ventilated patients

Santos, Isabela Azevedo Freire 05 February 2015 (has links)
Pain measurement in Intensive Care Units has received more notoriety just recently due to the need of developing new pharmacological methods and improving pain assessment in critically ill subjects. This assessment can be performed based on validated instruments as the Behavioral Pain Scale (BPS). The difficulty for patients using artificial airway to communicate and the absence of a Brazilian version of a scale for pain assessment in adults mechanically ventilated justifies the relevance of this study that aimed to validate the Brazilian version of BPS as well as to correlate the scores of this scale with the records of physiological parameters, sedation level and disease of this sample. This observational study was conducted in the cardiologic ICU at the Hospital de Cirurgia in Aracaju-Sergipe-Brazil from February to August 2014. Twenty five sedated or unconscious adult patients connected to an artificial airway who were using mechanical ventilation were included in this study. The Brazilian BPS version and the recording of heart rate, blood pressure and peripheral oxygen saturation were performed by two independent investigators simultaneously during three different moments: at rest, during eye cleaning (non-painful stimulus) and during tracheal aspiration (painful stimulus). Other variables as sedation level and severity of disease were recorded by using the Ramsay Scale, Richmond Agitation Sedation Scale (RASS) and APACHE II (Acute Physiology Health Chronic Evaluation) score respectively. The intake of sedative and analgesic medicines during patient assessment was also recorded. The analyzed sample was considered homogeneous despite of the type of surgery and postoperative time duration. It was evidenced high values of responsiveness coefficient (coefficient = 3.22), Cronbach alpha (internal consistency) (Cronbach α= 0.8 during both eye cleaning and tracheal suctioning) and Intraclass Correlation Coefficient (interrater reliability) (ICC= 0.8 during eye cleaning; ICC= 0.9 during tracheal suctioning). As to the validity, changes on BPS score in three assessment moments resulted in significant difference between rest and painful procedure, with the highest score values in this last one (p≤ 0.0001). However, correlations between pain and other variables (hemodynamic parameters, sedation level, and severity of disease) were not significant. Based on these results, the Brazilian BPS version was considered a valid instrument for ICUs in Brazil. / A mensuração da dor em Unidade de Terapia Intensiva é um tema que obteve maior notoriedade nos últimos anos devido à necessidade de desenvolvimento de métodos farmacológicos mais eficazes e de aperfeiçoamento do manejo da dor em pacientes críticos. Esta mensuração pode ser realizada através de instrumentos validados para tal fim, como a Behavioral Pain Scale (BPS). A dificuldade de comunicação de pacientes em uso de via aérea artificial, bem como a inexistência de validação da versão brasileira de uma escala que mensure dor em pacientes adultos mecanicamente ventilados justifica a relevância deste estudo que objetivou validar a versão brasileira da BPS além de correlacionar os escores desta escala com os registros das variáveis fisiológicas, nível de sedação e estado geral de saúde da amostra estudada. Trata-se de um estudo observacional transversal realizado no período compreendido entre os meses de fevereiro e agosto de 2014. A amostra foi composta por 25 pacientes adultos em uso de ventilação mecânica invasiva (VMI), sedados e/ou inconscientes, internados na Unidade de Terapia Intensiva Cardiológica (UTI-Cardio) do Hospital de Cirurgia em Aracaju-Sergipe-Brasil. A avaliação dos pacientes por meio da BPS e a observação da pressão arterial, frequência cardíaca e saturação periférica de oxigênio por dois avaliadores simultaneamente foi realizada em três momentos: repouso, durante limpeza do olho (estímulo não doloroso) e durante aspiração traqueal (estímulo doloroso). Outras variáveis como nível de sedação e estado geral de saúde foram respectivamente avaliadas através da Escala de Ramsay, Richmond Agitation Sedation Scale (RASS) e o escore APACHE II (Acute Physiology Health Chronic Evaluation). Também foi registrado o uso de fármacos sedativos e analgésicos administrados durante a avaliação do paciente. A amostra avaliada foi considerada homogênea no que concerne ao tipo de cirurgia e tempo de pós-operatório. Foram evidenciados valores elevados do coeficiente de responsividade (coeficiente = 3,22), Cronbach alfa (consistência interna) (Cronbach α= 0,8 durante repouso e limpeza do olho) e do coeficiente de correlação intraclasse (confiabilidade interavaliador) (CCI =0,8 durante limpeza do olho; CCI= 0,9 durante aspiração traqueal). Quanto à validade, a mudança na pontuação da BPS nos três momentos de avaliação resultou na diferença significativa entre o repouso e procedimento doloroso, sendo encontrados neste último os maiores escores de dor (p≤ 0,0001). Contudo, as correlações entre dor e as demais variáveis (parâmetros hemodinâmicos, nível de sedação e severidade da doença) não foram significativas. A partir destes resultados, a versão brasileira da Behavioral Pain Scale foi considerada um instrumento válido para utilização em UTIs do Brasil.
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Aplicação do Nursing Activities Score - N.A.S. - como instrumento de medida de carga de trabalho de enfermagem em UTI Cirúrgica Cardiológica. / Application of the Nursing Activities Score - NAS - as a nursing workload measurement tool in Cardiac Surgery Intensive Care Unit.

Marcia Cossermelli Cana Brasil Dias 14 September 2006 (has links)
O objetivo deste estudo foi avaliar a aplicação do Nursing Activities Score – NAS – como instrumento para medir carga de trabalho de enfermagem em UTI de cirurgia cardíaca, verificando sua correlação com escores de estratificação de risco e gravidade, comparar o quadro de enfermagem existente na UTI com o projetado segundo o instrumento NAS, e comparar o escore NAS atribuído ao paciente por avaliação das necessidades de cuidado (prospectiva) com a avaliação feita a partir dos cuidados efetuados. Trata-se de um estudo de desenvolvimento metodológico de avaliação de um instrumento de medida de carga de trabalho em UTI, que foi realizado em uma UTI de cirurgia cardíaca com 65 leitos ativados, localizada em hospital público de ensino, especializado em cardiologia na cidade de São Paulo. Participaram do estudo 100 pacientes submetidos à Revascularização do Miocárdio, Tratamento Cirúrgico das Válvulas Cardíacas ou ambos, no mês de outubro de 2005. Todos foram avaliados pelo Escore de risco cirúrgico de Parsonnet, pelo índice de gravidade Simplified Acute Physiology Score II - SAPS II - e submetidos à aplicação diária do instrumento de medida de carga de trabalho de enfermagem NAS. A análise dos dados mostrou que 66% dos pacientes eram do sexo masculino, tinham a idade mínima de 17, máxima de 89 e média de 57,72 (±14,78) anos e que 60% foram submetidos à Revascularização do Miocárdio, 29% à Tratamento Cirúrgico das Válvulas Cardíacas e 11% a ambos os procedimentos. Com relação ao risco cirúrgico, 62% dos pacientes apresentaram um escore de Parsonnet acima de 10 e risco cirúrgico maior que 2%, o SAPS II médio foi de 25,81(±10,68), mínimo de 6 e máximo de 70, e risco de morte médio de 10,65%. A média de permanência desses pacientes na UTI foi de 5,62 dias e a taxa de óbito de 10%. O NAS foi aplicado 682 vezes, sendo que a média da pontuação total durante a permanência na UTI foi de 485,22 e a média da pontuação diária foi de 74,62 (±9,16) o que corresponde a 18,24 horas de assistência de enfermagem por dia. Para o pós-operatório imediato obteve-se em média 96,79 pontos, para o primeiro pós-operatório, 63,82 pontos e para o segundo pós-operatório, 65,72 que correspondem a 23,22 horas de assistência para o POI, 15,31 horas para o 1º P.O. e 15,77 horas para o 2º P.O, considerando que cada ponto NAS correnponde a 14,4 minutos. As análises estatísticas mostraram correlação significantes (P<0,001) entre o NAS Total, o SAPS II, e o Escore de Parsonnet. Dos 15.686 itens pontuados, 285 (1,81%) foram alterados com dados da avaliação retrospectiva indicando a possibilidade de aplicação de forma prospectiva do instrumento. / The aim of this study was to evaluate the application of the Nursing Activities Score – NAS – as an instrument to measure the nursing workload in a Cardiac Surgery Intensive Care Unit (ICU), verifying it’s correlation with risk stratification and severity scores, compare the real ICU nursing staff with the NAS nursing staff projection, and compare the NAS score of the patient’s care necessities evaluation (prospective) with the evaluation done after proper medical care. This research consists in the methodological development and evaluation of a measurement workload tool in the ICU, and it was developed in a Cardiac Surgery ICU with sixty five active beds, in a public cardiology teaching hospital in São Paulo city. 100 patients took part in the study by undergoing Miocardial Revascularization, Surgical Treatment of the Cardiac Valves or both, in the month of October, 2005. The patients were evaluated by the Parsonnet’s surgical risk score and by the Simplified Acute Physiologic Score II – SAPS II – severity score, they were also submitted to the daily application of the nursing workload measurement tool, NAS. The data analysis revealed that 66% of the patients were male with minimum age of 17 and maximum age of 89, averaging 57,72 (±14,78) years; 60% underwent Miocardial Revascularization, 29% underwent surgical treatment of the cardiac valves and 11% endured both procedures. In regards the cardiologic risk, 62% of the patients presented the Parsonnet score higher then 10 and the surgical risk above 2%, the average SAPS II was 25,81 (+/- 10,68), minimum 6 and maximum 70, and the probability of death was 10,65%. The length of stay in the ICU was 5,62 days and the death rate was 10%. The NAS was applied 682 times; the average NAS during the whole Intensive Care Unit stay – total NAS – was 485,22 (+/- 861,78) and the average daily NAS was 74,62 (+/- 9,16), equivalent to 18,24 hours of daily nursing assistance. The immediate post-op counted 96,79 points, while the first post-op 63,2 points and the second post-op 65,72 points, meaning 23,22 hours of assistance for the I.P.O., 15,31 hours for the 1st P.O. and 15,77 for the 2nd P.O., considering each NAS point as 14,4 minutes. Statistical analysis showed significant correlation (P<0,001) between the total NAS, the SAPS II and the Parsonnet’s score. From the 15.686 NAS items evaluated, 285 (1,81%) were modified, indicating the possibility of prospective application of NAS.
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Diarréia nosocomial em unidade de terapia intensiva: incidência e fatores de risco

Borges, Sérvulo Luiz 30 July 2007 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-10-18T18:17:25Z No. of bitstreams: 1 servuloluizborges.pdf: 497208 bytes, checksum: 0cdbea63a9c3a9debc06799fb62e1820 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-10-25T12:11:43Z (GMT) No. of bitstreams: 1 servuloluizborges.pdf: 497208 bytes, checksum: 0cdbea63a9c3a9debc06799fb62e1820 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-25T12:11:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 servuloluizborges.pdf: 497208 bytes, checksum: 0cdbea63a9c3a9debc06799fb62e1820 (MD5) Previous issue date: 2007-07-30 / Racional - A diarréia nosocomial é uma das infecções mais comuns entre pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), embora sua epidemiologia, bem como causas e conseqüências sejam raramente documentadas em estudos de vigilância de infecções hospitalares. Objetivo - Estudar a incidência e os fatores risco entre os pacientes adultos acometidos com diarréia em uma UTI clínico cirúrgica, no período de 12 meses. Pacientes e métodos – Foram estudados prospectivamente, após exclusão, 457 pacientes quanto ao desfecho de diarréia e os fatores de risco, no período de outubro de 2005 a outubro de 2006. Considerou se como diarréia nosocomial o quadro clínico de diarréia com início após 72 h da admissão hospitalar, com pelo menos duas evacuações líquidas ou pastosas por mais de dois dias consecutivos. A coleta de dados foi realizada diariamente na UTI até a alta ou óbito do paciente no setor. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, tempo de internação hospitalar antes da admissão na UTI, tempo de internação na UTI, o escore APACHE II, comorbidades, insuficiência orgânica, história cirúrgica nos últimos 30 dias, uso corrente de antimicrobianos (incluindo o número de dias e número total de antibióticos), antisecretores, nutrição enteral, parenteral, fleet enemas, duração total da diarréia (em dias), tempo do início da diarréia em relação à internação, presença de caso similar de diarréia na UTI na última semana ou na mesma ocasião, albumina sérica e taxa de hemoglobina em pelo menos uma ocasião durante a internação. Para análise dos dados, os pacientes foram divididos em grupos com e sem diarréia nosocomial. O nível de significância foi de 5% (P < 0,05). As variáveis significativas na análise univariada foram analisadas, de forma multivariada, através da estimação de um modelo de regressão logística. Resultados - Diarréia ocorreu em 135 (29,5%) pacientes, durando em média 5,4 dias. O tempo do seu início em relação à internação foi de 17,8 dias e casos similares no período foram registrados em 113 (83,7%) pacientes. Na análise multivariada através de modelo de regressão logística, apenas o número de antibióticos (OR 1,65; I.C. 95% = 1,39 – 1,95) e o número de dias de antibioticoterapia (OR 1,16; I.C. 95% = 1,12 – 1,20) associaram-se estatisticamente com a ocorrência de diarréia (P = 0.000). Cada dia de acréscimo a mais da 8 antibioticoterapia aumentou em 16% o risco de diarréia (I.C. 12% a 20%), enquanto a adição de um antibiótico a mais ao esquema antimicrobiano aumentou as chances de ocorrência de diarréia em 65% (I.C. 39% a 95%). Conclusão – A incidência de diarréia nosocomial na UTI é elevada (29,5%). Os principais fatores de risco para sua ocorrência foram número de antibióticos prescritos e duração da antibioticoterapia. Além das precauções entéricas, a prescrição judiciosa e limitada de antimicrobianos, provavelmente reduzirá a ocorrência de diarréia neste setor. / Background - Nosocomial diarrhea is one of the most common infection diseases among patients admitted at Intensive Care Units (ICUs), although its epidemiology as well as its causes and consequences are rarely documented in hospital infections surveillance studies. Objective - To study the incidence and the risk factors for diarrhea among adult patients admitted at a clinical-surgical ICU for a 12-months period. Patient and methods – Four-hundred-fifty-seven patients were studied prospectively, after application of exclusion criteria, to determine diarrhea incidence and risk factors from October 2005 to October 2006. Nosocomial diarrhea was defined as clinical picture of diarrhea beginning 72 hours from hospital admission, with at least two watery or pasty bowel movements for more than two consecutive days. Data acquisition was done on a daily basis at ICU until patient discharge or death in the unit. Variables analyzed were the following: age, sex, days of hospitalization before admission at the ICU, days of hospitalization at the ICU, APACHE II score, comorbidities, organic insufficiency, surgical history for the last 30 days, current use of antimicrobials (including number of days and total number of antibiotics), antisecretories, enteral nutrition, parenteral, fleet enemas, total duration of diarrhea (in days), period of time between patient admission and beginning of diarrhea, presence of similar case of diarrhea in ICU during the last week or at the same time, serum albumin and hemoglobin levels in at least one occasion during admission. For data analysis, the patients were divided into groups with and without nosocomial diarrhea. The level of significance was 5% (P <0.05). The significant variables in univariate analysis were analyzed, in a multivariate form, through estimation of a logistic regression model. Results - Diarrhea occurred in 135 (29.5%) patients and lasted for a mean of 5.4 days. The period of time between patient admission and beginning of diarrhea was 17.8 days and similar cases during the period were recorded in 113 (83.7%) patients. In multivariate analysis using logistic regression model only the number of antibiotics (OR 1.65; C.I. 95% = 1.39 – 1.95) and the number of days of antibiotic therapy (OR 1.16; C.I. 95% = 1.12 – 1.20) were statistically associated with the occurrence of diarrhea (P <0.05). Each day added of antibiotic therapy increased in 16% the risk of diarrhea (C.I. 12% to 20%), while the 10 addition of one more antibiotic to the scheme increased the chances of occurring diarrhea in 65% (C.I. 39% to 95%). Conclusion - The incidence of nosocomial diarrhea in ICU is high (29.5%). The main risk factors were number of prescribed antibiotics and duration of antibiotic therapy. Besides the enteric precautions, judicious and limited prescription of antimicrobials will probably decrease the incidence of diarrhea at this unit.
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Análise das interrupções ocorridas durante a assistência de enfermagem em unidades de tratamento intensivo / Analysis of interruptions occurring during nursing care in intensive care units

Prates, Daniele de Oliveira 22 May 2015 (has links)
Submitted by Cássia Santos (cassia.bcufg@gmail.com) on 2015-11-27T08:51:25Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Daniele de Oliveira Prates - 2015.pdf: 1568320 bytes, checksum: 0899bc18942134376154d4ac8af60600 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2015-11-27T11:55:18Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Daniele de Oliveira Prates - 2015.pdf: 1568320 bytes, checksum: 0899bc18942134376154d4ac8af60600 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-11-27T11:55:18Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Daniele de Oliveira Prates - 2015.pdf: 1568320 bytes, checksum: 0899bc18942134376154d4ac8af60600 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2015-05-22 / OBJECTIVE: Analyze the interruptions occurred during nursing assistance provided in Intensive Care Units. METHODOLOGY: Cross-sectional study in two intensive care units of a university hospital in the state of Goiás. The study group was constituted by all nursing professionals providing care services to patients during the daytime period. The data collection occurred from June to August of 2014, by direct observation not nursing care activities participant, and by interviewing professionals. Data were analyzed using IBM SPSS Statistics software, version 20.0 for Windows. The prevalence of interrupted activities were calculated. Mann-Whitney U test to verify the difference in the duration of activity with and without interruption; Spearman to check the correlation coefficient of the duration of time of the activity and number of interruptions; Kruskal-Wallis test to check the differences between the number of interruptions per professional categories. RESULTS: The study included 33 nursing professionals working in intensive care units. The Professionals were observed for 99 hours, conducting 739 activities related to the nursing care duties, of which 346 (46.8%) suffered interruptions, totalizing 778 interruptions, which corresponds to 7.9 interruptions per hour or 1 interruption every 7.7 minutes. Considering all the discontinued activities, 56.7% were related to indirect patient care, 41.0% to direct care, and 2.3% to administrative activities. Taking notes and registration caused the highest number of interruptions equivalent to 23.7% of the total, followed by 18.2% for hand hygiene, and 9.3% for administration of drugs. On average the interruptions corresponded to 9.4% of the working time of the nursing professionals. The median of the interrupted activity were three minutes, and for those not interrupted, one minute. The main sources of interruption was stemmed own health professionals (51.0%), followed by self-interruption (32.1%). The main reasons for the observed interruptions were socialization (21.2%), collecting information (12.7%), requesting assistance (7.5%), and lack of materials to complete the procedures (6.6%). Regarding those procedures were interruption should not occur, for safety reasons, 51.5% of the professionals cited the preparation and administration of drugs, and 39.4%, orotracheal aspiration. Most interviewees (78.8%) reported having committed error, mistake or failure, due to incurred interruptions. As for strategies to avoid interruptions, 54.6% cited of those interviewed indicated the task organization, and 48.5%, continuing education. CONCLUSION: The causes of interruptions must be analyzed and strategies must be adopted in order to improve the work environment, to minimize interruptions, to prevent delays, loss of concentration, and possibly occurrences of errors, in order to increase quality and security during the health procedures provided to the population by the nursing professionals. / OBJETIVO: Analisar as interrupções ocorridas durante a assistência de enfermagem prestada em Unidades de Tratamento Intensivo. METODOLOGIA: Estudo transversal realizado em duas unidades de tratamento intensivo de um hospital de ensino de Goiás. A população do estudo foi constituída por todos os profissionais de enfermagem que prestavam cuidados aos pacientes no período diurno. A coleta de dados deu-se de junho a agosto de 2014, por meio de observação direta e não participante de atividades de cuidados de enfermagem e por entrevista com os profissionais. Estes dados foram analisados pelo programa SPSS, versão 20.0 para Windows. Foi calculada a prevalência das atividades interrompidas. O teste U de Mann-Whitney foi utilizado para verificar a diferença da duração das atividades com e sem interrupção; Spearman para verificar o coeficiente de correlação da duração do tempo da atividade e número de interrupções; e teste de Kruskal-Wallis para verificar diferenças entre o número de interrupções por categoria profissional. RESULTADOS: Participaram do estudo 33 profissionais de enfermagem que atuavam nas unidades de tratamento intensivo. Os profissionais foram observados durante 99 horas, realizando 739 atividades relacionadas à prestação da assistência de enfermagem, das quais 346 (46,8%) sofreram interrupções, totalizando 778 interrupções, correspondendo a 7,9 interrupções por hora, ou uma interrupção a cada 7,7 minutos. Das atividades interrompidas, 56,7% eram relacionadas ao cuidado indireto do paciente, 41,0% ao cuidado direto e 2,3% atividades administrativas. A atividade com maior número de interrupções foi a relacionada ao registro/ anotações de enfermagem, com o equivalente a 23,7% de todas interrupções, seguida da higienização das mãos, 18,2%, e da administração de medicamentos, 9,3%. As interrupções corresponderam, em média, a 9,4% do tempo de trabalho dos profissionais de enfermagem. A mediana das atividades interrompidas foi de três minutos, sendo que a das atividades não interrompidas foi de um minuto. A principal fonte de interrupção foi provinda dos próprios profissionais de saúde (51,0%), seguida da autointerrupção (32,1%). Os principais motivos de interrupções observados foram: conversas sociais (21,2%), obtenção de informação (12,7%), pedido de ajuda (7,5%) e falta de material para concluir procedimentos (6,6%). Em relação aos procedimentos que não devem ser interrompidos por motivos de segurança, 51,5% dos profissionais citaram o preparo e administração de medicamentos e 39,4% mencionaram a aspiração orotraqueal. A maioria dos entrevistados (78,8%) afirmou ter cometido erro, engano ou falha, em decorrência de interrupções sofridas. Como estratégias para evitar interrupções, 54,5% apontaram a organização do serviço e 48,5% a educação continuada. CONCLUSÃO: As causas das interrupções devem ser analisadas e estratégias devem ser adotadas de forma a trazer melhorias ao ambiente de trabalho e minimização das interrupções, prevenindo atrasos, perda de concentração e possíveis ocorrências de erros, aumentando a qualidade e segurança na assistência prestada à saúde da população pelos profissionais de enfermagem.
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Segurança do paciente em unidades de terapia intensiva: estresse, coping e burnout da equipe de enfermagem e ocorrência de eventos adversos e incidentes / Patient safety in intensive care units: stress, coping and burnout of nursing staff and the occurrence of adverse events and incidents

Rafaela Andolhe 05 July 2013 (has links)
Objetivo: Este estudo objetivou analisar a associação entre características biossociais e clínicas dos pacientes, carga de trabalho de enfermagem, nível de estresse, coping e burnout da equipe de enfermagem e a ocorrência de Eventos Adversos/Incidentes (EA/I) em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Método: Trata-se de investigação observacional, analítica, transversal, realizada em diferentes UTI, no mês de outubro de 2012. Utilizaram-se informações extraídas dos prontuários dos pacientes para coleta de EA/I. Para a carga de enfermagem, utilizou-se o Nursing Activities Score (NAS). A obtenção das informações da equipe de enfermagem ocorreu pela utilização de: Escala de Estresse no Trabalho (EET), Lista de Sinais e Sintomas de Stress (LSS), Escala de Coping Ocupacional (ECO) e Inventário Maslach de Burnout (IMB). No tratamento estatístico utilizaram-se: Teste Qui-quadrado para associação entre estresse, coping, burnout e variáveis biossociais e do trabalho da equipe de enfermagem para as variáveis qualitativas, Análise de Variância e Teste de Tukey para as quantitativas e regressão logística para identificação dos fatores associados a elas. Utilizou-se a Correlação de Pearson para análise entre variáveis biossociais e clínicas dos pacientes, NAS, estresse, coping, burnout e EA/I. Resultados: Participaram do estudo 111 pacientes, a maior parte eram homens (54,10%), com idade média de 51 anos, procedentes da enfermaria (87,40%), sobreviveram à internação (97,30%), com escore de gravidade de 27,05 e probabilidade de morte de 12,00%. Os 111 pacientes sofreram 1.055 ocorrências durante a internação, 64,83% foram incidentes e 35,17% foram eventos adversos, que envolveram 46,85% e 53,15% pacientes, respectivamente. As principais ocorrências relacionaram-se a: procedimento/processo clínico (48,53%), falhas com documentação (28,06%), administração de medicamentos ou relacionados a fluídos endovenosos (8,63%) e acidentes com paciente (6,26%). A variável EA/I correlacionou-se com gravidade (p=0,00 e r=0,27) e probabilidade de morte (p=0,00 e r=0,27) e o tempo de internação (p=0,00 e r=0,41). Referente à equipe de enfermagem, participaram do estudo 287 sujeitos, sendo 34,84% enfermeiros, 12,89% técnicos e 52,27%, auxiliares de enfermagem. Tratavam-se, de mulheres (83,97%), com companheiro (50,53%) e filhos (63,07%). 74,47% dos sujeitos estavam com médio nível de estresse verificados pela EET e 46,13% dos profissionais apresentou médio nível de estresse verificado pela LSS. O percentual de pessoas com burnout foi de 12,54%. As variáveis relacionadas às características do trabalho tiveram associação com o estresse. A equipe de enfermagem utilizou, predominantemente, o coping controle (79,93%). Houve associação estatisticamente significante entre presença de burnout e avaliação da efetividade das horas de sono dormidas (p=0,03) e intenção de deixar a instituição (p=0,04). A maior média de ocorrências de EA/I foi nas unidades com maior NAS, estresse ou burnout. Houve correlação positiva alta e estatisticamente significativa entre EA/I e tempo de internação (r=0,78 e p=0,02). Não houve correlação estatisticamente significativa entre EA/I, gravidade, NAS, estresse (EET), sinais e sintomas de estresse (LSS) e burnout. Conclusões: Apesar da hipótese deste estudo ter sido refutada, essa pesquisa avança pela elucidação de variáveis relacionadas ao estresse no trabalho, ao coping ocupacional e ao burnout e indica direções sobre a ligação dos EA/I, carga de trabalho de enfermagem, estresse e burnout. / Objective: This study aimed to examine the association between biosocial and clinical characteristics of patients, nursing workload, level of stress, coping and burnout of nursing staff, with the occurrence of Adverse Events/Incidents (AE/I) in Adult Intensive Care Units. Method: Observational analytic cross-sectional study, performed in different ICU during the month of October, 2012. Data of patients was collected from medical records; to measure the workload of nursing, it was used the Nursing Activities Score (NAS); to collect data regarding the nursing staff it were used the following instruments: Stress Scale at Work (SSW), List of Signs and Symptoms of Stress (LSS), Occupational Coping Scale (OCS) and the Maslach Burnout Inventory (MBI). The statistical treatment used were: chi-square test for association between stress, coping, burnout and biosocial and work variables from the nursing staff for qualitative variables; analysis of variance and Tukey\'s test for quantitative variables; logistic regression to identify the associated factors. It was used the Pearson correlation test for analysis of biosocial and clinical variables, NAS, stress, coping, burnout and AE/I. Results: The study included 111 patients; the majority were men (54.10%), mean age 51 years, coming from the hospitalization unit (87.40%), who survived to the hospitalization (97.30%), with severity score of 27.05 and probability of death of 12.00%. The 111 patients had 1,055 occurrences during hospitalization, 64.83% were incidents and 35.17% were adverse events, involving 46.85% and 53.15% patients, respectively. The main occurrences related to procedure/clinical process (48.53%), documentation failures (28.06%), medication administration or related to intravenous fluids (8.63%) and accidents with the patient (6, 26%). The variable AE/I correlated with severity (p = 0.00 and r = 0.27), probability of death (p = 0.00 and r = 0.27) and length of stay (p = 0.00 and r = 0,41). Concerning the nursing staff, 287 individuals participated in the study, 34.84% were nurses, 12.89% were nursing technicians and 52.27% were nursing auxiliaries. Most were women (83.97%), with a partner (50.53%) and children (63.07%), 74.47% scored with medium stress level measured by the SST and 46.13% of the professionals scored medium stress level in the LSS. The percentage of people with burnout was 12.54%. The work variables were associated with stress. The nursing staff used predominantly coping control (79.93%). There was a statistically significant association between the presence of burnout and evaluation of the effectiveness of hours of sleep (p = 0.03) and intention to leave the institution (p = 0.04). The highest average occurrences of AE/I were in units with higher NAS score, stress or burnout. There was a high, positive statistically significant correlation between AE/I and length of stay (r = 0.78 and p = 0.02), but there was not significant correlation between AE/I, gravity, nursing workload, stress (SSW), signs and symptoms of stress (LSS) and burnout. Conclusions: Although the hypothesis of this study has been refuted, this research advances through elucidation of variables associated to stress at work, occupational coping and burnout, also providing some directions for the connection of AE/I, nursing workload, stress and burnout.
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Correlação da carga de trabalho de enfermagem e indicadores assistenciais em unidade de terapia intensiva / Correlation of nursing workload and care indicators in intensive care unit

Tatiana do Altíssimo Nogueira 24 April 2015 (has links)
Estudo transversal, descritivo, de natureza quantitativa, realizado com o objetivo de correlacionar o tempo médio de assistência dispensado pelos profissionais de enfermagem em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital privado de um município do interior do estado de São Paulo, com indicadores de qualidade assistencial: incidência de flebite, incidência de extubação orotraqueal (extot) não planejada, incidência de úlcera por pressão (UP), incidência de saída não planejada de sonda nasoenteral (SNE) para aporte nutricional, densidade de incidência de infecção do trato urinário (ITU) e densidade de incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV). O período de análise foi de 01 de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2013 e os dados foram obtidos de um sistema de registro eletrônico que armazena e gerencia as informações na unidade investigada, além da escala diária do pessoal de enfermagem. Para a análise dos dados, foi utilizada a correlação de Pearson para as variáveis número médio de horas dispensadas e a razão de horas dispensadas por requeridas (p-valor < 0.001) e, para as variáveis resposta, foram usados os Modelos Lineares Generalizados, com nível de significância de 5% (?=0,05). A amostra desse estudo foi composta por 1.717 pacientes, sendo 61% com idade acima de 65 anos, submetidos a tratamento clínico (70%) e média de internação de 3,85 dias, sendo a maioria proveniente da emergência (48,7%). O índice de gravidade SAPS 3 observado foi de 48,6 pontos e a mortalidade no período foi de 18,7%. O tempo médio de assistência de enfermagem dispensado aos pacientes correspondeu a 12,21 horas, sendo que, dessas, os enfermeiros ministraram um mínimo de 23% e um máximo de 30%. Obteve-se um valor de NAS médio de 54,87 pontos, o que equivale a 13,17 horas de assistência de enfermagem requeridas. A média da razão de horas dispensadas por requeridas foi de 0,87. Na análise correlacional entre os indicadores assistenciais e o tempo de assistência de enfermagem dispensado, obteve-se que a incidência de flebite, extot não planejada e de densidade de incidência de PAV apresentou significância estatística, indicando que, quanto maior a razão das horas dispensadas por requeridas, menor a probabilidade da ocorrência desses eventos, segundo modelo ajustado. Os achados desse estudo apontam para a importância da análise das necessidades quanti-qualitativas de profissionais de enfermagem, na medida em que se constroem evidências do impacto do dimensionamento de pessoal e resultados da assistência prestada. A limitação da presente investigação reside no fato de ter sido realizada em uma única UTI de um hospital privado, com um perfil de pacientes diferenciado, o que traz, portanto, restrições para sua generalização. A escassez de estudos na literatura sobre a temática limita, ainda, o confronto dos dados obtidos. / Transversal, descriptive and of quantitative approach study, developed with the aim of to correlate the assistance average time spent by nursing professionals in an Intensive Care Unit (ICU) of a private hospital of a city from Sao Paulo State, with the nursing assistance indicators: phlebitis incidence, unplanned orotracheal extubation (OTE) incidence, incidence of pressure ulcer (PU), unplanned output incidence of nasogastric tube (NGT) for nutritional support, incidence density of urinary tract infection (UTI) and incidence density of mechanical ventilation-associated pneumonia (VAP). The analysis period was from 1 January 2011 to 31 December 2013 and the data were obtained from an electronic registry system that stores and manages information in the investigated unit, in addition to daily scale of nursing staff. For data analysis, it was used the Pearson correlation for the variables average number of hours provided and the ratio of hours provided by required (p <0.001), and, for the response variables, the Generalized Linear Models with significance level of 5% (? = 0.05) were used. This study sample consisted of 1.717 patients, 61% aged over 65 years, undergoing medical treatment (70%) and average length of stay of 3.85 days, most of them from emergency (48.7%). The severity index SAPS 3 observed was 48.6 points and mortality in the period was 18.7%. The average time of nursing care provided to patients was 12.21 hours, and, of these, nurses ministered a minimum of 23% and a maximum of 30%. There was obtained an average value NAS of 54.87 points, which is equivalent to 13.17 hours required of nursing care. The mean ratio of hours provided by required was 0.87. In the correlation analysis between the care indicators and provided nursing care time, it was obtained that the incidence of phlebitis, unplanned OET and incidence density of VAP were statistically significant, indicating that the higher the ratio of hours provided by required, the lower the probability of occurring these events, according to the adjusted model. Our findings point to the importance of quantitative and qualitative needs analysis of nursing professionals in so far as they build evidence of the impact of staff dimensioning and delivery of care results. The limitation of this research lies in the fact that it was made in a single ICU of a private hospital, with a distinctive patients profile, which brings, therefore, restrictions to its generalization. Lack of studies in the literature about this subject also limits a comparison of obtained data.
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Infecção hospitalar no Centro de Tratamento Intensivo Geral de um hospital escola da Região Sul do Brasil

Barbosa, Gilberto da Luz January 2002 (has links)
Objetivos Avaliamos a incidência de infecção hospitalar no CTI clínico-cirúrgico de um hospital escola no sul do Brasil. Foram utilizadas taxas ajustadas para o tempo de permanência dos pacientes e para o tempo de exposição aos procedimentos invasivos. Também investigamos a influência da causa básica de internação (trauma, neurológico e clínico-cirúrgico) nas taxas de infecções. Material e Métodos Os pacientes internados no CTI Clínico-cirúrgico de março a dezembro de 1999, foram prospectivamente seguidos para a detecção de infecção hospitalar. Para o diagnóstico de infecção hospitalar utilizou-se as definições do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) e as taxas foram calculadas de acordo com a metodologia NNIS (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica). Resultados Foram acompanhados 686 pacientes (4201 pacientes-dia). Ocorreram 125 infecções hospitalares, sendo que a incidência global foi de 18,2% ou 29,8 infecções por 1000 pacientes-dia. Os sítios de infecção mais freqüente foram: pneumonia (40%), infecção urinária (24%) e septicemia primária (12,8%). As taxas de infecções hospitalares, associadas aos procedimentos invasivos, foram as seguintes: 32,2 pneumonias por 1000 ventiladores mecânico-dia, 9,7 infecções urinárias por 1000 sondas vesicais-dia e 7 septicemias por 1000 cateteres venosos centrais-dia. A incidência global de infecção nos pacientes com trauma (26,8) e neurológicos (20,7%) foi superior quando comparada com o grupo clínico-cirúrgico (12,2%), p < 0,001. Conclusões Encontramos altas taxas de infecções relacionadas com os procedimentos invasivos neste CTI. A causa básica de internação influenciou as taxas de infecção, sugerindo a necessidade de analisar-se estratificadamente os pacientes em CTI clínico-cirúrgico. / Objectives The incidence of nosocomial infections in the General ICU of the Hospital São Vicente de Paulo was evaluated using adjusted rates for patients’ lenght of stay and time of device exposure. We also determined the differences in the rates of infections according basic reason for admission (trauma, neurological, and medical-surgical). Material and Methods From March 1 to December 31 1999, patients in the General ICU were prospectively followed for detection of nosocomial infection during their stay. Diagnosis of nosocomial infection was made according to the Centers for Disease Control e Prevention (CDC) definitions and the rates were calculated according to the methods of the National Nosocomial Infections Surveillance (NNIS) System. Results Six hundred eighty-six patients (4,201 patient-days) were followed. One hundred twenty-five nosocomial infections occurred and the overall rate was 18.2% or 29.8 infections per 1,000 patient-days. The most commonly found infection sites were: pneumonia (40%), urinary tract infection (24%), and primary bloodstream infections (12.8%). Device-associated nosocomial infection rates were as follows: 32.2 pneumonias per 1,000 ventilator-days, 9.7 urinary infections per 1,000 indwelling urinary catheter-days, and 7 bloodstream infection per 1,000 central venous catheter-days. Overall incidence of infection in trauma (26.8) and neurological (20.7%) groups was higher than in the medical-surgical group (12.2%), p<0.001. Conclusions Our study found a high incidence of pneumonia and high rates of nosocomial infections associated with use of an invasive device in this ICU. The basic cause for admission affected infection rates, suggesting the need for a stratified analysis of patients in the General ICU by basic reason for admission.
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O exame direto do lavado broncoalveolar para o diagnóstico precoce de pneumonia nosocomial : um modelo experimental em ratos

Silva, Nilton Brandao da January 2002 (has links)
A pneumonia nosocomial é a principal causa de infecção nosocomial em unidades de tratamento intensivo e possui alta morbi/mortalidade. A incidência cumulativa varia, conforme os autores, entre limites amplos desde 8% até 51%, dependendo do tipo de paciente e do uso de instrumentação das vias respiratórias. Nos casos específicos das pneumonias de má resolução e da pneumonia associada à ventilação mecânica, o diagnóstico é problemático devido à ausência de uma padronização definitiva, decorrente não só da grande variabilidade fisiopatológica como também da pouca acurácia dos critérios clínicos, microbiológicos e radiológicos. Estes fatos ensejaram a utilização progressiva de técnicas invasivas sofisticadas para coleta de amostras respiratórias endobrônquicas. Entretanto, a validação dessas técnicas para uso sistemático depende ainda de estudos que avaliem não só o seu custo/benefício em cenários clínicos diversos como também a comparação de seu desempenho para o diagnóstico com um padrão-ouro histopatológico. Além disso, o rendimento das técnicas invasivas é freqüentemente limitado quando são aplicadas em pacientes sob antibioticoterapia, que constituem a maioria dos casos em unidades de cuidados intensivos. A otimização desses testes, discutindo suas indicações e avaliando sua capacidade técnica para a confirmação ou exclusão de pneumonia, é justificada pela necessidade da instituição precoce e correta do tratamento, pois disto resulta menor mortalidade, redução de custos e permanência no hospital. Entre os testes que podem auxiliar no diagnóstico encontra-se o exame direto do lavado broncoalveolar, que proporciona resultados precoces e úteis para a tomada de decisão, mas não suficientemente testados em diferentes situações clínicas ou experimentais. Com o objetivo de avaliar o rendimento diagnóstico do exame direto precoce e das culturas quantitativas obtido por lavado broncoalveolar, estudou-se sua utilização em um modelo experimental de pneumonia provocada através de inoculação bacteriana intrabrônquica em ratos. O estudo comparou a acurácia do exame direto e dos exames culturais em três grupos de animais: Grupo A com pneumonia pneumocócica (37 animais); Grupo P com pneumonia por P. aeruginosa (26 animais) e Grupo B controle (10 animais), utilizando a histopatologia dos pulmões como teste de referência para o diagnóstico. Os Grupos A e P foram ainda randomizados em dois subgrupos cada, para tratamento ou não com antibióticos, usando penicilina no grupo pneumococo e amicacina no grupo Pseudomonas. Como resultado, observou-se que nos animais com pneumonia e ausência de antibióticos a pesquisa de bactéria fagocitada (BIC) no exame direto mostrou um rendimento elevado para o diagnóstico, sendo superior ao das culturas quantitativas. No grupo com pneumonia pneumocócica a BIC mostrou: S:94,4% a 100%, E:100%, VPP:100% e VPN:100%; e as culturas quantitativas mostraram: S:77,8%, E:100%, VPP:100%, VPN:40%. Nos com pneumonia por Pseudomonas a BIC obteve: S: 69%, E:100%; VPP:100% e VPN:71,4%); e as culturas quantitativas mostraram valores muito baixos: S:28,6%, E:100%, VPP:100% e VPN:50%). Nos animais com pneumonia pneumocócica sob tratamento antibiótico havia uma queda acentuada de sensibilidade das culturas quantitativas (S:21%) e, em menor grau da BIC (S:57,9%), mas sem perda da especificidade de ambos os exames. Ao contrário, nos animais com pneumonias por Pseudomonas sob tratamento não havia alteração no rendimento dos dois exames, cujos resultados foram semelhantes aos dos animais sem tratamento. Não havia diferenças de leitura da BIC para o diagnóstico, contando a sua positividade em macrófagos ou em neutrófilos infectados. A avaliação global dos casos estudados, reunindo todos os grupos (tratados e não-tratados) em ambos os modelos de pneumonia, mostrou que a acurácia do exame direto, representado pela pesquisa da BIC, foi superior (66%) ao das culturas quantitativas (53%). As conclusões principais do estudo foram: 1) o exame direto do lavado broncoalveolar (LBA) mostrou-se um teste útil e de alto rendimento para o diagnóstico de pneumonia quando realizado na ausência de antibióticos; 2) o LBA feito na vigência de antibióticos efetivos para a pneumonia perde mais de 50% de sua acurácia, mas não é afetado quando o antibiótico for ineficaz ou houver resistência ao mesmo; 3) a pesquisa de BIC no LBA é um exame de resultado precoce, de alta especificidade e com melhor rendimento do que as culturas quantitativas. / Nosocomial pneumonia is the main cause of nococomial infection infection in Intensive Care Units and it presents a high degree of morbi/mortality. The cumulative incidence varies, according to the authors, between the wide limits from 8% to 51%, depending on the type of patient and on the use of instrumentation of the respiratory tract. In the specific cases of non-resolving pneumonias and of the mechanical ventilation associated-pneumonias. The diagnosis is problematic due to the absence of definite standardization, resulting not only from the great physiopathological variability, but also from the little accuracy of the clinica, microbiological and radiological criteria. These facts led to the progressive use of sophisticated invasive techniques to collect respiratory samples. However, the validation of these techniques for a systematic use still depends on studies which evaluate not only their cost/benefit in the diverse clinical settings , as well as on the comparison of its performance for the diagnosis with a histo-pathological gold-standard. Moreover, the results of the invasive techniques are often limited when they are applied to patients under antibiotic therapy. The acquirements of the utmost which these tests may provide, discussing their indications and evaluating their technical capacity to confirm or exclude pneumonia is justified by the necessity of a precocious and correct administration of the treattment, because this will result in a lower rate of mortality, reduction of costs, and a shorter stay in hospital. Among the controversial tests which may help in the diagnosis is the direct exam of the bronchoalveolar lavage, which provides precocious and useful results to make a decision but not sufficiently tested in different clinical or experimental situations. Having the aim of evaluating the diagnostic value of the direct precocious exam and of the quantitative cultures obtained through broncoalveolar lavage, we studied their use in an experimental model of pneumonia provocated through intrabronchial bacterial inoculation in rats. The study compared the accuracy of the direct examination and of the quantitative cultures in three groups of animals: Group A with pneumococal pneumonia (37 animals), Group P with P. aeruginosa pneumonia (26 animals), and Group B, controls without pneumonia (10 animals), using the histopathology of the lungs as the reference test for the diagnosis. Groups A and P above were each one of them randomized into two subgroups, for treatment or not with antibiotics, using penicilin in the pneumococal group and amikacin in the Pseudomonas group. As results it was observed that in the animals with pneumonia and absence of antibiotics the research for intracelular bacteria (ICO) in the direct exam revealed high sensitive diagnosis, superior to that of the quantitative cultures. In the group with pneumococal pneumonia the ICO revealed (S: 94.4% to 100%; E: 100%; PPV: 100%; PNV: 100% ), and the quantitative cultures (S: 77.8%; E: 100%; PPV: 100%; PNV: 40%). In those with Pseudomonas pneumonia, ICO with (S: 69%; E: 100%; PPV: 100%; NPV: 71.4%) and the cultures with (S: 28.6%; E: 100%: VPP: 100%; VPN: 50%). In the animals with pneumococical pneumonia under penicilin there was a significant fall of the sensibility of yhe quantitative cultures (S: 21%) and also of the ICO, although in a lower degree (S: 57.9%), but without loss of the specificity of both exams. On the contrary, in the animals with Pseudomonas pneumonia under amikacin treatment there was no change in the sensibility of the two exams, whose results were similar to those of the animals without treatment. These were no difference in the reading of the ICO in relation to the diagnosis counting its positiveness according to infected macrophages or neutrophiles. The global evaluation of the cases studied, putting together all the groups (treated and not treated) in both models of pneumonia showed that the accuracy of the direct exam represented by the ICO research was superior (66%) to that of the quantitative cultures (53%). The main conclusions of the study were: 1) the direct exam of the bronchoalveolar lavage revealed it self a useful test of great effectiveness for the diagnosis of pneumonia when performed without antibiotics; 2) the bronchoalveolar lavage performed with the use of antibiotics effective for the pneumonia loses more than 50% of its accuracy, but does not suffer any change when the antibiotic is ineffecient or there is resistance to it; 3) the research of ICO in the bronchoalveolar lavage is an examination of precociuos result, of high specificity with better accuracy than the quantitative cultures.

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