371 |
Segurança do paciente em unidades de terapia intensiva: ambiente das práticas profissionais de enfermagem e satisfação profissional na ocorrência de eventos adversos / Patient safety in Intensive Care Units: environment of professional nursing practices and job satisfaction in the occurrence of adverse eventsElaine Machado de Oliveira 26 February 2015 (has links)
Objetivo: Analisar a associação entre variáveis biossociais e clínicas dos pacientes, variáveis biossociais e do trabalho da equipe de enfermagem, ambiente das práticas profissionais de enfermagem e satisfação profissional e eventos adversos (EA) moderado/grave nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Método: Investigação observacional com delineamento misto: coorte histórica para a coleta de dados dos EA e Incidentes (I) e dos pacientes e transversal para a coleta de dados da equipe de enfermagem, Nursing Work Index- Revised (NWI-R) e Índice de Satisfação Profissional (ISP). O estudo foi realizado em 8 UTI do Instituto Central do Hospital das Clínicas, entre 03 de setembro e 01 de dezembro de 2012. As fontes de informações para a extração dos dados foram: prontuários dos pacientes, sistema informatizado institucional, instrumentos impressos e passagens de plantão. No tratamento estatístico utilizaram-se os testes t Student e Mann Whitney, além da correlação Pearson/Spearman. Utilizou-se a regressão logística para a associação entre as variáveis biossociais e clínicas dos pacientes e EA moderado/grave, regressão linear para a associação entre as variáveis biossociais e do trabalho da equipe de enfermagem e ISP. O modelo de regressão logística multinível analisou a associação entre as variáveis contempladas nos modelos com EA moderado/grave. Resultados: Participaram do estudo 806 pacientes, com total de 890 internações e 54 reinternações, distribuídos em UTI cirúrgicas, UTI clínicas e UTI especializadas. A maioria dos pacientes era do gênero masculino (58,09%), idade média de 54,11 anos, média SAPSII 32,29, probabilidade de morte SAPSII 19,10%, que sobreviveram à internação na UTI (78,76%). Os 806 pacientes sofreram 6.029 ocorrências, classificadas, em maior proporção, como procedimento/processo clínico (45,12%), falhas com documentação (34,12%), administração de medicamentos/fluídos endovenosos (8,39%) e acidentes com paciente (4,54%). Do total de ocorrências, 23,04% foram EA e destes, 8,19% EA moderado/grave, que foram associados às variáveis biossociais e clínicas dos pacientes: gênero masculino (p=0,04), condição de saída óbito (p=0,00) e tempo de permanência (p=0,00). Referente à equipe de enfermagem, participaram do estudo 287 profissionais, sendo 34,85% enfermeiros e 65,15% técnicos/auxiliares de enfermagem. A amostra foi caracterizada pelo gênero feminino (83,97%), com companheiro (50,53%) e filhos (63,06%), avaliou favoravelmente o ambiente das práticas para os domínios relações entre médicos e enfermeiros (2,29 pontos) e autonomia (2,31 pontos) e não favoravelmente aos domínios suporte organizacional (2,37 pontos) e controle do ambiente (2,52 pontos) e apresentou baixa satisfação profissional (ISP=10,96 pontos). A correlação entre os domínios do NWI-R com o escore ISP mostrou que o ambiente favorável às práticas de enfermagem aumentou a satisfação profissional. As variáveis NWI-R (p=0,00), tempo de trabalho em UTI (p=0,04) e sente-se disposto para o trabalho (p=0,00) foram associadas ao ISP. Os únicos fatores associados ao EA moderado/grave foram tempo de permanência na UTI (p=0,00) e condição de saída óbito (p=0,01). Conclusões: Apesar de a hipótese deste estudo ter sido refutada, constatou-se que o ambiente favorável às práticas de enfermagem aumentou a satisfação profissional. Os resultados indicaram a necessidade de ampliar as investigações sobre os fatores associados a ocorrência do EA em UTI por serem fenômenos multidimensionais e complexos. / Objective: To analyze the association between biosocial and clinical patient variables, biosocial and work variables of nursing staff, environment of nursing practices, job satisfaction and the occurrence of moderate/severe Adverse Events (AE) in Intensive Care Units (ICU). Method: Observational research with a mixed design: historical cohort study to collect datas of the AE/Incidents (I) and patients and cross-sectional for the sample of nursing staff, Nursing Work Index- Revised (NWI-R) and Index of Work Satisfaction (IWS). The study was conducted in 8 ICU of the Central Institute from the University Hospital, between 2012 September 3th and December 1st. The sources of information for the datas extraction were: patients\' medical records, computerized system, printed instruments and shift change. In the statistical analysis we used the Student T and Mann-Whitney tests, and Pearson/Spearman correlation. We used logistic regression to the association between biosocial and clinical variables of patients and moderate/severe AE, linear regression for the association between the biosocial and work variables of the nursing staff and IWS. The multilevel logistic regression model analyzed the association between the variables included in the models and moderate/severe AE. Results: The study included 806 patients with a total of 890 admissions and 54 readmissions, distributed in surgical, clinical and specialized ICU. Most patients were male (58.09%), mean age 54.11 years, average 32.29 SAPSII, risk of death SAPSII 19.10%, which survived in the ICU (78.76%) . The 806 patients suffered 6,029 occurrences, classified in greater proportion, as procedure/clinical process (45.12%), documentation (34.12%), medication/intravenous fluids (8.39%) and patient accidents (4.54%). AE were 23.04% and 8.19% moderate/severe AE, which were associated with biosocial and clinical variables of patients: male gender (p = 0.04), death output condition (p = 0.00) and length of stay (p = 0.00). On the nursing team, 287 professionals participated in the study, 34.85% were nurses and 65.15% were technical nursing assistants. The sample was characterized by females (83.97%), with a partner (50.53%) and children (63.06%), who evaluate favorably environmental practices for the relations between doctors and nurses (2.29 points ) and autonomy (2.31 points) and not favorably to organizational support areas (2.37 points) and environmental control (2.52 points) and had low job satisfaction (ISP = 10.96 points). The correlation between the domains of the NWI-R with the IWS score showed that the favorable environment for nursing practices increased job satisfaction. The NWI-R (p = 0.00), working time in ICU (p = 0.04) and feel willing to work (p = 0.00) were associated with the IWS. The only factors associated with moderate/severe AE were length of stay in the ICU (p = 0.00) and death output condition (p = 0.01). Conclusions: Although the hypothesis of this study have been refuted, it was found that the favorable environment for nursing practices increased job satisfaction. The results indicated the need to increase research into the factors associated with the occurrence of AE in ICU because they are multidimensional and complex phenomena.
|
372 |
A influência da introdução de um programa de educação médica em terapia nutricional no desfecho dos pacientes em uma unidade intensiva / The influence of a medical educational program in nutritional therapy on outcome of critical care patientsMelina Gouveia Castro 03 August 2012 (has links)
A terapia nutricional mostra-se de grande importância no tratamento do doente crítico, por apresentar impacto favorável em seu desfecho clínico. No entanto, até 70% dos pacientes em unidade de terapia intensiva podem não receber terapia nutricional adequada. Isso ocorre, em parte, pela falta de formação e de conhecimento dos profissionais de saúde sobre princípios de nutrição clínica. O objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto da introdução de um programa de educação médica em terapia nutricional em uma unidade de terapia intensiva sobre a qualidade da terapia nutricional e os resultados clínicos de seus pacientes. O presente estudo foi desenvolvido em três fases distintas: 1) Pré-programa educacional (PP): 50 pacientes recém-admitidos em unidade de terapia intensiva foram selecionados consecutivamente para avaliação da qualidade da terapia nutricional a eles oferecida e seus desfechos clínicos, através de visitas periódicas. 2) Programa Educacional (PE): foram criados protocolos nutricionais específicos. Um programa de educação em terapia nutricional baseado nesses protocolos (palestras, workshops e discussões à beira leito) foi introduzido nessa unidade de terapia intensiva. 3) Pós-programa educacional (PO): a qualidade da terapia nutricional e os desfechos clínicos de um segundo grupo de 50 pacientes foram avaliados, utilizando-se a mesma metodologia da fase 1 (PP). Os marcadores utilizados para avaliação da qualidade da terapia nutricional foram: avaliação nutricional, adequação da oferta de energia, tempo de jejum e introdução de nutrição enteral precoce. Tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e tempo de internação hospitalar foram registrados e avaliados como desfechos clínicos principais. Os pacientes da fase PP e PO não diferiram em idade, APACHEII, sexo, tipo de diagnóstico na admissão e avaliação nutricional. Observou-se redução no tempo de jejum (PP 3,8 dias ± 3,1 vs PO: 2,2 dias ± 2,6; p = 0,002), melhora na adequação calórica (PP 74,2% ± 33,3 vs PO 96,2 ± 23,8%; p <0,001) e aumento da indicação de nutrição enteral precoce (PP 24% vs PO 60%; p = 0,001) nos pacientes da fase PO, em comparação com os pacientes da fase PP. Além disso, o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva foi menor (PP: 21,9 dias ± 15,2 vs PO: 12,2 dias ± 8,0; p <0,001) nos pacientes da fase PO, em comparação com os pacientes da fase PP. Não houve alteração significativa no tempo de internação hospitalar. A introdução de um modelo de educação em terapia nutricional em uma unidade de terapia intensiva melhorou a qualidade da terapia nutricional e diminuiu o tempo de permanência de seus pacientes / In critically ill patients, nutritional therapy favorably impacts clinical outcomes. However, up to 70% of patients in the intensive care unit do not receive adequate nutritional therapy, due, partially, to the lack of training and knowledge regarding nutrition principles among healthcare providers. The aim of this study was to evaluate the impact of a medical educational program in an intensive care unit on the quality of the nutritional therapy and clinical outcomes. The study protocol was developed among three distinct phases: 1) Pre-educational program (Pre-EP): 50 patients newly admitted to the intensive care unit were consecutively selected to assess their regular performed nutritional therapy and clinical end-points. 2) Educational program (EP): specific nutritional protocols were created and an education program (lectures, workshops and bedside discussions) were implemented. 3) Post educational program (Post-EP): a second group of 50 patients was enrolled and observed using the same phase 1 (Pre-EP) methodology. Nutritional therapy practice was evaluated through the application of specific quality indicators and the evaluation of nutritional therapy-related complications, considering as main markers the nutritional assessment, adequacy of energy requirement, duration of fasting and use of early enteral nutrition. Intensive care unit length of stay and hospital length of stay were recorded and measured as primary end-points. The Pre-EP and Post-EP patients did not differ in age, APACHEII, gender, admission diagnosis (surgery x medical) and nutritional assessment. Duration of fasting decreased (Pre-EP 3.8 days ±3.1 vs. Post-EP: 2.2 days ±2.6; p=0.002), the adequacy of nutritional therapy improved (Pre-EP 74.2% ±33.3 vs. Post-EP 96.2%±23.8; p<0.001) and enteral nutrition was earlier initiated (Pre-EP 24% vs. Post-E 60%; p=0.001). Intensive care unit length of stay also decreased (Pre-EP: 21.9 days±15.2 vs Post-EP: 12.2 days ±8.0; p<0.001). No changes were observed in hospital length of stay. Conclusion: Implementing a medical nutrition educational model in an intensive care unit improved the quality of nutritional therapy and decreased the length of stay of their patients
|
373 |
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA: enfrentando desafios e tecendo novos arranjos / SYSTEMATIZATION OF NURSING CARE IN THE UNIT OF PEDIATRIC INTENSIVE CARE: facing challenges and weaving new arrangementsSantos, Danilo Marcelo Araujo dos 08 August 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-18T17:27:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertacao DANILO MARCELO ARAUJO DOS SANTOS.pdf: 10488385 bytes, checksum: 01c4287a20d23352464aac9d079f035b (MD5)
Previous issue date: 2014-08-08 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The Nursing Care Systematization, through the application of Nursing Process, the nurse practice organizes and promotes their professional autonomy. The Nursing Process is
divided into five interrelated and interdependent phases: Nursing History; Nursing Diagnosis; Planning; Implementation and Evaluation. The name and the amount of these phases may
vary depending on nursing theory used to guide the practice. However, the meaning and the purpose of this systematic procedure is to take care of human beings. While nursing practice
is characterized by legal determination of the Brazilian Nursing Council, the nursing care activities are systematized in all Brazilian institutions, whether public or private. Based on
these assertions, the research was guided by the assumption that scientific and technical meetings will provide the search and development of knowledge, skills and competencies
necessary for choosing the theoretical framework and the involvement of nurses in the Pediatric ICU of the University Hospital of the Federal University of Maranhão for deployment
of Nursing Care Systematization into the unit. The objectives of this research and scientific/meetings or workshops about Nursing Care Systematization were easier with the
nurses of the Pediatric Intensive Care Unit; improving knowledge and skills of nurses for deployment of Nursing Process; Nursing History building to support the Nursing Process to
children and adolescents hospitalized in intensive care; support and monitor the stages of the construction, validation, testing and deployment process of the Nursing History; Deploy
the Nursing History as the first phase of the Pediatric ICU Nursing Process. The methodological approach used was Assistant Convergent Approach (ACRA), since this
methodology research is conducted concurrently with the scenario of professional practice in order to introduce changes or innovations. As a methodological resource supports the use of
several different methods and techniques for collecting and analyzing data, however, in this investigation, data were obtained from scientific meetings and workshops with nurses and
through Literature Review for identifying scientific evidence for construction of the Nursing History. The scientific evidence and the theoretical framework of Basic Human Needs Wanda
Horta gave theoretical at this stage of the research support, so that nursing care reach the human being in its entirety. After construction, the History of Nursing underwent validation
expertise and tuned to be tested in clinical practice. With the cooperation of the nurses was built the final version of the Nursing History to meet the care needs of children, adolescents
and their families during hospitalization; and standardized abbreviations and acronyms to be used in nursing records. The History of Nursing built and deployed in the unit is not intended
to generalizations and not terminating the multiple and complex needs that arise in the setting of pediatric intensive care, on the contrary, it should be improved where necessary. / A Sistematização da Assistência de Enfermagem, por meio da aplicação do Processo de Enfermagem, organiza a prática do enfermeiro e promove sua autonomia profissional. O
Processo de Enfermagem é dividido em cinco fases inter-relacionadas e interdependentes: Histórico de Enfermagem; Diagnóstico de Enfermagem; Prescrição de Enfermagem;
Implementação; e Avaliação. A denominação e a quantidade dessas fases podem variar dependendo da Teoria de Enfermagem utilizada para nortear a prática profissional. Contudo,
o sentido e a finalidade desse processo sistemático é cuidar do ser humano. Enquanto prática do enfermeiro, caracteriza-se por determinação legal do Conselho Federal de Enfermagem, que as atividades de cuidado da Enfermagem estejam sistematizadas em
todas as instituições brasileiras, quer públicas ou privadas. Com base nessas assertivas, a pesquisa foi guiada pelo pressuposto de que encontros técnicos e científicos propiciarão a
busca e o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e competências necessárias para a escolha do embasamento teórico e o envolvimento dos enfermeiros da UTI Pediátrica
do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão para implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem na referida unidade. Os objetivos desta
pesquisa foram facilitar encontros científicos e/ou oficinas de Sistematização da Assistência de Enfermagem com os enfermeiros da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica; aperfeiçoar o conhecimento e as habilidades dos enfermeiros para a implantação do Processo de Enfermagem; construir Histórico de Enfermagem para apoiar o Processo de Enfermagem à
criança e adolescente hospitalizados em terapia intensiva; subsidiar e acompanhar as etapas do processo de construção, validação, teste e implantação do Histórico de
Enfermagem; Implantar o Histórico de Enfermagem como primeira fase do Processo de Enfermagem da UTI Pediátrica. O recurso metodológico utilizado foi a Pesquisa Convergente Assistencial, pois nessa metodologia a pesquisa é realizada,
concomitantemente, com o cenário da prática profissional com a finalidade de introduzir mudanças ou inovações. Como recurso metodológico aceita a utilização de vários e
diferentes métodos e técnicas de coleta e análise dos dados, porém, nesta investigação, os dados foram obtidos a partir de encontros científicos e oficinas com os enfermeiros e por
meio de Pesquisa Bibliográfica para a identificação de evidências científicas para a construção do Histórico de Enfermagem. As evidências científicas e o referencial teórico das
Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta deram sustentação teórica a essa etapa da pesquisa, de forma que o cuidado de enfermagem alcançasse o ser humano na sua
integralidade. Após a construção, o Histórico de Enfermagem foi submetido à validação de expertises e ajustado para ser testado na prática clínica. Com a cooperação dos enfermeiros
foi construída a versão final do Histórico de Enfermagem para atender as necessidades de cuidado da criança, adolescente e sua família durante a hospitalização; e padronizadas as
abreviaturas e siglas a serem utilizadas nos registros de enfermagem. O Histórico de Enfermagem construído e implantado na unidade não se propõe a generalizações e não
encerra as múltiplas e complexas necessidades que surgem no cenário da terapia intensiva pediátrica, pelo contrário, ele deve ser aperfeiçoado sempre que necessário.
|
374 |
Segurança do paciente em Unidade de Terapia Intensiva: carga de trabalho de enfermagem e sua relação com a ocorrência de eventos adversos e incidentes / Patient Safety in Intensive Care Unit: nursing care time and its relationship with the occurrence of adverse events and incidentsLeilane Andrade Gonçalves 30 September 2011 (has links)
Estudo observacional prospectivo, de abordagem quantitativa, teve como objetivo geral analisar a carga de trabalho de enfermagem de acordo com as horas de assistência requeridas pelos pacientes e a alocação da equipe de enfermagem, por paciente-dia, e sua relação com a ocorrência de eventos adversos e incidentes, em quatro unidades de terapias intensivas (UTIs) pertencentes a um hospital universitário de nível terciário, do município de São Paulo, Brasil. Esta pesquisa foi desenvolvida nas UTIs do 4º andar (Pronto Socorro e Hematologia) e do 6º andar (Pneumologia e Clínica Médica). A amostra foi constituída por 86 pacientes. Para a medida das horas requeridas de cuidado pelos pacientes foi aplicado, nos 40 dias de estudo, o índice Nursing Activities Score (NAS). Os dados desta pesquisa foram obtidos da análise diária dos prontuários, do acompanhamento diário das visitas médicas e da passagem de plantão de enfermagem em dois turnos de trabalho (manhã e noite). Pacientes internados na UTI 4° andar exigiram maior demanda de cuidado de enfermagem (15,7 horas) do que os pacientes da UTI 6° andar (14,7 horas), com diferença significativa (p=0,008). As horas disponíveis de enfermagem na UTI 4° andar (16,9 horas) foram inferiores às do 6° andar (24,4 horas), também com resultado estatisticamente significativo (p=0,000). A média da diferença entre as horas disponíveis de enfermagem e requeridas de cuidado pelos pacientes foi maior na UTI 6° andar, quando comparada com a UTI 4° andar (p=0,000). Nas duas UTIs ocorreram 1082 eventos adversos e incidentes, sendo que 865 (79,9%) eram incidentes e 217 (20,1%) eventos adversos. O aumento na diferença entre as horas disponíveis de enfermagem e requeridas de cuidado pelos pacientes implicou em aumento da frequência de eventos adversos e incidentes, por paciente-dia, apenas na análise conjunta das duas UTIs, com correlação igual a 0,444 (p=0,000). Das 1165 alocações da equipe de enfermagem nas duas UTIs, 893 (76,7%) foram adequadas e 272 inadequadas (23,3%). A média de eventos adversos e incidentes foi maior nas alocações inadequadas da equipe de enfermagem, comparativamente às alocações adequadas, tanto na UTI 4° andar (p=0,004), quanto na UTI 6° andar (p=0,000) e também quando analisadas as duas UTIs conjuntamente (p=0,000). Observou-se também que nas UTIs do 4° e 6° andar, quando analisadas separadamente e em conjunto, quanto maior a diferença entre as horas disponíveis de enfermagem e requeridas de cuidado pelos pacientes nas alocações da equipe de enfermagem, menor foi a frequência de eventos adversos e incidentes, correlações essas significativas. Como conclusão, os resultados mostraram a importância de uma adequada distribuição da equipe de enfermagem para garantia da segurança dos pacientes críticos. / An observational prospective study of an quantitative approach, aimed at analyzing the workload of nurses, according to the hours of care required by patients, and the allocation of the nursing staff, per patient a day, and its relationship with the occurrence of adverse events and incidents, in four intensive care units (ICUs) belonging to a university hospital, of a tertiary level, in São Paulo, Brazil. This research was performed in the ICU on the 4th floor (Emergency Room and Hematology) and the 6th floor (Pulmonary and Clinics). The sample consisted of 86 patients. To measure the hours of care required by patients, it was applied in a 40-day study, Nursing Activities Score. The data from this study was obtained from the daily analysis of patient charts, the daily monitoring of physician visits and nursing change of shifts on two shifts (morning and night). Patients in the ICU on the 4th floor demanded greater nursing care (15.7 hours) than patients in the ICU on the 6th floor (14.7 hours), with a significant difference (p = 0.008). The available nursing time in the ICU on the 4th floor (16.9 hours) were inferior to the one on the 6th floor (24.4 hours), also with a statistically significant result (p = 0.000). The average difference between the available hours and required ones on nursing care for ICU patients was higher on the 6th floor, compared to the ICU on the 4th floor (p = 0.000). In both ICUs there were 1082 adverse events and incidents, of which 865 (79.9%) were incidents and 217 (20.1%) adverse events. The increase in the difference between the available hours and the required ones on nursing care to patients resulted in increased frequency of adverse events and incidents per patient a day, only in the combined analysis of both ICUs, with an equal correlation of 0.444 (p = 0.000). Out of 1165 allocations of the nursing staff in both ICUs, 893 (76.7%) were adequate and 272 (23.3%) inadequate. The average number of incidents and adverse events was higher in the inadequate allocation of the nursing staff, compared to adequate allocation in both the 4th floor ICU (p = 0.004) and 6th floor ICU (p = 0.000), and when analyzed together both ICUs (p = 0.000). It was also observed that in both ICUs, when analyzed separately and together, the higher the difference between the available hours of nursing care and the required ones by patients, in the allocation of the nursing staff, the lower the frequency of adverse events and incidents was, these significant correlations. In conclusion, the results showed the importance of a proper distribution of the daily nursing staff per patient to ensure patient safety.
|
375 |
A experiência da puérpera com o parto prematuro e internação do seu recém-nascido numa unidade de terapia intensiva neonatal: estudo a partir da psicologia analítica / The puerperal mother\'s experience with premature birth and the internment of her newborn in a Newborn Intensive Care Unit: a study based on analytic psychologyCamila Alessandra Scarabel 07 October 2011 (has links)
A temática do trabalho é a situação da mulher diante de uma gravidez que é interrompida por um parto prematuro, ou seja, aquele que acontece entre a 20ª a 36ª semana de gestação. Nestes casos, o recém-nascido tem que ser internado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) para a salvaguarda de sua vida. A pesquisa é um estudo qualitativo e tem como objetivo geral discutir como as puérperas que passaram pelo parto prematuro e estão com seus recém-nascidos em UTI Neonatal experienciam este momento. E como objetivos específicos, procura identificar essa experiência, averiguando como abordam o parto, a situação de UTIN, o significado do ser mãe e a relação com o bebê. Para isso, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e um grupo focal em um hospital estadual no Estado de Rondônia. Foram feitas 10 entrevistas com mulheres que estavam com seus recém-nascidos internados na UTIN, que tinham mais de 18 anos e passavam por uma primeira experiência de parto prematuro. Destas mulheres, quatro participaram do grupo. As entrevistas e o trabalho em grupo foram analisados por categorias criadas dentro de eixos temáticos, na proposta de processamento simbólico arquetípico. Os eixos foram tomados de acordo com os objetivos específicos, assim se configurando as categorias dentro de cada um deles: o parto (o inesperado; a busca de explicação; duas vidas em jogo; o tremendum e o majestas; os apoios); a situação de UTIN (os sentimentos pela ida do bebê para a UTIN; entre o viver e o morrer; a comunicação da equipe com a família; a rotina difícil; a esperança; buscando forças); o significado do ser mãe (o numinoso; as dificuldades; a ambivalência); a relação mãe-bebê (o rápido primeiro encontro; a imagem do bebê: real e idealizada; o desejo de pegar o filho no colo; a ausência do filho; o contato; as reações do filho). O embasamento teórico constitui-se principalmente na psicologia analítica de Carl Gustav Jung e seus sucessores. Verificou-se que a experiência da maternidade, quando acontece o parto prematuro, é marcada pela ambivalência de sentimentos: ao mesmo tempo em que, por um lado, é bom que o bebê tenha nascido com vida e possa ao menos ser tocado, por outro lado, é também pesaroso ter um filho com que não se possa estar durante todo o tempo, sequer pegá-lo nos braços e levá-lo para casa, precisando ir todo o dia ao hospital e lidar com a ansiedade gerada pela notícia de sua evolução clínica. A esperança ajuda a superar cada dia, assim como o apoio da família, da equipe, e a proximidade ao filho, percebendo suas reações e participando dos cuidados. Práticas institucionais acolhedoras mostram-se imprescindíveis para minimizar o sofrimento da mulher / The subject of this work is the womans condition whenever facing the interruption of her pregnancy by premature birth, in other words, that one which happens between the 20th and the 36st gestation weeks. In these cases, her baby is interned in a Newborn Intensive Care Unit (NICU) in order to save his life. This research is a qualitative study and has the general objective of discussing how the puerperal mothers who had a newborn due to premature birth and whose newborns are interned in Newborn ICU do experience this moment. And, as specific objectives, this work aims to identify such experience, by verifying how they discuss the parturition, the situation of NICU, the meaning of to be mother and their relation with their babies. For this purpose, half-structured interviews and a focal group in a state hospital at Rondonia State were carried out with them: 10 interviews took place with women who were over 18 years old and were in their first experience of premature birth, with their newborns interned at NICU. Four of those women also participated on the focal group. Both the interviews and group work were analyzed through categories created on thematic axes, within the approach of archetypal symbolic processing. These axes were taken in accordance with the specific objectives, with the categories arranged in each one them as following: the parturition (the unexpected; the search for an explanation; two lives at stake; the tremendum and the majestas; the supports); the situation at the NICU (the feelings for the babys internment at the NICU; between life and death; the communication between the staff and the family; the difficult daily routine; the hope; finding strength); the meaning of to be mother (the numinous; the difficulties, the ambivalence); the relation mother-baby (the slight first encounter; the babys image: real and idealized; the desire to hold the baby in the arms; the contact; the babys reactions). The theoretical basement is principally settled on the analytical psychology of Carl Gustav Jung and his successors. It was positively established that the experience of motherhood, when the premature birth happens, is marked by the ambivalence of feelings: if, on one hand, it is good to know that the baby was born alive and the mother at least can touch him, on the other hand, it is sorrowful for her to have a baby with whom she cant be all the time, that she cant hold him in her arms and take him home, besides having to go every day to the hospital and dealing with the anxiety caused by the expectation of her babys clinic evolution. Hope helps her to surpass every day, as well as the support of the family, of the staff, and the proximity with her baby, realizing his reactions and participating in his caretaking. The sheltering institutional practices turned out to be indispensable to decrease womans suffering
|
376 |
Assistência de fisioterapia na UTI está relacionada a redução de custos de internação? / Is physical therapy assistance related to lower costs?Bruna Peruzzo Rotta 04 March 2016 (has links)
Introdução: A unidade de terapia intensiva (UTI) é conhecida por ser um setor de alta complexidade dos pacientes e por seu alto custo ao sistema hospitalar. A gravidade da doença, o tempo de internação na UTI e a necessidade de ventilação mecânica invasiva (VMI) são fatores conhecidos como influenciadores no custo destas unidades, sendo que aproximadamente 30% dos pacientes internados em UTI necessitam de VMI. Os objetivos deste estudo foram avaliar os custos de internação em UTI comparando unidades com assistência de fisioterapia 24 horas e unidades com assistência de fisioterapia 12 horas e analisar o impacto da fisioterapia nos referidos custos. Método: Este é um estudo observacional, prospectivo, realizado em um hospital geral, público e de grande porte, localizado na cidade de São Paulo. Foram incluídos pacientes clínicos e cirúrgicos com 18 anos de idade ou mais, que estiveram em VMI por um período >= 24 horas e que receberam alta da UTI para a enfermaria. A coleta de dados incluiu diagnóstico de internação hospitalar, diagnóstico de admissão na UTI, gravidade do paciente no momento da admissão na UTI através do Acute Physiology and Chronic Health Disease Classification (APACHE II), tempo de VMI e tempo de internação na UTI; para a análise de custos utilizamos a ferramenta Omega French Score. Um modelo de regressão linear múltipla foi construído para verificar a associação entre o custo de internação em UTI com o turno diário de assistência fisioterapêutica. Resultados: Foram incluídos na amostra 815 pacientes, distribuídos em dois grupos conforme o turno de fisioterapia existente na UTI: 332 pacientes em UTI\'s com 24 horas de assistência fisioterapêutica (PT-24) e 483 pacientes em UTI\'s com 12 horas de assistência fisioterapêutica (PT-12). Os grupos não apresentaram diferença quanto ao APACHE II (p=0,65); comparado ao grupo PT-12 o grupo PT-24 era mais velho (p < 0,001), apresentou menor tempo de VMI (p < 0,001) e de internação na UTI (p=0,013). Quanto a análise de custos o grupo PT-24 apresentou custos menores indicados pela menor pontuação no Omega 3 (p=0,005) e Omega Total (p=0,010), menor custo direto, custo com equipe médica e enfermagem (p=0,010). A análise de regressão linear múltipla indicou associação do custo da internação em UTI com as variáveis APACHE II (p < 0,001), tempo de internação da UTI (p < 0,001) e assistência fisioterapêutica em turnos de 24 horas (p=0,05). Conclusão: O grupo com assistência de fisioterapia em turnos de 24 horas apresentou custos menores sendo que a severidade da doença, o tempo de internação na UTI e a assistência de fisioterapia foram variáveis preditoras para redução de custo de internação na UTI / Background: Intensive care unit (ICU) is considered a complex and expensive hospital department. The severity of illness, the length of ICU stay and the need for invasive mechanical ventilation (IMV) are known as influencing factors of costs to these units and approximately 30% of patients admitted at ICU will need IMV. Our aim is to address the costs related to ICU stay by comparing units with the provision of a daily 24-hour physiotherapy shift to a regular 12-hour PT shift and to analyze the impact of physical therapy in ICU costs. Method: This is a prospective, observational study, carried out in a general, public and large hospital, located in the city of São Paulo. Were included in the sample clinical and surgical patients, aged >=18 years old, invasive mechanically ventilated (IMV) >= 24 hours and discharged to ward were included. Data collection included reason of hospital admission and reason of ICU admission; Acute Physiology and Chronic Health Disease Classification System II (APACHE II); IMV duration; ICU-LOS; for cost analysis we use the Omega French Score. A multiple linear regression model was constructed to verify the association between costs of ICU stay and daily shift of physiotherapy. Results: 815 patients were included, distributed into two groups: 332 patients at ICUs with 24-hour physiotherapy shift (PT-24) and 483 patients in ICUs with 12-hour physiotherapy shift (PT-12). There was no statistical difference between the groups regarding the APACHE II (p=0,65); the PT-24 group was older (p < 0,001), and featured better clinical outcome when compared to the PT-12 group with shorter IMV (p < 0,001) and duration of stay in the ICU (p=0,013). About cost analysis the PT-24 group showed lower scores on Omega 3 (p=0,005) and Omega (p=0,010), lower direct cost, cost of medical and nursing staff (p=0,010). Multiple linear regression reveal that costs of ICU hospitalization to be associated to APACHE II (p < 0,001), length of ICU stay (p < 0,001) and 24-hour physiotherapy assistance (p=0,05). Conclusion: Patients in the group with the assistance of physiotherapy in 24-hour shifts presented decreased total and staff costs, physiotherapy assistance were considered predictor for cost reduction.
|
377 |
Insuficiência renal aguda em unidade de tratamento intensivo: perfil epidemiológico e validação de índices prognósticos / Acute kidney injury in intensive care unit: epidemiological profile and prognostic scores validationVerônica Torres da Costa e Silva 13 December 2007 (has links)
Introdução - Pacientes com Insuficiência Renal Aguda (IRA) internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) apresentam elevada complexidade. A melhor abordagem na utilização de índices prognósticos nesses pacientes é uma questão em discussão. Os objetivos deste estudo foram: 1) determinar o perfil epidemiológico e os fatores preditores de mortalidade de pacientes críticos com IRA em nosso meio; 2) avaliar a performance de 05 índices prognósticos gerais (APACHE II, SAPS II, OSF, LODS E SOFA) e de 03 índices específicos para pacientes com IRA (Liaño, Mehta e SHARF) nessa população; 3) avaliar os fatores relacionados ao chamado do nefrologista (CN) e seu impacto no prognóstico desses pacientes. Métodos - Foram acompanhados prospectivamente todos os pacientes admitidos em seis UTIs do HCFMUSP que desenvolveram IRA entre Novembro de 2003 e Junho de 2005. Para definição de IRA foi utilizado o critério correspondente ao primeiro nível do sistema RIFLE de classificação (aumento em 50% na creatinina basal). A IRA foi classificada como do tipo clínica ou cirúrgica. Os índices foram calculados sequencialmente: 1) no dia do diagnóstico da IRA - D0; 2) no dia de preenchimento dos critérios dos índices específicos - D1, ocorrendo um dia após o D0; 3) no dia do chamado do nefrologista - D3, ocorrendo três dias após o D0. O desempenho dos escores foi avaliado em termos de discriminação pela análise da área sob a curva ROC (receiver operating characteristic) (AUROC) e de calibração avaliada pelo teste de goodness-of-fit de Hosmer e Lemeshow. Em cada dia foi realizado um modelo de regressão logística para os fatores preditores de mortalidade. Resultados - Um total de 366 pacientes foi acompanhado. A incidência de IRA foi de 19% e a mortalidade geral foi de 68%. O índice geral e o índice específico com melhor desempenho nos três momentos estudados foram o SAPS II (D3, AUROC:0,83) e o SHARF (D3, AUROC:0,81), respectivamente. Todos os índices apresentaram boa calibração, exceto o OSF (no D1) e o Mehta (no D3). Idade avançada esteve presente nos modelos logísticos nos três dias de análise, assim como a presença de falência de órgãos, distribuídas da seguinte maneira: D0: falências cardiovascular, neurológica e hepática; D1: falências cardiovascular e neurológica; D3: falências respiratória, neurológica e hepática. No D0, nível mais baixo de albumina e maior tempo de internação na UTI (Tempo IRA UTI) tiveram relação com maior mortalidade. No D1, diurese diminuída, maior nível de lactato e de Tempo IRA UTI, sepse, e os níveis R e I (quando comparados ao nível F) do sistema RIFLE apresentaram relação com óbito. No D3, lactato e diurese apresentaram comportamento similar ao do D1. Pacientes que apresentaram variação de nível do RIFLE (entre D0 e D3), na direção de melhora, apresentaram menor mortalidade (quando comparados aos que não mudaram de nível). A AUROC dos modelos teve a seguinte distribuição: D0: 0,83; D1: 0,81; D3: 0,89. Essa última, com melhora significativa de desempenho em relação aos dias anteriores. Os modelos apresentaram boa calibração nesses três momentos. A CN foi realizada em 53,3% dos pacientes, acontecendo dentro de dois dias após o D0 em 65,8% dos pacientes, definindo o grupo CN precoce ou CPN. Os demais pacientes formaram o grupo CN tardia ou CTN. Esse último grupo apresentou maior mortalidade (OR:4.04/IC:1.60-10.17) e menor taxa de recuperação da função renal (OR:0.22/CI:0.08-0.60). Um índice de propensão (IP) para a CPN foi realizado. As variáveis finais retidas no modelo foram: IRA de origem clínica (OR:2,66/IC:1,14 - 5,99); origem da UTI da clínica médica (OR:5,95/IC:1,80 - 19,59) ou da Pneumologia (OR: 3,58/IC:1,06 - 12,06), Cr (OR:2,04/IC:1,38 - 3,02); diurese (OR:0,99/IC:0,99 - 1,00) e pH (OR:0,008/IC:0,001 - 0,20). Após correção pelo IP, a CTN persistiu relacionada com maior mortalidade (OR:3,61/IC:1,14 - 11,40) e menor taxa de recuperação da função renal (OR:0,24/IC:0,07 - 0,85). Conclusões - Pacientes críticos com IRA apresentam elevada mortalidade. Uma avaliação evolutiva e precoce pode melhorar o desempenho dos modelos prognósticos nesses pacientes. A CPN representa uma intervenção capaz de melhorar a sobrevida e a função renal de pacientes críticos com IRA. / Introduction - Acute Kidney Injury (AKI) patients in Intensive Care Unit (ICU) are among the most complex in medicine. The best prognostic evaluation approach for these patients is an issue under discussion. The aims of this study were: 1) define the epidemiological characteristics and identify mortality predictive factors in AKI critically ill patients; 2) validate 5 general scores (APACHE II, SAPS II, SOFA, LODS and OSF) and 3 specific scores (SHARF, Liaño and Mehta); 3) assess factors related to nephrology consultation (NC) and its impact on patients prognosis. Methods - All AKI cases developed in 6 ICUs of HCFMUSP were prospectively followed between November 2003 and June 2005. All prognostic scores were applied at three distinct moments: diagnosis day (D0); the day when AKI-specific criteria were met and the day of nephrology consultation. A logistic regression model was carried out from the mortality related variables for each day. We have used as AKI definition the criterion corresponding to R stage of RIFLE classification (increase over 50% in basal serum creatinine - Cr). AKI was classified as clinic or surgical in origin. Score performance was assessed by discrimination (area under the ROC - receiver operator characteristic - curve estimation) and calibration (Hosmer-Lemeshow goodness-of-fit test evaluation). Results - Three hundred sixty six patients were analyzed. ARF incidence was 19% and overall mortality was 68%. Meeting the specific score criteria occurred one day after D0 (D1) and NC, 3 days after D0 (D3). SAPS II and SHARF were the general and specific scores presenting the best performance with AUROC of 0.83 and 0.81, respectively. All scores presented good calibration except OSF (on D1) and Mehta (on D3) scores. We have observed a progressive improvement in scores and logistic models performance over time. On D0, advanced age, low albumin values, higher length of stay in ICU (before AKI diagnosis), cardiovascular, neurological and liver failure related with mortality. Model discrimination (AUROC curve: 0.83) and calibration was good. On D1, advanced age, lower urine output, increased lactate values, longer ICU length of stay, occurrence of sepsis and levels R or I of RIFLE system (compared to level F), cardiovascular and neurologic failure related with mortality. Model discrimination (AUROC curve: 0.82) and calibration was also good. On D3, age, lactate and urine output had the same trend of D1. Level variations in RIFLE remained at the final model as follows: patients with a decrease of RIFLE level had a marked lower mortality (OR:0.18/IC:0.10-0.30) and those with an increase of RIFLE level presented the opposite trend (OR:4.33/IC:2.58 - 7.28), using cases with no change of level as comparing group. Model discrimination (AUROC curve: 0.89) and calibration were very good, with better performance than previous days. NC was performed in 53.3% of patients, occurring within 48 hours after D0 in 65.8%. This group was defined as early-NC and the remaining were designed delayed-NC group. This group presented higher mortality (OR:4.04/CI:1.60-10.17) and decreased renal function recovery (OR: 0.22/CI:0.08-0.60). A propensity score (PS) for early-NC was performed. Variables retained on the final model were: clinic origin AKI (OR:2.66/CI:1.14 - 5.99); internal medicine (OR:5.95/IC: 1.80 - 19.59) or Pneumology ICU origin (OR:3.58/IC:1,06 - 12,06), Cr (OR:2.04/CI: 1.38 - 3.02); urine output (OR:0.99/CI:0.99 - 1.00) and pH (OR:0.008/CI:0.001 - 0.20). After adjustment for PS, delayed-NC persisted related to higher mortality (OR:3.61/CI:1.14 - 11.40) and worse renal function outcome (OR:0.24/CI:0.07 - 0.85). Conclusions - Critically ill AKI patients presented high mortality. A sequential prognostic evaluation since early stages of AKI disease could improve the performance of prognostic models. Early NC could be an important intervention resulting in better survival and improved renal function recovery.
|
378 |
"Qualidade de vida e satisfação profissional de enfermeiras de Unidades de Terapia Intensiva" / Quality of life and job satisfaction of intensive care nursesMargarete Marques Lino 07 April 2004 (has links)
Este estudo objetivou investigar a qualidade de vida e a satisfação profissional de enfermeiras de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e examinar suas relações. A amostra consistiu de 190 enfermeiras de 19 UTIs. Foi utilizado um questionário auto-aplicável para coletar os dados sociodemográficos, ocupacionais, de saúde, percepções e estados em relação à vida e ao trabalho. A versão genérica do Índice de Qualidade de Vida (IQV) foi utilizada para medir tanto a satisfação quanto a importância de quatro domínios da vida: saúde e funcionamento, psicológico e espiritual, social e econômico, e família. A qualidade de vida total também foi medida. O nível de satisfação profissional em relação a seis componentes do trabalho (autonomia, status profissional, remuneração, interação, requisitos do trabalho e normas organizacionais) foi medido através do Índice de Satisfação Profissional (ISP). Os dados foram analisados através da análise de conteúdo, Coeficiente de Correlação de Pearson, Qui-quadrado, Teste de Fisher, análise da variância, análise de agrupamentos e análise de componentes principais. Os resultados mostraram que as enfermeiras obtiveram escores mais elevados nos domínios família, psicológico e espiritual, social e econômico, saúde e funcionamento, respectivamente. Elas valorizaram os componentes do trabalho autonomia, interação e remuneração mais do que status profissional, requisitos do trabalho e normas organizacionais, e estavam mais satisfeitas com status profissional, interação, remuneração, requisitos do trabalho e normas organizacionais. Adicionalmente, foram encontradas correlações significativas entre os domínios da qualidade de vida e os componentes da satisfação profissional. Quanto à análise das percepções e estados de vida e trabalho, os resultados sugerem que eles são indicadores potenciais de qualidade de vida e satisfação profissional. Esses achados confirmam as relações entre os domínios da vida no trabalho e da vida fora do trabalho das enfermeiras, e demonstraram o significado das características do trabalho em UTI na discussão da qualidade de vida das enfermeiras. / This study aimed to investigate quality of life and job satisfaction among intensive care nurses and to examine its relationships. The sample consisted of 190 intensive care nurses, representing 19 Intensive Care Units (ICUs). A self-administered questionnaire was used to collect sociodemographic, occupational, health data, perceptions and states of life and work. The generic version of Quality of Life Index (QLI) was used to measure both satisfaction and importance of four domains of life: health and functioning, psychological and spiritual, social and economic, and family. The overall quality of life was also measured. The level of job satisfaction towards six job components (autonomy, professional status, pay, interaction, task requirements and organizational policies) was measured using the Index of Work Satisfaction (IWS). Data were analyzed using content analysis, Pearson product-moment correlation, Chi-Square, Fishers Test, analysis of variance, cluster analysis and principal component analysis. Results showed that nurses had higher scores in family, psychological and spiritual, social and economic, health and functioning domains, respectively. They valued the job components of autonomy, interaction and pay more than professional status, task requirements and organizational policies, and were more satisfied with professional status, interaction, autonomy, pay, task requirements and organizational policies. Additionally, significant correlations were found among quality of life domains and job satisfaction components. Regarding the analysis of perceptions and states of life and work the results suggest that they were found to be significant potential indicators of quality of life and job satisfaction. These findings support the relationships between the work and nonwork domains of nurses lives and demonstrated the significance of ICU work characteristics in discussing the quality of life of nurses.
|
379 |
A educação permanente em enfermagem na UTI neonatal: pesquisa exploratória de campoGodinho, Jannaina Sther Leite January 2009 (has links)
Submitted by Fabiana Gonçalves Pinto (benf@ndc.uff.br) on 2015-12-11T12:16:40Z
No. of bitstreams: 1
Jannaina Sther Leite Godinho.pdf: 2095068 bytes, checksum: 215fb059105d2003833d0d273751bfe6 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-12-11T12:16:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Jannaina Sther Leite Godinho.pdf: 2095068 bytes, checksum: 215fb059105d2003833d0d273751bfe6 (MD5)
Previous issue date: 2009 / A. A. Vieira Godinho / Mestrado Profissional em Enfermagem Assistencial / A educação permanente em saúde (EPS) tem como objeto de transformação o processo de trabalho, orientado para a melhoria da qualidade dos serviços e para a eqüidade no cuidado e no acesso aos serviços de saúde. Apesar da importância da educação permanente vir crescendo, apresenta-se vaga quanto ao seu papel na reorganização dos modelos assistenciais e na reestruturação das formas de intervenção educativa no interior dos serviços de saúde. O presente trabalho tem como objeto o processo de educação permanente da equipe de enfermagem da UTI Neonatal. O estudo visa: compreender a necessidade de Educação Permanente dos profissionais de enfermagem que trabalham em UTI – neonatal e caracterizar a demanda de capacitação da UTI – neonatal. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa exploratória de campo com coleta de dados em outubro de 2007. Os dados foram obtidos por meio de uma entrevista realizado com treze profissionais da equipe de enfermagem de um Hospital Universitário no município de Vassouras/RJ. Com base na análise de conteúdo emergiram questões sobre as competências necessárias para a atuação da equipe de enfermagem na UTI Neonatal, as principais dificuldades desta equipe na atuação diária e as necessidades de educação permanentes desta equipe. Os resultados demonstraram haver uma grande preocupação da equipe de enfermagem em relação aos aspectos técnicos/administrativos deste setor. Além disso, observou-se que as principais dificuldades desta equipe quanto a sua atuação estava na prática técnica/administrativa, na humanização da assistência e nos aspectos interpessoais/multiprofissionais do cuidado. Conclui-se que as competências necessárias para a atuação da equipe de enfermagem na UTI Neonatal são adquiridas nos cursos de atualização e na prática diária desta equipe neste setor. Isso demonstra o papel fundamental da Educação Permanente para a aquisição das competências necessárias para a atuação desta equipe / The Permanent Education in Health (PEH) has as subject of transformation the work process, directed for improve the quality of services and equity in care and access to health services. Although the importance of continuing education/permanent education is growing, it presents vague as for its role in the reorganization in the assistance models and in the restructuration on ways of educative intervention on health services. The present work focuses the process of permanent education of nurse staff on ICU Neonatal. It analyses the necessity of Permanent Education in Health of nurse staff that works in ICU – neonatal and characterizes the demands of capacity of ICU- neonatal. This study developed an exploratory research on field. The data collects happens from October, 2007. The data was generated from interview with thirteen professionals of a nurse team from a University Hospital on a city of Vassouras, State of Rio de Janeiro, Brazil. Based on data analyses some questions about necessary competences emerge for performance of nurse team on ICU Neonatal, about the main difficulties of this team on every day performance, and, about what are the needs on permanent education of this team. The results show that there is a great concern from this nurse team on the techniques/managers aspects from this sector. The main difficulties from this team were in the technique/manager performances, on humanization of the assistance and on interpersonal/multiprofissionais aspects of care. Therefore, the needs competences for the nurse team performance on ICU Neonatal are acquired on actualization course and in every day practices of this team sector. On this way, the Permanent Education is crucial for acquisition of the needs competences for the performance of this team
|
380 |
Etiologia e manifestações clínicas e evolutivas da sepse em crianças e adolescentes internados em unidade de terapia intensiva / Etiology, clinical manifestations and outcome of sepsis in children and adolescents admitted to intensive care unitSão Pedro, Taís da Costa, 1983- 02 April 2015 (has links)
Orientador: Emílio Carlos Elias Baracat / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-26T18:52:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1
SaoPedro_TaisdaCosta_M.pdf: 2742388 bytes, checksum: 2d73b02a2f0669996f10824db4a4d519 (MD5)
Previous issue date: 2015 / Resumo: Introdução: A sepse ainda representa a principal causa de mortalidade em crianças. As complicações e a sobrevida na sepse dependem do diagnóstico precoce, do tratamento instituído, da resposta do paciente e do sítio de infecção. Outras variáveis epidemiológicas ou clínicas podem estar envolvidas na evolução desfavorável em pacientes admitidos em unidades de tratamento intensivo pediátrico. Identificá-las pode contribuir para uma melhor orientação de protocolos atualizados de diagnóstico e tratamento da doença. Objetivo: Determinar a etiologia e as manifestações clínicas e evolutivas da sepse em crianças e adolescentes internados em unidade de terapia intensiva. Hipótese: A inclusão das vacinas pneumocócica e meningocócica no calendário básico vacinal modificou a etiologia da sepse. Mudanças no perfil epidemiológico de crianças e adolescentes com sepse e nas manifestações clínicas e evolutivas da doença interferiram no prognóstico e na sobrevida. Métodos: Estudo de coorte prospectivo e retrospectivo. Coleta de dados nos prontuários médicos de pacientes com diagnóstico de sepse internados na unidade de terapia intensiva pediátrica do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, em Campinas-SP, de janeiro de 2011 a dezembro de 2013. Foram estudadas e comparadas nos grupos sobrevida e óbito, as variáveis: idade, gênero, comorbidade, esquema vacinal, agente etiológico, dados clínicos à admissão e presença de complicações na evolução. Resultados: 115 pacientes fizeram parte do estudo, com média de idade de 30,5 meses. Das culturas positivas (40), os agentes infecciosos isolados mais comuns foram Staphylococcus aureus (27,5%), Klebsiella pneumoniae (17,5%), Neisseria meningitidis (12,5%), Pseudomonas aeruginosa (10%) e Escherichia coli (10%). Sepse grave predominou nos pacientes de maior idade. Na comparação das variáveis gênero, idade, presença de comorbidades, esquema vacinal e uso de antibioticoterapia prévia, não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos sobrevida (n=100) e óbito (n=15). A presença de complicações durante a internação foi fator associado ao óbito (RCP=27,7). Houve maior número de complicações no grupo com idade maior de 36 meses (p=0,003). Perfusão periférica alterada à admissão e o diagnóstico de sepse grave mostraram-se como fatores associados às complicações. Conclusão: Staphylococcus aureus e bactérias Gram negativas predominaram como agentes etiológicos no grupo de pacientes admitidos em terapia intensiva com diagnóstico de sepse. A gravidade da sepse e a perfusão periférica alterada à admissão estiveram associadas às complicações na evolução clínica. A presença de complicações durante a internação foi fator associado ao óbito / Abstract: Background: Sepsis is still the main cause of child mortality. Complications and survival in cases of sepsis depend on previous diagnosis, the type of treatment, the patient response and the infection site. Other epidemiological or clinical variables may be involved in the unfavorable evolution in patients admitted to pediatric intensive care unit. Identify them may contribute to a better orientation of updated diagnostic protocols and treatment of the disease. Objective: Determine the etiology and clinical/evolution variables of sepsis associated with complications and death in children and adolescents admitted in intensive care unit. Hipothesis: The inclusion of pneumococcal and meningococcal vaccines in the official vaccination schedule has changed the sepsis etilogy. Changes in the epidemiology of children and adolescents with sepsis and in clinical/evolution manifestations of this disease have influenced its prognostic and survival. Methods: Prospective and retrospective cohort study. Data were collected from medical records of patients diagnosed with sepsis, assisted at the pediatric intensive care unit of Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, in Campinas-SP, from January 2011 to December 2013. The variables age, gender, comorbidity, vaccination schedule, etiologic agent, clinical data at admission and complications during evolution were analyzed and compared in survival and death groups. Results: One hundred and fifteen patients comprised the study, with an average of 30,5 months of age. From positive cultures (40), the most common isolated infectious agents were Staphylococcus aureus (27.5%), Klebsiella pneumoniae (17.5%), Neisseria meningitidis (12.5%), Pseudomonas aeruginosa (10%) and Escherichia coli (10%). Severe sepsis was more common in older patients. There was no difference between the survival (n=100) and death (n=15) groups in the comparison of the variables gender, age, presence of comorbidities, vaccination schedule and use of previous antibiotic therapy. The presence of complications during hospitalization was a death-associated factor (RCP=27,7). There was a higher number of complications in the group with age over 36 months (p=0,003). Altered peripheral perfusion at admission and diagnosis of severe sepsis showed as factors associated with complications. Conclusion: Staphylococcus aureus and Gram-negative bacteria predominated as etiological agents in the group of patients admitted in intensive therapy with diagnosis of sepsis. Sepsis severity and altered peripheral perfusion at admission were associated with complications in clinical evolution. The presence of complications during hospitalization was a factor associated with death / Mestrado / Saude da Criança e do Adolescente / Mestra em Ciências
|
Page generated in 0.041 seconds