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Fatores associados à violência intrafamiliar e escolar

Mota, Rosana Santos 30 November 2016 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2017-09-26T15:17:11Z No. of bitstreams: 1 Tese_Enf_Rosana Santos Mota.pdf: 2173637 bytes, checksum: 72a9a885f4064c81d44a439c81cb4802 (MD5) / Approved for entry into archive by Edvaldo Souza (edvaldosouza@ufba.br) on 2017-10-02T20:58:13Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese_Enf_Rosana Santos Mota.pdf: 2173637 bytes, checksum: 72a9a885f4064c81d44a439c81cb4802 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-02T20:58:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese_Enf_Rosana Santos Mota.pdf: 2173637 bytes, checksum: 72a9a885f4064c81d44a439c81cb4802 (MD5) / A violência intrafamiliar e escolar vivenciada por adolescentes representa uma violação dos seus direitos. Caracterizada enquanto um problema de saúde púbica, esse fenômeno consiste em um grave obstáculo para o desenvolvimento social e econômico no país. A pesquisa tem como objetivos: verificar a associação entre o sexo (homem e mulher) e os fatores sociodemográficos, sexuais e reprodutivos para adolescentes escolares; estimar maiores médias de problemas sociais e de saúde; verificar a associação entre os fatores sociodemográficos, sexuais, vivência de bullying e o uso de álcool/drogas com a vivência de violência intrafamiliar; verificar a associação entre vivência de bullying com o uso de álcool/drogas. Trata-se de um estudo de corte transversal, cuja amostra foi composta por 239 adolescentes de uma escola pública, localizada em um bairro periférico da cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Com vista ao alcance do objetivo proposto, foram tomadas como variáveis dependentes a vivência de violência intrafamiliar e de bullying. As variáveis independentes foram: sociodemográficas (sexo, idade, série, religião, raça, escolaridade, convívio familiar, trabalho); sexuais e reprodutivas (relação sexual, idade da primeira relação sexual, uso de preservativo, gravidez); problemas sociais e de saúde dos adolescentes (desordens psíquicas, problemas de saúde, isolamento social e comportamental, problemas na escola); e consumo de álcool/drogas. Os dados foram coletados por meio de formulário padronizado, entre os meses de outubro de 2014 e janeiro de 2015. Esses foram armazenados no programa Excel, e posteriormente transportados para o software Stata versão 12, para análises. A princípio foi efetuada uma análise exploratória com vista à caracterização da população do estudo. Para análise bivariada foram utilizadas tabelas de contingência com Qui-quadrado de Pearson (2) para investigar diferenças entre proporções (p<0,05). No caso da análise estratificada, a magnitude da associação foi expressa em razão de prevalência (RP). Posteriormente, aplicouse a regressão logística para obtenção das estimativas de odds ratio, e seus respectivos intervalos de confiança a 95%, com ajuste para variáveis, utilizando-se o método de backward. O estudo aponta para associação, com significância estatística, entre a vivência de violência intrafamiliar com as variáveis: maior faixa etária (RP = 1,83 e IC95%: 1,05 – 3,18), fazer uso regular de preservativo (RP = 1,81 e IC95%: 1,06 – 3,08) e o alto risco para o bullying direto (RP = 1,89 e IC95%: 1,11 – 3,21), relacional (RP = 2,59 e IC95%: 1,49 – 4,49) e vitimização (RP = 2,02 e IC95%: 1,19 – 3,43). Quanto à vivência de bullying, foi identificada associação com significância com as variáveis: não preferir religião (RP = 1,73 e IC95%: 1,03 – 2,98), violência intrafamiliar (RP = 2,59 e IC95%: 1,49 – 4,49), consumo de bebidas alcoólicas (RP = 2,13 e IC95%: 1,17 – 3,90) e de maconha (p – valor= 0,03) no último mês. Estes achados chamam a atenção para interrrelação entre a violência intrafamiliar e escolar com outros agravos, a exemplo do uso de drogas, o que demanda o desenvolvimento de ações educativas, no âmbito escolar, para prevenção e enfretamento da violência.
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Representações sociais de mulheres negras sobre violência doméstica e o processo de denúncia e não-denúncia.

Silva, Marieve Pereira da 30 April 2013 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandar@gmail.com) on 2013-04-25T17:22:51Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_Marieve Silva.pdf: 1018505 bytes, checksum: b5ab04677f2c2798e56229419877a125 (MD5) / Approved for entry into archive by Flávia Ferreira(flaviaccf@yahoo.com.br) on 2013-04-30T22:43:40Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_Marieve Silva.pdf: 1018505 bytes, checksum: b5ab04677f2c2798e56229419877a125 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-04-30T22:43:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_Marieve Silva.pdf: 1018505 bytes, checksum: b5ab04677f2c2798e56229419877a125 (MD5) / Este estudo teve como objeto as representações sociais das mulheres negras sobre violência doméstica e o processo da denúncia e não-denúncia. O objetivo geral foi analisar as representações sociais de mulheres negras sobre violência doméstica e o processo da denúncia e da não-denúncia. Os objetivos específicos foram: apreender o conteúdo e a estrutura das representações sociais construídas pelas mulheres negras sobre violência doméstica e apreender as representações sociais de mulheres negras sobre o processo da denúncia e da não-denúncia. Utilizou como metodologia a técnica descritiva e exploratória com abordagem qualitativa e quantitativa fundamentada na Teoria das Representações Sociais. Foram entrevistadas 150 mulheres residentes na comunidade do Calafate, situada no município de Salvador/BA. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se o Teste de Associação Livre de Palavras e entrevista acompanhada por formulário semi-estruturado com perguntas abertas e fechadas. Os dados quantitativos foram tabulados e processados com o uso dos softwares, Word, Excel e Evoc 2000 e apresentados na forma de tabelas, gráficos e quadros. Os dados qualitativos foram organizados com base na análise temática de Bardin. Foram seguidos os aspectos éticos recomendados pela Resolução 196/96 do CNS. A caracterização dos sujeitos deste estudo apontou os seguintes resultados: Predomínio de adultos jovens e adultos, mulheres da raça negra, com baixo nível de escolaridade, 52% das mulheres são casadas ou vivem em união consensual, desenvolvem trabalhos laborais de baixa remuneração, dependem financeiramente de terceiros (marido/companheiro), 80,7% das mulheres declararam já ter sofrido algum tipo de violência, dentre elas destacam-se a violência psicológica, sexual e física. A estrutura das representações acerca da violência doméstica encontra-se embasada pelos elementos do núcleo central no qual se observou representações arraigadas predominantemente no significado da violência física, diante dos respectivos termos de maior freqüência de evocação: briga, agressão e espancamento, enquanto que no sistema periférico a composição dos elementos se apresentou em três etapas de construção desta violência: causa (ignorância, falta-de-estudo, discórdia e ciúmes), conseqüência (agressão-moral, infelicidade, indignação, vergonha e destruição) e ação (impotência, silêncio, vingança e denúncia). As entrevistas qualitativas mostraram que o estudo aponta elementos para mudança da estrutura das representações de violência doméstica, ancorando essa representação na indignação destas mulheres pela demora na tramitação da denúncia, a deficiência da infra-estrutura nas delegacias, o despreparo dos profissionais em prestar o atendimento a estas mulheres e a fragilidade destas diante do complexo fenômeno da violência doméstica, mantendo-as presas à situação de violência. O estudo atende a Lei Maria da Penha por buscar a compreensão da violência doméstica a partir do olhar das categorias gênero e raça, contribuindo para ampliar as discussões que permeiam o processo de construção do atendimento na Rede e para dá subsídios para os profissionais em saúde identificar mulheres em situação de violência doméstica e refletirem acerca da importância da rede de atendimento. / Salvador
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História oral de adolescentes grávidas em situação de violência doméstica

Mota, Rosana Santos 20 May 2013 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandar@gmail.com) on 2013-05-10T17:45:48Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_Rosana Mota.pdf: 3303831 bytes, checksum: bda143b936e6a5cfd55b641a13848091 (MD5) / Approved for entry into archive by Flávia Ferreira(flaviaccf@yahoo.com.br) on 2013-05-21T02:56:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_Rosana Mota.pdf: 3303831 bytes, checksum: bda143b936e6a5cfd55b641a13848091 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-21T02:56:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_Rosana Mota.pdf: 3303831 bytes, checksum: bda143b936e6a5cfd55b641a13848091 (MD5) / PIBIC / A violência doméstica contra a mulher grávida constitui-se um grave problema de saúde pública, sendo manifestada a partir de uma relação desigual de poder, enraizada nas relações de gênero, fruto da construção histórico-cultural. São sérias as repercussões da violência doméstica para a saúde física e psicológica da mulher, podendo se tornar mais grave caso se tratar de adolescentes, devido a transformações peculiares inerentes a esta fase da vida. Estudo de natureza qualitativa fundamentada no método da história oral temática. A pesquisa teve como objeto a história oral das adolescentes grávidas em situação de violência doméstica, como objetivo geral analisar a história oral de adolescentes grávidas em situação de violência doméstica. Os objetivos específicos foram: caracterizar as adolescentes grávidas em situação de violência doméstica e descrever a história oral destas. O corpus foi composto por cinco adolescentes negras. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se entrevistas com questões fundamentadas na história oral temática. O estudo foi realizado entre os meses de março e maio de 2011. Foram observados os aspectos éticos baseados na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 1996), e o projeto foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia sob o nº 5/2011. O método usado no estudo detalhado do material foi a análise de conteúdo de Bardin. Emergiram duas areas temáticas: infância e adolescência. A area temática da infância com a categoria vivência de violência (subcategorias: negligência; violência psicológica, física e sexual); e a da adolescência com as categorias: vivência da sexualidade (subcategorias: primeira relação sexual; contracepção) e gravidez (subcategorias: gravidez desejada/não desejada; vivência de violência doméstica; assistência pré-natal). A partir da análise das categorias e subcategories obtive-se: 1) A violência, tanto na infância quanto na adolescência, permeou as histórias das adolescentes estudadas; 2) Suas trajetórias de vida revelaram uma infância marcada pela negligência por parte da família e do estado, ficando, assim, expostas ao trabalho infantil, à exploração sexual, à opressão e às mais variadas formas de violência; 3) De igual modo, a adolescência foi marcada pelas iniquidades sociais, pela iniciação precoce na sexualidade: ou seja, sem a devida orientação dos educadores e/ou dos profissionais de saúde, a sexualidade culminou em gravidez e na violência no decorrer do período gestacional, cometida principalmente por parte do companheiro. Diante do exposto, cabe aos profissionais de saúde, à sociedade de forma geral e ao estado discutir o contexto das histórias de vidas das adolescentes grávidas em situação de violência doméstica para, então, colocar em prática as políticas públicas que atendam às demandas dessas mulheres. Faz-se necessária também uma urgente capacitação de profissionais da área de saúde bem como na área de educação no sentido de identificar e intervir nas situações de violência por meio da prevenção, diagnóstico e tratamento dos sujeitos envolvidos no processo. / Salvador
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Depressão em mulheres vítimas de violência doméstica

Morais, Ariane Cedraz 28 May 2013 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandar@gmail.com) on 2013-05-27T18:37:19Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_Ariane Cedraz Morais.pdf: 2417319 bytes, checksum: 49123366f86c97ef35973a58f3576e8f (MD5) / Approved for entry into archive by Flávia Ferreira(flaviaccf@yahoo.com.br) on 2013-05-28T16:13:23Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_Ariane Cedraz Morais.pdf: 2417319 bytes, checksum: 49123366f86c97ef35973a58f3576e8f (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-28T16:13:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_Ariane Cedraz Morais.pdf: 2417319 bytes, checksum: 49123366f86c97ef35973a58f3576e8f (MD5) / CNPQ / A violência contra a mulher atinge, no Brasil, todas as classes e segmentos sociais, operando numa base de discriminação e abuso sobre as diferenças, quais sejam de gênero, de classe de raça, socioeconômica e geracional, sujeitando as mulheres à situações como fome, tortura, humilhação e mutilação. Os impactos da violência vão além de custos sociais e/ou hospitalares, mas incide essencialmente sobre a saúde da mulher, em especial a saúde mental. Estudo epidemiológico de corte transversal que teve como objeto a associação entre violência doméstica e prevalência de depressão e como objetivo geral analisar a associação entre violência doméstica contra mulheres e a prevalência de depressão. Foram traçados como objetivos específicos: caracterizar a população segundo características sociodemográficas e segundo dados de saúde; descrever a violência doméstica, bem como aspectos relacionados à mesma (tipo de violência cometida, agressor, freqüência, fatores agravantes); estimar a prevalência de depressão entre as mulheres e descrever associação entre depressão, variáveis sociodemográficas e violência. Participaram 375 mulheres com idade de 14 a 49 anos, selecionadas através de amostragem aleatória por conglomerado realizado na comunidade do Calafate, bairro periférico localizado em uma transversal da Avenida San Martin, na cidade de Salvador, Bahia. A depressão foi avaliada através do Beck Depression Inventory (BDI), escala de auto-relato, constituída de 21 itens que abordam sintomas depressivos, tendo como ponte de corte 16 ou mais pontos. Entre as mulheres estudadas, 51,5 % apresentaram depressão, encontrando-se uma forte associação entre violência doméstica e depressão (RP ajustada 2,60 e IC 95%: 1,99-3,40). A análise de regressão logística múltipla revelou que as mulheres que possuíam companheiro apresentaram maior prevalência de depressão (RP: 4,40; IC 95%: 2,77-6,95) do que as mulheres sem companheiros, mesmo ajustada pelas co-variáveis renda e idade. Os achados denotaram intenso sofrimento mental entre mulheres vítimas de violência, sustentando a idéia de que viver com o agressor é algo que potencializa esse adoecimento e fomentam a discussão sobre questões culturais, bem como a necessidade de se implementar urgentemente as políticas públicas de proteção à mulher vítima de violência já existentes e fortalecer a rede de apoio social à estas mulheres. / Salvador
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Aborto provocado no contexto da violência doméstica: o discurso das mulheres

Souza, Zannety Conceição Silva do Nascimento 29 May 2013 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandar@gmail.com) on 2013-05-28T17:22:11Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_Zannety Souza.pdf: 1707061 bytes, checksum: 2616bfdb6378db44492901621b5e1b07 (MD5) / Approved for entry into archive by Flávia Ferreira(flaviaccf@yahoo.com.br) on 2013-05-30T00:26:54Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_Zannety Souza.pdf: 1707061 bytes, checksum: 2616bfdb6378db44492901621b5e1b07 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-30T00:26:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_Zannety Souza.pdf: 1707061 bytes, checksum: 2616bfdb6378db44492901621b5e1b07 (MD5) / Aborto provocado e violência doméstica são considerados problemas de saúde pública pela magnitude de conseqüências que afetam à saúde física e mental das mulheres. Não é uma prática recente e a depender da cultura adquire representações sociais diferentes, sendo alvo de discussões na atualidade. O objetivo geral deste estudo foi analisar o discurso das mulheres que vivenciaram o aborto provocado no contexto da violência doméstica. Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa realizada numa maternidade pública do município de Salvador, Bahia, com 17 mulheres internadas por aborto provocado. A coleta de dados foi por entrevista semi-estruturada, com auxílio de gravador, feita entre julho a setembro de 2008. A organização e análise do material foram feitas pela estratégia metodológica do discurso do sujeito coletivo de Lefévre, que busca a fala da coletividade, a partir da identificação de idéias centrais sínteses e expressões-chave contidas nos discursos individuais das mulheres. A análise fundamentou-se em estudos de gênero, direitos reprodutivos, aborto provocado, violência doméstica e políticas públicas. Resultados: as mulheres se caracterizam como adolescentes e adultas jovens, baixa escolaridade, autodeclaradas negras e pardas; solteiras, morando com familiares, dependentes financeiramente de pai e mãe, desempregadas, desenvolvendo atividades autônomas de baixo retorno financeiro, outras sustentadas pelo companheiro. A maioria já tivera três filhos ou mais, utilizaram o Cytotec como método abortivo e justificam o aborto provocado, pela falta de emprego, ou baixa renda para sustentar uma criança; abandono, instabilidade financeira e violência doméstica por parte do companheiro e de familiares. Apresentam sentimento de culpa, vergonha e arrependimento, temem os julgamentos da família e da sociedade, já que o aborto representa um estigma social caracterizado como pecado e crime. Concluímos que as mulheres que abortam, precisam de espaço para acolhimento, escuta e resolução de suas demandas pelos serviços de saúde, no que se refere aos aspectos subjetivos e biológicos; o Estado precisa garantir os direitos reprodutivos das mulheres e a sociedade discutir e aprovar a descriminalização do aborto pensando no contexto destas mulheres. Mesmo com o reconhecimento das políticas públicas de saúde acerca da humanização do atendimento nos casos de aborto provocado, existe um distanciamento da efetivação desta prática por parte dos profissionais de saúde. A Enfermagem, caracterizada pelo cuidado, deve passar por processo de capacitação para o entendimento do contexto social das mulheres que abortam no sentido de reformular suas práticas; além disso, fomentar o debate sobre esta realidade nos currículos de formação. / Salvador
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Padrões de violência doméstica e uso de álcool entre mulheres de uma amostra comunitária domiciliar / Patterns of domestic violence and alcohol use among women in a household community sample

Gebara, Carla Ferreira de Paula [UNIFESP] January 2014 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:46:47Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2014 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Associação Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia (AFIP) / Objetivo: Estudar o uso de bebidas alcoólicas e os padrões de violência doméstica entre mulheres adultas a partir de uma amostra comunitária domiciliar, assim como avaliar o impacto de uma intervenção breve (IB) na modificação do consumo de álcool. Métodos: A pesquisa foi dividida em dois estudos. O Estudo 1, de caráter transversal, foi realizado através de um levantamento domiciliar com amostragem representativa de dois bairros de diferentes perfis socioeconômicos (n=905) da cidade de Juiz de Fora. Foram coletadas informações sobre características sociodemográficas, saúde, uso de álcool (AUDIT) e outras substâncias, sintomas depressivos (CES-D) e violência doméstica entre parceiros (CTS2) e direcionada aos filhos (CTSPC). O Estudo 2 caracterizou-se como ensaio clínico randomizado, sendo realizado a partir dos casos detectados no Estudo 1. As mulheres identificadas com consumo de risco de bebidas alcoólicas (AUDIT ≥8) (n=61) foram divididas entre grupo de intervenção (n=32), que recebeu uma sessão única de IB nos próprios domicílios, e grupo controle (n=29). Após três meses, 46 participantes do Estudo 2 completaram a entrevista de seguimento (23 em cada grupo). Resultados: Com relação ao consumo de álcool, 6,1% das entrevistadas foram identificadas como usuárias de risco. Os dados considerando a mulher como agressora do parceiro nos últimos três meses que antecederam a pesquisa indicaram prevalências de 13,7% de violência física, 51,9% de agressão psicológica, 4,4% de coerção sexual e 4,5% de injúria. Já os relatos da violência recente considerando a mulher como vítima foram de: 10,8% de violência física, 48,3% de agressão psicológica, 7,8% de coerção sexual e 4,7% de injúria. No que se refere à prática de violência contra os filhos nos últimos três meses, 70,5% das mulheres relataram agressão psicológica, 51,4% admitiram o uso de punição corporal e 9,8% praticaram maus tratos físicos. Regressões logísticas indicaram associações entre o consumo de álcool com a situação conjugal e ocupação da mulher, enquanto a violência entre parceiros se mostrou associada a características como idade, escolaridade, status socioeconômico e depressão. No que diz respeito à violência contra crianças/adolescentes, menor escolaridade e status socioeconômico mais baixo destacaram-se como fatores de risco para a prática de agressão psicológica e punição corporal, enquanto o consumo de álcool e depressão nas mães mostraram-se associados aos maus tratos praticados contra os filhos. A partir dos dados do ensaio clínico, observou-se uma diminuição significativa no consumo de álcool do grupo de intervenção, considerando a avaliação inicial e o seguimento. Porém, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos, pois as mulheres do grupo controle também reduziram o seu consumo de forma significativa. Conclusões: O consumo de álcool e a violência doméstica se apresentam como fenômenos de alta frequência (e com alguns pontos de interseção) no contexto pesquisado, apontando para a necessidade de intervenções mais ampliadas. A abordagem domiciliar se mostrou viável para a triagem e realização da IB, indicando o seu potencial como ferramenta estratégica de detecção, intervenção e/ou encaminhamento nos casos de uso de risco de álcool e violência doméstica, dois dos mais relevantes temas de saúde pública da atualidade. / Aim: To study alcohol use and patterns of domestic violence among adult women from a household community sample, as well as evaluating the impact of a brief intervention (BI) on changing alcohol consumption. Methods: This research was divided into two studies. The Study 1 was a household survey applied on a representative sample of adult women in two different neighborhoods (n=905) in the city of Juiz de Fora, Brazil. It was collected information about sociodemographics characteristics, health, alcohol (AUDIT) and other substances use, depressive symptoms (CES-D), and domestic violence among couples (CTS2) and toward children (CTSPC). The Study 2 was a randomized controlled trial that was carried out based on the cases detected from Study 1. Women identified as risky drinkers(AUDIT ≥8) (n=61) were divided into two groups: intervention group (n=32), that received a single session of BI in their own homes, and control group (n=29). After three months, 46 participants from Study 2 completed the follow-up interview (23 in each group). Results: 6.1% of participant were identified as risky drinkers. Considering recent episodes, the prevalence of violence perpetrated by women against their partners were: 13.7% of physical violence, 51.9% of psychological aggression, 4.4% of sexual coercion and 4.5% of injury. The rates of women´s victimization in the prior three months were: 10.8% of physical violence, 48.3% of psychological aggression, 7.8% of sexual coercion and 4.7% of injury. The prevalence of recent violence perpetrated by women against their children were: 70.5 % of psychological aggression, 51.4% of corporal punishment and 9.8% of maltreatment. Logistic regressions indicated associations between alcohol consumption and women´s marital status and occupation, while partner violence was associated with characteristics such as age, education, socioeconomic status and depression. Considering violence against children/adolescents, less education and lower socioeconomic status were presented as risk factors for perpetrating psychological aggression and corporal punishment. Mother´s alcohol consumption and depression were associated with maltreatment. Data from clinical trial indicated a significant decrease in alcohol consumption among intervention group participants after three months follow-up. However no statistically significant differences were observed between groups, because women in the control group also reduced their consumption significantly. Conclusions: Alcohol consumption and domestic violence are presented as highly-frequency phenomena (with some points of intersection) at studied context. It indicates the need of more extended interventions. The household approach has proved being feasible for screening and implementation of BI, indicating its potential as a strategic tool for detection, intervention and/or referral in cases of harmful alcohol use and domestic violence: two of the most important issues of public health nowadays. / FAPESP: 2010/51094-7 / FAPESP: 2010/51837-0 / CNPq: 400675/2010-2 / CAPES/CNPq: 552452/2011-4 / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Aspectos psicofisiológicos, percepção e memória emocional em mulheres vítimas de violência doméstica / Psychophysiological aspects, perception and emotional memory in women victims of domestic violence

Mozzambani, Adriana Cristine Fonseca [UNIFESP] 25 August 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:49:27Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010-08-25 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Introdução: A violência contra a mulher no âmbito familiar tornou-se um grave problema de saúde pública face ao crescente número de tais atos em nossa sociedade. Desta forma, interessou-nos compreender tal fenômeno por meio do presente estudo, pois a violência contra a mulher resulta em prejuízos físicos, cognitivos e emocionais ao longo dos anos. Objetivos: Avaliar a percepção, as reações psicológicas e fisiológicas e a representação cerebral (memória) de eventos emocionalmente negativos, positivos e neutros em 17 mulheres vítimas de violência doméstica, a fim de investigar a experiência emocional nesta população, comparadas a 17 mulheres de grupo controle. Métodos: Os estímulos empregados foram selecionados do conjunto de figuras com conteúdo emocional (IAPS), e as respostas fisiológicas de condutância da pele e freqüência cardíaca foram medidas pré-teste (medida basal) e durante a apresentação dos estímulos emocionais. Os aspectos psiquiátricos foram avaliados através de escalas de depressão e de ansiedade de Beck, de sintomas do transtorno de estresse pós-traumático (PCLC) e questionário de experiências dissociativas peri - traumáticas. Já a memória foi avaliada através de testes de recordação livre e reconhecimento dos estímulos emocionais. Resultados: Os resultados mostraram que as mulheres avaliadas apresentaram alta morbidade psiquiátrica, pois 89% demonstrou sintomas depressivos, 94% sintomas de ansiedade, 88% experiências dissociativas peritraumáticas no momento de exposição ao evento traumático ou logo após e 76% sintomas de transtorno do estresse pós - traumático. Quanto à percepção subjetiva foi observado que as mulheres vítimas de violência doméstica (VD) apresentaram alterações em termos de apreciação (agradável/desagradável), ou seja, as figuras de alto alerta com conteúdos sexuais foram consideradas como menos agradáveis por estas do que pelo grupo controle. Também houve alteração referente às figuras neutras, as quais foram consideradas mais agradáveis pelas mulheres vítimas de VD do que pelo grupo controle. No que se refere à memória emocional, pudemos observar uma tendência das mulheres vítimas de VD em lembrar menos figuras dos estímulos do IAPS. Nos aspectos fisiológicos observamos que a diferença entre os grupos esteve na quantidade e reação da freqüência cardíaca para respostas do tipo falso positivo (ou seja, no teste de reconhecimento dizer que viu figuras que na verdade não haviam visto). Houve uma tendência do grupo VD a cometer menos erros para as figuras com conteúdo de violência doméstica e uma tendência de serem mais rápidas no tempo de reação para reconhecer figuras agradáveis de alto alerta e de violência doméstica. Conclusão: Pudemos observar que as mulheres vítimas de violência doméstica crônica apresentaram alta freqüência de sintomas de transtornos psiquiátricos, levando o organismo a sair do estado de homeostase, com alterações permanentes em sistemas cognitivos mais complexos. Houve alteração da freqüência cardíaca e da percepção, demonstrada através do fato de terem ficado mais atentas e reagirem mais rapidamente aos estímulos negativos, levando o organismo ao estado de alerta constante, e, portanto, ao desenvolvimento de várias comorbidades. Devido exposição crônica ao estresse ocorreram déficits significativos na memória emocional. / CNPq: 136523/2008-0 / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Violência conjugal sob o olhar de gênero / Marital violence in the gender perspective

Souto, Cláudia Maria Ramos Medeiros January 2008 (has links)
SOUTO, Claudia Maria Ramos Medeiros. Violência conjugal sob o olhar de gênero. 2008. 149 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2008. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-02-13T12:46:39Z No. of bitstreams: 1 2008_tese_cmrmsouto.pdf: 1851471 bytes, checksum: 999bb9e856d1e060ec40140b3ed7ecf6 (MD5) / Approved for entry into archive by Eliene Nascimento(elienegvn@hotmail.com) on 2012-02-14T12:03:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2008_tese_cmrmsouto.pdf: 1851471 bytes, checksum: 999bb9e856d1e060ec40140b3ed7ecf6 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-02-14T12:03:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2008_tese_cmrmsouto.pdf: 1851471 bytes, checksum: 999bb9e856d1e060ec40140b3ed7ecf6 (MD5) Previous issue date: 2008 / In the Nursing practice, as a teacher and regarding women´s health, we may evidence violences predicated against the woman in a disguised way, openly, often ignored. Amongst them, the way which instigated us into this research was marital violence, for its affective peculiarity, potential health damage or even due to a silenced, even subtle context. The way it is experienced, its consequences to health, the forms of struggle and acceptation, were our questions au début. Assuming that the gender condition influence how the women experience domestic violence, I defend the thesis that the woman submitted to this phenomenon acts according to the socially built principles and which partially guides her life, hardening or avoiding its comprehension, the expression of suffering produced by the experience. In order to approach this reality we aim to reach an understanding of the gender basis present in everyday life of women living in a marital violence situation. Using the concepts of Gadamer´s Hermeneutics, while philosophical attitude, since the women – the researcher as well the other participants of this study – have an historical consciousness, undergo the questions of an époque and have their limits imposed by the social reality. The described study, a qualitative approach, carried out with eleven women maintained in institutions attached to João Pessoa/PB City Hall, through Women´s Policies Special Department, attended in health care services or Non Governmental Organizations. Empirical data were provided by art therapy workshops, searching the comprehension of the violence experience through the speech of those women. For data interpretation and the categories composition we have used the hermeneutical rule of circularity. The results have shown that marital violence stands for fear and imprisonment to the women. About the position women have within the relationship, coping was the predominant attitude, marking the onset of “a new position” to women. They reported the health services omission, pointing to the transversality of gender in public policies and health actions as a positive strategy when it comes to coping with the problem. The many sorts of violence suffered such as pushes, slaps, forced intake of substances, fractures and nudity, resulted in temporary handicap in limb function, in health, at work, in personal and familiar welfare. Anxiety, depression, low self-esteem, insomnia, dependence increase and decrease of the responses to cope with violence were associated with psychological abuse practiced in isolation imposing and controlling forms. Marital rape was the kind of sexual violence used by the aggressor as an instrument to punish and to control feminine sexuality. From these results we may testify that the ways of meaning, experience and react to violence keeps straight relations with the questions of gender presented within our social and cultural environment. As we approach the reality of the woman victim of marital violence and living under State custody, we begin to understand the universe of pain, discouragement, despair, fear, humiliation and so many others hard feelings and replies experienced by each one of them. In the acquaintance and sharing of their pains and sorrows, we have also discovered the warrior – survivor – resistant – dreamer - hard-working - sensitive - strong…, who laughs, cries, hopes, sings and dreams, maybe another “impossible dream” / Como docente de enfermagem, com uma prática voltada para a atenção à saúde da mulher, percebemos evidências de violências praticadas contra elas de diversos tipos. O que nos instigou a pesquisar foi a violência conjugal. O modo como é vivenciada, as conseqüências à saúde, os modos de enfrentamento ou de aceitação, foram nossas indagações a priori. Por entendermos que os papéis sociais que homens e mulheres assumem nas relações conjugais influenciam a vivência da violência conjugal, defendemos a tese de que a mulher submetida a este fenômeno age conforme os sistemas de valores construídos socialmente. Utilizamos alguns conceitos da Hermenêutica de Gadamer, enquanto atitude filosófica, por entendermos que enquanto indivíduos possuímos uma consciência histórica, estamos submetidas às questões de uma época e temos limites dados pela realidade social. Este estudo de abordagem qualitativa, foi realizado com onze mulheres vinculadas à Prefeitura Municipal de João Pessoa/PB, através da Coordenadoria Especial de Políticas para as Mulheres. Os dados empíricos foram produzidos através de oficinas de Arte-terapia, buscando-se a compreensão da vivência de violência através dos discursos das mulheres. Para a composição das categorias analíticas utilizamos a técnica de análise temática de conteúdo. A análise do material empírico foi feita com base nos constructos da categoria gênero presentes no cotidiano dessas mulheres em situação de violência conjugal. Os resultados mostraram que a violência conjugal representa para as mulheres medo e aprisionamento. Sobre a posição que as mulheres ocupam com relação à violência, o enfrentamento foi a atitude predominante, o que inaugura “uma nova posição” da mulher. Elas denunciaram a omissão nos serviços de saúde, sinalizando para a transversalidade do gênero nas políticas de públicas e nas ações de saúde como estratégia positiva no enfrentamento do problema. As violências sofridas foram dos tipos física, psicológica e sexual, mostrando-se através de empurrões, espancamentos, tapas, uso forçado de substâncias, fraturas e nudez, repercutindo em comprometimento funcional temporário de membros, na saúde, no trabalho, no bem-estar pessoal e família. A ansiedade, depressão, baixa auto-estima, insônia, aumento da dependência e diminuição das respostas para o enfrentamento da violência foram associadas aos abusos psicológicos exercidos nas formas de controle e imposição do isolamento. O estupro conjugal foi uma modalidade de violência sexual usada pelo agressor como instrumento de punição e de controle da sexualidade feminina. A partir destes resultados constatamos que os modos de significar, de vivenciar e de reagir à violência, guardam estreita relação com as questões de gênero presentes em nosso meio cultural. Ao nos aproximarmos do mundo da mulher em situação de violência conjugal e sob tutela do Estado, conseguimos compreender o universo de dor, desalento, desespero, medo, humilhação e tantos outros sentimentos e respostas vivenciados por cada uma delas. Na convivência e partilha de suas dores e desencantos, também, descobrimos a mulher guerreira-sobrevivente-resistente-sonhadora-trabalhadora-sensível-forte..., que chora, e que ri, e tem esperança, e canta e sonha, talvez mais um “sonho impossível”
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Fatores associados à violência doméstica em gestantes atendidas em uma maternidade pública

Sena, Chalana Duarte de 30 April 2014 (has links)
Submitted by Flávia Ferreira (flaviaccf@yahoo.com.br) on 2015-01-19T12:38:56Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Chalana_Duarte_Sena_Enfermagem.pdf: 3897103 bytes, checksum: 0037d0f2465e2efa41c8aa25a34a1053 (MD5) / Approved for entry into archive by Flávia Ferreira (flaviaccf@yahoo.com.br) on 2015-03-09T13:54:35Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_Chalana_Duarte_Sena_Enfermagem.pdf: 3897103 bytes, checksum: 0037d0f2465e2efa41c8aa25a34a1053 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-09T13:54:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_Chalana_Duarte_Sena_Enfermagem.pdf: 3897103 bytes, checksum: 0037d0f2465e2efa41c8aa25a34a1053 (MD5) / Considerada como problema de saúde pública, a violência doméstica (VD) contra a mulher tem trazido dados importantes em relação à morbimortalidade materna e neonatal. Quando se trata de violência na gestação, tais estatísticas são ainda mais preocupantes, pois uma série de fatores biológicos, comportamentais e socioeconômicos pode envolver a saúde de ambos. O objetivo geral da pesquisa foi analisar os fatores associados à violência doméstica em gestantes de uma maternidade pública. Trata-se de um estudo observacional, do tipo corte transversal, desenvolvido em uma maternidade pertencente a rede estadual de Salvador - BA. A amostra foi composta por 498 mulheres. Os dados foram obtidos através de entrevistas com formulários. As análises univariadas descrevem características sócio econômicas de todas as participantes do estudo. As análises bivariadas visaram descrever e verificar diferenças proporcionais entre mulheres que vivenciaram a VD durante a gravidez e as que vivenciaram somente antes desta, mediante aplicação dos Testes Qui-quadrado de Pearson e o Exato de Fischer para as variáveis qualitativas nominais e o Teste Qhi-quadrado de Tendência Linear para as variáveis qualitativas ordinais. Para estimar a magnitude das associações foram utilizadas como medida de ocorrência a Prevalência e como medida de associação a Razão de Prevalência (RP) e os respectivos intervalos de confiança de 95%, estimados através do Teste de Homogeneidade de Mantel-Haenzel. Adotou-se o nível de 5% de significância. A prevalência de violência doméstica em mulheres independentemente do período de ocorrência foi de 41,4%. Estratificada por período foi: durante a gestação - 24,3%; antes da gestação - 17,1%. A expressão que se mostrou com maior ocorrência foi a violência psicológica, apresentando prevalência de 40,6%. O principal autor foi o parceiro atual com prevalência de 16,9% independe do período, e 17,2% para durante a gravidez e 3,4% somente antes da gravidez. Foi possível verificar associação positiva e estatisticamente significante entre problemas de saúde e a ocorrência da VD. Os dados encontrados neste estudo confirmam a magnitude da violência doméstica contra mulheres, principalmente contra as gestantes, apontando que a gestação parece colaborar para tornar a mulher mais vulnerável à ocorrência de violência doméstica. Apesar da existência de diversos programas protetivos para VD contra a mulher, ainda existem dificuldades na abordagem integral e efetiva à mulher e à família, assim como um entendimento limitado dos profissionais de saúde sobre a violência como objeto de intervenção da Saúde Pública. Assim, este estudo sugere a intensificação da identificação e notificação dos casos de violência contra gestantes.
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Perspectivas de adolescentes do sexo feminino sobre gênero e violência : um estudo feminista / Perspectives of female adolescents on gender and violence : a feminist study

Rocha, Isadora Oliveira 14 August 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2017. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2017-09-27T15:33:38Z No. of bitstreams: 1 2017_IsadoraOliveiraRocha.pdf: 1298332 bytes, checksum: 9108be05b998f2ed035e8bc255f06da8 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2017-10-09T13:29:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_IsadoraOliveiraRocha.pdf: 1298332 bytes, checksum: 9108be05b998f2ed035e8bc255f06da8 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-09T13:29:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_IsadoraOliveiraRocha.pdf: 1298332 bytes, checksum: 9108be05b998f2ed035e8bc255f06da8 (MD5) Previous issue date: 2017-10-09 / De que modo adolescentes do sexo feminino que presenciam em seu dia-a-dia a violência doméstica sofrida por suas mães compreendem as várias formas de manifestações de violência e são afetadas por elas? Essa questão de pesquisa mobilizou o nosso interesse em realizarmos um estudo qualitativo, pautado em uma perspectiva feminista e de gênero, com adolescentes do sexo feminino que presenciam e são vítimas de violências em seu contexto familiar. A pesquisa contou com a participação de duas adolescentes e suas mães. As mães desempenharam importante função. Suas falas foram essenciais para complementar as informações fornecidas pelas filhas. Elas ofereceram perspectivas do olhar materno sobre as vivências das filhas e a relação com as violências. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas individuais com as participantes. As adolescentes responderam também a um questionário demográfico. Após a coleta, os dados foram transcritos e submetidos à análise de conteúdo. Os resultados da pesquisa foram organizados em três categorias: 1) história de vida e violências; 2) perspectivas das adolescentes sobre gênero, violência e relacionamento; 3) impactos da exposição à violência na vida das adolescentes. A estrutura da dissertação é composta por quatro artigos. Os dois primeiros artigos são teóricos. Os dois últimos artigos são empíricos e apresentam os resultados da pesquisa. Todos os artigos foram desenvolvidos com o objetivo de valorizar as interações entre saúde mental, gênero e violências. Os desafios da vivência em um ambiente familiar marcado pela presença de violências receberam destaque nos quatro artigos que compõem a dissertação de mestrado. É nosso interesse compreender como as violências repercutem nas vidas e na saúde, especialmente na saúde mental, de adolescentes do sexo feminino. / In which ways female adolescents that witness violences perpetrated against their mothers in their daily lives understand the various manifestations of violences and are affected by them? This research question mobilized our interest in doing a qualitative study, based on a gender and feminist perspective, with female adolescents that witness and are victims of violences in their family environment. Two adolescents and their mothers participated in the research. The mothers played an important role in the process. Their own testemony was essencial to complement the information provided by their daughters. They offered their perspective regarding their daughters experiences in witnnessing violences. Data was collected through semistructured interviews with the adolescents. The adolescents also filled out a demographic questionnaire. After data collection, the data was transcribed and submited to a content analysis. The results were organized in three categories: 1) Life history and violences; 2) Adolescents perspectives on gender, violence and relationship; 3) Impacts of the exposure to violences in the daily lives of the adolescents. The dissertation was written in the format of four articles. Two of them are theoretical and the final two are empirical and present the results of the research. All articles were developed with the purpose of valuing the interactions between mental health, gender and violence(s). The challenges of living in a family environment marked by the presence of violence is highlighted in the four articles that make up the dissertation. Our interest was to understand how violence impacts on the lives and health, especially the mental health, of female adolescents.

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