• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 25
  • Tagged with
  • 26
  • 26
  • 14
  • 14
  • 14
  • 13
  • 12
  • 11
  • 10
  • 9
  • 9
  • 9
  • 8
  • 8
  • 7
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
11

"Tu não está ali, tu não existe" : violência psicológica e assédio moral vertical ascendente com docentes de ensino público

Prisco, Cristina Maria Fagundes January 2012 (has links)
Este estudo é resultado de pesquisa exploratória, sobre as relações conflituosas entre alunos e professores de quintas séries do ensino fundamental, em duas escolas públicas na cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul. O grupo envolvido constituiu-se por 18 docentes, de perfis sócio demográficos diferenciados. As análises realizadas demonstram que essas relações conflituosas ocorridas no cotidiano podem transformar-se em fenômenos relacionados à Violência Psicológica e Assédio Moral vertical ascendente, sem contudo, serem percebidos como tais pelo grupo. Utilizou-se como referencial teórico Barreto (2006); Soboll (2008); Hirigoyen (2006; 2008); Guedes (2008); Guareschi (2008); Freire (1986; 1992; 2001) e Dejours (2004; 1999) dentre outros. Adotou-se uma metodologia de pesquisa de campo e análise de resultados de caráter qualitativo, com entrevistas individuais, grupos focais e Análise de Conteúdo, subsidiadas pelas propostas de Bauer e Gaskell (2002); Minayo (2001) e Bardin (1977). Foi constatado a partir do material analisado que as repercussões em termos de doença, descritas de maneira muito contundente, relataram o sofrimento causado pela Violência Psicológica e Assédio Moral e os consequentes transtornos psicossomáticos, como depressão, herpes, problemas na voz, entre outros, além, da desmotivação e decepção com a carreira profissional. Identificou-se estratégias de enfrentamento como racionalização, reclamação e vitimização e tentativas de exercício de autoridade. Discutiu-se a dificuldade dos docentes em serem protagonistas de seus papéis como educadores quando alvos da Violência Psicológica e do Assédio Moral. Segue como importante o aprofundamento das pesquisas no campo escolar público, com o intuito delimitar e desvelar as ocorrências de Violência Psicológica e Assédio Moral vertical ascendente. / This study is the result of a research about conflicting relations between teachers and students from the fifth grade of two elementary public schools in Porto Alegre, Rio Grande do Sul. The group studied was constituted by 18 teachers with different socio-demographic profiles. The analysis showed that these daily conflicting relations can be transformed into instances related to Psychological Violence and upward Moral Harassment without being noticed as such by the group involved. Were used as theoretical reference the authors: Barreto (2006); Soboll (2008); Hirigoyen (2006; 2008); Guedes (2008); Guareschi (2008); Freire (1986; 1992; 2001) and Dejours (2004; 1999), among others. A qualitative field research methodology was employed, using individual interviews and focus groups, based on authors such as Bauer and Gaskell (2002); Minayo (2001), and to analyze the findings the technique of Bardin (1977) was chosen. On the basis of the data collected and analyzed it was found out that the repercussions in terms of illness, described with very strong words by the teachers when talking about the suffering caused by Psychological Violence and Moral Harassment, related psychosomatic disorders, like depression, herpes, vocal problems, among others, besides lack of motivation and disappointment with their careers. Strategies of confrontation were identified, like rationalization, complaining and victimization, and instances of the use of authority. The difficulties presented by the teachers to fulfill their roles as educators when victims of Psychological Violence and Moral Harassment were discussed. The deepening of researches in the field of public schools, in order to mark out and uncover the incidents of Psychological Violence and upward Moral Harassment remains of great importance.
12

Violência psicológica e assédio moral no trabalho: percepção e estratégias de enfrentamento de adolescentes trabalhadores / Psychological violence and harassment at work: perception and coping strategies of adolescent workers

Turte, Samantha Lemos 26 January 2012 (has links)
Introdução - A violência no trabalho geralmente consiste em desequilíbrio nas relações interpessoais. Centra-se no abuso de poder, em ameaças e ações desrespeitosas. A violência psicológica no trabalho pode se apresentar como uma situação pontual ou de forma sistemática, como no assédio moral no trabalho. Ambos podem causar ou contribuir com várias psicopatologias, doenças psicossomáticas ou distúrbios de comportamento, conforme estudos divulgados pela Organização Mundial da Saúde e Organização Internacional do Trabalho. Objetivo - Investigar e discutir as experiências relatadas por jovens aprendizes e estagiários acerca de situações abusivas e de assédio moral ocorridos no trabalho. Procedimentos metodológicos - Foram entrevistados 40 (quarenta) adolescentes entre 15 e 20 anos de idade, sendo 22 homens e 18 mulheres, alunos do Programa de Estágio e do Programa de Aprendizagem Profissional de uma instituição não governamental de São Paulo, Capital. Pela semelhança encontrada nos relatos de aprendizes e estagiários, estes foram aqui apresentados e analisados independentemente da divisão inicial entre os grupos. Para apreender o significado dos discursos dos jovens, as informações foram analisadas com o olhar da análise hermenêutico-dialética. Resultados As categorias empíricas surgidas após a análise foram: expectativas, relacionamentos interpessoais, mal-estar no trabalho, percepção a respeito do assédio moral no trabalho, enfrentando o assédio moral no trabalho. Um tema central que emergiu nas falas dos adolescentes foi: Mal-estar no trabalho onde foram classificados todos os relatos dos adolescentes, aprendizes e estagiários, a respeito de situações de humilhação, abusos de poder, constrangimentos e assédio sexual. Algumas situações de humilhação sofridas nas empresas estão ligadas à condição social dos adolescentes trabalhadores entrevistados, geralmente moradores de bairros periféricos da cidade de São Paulo, cujas famílias são de baixa renda e baixa escolaridade. Conclusões - O estudo revela que os adolescentes recém-ingressantes no mundo do trabalho estão expostos a situações de estresse psicológico no trabalho. Também foi observado que, conhecer a legislação trabalhista não é garantia de proteção, pois enfrentar uma situação abusiva cometida por um superior hierárquico remete à possibilidade de punição ou demissão. Contudo, o conhecimento a respeito de direitos e deveres pode ser um meio de evitar ou contornar situações claras de exploração / Introduction - Workplace violence usually consists of imbalance in interpersonal relationships. It focuses on abuse of power, threats and disrespectful actions. The psychological violence at work can be presented occasionally or in a systematic way, such as harassment at work. Both can cause or contribute to various psychopathology, psychosomatic illnesses or behavioral disorders, according to studies by the World Health Organization and International Labor Organization. Aim - To evaluate and discuss the experiences reported by young apprentices and trainees about abusive situations and harassment occurred at work. Methodological procedures - Forty adolescents, 22 men and 18 women, with age brackets of 15 and 20 years old, were interviewed in this study. The participants were students of an Internship and Professional Learning programs of a non-governmental organization of São Paulo, Capital. Due to the similarity found in the reports of apprentices and trainees, those were presented and analyzed regardless the initial division between the two groups. In order to understand the meaning of youngsters speeches, data were analyzed using the hermeneutic-dialectic theoretical frame. Results - Empirical categories that emerged after the analysis were: expectations, interpersonal relationships, malaise at work, perceptions of harassment at work, and facing workplace harassment. A central theme that emerged from adolescents speeches was: \"Malaise at work\" in which were classified all reports of apprentices and trainees referring to humiliating situations, abuse of power, constraints and sexual harassment. Some humiliating situations were linked to the social status of the adolescent workers: they were usually residents of outskirts areas of the city of São Paulo, and their families received a low income and have low education. Conclusions - The study reveals that adolescents newly entering the world of work are exposed to situations of psychological distress at work. It was also observed that be informed about the labor legislation is no guarantee of protection, as facing an abusive situation perpetrated by a supervisor refers to the possibility of punishment or dismissal. However, knowledge about workers rights and duties can be a way to avoid or bypass clear situations of exploitation
13

Violência psicológica na cultura organizacional: representações em artigos de periódicos científicos nacionais de 2002 a 2012 / Psychological violence in organizational culture: representations of national articles in scientific journals from 2002 to 2012

Barboza, Maria Teresa 25 April 2014 (has links)
O cenário da cultura contemporânea inclui elementos diversos, ao mesmo tempo raízesprodutos da complexidade da teia social globalizada neoliberalista, tecida num contexto temporal- paradigmático de transição. Imperam, dentre outros aspectos: operacionalização incessante de uma cultura de urgências mediante o racionalismo instrumental capitalista, volatilidade, individualismo, fragmentação, competição exacerbada, consumismo desenfreado a esmo, violência social, violências psicológicas (visíveis e invisíveis) e culto à alta performance. Tal panorama pode exercer influências significativas na esfera das organizações, na Cultura Organizacional das instituições-espaço de trabalho e na saúde psíquica do trabalhador. O objetivo geral da pesquisa concentra-se em identificar características da cultura contemporânea, em especial da Violência Psicológica na Cultura Organizacional, enunciadas nos periódicos científicos brasileiros de 2002 a 2012, referentes às áreas de Administração, Psicologia e Multidisciplinares. Para a consecução do estudo, foi eleita a pesquisa qualitativa, com estratégia metodológica da análise de conteúdo, tendo como conteúdo os artigos de periódicos científicos. A coleta de dados foi executada no ano de 2013 por meio das bases de dados Web of Science, Index Psi, SciELO e Portal de Períodicos Capes. Os descritores utilizados, em diversas combinações e seus respectivos correspondentes em inglês, foram: cultura organizacional, comportamento organizacional, violência psicológica e violência psicológica no trabalho. Após leitura dos títulos, resumos e palavras-chave, foram pré-selecionados 35 artigos: Web of Science (n=2), Index Psi (n=21), SciELO (n=10) e Portal de Períodicos Capes (n=2). Aplicados os critérios de inclusão/exclusão pré-definidos para a coleta de dados, obteve-se uma amostra de 18 artigos. Os dados primários (artigos científicos) foram seccionados em três corpora: corpus 1-Psicologia (n=9); corpus 2-Administração (n=2) e corpus 3-Muldiscisplinar (n=7). Cada corpus foi preparado, conforme demanda exigida para tratamento de dados, para processamento da análise padrão do software Alceste. Realizou-se análise de conteúdo após material processado. Os resultados apontam, para a área de Psicologia, que os artigos revelam tendências de teorização ideologizada do fenômeno da violência psicológica no trabalho. Quanto à área de Administração, os dados indicam o caráter funcionalista das pesquisas, na direção de buscar conhecer o fenômeno da violência psicológica no trabalho para imprimir tratos de enfraquecê-la por meio das estratégias de âmbito instrumental- gerencialista da cultura organizacional. A área Multidisciplinar opera no sentido da denúncia da ocorrência do fenômeno. A análise da fusão das três áreas revela um fazer funcionalista das pesquisas, no sentido lato, sem indícios de superação das evidências imediatas obtidas nas pesquisas que possibilitem um salto qualitativo para novas proposições à Ciência, indicando o caráter reificado de abordagem do fenômeno da violência psicológica no trabalho / The scenario of contemporary culture includes different elements, at the same time root and product of the complexity of the globalized neoliberal social fabric, woven in a transitional temporal-paradigmatic context. Reign, among others: the incessant operationalization of a culture of emergency through the capitalist instrumental rationality, volatility, individualism, fragmentation, heightened competition, aimless rampant consumerism, social violence, psychological violence (visible and invisible) and worship of high performance. This scenario can exert significant influence in the organizations\' scope, in the Organizational Culture of the institutions/workspace and workers\' mental health. The overall purpose of the research focuses on identifying characteristics of contemporary culture, especially of Psychological Violence in Organizational Culture, described in Brazilian scientific journals from 2002 to 2012, referring to Administration, Psychology and Multidisciplinary areas. To achieve the study, qualitative research with methodological strategy of content analysis was elected, taking the articles in the scientific journals as content. Data collection was performed in 2013 through Web of Science databases, INDEXPsi, SciELO and Portal de Periódicos Capes. The descriptors used, in different combinations and their corresponding Portuguese, were: organizational culture, organizational behavior, psychological violence, and psychological violence at workplace. After reading the titles, abstracts and keywords, 35 articles were selected: Web of Science (n=2), INDEXPsi (n=21), SciELO (n=10) and Portal de Periódicos Capes (n=2). Previously defined criteria of inclusion/exclusion were applied and a 18-article sample was obtained. The primary data (scientific papers) were partitioned into three corpora: 1- Psychology corpus (n=9); 2-Administration corpus (n=2) and 3-Multidisciplinar corpus (n=7). Each corpus was prepared, as required, in order to process the standard analyses of Alceste software. Content analysis was performed after processed material. For the Psychology area, the results point that the articles reveal trend to the ideological theorization of the psychological violence issue in the workplace. Regarding the Administration area, the data indicate the functionalist nature of the studies, in the direction of seeking to know the phenomenon of psychological violence at work in order to weaken it through instrumental-managerial strategies of the organizational culture. The Multidisciplinary area operates to denounce the occurrence of the phenomenon. The merge of three areas analysis exposes a functionalist doing in the researches, in a broad sense, with no indication of overcoming the immediate evidences gotten from the research that enables a qualitative leap to new propositions to Science, indicating the reified trait of the approach to psychological violence phenomenon at work
14

Violência psicológica e assédio moral no trabalho: percepção e estratégias de enfrentamento de adolescentes trabalhadores / Psychological violence and harassment at work: perception and coping strategies of adolescent workers

Samantha Lemos Turte 26 January 2012 (has links)
Introdução - A violência no trabalho geralmente consiste em desequilíbrio nas relações interpessoais. Centra-se no abuso de poder, em ameaças e ações desrespeitosas. A violência psicológica no trabalho pode se apresentar como uma situação pontual ou de forma sistemática, como no assédio moral no trabalho. Ambos podem causar ou contribuir com várias psicopatologias, doenças psicossomáticas ou distúrbios de comportamento, conforme estudos divulgados pela Organização Mundial da Saúde e Organização Internacional do Trabalho. Objetivo - Investigar e discutir as experiências relatadas por jovens aprendizes e estagiários acerca de situações abusivas e de assédio moral ocorridos no trabalho. Procedimentos metodológicos - Foram entrevistados 40 (quarenta) adolescentes entre 15 e 20 anos de idade, sendo 22 homens e 18 mulheres, alunos do Programa de Estágio e do Programa de Aprendizagem Profissional de uma instituição não governamental de São Paulo, Capital. Pela semelhança encontrada nos relatos de aprendizes e estagiários, estes foram aqui apresentados e analisados independentemente da divisão inicial entre os grupos. Para apreender o significado dos discursos dos jovens, as informações foram analisadas com o olhar da análise hermenêutico-dialética. Resultados As categorias empíricas surgidas após a análise foram: expectativas, relacionamentos interpessoais, mal-estar no trabalho, percepção a respeito do assédio moral no trabalho, enfrentando o assédio moral no trabalho. Um tema central que emergiu nas falas dos adolescentes foi: Mal-estar no trabalho onde foram classificados todos os relatos dos adolescentes, aprendizes e estagiários, a respeito de situações de humilhação, abusos de poder, constrangimentos e assédio sexual. Algumas situações de humilhação sofridas nas empresas estão ligadas à condição social dos adolescentes trabalhadores entrevistados, geralmente moradores de bairros periféricos da cidade de São Paulo, cujas famílias são de baixa renda e baixa escolaridade. Conclusões - O estudo revela que os adolescentes recém-ingressantes no mundo do trabalho estão expostos a situações de estresse psicológico no trabalho. Também foi observado que, conhecer a legislação trabalhista não é garantia de proteção, pois enfrentar uma situação abusiva cometida por um superior hierárquico remete à possibilidade de punição ou demissão. Contudo, o conhecimento a respeito de direitos e deveres pode ser um meio de evitar ou contornar situações claras de exploração / Introduction - Workplace violence usually consists of imbalance in interpersonal relationships. It focuses on abuse of power, threats and disrespectful actions. The psychological violence at work can be presented occasionally or in a systematic way, such as harassment at work. Both can cause or contribute to various psychopathology, psychosomatic illnesses or behavioral disorders, according to studies by the World Health Organization and International Labor Organization. Aim - To evaluate and discuss the experiences reported by young apprentices and trainees about abusive situations and harassment occurred at work. Methodological procedures - Forty adolescents, 22 men and 18 women, with age brackets of 15 and 20 years old, were interviewed in this study. The participants were students of an Internship and Professional Learning programs of a non-governmental organization of São Paulo, Capital. Due to the similarity found in the reports of apprentices and trainees, those were presented and analyzed regardless the initial division between the two groups. In order to understand the meaning of youngsters speeches, data were analyzed using the hermeneutic-dialectic theoretical frame. Results - Empirical categories that emerged after the analysis were: expectations, interpersonal relationships, malaise at work, perceptions of harassment at work, and facing workplace harassment. A central theme that emerged from adolescents speeches was: \"Malaise at work\" in which were classified all reports of apprentices and trainees referring to humiliating situations, abuse of power, constraints and sexual harassment. Some humiliating situations were linked to the social status of the adolescent workers: they were usually residents of outskirts areas of the city of São Paulo, and their families received a low income and have low education. Conclusions - The study reveals that adolescents newly entering the world of work are exposed to situations of psychological distress at work. It was also observed that be informed about the labor legislation is no guarantee of protection, as facing an abusive situation perpetrated by a supervisor refers to the possibility of punishment or dismissal. However, knowledge about workers rights and duties can be a way to avoid or bypass clear situations of exploitation
15

‘Agora tudo é bullying’ : uma mirada antropológica sobre a agência de uma categoria de acusação no cotidiano brasileiro

Bazzo, Juliane January 2018 (has links)
Esta tese oferta uma mirada antropológica sobre a agência da noção de bullying situada como uma categoria de acusação social no cotidiano contemporâneo brasileiro. Nascido como construto científico durante os anos 70, na região escandinava, o bullying conferiu nome a condutas, típicas em escolas, de intimidação sistemática entre pares, no interior de um decurso civilizatório no Ocidente que passa a atribuir reconhecimento a agressões de feitio moral. No Brasil, a acepção de bullying populariza-se apenas mais tardiamente, em meados da primeira década dos 2000. O espraiamento do conceito no país, inclusive para além dos muros das instituições de ensino, se dá num período sociopolítico específico: aquele de operação sem anterioridade na história nacional de um conjunto de políticas públicas nos campos da inclusão econômica e da diversidade social, alavancadas pelos governos presidenciais do Partido dos Trabalhadores (PT). Essas iniciativas estatais colocam em primeiro plano tensões seculares presentes na sociedade brasileira perante alteridades e iniquidades de naturezas diversas. Tal quadro desencadeia uma série de disputas e confrontos que agência da noção de bullying trabalha por traduzir, comunicar e, concomitantemente, abastecer. Para problematizar isso, esta investigação apresenta-se como uma etnografia multissituada, a perseguir agenciamentos do bullying em diferentes domínios – científico, estatal, educacional, mercadológico e midiático – , em escalas sociológicas micro, intermediária e macro, a partir de acontecimentos ordinários e extraordinários. Os resultados apontam, de um lado, para um construto que, uma vez legitimado científica e politicamente, se revela potente em desencadear processos de subjetivação e estratégias de militância, capazes de denunciar uma gama de segregações e agir sobre elas. De outro lado, contudo, essas mobilizações encontram limites na exata medida que o conceito possui para subsidiar investidas neoliberais de gestão de populações, as quais demandam o autogoverno dos indivíduos em prol de uma pacificação ideal, mediante suspensão de contextos ético-políticos amplos e consequente perpetuação de desigualdades. A consideração dessa dupla faceta própria ao construto do bullying se coloca, assim, fundamental para pensar produções acadêmicas, políticas públicas, programas escolares de intervenção, produtos e serviços, bem como coberturas noticiosas, em ação no passado, ativos no presente ou, ainda, a serem planificados no futuro em favor dos direitos humanos e da justiça social. / The present dissertation offers an anthropological perspective on the agency of the notion of bullying as a category of social accusation in the Brazilian contemporary everyday life. Born as a scientific construct during the 1970’s in the Scandinavian region, the concept of bullying, within the Western civilization course that now recognizes moral character aggressions, gave a name to typically school-based conducts of systematic intimidation between peers. In Brazil, the notion of bullying is popularized only later, in the first decade of the 2000’s. The concept’s dissemination in the country, even beyond the walls of educational institutions, occurs in a specific sociopolitical period: an unprecedented moment in the national history for the operation of a set of economic inclusion and social diversity policies, leveraged by the presidential governments of the Workers’ Party (PT). These state initiatives bring to the fore secular tensions regarding alterities and inequalities of different natures that have always been present in the Brazilian society. Such framework unleashes a series of disputes and confrontations that the agency of the bullying notion works to translate, to communicate and, at the same time, to instigate. In order to problematize this scenario, this investigation presents itself as a multi-sited ethnography, pursuing bullying agencies in different domains – scientific, state-owned, educational, marketing and media – on micro, intermediate and macro sociological scales, by means of ordinary and extraordinary events. The results point, on the one hand, to a construct that, once legitimated scientifically and politically, proves itself potent in triggering processes of subjectivation and strategies of militancy, capable of denouncing a range of segregations and acting on them. On the other hand, however, these mobilizations find limits in the exact measure that the concept has been subsidizing neoliberal population management efforts, which demand the self-government of individuals for the ideal pacification, through suspending broad ethical and political contexts and consequently with the perpetuation of inequalities. Considering this double facet of the bullying construct is therefore essential for thinking about academic productions, public policies, school intervention programs, products and services, and also the news coverage which were in action in the past, active in the present, and to be planned in the future in favor of human rights and social justice.
16

Amarrados a sinos : a dupla vitimização do trabalhador que sofre acidente do trabalho ou doença ocupacional

Butierres, Maria Cecília January 2015 (has links)
Esta tese tem por objetivo abordar a ideia de que o acidente do trabalho e a doença ocupacional podem atuar como um fator motivacional para a ocorrência de atos que denotam violência psicológica contra o trabalhador. Em um cenário de transformações societárias em que a produtividade e o consumo são fatores primordiais, trabalhadores que adoecem ou se acidentam poderão ser considerados como “improdutivos”. Tal característica não é aceita pela sociedade contemporânea, a qual pode voltar-se de maneira bastante incisiva contra esses trabalhadores. Tem-se, então, um quadro propício para atos discriminatórios e assédio moral. Trata-se de atos que ferem o direito a um meio ambiente do trabalho psicologicamente saudável, de forma que representam um ataque à dignidade humana, considerada pela Constituição Federal de 1988 como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito. Neste sentido, emprega-se a expressão “dupla vitimização do trabalhador que sofre acidente do trabalho ou doença ocupacional” para defender a tese de que trabalhadores poderão ser duas vezes vítimas de violência durante o contrato laboral. A primeira vitimização se expressa pela própria violência que se constitui o acidente do trabalho ou a doença ocupacional. A segunda vitimização se expressa pelo fato de que esses trabalhadores poderão, ainda, serem vítimas de violência psicológica no trabalho. Através do estudo qualitativo, realizou-se pesquisa de jurisprudência em que nove casos judiciais foram analisados. Verificou-se que a segunda vitimização geralmente constitui-se em um assédio moral em razão do qual o trabalhador busca indenização por danos morais. O assédio moral é um assunto em que o diálogo entre profissionais do Direito e da Psicologia revela-se essencial para a sua abordagem. Pode-se dizer que tal tipo de violência psicológica praticada contra vítima de acidente do trabalho ou de doença ocupacional representa a vulnerabilização de quem já está vulnerável. Conclui-se que em respeito à dimensão constitucional democrática de direito não se pode ignorar essa situação marcada por invisibilidades e silêncios coniventes. A exposição da dupla vitimização do trabalhador não é feita no sentido de incitar o “coitadismo”, mas, sim, visa chamar a atenção sobre a necessidade de um debate no que concerne à premência de políticas públicas de prevenção a tal situação e sobre o respeito às reparações devidas às vítimas. / This dissertation aims to address the idea that the occupational accident and the occupational disease can act as a motivational factor for the occurrence of acts that denote psychological violence against the worker. In a scenario of societal changes in which the productivity and the consumption are major factors, workers who fall ill or have an accident can be considered "unproductive". Such a characteristic is not supported by contemporary society, which in a quite incisively way, becomes against these workers. There is, then, a breeding ground for discriminatory acts and moral harassment. These acts hurt the right to a psychologically healthy workplace, so they represent an attack to human dignity, considered by the Constitution of 1988 as one of the foundations of the Democratic Rule of Law. In this sense, the expression "double victimization of workers who suffer occupational accident or occupational disease" is used to defend the thesis that workers may be double victims of violence during the labor contract. The violence itself expresses the first victimization, which is the occupational accident or the occupational disease. The second victimization is expressed by the fact that these workers may also be victims of psychological violence at work. Through the qualitative study, a jurisprudence research was carried out in which nine court cases were analyzed. It was found that the second victimization is usually a moral harassment because of which the employee seeks compensation for moral damages. The dialogue between professionals of Law and Psychology proves to be essential to approach the moral harassment issue. This type of psychological violence against the victim of occupational accident or occupational disease is the vulnerability of those who are already vulnerable. It is possible to conclude that according to the democratic constitutional dimension of law, it may not be ignored this kind of situation which is marked by invisibility and conniving silences. Exposure of the worker double victimization does not happen in order to incite "poor thing feeling", but aims to draw attention to the need of a debate regarding the urgency of public policies to prevent such a situation and also about the respect to the compensations owned to the victims.
17

Amarrados a sinos : a dupla vitimização do trabalhador que sofre acidente do trabalho ou doença ocupacional

Butierres, Maria Cecília January 2015 (has links)
Esta tese tem por objetivo abordar a ideia de que o acidente do trabalho e a doença ocupacional podem atuar como um fator motivacional para a ocorrência de atos que denotam violência psicológica contra o trabalhador. Em um cenário de transformações societárias em que a produtividade e o consumo são fatores primordiais, trabalhadores que adoecem ou se acidentam poderão ser considerados como “improdutivos”. Tal característica não é aceita pela sociedade contemporânea, a qual pode voltar-se de maneira bastante incisiva contra esses trabalhadores. Tem-se, então, um quadro propício para atos discriminatórios e assédio moral. Trata-se de atos que ferem o direito a um meio ambiente do trabalho psicologicamente saudável, de forma que representam um ataque à dignidade humana, considerada pela Constituição Federal de 1988 como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito. Neste sentido, emprega-se a expressão “dupla vitimização do trabalhador que sofre acidente do trabalho ou doença ocupacional” para defender a tese de que trabalhadores poderão ser duas vezes vítimas de violência durante o contrato laboral. A primeira vitimização se expressa pela própria violência que se constitui o acidente do trabalho ou a doença ocupacional. A segunda vitimização se expressa pelo fato de que esses trabalhadores poderão, ainda, serem vítimas de violência psicológica no trabalho. Através do estudo qualitativo, realizou-se pesquisa de jurisprudência em que nove casos judiciais foram analisados. Verificou-se que a segunda vitimização geralmente constitui-se em um assédio moral em razão do qual o trabalhador busca indenização por danos morais. O assédio moral é um assunto em que o diálogo entre profissionais do Direito e da Psicologia revela-se essencial para a sua abordagem. Pode-se dizer que tal tipo de violência psicológica praticada contra vítima de acidente do trabalho ou de doença ocupacional representa a vulnerabilização de quem já está vulnerável. Conclui-se que em respeito à dimensão constitucional democrática de direito não se pode ignorar essa situação marcada por invisibilidades e silêncios coniventes. A exposição da dupla vitimização do trabalhador não é feita no sentido de incitar o “coitadismo”, mas, sim, visa chamar a atenção sobre a necessidade de um debate no que concerne à premência de políticas públicas de prevenção a tal situação e sobre o respeito às reparações devidas às vítimas. / This dissertation aims to address the idea that the occupational accident and the occupational disease can act as a motivational factor for the occurrence of acts that denote psychological violence against the worker. In a scenario of societal changes in which the productivity and the consumption are major factors, workers who fall ill or have an accident can be considered "unproductive". Such a characteristic is not supported by contemporary society, which in a quite incisively way, becomes against these workers. There is, then, a breeding ground for discriminatory acts and moral harassment. These acts hurt the right to a psychologically healthy workplace, so they represent an attack to human dignity, considered by the Constitution of 1988 as one of the foundations of the Democratic Rule of Law. In this sense, the expression "double victimization of workers who suffer occupational accident or occupational disease" is used to defend the thesis that workers may be double victims of violence during the labor contract. The violence itself expresses the first victimization, which is the occupational accident or the occupational disease. The second victimization is expressed by the fact that these workers may also be victims of psychological violence at work. Through the qualitative study, a jurisprudence research was carried out in which nine court cases were analyzed. It was found that the second victimization is usually a moral harassment because of which the employee seeks compensation for moral damages. The dialogue between professionals of Law and Psychology proves to be essential to approach the moral harassment issue. This type of psychological violence against the victim of occupational accident or occupational disease is the vulnerability of those who are already vulnerable. It is possible to conclude that according to the democratic constitutional dimension of law, it may not be ignored this kind of situation which is marked by invisibility and conniving silences. Exposure of the worker double victimization does not happen in order to incite "poor thing feeling", but aims to draw attention to the need of a debate regarding the urgency of public policies to prevent such a situation and also about the respect to the compensations owned to the victims.
18

A (in) visibilidade da violência psicológica familiar e a saúde mental de adolescentes usuários de um hospital público pediátrico terciário.

Abranches, Cecy Dunshee de January 2012 (has links)
Submitted by Luis Guilherme Macena (guilhermelg2004@gmail.com) on 2013-04-17T16:55:16Z No. of bitstreams: 1 Tese - Cecy Dunshee de Abranches.pdf: 1750782 bytes, checksum: f98d165944f2edbc9e08ef35e93c785a (MD5) / Made available in DSpace on 2013-04-17T16:55:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese - Cecy Dunshee de Abranches.pdf: 1750782 bytes, checksum: f98d165944f2edbc9e08ef35e93c785a (MD5) Previous issue date: 2012 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / A presente tese é apresentada sob o formato de coletânea de artigos. O objeto de estudo proposto – a presença de problemas de saúde mental de adolescentes expostos à violência psicológica (VP) no contexto familiar – foi desenvolvido em quatro artigos, tendo sido o primeiro já publicado em revista científica indexada e os outros serão encaminhados para três diferentes revistas científicas indexadas. Como objetivo geral preocupou-se em investigar a existência de associação entre VP no contexto familiar e problemas de saúde em adolescentes e como objetivos específicos pretendeu-se: a) estimar a exposição à VP, no contexto familiar, em adolescentes usuários dos serviços ambulatoriais de um hospital pediátrico público terciário; b) aferir a prevalência dos problemas de saúde mental e física dos adolescentes pesquisados; c) verificar a associação entre sofrer VP na infância e adolescência no contexto familiar e aspectos sócio-demográficos e familiares; d) analisar a associação entre sofrer VP na infância e adolescência no contexto familiar e condições de saúde física dos entrevistados e e) estudar a associação entre sofrer VP na infância e adolescência no contexto familiar e capacidade de resiliência dos entrevistados. A metodologia utilizada foi um estudo transversal, em 3 serviços ambulatoriais do hospital selecionado, com uma amostra de 229 adolescentes (entre 11-18 anos) que responderam ao inquérito epidemiológico e seus responsáveis, sendo que os adolescentes que obtiveram score ≥ 63 na escala Youth Self Report - YSR (que afere problemas de comportamento) foram encaminhados para a aplicação do instrumento Schedulo for Affetive Disorders and Schizophrenia for School Age Children- presente and lifetime -KSADS-PL (com finalidade diagnóstica de psicopatologia). Os resultados encontrados foram: A) Artigo 1: Aumento dos estudos sobre VP contra crianças e adolescentes na última década e que a conscientização e visibilidade desse abuso pode colaborar com a maior prevenção e proteção desta natureza de violência. B) Artigo 2: Encontrou-se que 26,4% enquadram-se na categorização de ter sofrido VP severa. Dos comportamentos de VP com freqüência de sempre/quase sempre apontados por mais de 10% dos entrevistados foram: ser criticado pelo que faz ou diz, não ser encorajado quando tenta atuar de forma autônoma, ser chamado por nomes desagradáveis e ter adulto dizendo que está errado ao tentar agir. A satisfação dos responsáveis com o adolescente, a estrutura familiar nuclear, a posição da criança entre os irmãos e o compartilhamento dos mesmos pais pelos irmãos mostrou-se associada à VP que ocorre no contexto familiar. C) Artigo 3: Aferindo-se os problemas de saúde mental através da escala Youth Self Report (YSR) resultou que 20,4% apresentaram pelo menos um problema de comportamento em nível clínico, destacando-se na associação com VP severa, que ansiedade/depressão apresenta OR=20,57, problemas sociais OR=10,89, problemas de pensamento OR=10,16, comportamentos agressivos OR=8,14. Na escala de resiliência encontrou-se baixo potencial de resiliência em 30,7% dos entrevistados que associado à VP severa na família apresentou que a chance de se ter baixa resiliência é de quase quatro vezes. D) Artigo 4 (em formato de comunicação breve): A seleção e revisão foram realizadas após a ocorrência das entrevistas, através do arquivo médico, no total de 172 prontuários (75,10% dos adolescentes entrevistados). Um total de 26,4% das adolescentes relatou sofrer de VP severa no contexto familiar, porém na revisão não foi encontrado nenhum relato ou notificação sobre maus-tratos. Como conclusão dessa tese tem-se que os resultados demonstram a gravidade dos danos na saúde mental de adolescentes vítimas de VP severa no contexto familiar e a importância da identificação e intervenção dessa vi natureza de violência, como fator de prevenção de problemas de saúde mental, bem como apontam para a relevância em se investir na promoção de resiliência como forma de proteção contra a VP sofrida no contexto familiar. / This thesis is presented in the form of a collection of articles. The subject of the study - the presence of mental health problems in adolescents exposed to psychological violence (PV) within the family - was developed in four articles, the first having been already published in indexed scientific journals, and others will be sent to three different journals. The general goal was to investigate a possible association between PV in the family and health problems in adolescents. The specific goals were: a) estimate exposure to PV in the family context of adolescent users in outpatient units in a state-run tertiary pediatric hospital; b) assess the prevalence of mental and physical health problems in the adolescents surveyed c) verify the association between suffering PV in childhood and adolescence in the family context and socio-demographic and family aspects; d) analyze the association between suffering PV in childhood and adolescence in the family context and the physical health status of respondents and e) study the association between suffering PV during childhood and adolescence in the family and the resilience of respondents. Methodology: a cross-sectional study, in three outpatient services in the selected hospital, with a sample of 229 adolescents (11-18 years) who responded to an epidemiological survey and their parents. The adolescents who had scored ≥ 63 on the Youth Self Report scale - YSR (which measures behavioral problems) were referred to an application of the ScheduloAffetive Disorders and Schizophrenia for School Age Children-Present and lifetime-KSADS-PL instrument (for diagnosing psychopathologies). The results were: A) Paper 1: Increase in studies on PV against children and adolescents in the last decade and the awareness and visibility of such abuse can aid improved prevention and protection against such violence. B) Paper 2: It was found that 26.4% fit into the category of having suffered severe PV. PV behaviors with an always/almost always frequency reported by more than 10% of respondents were: being criticized by what you do or say, not being encouraged when trying to act independently, being called unpleasant names and having adults saying you are wrong when you try to act. Dissatisfaction of respondents with the adolescent, the nuclear family structure, the position of the child among siblings and the sharing of same parents by siblings showed to be associated to PV occurring within the family context. C) Paper 3: Cross-checking whether mental health problems across the Youth Self Report (YSR) range showed that 20.4% had at least one behavior problem at the clinical level, especially in association with severe PV, that anxiety/depression presents OR = 20.57, social problems OR = 10.89, thought problems OR = 10.16 and aggressive behaviors OR = 8.14. A low resilience potential, in the resilience scale, was found in 30.7% of respondents which associated to severe PV within the family and showed that the chance of having low resilience is almost four times greater. D) Paper 4 (in the format of a brief communication): Selection and revision were performed after vii interviews, by means of medical records, which totaled 172 records (75.10% of the adolescents interviewed). A total of 26.4% adolescents reported suffering severe PV within the family context, but, in the review, no report or notice of maltreatment was found. Conclusion: results showed the severity of damages to the mental health of adolescents who are victims of severe PV in the family context and the importance of identification and intervention in such violence as a means to prevent mental health problems. Results also show the relevance of investing in the promotion of resilience as a means to protect against PV within the family context.
19

‘Agora tudo é bullying’ : uma mirada antropológica sobre a agência de uma categoria de acusação no cotidiano brasileiro

Bazzo, Juliane January 2018 (has links)
Esta tese oferta uma mirada antropológica sobre a agência da noção de bullying situada como uma categoria de acusação social no cotidiano contemporâneo brasileiro. Nascido como construto científico durante os anos 70, na região escandinava, o bullying conferiu nome a condutas, típicas em escolas, de intimidação sistemática entre pares, no interior de um decurso civilizatório no Ocidente que passa a atribuir reconhecimento a agressões de feitio moral. No Brasil, a acepção de bullying populariza-se apenas mais tardiamente, em meados da primeira década dos 2000. O espraiamento do conceito no país, inclusive para além dos muros das instituições de ensino, se dá num período sociopolítico específico: aquele de operação sem anterioridade na história nacional de um conjunto de políticas públicas nos campos da inclusão econômica e da diversidade social, alavancadas pelos governos presidenciais do Partido dos Trabalhadores (PT). Essas iniciativas estatais colocam em primeiro plano tensões seculares presentes na sociedade brasileira perante alteridades e iniquidades de naturezas diversas. Tal quadro desencadeia uma série de disputas e confrontos que agência da noção de bullying trabalha por traduzir, comunicar e, concomitantemente, abastecer. Para problematizar isso, esta investigação apresenta-se como uma etnografia multissituada, a perseguir agenciamentos do bullying em diferentes domínios – científico, estatal, educacional, mercadológico e midiático – , em escalas sociológicas micro, intermediária e macro, a partir de acontecimentos ordinários e extraordinários. Os resultados apontam, de um lado, para um construto que, uma vez legitimado científica e politicamente, se revela potente em desencadear processos de subjetivação e estratégias de militância, capazes de denunciar uma gama de segregações e agir sobre elas. De outro lado, contudo, essas mobilizações encontram limites na exata medida que o conceito possui para subsidiar investidas neoliberais de gestão de populações, as quais demandam o autogoverno dos indivíduos em prol de uma pacificação ideal, mediante suspensão de contextos ético-políticos amplos e consequente perpetuação de desigualdades. A consideração dessa dupla faceta própria ao construto do bullying se coloca, assim, fundamental para pensar produções acadêmicas, políticas públicas, programas escolares de intervenção, produtos e serviços, bem como coberturas noticiosas, em ação no passado, ativos no presente ou, ainda, a serem planificados no futuro em favor dos direitos humanos e da justiça social. / The present dissertation offers an anthropological perspective on the agency of the notion of bullying as a category of social accusation in the Brazilian contemporary everyday life. Born as a scientific construct during the 1970’s in the Scandinavian region, the concept of bullying, within the Western civilization course that now recognizes moral character aggressions, gave a name to typically school-based conducts of systematic intimidation between peers. In Brazil, the notion of bullying is popularized only later, in the first decade of the 2000’s. The concept’s dissemination in the country, even beyond the walls of educational institutions, occurs in a specific sociopolitical period: an unprecedented moment in the national history for the operation of a set of economic inclusion and social diversity policies, leveraged by the presidential governments of the Workers’ Party (PT). These state initiatives bring to the fore secular tensions regarding alterities and inequalities of different natures that have always been present in the Brazilian society. Such framework unleashes a series of disputes and confrontations that the agency of the bullying notion works to translate, to communicate and, at the same time, to instigate. In order to problematize this scenario, this investigation presents itself as a multi-sited ethnography, pursuing bullying agencies in different domains – scientific, state-owned, educational, marketing and media – on micro, intermediate and macro sociological scales, by means of ordinary and extraordinary events. The results point, on the one hand, to a construct that, once legitimated scientifically and politically, proves itself potent in triggering processes of subjectivation and strategies of militancy, capable of denouncing a range of segregations and acting on them. On the other hand, however, these mobilizations find limits in the exact measure that the concept has been subsidizing neoliberal population management efforts, which demand the self-government of individuals for the ideal pacification, through suspending broad ethical and political contexts and consequently with the perpetuation of inequalities. Considering this double facet of the bullying construct is therefore essential for thinking about academic productions, public policies, school intervention programs, products and services, and also the news coverage which were in action in the past, active in the present, and to be planned in the future in favor of human rights and social justice.
20

Assédio moral no âmbito hospitalar: estudo com profissionais de enfermagem / Moral harassment in hospitals: study with nursing professionals.

Leite, Alice Iana Tavares 28 February 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-08T14:47:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 769974 bytes, checksum: 174b31b58bd4198f976d38809259c39a (MD5) Previous issue date: 2012-02-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / INTRODUCTION: The moral harassment is occurring frequently in labor relations, setting up as a silent psychological violence and causing damage to the dignity and to the physical and mental integrity of the victim. OBJECTIVES: To investigate the situations of moral harassment experienced by nurses, technicians and nursing assistants in hospitals, to identify the aggressors of nursing professionals and their characteristics; to list the characteristics of the victims of moral harassment; to ascertain the causes of moral harassment among nursing workers in hospital context; and to verify the consequences of moral harassment for the professionals enrolled in the study. METHODOLOGY: This is an exploratory research, with a quantitative approach, developed in a public hospital of João pessoa-PB, with 165 nursing professionals. Data collection occurred in the period from April to July of 2011, through a questionnaire. The empirical material was analyzed quantitatively, using the Program Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). RESULTS: Participated in the study 47 nurses, 42 technicians and 76 nursing assistants, predominantly female, mulatto and time working in hospitals over 15 years for the three categories, age group between 50 and 60 years (nurses) and, 30 and 40 years (technicians and assistants). The higher marital status for nurses and assistants was the married, and for the technicians was divided between singles and married. The salary range from two to six minimum wages, for technicians and assistants, and from six to fourteen, for nurses. It was found that 33, 33% of nursing workers were victims of moral harassment at work, mainly the nurse (36, 17%). With regard to situations of moral harassment, the most frequent for the three categories was the one that the aggressor criticized the work in an exaggerated and unfair way, and the exposure time varied from three months to more than ten years. Regarding the aggressor, the nurse was who more practiced the moral harassment and the main character it is always the one who is right, being appointed by the three categories. Concerning the characterization of the moral harassment victims, it was noticed that 94,55% were female; 35,85%, aged between 40 and 50 years; 50,91%, were brown; 47,27%, married; and the prevailing salary range was located between 10 and 14 minimum wages (nurses) and between 2 to 6 (technicians and assistants). With regard to the reason of harassment occurrence, the most pointed out by nurses and assistants was not bowing to the authoritarianism and for the technicians, was to be devoted to work. On the consequences for the victim, were observed behavioral, psychosomatic and psychopathology damages. CONCLUSION: It was possible to see that the moral harassment is present in nursing work, in hospitals, and it leads to disastrous consequences for the health of the victims. In this sense, it is expected that the obtained results from this dissertation can support more investigations on the theme, whose studies are still incipient, and the moral harassment is the most serious threat to the health of the workers to be faced. / INTRODUÇÃO: O assédio moral vem ocorrendo com frequência nas relações de trabalho, instalando-se como uma violência psicológica silenciosa e acarretando danos à dignidade e à integridade física e mental da vítima. OBJETIVOS: Investigar as situações de assédio moral vivenciadas por enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem no âmbito hospitalar; identificar os agressores dos profissionais de Enfermagem e suas características; elencar as características das vítimas do assédio moral; averiguar as causas do assédio moral em trabalhadores de Enfermagem no contexto hospitalar; e verificar as consequências do assédio moral para os profissionais inseridos no estudo. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem quantitativa, desenvolvida em um hospital público de João Pessoa-PB, com 165 profissionais de Enfermagem. A coleta de dados ocorreu no período de abril a julho de 2011, por meio de um questionário. O material empírico foi analisado quantitativamente, usando-se o Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). RESULTADOS: Participaram do estudo 47 enfermeiros, 42 técnicos e 76 auxiliares de Enfermagem, com predomínio do sexo feminino, raça parda e tempo de atuação hospitalar superior a 15 anos para as três categorias, faixa etária entre 50 e 60 anos (enfermeiros) e, 30 e 40 anos (técnicos e auxiliares). O estado civil mais presente para enfermeiros e auxiliares foi o casado, e para os técnicos ficou dividido entre solteiros e casados. A faixa salarial de dois a seis salários mínimos, para técnicos e auxiliares, e de seis a quatorze, para enfermeiros. Constatou-se que 33,33% dos trabalhadores de Enfermagem foram vítimas de assédio moral no trabalho, principalmente o enfermeiro (36,17%). No tocante às situações de assédio moral, a mais frequente para as três categorias foi a que o agressor criticava seu trabalho de forma injusta ou exagerada, e o tempo de exposição variou de três meses a mais de dez anos. No que diz respeito ao agressor, o enfermeiro foi quem mais praticou o assédio moral, e a principal característica - é sempre aquele que tem razão, sendo apontada pelas três categorias. No tocante a caracterização das vítimas de assédio moral, percebeu-se que 94,55% eram do sexo feminino; 35,85%, com idade entre 40 e 50 anos; 50,91% eram pardos; 47,27%, casados; e a faixa salarial predominante situava-se entre 10 e 14 salários mínimos (enfermeiros) e entre 02 a 06 (técnicos e auxiliares). No concernente ao motivo da ocorrência do assédio, o mais apontado pelos enfermeiros e auxiliares foi por não se curvarem ao autoritarismo e para os técnicos, foi por ser dedicado ao trabalho. Sobre as consequências para a vítima, observaram-se danos psicopatológicos, psicossomáticos e comportamentais. CONCLUSÃO: Foi possível vislumbrar que o assédio moral está presente no trabalho da Enfermagem, no contexto hospitalar, e isso acarreta consequências desastrosas para a saúde das vítimas. Nesse sentido, espera-se que os resultados obtidos a partir desta dissertação possam subsidiar novas investigações sobre a temática, cujos estudos ainda são incipientes, e o assédio moral é a mais grave ameaça à saúde dos trabalhadores a ser enfrentada.

Page generated in 0.0664 seconds