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Isolamento de vibrios potencialmente patogênicos em moluscos bivalves / Isolation of potentially pathogenic vibrios in bivalve molluscs

Matte, Glavur Rogerio 24 February 1994 (has links)
Neste estudo, 26 amostras de ostras (Crassostrea gigas) comercializadas na cidade de São Paulo e em alguns pontos do litoral de São Paulo, e 36 amostras de mexilhões (Perna perna) colhidas mensalmente em 3 pontos do litoral de Ubatuba - SP, foram submetidas à pesquisa de vibrios potencialmente patogênicos. As amostras desses moluscos eram submetidas a enriquecimento em água peptonada alcalina sem cloreto de sódio e com 1 por cento de cloreto de sódio, e GSTB. O isolamento foi realizado em ágar TCBS. Colônias sacarose positivas e negativas, sugestivas de espécies de Vibrio foram identificadas presuntivamente em meio de ágar ferro de Kligler, sendo confirmadas através de provas bioqufmicas complementares. Uma parte das amostras de vibrios potencialmente patogênicos isoladas foi submetida ao teste de Dean e teste de alça ligada em íleo de coelhos. Os vibrios potencialmente patogênicos encontrados em amostras de ostras foram V. alginolyticus (81 por cento ), V.parahaemolyticus (77 por cento ), V. cholerae não 0:1 (31 por cento ), V. fluvialis (27 por cento ), V. furnissii (19 por cento ), V. mimicus (12 por cento ) e V. vulnificus (12 por cento ) e em amostras de mexilhões foram V. alginolyticus(97 por cento ), V. parahaemolyticus(75 por cento ), V. fluvialis (47 por cento ), V. vulnificus (11 por cento ), V. cholerae não 0:1 (6 por cento ), V. furnissii (6 por cento ) e V. mimicus (6 por cento ). Observou-se acúmulo de fluido em alça ligada de íleo de coelho entre 0,25 e 0,49 ml/cm em 6,9 por cento das amostras, entre 0,5 e 0,99 ml/cm em 15,6 por cento e maior ou igual a 1 ml/cm em 15,1 por cento , e/ou intestino de camundongos lactentes (Teste de Dean) em 26,6 por cento das amostras testadas, confirmando o elevado potencial desses microrganismos em causar gastrenterite. Verificou-se ausência de variação sazonal e também, de correlação entre os vibrios potencialmente patogênicos isolados e os indicadores de contaminação fecal, confirmando que a presença desses microrganismos ocorre de forma autóctone e que, as condições climáticas foram favoráveis à sobrevivência dessas espécies em todas as épocas do ano. Considerando-se os resultados obtidos no presente estudo e o fato de que ostras e mexilhões são habitualmente ingeridos crus ou insuficientemente cozidos, pode-se concluir que sua ingestão constitui-se em um determinado grau de risco para a saúde do consumidor. / In this work, 26 oysters samples (Crassostrea gigas), found in the market of São Paulo city and some coastal areas of São Paulo State, and 36 mussels samples (Perna perna), that were collected monthly in 3 coastal areas of Ubatuba city - SP., were analyzed for the potential patogenic vibrios occurrence. Samples were enriched in alcalin peptone water with (1 per cent ) and without sodium cloride and GSTB. Isolation was performed on TCBS agar. suspect sacharosis positive and negative colonies, resembling vibrio species, were presumptively identified on Kligler iron agar, and confirmed by complementary biochemical tests. Some of this potential patogenic vibrios were submitted to suckling mouse assay and rabbit ileal loop assay. Potential patogenic vibrios isolated from oyster samples were: V. alginolyticus (81 per cent ), V. parahaemolyticus (77 per cent ), V. cholerae non 0:1 (31 per cent ), V. fluvialis (27 per cent ) I V. furnissii (19 per cent ), V. mimicus (12 per cent ) and V. vulnificus (12 per cent ) and from mussels samples were: V. a.1ginolyticus (97 per cent ), V. parabaemolyticus (75 per cent ), V. fluvialis (47 per cent ), V. vulnificus (11 per cent ), V. cholerae non 0:1 (6 per cent ), V. furnissii (6 per cent ) and V. mimicus (6 per cent ). It was found 6,9 per cent of samples between 0,25 and 0,49 ml/cm of fluid accumulation in ileal loop assay, 15,6 per cent between 0,5 and 0,99 ml/cm and 15,1 per cent was equal or higher than 1 ml/cm. Among the samples assayed for suckling mouse 26,6 per cent were positive. These results confirm the high potential of these microrganisms to induce gastroenteritis. Seasonal variation as well as correlation between the potential patogenic vibrios isolated and the fecal contamination indicators were not found, confirming that the presence of such microrganisms occurs autochthonously and that the climate conditions were favourable to these species survival during the whole year. with the results of this work and considering that oyster and mussels are usually ingested raw or insufficiently cooked, the conclusion is that the ingestion of such mollusks presents a certain degree of risk for the consumer\'s health.
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Frequência de isolamento e propriedades de Escherichia coli enteropatogênica em alimentos / Prevalence and properties of pathogenic Escherichia coli in foods

Franco, Bernadette Dora Gombossy de Melo 12 December 1983 (has links)
Os objetivos desta pesquisa foram observar a incidência de E. coli enterotoxigênica (ETEC), E. coli enteropatogênica clásssica (EPEC) e E. coli invasora (EIEC) em alimentos e estudar algumas de suas propriedades. Foram estudadas 360 amostras de alimentos, de origem animal e vegetal, das quais foram isoladas 1351 cepas diferentes de E.coli. Todas foram sorotipadas para investigação daquelas pertencentes aos sorogrupos enteropatogênicos clássicos, e as cepas imóveis e lisinadescarboxilase negativas sorotipadas para identificação daquelas pertencentes aos sorogrupos invasores. A capacidade de produção das enterotoxinas LT e ST de todas as cepas de E. coli foi também investigada. As amostras patogênicas isoladas corresponderam a 1,6 do total de cepas de E.coli estudado. Os alimentos de onde foram isolados representaram 4,2% do total de amostras de alimentos estudados e 5,2% das amostras de alimentos contendo E. coli. Não foram isoladas amostras de EIEC nas amostras de alimentos estudadas. As amostras de EPEC isoladas pertenceram aos sorogrupos 026 e 0125. Entre as amostras de ETEC isoladas predominaram aquelas produtoras somente da toxina LT, não tendo sido isoladas amostras capazes de produzir as toxinas LT e ST simultaneamente. Nenhuma das amostras de ETEC pertenceu aos sorogrupos enterotoxigênicos mais frequentes, nem possuiu os fatôres de colonização CFA/I e CFA/II. No teste de resistência a drogas, a maioria das amostras enteropatogênicas mostrou-se sensível às drogas utilizadas. O modelo de fermentação de açúcares foi relativamente uniforme entre estas amostras, e bastante semelhante ao apresentado pelo gênero Escherichia. / The objectives of this research work were to study the incidence of enterotoxigenic E. coli (ETEC), enteropathogenic. E.coli (EPEC) and invasive E. coli (EIEC) in foods, and to study some of their properties. 360 food samples, both of animal and plant origin, were studied and 1351 different E. coli strains were isolated. All of them were serotyped in order to identify those belonging to the serogroups enteropathogenic for children (EPEC). The strains which were non-motile and lysine descarboxylase negative were serotyped for the identification of those belonging to invasive serogroups. The capacity of all strains in producing enterotoxins ST and LT was also investigated. The isolated pathogenic strains corresponded to 1,6% of the E. coli strains tested. The foods from which they were isolated represented 4,2% of the total of food samples tested, and 5,2% of the food samples showing contamination with E. coli. No invasive strain was observed in the food samples tested. The isolated EPEC strains belonged to serogroups 026 and 0125. There was a prevalence of enterotoxin LT only producing strains among the ETEC ones, and no strain able to produce both enterotoxins LT and ST simultaneously was observed. None of them belonged to the usual enterotoxigenic serogroups, nor had colonization factors CFA/I and CFA/II. The antibiotic resistence test showed that the majority of pathogenic strains were sensitive to the drugs employed. The sugar fermentation model was relatively uniform among these strains, and very smilar to the one showed by the genus Escherichia.
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Algumas propriedades de virulência de Escherichia coli isoladas de pacientes com doença inflamatória intestinal. / Some virulence properties of Escherichia coli isolated from patients with inflammatory bowel disease.

Samegima, Danyelle Amélia Grecco 22 August 2008 (has links)
Escherichia coli tem um predomínio anormal em pacientes com doença inflamatória intestinal (DII), mas a razão deste aumento numérico é desconhecida. Amostras de E. coli (131) foram isoladas de biópsias retais de 27 pacientes com retocolite ulcerativa (RCU), 8 pacientes com doença de Chron (DC) e 19 controles. E. coli enteroagregativa (EAEC) foram detectadas no ensaio de adesão de 3 horas a células HEp-2 em 71,4% dos pacientes com DII e em 26,3% dos controles (P<0,02). As cepas de pacientes com DC foram negativas para outros marcadores. Duas cepas invasivas foram detectadas entre pacientes com RCU, três deles tinham cepas com plasmídio de adesão agregativa (pAA) e fímbria de adesão agreagativa (aggR) e outras quatro possuíam o gene attaching and effacing (eae). Nenhuma cepa abrigava locus associado à invasão (ial) e antígeno plasmidial de invasão (ipaH). De acordo com esses resultados, EAEC é o grupo dominante encontrado na mucosa colônica de pacientes com DII, mas somente aquelas encontradas em pacientes com RCU abrigam marcadores de virulência tradicionais. / Escherichia coli are increased in inflammatory bowel disease (IBD) patients, but the reason for this elevation is unknown. Amongst their properties is the interaction with cultured epithelial cells. Rectal biopsies from 27 ulcerative colitis (UC), 8 Crohns disease (CD) and 19 control patients were cultured for E. coli, given 131 isolates. Enteroagregative E. coli (EAEC) strains, as detected in 3h adherence assays to HEp-2 cells, were found in 71.4% of 35 IBD patients and in 26.3% of controls (P<0.02). Two highly invasive strains were detected among UC patients, three of whom had also strains with both plasmid of aggregative adhesion (pAA) and aggregative adherence fimbriae R (aggR) and another four E. coli attaching and effacing (eae). No strains had invasion-associated locus (ial) and invasion plasmid antigen H (ipaH), and those from CD were also negative for other markers. According to these results, EAEC are the dominant E. coli group found in the colonic mucosa of IBD patients, but only those found in UC patients seem to harbor traditional virulence markers.
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Envolvimento de peroxirredoxina LsfA na virulência de Pseudomonas aeruginosa / Involvement of peroxiredoxin LsfA in the virulence of Pseudomonas aeruginosa

Kaihami, Gilberto Hideo 18 January 2013 (has links)
As bactérias são reconhecidas pelos macrófagos através dos receptores do tipo Toll (TLR), que ativam as vias do NF-&#954;B e das MAPKs, resultando em respostas como a fagocitose e a produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio (ROS/RNS), que causam a morte do microrganismo. P. aeruginosa, uma causa comum de pneumonia associada à ventilação mecânica, é uma bactéria que utiliza diversas estratégias de virulência e defesa, incluindo mecanismos antioxidantes. O objetivo deste trabalho foi verificar a relação entre o papel da 1-Cys peroxirredoxina LsfA está envolvida na virulência de P. aeruginosa. Linhagens mutantes com deleção em lsfA ou com uma mutação pontual neste gene (troca da Cys45 por Ala, RB302) foram construídas, sendo mais sensíveis a peróxido de hidrogênio que a linhagem selvagem PA14, como verificado pelo halo de inibição de crescimento. A atividade peroxidásica de LsfA foi medida in vitro pelo ensaio de tiocianato férrico e apenas a proteína com a sequência selvagem foi ativa, enquanto uma mutação na Cys45 aboliu completamente a sua atividade. Infecção de macrófagos J774 com as linhagens &#916;lsfA ou C45A resultaram em uma diminuição da morte dos macrófagos, aumento do clearance bacteriano e aumento da secreção de TNF-&#945; em comparação aos macrófagos infectados com a linhagem PA14, sugerindo uma maior ativação das vias do NF-&#954;B e das MAPKs nos macrófagos infectados com as linhagens mutantes. Para verificar se LsfA poderia alterar o estado oxidativo dos macrófagos, eles foram infectados com as linhagens PA14 ou RB302 (C45A) e incubadas com carbóxi-H2DCFDA, um indicador que se torna fluorescente quando oxidado. Macrófagos infectados com a linhagem mutante demonstraram um maior estado oxidativo em comparação aos macrófagos infectados com a linhagem selvagem, confirmando que LsfA limita a ativação dos macrófagos, resultando numa menor produção de TNF-&#945; e diminuição da citotoxicidade. A via das MAPKs e do NF-&#954;B são requeridos para a produção máxima de TNF-&#945; nos macrófagos infectados com a linhagem RB302, o que foi demonstrado utilizando-se de inibidores farmacológicos para essas vias. Como esperado, quando os macrófagos foram infectados com a linhagem RB302 na presença do antioxidante N-acetil-cisteína, houve uma redução da produção de TNF-&#945; a níveis semelhantes dos macrófagos infectados com a linhagem selvagem. Em modelo de pneumonia aguda, todos os camundongos infectados com a linhagem PA14 morreram 48h pós-infecção, enquanto os camundongos infectados com a linhagem RB302 sobreviveram por mais de 60 dias após a infecção. Houve uma redução do número de bactérias nos pulmões, baço e fígado nos camundongos infectados com a linhagem RB302 em comparação aos camundongos infectados com a linhagem PA14. Também foi observado um aumento na produção de citocinas pró-inflamatórias nos camundongos infectados com a linhagem RB302 em comparação aos camundongos infectados com PA14. Com isso, foi demonstrado pela primeira vez o envolvimento de uma 1-Cys peroxirredoxina de bactérias na virulência, com a modulação da resposta imune do hospedeiro in vitro e in vivo. / Bacteria are recognized by macrophages via Toll-Like Receptors (TLR), leading to a signaling pathway that activates NF-&#954;B and MAPKs. Killing in phagossomes is achieved by reactive oxygen and nitrogen species (ROS/RNS) generation. P. aeruginosa is a common cause of ventilator associated pneumonia and it uses several strategies for virulence and defense, including antioxidant mechanisms. In this work, we show for the first time that the 1-Cys peroxiredoxin LsfA is implicated in P. aeruginosa virulence. Mutant strains with a deletion in lsfA or with a mutation (Cys45 to Ala, RB302) were constructed and they were more sensitive to H2O2 than the wild type strain PA14, as verified by a growth inhibition assay. In vitro peroxidasic activity of LsfA was measured by ferric-thiocyanate assay, and while the wild-type protein was active, the mutation in Cys45 abolished its activity. Infection of J774 macrophages with &#916;lsfA or C45A strains resulted in lower cell death, increased bacterial clearance and higher TNF-&#945; production in comparison to PA14-infected macrophages, suggesting a higher level of MAPKs and NF-&#954;B activation due to the mutant strains. To verify whether LsfA could modify the oxidative state of infected macrophages, they were infected with PA14 or RB302 strains and incubated with carboxy-H2DCFDA, an indicator that emits fluorescence when oxidized. Macrophages infected with mutant strains showed a higher oxidative state in comparison to PA14-infected cells, thus confirming that LsfA limits macrophages activation that leads to TNF-&#945; production and cytotoxic activity. MAPKs and NF-&#954;B pathways are required to full production of TNF-&#945; in macrophages infected with RB302, as shown using pharmacological inhibitors for those pathways. When macrophages were infected with RB302 in the presence of the antioxidant N-acetyl-cysteine, there was a reduction in TNF-&#945; production as compared to PA14, as expected. In an acute pneumonia model, all PA14-infected mice died at 48h post-infection, while C45A-infected mice survived as long as 60 days. There was also reduction in bacterial counts in the lungs, spleen and liver of mice infected with RB302, in comparison to PA14-infected mice. A greater pro-inflammatory cytokine production was observed in mice infected with mutant strain in comparison to mice infected with PA14. Altogether, this work shows for the first time the role of a bacterial 1-Cys Prx that modulates host immune response in vitro and in vivo.
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Determinação da virulência de isolados brasileiros de Toxoplasma gondii em camundongos / Determination of the virulence of Brazilian isolates of Toxoplasma gondii in mice

Ferreira, Marina Neves 24 January 2018 (has links)
Os isolados de Toxoplasma gondii encontrados no Brasil apresentam grande variedade genética. No país, foram verificadas quatro linhagens clonais, denominadas tipo BrI, BrII, BrIII e BrIV. Dentre elas, a virulência para camundongos varia, sendo BrI virulenta, BrIII não virulenta e, as linhagens BrII e BrIV são consideradas de virulência intermediária. A definição da virulência desses isolados é feita, na maioria dos estudos, a partir do isolamento por bioensaio, com a determinação da mortalidade de camundongos infectados. No entanto, a dose de T. gondii inoculada nesses animais é desconhecida e, assim, trata-se de um método impreciso para caracterização da virulência. Dessa maneira, este estudo tem por objetivo avaliar a virulência, em camundongos, de 22 isolados brasileiros de T.gondii, utilizando inóculos padronizados. Para o teste de virulência, utilizou-se taquizoítas de cada um dos isolados, em três concentrações (10¹, 10² e 10³). Cada dose foi inoculada via intraperitoneal em grupos formados por quatro camundongos heterogênicos fêmeas, de oito semanas de idade, da linhagem Swiss Webster. A mortalidade dos animais foi observada por 30 dias e, baseando-se nesses dados, além do tempo decorrido pós-inoculação até a morte dos animais, determinou-se a virulência dos isolados. Dos 22 isolados brasileiros incluídos nesse estudo, sete (32%) foram definidos como de virulência intermediária, pois houve sobrevivência de animais infectados e a mortalidade foi dose-dependente. Além disso, 15 (68%) foram considerados virulentos, uma vez que causaram a morte de todos os camundongos independente da dose analisada. Comparando as classificações definidas pelo bioensaio e pelo teste de virulência, 83% dos isolados virulentos analisados se mantiveram como virulentos, em contrapartida os isolados não virulentos e de virulência intermediária pelo bioensaio mostraram um fenótipo de maior virulência no teste. Devido à predominância de isolados virulentos no Brasil, o uso de uma metodologia padronizada para determinação da virulência em camundongos é de pouca utilidade epidemiológica. / The isolates of Toxoplasma gondii found in Brazil present a great genetic variety. In the country, four clonal lineages, denominated type BrI, BrII, BrIII and BrIV were verified. Among them, virulence for mice varies, with virulent BrI and non-virulent BrIII, and the BrII and BrIV strains are considered as intermediate virulence. The determination of the virulence of these isolates is made, in the majority of the studies, from the isolation by bioassay, with the determination of the mortality of infected mice. However, the dose of T. gondii inoculated in these animals is unknown and thus is an imprecise method for characterization of virulence. Thus, this study aims to evaluate the virulence of 22 Brazilian isolates of T. gondii in mice using standardized inocula. For the virulence test, tachyzoites from each of the isolates were used in three concentrations (10¹, 10² and 10³). Each dose was inoculated intraperitoneally into groups consisting of four 8-week-old female heterogenic mice of the Swiss Webster strain. The mortality of the animals was observed for 30 days and, based on these data, in addition to the time elapsed post-inoculation until the death of the animals, the virulence of the isolates was determined. Of the 22 Brazilian isolates included in this study, seven (32%) were defined as intermediate virulence, since there was survival of infected animals and mortality was dose-dependent. In addition, 15 (68%) were considered virulent, since they caused the death of all mice regardless of the dose analyzed. Comparing the classifications defined by the bioassay and the virulence test, 83% of the virulent isolates analyzed remained virulent. In contrast, the non virulent isolates and intermediate virulence by the bioassay showed a phenotype of greater virulence in the test. Due to the predominance of virulent isolates in Brazil, the use of a standardized methodology for the determination of virulence in mice is of little epidemiological utility.
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Genes de virulência agr-dependentes em cepas de Staphylococcus aureus resistentes a oxacilina isoladas no Brasil (OU) Genes de virulência agr-dependentes em cepas de Staphylococcus aureus resistentes a oxacilina SCCmec tipo IV isoladas no Brasil / Virulence genesagr-dependent on strains of Staphylococcus aureus resistant to oxacillin SCCmec type IV isolated in Brazil

Reinert, Cristina 23 February 2006 (has links)
O Staphylococcus aureus é um patógeno extremamente versátil tanto em termos de resistência a antimicrobianos quanto em virulência. O S. aureus resistente a oxacilina (ORSA) adquire a resistência a toda a classe de beta-Iactâmicos através de um cassete cromossômico (SCCmec) que carrega o gene mecA, mas pode carregar outros genes de resistência. A soma desses genes de resistência e de virulência torna o S. aureus um grave problema para hospitais do mundo inteiro, que nos últimos vem se estendendo também à comunidade. Foram estudados 50 isolados de ORSA, dentre os quais 15 pertencentes ao clone endêmico brasileiro (CEB) e 3 cepas SCCmec tipo IV isoladas entre 1995 e 1999. Adicionalmente, 32 amostras ORSA SCCmec tipo IV isoladas no Hospital de Clínicas de São Paulo. As amostras foram analisadas quanto ao perfil de sensibilidade a antimicrobianos, classificação do tipo de SCCmec, perfil de virulência quanto a toxinas e adesinas, classificação do grupo agr (locus regulatório dos genes de virulência) e sua funcionalidade, avaliação da expressão dos genes de toxinas e genotipagens por PFGE e MLST. Observou-se que as cepas CEB são multiresistentes. Já as cepas SCCmec IV apresentam um perfil de sensibilidade maior, uma vez que possuem um tipo de SCCmec que não carrega outros genes de resistência além do gene mecA. As amostras CEB SCCmec IV não apresentaram grandes diferenças no conteúdo de toxinas e adesinas. Apenas as cepas SCCmec IV isoladas entre 1995 e 1999 apresentaram um maior conteúdo de genes de virulência que as isoladas no HC. As cepas SCCmec IV isoladas no Brasil não são altamente virulentas como descrito em outros países. Não possuem fatores de virulência como a Leucocidina Panton-Valentine, toxinas exfoliativas e enterotoxinas. Por outro lado, possuem a alfa-hemolisina e a leucocidina LukD-LukE, toxina ainda pouco estudada, que vem sendo apresentada em pesquisas como causa de lesões oculares graves e diarréias pós-antibioticoterapia. Não foi possível estabelecer uma relação entre o tipo de agr e o perfil de virulência das cepas, uma vez que os perfis foram muito semelhantes mesmo entre cepas de grupos agr diferentes. / Staphylococcus aureus is an extremely successful pathogen for it is both highly resistant to antibiotics in addition to being virulent. Methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) acquires resistance to the beta-Iactam antibiotics through the acquisition of a chromosomal cassette (SCCmec) which carries the mecA gene, and can carry other resistance genes. The presence of these genes in S. aureus makes it a serious problem in hospitaIs worldwide. In spite of usually being restricted to the nosocomial environment, over the last few years MRSA has been spreading throughout the community. Fifty nosocomial MRSA strains were studied, including 15 belonging to the Brazilian endemic clone (BEC), 3 type IV SCCmec strains isolated between 1995-1999, and 32 type N SCCmec isolates from the \"Hospital de Clínicas (HC) de São Paulo\". The isolates were analyzed as to their susceptibility profile, SCCmec type, virulence and expression profile (toxins and adhesins), agr group classification and functionality, PFGE and MLST profiles. BEC isolates proved to be multiresistant to antibiotics. Type IV SCCmec strains presented a susceptibility profile to a number of drugs of different antimicrobial classes. BEC and type N SCCmec strains did not present significant differences in their virulence profiles. Only the type IV SCCmec strains isolated in 1995-1999 presented a greater virulence profile than those isolated in the HC. Type IV SCCmec strains isolated in Brazil were not highly virulent as described in other countries. Brazilian isolates usually do not possess virulence factors such as the Panton-Valentine leukocidin, exfoliative toxins and enterotoxins. On the other hand, they usually possess alpha-hemolysin and the LukED leukocidin, which is still very poorly studied that have been presented in papers like cause of serious ocular lesions and post-antimicrobial therapy diarrhea. A relation between the agr type and the virulence profile was not established, for virulence profiles were very similar even between isolates belonging to different agr groups.
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Enterococcus sp. isolados de fezes de macaco-prego (Sapajus nigritus) (Goldfuss, 1809) coletadas em remanescentes de mata atlântica e cativeiro, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil / Enterococcus sp. isolates of fezes of black monkey capuchin (Sapajus nigritus) (Goldfuss, 1809) collected in remanescents of atlantic forest and captivity, in the state of Rio Grande do Sul, Brasil

Grassotti, Tiela Trapp January 2018 (has links)
Enterococcus são associados à microbiota intestinal de mamíferos e aves. Além dos primatas apresentarem estreita relação evolutiva com seres humanos, é pouco conhecido o impacto da resistência antimicrobiana associada às bactérias comensais, como os enterococos. O trabalho teve como objetivo identificar e caracterizar enterococos isolados de amostras fecais de macacos-prego (Sapajus nigritus) em relação a determinantes de resistência e virulência. As amostras foram coletadas de animais vivendo em cativeiro no Zoológico de Sapucaia do Sul (ZOO) e selvagens, nas cidades de São Sebastião do Caí (SSC) e Santa Cruz do Sul (SCS). As espécies isoladas foram identificadas utilizando a técnica de MALDI-TOF. Estas foram testadas frente a 12 antimicrobianos através do método disco difusão. Genes que conferem resistência à tetraciclina (tetM, tetL e tetS), fluoroquinolonas (gyrA), eritromicina (msrC e ermB) e virulência (agg, esp, cylA, ace e gelE) foram detectados por PCR. Foram identificados 296 isolados de Enterococcus sp. oriundos de 24 amostras fecais de macacos-prego. Destes, 137 eram oriundos de amostras de SSC, 86 de SCS e 73 do ZOO. A espécie mais encontrada foi E. faecalis (42,6 %), seguida de E. hirae (29,4 %) e E. faecium (15,5 %). Cento e noventa e nove amostras (67,2 %) apresentaram suscetibilidade reduzida a antimicrobianos. As amostras apresentaram menos suscetíveis para rifampicina (46,3 %), tetraciclina (26,0 %) e eritromicina (22,3 %). Entre os isolados, E. faecalis (69,0 %) apresentou as maiores frequências de suscetibilidade reduzida. Em relação ao local de coleta, 69,3 % dos isolados das amostras SSC apresentaram suscetibilidade reduzida a antimicrobianos, 69,7 % dos isolados das amostras SCS e 60,2 % dos isolados das amostras do ZOO, sendo atribuído perfil de múltipla resistência a 29 isolados de SSC, 6 isolados SCS e 8 de ZOO. As amostras ZOO apresentaram maiores índices para os genes de resistência msrC (81,8 %), gyrA (60,7 %) e tetL (44,4 %). Para o gene tetM os isolados de SCS apresentaram maior frequência (100 %). As amostras SSC e SCS apresentaram as maiores porcentagens para o gene gelE (100 %). Para esp (3,5 %), ace (93,0 %) e agg (10,5 %), as amostras SCS apresentaram as maiores porcentagens. As presenças de determinantes de resistência e virulência nas amostras foram atribuídas tanto à ação antropogênica encontrada no habitat dos macacos como através do próprio resistoma ambiental. Ainda, a proximidade dos animais com o ser humano demonstrou ser uma das principais fontes de disseminação de resistência bacteriana. / Enterococcus is associated with the intestinal microbiota of mammals and birds. In addition to primates having a close evolutionary relationship with humans, the impact of antimicrobial resistance associated with commensal bacteria, such as enterococci, is little known. The objective of this work was to identify and characterize isolates of enterococci from faecal samples of black capuchin monkey (Sapajus nigritus) in relation to determinants of resistance and virulence. The samples were collected from animals living in the Sapucaia do Sul Zoo (ZOO) and wild, in the cities São Sebastião do Caí (SSC) and Santa Cruz do Sul (SCS). The isolated species were identified using the MALDI-TOF technique. These were tested against 12 antimicrobials using the disc diffusion method. Genes that confer resistance to tetracycline (tetM, tetL and tetS), fluoroquinolones (gyrA), erythromycin (mrsC and ermB) and virulence (agg, esp, cylA, ace and gelE) were detected by PCR. It were identified 296 isolates of Enterococcus sp. from 24 faecal samples of S. nigritus. Of these, 137 were from SSC samples, 86 from SCS and 73 from ZOO. The most common species was E. faecalis (42.6 %), followed by E. hirae (29.4 %) and E. faecium (15.5 %). One hundred and ninety-nine samples (67.2%) presented reduced antimicrobial susceptibility. The samples were less susceptible to rifampicin (46.3%), tetracycline (26.0%) and erythromycin (22.0%). Among the isolates, E. faecalis (69.0%) had the highest frequencies of reduced susceptibility. Regarding the collection site, 69.3% of the SSC isolates presented reduced susceptibility to antimicrobials, 69.7% of the isolates from the SCS samples and 60.2% from the isolates from the ZOO samples, with a multiple resistance profile 29 SSC isolates, 6 SCS isolates and 8 ZOO isolates. The ZOO samples presented higher indices for the resistance genes msrC (81.8%), gyrA (60.7%) and tetL (44.4%). For the tetM gene the SCS isolates showed a higher frequency (100%). The SSC and SCS samples showed the highest percentages for the gelE gene (100%). For esp (3.5%), ace (93.0%) and agg (10.5%), the SCS samples presented the highest percentages. The presences of resistance and virulence determinants in the samples were attributed both to the anthropogenic action found in the monkey habitat and through the environmental resistance itself. Furthermore, the proximity of animals to humans has been shown to be one of the main sources of dissemination of bacterial resistance.
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Mosca-das-frutas como modelo para estudo de patogenicidade e de prospecção de fármacos frente a Malassezia pachydermatis

Merkel, Simone January 2018 (has links)
O fungo leveduriforme Malassezia pachydermatis está presente na microbiota da pele dos animais. Alterações na imunidade da pele do hospedeiro fazem com que a levedura sofra adaptações modificando a expressão de fatores de virulência, causando otite, dermatite e até mesmo infecção sistêmica em animais e humanos. O tratamento de M. pachydermatis é relativamente simples, à base de antifúngicos azólicos. No entanto, o aparecimento de cepas resistentes e de infecções recorrentes tem gerado preocupação recentemente. Drosophila melanogaster tem sido um modelo promissor no estudo de microrganismos, apresentando duas vias de sinalização da resposta imune, a via Imd contra bactérias gram-negativas e a via Toll contra bactérias gram-positivas e fungos, as quais desencadeiam a produção dos peptídeos antimicrobianos locais e sistêmicos. A virulência de M. pachydermatis em moscas D. melanogaster wild-type e Toll-deficientes foi testada com inóculos nas concentrações entre 103 e 107 unidades formadoras de colônia (UFC)/ml e a infecção ocorreu pela punção com agulha no tórax das moscas, que foram colocadas em frascos com alimento e incubados à 29 °C por sete dias, com contagem diária da sobrevivência. Ainda foram realizados a contagem de UFC/ml/mosca e a histopatologia após os sete dias de observação. As moscas wild-type se mostraram resistentes à infecção. Curvas de mortalidade de moscas Toll-deficientes, em concentrações a partir de 104 leveduras/ml, diferiram estatisticamente do grupo controle. Após o sétimo dia de infecção, moscas wild-type inoculadas com 1 x 107 UFC/ml tinham carga fúngica variando entre 0,33 a 1 x 102 UFC/mosca, enquanto em moscas Toll-deficientes a carga fúngica variou de 2,3 x 103 a 1,3 x 104 UFC/mosca. Portanto, D. melanogaster Toll-deficientes são suscetíveis à infecção por M. pachydermatis devido à falta do sistema imune para o reconhecimento e montagem da resposta imune frente ao fungo, semelhante ao que ocorre em pacientes imunocomprometidos, dado o sistema imune conservado entre os mamíferos e a mosca-das-frutas. Deste modo, D. melanogaster é um modelo promissor e inovador para estudos de patogenicidade e de prospecção de fármacos frente a M. pachydermatis. / The yeast Malassezia pachydermatis is present in the normal microbiota of the skin of animals. Changes in the host's immunity cause the yeast to undergo adaptations modifying the expression of virulence factors, causing otitis, dermatitis and even systemic infection in animals and humans. The treatment of M. pachydermatis is relatively simple, based on the use of azole antifungals. However, the emergence of resistant strains and recurrent infections has generated concern recently. Drosophila melanogaster has been a promising model in the study of microorganisms, presenting two pathways of immune response signaling, the Imd pathway against gram-negative bacteria and the Toll pathway against gram-positive bacteria and fungi, which trigger the production of local and systemic antimicrobial peptides. The virulence of M. pachydermatis in wild-type and Toll-deficient D. melanogaster flies was tested with inoculum concentrations ranging between 103 and 107 colony forming units (CFU)/ml and the infection occurred by needle puncture in the thorax of the flies, which were placed in vials with food and incubated at 29 °C for seven days, with daily survival counts. Fungal burden counts and the histopathology were also performed after seven days of observation. Wild-type flies were resistant to infection. Mortality curves of Toll-deficient flies, at concentrations superior of 104 yeasts/ml, differed statistically from the control group. After the seventh day of infection, wild-type flies inoculated with 1 x 107 CFU/ml had fungal load ranging from 0.33 to 1 x 102 CFU/fly, while in Toll-deficient flies the fungal load ranged from 2.3 x 103 to 1.3 x 104 CFU/fly. We concluded that Toll-deficient D. melanogaster flies are susceptible to infection by M. pachydermatis due to lack of immune system for the recognition and assembly of immune response to the fungus, similar to that occurring in immunocompromised patients, given the conserved immune system among mammals and fruit flies. Therefore, D. melanogaster is a promising and innovative model for pathogenicity studies and prospection of drugs against M. pachydermatis.
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Comparação do perfil associado à virulência e da sensibilidade antifúngica entre amostras de Candida ssp em casos de colonização de ambiente hospitalar e infecção hospitalar/

FERREIRA, Alessandro Vieira 25 February 2011 (has links)
Este estudo visou comparar as leveduras do gênero Candida encontradas em fontes de infecção com as leveduras colonizantes de diversos locais de superfície e ambiente, tendo como critérios os fatores associados à virulência. Houve um predomínio de Candida albicans (32%) seguido de C. parapsilosis (20%), C. lusitaniae (20%), C. krusei (8%) e C. guilliermondii (4%) em fontes de infecção. Em relação às espécies colonizantes, observaram-se C. tropicalis (33,4%), C. lusitaniae (21,2%), C. parapsilosis (18,2%), C. albicans (15%), C. famata (6,1%) e C. guilliermondii (6,1%). Quanto aos fatores associados à virulência observou-se ß hemólise em 19,7% dos isolados, α hemólise em 21,3% e não foi observada atividade hemolítica em 70% dos isolados. Dentre as amostras, houve sensibilidade para Anfotericina B em 100% das mesmas e em 98,57% para fluconazol. Das leveduras de C. albicans provenientes de fontes de infecção 100% demonstraram potencial de formação de biofilme. As espécies não-albicans com maior produção de biofilme foram C. krusei (100%), C. parapsilosis (75%), C. tropicalis (75%). Nas amostras oriundas de colonização, 100% de C. albicans desenvolveram biofilme e dentre as não-albicans destacaram-se C. parapsilosis (80%), C. tropicalis (77,78%). Elevadas capacidade de formação de biofilme e atividade metabólica foram observadas em 35,3% das espécies de Candida spp. Em Candida spp provenientes de fontes de colonização 33,3% apresentaram capacidade intermediária de produção de biofilmes mas com atividade metabólica alta. / This study aims to compare the Candida species recovered from sources of infection with ones that are colonizing various sites and surface at the environment, having as criteria the factors associated with virulence. There was a predominance of C.albicans (32%) followed by C. parapsilosis (20%), C. lusitaniae (20%), C. krusei (8%) and C. guilliermondii (4%) at sources of infection. For the colonizing species we observed C. tropicalis (33.4%), C. lusitaniae (21.2%), C. parapsilosis (18.2%), C. albicans (15%), C. famata (6.1%) and C. guilliermondii (6.1%). Regarding the factors associated with virulence β hemolysis was observed at 19.7% of the isolates and α hemolysis at 21.3% and it wasn’t seen hemolytic activity at 70% of the isolates. Among the isolates it was observed susceptibility for amphotericin B at 100% of the ones and at 98.57% for fluconazole. Among C. albicans from sources of infection 100% demonstrated the potential of biofilm formation. The non-albicans species with increased biofilm production were C. krusei (100%), C. parapsilosis (75%), C. tropicalis (75%). In isolates from colonization, 100% of C. albicans developed biofilm and among non-albicans species, predominated C. parapsilosis (80%), C. tropicalis (77.78%). High capacity for biofilm formation and metabolic activity were observed at 35,3% of the isolates. In Candida spp from sources of colonization 33.3% showed intermediate capacity to produce biofilms but with high metabolic activity.
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Análise de aspartato protease (sap) como fator associado à virulência de linhagens de Candida albicans e Candida não-albicans

SILVA, Naiara Chaves 15 February 2013 (has links)
Candida spp. se tornaram, nas últimas décadas, importantes agentes causadores de infecções invasivas, responsáveis por altos índices de morbidade e mortalidade. Acredita-se que a aspartato protease secretada (Sap) seja um fator diretamente associado aos processos infecciosos exercendo papel determinante na patogenicidade de Candida spp. e que a exposição a concentrações subinibitórias de antifúngicos, pode aumentar a produção de Sap e selecionar isolados resistentes. Analisaram-se isolados de Candida albicans e Candida não-albicans oriundos de casos de infecção hospitalar. Avaliou-se o perfil proteico destes isolados por eletroforese SDS-PAGE. Avaliou-se, também, o perfil de sensibilidade dos isolados frente a antifúngicos de uso convencional em esquemas terapêuticos (fluconazol e anfotericina B) e a antifúngicos mais novos que ainda não fazem parte das rotinas hospitalares (voriconazol e caspofungina). Determinou-se a atividade proteolítica qualitativa e quantitativa de Sap e atividade metabólica de C. albicans e Candida não-albicans cultivados na presença e ausência de concentrações subinibitórias de fluconazol e anfotericina B. Estabeleceu-se a correlação entre os testes e por fim, avaliou-se a expressão do gene SAP2 em C. albicans ATCC 64548 e C. krusei ATCC 6258. 100% dos isolados foram sensíveis a anfotericina B, voriconazol e caspofungina e 89,9% a fluconazol. Dois isolados (7,4%) apresentaram sensibilidade dependente da dose e um (3,7%) apresentou resistência ao fluconazol. Na análise qualitativa da atividade proteolítica, 77,7% dos isolados apresentaram atividade. A maioria dos isolados de C. albicans (50%) e Candida não-albicans (32%) apresentou atividade proteolítica moderada. A adição de fluconazol ao cultivo não promoveu alterações significativas na atividade proteolítica dos isolados padrões, enquanto anfotericina B inibiu o crescimento de C. glabrata ATCC 90030 e C. krusei ATCC 6258. Na análise quantitativa, todos os isolados se apresentaram ativos, sendo que a maior atividade foi observada em Candida complexo “psilosis” 210 (100%) e a menor em C. albicans 257 (2,44%). A maioria dos isolados de C. albicans (50%) foi classificada como fracamente proteolítica, enquanto Candida não-albicans (53%) como moderadamente proteolítica. A presença de antifúngicos no cultivo alterou significativamente o percentual de degradação da maioria dos isolados. A maior diferença de percentual foi observada em C. lusitaniae 286, que na presença de ¼ da IC90 de anfotericina B aumentou 13,7x em relação à ausência do fármaco. O método quantitativo de determinação da atividade proteolítica apresentou maior sensibilidade. 63% dos isolados de C. albicans apresentaram alta atividade metabólica e 68% de Candida não-albicans, atividade moderada. A maior atividade metabólica foi observada em C. albicans 120 (61,72%) e a menor em C krusei ATCC 6258 (2,35%). A atividade metabólica da maioria dos isolados foi significativamente alterada. A maior diferença de percentual foi observada em Candida complexo “psilosis” 210, que na presença de ½ da IC50 de fluconazol apresentou redução de 8x na atividade metabólica em relação à ausência do fármaco. Houve expressão de SAP2 apenas em C. albicans ATCC 64548, que foi reduzida significativamente na presença de ¼ da IC90 de anfotericina B. A atividade de Sap pode ser considerada um fator potencial associado à virulência, uma vez que o isolado que apresentou a maior atividade apresentou sensibilidade antifúngica reduzida. / Candida spp. has become in recent decades, major causative agents of invasive infections, responsible for high rates of mortality and morbidity. It is believed that the secreted aspartate protease (Sap) is a factor directly associated with infection exerting decisive role in the pathogenicity of Candida spp. and that the exposure to subinibitory concentrations of antifungals may increase the production of Sap and to select resistant isolates. We analyzed isolates of Candida albicans and Candida non-albicans from cases of hospital infection. We evaluated the protein profile of the isolates of Candida spp. by SDS-PAGE. We evaluated also the susceptibility profile of the isolates against antifungals of use conventional in regimens therapeutics (fluconazole and amphotericin B) and newer antifungals that are not yet part of the hospital routine (voriconazole and caspofungin). It was determined the proteolytic activity qualitative and quantitative of Sap and metabolic activity of isolates of C. albicans and Candida non-albicans grown in the presence and absence of subinhibitory concentrations of fluconazole and amphotericin B. Was established the correlation between the tests and, finally, the expression of the SAP2 gene in C. albicans ATCC 64548 and C. krusei ATCC 6258 was evaluated. 100% of the isolates were susceptible to amphotericin B, voriconazole and caspofungin and 89.9% to fluconazole. Two isolates (7.4%) showed susceptibility dose dependent and one (3.7%) showed resistance to fluconazole. In the qualitative analysis of proteolytic activity, 77.7% of the isolates showed activity. The most isolates of C. albicans (50%) and Candida non-albicans (32%) had moderate proteolytic activity. The addition of fluconazole to culture did not promote significant changes in the proteolytic activity of the isolates patterns, while amphotericin B inhibited the growth of C. glabrata ATCC 90030 and C. krusei ATCC 6258. In quantitative analysis, all isolates were active, being that the highest activity was observed in Candida complex “psilosis” 210 (100%) and the lowest in C. albicans 257 (2.44%). The most of the C. albicans isolates (50%) were classified as weakly proteolytic, while Candida non-albicans (53%) as moderately proteolytic. The presence of antifungals in the culture significantly changed the percentage of substrate degradation of the most of isolates. The greatest difference of percentage was observed in C. lusitaniae 286, which in the presence of ¼ IC90 of amphotericin B increased 13.7x regarding to absence of the drug. The quantitative method of determining the proteolytic activity presented greater sensitivity. 63% of the isolates of Candida albicans showed high metabolic activity and 68% of Candida non-albicans had moderate activity. The higher metabolic activity was observed in C. albicans 120 (61.72%) and lowest in C krusei ATCC 6258 (2.35%). The metabolic activity of the most of the isolates was significantly altered. The major difference of percentages was observed in Candida complex “psilosis” 210, which in the presence of ½ IC50 of fluconazole showed reduction of 8x in the metabolic activity regarding to absence of the drug. There was expression of SAP2 only in C. albicans ATCC 64548, which was significantly reduced in the presence of ¼ IC90 of amphotericin B. The Sap activity may be considered a potential factor associated to virulence, once that the isolate that showed the greatest activity showed susceptibility reduced. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES

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