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O oral/falado e o letrado/escrito : um olhar para as grafias das vogais pretônicas /

Reis, Marilia Costa. January 2011 (has links)
Orientador: Luciani Ester Tenani / Banca: Manoel Luiz Gonçalves Corrêa / Banca: Raquel Salek Fiad / Resumo: Disserta-se, neste trabalho, a respeito da relação entre as práticas sociais do oral/falado e do letrado/escrito, tomando como ponto de observação as grafias não-convencionais das vogais pretônicas, como "enfância" e "pidido", em textos escritos de estudantes da quinta série (do Ensino Fundamental de oito anos). Na análise realizada, foram encontradas algumas tendências linguísticas das grafias não-convencionais, bem como algumas pistas, deixadas pelo sujeito, de sua representação da escrita. Tal análise partiu da noção da heterogeneidade da escrita, segundo a qual a escrita é considerada uma prática social, heterogeneamente constituída pelo trânsito do sujeito entre práticas sociais do oral/falado e do letrado/escrito (CORRÊA, 2004). Essa consideração levou-nos, também, a assumir a heterogeneidade da ortografia, que se dá a partir das relações (não-biunívocas) que as letras da escrita alfabética mantêm com os sons da fala. Quanto às grafias não-convencionais, concluímos que são resultado da percepção, por parte dos escreventes, dessas relações que as letras estabelecem com os sons: as grafias não-convencionais por transcrição fonética, como resultado da percepção da relação que o alfabeto mantém com o fonético-fonológico da língua; as grafias por hipercorreção, como resultado da percepção da não-biunivocidade entre letras e sons. No decorrer da análise, observou-se que, tanto as grafias por transcrição fonética quanto as por hipercorreção podem estabelecer relação com o fenômeno de alçamento na fala - que se refere à realização de /e, o/ semelhante à de /i, u/, como em "[i]ngenheiro" e "p[i]dido". Da análise, conclui-se que as grafias não-convencionais são decorrentes da interpretação, por parte dos escreventes, de [i] e [u] de suas falas de dois modos: i)... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The present work is about the relationship between the oral/spoken and literate/written social practices. Our observation focus is the unconventional writings of pretonic vowels such as "enfância" (childhood) and "pidido" (request), in texts written by fifth graders (from the eight-year-Elementary School). In our analysis, some linguistic tendencies of unconventional writings and also some clues of the writing representations left by the subject were found. This analysis is based on the notion of writing heterogeneity by which the writing is considered a social practice built heterogeneously by the movement of the subject between oral/spoken and literate/written social practices (CORRÊA, 2004). This consideration also led us to assume the spelling heterogeneity that happens through the relations (non-biunivoc) that letters of alphabetic writing maintain with speech sounds. Considering the unconventional writing of pretonic vowels, we have concluded that they are results of the writers perceptions from the relations that letters have with sounds: the unconventional writing by phonetical transcription as a perception result that alphabet keeps with phonetic-phonological level of the language; the writing by hypercorrection, as a perception result to the non-biunivocity between letters and sounds. Through our analysis, we observed that not only the phonetic transcription writings but also the hypercorrection writings can establish relations with speech raising phenomenon, related to the use of /e, o/ similar to the use of /i, u/, such as "[i]ngenheiro" (engineer) and "p[i]dido" (request). From this analysis we could conclude that the unconventional writings are due to the interpretation made by the writers of their speech of [i] and [u] of two ways: i) as a raising vowel /i/ or /u/, writing <i> or <u>, what led to the phonetic transcription, such as in "pidido" (request) ...(Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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As vogais médias tônicas: um estudo contrastivo da metafonia com base em corpus

Oliveira, Kênia de Souza 28 June 2016 (has links)
Esta pesquisa analisa as vogais médias tônicas anteriores [ε] e [e] e posteriores [ɔ] e [o], em formas nominais e verbais na 1ª pessoa do singular e na 3ª pessoa do singular e do plural no presente do indicativo, especificamente, o processo de metafonia das vogais médias /e/ e /o/, as quais se assimilam em /ε/ e /ᴐ/ em posição tônica. Os objetivos gerais desta investigação são descrever e quantificar a ocorrência de metafonia e, posteriormente, analisar em quais palavras há regularidade ou não. Como objetivos específicos têm-se: i) compilar e etiquetar um corpus oral, espontâneo, sincrônico e regional, a partir de programas de rádio produzidos na cidade de Ituiutaba, Minas Gerais; ii) descrever as características do corpus a ser compilado; iii) investigar a alternância do timbre das vogais médias em posição tônica; iv) identificar ocorrências de metafonia nominal e verbal das vogais médias em posição tônica; v) descrever os casos de metafonia nominal e verbal identificados; vi) analisar as prováveis causas para a variação das vogais médias. Para a realização da análise proposta, adotamos como base teórico-metodológica modelos multi-representacionais: a Fonologia de Uso (BYBEE, 2001) e a Teoria de Exemplares (PIERREHUMBERT, 2001), aliados aos preceitos da Linguística de Corpus (BEBER SARDINHA, 2004). O corpus está constituído de 16 programas radiofônicos – oito políticos e oito religiosos – produzidos na cidade de Ituiutaba-MG, com gravações de aproximadamente 20 a 40 minutos cada programa. Constatamos, por meio dos dados gerados pelo programa WordSmith Tools®, versão 6.0 (SCOTT, 2012), que as formas analisadas apresentam pouca variação, o que mostra que a metafonia é um processo já lexicalizado para os participantes dos programas radiofônicos analisados. Concluímos que os resultados convergem com a proposta da Fonologia de Uso (BYBEE, 2001; PHILLIPS, 1984) de que as palavras menos frequentes, que não têm ambiente fonético propício a mudanças, são alteradas primeiramente. / This research analyzes the average previous stressed vowels [ε] and [e] and later [ɔ] and [o] in nominal and verbal forms in the 1st person singular and 3rd person singular and plural in the present tense, specifically the umlaut process of mid vowels /e/ and /o/, which assimilate in /ε/ and /ᴐ/ in stressed position. The general objective of this research is to describe and quantify the occurrence of umlaut and subsequently analyze in which words there is regularity or not. As specific objectives we have: i) to compile and to label an oral, spontaneous, synchronic and regional corpus, from radio programs produced in the city of Ituiutaba, Minas Gerais; ii) to describe the characteristics of the corpus to be compiled; iii) to investigate the alternating timbre of mid vowels in stressed position; iv) to identify instances of nominal and verbal umlaut of the middle vowels in stressed position; v) to describe the identified cases of nominal and verbal umlaut; vi) to analyze the probable causes for the variation of the middle vowels. To perform the proposed analysis, we have adopted as a theoretical-methodological basis multi-representational models: Phonology of Use (BYBEE, 2001) and Exemplar Theory (PIERREHUMBERT, 2001) combined with the precepts of Corpus Linguistics (BEBER SARDINHA, 2004). The corpus consisted of 16 radio programs – eight political and eight religious – from the city of Ituiutaba-MG, with recordings of about 20 to 40 minutes. We note, by means of the results generated by WordSmith Tools® software, version 6.0 (SCOTT, 2012), that the analyzed forms show little variation, which shows that the umlaut is a process already lexicalized in participants of the radio programs analyzed. We conclude that the results converge with the proposal of the Phonology of Use (BYBEE, 2001; PHILLIPS, 1984) that less frequent words that have no phonetic environment conducive to change, are changed first. / Dissertação (Mestrado)
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A nasalidade no dialeto quilombola do Norte de Minas: uma análise contrastiva baseada em corpus

Silva, Wagner Cassiano da 27 June 2016 (has links)
Esta pesquisa investigou a nasalidade de vogais na fala espontânea de moradores das comunidades quilombolas de Brejo dos Crioulos e Poções (MG). Como aporte teórico, baseou-se nos pressupostos da Fonética e Fonologia, em estudiosos renomados na investigação da nasalidade (CAGLIARI, 1977; CÂMARA JR., 1984, 2013; BISOL, 2013; ABAURRE; PAGOTTO, 1996; SILVA, 2015), com subsídios da Linguística de Corpus. Seu objetivo geral foi investigar a ocorrência da nasalidade, no dialeto dessas comunidades quilombolas, e seu comportamento linguístico, considerando os fatores linguísticos que podem no fenômeno interferir. Especificamente, objetivou-se a) detectar a ocorrência de vogais nasalizadas com auxílio dos recursos que provê a Linguística de Corpus (Praat e WorldSmith Tolls); b) discriminar os diferentes tipos de contextos de ocorrência das vogais nasalizadas; c) fazer análises quantitativa e qualitativa das vogais nasalizadas no corpus de estudo; d) descrever e analisar o comportamento das vogais nasalizadas e; e) contrastar os valores de F1 e F2 das vogais orais e nasalizadas. Hipotetizou-se que a nasalidade acontece por ser condicionada pelo segmento nasal seguinte à vogal nasalizada – processo fonológico de “assimilação” –, sua posição quanto ao acento primário e categoria gramatical. Acreditou-se que as comunidades quilombolas de Brejo dos Crioulos e Poções produzem em suas falas vogais nasalizadas e que esse fenômeno linguístico é favorecido pela presença adjacente de consoantes ou vogais nasais. Além disso, foi hipotetizado que os valores dos F1 e F2 das vogais orais e nasalizadas nessas comunidades são distintos. Elaboraram-se as seguintes perguntas de pesquisa: (i) a presença de vogais nasalizadas na fala nessas comunidades quilombolas está condicionada à presença de um segmento sonoro nasal? (ii) o segmento sonoro nasal seguinte à vogal nasalizada favorece a ocorrência do fenômeno da nasalidade? há diferença entre os valores de F1 e F2 das vogais orais e nasalizadas nas duas comunidades quilombolas consideradas? Para compor o nosso corpus, utilizaram-se gravações de 24 entrevistas (12 locutores femininos e 12 locutores masculinos), num total de 24 participantes. Verificou-se que o segmento sonoro nasal seguinte tende a condicionar a vogal nasalizada. Geralmente, assimila-se o abaixamento do véu palatino de segmento consonantal nasal imediatamente seguinte, mas há casos de segmento vocálico nasal – assimilação regressiva; a sílaba tônica tende a favorecer a nasalidade, mas ela ocorre em posição pretônica e postônica também; os valores de F1 e F2 das vogais orais e nasalizadas nas comunidades quilombolas de Poções e Brejo dos Crioulos são distintos: o Grupo de Brejo dos Crioulos tende a produzir o F1 das vogais orais e nasalizadas mais abaixado do que o Grupo de Poções e o F2, mais anteriorizado. A nasalidade tende a ocorrer em verbos e substantivos, apesar de não ser específica a uma categoria gramatical. Esta pesquisa apontou casos de nasalização espúria, confirmando pesquisas já realizadas. Por sua vez, revelou casos de itens lexicais com contexto favorável à nasalização, mas com sua não ocorrência. Este último caso, tido como de abaixamento do véu palatino uniforme no Português Brasileiro, apresentou vogais pronunciadas sem o abaixamento do véu palatino. Ou seja, detectou-se variação no fenômeno de nasalização no Português Brasileiro. Com este trabalho, promoveu-se a discussão sobre a nasalidade, com o intuito de contribuir com os estudos linguísticos sobre o funcionamento do Português Brasileiro neste contexto geográfico. / This research investigated the nasality of vowels in the spontaneous speech of inhabitants of the quilombola communities of Brejo dos Crioulos and Poções (MG). As a theoretical framework, we based on the assumptions of Phonetics and Phonology, in renowned scholars on the investigation of nasality (CAGLIARI, 1977; CÂMARA JR., 1984, 2013; BISOL, 2013; ABAURRE; PAGOTTO, 1996; SILVA, 2015), with subsidies of the Corpus Linguistics. Its general goal was to investigate the occurrence of nasality, in the dialect of these quilombola communities, and their linguistic behavior, considering the linguistic factors that can interfere in the phenomenon. Specifically it was aimed to a) detect the occurrence of nasalized vowels with the help of the resources that the Corpus Linguistics provides (Praat and WorldSmith Tolls); b) discriminate the different types of occurring contexts of nasalized vowels; c) make quantitative and qualitative analyzes of the nasalized vowels in the study corpus; d) describe and analyze the behavior of nasalized vowels and; e) contrast the values of F1 and F2 of the oral and nasalized vowels. It was hypothesized that the nasality happens because it is conditioned by the nasal segment following the nasalized vowel - phonological process of “assimilation” - its position as the primary stress and grammatical category. It was believed that the quilombolas communities of Brejo dos Crioulos and Poções produce nasalized vowels in their speech and this linguistic phenomenon is favored by the adjacent presence of consonants or nasal vowels. Furthermore, it was hypothesized that the values of F1 and F2 of oral and nasalized vowels in these communities are distinct. The following research questions were elaborated: (i) is the presence of nasalized vowels in the speech of these quilombola communities conditioned to the presence of a nasal sound segment? (ii) does the nasal sound segment following the nasalized vowel favor the occurrence of the nasality phenomenon? is there a difference between the values of F1 and F2 of the oral and nasalized vowels in both quilombola communities considered? To compose our corpus, 24 interviews recordings were used (12 female speakers and 12 male speakers), a total of 24 participants. It was found that the following nasal sound segment tends to condition the nasalized vowel. In general, it assimilates the lowering of the soft palate of nasal consonant segment immediately following, but there are cases of nasal vowel segment - regressive assimilation; the stressed syllable tends to favor the nasality, but it occurs in pretonic and postonic position as well; F1 and F2 values of oral and nasalized vowels in the quilombola communities of Poções and Brejo dos Crioulos are distinct: the group of Brejo dos Crioulos tends to produce the F1 of oral and nasalized vowels more lowered than the group of Poções and the F2, in a more anterior position. The nasality tends to occur in verbs and nouns, although it is not specific to a grammatical category. This research found cases of spurious nasalization, confirming previous studies. In turn, it revealed cases of lexical items with favorable context for nasalization, but with its non-occurrence. This last case, considered as the lowering of the uniform soft palate in PB, presented pronounced vowels without the soft palate lowering. That is, it was detected variation in the phenomenon of nasalization in PB. With this work, it was promoted the discussion about nasality, in order to contribute to the linguistic studies about the functioning of Brazilian Portuguese in this geographical context. / Dissertação (Mestrado)
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O não-alçamento das vogais médias na fala de Curitiba sob a perspectiva da sociolinguística quantitativa

Limeira, Larissa Roberta January 2013 (has links)
Este trabalho se propõe a estudar o comportamento das vogais médias /e/ e /o/, em pauta pretônica, postônica e nos clíticos, na fala de uma amostra dos habitantes de Curitiba, usando como base a teoria da sociolinguística quantitativa, desenvolvida por Labov. O fenômeno de alçamento das vogais médias é bastante estudado na variação linguística do português brasileiro e o interesse em investigar esse comportamento na cidade de Curitiba é justificado pelo baixo índice de aplicação da elevação nos informantes dessa cidade, observada em estudos como os de Vieira (2002 e 2009). Esses estudos mostram que em Curitiba, os falantes contrariam uma tendência de variação linguística identificada e categorizada nas demais cidades do Brasil. A reduzida aplicação da regra variável de elevação das vogais médias átonas postônicas na comunidade de fala de Curitiba, distingue-a das demais capitais da região sul e a aproxima de algumas cidades do interior do Rio Grande do Sul. No trabalho de Schwindt (1995), Curitiba também recebe destaque por apresentar valores diferenciados das demais capitais da região Sul do Brasil, em relação à harmonia vocálica. Acreditamos que esse comportamento esteja motivado por fatores sociolinguísticos daquela comunidade; nesse sentido, nossa análise observa fatores tais como escolaridade, sexo e/ou idade. O trabalho é uma análise separada do comportamento variável das vogais médias em três contextos distintos: na posição pretônica (pedido, entende, moinho, domingo, expresso, etc...); nos clíticos (que, se, do, com); e na posição postônica (porque, vinte, exatamente, sabe, quanto, mendigo, expresso, exato). Diferentemente de outras análises do comportamento variável das vogais médias, a nossa análise foca a não elevação das vogais médias em contextos em que a elevação poderia ser esperada. Para essa pesquisa foram levantadas todas as ocorrências de vogais médias de 12 informantes do banco do projeto VARSUL (Variação Linguística Urbana na Região Sul do Brasil). Para que fosse construída uma amostragem equilibrada, que permitisse investigar a influência das variáveis sociais no comportamento linguístico, privilegiou-se a seleção de igual número de informantes, no que concerne à categorização por sexo e faixa etária, porém, quanto ao fator escolaridade, a amostra contém uma pequena diferença de números de informantes no ensino fundamental e no ensino médio. A análise baseia-se nos pressupostos teóricos e metodológicos da Teoria da Variação, modelo teórico também conhecido por Sociolinguística Quantitativa, desenvolvido por Labov e colaboradores, que postula a sistematicidade dos fenômenos variáveis bem como a existência de uma relação entre as variantes linguísticas e a comunidade de fala. Baseado em resultados de levantamentos anteriores, este trabalho analisou, de forma oitiva, o percentual de não alçamento das vogais médias pretônicas, postônicas e nos clíticos. Constatamos que este percentual é diferente, as taxas de não alçamento das vogais médias são maiores nas postônicas e nos clíticos do que nas pretônicas. Associamos estas diferenças ao papel de condicionantes linguísticos, por exemplo, a ocorrência de harmonia vocálica nas vogais pretônicas. Constatamos também que os fatores extralinguísticos, como idade, sexo e escolaridade são importantes condicionadores da variação tanto em clíticos, quanto nas pretônicas e postônicas. Os percentuais de preservação das vogais médias pretônicas em nossa análise são maiores na vogal o do que na vogal e nas pret nicas e nos cl ticos mas n o nas postônicas, nas quais a vogal /e/ favorece mais a não elevação. Nas postônicas, a vogal /e/ é responsável por 70% de não elevação, contra 62% da vogal /o/, demonstrando que a preservação das vogais médias nessa posição é maior do que em pretônicas e em clíticos. Nestes últimos, os percentuais não diferem tanto entre /e/ e /o/ e esses valores permitem inferir que, nessa comunidade de fala, diferente do que foi observado em análises de outras localidades, os clíticos não apresentam tendência de elevação. Observamos também que os informantes apresentam um comportamento sistemático, no sentido de que aqueles que elevam menos o fazem em todos os contextos e aqueles que elevam mais também o fazem em todos os contextos, o que mostra que há um denominador comum por trás de processos considerados de distinta natureza. / This dissertation addresses the behavior of the mid-vowels / e / and /o/ in the pretonic, postonic and clitics position in the speech of the inhabitants of Curitiba, based on the quantitative sociolinguistic theory developed by Labov. The mid-vowel raising phenomenon has been studied extensively in Brazilian Portuguese, and the interest to investigate the behavior in the city of Curitiba is justified by the low rising rate of the informants of that community, observed by Vieira (2002 and 2009) and Schwindt (1995). The studies have shown that in Curitiba, the speakers contradict a trend of linguistic variation identified and classified in other cities in Brazil. The low or null application of this variable rule, particularly in the speech communities of Curitiba and some towns in the countryside of Rio Grande do Sul, may be an indication that this behavior has been motivated by sociolinguistic factors such as geographic location, education, gender and / or age. The study is an analysis of the variable behavior of the mid-vowels in words such as: pedido, entende, moinho, domingo, expresso, etc...; clitics (que, se, do, com). It aims to understand which conditioning factors (social and linguistic variables) are part of this phenomenon. For this research all mid-vowel occurrences of 12 informants from Projeto VARSUL Data Bank (Variação Linguística do Sul do Brasil) have been taken into consideration. In order to build a balanced sample, which allows us to investigate the influence of social variables in linguistic behavior, we focused on the selection of an equal number of respondents, who were categorized by sex, age and education. The theoretical model used to explain the phenomenon studied was the Theory of Variation, also known as Quantitative Sociolinguistics, developed by Labov and colleagues, which postulates the existence of a relationship between the variants and the speech community. Based on results from previous surveys, this study examined the percentage of non uprising of the middle unstressed vowels, postonics and clitics. We note that this percentage is different, rates of non uprising of mid vowels are higher in postonics and clitics than in unstressed. These differences associate constraints to the role of language, for example, the occurrence of unstressed vowel harmony vowel. We also note that extralinguistic factors such as age, gender and education are important conditioners of the variation in both clitics, as in unstressed and postonics. The percentage of preserving middle unstressed vowels in our analysis are higher in the vowels /o/, than in vowels /e/ in unstressed and clitics, but not in postonics, in which the vowel / e / favors more the lack of elevation. In postonics, the vowel /e/ is responsible for 70% of non rise, against 62% of the vowel / o /, demonstrating that the preservation medium of the vowels in this position is greater than in unstressed and clitics. In the latter, the percentages do not differ much between /e/ and /o/ and these values allow us to infer that in this speech community, unlike what was observed in analyzes of other locations, clitics do not show a tendency to increase. We also noticed that the informants present a systematic behavior, in the sense that those who make the least amount in all contexts and those that raise more do as well in all contexts, which shows that there is a common denominator behind the processes considered of different nature.
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O alçamento das vogais médias pretônicas na fala de São José do Norte/RS : harmonia vocálica

Silva, Márcia Eliane da January 2012 (has links)
Este trabalho ocupa-se da investigação do fenômeno variável da Harmonia Vocálica na fala da comunidade gaúcha de São José do Norte, baseado na metodologia quantitativa nos moldes da teoria variacionsta laboviano (1966). O fenômeno citado é o alçamento (elevação) das vogais médias /e, o/ em pauta pretônica, transformando-as em [i, u] respectivamente quando seguidas de vogal alta em sílaba subsequente. A pesquisa pretende contribuir para descrever as características desse fenômeno no português do Brasil; pois trata-se de uma amostra ainda não analisada no que se refere à Harmonia Vocálica Os dados vêm da amostra coletada por Amaral (2000) com falantes da comunidade rural e urbana daquele municipio, localizado na porção litorânea situada entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico, a 8 km do município de Rio Grande e a 51 km de Pelotas. O isolamento a que a região ficou submetida, por razões de dificuldade de acesso, e a dedicacão a atividades tradicionais, tais como a pesca e a plantação de cebola, tornam a região interessante à pesquisa de cunho sociolinguístico e dialetológico. Os condicionadores linguísticos e extralinguísticos considerados na nossa pesquisa têm como referência os estudos de Bisol (1981) e Schwindt (1995, 2002). A amostra constitui-se de 24 informantes do corpus do referido município (Amaral, 2002) que faz atualmente parte do Projeto Variação Linguística do Sul do país (VARSUL). O estudo resultou um corpus de 1.787 dados, sendo 986 dados para /e/ e 801 para /o/. A análise pelo Programa GOLVARB (2001) mostrou que a taxa de aplicação da elevação, para /e/ foi de 41% e de 43% para /o/. A pesquisa viabilizou, no âmbito extralinguístico, constatar que no caso da vogal /o/ houve correlação entre idade do informante e elevação da vogal; contudo, como as demais variáveis sociais não se mostraram significativas, não é possível falar em uma mudança em curso. Do ponto de vista linguístico, os condicionadores principais são, entre outros, a presença de uma vogal alta em sílaba subsequente e a tonicidade da vogal. Necessita-se de uma análise mais acurada, futuramente, de aspectos que podem nos fornecer uma interpretação mais segura desta variável. / This work deals with the variable phenomenon of Vowel Harmony (Bisol, 1981) in the community of São José do Norte/RS, in Brazil, based on quantitative methodology along the lines of the the labovian variationist theory (Labov, 1966). The phenomenon is known as the raising of the mid vowels /e/ and /o/, in pretonic context, turning them into [i, u] when followed by a high vowel in subsequent syllable. The research aims to contribute to describe the characteristics of this phenomenon in Portuguese in Brazil, because it is not yet a sample analyzed with regard to vowel harmony The data comes from samples collected by Amaral (2000) with speakers of the rural and urban that district, located in the coastal portion between the Patos Lagoon and the Atlantic Ocean, 8 km from the of Rio Grande and 51 km from Pelotas. The isolation of the region was subjected, for reasons of difficulty of access, and dedication to traditional activities such as fishing and planting onions, make the region attractive for sociolinguistic research projects and dialetologic. The linguistic and extralinguistic conditioners considered in our research have had as reference the studies by Bisol (1981) and Schwindt (1995, 2002). The sample consisted of 24 informants selected from the interviews collected by Amaral (2002) which corpus is now part of the Projeto Variação Linguística do Sul (Project Language Variation in the South -VARSUL). The study resulted in a corpus of 1787 tokens, being 986 for /e/ and 801 for /o/. The analysis by GOLVARB 2001 Software showed that the rate of rising was of 41% for /e/, and of 43% for /o/. The analysis showed that, concerning extralinguistic conditions, there is correlation between rising and the age of the informant, but only for the raising of the vowel /o/; however, since other social variables where not observed to have a significant role in vowel raising, we are not able to state that there is an ongoing change. From the linguistic point of view, the main conditioners are a high vowel in subsequent syllable and stress on this high vowel.
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O alçamento das vogais médias pretônicas na fala de São José do Norte/RS : harmonia vocálica

Silva, Márcia Eliane da January 2012 (has links)
Este trabalho ocupa-se da investigação do fenômeno variável da Harmonia Vocálica na fala da comunidade gaúcha de São José do Norte, baseado na metodologia quantitativa nos moldes da teoria variacionsta laboviano (1966). O fenômeno citado é o alçamento (elevação) das vogais médias /e, o/ em pauta pretônica, transformando-as em [i, u] respectivamente quando seguidas de vogal alta em sílaba subsequente. A pesquisa pretende contribuir para descrever as características desse fenômeno no português do Brasil; pois trata-se de uma amostra ainda não analisada no que se refere à Harmonia Vocálica Os dados vêm da amostra coletada por Amaral (2000) com falantes da comunidade rural e urbana daquele municipio, localizado na porção litorânea situada entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico, a 8 km do município de Rio Grande e a 51 km de Pelotas. O isolamento a que a região ficou submetida, por razões de dificuldade de acesso, e a dedicacão a atividades tradicionais, tais como a pesca e a plantação de cebola, tornam a região interessante à pesquisa de cunho sociolinguístico e dialetológico. Os condicionadores linguísticos e extralinguísticos considerados na nossa pesquisa têm como referência os estudos de Bisol (1981) e Schwindt (1995, 2002). A amostra constitui-se de 24 informantes do corpus do referido município (Amaral, 2002) que faz atualmente parte do Projeto Variação Linguística do Sul do país (VARSUL). O estudo resultou um corpus de 1.787 dados, sendo 986 dados para /e/ e 801 para /o/. A análise pelo Programa GOLVARB (2001) mostrou que a taxa de aplicação da elevação, para /e/ foi de 41% e de 43% para /o/. A pesquisa viabilizou, no âmbito extralinguístico, constatar que no caso da vogal /o/ houve correlação entre idade do informante e elevação da vogal; contudo, como as demais variáveis sociais não se mostraram significativas, não é possível falar em uma mudança em curso. Do ponto de vista linguístico, os condicionadores principais são, entre outros, a presença de uma vogal alta em sílaba subsequente e a tonicidade da vogal. Necessita-se de uma análise mais acurada, futuramente, de aspectos que podem nos fornecer uma interpretação mais segura desta variável. / This work deals with the variable phenomenon of Vowel Harmony (Bisol, 1981) in the community of São José do Norte/RS, in Brazil, based on quantitative methodology along the lines of the the labovian variationist theory (Labov, 1966). The phenomenon is known as the raising of the mid vowels /e/ and /o/, in pretonic context, turning them into [i, u] when followed by a high vowel in subsequent syllable. The research aims to contribute to describe the characteristics of this phenomenon in Portuguese in Brazil, because it is not yet a sample analyzed with regard to vowel harmony The data comes from samples collected by Amaral (2000) with speakers of the rural and urban that district, located in the coastal portion between the Patos Lagoon and the Atlantic Ocean, 8 km from the of Rio Grande and 51 km from Pelotas. The isolation of the region was subjected, for reasons of difficulty of access, and dedication to traditional activities such as fishing and planting onions, make the region attractive for sociolinguistic research projects and dialetologic. The linguistic and extralinguistic conditioners considered in our research have had as reference the studies by Bisol (1981) and Schwindt (1995, 2002). The sample consisted of 24 informants selected from the interviews collected by Amaral (2002) which corpus is now part of the Projeto Variação Linguística do Sul (Project Language Variation in the South -VARSUL). The study resulted in a corpus of 1787 tokens, being 986 for /e/ and 801 for /o/. The analysis by GOLVARB 2001 Software showed that the rate of rising was of 41% for /e/, and of 43% for /o/. The analysis showed that, concerning extralinguistic conditions, there is correlation between rising and the age of the informant, but only for the raising of the vowel /o/; however, since other social variables where not observed to have a significant role in vowel raising, we are not able to state that there is an ongoing change. From the linguistic point of view, the main conditioners are a high vowel in subsequent syllable and stress on this high vowel.
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O não-alçamento das vogais médias na fala de Curitiba sob a perspectiva da sociolinguística quantitativa

Limeira, Larissa Roberta January 2013 (has links)
Este trabalho se propõe a estudar o comportamento das vogais médias /e/ e /o/, em pauta pretônica, postônica e nos clíticos, na fala de uma amostra dos habitantes de Curitiba, usando como base a teoria da sociolinguística quantitativa, desenvolvida por Labov. O fenômeno de alçamento das vogais médias é bastante estudado na variação linguística do português brasileiro e o interesse em investigar esse comportamento na cidade de Curitiba é justificado pelo baixo índice de aplicação da elevação nos informantes dessa cidade, observada em estudos como os de Vieira (2002 e 2009). Esses estudos mostram que em Curitiba, os falantes contrariam uma tendência de variação linguística identificada e categorizada nas demais cidades do Brasil. A reduzida aplicação da regra variável de elevação das vogais médias átonas postônicas na comunidade de fala de Curitiba, distingue-a das demais capitais da região sul e a aproxima de algumas cidades do interior do Rio Grande do Sul. No trabalho de Schwindt (1995), Curitiba também recebe destaque por apresentar valores diferenciados das demais capitais da região Sul do Brasil, em relação à harmonia vocálica. Acreditamos que esse comportamento esteja motivado por fatores sociolinguísticos daquela comunidade; nesse sentido, nossa análise observa fatores tais como escolaridade, sexo e/ou idade. O trabalho é uma análise separada do comportamento variável das vogais médias em três contextos distintos: na posição pretônica (pedido, entende, moinho, domingo, expresso, etc...); nos clíticos (que, se, do, com); e na posição postônica (porque, vinte, exatamente, sabe, quanto, mendigo, expresso, exato). Diferentemente de outras análises do comportamento variável das vogais médias, a nossa análise foca a não elevação das vogais médias em contextos em que a elevação poderia ser esperada. Para essa pesquisa foram levantadas todas as ocorrências de vogais médias de 12 informantes do banco do projeto VARSUL (Variação Linguística Urbana na Região Sul do Brasil). Para que fosse construída uma amostragem equilibrada, que permitisse investigar a influência das variáveis sociais no comportamento linguístico, privilegiou-se a seleção de igual número de informantes, no que concerne à categorização por sexo e faixa etária, porém, quanto ao fator escolaridade, a amostra contém uma pequena diferença de números de informantes no ensino fundamental e no ensino médio. A análise baseia-se nos pressupostos teóricos e metodológicos da Teoria da Variação, modelo teórico também conhecido por Sociolinguística Quantitativa, desenvolvido por Labov e colaboradores, que postula a sistematicidade dos fenômenos variáveis bem como a existência de uma relação entre as variantes linguísticas e a comunidade de fala. Baseado em resultados de levantamentos anteriores, este trabalho analisou, de forma oitiva, o percentual de não alçamento das vogais médias pretônicas, postônicas e nos clíticos. Constatamos que este percentual é diferente, as taxas de não alçamento das vogais médias são maiores nas postônicas e nos clíticos do que nas pretônicas. Associamos estas diferenças ao papel de condicionantes linguísticos, por exemplo, a ocorrência de harmonia vocálica nas vogais pretônicas. Constatamos também que os fatores extralinguísticos, como idade, sexo e escolaridade são importantes condicionadores da variação tanto em clíticos, quanto nas pretônicas e postônicas. Os percentuais de preservação das vogais médias pretônicas em nossa análise são maiores na vogal o do que na vogal e nas pret nicas e nos cl ticos mas n o nas postônicas, nas quais a vogal /e/ favorece mais a não elevação. Nas postônicas, a vogal /e/ é responsável por 70% de não elevação, contra 62% da vogal /o/, demonstrando que a preservação das vogais médias nessa posição é maior do que em pretônicas e em clíticos. Nestes últimos, os percentuais não diferem tanto entre /e/ e /o/ e esses valores permitem inferir que, nessa comunidade de fala, diferente do que foi observado em análises de outras localidades, os clíticos não apresentam tendência de elevação. Observamos também que os informantes apresentam um comportamento sistemático, no sentido de que aqueles que elevam menos o fazem em todos os contextos e aqueles que elevam mais também o fazem em todos os contextos, o que mostra que há um denominador comum por trás de processos considerados de distinta natureza. / This dissertation addresses the behavior of the mid-vowels / e / and /o/ in the pretonic, postonic and clitics position in the speech of the inhabitants of Curitiba, based on the quantitative sociolinguistic theory developed by Labov. The mid-vowel raising phenomenon has been studied extensively in Brazilian Portuguese, and the interest to investigate the behavior in the city of Curitiba is justified by the low rising rate of the informants of that community, observed by Vieira (2002 and 2009) and Schwindt (1995). The studies have shown that in Curitiba, the speakers contradict a trend of linguistic variation identified and classified in other cities in Brazil. The low or null application of this variable rule, particularly in the speech communities of Curitiba and some towns in the countryside of Rio Grande do Sul, may be an indication that this behavior has been motivated by sociolinguistic factors such as geographic location, education, gender and / or age. The study is an analysis of the variable behavior of the mid-vowels in words such as: pedido, entende, moinho, domingo, expresso, etc...; clitics (que, se, do, com). It aims to understand which conditioning factors (social and linguistic variables) are part of this phenomenon. For this research all mid-vowel occurrences of 12 informants from Projeto VARSUL Data Bank (Variação Linguística do Sul do Brasil) have been taken into consideration. In order to build a balanced sample, which allows us to investigate the influence of social variables in linguistic behavior, we focused on the selection of an equal number of respondents, who were categorized by sex, age and education. The theoretical model used to explain the phenomenon studied was the Theory of Variation, also known as Quantitative Sociolinguistics, developed by Labov and colleagues, which postulates the existence of a relationship between the variants and the speech community. Based on results from previous surveys, this study examined the percentage of non uprising of the middle unstressed vowels, postonics and clitics. We note that this percentage is different, rates of non uprising of mid vowels are higher in postonics and clitics than in unstressed. These differences associate constraints to the role of language, for example, the occurrence of unstressed vowel harmony vowel. We also note that extralinguistic factors such as age, gender and education are important conditioners of the variation in both clitics, as in unstressed and postonics. The percentage of preserving middle unstressed vowels in our analysis are higher in the vowels /o/, than in vowels /e/ in unstressed and clitics, but not in postonics, in which the vowel / e / favors more the lack of elevation. In postonics, the vowel /e/ is responsible for 70% of non rise, against 62% of the vowel / o /, demonstrating that the preservation medium of the vowels in this position is greater than in unstressed and clitics. In the latter, the percentages do not differ much between /e/ and /o/ and these values allow us to infer that in this speech community, unlike what was observed in analyzes of other locations, clitics do not show a tendency to increase. We also noticed that the informants present a systematic behavior, in the sense that those who make the least amount in all contexts and those that raise more do as well in all contexts, which shows that there is a common denominator behind the processes considered of different nature.
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Implicações do estilo de fala da manchete noticiosa radiofonica sobre parametros acusticos vocalicos e prosodicos no portugues brasileiro

Arnold, Marcia Rafaela 26 August 2005 (has links)
Orientador: Eleonora Cavalcante Albano / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-06T17:06:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Arnold_MarciaRafaela_D.pdf: 1649484 bytes, checksum: 513dd5160ee4090c890bc41e49c4d0b9 (MD5) Previous issue date: 2005 / Resumo: A partir da reprodução experimental da situação de fala das manchetes que antecedem os noticiários radiofônicos, levada a efeito por três locutores profissionais, este estudo analisa a influência do estilo de fala sobre os quatro primeiros formantes, F1, F2, F3 e F4, e a duração das vogais canônicas do português brasileiro /a,e,_,i,o,_,u/, obtidas na posição tônica de palavra, e das vogais ortograficamente transcritas ¿e¿ e ¿o¿, obtidas na posição pretônica de palavra, verificando, ainda, em conjunto com o estilo, a influência das diferenças inter-vocálicas (variável vogal) e do falante (variável informante) sobre aqueles parâmetros acústicos. Em um conjunto à parte, formado apenas pelas vogais pretônicas ¿e¿ e ¿o¿, avalia, ainda, juntamente com as variáveis estilo, vogal e informante, o papel da localização dessas vogais na frase (variável contexto frasal) para a direção dos parâmetros vocálicos estudados. A reprodução da situação de fala característica das manchetes noticiosas foi feita com base em enunciados que, de imediato, remeteram os informantes à situação de fala almejada. Esses enunciados continham as palavras-veículo com as vogais a serem analisadas. Entretanto, para realçar melhor as peculiaridades do estilo manchete, criou-se, com base nos mesmos textos, uma situação de fala que procurou reduzir ao máximo a ênfase utilizada na leitura das manchetes, a que se denominou estilo neutro.Tendo em vista que os textos utilizados para eliciar os dois estilos de fala em questão foram os mesmos, pode-se dizer que a diferenciação entre ambos se deu principalmente através de parâmetros prosódicos. Por esse motivo, dedica-se uma pequena parte deste estudo à análise da influência do estilo sobre alguns parâmetros prosódicos: a duração total dos enunciados, a duração silábica média e a variação da freqüência fundamental (F0) média do falante, todas medidos ao longo dos enunciados. Os resultados obtidos com os parâmetros acústicos vocálicos mostram que F1 e F2 variam primordialmente em função das diferenças inter-vocálicas, mas apresentam, ainda, pequenos percentuais decorrentes de variação advinda do falante, e, no caso de F1, também um percentual, maior do que o do falante, referente ao estilo de fala. F1 apresenta, ainda, interação significativa entre vogal e estilo e F2 entre vogal e informante e entre vogal e estilo. O terceiro formante (F3) tem sua variabilidade distribuída de modo mais ou menos eqüitativo entre as diferenças decorrentes do falante, da vogal, do estilo, e também da interação entre vogal e falante. O quarto formante (F4) tem sua variabilidade explicada principalmente pelo falante, seguida de perto pela variabilidade decorrente da vogal. A duração é um parâmetro relativamente influenciado pelas diferenças inter-vocálicas, apresentando, ainda, diferença quanto ao estilo, e, em menor escala, quanto ao falante. Como o estilo é a variável motivadora deste trabalho, convém lembrar que, dos três parâmetros afetados pelo estilo, a duração foi o que apresentou, proporcionalmente ao seu conjunto de análise, o maior percentual de variação decorrente daquela variável. No âmbito prosódico, o estilo é responsável pela maior parte da variabilidade de F0, suplantando mesmo a variabilidade decorrente do falante, provocando diferença significativa também na duração total dos enunciados e na duração silábica média. Os papéis da duração e da abertura vocálica (F1) na caracterização do estilo de fala das manchetes dos noticiários são interpretados do ponto de vista de uma concepção dinâmica da fala, na qual a informação estilística e lingüística têm efeitos concorrentes sobre as variáveis do trato vocal / Abstract: This is an acoustic phonetic study of news broadcast reading of a controlled headline corpus by three professional speakers in a laboratory setting. F1, F2, F3 and F4 of the seven stressed vowels /a,e,_,i,o,_,u/ and of the two pre-stressed vowels /e/ e /o/ of Brazilian Portuguese (BP) were measured and statistically analyzed. The independent variables were style, vowel and speaker. A separate set focusing exclusively on the pre-stressed vowels /e/ and /o/ was also set up and analyzed according to the same design except for the inclusion of a new variable: sentence position, of which the levels were ¿initial¿ and ¿final¿. Considering tat the same texts were used for eliciting both styles and that their distinction was obtained through instructions which yielded consistent prosodic differences, a part of this study was devoted to the description of the parameters involved, namely: mean F0, mean syllable duration and mean total length. The analysis unit was the utterance.The speakers were also asked to read the same corpus in a style as neutral as possible. The results for formants analyzed separately show that F1 and F2 vary primarily as function of vowel quality, but also exhibit small percentages of speaker dependent variation, and, in the case of F1, a slightly greater percentage of variation due to speaking style. In addition, F1 presents significant interaction between vowel and style. As for F2, significant interactions hold for vowel and speaker, and vowel and style. The third formant (F3) has its variability distributed more uniformly among the effects of speaker, vowel, style; the interaction between vowel and speaker is also significant. The fourth formant (F4) has its variability explained mainly by the speaker, followed closely by vowel variability. Duration is relatively influenced by vowel quality; in addition, it displays effects related to style, and, to a lesser extent, to speaker. As style is the main independent variable of this work, it is worth pointing out that, among the three parameters affected by style, duration was the one that proportionally shows the greatest effect size. In the prosodic domain, style is responsible for the most part of F0 variability, and its effects are greater than those of speaker variability. These results are discussed in relation to previous acoustic analyses of the BP vowel space. The roles of duration and of vowel opening in characterizing the headline style in news broadcast reading are interpreted from the point of view of a speech dynamics conception where linguistic and stylistic information have concurrent effects on vocal tract variables / Doutorado / Fonetica e Fonologia / Doutor em Linguística
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Difficultés de prononciation et de perception de voyelles du français par des apprenants jordaniens / Pronunciation and perception difficulties of French vowels by Jordanian learners

Nawafleh, Ahmad 24 May 2012 (has links)
Cette étude s’inscrit dans le cadre de l’application des connaissances acquises grâce à des expériences de phonétique expérimentale à l’enseignement de la prononciation des voyelles dans le cadre du FLE. Les formants des voyelles orales françaises et arabes prononcées par des natifs indiquent que les voyelles /iː aː uː/ de l’arabe diffèrent phonétiquement des /i a u/ du français, en particulier /iː uː/ qui se rapprochent plutôt de /e o/ du français. L’étude acoustique des voyelles du français montre que la voyelle /u/ perd son identité quand elle est réalisée par des apprenants jordaniens : les formants de /u/ réalisée par des débutants sont proches de /ø/ et ceux par des apprenants avancés sont proches de /o/. Les études perceptives confirment que /u/ est confondue avec /o ø/ et indique que les apprenants réalisent seulement un timbre des paires: [e-ɛ], [ø-œ] et [o-ɔ] et qu’ils réussissent à reproduire et identifier /y/ et /ø/ pourtant absentes de leur système phonologique. En revanche, les voyelles nasales représentent, pour eux, une grosse difficulté. Ils les confondent entre elles et avec des voyelles orales. L’étude aérodynamique des voyelles /ɑ̃ ɛ̃ ɔ̃/ des apprenants jordaniens montrent qu’ils synchronisent différemment l’arrivée du débit d’air nasal et qu’ils répartissent différemment sa quantité sur les voyelles par rapport aux natifs. La mesure des formants au début des voyelles nasales montre que les apprenants ne possèdent pas les mêmes cibles articulatoires pour /ɑ̃ ɛ̃ ɔ̃/ que les natifs. Notre thèse s’achève par une réflexion portant sur des stratégies de correction phonétique, des propositions matérielles et techniques d’entraînement à la prononciation. / The dissertation deals with the application of knowledge acquired from experimental phonetics to the teaching of vowels pronunciation within the framework of French as a foreign language. The formants of French and Arabic oral vowels pronounced by natives indicate that Arabic vowels /iː aː uː/ differ phonetically from French /i a u/, in particular /iː uː/, which were realized more like /e o/ of French. The acoustic study of French vowels shows that the French /u/ loses its identity when it is produced by the Jordanian learners: The formants of /u/ realized by beginners are close to those of /ø/, and close to /o/ in the realization of advanced learners. The perceptive studies confirm that the learners merge /u/ with /ø o/ and reproduce only a single sound for the following pairs: /e-ɛ/, /ø-œ/ and /o-ɔ/ whereas they realize and identify correctly /y ø/ in spite of the absence of /y ø/ in their phonological system. By contrast, the nasal vowels /ɑ̃ ɛ̃ ɔ̃/ pose a serious problem for the learners. They are mutually merged and also confused with oral vowels. The aerodynamic study of French nasal vowels, pronounced by Jordanians learners indicates that they synchronize differently the onset of nasal airflow and distribute in different manner its quantity on the vowels with regard to the realization of natives. The formants measured at the beginning of /ɑ̃ ɛ̃ ɔ̃/ show that the learners do not have the same articulatory targets for the nasal vowels as the natives. The dissertation ends up with a reflection concerning strategies of phonetic correction, materials and technical propositions for pronunciation teaching
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Étude des voyelles antérieures non-arrondies en allemand, français et finnois, et applications en vue d'une didactique de la prononciation. / Study of the front non-rounded vowels in German, French and Finnish and applications in the perspective of pronunciation teaching

Ibarrondo, Ludovic 26 November 2013 (has links)
Cette thèse s’inscrit dans une réflexion sur les apports potentiels de la phonétique expérimentale à la didactique et à l’enseignement de la prononciation. Son objectif est d’examiner les préférences perceptives des locuteurs du finnois, de l’allemand et du français, pour les voyelles antérieures non-arrondies /i e ɛ/ ; et de prolonger cette démarche dans le cadre de l’enseignement de la prononciation du français, en s’interrogeant sur la nécessité de continuer à considérer le contraste existant entre les voyelles moyennes /e/ et /ɛ/. La première partie de ce travail dresse un portrait des trois langues concernées, et introduit les principales hypothèses de processus cognitifs impliqués dans la perception. La deuxième partie de ce travail aborde la perception des voyelles /i e ɛ/, à travers trois tests de perception permettant 1) de définir les prototypes privilégiés par chacune des populations, 2) de mesurer l’effet d’un aimant perceptif spécifique à la langue, et 3) d’évaluer l’importance accordée à l’abaissement de la mandibule pour le choix des exemplaires de chacune des catégories concernées. L’analyse d’un corpus de parole spontanée nous permet enfin d’examiner la robustesse du contraste /e/~/ɛ/, et de mesurer l’intérêt didactique d’enseigner la différenciation et l’acquisition du timbre ouvert et du timbre fermé de ces voyelles en français langue étrangère. La troisième partie de ce travail s’intéresse enfin à la place accordée à la phonétique dans l’enseignement des langues, et offre une revue des principales tendances méthodologiques qui ont contribué à sa diffusion. L’intérêt d’investir différents outils issus de la phonétique expérimentale, du support multimédia, ou de disciplines non-linguistiques, y est discuté. / This work has its place within the context of reflection on the potential input of experimental phonetics to pronunciation teaching. Its aim is to compare the perceptual preferences of native speakers of Finnish, German, and French, for the front non-rounded vowels /i e ɛ/ ; and to extend this approach to French pronunciation teaching, by analyzing the contrast between the middle vowels /e/ and /ɛ/. The first part of this dissertation presents a picture of the phonological systems and phonotactics of the three languages and recalls the main theories about the cognitive processes involved in the perception of phonetic categories. Based on this comparison, the second part examines the perception of the vowels /i e ɛ/. Three studies have been conducted, in order to 1) determine the category’s prototypes for the three populations studied, 2) measure the impact of a language-specific perceptual magnet [Kuhl, 1991], and 3) assess the involvement of mouth opening, to ensure the contrast between the categories in the three languages. The robustness of the contrast /e/~/ε/ through the acoustic analysis of 633 occurrences of /E/ in a spontaneous speech corpus by one French native speaker has been evaluated and the interest to systematically distinguish the sounds of these two vowels in French as a foreign language has been assessed. The diverse conditioning factors, as the trends highlighted in our corpus, are compared to a similar study carried out by Léon and Tennant [1990] on 100 occurrences of /E/ taken from television broadcasts of Bernard Pivot. The third part of this work finally deals with the place granted to phonetics in language teaching and provides a review of the main methodological tendencies which have contributed to its diffusion. The potential of applying different tools resulting from experimental phonetics research, multimedia or non-linguistic disciplines is also discussed.

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