Spelling suggestions: "subject:"adaptação para o cinema""
11 |
Cinema-literaturaAbes, Christian 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2009 / Made available in DSpace on 2012-10-24T08:39:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1
266553.pdf: 477684 bytes, checksum: 4d58b6537080c310384088bb78de1ebf (MD5) / O processo de adaptação cinematográfica permanece um grande tema de discussão entre os meios do cinema e da literatura. Palavras tais como "fidelidade" e "respeito" ainda parecem ser medidas para avaliar um filme adaptado de uma obra literária. No entanto, é preciso enxergar estas relações entre cinema e literatura com mais amplitude e menos essencialismo. As limitações implícitas da palavra "adaptação", do ponto de vista de quem pretende escrever um roteiro a partir de um texto literário, podem apontar para outros termos, tais como recriação, ou melhor ainda, transcriação, já que trata-se de um processo de criação de um universo a partir de outro, provocando um deslocamento de sentidos. É neste exato espaço de trânsito de significados e estruturas que pretendo inserir minha reflexão. Em um movimento teórico-prático, trabalharei com o conto As ruínas circulares de Jorge Luis Borges e o processo que envolve a produção de um curta-metragem que terá o texto do escritor argentino como ponto de partida. A meu ver, este trabalho propiciará uma maneira muito concreta de articular o "problema" da adaptação cinematográfica a partir da literatura. A produção prática junto à reflexão teórica tentará libertar-se do conceito de adaptação a partir da perspectiva da criatividade e do potencial do ato cinematográfico. Em suma, é necessário encontrar um gesto que permita transitar entre literatura e cinema sem mais sentimento de perda, mas sim de enriquecimento. / Le processus d'adaptation cinématographique demeure un thème sujet à controverses parmi les domaines du cinéma et de la littérature. Des termes tels que "fidélité" et "respect" restent encore un des mesures qui indiquent la qualité d'un film adapté d'une oeuvre littéraire. Néanmoins, il faut percevoir ces relations entre cinéma et littérature avec plus d'ampleur et moins d'essentialisme. Les limitations implicites du mot "adaptation", du point de vue de celui ou celle qui désire écrire un scénario à partir d'un livre, peuvent indiquer d'autres termes, comme recréation, ou bien encore, transcréation, puisqu'il s'agit d'un processus de création qui part d'un univers pour en créer un autre, engendrant un flux de significations. C'est dans cet espace exact de transit de sens et de structures que j'ai l'intention de situer ma réflexion. Dans un mouvement théorique-pratique, je prendrai comme objet de travail le conte Les ruines circulaires de Jorge Luis Borges et le processus comprend la réalisation d'un court-métrage qui aura le texte de l'écrivain argentin comme point de départ. Cette recherche mettra en évidence un exercice très concret d'articulation du "problème" de l'adaptation cinématographique. La réalisation pratique conjointe à la réflexion théorique tenteront de se libérer du concept d'adaptation à partir de la perspective de la créativité et du potenciel de l'acte cinématographique. Em somme, il faut trouver un geste qui permette un transit entre la littérature et le cinéma sans qu'il contienne un sentiment de perte, mais oui d'enrichissement.
|
12 |
"I' ll tell you a story that will make you believe" in narrativesBronislawski, Patricia January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Inglês: Estudos Linguísticos e Literários, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-09-29T04:07:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1
334497.pdf: 1304489 bytes, checksum: bcc2b094f54cc8ed0982b8715645e7d3 (MD5)
Previous issue date: 2015 / Recentes estudos propõem que adaptações cinematográficas sejam entendidas como fonte de criação, os quais refletem contextos e interpretações diferentes do texto em que são baseadas. Nessa dissertação, propõe-se uma análise comparativa do romance Life of Pi (2001), de Yann Martel e do filme homônimo dirigido por Ang Lee (2012). A análise tem como objetivo identificar a presença e o modo em que a metaficção é construída no romance e no filme, e quais são alguns significados produzidos por ela em ambos os textos, tanto o literário quanto o fílmico. A concepção de metafição se baseia nas definições de Linda Hutcheon e Patricia Waugh. Por metaficção, entende-se a ficção consciente de si, que expõe o processo de escrita ao leitor e o convida a ter um papel ativo na construção do significado. Após uma análise comparativa dos dois textos, conclui-se que a metaficção está presente em ambos, tanto tematicamente como estruturalmente. As reflexões sobre narrativas apresentadas pelos personagens, o uso de vários níveis narrativos e de intertextualidade revelam diferentes usos da metafição em ambos. A diferença mais importante entre o romance e o filme Life of Pi está no uso dos níveis narrativos. Enquanto o romance possui um ?autor? sem nome que apresenta a história aos leitores, o filme possui um diretor implícito que deixa pistas de qual versão da história de Pi é ?real? no contexto da narrativa. Essa diferença dá ao romance um final aberto, em que o leitor deve escolher qual versão da história ele acredita, enquanto o filme possui uma resolução para essa questão. O filme, então, pode ser entendido como um testemunho, uma narrativa de trauma de um sobrevivente de um naufrágio e da experiência de migração, enquanto o livro não apresenta uma decisão em relação às versões da história, deixando o leitor aberto a qualquer possibilidade.<br> / Abstract : Recent studies propose that Film Adaptations should be understood as sources of creation, which also reflect a different context and interpretation from the text upon which they were based. In this thesis, I propose a comparative analysis of the novel Life of Pi (2001), by Yann Martel, and the homonymous film directed by Ang Lee (2012). The analysis has the objective of identifying the presence and the way in which metafiction is constructed in the novel and in the film, and what are some of the meanings produced by it in both texts, the filmic and the literary. The concept of metafiction was based on the definitions by Linda Hutcheon and Patricia Waugh. It is understood as the self-conscious fictional text, which exposes the writing process to the readers and invites them to have an active role in the construction of meaning. In the comparative analyses of the two texts, I have proved that metafiction is present in the two texts, both thematically and structurally. The reflections of the characters on narrative itself as well as the use of different narrative levels and intertextual references reveal different uses of metanarrative in both film and novel. The most important difference between the novel and the film Life of Pi is in their uses of different narrative levels. While the novel has an unnamed =author? who presents the story to the readers, the film has an implicit director who leaves =clues? of which version of Pi?s story is ?real? in the context of the narrative. This difference gives to the novel an open end, facein which the readers must choose which version of the story they believe in, while the film presents a resolution to this question. The film, thus, can be understood as a testimony narrative, a narrative of the trauma of a survivor from a shipwreck and from the experience of migration, while the novel does not decide for one of the versions of the story, enabling a more inconclusive reading.
|
13 |
What hoave they done to Lolita?Aguero, Dolores Aronovich January 2005 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Letras/Inglês e Literatura Correspondente / Made available in DSpace on 2013-07-16T00:20:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
221040.pdf: 279366 bytes, checksum: 7a4576ad4871710991ce16dc771f4c7c (MD5) / Esta dissertação analisa como a ironia, uma característica tão forte no romance Lolita de Nabokov, é transposta para suas duas versões cinematográficas. Após enfrentar problemas com a censura da época, Stanley Kubrick entregou o seu Lolita cômico em 1962. Devido à difícil abordagem de abuso sexual infantil, Adrian Lyne também sofreu para encontrar um distribuidor para a sua versão de 1997. Seu filme é um drama com muito pouca ironia. Comparando como o narrador nada confiável do romance, Humbert Humbert, aparece em cada um dos dois filmes através da narração em off, este estudo chega à conclusão que
|
14 |
Subversive blood tiesMousinho, George Alexandre Ayres de Menezes January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Letras/Inglês e Literatura Correspondente, Florianópolis, 2013 / Made available in DSpace on 2013-07-16T21:16:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
316413.pdf: 3118322 bytes, checksum: 8dc028ee0e2a57f76f712d62530548e0 (MD5) / Esta dissertação consiste em investigar a construção do tema da decadência Gótica em Drácula de Bram Stoker e duas adaptações fílmicas do romance - Nosferatu, de Friedrich Wilhelm Murnau, e Drácula de Bram Stoker, de Francis Ford Coppola - tendo como centro da análise como três personagens - Drácula, Jonathan Harker e Mina Harker - se relacionam com tal tema. A decadência Gótica é um padrão literário do contexto fin-de-siècle da sociedade vitoriana inspirada pela crise social que acontecia na Inglaterra no fim do século XIX (Punter e Byron 39-40). Autores como Bram Stoker escreveram histórias que refletiam medos morais e sociais da sociedade vitoriana, retratando imagens de monstros que representavam a transgressão de fronteiras morais e sexuais estabelecidas pelas tradições vitorianas (Botting 88). Tendo tal discussão em mente, este estudo busca conectar a retratação de tal tema do romance às adaptações, também utilizando uma análise fílmica para identificar técnicas que destacam a representação do tema relacionado aos três personagens, finalmente ligando tal tema a crises e confusões sociais que aconteciam nos contextos de ambos os filmes.<br> / Abstract : The present dissertation consists of an investigation of the construction of the Gothic theme of decadence in Bram Stoker's Dracula and two film adaptations of the novel - Friedrich Wilhelm Murnau's Nosferatu and Francis Ford Coppola's Bram Stoker's Dracula - having as the centre of analysis how three characters - Dracula, Jonathan Harker and Mina Harker - relate to that theme. The Gothic decadence is a literary motif from the fin-de-siècle context of the Victorian Era inspired by the social crisis that took place in England in the late nineteenth century (Punter and Byron 39-40). Authors like Bram Stoker wrote stories that reflected moral and social fears of the Victorian society, depicting images of monsters that represented the crossing of moral and sexual boundaries established by the Victorian traditions (Botting 88). Bearing that discussion in mind, this study aims at connecting the portrayal of such a theme from novel to the two adaptations, also making use of a filmic analysis to identify techniques that highlight the depiction of the theme related to the three characters, ultimately linking such a thematic depiction to crises and social commotions that were taking place in both films' social contexts.
|
15 |
Helena MorleyReis, Daiane January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-05T22:55:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
320051.pdf: 619916 bytes, checksum: 93f376a09675110e2cb8c8b5f5fd386a (MD5)
Previous issue date: 2013 / O presente trabalho propõe uma leitura da personagem Helena Morley, da obra literária Minha Vida de Menina, e de suas características tão marcantes a uma personagem feminina do século XIX. O diário da garota, escrito durante os anos de 1893 a 1895, abre discussões sobre a escrita feminina numa época em que a mulher não tinha acesso à educação, porém muitas escreviam e apresentavam bastante senso crítico. Por se tratar de uma menina à frente de seu tempo, que ao contrário da maioria das mulheres, fala o que pensa, critica o que não considera correto, a obra despertou o interesse da cineasta Helena Solberg, que em 2004, produziu a adaptação Vida de Menina. Ao falar em adaptação, muitas são as discussões levantadas. Virginia Woolf critica a adaptação, pois a considera inferior à obra literária, já Robert Stam afirma que mesmo estando abaixo da Literatura, por se tratar de uma questão cronológica, a adaptação sempre trará benefícios ao livro, entre eles, irá complementá-lo, fazendo com que fique mais conhecido entre os espectadores/leitores. O motivo de a obra ser escrita por uma mulher e do filme produzido por cineastas (também mulheres), a questão do feminismo é abordada, na qual haverá o questionamento se houve intenção feminista em ambas as obras, ou se a questão da autoria foi motivo para tal classificação. No entanto, no decorrer da obra, percebe-se a fraqueza do homem diante de algumas mulheres; a mulher que tem opiniões e vontades; a ausência de um vilão e de um protagonista que luta para que tudo termine bem, diferenciando Vida de Menina do cinema tradicional. <br> / Abstract : The present research proposes a reading of the character Helena Morley, the literary work of Minha Vida de Menina, and its salient features a female character of the nineteenth century. The girl's diary, written during the years 1893 to 1895, open discussions on women's writing in a time when women did not have access to education, but many wrote and introduced very critical sense. Because it is a girl ahead of its time, that unlike most women, speaks her mind, criticizes what she does not consider correct, the work attracted the interest of filmmaker Helena Solberg, who in 2004 produced the adaptation Vida de Menina. Speaking at adapting many discussions are raised. Virginia Woolf criticizes the adaptation because it considers inferior to literary work, as Robert Stam argues that even if below the literature, because it is a chronological issue, adapting always bring benefits to the book, among them, will complement it by making to make it better known to viewers / readers. The reason for the work to be written by a woman and the movie produced by filmmakers (also women), the issue of feminism is discussed, in which there was no intention to question whether feminist in both works, or if the question of authorship was reason for such classification. However, throughout the work, realizes the weakness of man before some women, the woman who has opinions and wants, the absence of a villain and a protagonist who struggles to finish everything well, differentiating Vida de Menina of the traditional cinema.
|
16 |
Literatura, cinema e identidade em L'élégance du hérisson de Muriel Barbery e Le hérisson de Mona AchacheAires, Leomaris Espindola January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2013 / Made available in DSpace on 2013-12-06T00:15:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
320093.pdf: 2097376 bytes, checksum: 01878e3e6ea2880df63c1f8a141fc7aa (MD5)
Previous issue date: 2013 / No âmbito desta dissertação de Mestrado na área de Estudos da Tradução, interessamo-nos pelas relações entre literatura e cinema a partir de um corpus composto por duas obras contemporâneas em língua francesa, a saber, o romance L'élégance du hérisson (2006) de Muriel Barbery e o longa-metragem Le hérisson (2010) de Mona Achache. Valendo-nos nas ideias propostas por Linda Huctheon em Uma teoria da adaptação (2011), analisamos estratégias e escolhas adotadas pela cineasta na criação de uma obra cinematográfica que dialoga com o texto literário. Para tanto, privilegiamos o estudo de elementos como tempo, música e elipses. A fim de constatar em que medida o estudo de uma obra permite melhor compreender a outra, examinamos a função do paratexto (Genette, 2009) e do intertexto (Kristeva, 1974) no romance e no filme, além de nos interrogarmos sobre questões identitárias dos três protagonistas, bem como sobre suas relações de alteridade. <br> / Résumé: Muriel Barbery, et le film long-métrage Le hérisson (2010), de Mona Achache. Souscrivant aux idées proposées par Linda Hutcheon dans A Theory of adaptation (2006), nous analysons des stratégies et des choix adoptés par la réalisatrice dans la creátion d'une ?uvre cinématographique qui dialogue avec le texte littéraire. Pour ce faire, nous privilégions l'étude d?éléments comme le temps, la musique et les ellipses. Afin de constater dans quelle mesure l'étude de ces deux ?uvres permet un éclairage mutuel, nous nous penchons sur le fonctionnement du paratexte (Genette, 2009) et de l'intertextualité (Kristeva, 1974) dans le roman et dans le film, en plus de nous interroger sur des questions identitaires concernant les trois protagonistes, ainsi que sur leurs relations d'alterité.
|
17 |
Screening thrillesBrandão, Alessandra Soares January 2002 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Letras/Inglês e Literatura Correspondente / Made available in DSpace on 2012-10-19T21:48:11Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / A análise da construção do suspense através da manipulação do espaço e do tempo em duas adaptações cinematográficas de Alfred Hitchcock, A Janela Indiscreta e Os Pássaros. Propõe que os filmes mostram uma articulação entre tempo e espaço que parece aumentar o suspense dos contos nos quais foram baseados e que o aumento do suspense é criado por elementos como o privilégio à montagem e o modelo clássico de cinema. A relação entre espaço, tempo e tema, isto é, entre forma e conteúdo, subjaz à leitura dos filmes. Considera-se que no processo de adaptação o filme adquire um significado independente através das inescapáveis e essenciais diferenças da obra literária. Assim, pretende mostrar que os contos, apesar de sua própria articulação entre tempo e espaço, não produzem a quantidade de suspense criada no filmes, devido a uma série de fatores que vão da edição e da mudança de meio e propriedades ao estilo Hitchcockiano.
|
18 |
A adaptação em Vale Abraão : do romance de Augustina Bessa-Luis ao filme de Manoel de OliveiraCoelho, Sandra Straccialano 13 December 1999 (has links)
Orientador: Lucia Nagib / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes / Made available in DSpace on 2018-07-26T02:12:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Coelho_SandraStraccialano_M.pdf: 2668337 bytes, checksum: acd7d8cbd30a71ff09b350411f6e8b48 (MD5)
Previous issue date: 1999 / Resumo: Questionando a prática da adaptação de textos literários para o cinema, neste trabalho se analisa Vale Abraão, fTuto da parceria entre a romancista portuguesa Agustina Bessa-Luís e o cineasta Manoel de Oliveira. Romance publicado em 1991 e posteriormente levado às telas em 1993, em Vale Abraão as possibilidades de reflexão sobre a adaptação se ampliam à medida em que se trata de uma releitura do mito da Bovary, agora transportada para o norte de Portugal pós-Revolução dos Cravos. Através da análise do ponto de vista, ou foco narrativo, nas duas realizações, percebeu-se a adoção, em ambos os casos, de uma postura antiilusionista que visa desnaturalizar aos olhos do leitor/espectador o discurso da ficção. No romance, é na presença de um narrador onisciente em 3' pessoa bastante peculiar que se distancia constantemente o leitor da história que é narrada. Já no filme, vários recursos concorrem para esse mesmo fim: a posição muitas vezes desprivilegiada assumida pela câmera, a representação anti-naturalista dos atores, a presença marcante de uma voz over em frequente assincronia com as imagens, etc. No ponto de vista adotado é possível perceber, também, uma concepção particular de adaptação orientando Vale Abraão em suas duas realizações - adaptar, agora, não mais significando, exclusivamente, a transposição de uma determinada história de um meio narrativo a outro. O que importa, no caso singular que aqui se escolheu analisar é tomar o texto literário a ser adaptado em sua especificidade discursiva, já que o texto, e não unicamente a história que por ele é veiculada, também é passível de ser filmado / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Multimeios
|
19 |
Primeiras Estórias e o filme A terceira margem do rio : estruturas artísticas e consciência possível /Cruz, Artur Ribeiro. January 2006 (has links)
Orientador: Antonio Manoel dos Santos Silva / Banca: Álvaro Luiz Hattnher / Banca: Romildo Antonio Sant'Anna / Resumo: O objetivo deste trabalho é a análise comparativa entre Primeiras Estórias, publicado por Guimarães Rosa em 1961, e o filme A terceira margem do rio, produzido em 1993 por Nelson Pereira dos Santos, com base em cinco contos do livro de Rosa. Pretende-se demonstrar alguns dos aspectos estético-semióticos que envolvem o processo de adaptação do texto literário para o texto fílmico, o que implica a definição do grau de aderência, de afastamento e de interferência resultantes desse processo. Em primeiro lugar, identificamos em Primeiras Estórias uma estrutura especular a partir de relações significativas entre os tecidos narrativos dos contos "O espelho", "As margens da alegria" e "Os cimos", em função de um jogo com a posição dos respectivos contos no livro. Em segundo lugar, feitas as interpretações sobre essa estrutura em relação aos demais contos, levantamos a hipótese de que o filme se compõe segundo uma transmutação da estrutura especular do livro de Rosa. Articulada à unidade narrativa que Nelson Pereira dos Santos deu às cinco narrativas em que se baseou, transformando seus núcleos de ação independentes numa única história no filme, essa transmutação confere ao filme sua autonomia criativa. Finalmente, aplicando os conceitos da sociologia estruturalista genética de Lucien Goldmann (1978, 1990), trabalhamos com a hipótese de que a diferença entre as formas das obras é decorrente de distintas consciências possíveis de grupos sociais. / Abstract: This work aims at comparing the short-stories book Primeiras Estórias [First Stories], published by Guimarães Rosa in 1961, to the film A terceira margem do rio [The third bank of the river], which was filmed by Nelson Pereira dos Santos in 1993, based on five shortstories from Rosa's book. We intend to demonstrate some of the aesthetic-semiotical aspects that involve a transcodification process from a literary text into a filmic text. The analysis implies the definition of the degrees of adherence, deviation and interference resulting from that process. Firstly, it was identified in Primeiras Estórias a structure of mirror through the significant relations among the narrative tissues of the short-stories "O espelho", "As margens da alegria" and "Os cimos", because of a play on the position of the respective short-stories in the book. Secondly, as we proposed the interpretations about that structure in relation to the other short-stories, we suggested the hypothesis that the movie was organized by a transmutation of the mirror structure from Rosa's book. This transmutation is articulated to the unity that Nelson Pereira dos Santos gave to the five narratives on which the movie was based, putting together the five independent action nuclei from the short-stories into a single story in the movie. As a result of this composition, the movie reveals its creative autonomy. Finally, we applied the concepts of Lucien Goldmann's genetic structuralist sociology (1978, 1990) to state the hypothesis that the difference between the forms of the works, the shortstories and the film, is due to distinct possible consciousness of social groups. / Mestre
|
20 |
A independência das adapatações cinematográficas: uma análise de Amor Obsessivo (2004) e Desejo e Reparação (2007)Sbrissa, Fernanda de Souza [UNESP] 06 August 2012 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:29:49Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2012-08-06Bitstream added on 2014-06-13T19:39:20Z : No. of bitstreams: 1
sbrissa_fs_me_sjrp.pdf: 797233 bytes, checksum: 5bce352079a39193380ab347ca430734 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Este trabalho tem como objetivo discutir a noção de adaptação cinematográfica como independente do texto fonte, a partir de considerações a respeito do dialogismo e da intertextualidade, baseando-se principalmente em teóricos como Robert Stam (2000; 2004; 2008), Linda Hutcheon (2006), Christine Geraghty (2008) e Thomas Leitch (2008a; 2008b). Após um panorama das teorias da área, a dissertação analisa dois filmes baseados em dois romances do escritor inglês Ian McEwan, Amor Obsessivo (2004) e Desejo e Reparação (2007), para demonstrar como o critério de fidelidade não é determinante para a qualidade e/ou sucesso da adaptação cinematográfica / The objective of this study is to discuss the notion of cinematographic adaptation as being independent of its source text, beginning with considerations concerning dialogism and intertextuality, based mainly on theoreticians like Robert Stam (2000; 2004; 2008), Linda Hutcheon (2006), Christine Geraghty (2008) and Thomas Leitch (2008a; 2008b). After an overview of the theories of the area, the dissertation analyses two films based on two novels written by the English writer Ian McEwan, Enduring Love (2004) and Atonement (2007), in order to show how the criterion of fidelity is not a determining factor in the quality and/or success of the cinematographic adaptation
|
Page generated in 0.5188 seconds