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Variabilidade molecular na região 3'UTR do gene do receptor da lipoproteína de baixa densidade - diversidade intra e intercontinentalHeller, Ana Helena January 2003 (has links)
As origens das populações e o processo de povoamento das Américas são questões bastante controversas e, por isso, têm sido amplamente estudadas. O gene LDLR (low density lipoprotein receptor), que está localizado no braço curto do cromossomo 19 (p13.1-p13.3) e possui 18 éxons, bem como uma porção 3’UTR onde ocorrem dois elementos Alu completos (chamados de U e D) e um parcial, foi escolhido para esclarecer esses e outros problemas de evolução e variação genética humana. O objetivo geral deste trabalho foi verificar o que esta região hipervariável, especificamente na sua porção U, nos indicaria sobre a história evolutiva das populações ameríndias. Para este trabalho foram analisadas amostras de DNA de indivíduos nativos da Mongólia (n=24), da Sibéria (n=26), das Américas do Norte (n=11), Central (n=26) e do Sul (n=16), totalizando 14 populações e 103 indivíduos. Essas amostras foram amplificadas pela técnica de PCR (polymerase chain reaction), utilizando-se primers específicos para o segmento hipervariável U e, posteriormente, foram elas seqüenciadas automaticamente. Quatorze sítios polimórficos foram encontrados, classificáveis em sete haplótipos, sendo que o sítio 3809 apresentou uma transversão de C para G não descrita na literatura. A estimativa geral de diversidade nucleotídica (π) foi de 0.62%, considerada alta para um marcador autossômico. Verificou-se uma certa uniformidade haplotípica entre a Ásia e a América, mas com a diferenciação maior ocorrendo entre a Mongólia e a América+Sibéria. Não foi detectada diferenciação significativa entre nativos sul e centro-americanos. De um modo geral, o estudo desse marcador confirmou uma provável origem asiática para as populações ameríndias e apoiou a hipótese de uma única onda de migração no processo de povoamento pré-histórico das Américas.
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Variabilidade molecular na região 3'UTR do gene do receptor da lipoproteína de baixa densidade - diversidade intra e intercontinentalHeller, Ana Helena January 2003 (has links)
As origens das populações e o processo de povoamento das Américas são questões bastante controversas e, por isso, têm sido amplamente estudadas. O gene LDLR (low density lipoprotein receptor), que está localizado no braço curto do cromossomo 19 (p13.1-p13.3) e possui 18 éxons, bem como uma porção 3’UTR onde ocorrem dois elementos Alu completos (chamados de U e D) e um parcial, foi escolhido para esclarecer esses e outros problemas de evolução e variação genética humana. O objetivo geral deste trabalho foi verificar o que esta região hipervariável, especificamente na sua porção U, nos indicaria sobre a história evolutiva das populações ameríndias. Para este trabalho foram analisadas amostras de DNA de indivíduos nativos da Mongólia (n=24), da Sibéria (n=26), das Américas do Norte (n=11), Central (n=26) e do Sul (n=16), totalizando 14 populações e 103 indivíduos. Essas amostras foram amplificadas pela técnica de PCR (polymerase chain reaction), utilizando-se primers específicos para o segmento hipervariável U e, posteriormente, foram elas seqüenciadas automaticamente. Quatorze sítios polimórficos foram encontrados, classificáveis em sete haplótipos, sendo que o sítio 3809 apresentou uma transversão de C para G não descrita na literatura. A estimativa geral de diversidade nucleotídica (π) foi de 0.62%, considerada alta para um marcador autossômico. Verificou-se uma certa uniformidade haplotípica entre a Ásia e a América, mas com a diferenciação maior ocorrendo entre a Mongólia e a América+Sibéria. Não foi detectada diferenciação significativa entre nativos sul e centro-americanos. De um modo geral, o estudo desse marcador confirmou uma provável origem asiática para as populações ameríndias e apoiou a hipótese de uma única onda de migração no processo de povoamento pré-histórico das Américas.
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Variabilidade molecular na região 3'UTR do gene do receptor da lipoproteína de baixa densidade - diversidade intra e intercontinentalHeller, Ana Helena January 2003 (has links)
As origens das populações e o processo de povoamento das Américas são questões bastante controversas e, por isso, têm sido amplamente estudadas. O gene LDLR (low density lipoprotein receptor), que está localizado no braço curto do cromossomo 19 (p13.1-p13.3) e possui 18 éxons, bem como uma porção 3’UTR onde ocorrem dois elementos Alu completos (chamados de U e D) e um parcial, foi escolhido para esclarecer esses e outros problemas de evolução e variação genética humana. O objetivo geral deste trabalho foi verificar o que esta região hipervariável, especificamente na sua porção U, nos indicaria sobre a história evolutiva das populações ameríndias. Para este trabalho foram analisadas amostras de DNA de indivíduos nativos da Mongólia (n=24), da Sibéria (n=26), das Américas do Norte (n=11), Central (n=26) e do Sul (n=16), totalizando 14 populações e 103 indivíduos. Essas amostras foram amplificadas pela técnica de PCR (polymerase chain reaction), utilizando-se primers específicos para o segmento hipervariável U e, posteriormente, foram elas seqüenciadas automaticamente. Quatorze sítios polimórficos foram encontrados, classificáveis em sete haplótipos, sendo que o sítio 3809 apresentou uma transversão de C para G não descrita na literatura. A estimativa geral de diversidade nucleotídica (π) foi de 0.62%, considerada alta para um marcador autossômico. Verificou-se uma certa uniformidade haplotípica entre a Ásia e a América, mas com a diferenciação maior ocorrendo entre a Mongólia e a América+Sibéria. Não foi detectada diferenciação significativa entre nativos sul e centro-americanos. De um modo geral, o estudo desse marcador confirmou uma provável origem asiática para as populações ameríndias e apoiou a hipótese de uma única onda de migração no processo de povoamento pré-histórico das Américas.
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[en] LIFE AND WORK OF OBJECTS: AN INVESTIGATION ON THE POWERS OF MATERIALITY BASED ON THE SERMON ON THE HOLY SPIRIT, BY ANTONIO VIEIRA / [pt] VIDA E OBRA DOS OBJETOS: UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE AS POTÊNCIAS DA MATERIALIDADE A PARTIR DO SERMÃO DO ESPÍRITO SANTO, DE ANTÔNIO VIEIRAFELIPE VILMAR DA MOTTA VEIGA 01 June 2021 (has links)
[pt] Vida e obra dos objetos: uma investigação sobre as potências da materialidade a partir do Sermão do Espírito Santo, de Antônio Vieira apoia-se, funda-mentalmente, na polissemia dos termos vida e objeto para examinar certas situações interacionais em que objetos (entendidos modernamente como inanimados) são investidos de vida, isto é, de qualidades e comportamentos em geral atribuídos a sujeitos (seres que se movem, agem e possuem um ponto de vista próprio). A dissertação propõe apreender o fenômeno da vida dos objetos através de três caminhos que se entrecruzam. O primeiro consiste em observar manifestações dessa vida na circunstância mais imediatamente presente, contemporânea ao pesquisador, num registro cotidiano e doméstico dentro do qual o próprio ato de escrita da dissertação se desenrola. O segundo e principal caminho conduz aos séculos XVI e XVII: sob a intercessão privilegiada do Sermão do Espírito Santo, do padre Antônio Vieira, e tomando como pano de fundo as tensões culturais implicadas na colonização das Américas e na catequização das populações nativas, realiza-se uma comparação pontual entre concepções ameríndias e concepções eurocristãs da vida dos objetos. O terceiro caminho é uma especulação sobre a possibilidade de falar em uma vida do texto, e, para tanto, busca-se aplicar ao domínio estrito das palavras alguns pressupostos contidos em teorias recentes acerca da agência de objetos materiais. Somando estes esforços aos esforços crítico-reflexivos de outros pesquisadores, a dissertação espera apresentar uma rica diversidade de traços subjetivos encarnados pelos objetos, diversidade que espelha diferentes maneiras de viver. / [en] Life and work of objects: an investigation on the powers of materiality based on the Sermon on the Holy Spirit, by Antonio Vieira rely fundamentally on the polysemy of the terms life and object to examine some interactional situations in which objects (modernly understood as inanimate) are invested with life, that is, with qualities and behaviours attributed in general to subjects (beings which move, act and have their own point of view). The dissertation proposes to apprehend the life of objects phenomenon through three paths which are intertwined. The first one consists in observing the manifestations of this kind of life in the most immediately present circumstance, contemporary to the researcher, in a daily and domestic register inside of which the very act of writing the dissertation happens. The second and main path leads to the 16th and 17th centuries: with the privileged intercession of the Sermon on the Holy Spirit, by priest Antonio Vieira, and also by taking as a background the cultural tensions involved in the colonization of the Americas and in the catechization of native populations, a punctual comparison is made between Amerindian conceptions and Euro-Christian conceptions of the life of objects. The third path is a speculation about the possibility of speaking of a life of the text, and for this purpose some assumptions contained in recent theories about the agency of material objects are applied to the strict domain of the words. By joining this efforts to the critical-reflexive efforts of other researchers, the dissertation expects to show a rich diversity of subjective features embodied by objects, a diversity that reflects different ways of living.
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Nymphes exotiques, indigènes victimes ou créatures vulgaires. Images des femmes grande-colombiennes d'après les voyageurs du XIXe siècle. / Exotic Nymphs, Indian Victims or Vulgar Creatures : Images of Gran Colombian Women in Travel Literature of the Nineteenth century / Ninfas exóticas, Indias víctimas o criaturas erotizadas : imágenes de mujeres grancolombianas según los viajeros del siglo XIXMerchan Sierra, Monica 22 March 2013 (has links)
Mon travail de recherche se propose de combler des lacunes concernant l’iconogaphie des femmes sud-américaines. Etant donné l’absence d’écoles d’art ainsi que d’ateliers d’impression en Grande Colombie jusqu’à la première moitié du XIXe siècle, les images en général sont rares. Quand on en trouve, il s’agit des portraits de quelques femmes extraordinaires comme des saintes ou des épouses des hauts fonctionnaires, donc des représentantes d’une minorité aisée et créole. Les artistes locaux ont surtout peint les grands hommes et notamment les héros des jeunes Républiques. En revanche, sur la vie quotidienne de la plupart des femmes, qu’elles soient Indiennes, Métisses, Noires ou même Créoles, nous n’avons que très peu de témoignages. La Grande Colombie comme la Nouvelle Grenade, par ailleurs, souffrait d’un manque d’attrait. Cette région n’a jamais représentée dans l’imaginaire des voyageurs européens, les richesses légendaires des vice-royautés du Pérou ou de la Nouvelle Espagne (Mexique). C’est seulement à l’orée du XIXe siècle que cette zone équatoriale commence à faire parler d’elle et ce changement significatif est dû au grand voyage scientifique de Humboldt et Bonpland. Grâce à la médiatisation de ces explorateurs, un nombre important de voyageurs français décide de suivre leurs pas. Parmi eux, un petit nombre écrit et publie des récits illustrés. Leurs gravures et lithographies apportent donc les documents nécessaires pour combler en partie le vide pictural féminin. Ces images n’ont jusque là pas suscitées d’études historiques approfondies d’autant qu’elles ont longtemps été considérées comme des simples ornements accompagnant le texte. Cette thèse propose de démontrer, au contraire, le rôle primordial de cette iconographie, sa puissance symbolique et sa contribution au discours qui caractérise alors la littérature de voyage. Qu’elles soient guidées par des observations concrètes ou par la pure imagination, ces descriptions picturales et littéraires permettent de dégager les principaux stéréotypes élaborés sur les femmes grande-colombiennes et ce malgré leur riche multiplicité. / The aim of this thesis is to fill in certain gaps in the iconographic treatment of South American women. Due to the lack of art schools and printing workshops in Gran Colombia through the first half of the nineteenth century, images in general are rare. The existing works are portraits of such extraordinary women as saints or wives of important officials, thus representatives of a wealthy Creole minority. Local artists tended to choose as subjects prominent men, notably the heroes of the young Republics. By contrast, the daily lives of most women, whether Indian, Métis, Black or even Creole, were rarely featured. In addition, like New Granada, Gran Colombia suffered from a relative lack of attractiveness. In the imagination of European travelers this region never represented the legendary wealth of Viceroyalties like Peru or New Spain (Mexico). It was only at the dawn of the nineteenth century that this equatorial zone attracted significant interest due in large part to the great scientific exploration of Humboldt and Bonpland. Thanks to their many publications, a large number of French travelers decided to follow their footsteps. Among them, a small group wrote and published illustrated volumes. Their engravings and lithographs provide the material needed to restore at least partially the lack of female images. To this point such iconography has not generated in-depth historical study, since it has long been considered merely ornamental and secondary to the text. This thesis proposes to demonstrate the contrary by focusing upon the sizeable role of this iconography, its symbolic power and its contribution to the discourse then characteristic of travel literature. Based upon specific observations or drawn purely from imagination, these pictorial and literary descriptions enable the identification of the principal stereotypes developed to characterize Gran Colombian women, despite the fact of their rich cultural multiplicity. / La presente tesis busca llenar algunos vacíos existentes en los estudios sobre la representación iconográfica de las mujeres suramericanas. Debido a la ausencia de escuelas de Bellas Artes y talleres de impresión en la Gran Colombia hasta mediados del siglo XIX, la producción general de imágenes era escasa. Los artistas locales apostaban por retratar a hombres influyentes, particularmente los héroes de la naciente República, y las pocas obras sobre mujeres que se realizaban correspondían a santas o esposas de los altos funcionarios, representantes de la opulenta minoría criolla. Son entonces pocos los testimonios iconográficos que se conservan de la vida cotidiana de la mayoría de las mujeres de origen amerindio, mestizo, negro e incluso criollo. La Gran Colombia sufría además de la misma falta de atracción que aisló durante siglos a la Nueva Granada: en el imaginario de los viajeros europeos, la región no se comparaba con la legendaria riqueza de los virreinatos de Perú y Nueva España. Sólo hasta principios del siglo XIX, la América equinoccial se convirtió en un centro de interés tras las expediciones científicas de Humboldt y Bonpland. Gracias a sus múltiples publicaciones, varios viajeros franceses decidieron seguir sus pasos, publicando, además, sus relatos de viaje ilustrados con grabados y litografías. Unos trabajos que proveen el material necesario para suplir, al menos parcialmente, la ausencia de imágenes femeninas en la Gran Colombia. Hasta la fecha, esta iconografía no ha generado estudios históricos específicos pues ha sido considerada siempre ornamental y secundaria frente al texto de los relatos. El objetivo de este estudio es entonces demostrar lo contrario, revelando su papel protagónico, su poder simbólico y su influencia en el discurso literario característico de los relatos de viajeros. Por tanto, ya sean inspiradas por la imaginación o guiadas por la observación empírica, las descripciones pictóricas y literarias de estos relatos permiten la identificación de los principales estereotipos elaborados sobre las mujeres grancolombianas a pesar de su heterogeneidad cultural.
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L'oeuvre d'Alfredo Molano : sous le signe de l'hybridation générique / The work of Alfredo Molano : under the sign of the generic hybridizationOsorio Mejía, Jesús David 19 May 2014 (has links)
Alfredo Molano, écrivain et sociologue colombien contemporain, remet en question la concentration de la propriété terrienne et la distribution inégale des richesses. L'étude de son oeuvre explore trois axes centraux. Premièrement, la transformation de son écriture, qui évolue d'un format propre au discours scientifique vers le témoignage journalistique et littéraire. Cet écart par rapport à l'objectivisme scientifique entraîne un certain risque de fictionnalisation, que l'écrivain assume, car, d'après lui, il ne porte aucune atteinte à la factualité des récits et favorise en revanche leur lecture et leur diffusion. Nous avons également analysé la technique, chère à l'écrivain, de l' « imputation », consistant en la fusion de plusieurs témoins en un seul personnage, qui garde les traits des individus dont il s'est inspiré. Notre intérêt s'est aussi porté sur l'hybridation générique, puisque le Colombien fait appel aux récits de vie, de voyages et d'apprentissage, autant qu'aux textes sentimentaux, d'action et d'aventures, et à l'essai, entre autres. Cette confluence reflète la complexité d'une société féodale et postmoderne, et permet l'expression d'une variété de témoins hétérogènes, notamment les Amérindiens, les paysans, les activistes politiques, les délinquants et les prisonniers. Ils sont, pour la plupart, victimes de l'inégalité et du conflit permanent entre le centre hégémonique et la périphérie opprimée, deux pôles aussi flous que la violence est tangible, sanglante et multiforme. Alfredo Molano, comme la plupart des témoins, ne s'en tient pas au constat de cette violence, il la dénonce ouvertement et propose des solutions structurelles. Il s'oriente vers la construction d'une « mémoire historique », reconnaissant la souffrance des victimes, et vise une société non seulement hybride, mais surtout juste et égalitaire. / Alfredo Molano, a contemporary Colombian writer and sociologist, calls into question the concentration of land property and the unequal distribution of wealth. The study of his writing explores three main axes. At first, the transformation of his writing, which advances from a scientific discourse to the journalistic and literary testimony. This distance concerning the scientific objectivism carries away some risk of fictionnalisation. The writer assumes because, according to his point of view, his writing has no effect on the factuality of the stories but it is quite easy to read and to circulate. Then, the writer's technique of the "imputation" has been analysed. The author is really attached to. It consists on the fusion of many witnesses into a single character, who keeps the characteristics of people he was inspired by. Finally, our study of his writing is also focused on generic hybridisation, since the Colombian refers not only to the stories of Life, travel and learning, as well as sentimental texts, action and adventures, but also to the essay, among many others. This confluence reflects the complexity of a feudal and postmodern society, and allows the expression of heterogeneous diversity of witnesses, particularly Amerindians, farmers, political activists, offenders and prisoners. Most of them are victims of the inequalities and the continuous conflict between the hegemonic center and the oppressed periphery, two poles as fuzzy as the violence is palpable, bloody and multiform. Alfredo Molano, like most of his witnesses, does not content himself by the recording of this violence, but he denounces it openly and proposes structural solutions. He turns himself towards the development of a "historical memory", recognizing the suffering of victims and targeting a society not only hybrid, but most of all just and egalitarian. / Alfredo Molano, escritor y sociólogo colombiano, critica la concentración de la propiedad de la tierra y la distribución desigual de la riqueza. Este estudio de su obra explora tres ejes principales. Primeramente, la transformación de su estilo, de un formato propio del discurso científico, hacia el testimonio periodístico y literario. Tal distanciamiento frente al objetivismo científico conlleva cierto riesgo de ficcionalización, asumido por el escritor, para quien ésta no afecta de manera alguna el carácter fáctico de los relatos y, en cambio, facilita su lectura y su difusión. Analizamos igualmente la técnica "molanesca" de la "imputación", consistente en fusionar varios testigos en un solo personaje, el cual conserva los rasgos de los individuos en los que se inspira. Nos hemos interesado también por la hibridación genérica, puesto que el colombiano recurre a las historias de vida, a los relatos de viajes y de aprendizaje, así como a textos sentimentales, de acción y de aventuras, y al ensayo, entre otros. Esta confluencia refleja la complejidad de una sociedad tan feudal como posmoderna y permite la expresión de una serie de testigos heterogéneos, como los amerindios los campesinos, los activistas políticos, los delincuentes y los reclusos. Son ellos, en su mayoría, victimas de la desigualdad y del permanente conflicto entre el centro hegemónico y la periferia oprimida, dos polos tan difusos como tangible, sangrienta y multiforme es la violencia. Alfredo Molano, como casi todos sus testigos, no se limita a constatar dicha violencia; la denuncia abiertamente y propone soluciones de fondo. El escritor trabaja en la construcción de una “memoria histórica” y vislumbra una sociedad no sólo híbrida, sino ante todo justa e igualitaria.
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