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ANÁLISE DO POLIMORFISMO NA REGIÃO PROMOTORA -911 NO GENE DA 3-HIDROXIMETILGLUTARIL-COA REDUTASE (HMGCR) EM PACIENTES COM DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA.Sousa, Stanley Silvano 27 August 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-08-27 / The main regulatory enzyme of cholesterol biosynthesis is hydroxyl-methylglutaryl-CoA reductase (HMGCR) and several polymorphisms are described in the gene encoding this enzyme. Currently, associations between genetic polymorphisms and cardiovascular disease are investigated in order to better understand the genetic factors associated with such diseases. The objective of this study was to evaluate the frequency of -911 polymorphism (rs3761740) in the promoter region of HMGCR gene in patients with coronary artery disease (CAD), as well as the possible associations between the resultant genotypes and clinical features of patients with CAD. Genomic DNA isolated from patients blood samples were analyzed for the detection of genetic polymorphism, by using polymerase chain reaction (PCR) analysis and restriction fragment length polymorphism (RFLP). Allele frequencies obtained for the -911 polymorphism (rs3761740) in the promoter region of the HMGCR gene were: A (51.2%) and C (48.8%). The genotype frequencies obtained were: AA (11.9%), AC (78.6%) and CC (9.5%). Significant associations between the diferente genotypes and clinical features of the patients with CAD were not detected in this study. Our results show that -911 polymorphism (rs3761740) in the promoter region of the HMGCR gene was not associated with clinical and laboratory characteristics in patients with coronary artery disease. / A principal enzima regulatória da biossíntese do colesterol é a hidrox-imetilglutaril-CoA redutase (HMGCR) e vários polimorfismos são descritos no gene que codifica esta enzima. Atualmente, associações entre tais polimorfismos genéticos e as doenças cardiovasculares são investigadas no sentido de compreender melhor os fatores genéticos associados a essas doenças. O objetivo deste estudo foi avaliar a frequência do polimorfismo -911(rs3761740) na região promotora do gene da HMGCR em pacientes com doença arterial coronariana (DAC), bem como as possíveis associações entre os genótipos encontrados e os aspectos clínicos dos pacientes com DAC. O DNA genômico isolado das amostras de sangue dos pacientes foi analisado para detecção do polimorfismo genético, por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) e análise de polimorfismos de comprimento de fragmentos de restrição (RFLP). As frequências alélicas obtidas para o polimorfismo -911 (rs3761740) na região promotora do gene HMGCR foram: A (51,2%) e C (48,8%). As frequências genotípicas obtidas foram: AA (11,9%), AC (78,6%) e CC (9,5%). Associações significativas entre os genótipos encontrados e os aspectos clínicos dos pacientes com DAC não foram detectadas neste estudo. Nossos resultados permitem concluir que polimorfismo -911(rs3761740) na região promotora do gene da HMGCR não esteve associado aos aspectos clínicos e laboratoriais em pacientes com doença arterial coronariana.
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Modelo matemático para estudo da variabilidade da frequência cardíacaEvaristo, Ronaldo Mendes 08 December 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-12-08 / Nos ultimos anos, o aumento da incidência de doenças cardiovasculares na população
mundial vem motivando a comunidade científica a buscar novas técnicas ou inovações
tecnológicas para complementar os métodos existentes para avaliação do desempenho do
coração. Dentre elas, destaca-se a análise da Variabilidade da Frequência Cardíarca (VFC)
via eletrocardiograma (ECG), método não invasivo importante na detecção de patologias
leves e moderadas cada vez mais frequentes nos seres humanos como doenças coronarianas,
arritmias, bradicardias e taquicardias, além de distúrbios na relação entre os sistemas
nervosos simpático e parassimpático. Neste trabalho é introduzida uma inovação em um
modelo matemático baseado em modulações de exponenciais gaussianas utilizado para
reproduzir a morfologia do ECG de seres humanos. Trata-se da introdução de tacogramas
gerados por um processo estocástico autorregressivo (AR), previamente à integração
das equações diferenciais do modelo, capaz de reproduzir com maior fidelidade a VFC
quando comparados com dados experimentais de adultos saudaveis e de adultos com
doença arterial coronariana (DAC). Para validar o modelo, os resultados simulados são
comparados com dados experimentais via espectro de potencia da transformada wavelet
discreta (TWD), gráficos de Poincare e pela analise de flutuação sem tendência. Verificamos
que a DAC não altera a morfologia do ECG em situação de repouso, mas influencia
significativamente na VFC, sendo que o modelo matemático proposto absorve e reproduz
esse comportamento. / In recent years, the increase in the incidence of cardiovascular diseases in the world population
has motivated the scientific community to seek new techniques or technological
innovations to complement existing methods for assessing heart performance. Among
them, stands out the analysis of the Heart Rate Variability (HRV) by electrocardiogram
(ECG), an important non-invasive method for the detection of mild and moderate pathologies
that are increasingly frequent in humans such as coronary diseases, arrhythmias,
bradycardia and tachycardias, besides disturbances in the relationship between the sympathetic
and parasympathetic nervous systems. This work introduces an innovation in a
mathematical model based on Gaussian exponential modulations used to reproduce the
ECG morphology of humans. This is the introduction of tachograms generated by an
autoregressive stochastic process (AR), prior to the integration of the diferential equations
of the model, capable of reproducing with better delity the HRV when compared
with experimental data of healthy adults and adults with coronary artery disease (CAD).
In order to validate the model, the simulated results are compared with experimental
data using the discrete wavelet transform (DWT) power spectrum, Poincare plots and
the detrended uctuation analysis (DFA). We verified that CAD does not change the
morphology of ECG in resting state, but it has a significant in uence on HRV, and the proposed mathematical model absorbs and reproduces this behavior.
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Eficácia da aplicação de ondas de choque para indução ao crescimento vascular em pacientes com angina refratária: avaliação pela ecocardiografia de perfusão miocádica em tempo real / Efficiency of shock wave application to induce vascular growth in patients with refractory angina: assessment by real-time myocardial perfusion echocardiographyCeccon, Conrado Lelis 06 April 2018 (has links)
A doença arterial coronariana crônica apresenta alta prevalência e morbidade na população, manifestando-se como uma síndrome clínica caracterizada por sintomas álgicos tipicamente desencadeados ou agravados pelo esforço físico - a angina. Define-se a angina como refratária na presença de isquemia miocárdica documentada não passível de tratamento por meio de revascularização e não controlada a despeito do tratamento farmacológico máximo tolerado. O uso de terapia com ondas de choque extracorpóreas no tratamento da isquemia miocárdica tem sido proposto como uma alternativa promissora para o alívio dos sintomas anginosos e melhora da carga isquêmica por meio da promoção de vasodilatação e neoangiogênese. No presente estudo, avaliamos o efeito da terapia guiada com ondas de choque na reserva de fluxo miocárdico, obtida pela ecocardiografia de perfusão miocárdica em tempo real (EPMTR), em pacientes com angina refratária. Determinamos, também, as implicações da terapia com ondas de choque nas variáveis clínicas por meio da avaliação da classe funcional de angina pelo escore da Canadian Cardiovascular Society (CCS), capacidade funcional pelo escore de insuficiência cardíaca da New York Heart Association (NYHA) e qualidade de vida pelo Seattle Angina Questionnaire (SAQ), assim como nas variáveis ecocardiográficas. Foram estudados 15 pacientes com angina refratária procedentes do Ambulatório de Angina Refratária do Instituto do Coração (InCor, HC-FMUSP), os quais foram submetidos a 9 sessões de terapia com ondas de choque, ao longo de 9 semanas, e acompanhados por um período de 6 meses após a conclusão do tratamento. A dinâmica das microbolhas no miocárdio foi quantificada pela EPMTR utilizando programas computacionais específicos, tanto em repouso como durante o estresse pelo dipiridamol (0,84 mg/Kg). A reserva de volume miocárdico normatizada (Anor), a reserva de velocidade de repreenchimento de microbolhas no miocárdio (?) e a reserva de fluxo miocárdico (Anor x ?) foram obtidas pela relação entre os parâmetros de fluxo durante a hiperemia e o repouso, antes e 6 meses após o tratamento com ondas de choque. Nos 15 pacientes incluídos no estudo, avaliamos 32 segmentos com isquemia miocárdica submetidos à terapia, 31 segmentos com isquemia miocárdica não submetidos à terapia e 60 segmentos não isquêmicos. Os pesquisadores que realizaram as quantificações da EPMTR não tinham conhecimento dos dados clínicos no momento da análise de perfusão. A média etária da amostra foi de 61,5 (± 12,8) anos com predomínio do sexo masculino (67%), sendo que 93% deles apresentavam doença multiarterial. Após 6 meses da conclusão da terapia com ondas de choque, foi observada uma melhora da classe de angina (CCS) de 3,20 ± 0,56 para 1,93 ± 0,70 (p = 0,0001) e de insuficiência cardíaca (NYHA) de 2,8 ± 0,56 para 2,33 ± 0,81 (p = 0,048), resultados que foram concordantes com os achados do SAQ, o qual evidenciou melhora significativa da pontuação em todas as categorias (análise global com incremento da pontuação média de 42,33 ± 13,0 para 71,16 ± 14,3; p = 0,0001). Houve uma variação da fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 50,30 ± 13,1% para 53,20 ± 10,6% (p = 0,049) na ausência de alterações no diâmetro diastólico final (de 53,80 ± 6,61 mm para 53,53 ± 7,05 mm; p = 0,81), no volume diastólico final (de 134,67 ± 34,33 mL para 146,13 ± 59,45 mL; p = 0,29) ou na função diastólica. A análise da perfusão miocárdica pela EPMTR evidenciou um aumento significativo da reserva de fluxo miocárdico (Anor x ?) de 1,33 ± 0,22 para 1,74 ± 0,29 (p = 0,0001) e também da reserva Anor de 1,02 ± 0,21 para 1,24 ± 0,33 (p = 0,004) nos segmentos isquêmicos submetidos à terapia com ondas de choque, mas não da reserva beta (de 1,33 ± 0,24 para 1,47 ± 0,35; p = 0,055). Não houve alterações significativas na perfusão miocárdica nos segmentos isquêmicos não tratados ou nos segmentos não isquêmicos. A análise global demonstrou uma melhora na reserva de fluxo miocárdico (de 1,78 ± 0,54 para 1,89 ± 0,49; p = 0,017) e na reserva beta (de 1,63 ± 0,43 para 1,70 ± 0,40; p = 0,039). Não foram registrados eventos cardiovasculares maiores durante o período de acompanhamento. Concluímos que a EPMTR foi capaz de identificar melhora da reserva de fluxo miocárdico nos segmentos submetidos à terapia com ondas de choque, possivelmente devido à neoproliferação vascular. Os resultados sugerem que a terapia com ondas de choque em pacientes com angina refratária é segura e tem o potencial de melhorar a isquemia miocárdica nos segmentos isquêmicos tratados, com impacto nos sintomas e na qualidade de vida / Chronic coronary artery disease shows high prevalence and morbidity levels in general population. In the clinical scenario, it is usually characterized by pain symptoms typically triggered or aggravated by physical effort - the angina. Refractory angina is defined as a documented and uncontrolled myocardial ischemia, untreatable by revascularization, despite maximum tolerated drug therapy. The use of extracorporeal cardiac shock wave therapy to treat myocardial ischemia has been suggested as a promising alternative to relieve angina symptoms and improve the ischemic load by promoting vasodilation and neoangiogenic phenomena. In the present study, we evaluated the effect of guided shock wave therapy on myocardial flow reserve, determined by real-time myocardial perfusion echocardiography (RTMPE), in patients with refractory angina. We also evaluated the implications of shock wave therapy in clinical variables by assessing the Canadian Cardiovascular Society (CCS) grading of angina pectoris, New York Heart Association (NYHA) functional classification and quality of life by the Seattle Angina Questionnaire (SAQ), as well as echocardiographic variables. Fifteen patients with refractory angina, from the refractory angina outpatient clinic of the Instituto do Coração (InCor, HC-FMUSP), were studied. Each patient underwent 9 shock wave therapy sessions over the course of 9 weeks and was followed for 6 months once the treatment was concluded. Using specific software, myocardial microbubble dynamics was quantified by RTMPE at rest as well as in stress by dipyridamole (0.84 mg/Kg). Normalized myocardial blood (Anor) reserve, myocardium microbubbles replenishment rate (?) reserve and myocardial flow reserve (Anor x ?) were obtained by the ratio of flow parameters during hyperemia and rest, before and 6 months after treatment. In the 15 patients included in the study, we evaluated 32 segments with myocardial ischemia submitted to therapy, 31 segments with myocardial ischemia not submitted to therapy and 60 non-ischemic segments. Researchers were blinded to all clinical data at the time of the perfusion analysis. Patients had mean age of 61.5 (± 12.8) years old, were predominantly men (67%), and 93% presented multiarterial disease. Six months after the completion of shock wave therapy, an improvement in CCS grading of angina pectoris was observed from 3.20 ± 0.56 to 1.93 ± 0.70 (p = 0.0001) and in NYHA functional classification (from 2.80 ± 0.56 to 2.33 ± 0.81; p = 0.048), results consistent with those found by SAQ, which evidenced a significant score improvement in all categories (global analysis with average score increased from 42.33 ± 13.0 to 71.16 ± 14.3; p = 0.0001). There was a variation in the left ventricular ejection fraction (from 50.3 ± 13.1% to 53.20 ± 10.6%; p = 0.049) in the absence of changes in end-diastolic diameter (from 53.80 ± 6.61 mm to 53.53 ± 7.05 mm; p = 0.81), the end-diastolic volume (from 134.67 ± 34.33 mL to 146.13 ± 59.45 mL; p = 0.29) or the diastolic function. Myocardial perfusion analysis by RTMPE evidenced a relevant increase in myocardial flow reserve (Anor x ?) from 1.33 ± 0.22 to 1.74 ± 0.29; p = 0.0001, as well as in the Anor reserve from 1.02 ± 0.21 to 1.24 ± 0.33 (p = 0.004) in ischemic segments submitted to shock wave therapy, but not in ? reserve (from 1.33 ± 0.24 to 1.47 ± 0.35; p = 0.055). There was no significant myocardial perfusion alteration in untreated ischemic segments or non-ischemic segments. Global analysis showed an improvement in myocardial flow reserve (from 1.78 ± 0.54 to 1.89 ± 0.49; p = 0.017) and ? reserve (1.63 ± 0.43 to 1.70 ± 0.40; p = 0.039). No major cardiac events were registered during the follow-up period. We concluded that RTMPE was able to identify an increase in myocardial flow reserve in the segments submitted to shock wave therapy, possibly due to vascular neoproliferation. Results suggest that shock wave therapy on patients with refractory angina is safe, with the potential to improve myocardial ischemia on treated ischemic segments, and positively affect symptoms and quality of life
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Acurácia da tomografia computadorizada de múltiplos detectores dual-source no diagnostico da doença arterial coronariana: revisão sistemática / Accuracy of Dual-Source Computed Tomography for the Diagnosis of Coronary Artery Disease: Systematic Review and Meta-analysisAline Monte de Mesquita 26 April 2010 (has links)
A Tomografia Computadorizada Dual-Source (TCDS) é uma tecnologia de imagem que permite a visualização da estenose coronária de uma maneira não-invasiva. Estudos recentes demonstraram uma alta acuracia deste teste diagnóstico, quando comparado ao padrão de referência, a angiografia coronária invasiva (ACI). O objetivo deste trabalho foi sintetizar as evidências de acurácia desta tecnologia por meio de uma revisão sistemática e uma síntese quantitativa (meta-análise) e avaliar possíveis diferenciais de acurácia relacionados aos seguintes subgrupos de pacientes: com frequência cardíaca elevada, arritmias cardíacas, escore de cálcio elevado e índice de massa corporal (IMC) elevado. Foi realizada uma busca bibliográfica nas bases de dados MEDLINE e LILACS no período de janeiro de 2000 a outubro de 2009. Foram selecionados estudos em inglês, espanhol e português que comparassem a TCDS com a ACI em pacientes com suspeita ou doença arterial coronariana (DAC) e que permitissem a extração de dados suficientes para a construção de uma tabela 2X2. Três avaliadores independentes extraíram as características dos estudos e resultados, com as divergências resolvidas por consenso. Foram incluídos 20 estudos na revisão sistemática, que utilizaram três unidades de análise: paciente, vaso e segmento arterial. Nas unidades de análises paciente, vaso e segmento arterial, os valores das sensibilidades sumárias foram respectivamente de 98% (IC de 95%, 96% a 99%), 94% (IC de 95%, 89-% a 97%) e 93% (IC de 95%, 89% a 95%) e das especificidades sumárias foram respectivamente 84% (IC de 95%, 76% a 89%), 92% (IC de 95%, 87% a 95%) e 96% (IC de 95%, 91% a 98%). Também foi avaliada a acurácia nos subgrupos de pacientes com frequência cardíaca elevada e escore de cálcio aumentado. Na análise por subgrupos de pacientes, a sensibilidade e especificidade se mantiveram altas em pacientes com frequência cardíaca elevada 93% (IC de 95%, 90% a 95%) e 98% (IC de 95%, 95% a 99%), respectivamente. Já em pacientes com elevada calcificação (> 400 unidades de agatston) a especificidade diminuiu bastante, caindo para 79% (IC de 95%, 25% a 98%). A evidência disponível aponta para uma elevada acurácia da TCDS para a detecção da estenose coronária. Entretanto, a população que mais se beneficiaria desta tecnologia população com dor torácica e risco intermediário de DAC geralmente não esteve incluída nos estudos. Foram incluídos pacientes com alta probabilidade pré-teste da doença, já que os estudos foram realizados usualmente em centros de referência, com indivíduos com indicação prévia de angiografia coronária invasiva / Dualsource computed tomography (DSCT) is an imaging technology that enables the visualization of coronary artery stenosis in a non-invasive way. Earlier studies showed high accuracy compared to conventional coronary angiography. The aims of this study were to evaluate the evidence of this technology using a meta-analytic process and its accuracy in different subgroups such as patients with high heart rates, arrhythmia, increased calcium score and high body mass index. A search of the literature in MEDLINE and LILACS was performed and articles published between January 2000 and October 2009. Studies in English, Spanish and Portuguese that compared DSCT with conventional coronary angiography performed for all patients and included sufficient data for compilation of 2 X 2 tables were included. Three investigators independently extracted the characteristics of the studies and differences were settled by consensus. Twenty studies were included in the systematic review, using three units of analysis: patient, vessels and segment. Analysis of patients, vessels and segments yielded a sensitivity of 98% (95% CI, 96% to 99%), 94% (95% CI, 89% to 97%) and 93% (95% CI, 89% to 95%) and a specificity of 84% (95% CI, 76% to 89%), 92% (95% CI, 87% to 95%) and 96% (95% CI, 91% to 98%), respectively. We also analyzed the accuracy of DSCT in subgroups of patients with high heart rate and increased calcium score. The analyses of patients subgroups demonstrated that sensitivity and specificity remained high in patients with high heart rate 93% (CI 95%, 90% to 95%) and 98% (CI 95%, 95% to 99%), respectively. In patients with increased calcium score (> 400 Agatston units) the specificity declined significantly, falling to 79% (95%, 25% to 98%). The available evidence points to a high accuracy of DSCT for the detection of coronary artery stenosis. However, the population who might benefit from this technology - individuals with chest pain and intermediate risk of coronary artery disease, CAD have not generally been included in the retrieved studies since the studies were usually conducted in reference centers where patients usually have an indication for invasive coronary angiography, and consequently a high pretest probability of CAD
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Modulação autonômica da frequência cardíaca e sua relação com os fatores de risco e o polimorfismo do gene da ECA de pacientes com doença arterial coronarianaKunz, Vandeni Clarice 16 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-16 / Universidade Federal de Sao Carlos / The multifactorial nature of coronary artery disease (CAD) includes complications related to angina and acute myocardial infarction (AMI) and disorders involving sympathetic and parasympathetic cardiac autonomic modulation. The objective of this study was to evaluate the autonomic modulation of heart rate (HR) by linear and non-linear methods in healthy men and in patients with AMI and different percentages of coronary stenosis, as well as its relation with CAD risk factors. In order to evaluate heart rate variability (HRV), the HR and the RR intervals were recorded for 15 min in the supine position. Based on the results of this study, three manuscripts were written: The first manuscript presents the results of 10 men with AMI (57±9 years old) (2nd and 7th day after coronary event) and 11 healthy men (53±4 years old). The HRV analysis was carried out using linear methods in the time domain (TD=RMSSD and SDNN) and frequency domain (FD= low frequency (LF) and high frequency (HF) in normalized units (nu) and LF/HF) and using the non-linear methods approximate entropy (ApEn). A significant relationship between the linear and non-linear methods and the RMSSD, SDNN, LFun, HFun and LF/HF and ApEn indexes was observed. The linear and non-linear HRV indexes from the healthy group were higher than those of the AMI group on the 2nd and 7th days, which suggests that the analysis of HRV with linear methods in the TD and FD and the use of ApEn for linear analysis are in agreement, both for healthy subjects and patients after AMI. The second manuscript presents the results of 52 men (54±5 years old) divided into two groups with coronary obstruction CAD+ ≥ 50% (n=18) and CAD- < 50% (n=17) and one control group (n=17). HRV analysis was carried out with Shannon entropy (SE) and symbolic analysis (0V and 2ULV). The patients with DAC+ presented lower SE (complexity), 2ULV (vagal predominance) and higher 0V (sympathetic predominance) than the DAC- and control groups, which indicates that cardiac autonomic disorder is related to the degree of coronary occlusion and to cardiac impairment. The third manuscript presents the results for risk factors, ACE I/D polymorphism and the indexes in the TD and FD of 151 patients with CAD (56±8 years old, DD=54, DI=70 and II=27). The results show that there was no relation between the ACE I/D polymorphism and HR, BP or HRV. However, the highest indexes of the HRV, which reflect vagal autonomic modulation, are related to a lower percentage of stenosis and the use of ACE inhibitors. / A doença arterial coronariana (DAC) é de natureza multifatorial sendo que as principais complicações estão relacionadas à angina e infarto agudo do miocárdio (IAM), apresentando disfunção da modulação autonômica cardíaca simpática e parassimpática. Assim, o objetivo foi avaliar a modulação autonômica da frequência cardíaca (FC), a partir de métodos lineares e não lineares, de homens saudáveis, de pacientes com IAM e com diferentes percentuais de estenose coronariana e sua relação com os fatores de risco para a DAC. Para a análise da variabilidade da FC (VFC) foi realizada a captação dos intervalos RR e da FC, durante 15 min na posição supina. A partir dos resultados do estudo foram elaborados três manuscritos. Primeiro manuscrito: Foram apresentados os resultados de 10 homens com IAM (57±9 anos) (avaliados no 2º e 7 º dia após evento coronariano) e 11 homens saudáveis (53±4 anos). A análise da VFC foi realizada utilizando-se dos métodos lineares no domínio do tempo (DT=RMSSD e RMSM) e da frequência (DF=baixa frequência (BF) e alta frequência (AF) em unidades normalizadas (un) e BF/AF) e pelo método não linear de entropia aproximada (EnAp). As análises da relação entre os métodos lineares e o não linear (índices RMSSD, RMSM, BFun, AFun e BF/AF com a EnAp) foi significativa. Os índices lineares e não linear da VFC do grupo saudável foram maiores em relação ao grupo IAM no 2º e no 7º dia. Os resultados mostram que os métodos lineares no DT e no DF e o não linear , são concordantes, para análise da VFC, tanto para voluntários saudáveis como para pacientes após o IAM. Segundo manuscrito: Foram apresentados os resultados de 52 homens (54±5 anos) divididos em três grupos, sendo dois grupos com obstrução coronariana DAC+ (≥ 50%; n=18) e DAC- (< 50%; n=17) e um grupo controle (n=17). A análise da VFC foi pela entropia de Shannon (ES) e análise simbólica (0V e 2ULV). Os pacientes com DAC+ apresentam menor ES (complexidade) e 2ULV (predominância vagal) e maior 0V (predominância simpática) quando comparado aos grupos DAC- e controle, o que indica que a disfunção autonômica cardíaca está relacionada ao grau de oclusão coronariana. Terceiro manuscrito: Foram apresentados os resultados da possível relação existente entre dos fatores de risco, do polimorfismo I/D do gene da ECA com os índices no DT e no DF de 151 pacientes com DAC (56±8 anos, DD=54, DI=70 e II=27). Os resultados mostram que não há relação entre o polimorfismo I/D do gene da ECA com a FC, PA e VFC. Já os maiores índices da VFC que refletem a modulação autonômica vagal estão relacionados ao menor percentual de estenose e ao uso de inibidores da ECA.
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Avaliação da limitação ventilatória e dos índices da potência circulatória e ventilatória de pacientes com doença arterial coronarianaSimões, Viviane Castello 11 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-11 / Financiadora de Estudos e Projetos / This thesis consisted of two studies described below. The Study 1 aimed to investigate if expiratory flow limitation (EFL) present at moderate intensity exercise in subjects following myocardial infarction (MI) (as shown in a previous study conducted in our laboratory) already manifests in those with stable coronary artery disease (CAD). Forty-one men aged 40-65 years were allocated into four different groups: 1) stable coronary artery disease (SCADG) (n=9), 2) recent myocardial infarction (RMIG) (n=8), 3) late myocardial infarction group (LMIG) (n=12), and 4) health control group (CG) (n=12). Two cardiopulmonary exercise testing (CPX) at constant workload (moderate and high intensity) were applied and EFL was evaluated by exercise flow-volume loops. We observed that during moderate intensity exercise the RMIG and LMIG presented with a significantly higher number of subjects with EFL compared to the CG, while no significant difference was observed among groups at high intensity exercise. Regarding the degree of expiratory flow limitation, the RMIG and LMIG showed significantly higher values at moderate intensity exercise when compared to the CG. At high intensity exercise, significantly higher values for the degree of expiratory flow limitation were observed only in the LMIG compared to the CG. We concluded that an EFL was only present in MI groups (recent and late) during moderate intensity exercise; whereas at high intensity exercise all groups presented EFL. Thus, EFL observed at moderate intensity exercise in both MI groups may be linked to the consequences of event and not to CAD. Following, the Study II aimed to investigate the indexes of circulatory (CP) and ventilatory power (VP) in CAD patients. Eighty-seven men were studied aged 40-65 years, being 42 subjects in the CAD group and 45 in the CG. CPX was performed on a treadmill and the following measures were obtained: 1) peak oxygen consumption (VO2), 2) peak heart rate (HR), 3) peak blood pressure (BP), 4) peak rate-pressure product (peak systolic BP x peak HR), 5) peak oxygen pulse = (peak VO2/peak HR), 6) the oxygen uptake efficiency (OUES), 7) the carbon dioxide production efficiency (VE/VCO2 slope), 8) CP (peak VO2 x peak systolic BP) and 9) VP (peak systolic BP/VE/VCO2 slope). The CAD group had significantly lower values for peak VO2, peak HR, peak systolic BP, peak rate-pressure product, peak oxygen pulse, the OUES, CP and VP and significantly higher values for peak diastolic BP and the VE/VCO2 slope compared to the CG. Furthermore, a stepwise regression analysis showed that CP was influenced by the group and VP was influenced both by group and by number of vessels with stenosis after treatment. Given the findings, we concluded that the indices of CP and VP were lower in men with CAD compared to CG. Thus, both studies brought important findings related to the responses of the cardiovascular, pulmonary and musculoskeletal systems of patients with CAD during physical exercise, bringing many contributions to clinical practice and assisting in the prescription of exercise training. / Esta tese constou de 2 estudos descritos a seguir. O Estudo I teve como objetivo verificar se a limitação ao fluxo expiratório (LFE) presente na moderada intensidade do exercício em sujeitos com infarto do miocárdio (IM) (conforme mostrado em estudo prévio realizado em nosso laboratório) já está presente naqueles com doença arterial coronariana (DAC) estável. Quarenta e um homens com idade entre 40 e 65 anos foram alocados em quatro diferentes grupos: 1) DAC estável (GDAC) (n=9), 2) IM recente (GIMR) (n=8), 3) IM tardio (GIMT) (n=12) e, 4) grupo controle saudável (GC) (n=12). Dois testes de exercício cardiopulmonar (TECP) em carga constante (moderada e alta intensidade) foram aplicados e a LFE foi avaliada por meio da alça fluxo-volume corrente durante o exercício. Nós observamos que durante a moderada intensidade do exercício somente os GIMR e GIMT apresentaram número significativamente maior de sujeitos com LFE comparados ao GC, enquanto nenhuma diferença significativa foi observada entre os grupos na alta intensidade do exercício. Em relação ao grau de LFE, tanto o GIMR como o GIMT apresentaram significativamente maiores valores de LFE na moderada intensidade do exercício comparado ao GC, e na alta intensidade do exercício foi observado maior grau de LFE somente para o GIMT em relação ao GC. Concluímos que a LFE esteve presente somente nos grupos com IM (recente e tardio) durante a moderada intensidade do exercício; já na alta intensidade do exercício todos os grupos apresentaram LFE. Diante do exposto, a LFE observada na moderada intensidade do exercício em ambos os grupos com IM pode estar relacionada às consequências do evento e não à DAC. Na sequência, o Estudo II objetivou investigar os índices da potência circulatória (PC) e ventilatória (PV) em pacientes com DAC comparados a indivíduos saudáveis. Para isso foram estudados oitenta e sete homens com idade entre 45 a 65 anos, sendo 42 sujeitos no grupo DAC e 45 no GC. Um TECP foi realizado em esteira e as seguintes variáveis foram obtidas: 1) consumo de oxigênio (VO2) pico, 2) frequência cardíaca (FC) pico, pressão arterial (PA) pico, duplo produto pico (PA sistólica pico x FC pico), 5) pulso de oxigênio pico (VO2 pico dividido pela FC pico), 6) eficiência ventilatória para o consumo de oxigênio (OUES), 7) eficiência ventilatória para a produção de dióxido de carbono (VE/VCO2 slope), 8) PC (VO2 pico x PA sistólica pico) e 9) PV (PA sistólica pico dividido pelo VE/VCO2 slope). O grupo DAC apresentou significativamente menores valores no pico do exercício de VO2, FC, PA sistólica, duplo produto, pulso de oxigênio, OUES, PC e PV e, significativamente maiores valores de PA diastólica e VE/VCO2 slope em relação ao GC. Além disso, uma análise de regressão pelo método stepwise mostrou que a PC foi influenciada pelo grupo e a PV tanto pelo grupo quanto pelo número de vasos com estenose pós tratamento. Diante dos achados, nós concluímos que os índices da PC e PV foram menores em homens com DAC comparados ao GC. Desta forma, ambos os estudos trouxeram importantes achados relacionados às respostas dos sistemas cardiovascular, pulmonar e musculoesquelético de pacientes com DAC durante o exercício físico, trazendo contribuições para a prática clínica e auxiliando na prescrição do treinamento físico.
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Avaliação das variáveis cardiorrespiratórias, metabólicas, marcadores inflamatórios e dos polimorfismos genéticos da APOB e da ECA, em pacientes com doença arterial coronariana e/ou fatores de risco submetidos ao treinamento físico intervaladoTamburús, Nayara Yamada 16 April 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-04-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Interval training (IT), combined with pharmacological therapy, has been strongly recommended for the management of coronary artery disease (CAD) and
control of cardiovascular risk factors. However, the best protocol to be used it is still unclear. In this regard, the IT protocols based on ventilatory anaerobic
threshold (VAT) can be an effective and safe strategy to prescribe the intensity of the exercise training as well as to promote improvement of the aerobic
functional capacity, metabolic profile, cardiac autonomic modulation and to reduce inflammatory markers. Moreover, the adaptive responses to IT may
differ between individuals. Part of this biological variability may be explained by the genetic polymorphisms involved in the synthesis of structural proteins or on the circulation enzymes. Based on this context, this thesis involved three studies. The first and second studies were conducted to investigate if the IT,
based on intensities between 70 and 110% of the workload obtained in the VAT, could be effective to improve functional aerobic capacity and metabolic
profile. Moreover, it was investigated if there was a relationship between the improvement in cardiac autonomic modulation with the reduction of the Creactive protein (CRP) in patients with CAD and/or cardiovascular risk factors. The results of the first study showed that the IT program increased aerobic
functional capacity and reduced body mass and body mass index. The second study found that after the IT program, there was an increase of the
parasympathetic autonomic modulation that was associated with a reduction in CRP levels. Given these findings, the third study was designed to investigate
the improvement of the functional aerobic capacity and changes in lipid profile induced by IT, in relation to the apolipoprotein B (APOB) and the angiotensinconverting
enzyme (ACE) genes polymorphisms. In this study, it was observed that the increase of the functional aerobic capacity was associated with the
presence of the ACE I allele, whereas patients with polymorphism -7673G>A, in the APOB gene, presented increase of the low-density lipoprotein (LDL) levels over time. Considering the findings from these studies, the IT protocol promoted improvement of cardiac autonomic modulation, increase of aerobic functional capacity, reduction of inflammation e improvement of metabolic profile. These benefits on the cardiovascular and metabolic systems contribute to control of cardiovascular risk factors and primary and secondary prevention of CAD. Moreover, this IT protocol provides new possibilities on cardiac rehabilitation field, with respect to exercise training prescription at the VAT level. / O treinamento físico intervalado (TFI) tem sido fortemente recomendado, combinado com a terapia farmacológica, para o manejo da doença arterial
coronariana (DAC) e controle dos fatores de risco cardiovascular. Entretanto, ainda há controvérsias com relação ao melhor protocolo a ser utilizado. Neste
sentido, os protocolos de TFI preconizados a partir do limiar de anaerobiose ventilatório (LAV) pode ser uma estratégia efetiva e segura para determinar a
intensidade de treinamento físico, além de ser capaz de promover melhora da capacidade funcional aeróbia, do perfil metabólico, da modulação autonômica cardíaca e redução de marcadores inflamatórios. Além disso, as respostas adaptativas promovidas pelo TFI podem diferir entre os indivíduos. Parte dessa variabilidade biológica pode ser explicada pelos polimorfismos genéticos envolvidos na síntese de proteínas estruturais e enzimas circulantes. Baseado neste contexto, esta tese envolveu três estudos. O primeiro e o segundo estudo
foram conduzidos para investigar se o TFI, baseado em intensidades entre 70 a 110% da potência obtida no LAV, pode ser uma estratégia que contribua
efetivamente para o ganho da capacidade funcional aeróbia e melhora do perfil metabólico; e se há uma relação entre a melhora da modulação autonômica da
frequência com a redução da proteína C-reativa (PCR-us) em pacientes com DAC e/ou fatores de risco cardiovascular. Os resultados do primeiro estudo
mostram que, o programa de TFI promoveu aumento da capacidade funcional aeróbia e redução da massa corporal e do índice de massa corporal. Já o
segundo estudo, verificou que aumento da modulação autonômica parassimpática foi associado com a redução dos níveis de PCR-us após o programa de TFI. Diante desses achados, o terceiro estudo foi dedicado no sentido de investigar a melhora da capacidade funcional aeróbia e as mudanças do perfil lipídico, frente ao TFI, em relação aos polimorfismos do gene da apolipoproteína B (APOB) e da enzima conversora de angiotensina (ECA). Neste estudo, foi observado que o aumento da capacidade funcional
aeróbia foi associado com a presença do alelo I do gene da ECA, enquanto que o aumento dos níveis da lipoproteína de baixa densidade (LDL), ao longo
do tempo, foi evidenciado nos pacientes com o polimorfismo -7673G>A do gene da APOB. Considerando os achados apresentados nos três estudos, o TFI proposto promoveu melhora da modulação autonômica cardíaca, aumento
da capacidade funcional aeróbia, redução da inflamação e melhora do perfil metabólico. Tais benefícios sobre o sistema cardiovascular e metabólico
contribuem efetivamente o controle dos fatores de risco cardiovascular, uma vez que a atenção primária à saúde tem se tornado uma estratégia efetiva para
o manejo da DAC. Além disso, o protocolo de TFI vislumbra novas possibilidades para a reabilitação cardíaca no que concerne a prescrição do
TFI individualizado.
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Acurácia da tomografia computadorizada de múltiplos detectores dual-source no diagnostico da doença arterial coronariana: revisão sistemática / Accuracy of Dual-Source Computed Tomography for the Diagnosis of Coronary Artery Disease: Systematic Review and Meta-analysisAline Monte de Mesquita 26 April 2010 (has links)
A Tomografia Computadorizada Dual-Source (TCDS) é uma tecnologia de imagem que permite a visualização da estenose coronária de uma maneira não-invasiva. Estudos recentes demonstraram uma alta acuracia deste teste diagnóstico, quando comparado ao padrão de referência, a angiografia coronária invasiva (ACI). O objetivo deste trabalho foi sintetizar as evidências de acurácia desta tecnologia por meio de uma revisão sistemática e uma síntese quantitativa (meta-análise) e avaliar possíveis diferenciais de acurácia relacionados aos seguintes subgrupos de pacientes: com frequência cardíaca elevada, arritmias cardíacas, escore de cálcio elevado e índice de massa corporal (IMC) elevado. Foi realizada uma busca bibliográfica nas bases de dados MEDLINE e LILACS no período de janeiro de 2000 a outubro de 2009. Foram selecionados estudos em inglês, espanhol e português que comparassem a TCDS com a ACI em pacientes com suspeita ou doença arterial coronariana (DAC) e que permitissem a extração de dados suficientes para a construção de uma tabela 2X2. Três avaliadores independentes extraíram as características dos estudos e resultados, com as divergências resolvidas por consenso. Foram incluídos 20 estudos na revisão sistemática, que utilizaram três unidades de análise: paciente, vaso e segmento arterial. Nas unidades de análises paciente, vaso e segmento arterial, os valores das sensibilidades sumárias foram respectivamente de 98% (IC de 95%, 96% a 99%), 94% (IC de 95%, 89-% a 97%) e 93% (IC de 95%, 89% a 95%) e das especificidades sumárias foram respectivamente 84% (IC de 95%, 76% a 89%), 92% (IC de 95%, 87% a 95%) e 96% (IC de 95%, 91% a 98%). Também foi avaliada a acurácia nos subgrupos de pacientes com frequência cardíaca elevada e escore de cálcio aumentado. Na análise por subgrupos de pacientes, a sensibilidade e especificidade se mantiveram altas em pacientes com frequência cardíaca elevada 93% (IC de 95%, 90% a 95%) e 98% (IC de 95%, 95% a 99%), respectivamente. Já em pacientes com elevada calcificação (> 400 unidades de agatston) a especificidade diminuiu bastante, caindo para 79% (IC de 95%, 25% a 98%). A evidência disponível aponta para uma elevada acurácia da TCDS para a detecção da estenose coronária. Entretanto, a população que mais se beneficiaria desta tecnologia população com dor torácica e risco intermediário de DAC geralmente não esteve incluída nos estudos. Foram incluídos pacientes com alta probabilidade pré-teste da doença, já que os estudos foram realizados usualmente em centros de referência, com indivíduos com indicação prévia de angiografia coronária invasiva / Dualsource computed tomography (DSCT) is an imaging technology that enables the visualization of coronary artery stenosis in a non-invasive way. Earlier studies showed high accuracy compared to conventional coronary angiography. The aims of this study were to evaluate the evidence of this technology using a meta-analytic process and its accuracy in different subgroups such as patients with high heart rates, arrhythmia, increased calcium score and high body mass index. A search of the literature in MEDLINE and LILACS was performed and articles published between January 2000 and October 2009. Studies in English, Spanish and Portuguese that compared DSCT with conventional coronary angiography performed for all patients and included sufficient data for compilation of 2 X 2 tables were included. Three investigators independently extracted the characteristics of the studies and differences were settled by consensus. Twenty studies were included in the systematic review, using three units of analysis: patient, vessels and segment. Analysis of patients, vessels and segments yielded a sensitivity of 98% (95% CI, 96% to 99%), 94% (95% CI, 89% to 97%) and 93% (95% CI, 89% to 95%) and a specificity of 84% (95% CI, 76% to 89%), 92% (95% CI, 87% to 95%) and 96% (95% CI, 91% to 98%), respectively. We also analyzed the accuracy of DSCT in subgroups of patients with high heart rate and increased calcium score. The analyses of patients subgroups demonstrated that sensitivity and specificity remained high in patients with high heart rate 93% (CI 95%, 90% to 95%) and 98% (CI 95%, 95% to 99%), respectively. In patients with increased calcium score (> 400 Agatston units) the specificity declined significantly, falling to 79% (95%, 25% to 98%). The available evidence points to a high accuracy of DSCT for the detection of coronary artery stenosis. However, the population who might benefit from this technology - individuals with chest pain and intermediate risk of coronary artery disease, CAD have not generally been included in the retrieved studies since the studies were usually conducted in reference centers where patients usually have an indication for invasive coronary angiography, and consequently a high pretest probability of CAD
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Efeitos da reabilitação cardiopulmonar sobre o tempo de tolerância ao exercício e a cinética do consumo de oxigênio em cardiopatas isquêmicos / Effects of cardiopulmonary rehabilitation in exercise tolerance time and oxygen kinetics in ischemic heart diseaseCarlos Alberto Cordeiro Hossri 01 October 2014 (has links)
Introdução: A reabilitação cardiopulmonar e metabólica (RCPM) é uma importante estratégia no tratamento da insuficiência cardíaca isquêmica. Entretanto, os seus principais mecanismos de melhora e as correlações com aumento na capacidade de exercício e menos sintomas ainda não estão totalmente esclarecidos. Objetivos: Investigar os efeitos de um programa multidisciplinar de RCPM sobre o tempo de tolerância ao esforço (TLim) e a resposta da fase rápida (fase II) da cinética do consumo de oxigênio (variável relacionada ao desempenho oxidativo muscular) em cardiopatas isquêmicos. Adicionalmente, avaliar as variáveis cardiovasculares, ventilatórias e metabólicas nos TCPE máximo (TRIM) e de endurance (TSCC), além da composição corporal pela bioimpedância elétrica, fração de ejeção (FE) e qualidade de vida. Métodos: Cento e seis pacientes com cardiopatia isquêmica encaminhados ao PRCPM foram submetidos ao TRIM em esteira rolante e, após intervalo de 1 a 7 dias, ao TSCC, com 80% da carga atingida no TRIM. Trinta e sete (37) pacientes foram excluídos, 31 por adesão < 50% às sessões de treinamento, 3 com IMC> 35kg.m-2 e 3 com FE<35%. Após 12 semanas de RCPM, 69 pacientes foram ressubmetidos aos mesmos testes e analisados os efeitos sobre o TLim, fase II da cinética do V\'O2 e a qualidade de vida. Resultados: Os pacientes tiveram evidente redução da sua limitação funcional e 95,6% tornaram-se classe I (pré-RCPM era 62,3%), 4,3% classe II (31,8% antes intervenção) e nenhum mais na classe III da NYHA (5,8% anteriormente), após a intervenção da RCPM. Apresentaram melhora significativa no desempenho ao esforço em ambos protocolos TRIM e TSCC, no entanto, o aumento no tempo de tolerância ao esforço foi quase 3 vezes superior no TSCC. Dentre os diversos sistemas avaliados pelo TCPE, o componente periférico foi o que apresentou melhora mais significativa, principalmente pelo incremento na fase II da cinética do V\'O2, com redução da constante de tempo (tau) ? (p<0,001) e de modo paralelo o mean response time (p <0,001), que engloba também a fase III. Houve redução dos índices isquêmicos ao esforço, bem como da densidade arritmogênica significativa em 37%. Houve melhora significativa em todos os domínios do questionário de vida (p<0,001) e modesta, mas com significância estatística na composição corporal pela BIE com incremento da massa magra e redução da massa gorda após treinamento e, também, da FE. A qualidade de vida se correlacionou com a fase II da cinética do V\'O2 (tau), tanto no sumário físico quanto mental. Na análise de regressão múltipla, o sumário físico pós-RCPM teve como variáveis preditoras a fase II da cinética do V\'O2 e a FE. Conclusões: A RCPM resultou em importantes benefícios fisiológicos e de qualidade de vida aos pacientes com cardiopatia isquêmica com CF predominante I e II. A qualidade de vida esteve associada à obtenção da resposta mais rápida da cinética do V\'O2, que reflete a melhora no metabolismo oxidativo muscular. O treinamento físico regular promoveu retardamento do limiar de isquemia miocárdica e redução da densidade arritmogênica. O TSCC, em relação ao TRIM, detectou ganhos de maior magnitude após o programa de RCPM, como o TLim, e proporcionou a mensuração de novos índices na avaliação das respostas à intervenção do treinamento físico como a cinética do V\'O2 / Introduction: Cardiopulmonary and Metabolic Rehabilitation (CPMR) is an important strategy in the treatment of ischemic heart failure. However, their main mechanisms of improvement and correlations with increased exercise capacity and fewer symptoms are still not fully understood. Objectives: To investigate the effects of a multidisciplinary CPMR program on exercise tolerance time (TLim) and the response of the fast phase (phase II) of the kinetics of oxygen consumption (variable related to muscle oxidative performance) in ischemic cardiomyopathy. Additionally, to evaluate cardiovascular, ventilatory and metabolic variables in maximal (Max) and endurance (End) cardiopulmonary tests, and body composition by bioelectrical impedance analysis, ejection fraction (EF) and quality of life. Methods: One hundred and six patients with ischemic cardiomyopathy referred to CPMR underwent Max on a treadmill and, after an interval of 1 to 7 days, the End with 80% load achieved in Max. Thirty-seven (37) patients were excluded, 31 with participation of <50% in the training sessions, 3 with BMI> 35kg.m-2 and 3 with EF <35%. After 12 weeks of CPMR, 69 patients underwent the same tests and analyzed the effects on TLim. Results: The patients had an evident reduction in functional limitation and 95.6% became Class I (pre-CPMR was 62.3%), 4.3% class II (31.8% before intervention) and no longer in class III (5.8% previously), after the intervention of the CPMR. They had significant improvement in performance when effort on both Max and End protocols, however, the increase in exercise tolerance time was nearly 3 times higher in End. Among the various systems assessed by CPET, peripheral component showed the most significant improvement, especially the increase in the phase II kinetics V\'O2, reducing the time constant (tau) ? (p <0.001) and so parallel the mean response time (p <0.001), which also includes the phase III. There was a reduction of ischemic effort indices as well as the significant arrhythmogenic density by 37%. There was significant improvement in all domains of quality of life (p <0.001) and modest, but with statistical significance, in body composition by bioelectrical impedance with increasing lean mass and decreasing fat mass after training and also the EF. The quality of life was correlated with the phase II kinetics V\'O2 (tau), both physical and mental domains. In multiple regression analysis, the physical summary post CPMR had as predictors phase II kinetics V\'O2 and EF. Conclusions: The CPMR has resulted in important physiological benefits and quality of life for patients with ischemic heart disease with predominant NYHA I and II. The quality of life was associated with obtaining more rapid response kinetics V\'O2, reflecting the improvement in muscle oxidative metabolism. Regular physical training promoted retardation in the threshold of myocardial ischemia and reduced arrhythmogenic density. The End, when compared to Max, detected gains of greater magnitude after CPMR as Tlim, and provided the measurement of new indices in the evaluation of responses to the intervention of physical training as the kinetics of V\'O2
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Eficácia da aplicação de ondas de choque para indução ao crescimento vascular em pacientes com angina refratária: avaliação pela ecocardiografia de perfusão miocádica em tempo real / Efficiency of shock wave application to induce vascular growth in patients with refractory angina: assessment by real-time myocardial perfusion echocardiographyConrado Lelis Ceccon 06 April 2018 (has links)
A doença arterial coronariana crônica apresenta alta prevalência e morbidade na população, manifestando-se como uma síndrome clínica caracterizada por sintomas álgicos tipicamente desencadeados ou agravados pelo esforço físico - a angina. Define-se a angina como refratária na presença de isquemia miocárdica documentada não passível de tratamento por meio de revascularização e não controlada a despeito do tratamento farmacológico máximo tolerado. O uso de terapia com ondas de choque extracorpóreas no tratamento da isquemia miocárdica tem sido proposto como uma alternativa promissora para o alívio dos sintomas anginosos e melhora da carga isquêmica por meio da promoção de vasodilatação e neoangiogênese. No presente estudo, avaliamos o efeito da terapia guiada com ondas de choque na reserva de fluxo miocárdico, obtida pela ecocardiografia de perfusão miocárdica em tempo real (EPMTR), em pacientes com angina refratária. Determinamos, também, as implicações da terapia com ondas de choque nas variáveis clínicas por meio da avaliação da classe funcional de angina pelo escore da Canadian Cardiovascular Society (CCS), capacidade funcional pelo escore de insuficiência cardíaca da New York Heart Association (NYHA) e qualidade de vida pelo Seattle Angina Questionnaire (SAQ), assim como nas variáveis ecocardiográficas. Foram estudados 15 pacientes com angina refratária procedentes do Ambulatório de Angina Refratária do Instituto do Coração (InCor, HC-FMUSP), os quais foram submetidos a 9 sessões de terapia com ondas de choque, ao longo de 9 semanas, e acompanhados por um período de 6 meses após a conclusão do tratamento. A dinâmica das microbolhas no miocárdio foi quantificada pela EPMTR utilizando programas computacionais específicos, tanto em repouso como durante o estresse pelo dipiridamol (0,84 mg/Kg). A reserva de volume miocárdico normatizada (Anor), a reserva de velocidade de repreenchimento de microbolhas no miocárdio (?) e a reserva de fluxo miocárdico (Anor x ?) foram obtidas pela relação entre os parâmetros de fluxo durante a hiperemia e o repouso, antes e 6 meses após o tratamento com ondas de choque. Nos 15 pacientes incluídos no estudo, avaliamos 32 segmentos com isquemia miocárdica submetidos à terapia, 31 segmentos com isquemia miocárdica não submetidos à terapia e 60 segmentos não isquêmicos. Os pesquisadores que realizaram as quantificações da EPMTR não tinham conhecimento dos dados clínicos no momento da análise de perfusão. A média etária da amostra foi de 61,5 (± 12,8) anos com predomínio do sexo masculino (67%), sendo que 93% deles apresentavam doença multiarterial. Após 6 meses da conclusão da terapia com ondas de choque, foi observada uma melhora da classe de angina (CCS) de 3,20 ± 0,56 para 1,93 ± 0,70 (p = 0,0001) e de insuficiência cardíaca (NYHA) de 2,8 ± 0,56 para 2,33 ± 0,81 (p = 0,048), resultados que foram concordantes com os achados do SAQ, o qual evidenciou melhora significativa da pontuação em todas as categorias (análise global com incremento da pontuação média de 42,33 ± 13,0 para 71,16 ± 14,3; p = 0,0001). Houve uma variação da fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 50,30 ± 13,1% para 53,20 ± 10,6% (p = 0,049) na ausência de alterações no diâmetro diastólico final (de 53,80 ± 6,61 mm para 53,53 ± 7,05 mm; p = 0,81), no volume diastólico final (de 134,67 ± 34,33 mL para 146,13 ± 59,45 mL; p = 0,29) ou na função diastólica. A análise da perfusão miocárdica pela EPMTR evidenciou um aumento significativo da reserva de fluxo miocárdico (Anor x ?) de 1,33 ± 0,22 para 1,74 ± 0,29 (p = 0,0001) e também da reserva Anor de 1,02 ± 0,21 para 1,24 ± 0,33 (p = 0,004) nos segmentos isquêmicos submetidos à terapia com ondas de choque, mas não da reserva beta (de 1,33 ± 0,24 para 1,47 ± 0,35; p = 0,055). Não houve alterações significativas na perfusão miocárdica nos segmentos isquêmicos não tratados ou nos segmentos não isquêmicos. A análise global demonstrou uma melhora na reserva de fluxo miocárdico (de 1,78 ± 0,54 para 1,89 ± 0,49; p = 0,017) e na reserva beta (de 1,63 ± 0,43 para 1,70 ± 0,40; p = 0,039). Não foram registrados eventos cardiovasculares maiores durante o período de acompanhamento. Concluímos que a EPMTR foi capaz de identificar melhora da reserva de fluxo miocárdico nos segmentos submetidos à terapia com ondas de choque, possivelmente devido à neoproliferação vascular. Os resultados sugerem que a terapia com ondas de choque em pacientes com angina refratária é segura e tem o potencial de melhorar a isquemia miocárdica nos segmentos isquêmicos tratados, com impacto nos sintomas e na qualidade de vida / Chronic coronary artery disease shows high prevalence and morbidity levels in general population. In the clinical scenario, it is usually characterized by pain symptoms typically triggered or aggravated by physical effort - the angina. Refractory angina is defined as a documented and uncontrolled myocardial ischemia, untreatable by revascularization, despite maximum tolerated drug therapy. The use of extracorporeal cardiac shock wave therapy to treat myocardial ischemia has been suggested as a promising alternative to relieve angina symptoms and improve the ischemic load by promoting vasodilation and neoangiogenic phenomena. In the present study, we evaluated the effect of guided shock wave therapy on myocardial flow reserve, determined by real-time myocardial perfusion echocardiography (RTMPE), in patients with refractory angina. We also evaluated the implications of shock wave therapy in clinical variables by assessing the Canadian Cardiovascular Society (CCS) grading of angina pectoris, New York Heart Association (NYHA) functional classification and quality of life by the Seattle Angina Questionnaire (SAQ), as well as echocardiographic variables. Fifteen patients with refractory angina, from the refractory angina outpatient clinic of the Instituto do Coração (InCor, HC-FMUSP), were studied. Each patient underwent 9 shock wave therapy sessions over the course of 9 weeks and was followed for 6 months once the treatment was concluded. Using specific software, myocardial microbubble dynamics was quantified by RTMPE at rest as well as in stress by dipyridamole (0.84 mg/Kg). Normalized myocardial blood (Anor) reserve, myocardium microbubbles replenishment rate (?) reserve and myocardial flow reserve (Anor x ?) were obtained by the ratio of flow parameters during hyperemia and rest, before and 6 months after treatment. In the 15 patients included in the study, we evaluated 32 segments with myocardial ischemia submitted to therapy, 31 segments with myocardial ischemia not submitted to therapy and 60 non-ischemic segments. Researchers were blinded to all clinical data at the time of the perfusion analysis. Patients had mean age of 61.5 (± 12.8) years old, were predominantly men (67%), and 93% presented multiarterial disease. Six months after the completion of shock wave therapy, an improvement in CCS grading of angina pectoris was observed from 3.20 ± 0.56 to 1.93 ± 0.70 (p = 0.0001) and in NYHA functional classification (from 2.80 ± 0.56 to 2.33 ± 0.81; p = 0.048), results consistent with those found by SAQ, which evidenced a significant score improvement in all categories (global analysis with average score increased from 42.33 ± 13.0 to 71.16 ± 14.3; p = 0.0001). There was a variation in the left ventricular ejection fraction (from 50.3 ± 13.1% to 53.20 ± 10.6%; p = 0.049) in the absence of changes in end-diastolic diameter (from 53.80 ± 6.61 mm to 53.53 ± 7.05 mm; p = 0.81), the end-diastolic volume (from 134.67 ± 34.33 mL to 146.13 ± 59.45 mL; p = 0.29) or the diastolic function. Myocardial perfusion analysis by RTMPE evidenced a relevant increase in myocardial flow reserve (Anor x ?) from 1.33 ± 0.22 to 1.74 ± 0.29; p = 0.0001, as well as in the Anor reserve from 1.02 ± 0.21 to 1.24 ± 0.33 (p = 0.004) in ischemic segments submitted to shock wave therapy, but not in ? reserve (from 1.33 ± 0.24 to 1.47 ± 0.35; p = 0.055). There was no significant myocardial perfusion alteration in untreated ischemic segments or non-ischemic segments. Global analysis showed an improvement in myocardial flow reserve (from 1.78 ± 0.54 to 1.89 ± 0.49; p = 0.017) and ? reserve (1.63 ± 0.43 to 1.70 ± 0.40; p = 0.039). No major cardiac events were registered during the follow-up period. We concluded that RTMPE was able to identify an increase in myocardial flow reserve in the segments submitted to shock wave therapy, possibly due to vascular neoproliferation. Results suggest that shock wave therapy on patients with refractory angina is safe, with the potential to improve myocardial ischemia on treated ischemic segments, and positively affect symptoms and quality of life
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