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O (in)divíduo compulsivo: uma genealogia na fronteira entre a disciplina e o controle

Siqueira, Leandro Alberto de Paiva 16 October 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:57:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Leandro Alberto de Paiva Siqueira.pdf: 3521197 bytes, checksum: 69a587110b1ceae987343d261e25189e (MD5) Previous issue date: 2009-10-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Beginning in the 1990s, diverse habits, conducts, and daily-life behaviors, when practised in excess, in an uncontrolled or repetitive manner began to be biologized by psychiatry and progressively included in diagnostic manuals of mental disorders. Generically known by the term compulsions, these "new mental disorders" group together thoughts and desires that provoke discomfort, fear, and anxiety the activities whose engagement brings pleasure such as playing, eating, buying, doing physical exercise, working, sex, surfing the internet, using substances that alter perception, relationships, and religion. The emergency of compulsions as a new "epidemic" to be combatted against occurred at the same that psychiatry went through a reformulating process of its practices and knowledge thanks to new computo-informational technologies, the development of modern psychopharmaceuticals, and the incorporation of the contents regarding the mental and human behavior produced by the neurosciences. This research aims to trace a genealogy of compulsions in order to problematize dispositifs of power that operate subjects at the moment when disciplinary societies, analyzed by Michel Foucault, come to be overlapped by control societies, as pointed out by Gilles Deleuze. In this change, the asylum no longer is the principal economy of power in the formatation of subjectivities, in order to be substituted by technologies that operate in open air and result in normalizations of the normal. They are technologies that combine subjections and machinic servitudes, promoting processes of (in)dividuation, and take place on an environment by means of flows of mental health that convokes the policing of "disfunctions", the auto-vigilance of behaviors and conducts, and the formation of organized groupings of carriers of disorders. Understood as unfoldings of neoliberal governamentality, compulsions are configured as one more dispositif of an "era of moderation and moderates" and of the proliferation of the sensations of liberty / A partir dos anos 1990, diversos hábitos, condutas e comportamentos da vida cotidiana, quando praticados em excesso, de maneira descontrolada ou repetitiva passaram a ser biologizados pela psiquiatria e progressivamente incluídos em manuais de diagnósticos de transtornos mentais. Conhecidos genericamente pelo termo compulsões, estes novos transtornos mentais reúnem desde pensamentos e desejos que provocam desconforto, medo e ansiedade a atividades cujo engajamento traz prazer como jogar, comer, comprar, fazer exercícios físicos, trabalhar, sexo, navegar na Internet, usar substâncias que alterem a percepção, relacionamentos e religião. A emergência das compulsões como nova epidemia a ser combatida ocorreu simultaneamente à psiquiatria passar por um processo de reformulação de suas práticas e conhecimentos graças às novas tecnologias computoinformacionais, ao desenvolvimento de modernos psicofármacos e à incorporação de conteúdos sobre o mental e o comportamento humano produzidos pelas neurociências. Esta pesquisa visa traçar uma genealogia das compulsões a fim de problematizar dispositivos de poder que operam assujeitamentos no momento em que as sociedades disciplinares, analisadas por Michel Foucault, passam a ser sobrepostas pelas sociedades de controle, como apontou Gilles Deleuze. Neste deslocamento, o manicômio deixa de ser a principal economia de poder na formatação de subjetividades, para ser substituído por tecnologias que operam a céu aberto e procedem a normalizações do normal. São tecnologias que combinam sujeições e servidões maquínicas, promovendo processos de (in)dividuação, e incidem sobre o ambiente por meio de fluxos da saúde mental que convocam ao policiamento de disfunções , à autovigilância de comportamentos e condutas e à formação de agrupamentos organizados de portadores de transtornos. Entendidas como desdobramentos da governamentalidade neoliberal, as compulsões configuram-se como mais um dispositivo de uma era da moderação e dos moderados em meio à proliferação de sensações de liberdade
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Caracterização dos sintomas obsessivo-compulsivos em pacientes com esquizofrenia em uso de clozapina ou haloperidol / Characterization of obsessive-compulsive symptoms in patients with schizophrenia treated with clozapine or haloperidol

Sá Júnior, Antônio Reis de 31 March 2008 (has links)
Métodos: Foi utilizado o SCID-IP para o diagnóstico de esquizofrenia e do TOC. Sessenta pacientes responderam às escalas DY-BOCS, Y-BOCS, PANSS e CGI. Os testes Qui-quadrado com correção de Yates, Mann-Whitney U e Kruskal-Wallis foram usados na análise estatística. Resultados: Dentre os sessenta pacientes avaliados, dez (16,7%) apresentavam critérios diagnósticos pelo DSM-IV para esquizofrenia e TOC; treze (21,7%) tinham SOC, mas não TOC e trinta e sete (61,6%) não tinham TOC ou SOC. A prevalência de TOC ou SOC foi semelhante em pacientes tomando clozapina ou haloperidol (40% VS 35%, respectivamente). Contudo, pacientes tomando clozapina apresentaram maior gravidade dos SOC quando comparados aos pacientes tomando haloperidol. (P= 0.027). Pacientes com esquizofrenia e TOC apresentaram maior gravidade dos sintomas da esquizofrenia quando comparados aos pacientes com esquizofrenia sem SOC (P= 0.002). Conclusões: Apesar da presença de SOC ou TOC ter sido semelhante entre os grupos tomando clozapina ou haloperidol, pacientes em uso de clozapina apresentaram escores mais elevados na YBOCS. Estes resultados podem sugerir uma associação entre a exacerbação do fenômeno obsessivo-compulsivo e o uso de clozapina. Pacientes com esquizofrenia e TOC apresentaram uma maior gravidade dos sintomas da esquizofrenia comparativamente aos demais grupos / Objective: We conducted a cross-sectional study to compare the prevalence and severity of obsessive-compulsive symptoms (OCS) and obsessive-compulsive disorder (OCD) in patients with schizophrenia treated with clozapine or haloperidol. Methods: SCID-I/P was used for the diagnoses of schizophrenia and OCD. Sixty subjects completed Y-BOCS, PANSS and CGI scales. Chi-square with Yates correction, Mann-Whitney U and Kruskal-Wallis tests were used for the statistical analyses. Results: Among the sixty schizophrenia patients evaluated, ten (16,7 %) met DSM-IV criteria for both schizophrenia and OCD; thirteen (21,7 %) had OCS but not OCD and thirty-seven (61,6 %) had neither OCD nor OCS. The prevalence of OCD or OCS was similar in patients taking clozapine or haloperidol (40% vs 35%, respectively). However, patients using clozapine showed higher severity of OCS than patients using haloperidol (P= 0,027). Patients with schizophrenia and OCD also showed higher severity of schizophrenic symptoms when compared to patients with schizophrenia without OCS (P= 0,002). Conclusions: Although the presence of OCS or OCD was similar between the groups taking clozapine or haloperidol, patients using clozapine showed higher scores in the YBOCS. These results may support an association between the exacerbation of obsessive-compulsive phenomena and the use of clozapine. Patients with schizophrenia and OCD showed a higher severity on psychotic symptoms than the other groups
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"Transtornos do espectro obsessivo-compulsivo e febre reumática : um estudo de transmissão familiar" / Obsessive-compulsive spectrum disorders and rheumatic fever: a family study.

Hounie, Ana Gabriela 20 August 2003 (has links)
Resumo HOUNIE, A.G. Transtornos do espectro obsessivo-compulsivo e febre reumática: um estudo de transmissão familiar. São Paulo, 2003. 174p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo. A febre reumática (FR) é uma doença autoimune causada por anticorpos desenvolvidos contra o estreptococo beta hemolítico do grupo A (SBHGA). Estudos recentes amparam a noção de que a FR esteja associada ao transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), independentemente da presença de outras manifestações no sistema nervoso central (ex.: coréia de Sydenham - CS). O TOC freqüentemente surge acompanhado por outros transtornos, como aqueles denominados de transtornos do espectro obsessivo (TEO), entre eles, a síndrome de Tourette (ST), o transtorno de tiques crônicos (TTC) e o transtorno dismórfico corporal (TDC). Alguns deles parecem apresentar uma relação geneticamente determinada. Um subgrupo de TOC é geneticamente relacionado à ST, podendo ser considerado uma expressão fenotípica alternativa de seu genótipo. Um recente estudo de famílias de portadores de TOC encontrou alta freqüência de TDC nos seus familiares de primeiro grau, além de transtornos de tiques. Neste estudo de famílias buscamos verificar a freqüência de TOC e TEO relacionados em familiares de portadores de FR, com ou sem CS e em um grupo controle, na tentativa de determinar se existe agregação familiar desses transtornos em famílias com FR. Foram avaliados 98 probandos e seus 381 familiares de primeiro grau (FPG). Dos 98 probandos, 31 eram portadores de FR sem CS, 28 tinham FR com CS e 39 eram controles sem FR recrutados em um ambulatório de ortopedia. Entrevistadores treinados avaliaram os sujeitos por meio de entrevistas semi-estruturadas (KSADS e SCID). Vinhetas clínicas foram elaboradas e avaliadas por psiquiatras independentes que faziam a melhor estimativa diagnóstica (best estimate diagnosis). Estes avaliadores eram cegos quanto a se os sujeitos eram probandos ou familiares e quanto ao grupo a que pertenciam. As comparações entre as freqüências dos transtornos entre os três grupos foram feitas por meio dos testes de Fisher, qui-quadrado, pelas Equações de Estimação Generalizadas (GEE) e pela análise de Kaplan-Meier. Resultados foram considerados estatisticamente significantes quando o nível descritivo (p, bicaudado) do teste foi menor ou igual a 0,05. Os TEO combinados foram mais freqüentes em FPG de portadores de FR como um todo (com e sem CS) do que em FPG de probandos controles (p=0,03). O TTC foi mais freqüente em FPG de probandos com CS do que FPG de controles (p=0,05). O TAG foi mais freqüente em FPG de portadores de FR do que em FPG de controles (p=0,008). Subdividindo os probandos baseados na presença de um TEO, os transtornos de tiques somados (p,GEE=0,01), o TDC (p,GEE=0,02), e o TAG (x2=0,004) individualmente e os TEO combinados (p,GEE=0,02) foram mais freqüentes em FPG de portadores de FR na presença de TEO comparados aos FPG de controles. Os TEO foram mais freqüentes (sem alcançar significância estatística, p=0,09) nos FPG de portadores de FR sem um TEO do que nos FPG de controles. A febre reumática nos probandos elevou o risco de seus familiares apresentarem um TEO. Esse risco foi ainda maior se o probando, além de apresentar FR, tinha ele próprio um TEO. É possível que um subgrupo da FR seja relacionado a TEO e que fatores de susceptibilidade para FR e para TEO tenham um efeito aditivo. Portanto, a FR pode ser considerada um fator de risco para TEO. / Summary Hounie, A.G. Obsessive-compulsive spectrum disorders and rheumatic fever: a family study. São Paulo, 2003. 174p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo. Rheumatic fever (RF) is an autoimmune disease caused by antibodies against group A beta hemolytic streptococcus (GABHS). Some studies support the notion that RF be associated with obsessive-compulsive disorder (OCD) independent of its manifestations on the central nervous system (eg., Sydenham’s Chorea - SC). OCD is often accompanied by other disorders, which are known as obsessive-compulsive spectrum disorders (OCSD), such as Tourette syndrome (TS), chronic tic disorder (CTD) and body dysmorphic disorder (BDD). Some of those putative OCSD seem to share a genetic relationship. An OCD subgroup is genetically related to TS, being considered an alternative phenotype. A recent OCD family study found higher rates of BDD and tic disorders among first-degree relatives (FDR) of OCD probands. This is a family study that assessed the frequency of OCD and OCSD in first-degree relatives of RF probands (with and without SC) in order to verify if there was aggregation of those disorders in RF families. We assessed 98 probands and their 381 first-degree relatives. Of the 98 probands, 31 had RF without SC, 28 had RF with SC and 39 were controls without RF recruited in an orthopedic clinic. Trained interviewers assessed subjects with semi-structured interviews (KSADS and SCID). Clinical vignettes were elaborated and evaluated by independent psychiatrists that assigned best estimate diagnosis. These raters were blind to subject status regarding group and if they were probands or relatives. Comparisons between frequencies of disorders were done with Fisher and chi-square tests, generalized estimated equations (GEE), and Kaplan-Meier survival analyses. Results were considered statistically significant if their level of significance was less or equal to 0.05 (p, two-tailed). OCSD combined were more frequent in FDR of RF probands (with or without SC) than in FDR of controls (p=0.03). CTD was more frequent in FDR of SC probands than FDR of controls (p=0.05). Generalized anxiety disorder (GAD) was more frequent in FDR of RF probands than in FDR of controls (p=0.008). Subdividing probands based on the presence of an OCSD, tic disorders combined (GEE, p=0.01), BDD (GEE, p=0.02), GAD (x2=0.004), and OCSD combined (GEE, p=0.02) were more frequent in FDR of RF probands with an OCSD than in FDR of controls. OCSD were also more frequent (non-significantly, p=0.09) in FDR of RF probands without an OCSD than in FDR of controls. RF in the probands increased the risk of OCSD in their family members. This risk was even higher if the proband had RF plus an OCSD. It is possible that a subgroup of RF is associated to OCSD and susceptibility factors linked to RF and to OCSD may have an additive effect. Therefore RF may be a risk factor for OCSD.
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Impacto do tratamento de crianças e adolescentes com transtorno obsessivo-compulsivo sobre a ansiedade parental, acomodação familiar e ambiente familiar / Impact of pediatric obsessive-compulsive disorder treatment on parental anxiey, family accommodation and family environment

Gorenstein, Gabriela 25 February 2015 (has links)
O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) afeta de 2% a 4% da população pediátrica. Entre os fatores associados com a pior resposta ao tratamento do TOC pediátrico encontram-se a presença de sintomas de ansiedade nos pais, presença de histórico psiquiátrico nos familiares de primeiro grau, maior grau de acomodação familiar (AF) e ambiente familiar com características disfuncionais. No entanto, poucos estudos até o momento investigaram a variação da ansiedade parental, da acomodação familiar e do ambiente familiar em relação à resposta ao tratamento do TOC pediátrico. Nesse estudo foram avaliados, prospectivamente, 43 pais (31 mães e 12 pais) de 33 jovens com TOC (7 a 17 anos), antes e após o tratamento de seus filhos por 14 semanas com Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) em grupo ou com fluoxetina. Os instrumentos utilizados para avaliar os pais foram: o Inventário de Ansiedade Traço e Estado (IDATE), a Escala de Acomodação Familiar (FAS), a Escala de Ambiente Familiar (FES-R) e um questionário para avaliar a presença de sintomas ansiosos, sintomas obsessivo-compulsivos (SOC), sintomas depressivos e uso nocivo de substâncias nos familiares de primeiro grau dos jovens com TOC. Os sintomas dos filhos foram avaliados pela Escala Yale-Brown de Sintomas Obsessivo-Compulsivos (Y-BOCS). De modo geral, os pais não apresentaram redução significativa da ansiedade traço ou estado, e não foi observada associação entre a variação da ansiedade parental e a melhora clínica dos filhos. No entanto, para os pais cujos familiares de primeiro grau não tinham sintomas psiquiátricos, houve associação significativa entre a redução da ansiedade traço e estado com a melhora clínica dos filhos. A acomodação familiar diminuiu após o tratamento dos filhos, e essa redução associou-se à melhora clínica dos jovens. No ambiente familiar, as subdimensões coesão e lazer aumentaram após o tratamento dos filhos, sendo que a variação da gravidade do TOC associou-se com a variação da coesão familiar. Esses resultados indicam que, mesmo sem uma abordagem focada na família, o tratamento do TOC pediátrico pode exercer impacto positivo sobre a acomodação familiar e o ambiente familiar. Estudos futuros poderão esclarecer as influências recíprocas entre esses fatores familiares e o tratamento do TOC pediátrico / Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) occurs in 2% to 4% of the pediatric population. A worse prognosis has been associated with the presence of anxiety symptoms among parents, the presence of psychiatric symptoms among first-degree relatives, higher levels of family accommodation (FA) and a greater dysfunction in the family environment. So far, few studies have investigated the associations between the variation of parental anxiety, family accommodation and family environment with the response to pediatric OCD treatment. Forty-three subjects, 31 mothers and 12 fathers, of 33 children and adolescents with OCD (between 6 to17 years old), were evaluated before and after treatment of their children with group Cognitive-Behavioral Therapy (CBT) or fluoxetine for 14 weeks. The instruments used to assess the parents were: the State-Trait Anxiety Inventory (STAI), the Family Accommodation Scale (FAS), the Family Environment Scale - Real form (FES-R), and a questionnaire to assess the presence of anxiety symptoms, obsessive-compulsive symptoms, depressive symptoms and substance abuse in the first degree relatives of the youths. The children\'s symptoms were assessed by the Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (Y-BOCS). After their children\'s treatment, parents showed no significant reduction in their trait or state anxiety, and parental anxiety was not related to children\'s response to treatment. However, a decrease in anxiety levels after treatment was observed among those whose first degree-relatives did not report psychiatric symptoms. Family accommodation decreased after the children\'s treatment, and this decrease accompanied the children\'s clinical improvement. In the family environment, the sub-dimensions cohesion and leisure increased after the children\'s treatment, and cohesion accompanied the children\'s clinical improvement. These results suggest that, even without a family-focused approach, the child-focused treatment of pediatric OCD may have a positive impact on family accommodation and family environment. Future studies should further clarify the reciprocal influences of family factors and the treatment of pediatric OCD
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Do uso da ironia na neurose obsessiva: destrutividade e criação sublimatória / The use of irony in obsessional neurosis: destruction and sublimation creation

Souza, Ramon Jose Ayres 30 March 2012 (has links)
Esta pesquisa parte de uma indicação de Freud, encontrada no caso do Homem dos Ratos, de que a ironia não estaria atrelada às forças compulsivas. Assim, com o objetivo de investigar o uso da ironia nesse tipo específico de neurose, destaca-se inicialmente a necessidade de percorrer as teorizações acerca da neurose obsessiva ao longo da obra freudiana. O percurso demonstra que a renúncia da destrutividade culmina nas defesas sintomáticas obsessivas. Com a segunda tópica, essas formações tornam-se consequências da submissão do Eu à severidade do Supereu. A regressão à fase sádico-anal também passa a ser atribuída à desfusão pulsional e à proeminência da pulsão de morte. De fato, percebe-se que os estudos sobre neurose obsessiva conduzem Freud a um maior entendimento da destrutividade, exigindo reorganizações teóricas nas esferas clínica, metapsicológica e cultural. Deste modo, diante do exposto na primeira parte, o estudo possibilita a tradução do modo de ser obsessivo em uma retórica própria, denominada de retórica anal da reatividade e da supermoralidade. Associa-se a esta retórica figuras de linguagem que visam atenuar, interromper, anular e corrigir desejos, tais como o eufemismo, as reticências, a elipse e a epanortose. Já a presença da negativa (Verneinung) sinaliza uma possibilidade de constatação do recalcado sem aceitação do conteúdo. De posse de uma retórica obsessiva, a segunda parte do estudo compreende a ironia à luz da teoria freudiana. A obra do Witz tem uma relevância particular nesse entendimento ao proporcionar: o único momento em que Freud define ironia; e o primeiro modelo de sublimação em Freud a partir de uma estética da criação verbal. Já a teoria freudiana do humor, juntamente com a obra de Kupermann, contribui para a articulação da sublimação com o campo do trágico. É o caso do humor irônico presente no comentário do condenado à morte: Bem, a semana começa bem!. É evidenciado, assim, o trabalho da desidealização na passagem de uma identificação narcísica para uma identificação sublimatória, o que colabora para a hipótese de uma possível flexibilização identificatória na neurose obsessiva via desidealização (humorística e irônica). Em seguida são analisados dois exemplos de uso da ironia em casos freudianos (O Pequeno Hans e a Jovem Homossexual). A ironia é percebida como ceticismo e vingança à palavra do pai, aproximada ora da denegação, ora do desmentido. Por fim, a última etapa do trabalho dedica-se à exposição das relações entre destrutividade e criação na psicanálise, mais particularmente no tocante à problemática da sublimação das pulsões destrutivas. Portanto, diante das balizas teóricas traçadas, concluise que o uso da ironia na neurose obsessiva compreende quatro tempos: o tempo do inconsciente, onde a palavra é recalcada; o tempo da constatação, onde a palavra é denegada; o tempo transgressor, onde a palavra é sádica; e o tempo do desamparo, onde o uso é criativo e a palavra é sublimada / This research is part of a Freud indication, found in \"The Rat Man\", which tells that irony is not linked to the compulsive forces. So in this sense, aiming at investigating the use of irony in this kind of neurosis, the need to go about the obsessional neurosis theories is a must-do at first, in the course of Freud`s work. This line of thought proves that the destruction resignation leads to the symptomatic obsessive defenses. With the second topography, these formations become a result of the Ego submission to the Super-ego severity. The regression to the anal-sadistic stage is also related to the instinctual defusion and the prominence to death instincts. In fact, we can notice that the studies on obsessive neurosis lead Freud to a wider understanding of destructivity, demanding theoretical reorganizations in the clinical, metapsychological and cultural fields. This way, from what could be gathered, the study enables the translation of the obsessive way of being in a proper rhetoric, named reactivity and super-morality anal rhetoric. This is attached to figures of speech that aim at diminishing, interrupting, blocking and correcting desires, such as euphemism, ellipsis and epanorthosis. As for the presence of negation (Verneinung), this makes it possible to confirm the repressed without a content acceptance. Bearing an obsessive rhetoric, the second part of the study analyzes irony in accordance with Freud`s theory. The Witz work has particular importance in this understanding as it provides: the only moment when Freud defines irony; and the first sublimation moment in Freud starting from the verbal creation aesthetics. As for the Freudian theory of humor, together with Daniel Kupermann`s work, it contributes to the bond between sublimation and the idea of tragedy. That`s the case of ironic humor which shows up in the comments of the sentenced to death: Well, the week starts well!. It`s proved, then, the work of deidealization in the passage of a narcissistic identification to a sublimating identification, what contributes to the hypothesis of a possible identifying flexibilization of obsessive neurosis through deidealization (humorous and ironic). Then, two examples of the use of irony in Freudian cases will be analyzed, The Little Hans and Homosexuality in a Woman. Irony is perceived as skepticism and revenge to the father words, closer sometimes to negation and some other times to denial. At last, the final stage of this job refers to the explanation on the relations between destructivity and creation within psychoanalysis, especially in what refers to the problem of sublimation of destructive instincts. Finally, in light of all the preset theory bases, it could be stated that the use of irony in the obsessional neurosis bears four times: unconscious time, when word is repressed; confirmation time, when word is denied; transgressive time, when word is sadistic; and helplessness, when use is creative and word is sublimated
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Contribuições da perspectiva evolucionista para a compreensão do transtorno obsessivo-compulsivo / Contributions of evolutionary perspective for the understanding of obsessive compulsive disorder

Almeida, Maria Isabel Fabrini de 14 September 2007 (has links)
O presente trabalho tem como objetivo avaliar as contribuições da perspectiva evolucionista para a compreensão dos processos psicológicos humanos, e em particular para o entendimento das psicopatologias, com especial atenção para o transtorno obsessivo-compulsivo, resgatando também algumas proposições levantadas em um trabalho anterior a partir da investigação de estereotipias comportamentais apresentadas por animais em cativeiro, na busca de possíveis contribuições para a compreensão de seu análogo nos humanos. Para cumprir este objetivo, são descritos os níveis de análise característicos da aplicação da abordagem evolucionista, sendo discutida a noção de patologia, e mais especificamente psicopatologia, numa perspectiva evolucionista. Dentro do campo da psicologia evolucionista, são discutidos os conceitos de modularidade da mente, sistemas funcionais e ambiente de adaptação evolutiva. É realizada então a exploração de uma psicopatologia humana específica, o transtorno obsessivo-compulsivo, ou TOC, descrevendo sua fenomenologia e destacando a classificação das diferentes categorias de sintomas, que servirão como um parâmetro para o levantamento de hipóteses evolucionistas. É discutida a presença de comportamentos compulsivos e ritualizados fora do contexto da psicopatologia, levantando a questão de um possível continuum entre estes fenômenos, da vida cotidiana ao transtorno obsessivo-compulsivo. Segue-se um levantamento dos principais estudos epidemiológicos, visando à caracterização da manifestação deste transtorno ao redor do mundo, com atenção ao seu caráter homogêneo, às particularidades e às diferenças entre gêneros. São levantados os dados mais consensuais a respeito da psicobiologia do TOC, como a participação de doenças infecciosas na manifestação de sintomas obsessivo-compulsivos. Buscando recuperar a perspectiva filogenética na abordagem da neurociência, é discutido modelo do cérebro triuno de Paul MacLean. São apresentados os modelos animais utilizados na investigação do TOC, iniciando-se a aproximação com a etologia, sendo retomados alguns de seus conceitos fundamentais, que têm sido usados freqüentemente na abordagem do transtorno obsessivo-compulsivo, como padrão fixo ou modal de ação, atividade deslocada, estereotipia comportamental, e ritualização. São discutidas por fim as principais hipóteses evolucionistas sobre o transtorno obsessivo-compulsivo, com destaque para os modelos que apresentam idéias similares: o modelo de simulação de cenários de risco, o modelo de prevenção de situações de risco, e o sistema motivacional de segurança. Tais modelos sugerem que o desenvolvimento do TOC envolve uma alteração em um sistema funcional voltado para a prevenção de riscos. O predomínio de sintomas de caráter social, sobretudo aqueles ligados a adequação a normas e regras, sugere também o envolvimento de um sistema funcional específico, indicando a importância das pressões seletivas que conduziram ao desenvolvimento de um \"cérebro social\", a partir de adaptações que favoreceram o estabelecimento de relações sociais complexas. / The purpose of the present investigation is to evaluate the contributions of evolutionary perspective for the understanding of the human psychological processes, particularly the human psychopathologies, specially focused on the obsessive-compulsive disorder, also rescuing some propositions of a previous work which investigated behavioral stereotypies, presented by animals in captivity, in the search of possible contributions for the understanding of its similar in the humans, the OCD. To accomplish this aim, the characteristic levels of analysis used by the evolutionary approach are described, and then are applied to discuss the idea of pathology, and more specifically, psychopathology. Inside the evolutionary psychology field, the concepts of modularity of the mind, functional systems and environment of evolutionary adaptedness are also presented. Then it is explored a specific human psychopathology, the obsessive compulsive disorder, or OCD, by describing its phenomenology and the classification of the different categories of symptoms, that will serve as a parameter for the evolutionary hypotheses. It is discussed the presence of compulsive and ritualized behaviors out of the context of the psychopathology, pointing to a possible continuum among these phenomena, from the daily rife to the obsessive-compulsive disorder. A description of the main epidemiological studies is accomplished, seeking to the characterization of this disorder around the world, with attention to its homogeneous character, to the particularities and the differences between genders. We proceed pointing the most consensual data regarding the psychobiology of OCD, as the possible involvement of infectious diseases in the manifestation of obsessive-compulsive symptoms. Looking for recovering the phylogenetic perspective in the approach of the neuroscience, the Paul MacLean\'s triune brain is discussed. The animal models used in the investigation of OCD are presented, beginning to come close to the ethology field, being retaken some of their fundamental concepts, that have frequently been used in the approach of the obsessive-compulsive disorder, as fixed or modal action pattern, displacement activity, behavioral stereotypy, and ritualization. Then we finally discuss the main evolutionary hypotheses on the obsessive-compulsive disorder, highlighting the models that present similar ideas: the model of simulation of risk scenarios, the model of prevention of risk situations, and the security motivacional system. Such models suggest that the development of OCD involves an alteration in a functional system aimed for the prevention of risks. The prevalence of symptoms of social character, specially those related to acceptance of norms and rules, also suggests the involvement of a specific functional system, indicating the importance of the selective pressures that led to the development of a \"social brain\", starting from adaptations that favored the establishment of complex social relationships.
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Qualidade de vida no transtorno obsessivo-compulsivo ; um estudo com usuários da atenção básica

Scholl, Carolina Coelho 25 February 2016 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2016-07-20T12:29:42Z No. of bitstreams: 1 CAROLINASCHOLL.pdf: 665688 bytes, checksum: 223fc5358fb079b209c4852d5c58b86c (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-20T12:29:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CAROLINASCHOLL.pdf: 665688 bytes, checksum: 223fc5358fb079b209c4852d5c58b86c (MD5) Previous issue date: 2016-02-25 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq# / #-2555911436985713659# / #600 / Introduction: Quality of life (QOL) can be affected by the presence of mental disorders, like the Obsessive Compulsive Disorder (OCD). Considering that, the evaluation and monitoring of QOL in patients with mental disorders allows the identification of priorities, allowing implementing actions to improve QOL on health system users. Objective: To measure QOL in OCD patients from primary health care. Methods: Cross-sectional study with convenience sample, including all users of the four Basic Health Units of Catholic University of Pelotas, Brazil. The quality of life was measurement with the WHOQOL-Bref and OCD through the M.I.N.I. Data analysis: Data will be collected by psychologists and psychiatrists, entered in the Epi-Info 4.6 and analyzed using the statistical package SPSS 13.0. The Student t test, ANOVA and Bonferroni test will be used to compare the means of quality of life and independent variables. For the multivariate analysis, multiple linear regression will be performed. / A qualidade de vida (QV) pode ser afetada pela presença de transtornos mentais. De todos os transtornos mentais, o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) foi considerado como a 10ª causa de incapacidade no mundo. A avaliação e o acompanhamento dos índices de QV em pacientes com transtornos mentais permite a identificação de suas prioridades, sendo possível a implementação de ações para melhora desses índices nos usuários do sistema de saúde. Objetivo: Avaliar a QV em portadores de TOC usuários da atenção primária à saúde. Metodologia: Estudo transversal com amostragem por conveniência, incluindo todos os usuários de três Unidades Básicas de Saúde de Pelotas, RS. Para a mensuração das variáveis serão utilizados os instrumentos WHOQOL–Bref, M.I.N.I., ASSIST e um questionário com características sociodemográficas e comportamentais. Os dados serão coletados por psicólogos e psiquiatras, digitados no software Epi-Info 6.04 e analisados no pacote estatístico SPSS 13.0. Para comparação das médias de qualidade de vida e variáveis independentes serão utilizados o teste t de student, a ANOVA e Bonferroni. Para a análise multivariável, será realizada regressão linear múltipla.
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Quando a neurose obsessiva faz uma parceira tóxica com a mania

Silva, Fernanda Cristina de Oliveira e 11 October 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:39:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PCL - Fernanda Cristina de O e Silva.pdf: 223408 bytes, checksum: 51afbacf74d1cec14fc53140d29317ec (MD5) Previous issue date: 2006-10-11 / To transmit one experience that developed from the contact with patients that selfdeclared suffering in consequence of the relationship of dependency with any substance, and due to this kind of relationship acquires the level of toxic, this is the scope of this work. This kind of relationship has become each day more common in our day life, then the importance of searching what is the routine in the life of these individuals that configures this kind of relationship, since the Psychoanalysis proposes to investigate the psychopathology of day life. The method for this investigation is supported in one of the basic statements of Fundamental Psychopathology that proposes to the investigator to adopt such a position that bend forward someone to listen to what someone has to tell of unique regarding his Pathos, his suffering, his passions, which brings up the possibility of thinking the New. To think in the New, the psychoanalytic theories that encloses the Freudian and Lacanian orientations were used. The initial idea was that the dependency was already part of the subject, even before the introduction of any substance. From the construction of the clinical case, from a passage through obsessive neurosis, through the mania and by constitution and by the action of the superego, was possible to conclude that this relationship is in fact pre determined as a superego imperative, and to work with the patient for the re meaning of the guilt that is contained in every subject, it is a possible direction of treatment, but let us all be aware that it is not always possible / Transmitir uma experiência que se deu a partir da vivência com pacientes que se declaravam portadores de um sofrimento em conseqüência da relação de dependência estabelecida com alguma substância que, devido a esta forma de relação, adquire o estatuto de tóxica, é o objetivo deste trabalho. Esta forma de relação tem se tornado cada vez mais comum em nosso cotidiano, daí a importância de pesquisar o que é cotidiano na vida desses sujeitos que configura esta forma de relação, já que a Psicanálise se propõe a investigar a psicopatologia da vida cotidiana. O método para esta investigação esteve apoiado numa das premissas básicas da Psicopatologia Fundamental que propõe ao pesquisador adotar uma posição tal que se incline diante de alguém para ouvi- lo naquilo que tem a dizer de único a respeito de seu pathos, de seu sofrimento, de suas paixões; o que traz a possibilidade de pensar o novo. Para pensar o novo, as teorias psicanalíticas que contemplam as orientações freudianas e lacanianas foram norteadoras. A idéia inicial era que a dependência já fazia parte da forma de relação do sujeito, muito anterior à entrada em cena de qualquer substância. A partir da construção do caso clínico, de um percurso pela neurose obsessiva, pela mania e pela constituição e atuação do superego, foi possível concluir que esta relação, de fato, está pré-determinada como um imperativo superegóico, e que trabalhar com o paciente para a re-significação da culpa que está contida na constituição de todo sujeito, é uma possível direção de tratamento, mas que, estejamos advertidos, nem sempre isso é possível
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Assim é se lhe parece - transtorno obsessivo compulsivo: estudo de variáveis cognitivo-afetivas de personalidade por meio do método de Rorschach

Rosenthal, Maria Cristina Petroucic 16 May 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:39:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maria Cristina Petroucic Rosenthal.pdf: 1443522 bytes, checksum: 1bf815f9d4e9217d93c0025cf1790465 (MD5) Previous issue date: 2007-05-16 / This research aimed to study cognitive-affective variables in patients diagnosed with severe and disabling obsessive-compulsive disorder (OCD) and compare them with those in patients with mild OCD. The preliminary selection of sample patients was based on interviews, medical records and the YBOCS, AGF and ICG objective scales. These data allowed detection of two groups: severe (G1) and mild (G2). Focused on the socalled Critical Special Scores, the Rorschach method according to the Exner´s scoring system was the main instrument used to examine the cognitive-affective variables of the personality. Quantitative results showed significant differences regarding the response values WSum 6, DR2 and Level 2, suggesting the larger presence of those cognitive alterations in group G1. Further exploration of the variables evidenced elevated MOR score in G1. Next, an inter case analysis of both groups showed a large variability in the response values in G1. The most discrepant cases were further studied under the qualitative aspect, aimed at better understanding cognitive alterations as they appear in individuals with OCD in particular. That allowed verifying a lack of mental flexibility as the common thread among G1 cases that took different forms and intensities. In some cases obsessive-compulsive rituals were observed during association and inquire phases; on these moments, the patient completely lost the instructions and was driven away from them. Thematic repetition of the content of the responses or of part of them was observed in all the patients of the severe group. Besides, some of them showed potential repetitive responses through comments like in all of the plates I could see Finally, signs of rigidity and perfectionism were present in some cases, so that the response time increased highly. The analysis of the response process also allowed to note particularities in the dynamics of the patient-examiner relationship which deserved attention; very prolix, sometimes the patient himself was not able to define a response unit, so that the examiner had be careful to not interfere on the patients own process of response. The discussion approached the quantitative and qualitative results vis-à-vis the OCD s psychopathological aspects and their diversity. Finally, some limitations of the research are noted and suggestions for further research are made / Os objetivos desta pesquisa foram: estudar variáveis cognitivo-afetivas em pacientes com diagnóstico de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), em nível severo e incapacitante, e estudá-las comparativamente em pacientes com TOC leve. A seleção inicial da casuística foi baseada em entrevistas, prontuários médicos e escalas objetivas: YBOCS, AGF e ICG. A partir desses dados se compôs dois grupos de pacientes: graves (G1) e leves (G2). O método de Rorschach, avaliado de acordo com o Sistema Compreensivo de Exner, foi o principal instrumento para aferição das variáveis cognitivo-afetivas de personalidade, com foco nos denominados Códigos Críticos Especiais. Os resultados quantitativos mostraram diferenças significativas entre os grupos quanto aos índices: WSum 6, DR2 e Nível 2, sugerindo presença maior dessas alterações cognitivas no grupo G1. O estudo exploratório evidenciou um índice MOR mais elevado em pacientes do grupo G1. Uma análise da distribuição amostral dos valores referentes às variáveis foco demonstrou uma variabilidade ampla nos valores do grupo G1. Os casos mais discrepantes foram estudados do ponto de vista qualitativo, visando a melhor entendimento das alterações cognitivas tal e qual estas se expressam nos indivíduos com TOC. A análise do processo de elaboração das respostas mostrou, como ponto em comum em todos os pacientes do grupo grave, a presença de uma diminuição ou perda da capacidade de flexibilidade mental que assumiu formas e intensidades variadas. Observou-se a presença de rituais obsessivocompulsivos durante a fase de associação ou de inquérito, durante os quais o paciente se desviava completamente da instrução em curso; em todos os casos, verificava-se uma repetitividade temática de conteúdos de resposta ou de partes desta inter e intrapranchas; em diversos indivíduos, se evidenciava a presença de respostas repetitivas potenciais, que se traduziam por comentários do tipo em todas as pranchas eu veria.. ; finalmente, rigidez e perfeccionismo extremos prejudicavam ou lentificavam a elaboração do processo de resposta. Também na análise qualitativa mereceram atenção especial aspectos da dinâmica paciente-examinador. Bastante peculiar no caso desses indivíduos prolixos, muitas vezes com dificuldade de exprimir o limite entre uma unidade de resposta e outra, o examinador deve cuidar para não interferir no processo de resposta tal e qual a formulou o paciente. A discussão abordou os resultados quantitativos e qualitativos tendo em vista os aspectos psicopatológicos do TOC e sua diversidade clínicia. Finalmente, são apontados os limites do estudo e sugestões para pesquisas posteriores
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Uma tentativa de caracterização da prática clínica do analista do comportamento no atendimento de clientes com e sem o diagnóstico de transtorno-obsessivo-compulsivo / An attempt to characterize the clinical practice of the behavior analyst with clients with and without an obsessive-compulsive diagnosis

Zamignani, Denis Roberto 30 November 2001 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:18:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Denis Roberto Zamignani.pdf: 853771 bytes, checksum: a8a503cf66344668adb2ed65874dcc76 (MD5) Previous issue date: 2001-11-30 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo / The psychiatry manuais, in the case of OCD, assign to a private event - obsession - the status of the initiating cause of the compulsive behavior, and the specialized literature suggests procedures that are based upon the topography of the responses involved in OCD. An approach based on behavior analysis, on the other hand, emphasizes the need for a functional analysis of the relationships between a client's responses and environmental consequences. These two distinct explanatory models may bring about difficulties for the behavior analyst dealing with psychiatric patients. This work aimed at characterizing the behavior analyst performance in a therapeutic setting with clients with or without a diagnosis of Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) Method: The verbal interactions of two therapists identified as behavior analysts - each one with one client with and one client without an OCD diagnosis - were compared. Four to tive sessions of each pair (therapist - client) were recorded. The therapist and clients' verbalizations were classified according to their relation to the client's complaint, and were categorized as: questions, descriptions, explanations, advices, feedback, inferences or other. Therapist's verbalizations that immediately followed client's verbalizations related or not to complaint were analyzed. Therapist' s verbalizations classified as explanations and advices were also analyzed in arder to verify their consistency with the radical behaviorist approach. Results: Results indicated differences between the two therapists: the first therapist had a high percentage of her verbalization categorized as feedback while the other therapist had a high percentage of verbalizations classified as giving advice and explaining. For both therapists, the majority of their explanations were classified as having emphasizing the response-consequence relationship, indicating a performance coherent with the analysis of the behavior. Finally, results indicated that the clients' problems did not seem lead to significant differences in terms of the therapists' verbal behavior / Os manuais de psiquiatria, no caso do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), atribuem a um evento privado - a obsessão - o status de causa iniciadora do comportamento compulsivo e a literatura especializada propõe para o tratamento do TOC procedimentos baseados na sua classificação topográfica. A análise do comportamento enfatiza a relação funcional estabelecida entre o responder e as consequências ambientais. Essa diferença entre os modelos explicativos pode levar a dificuldades na aplicação da análise do comportamento à terapêutica de casos psiquiátricos. A presente pesquisa teve como objetivo caracterizara atuação verbal de terapeutas Analistas do Comportamento no atendimento de clientes com diferentes tipos de queixa: Método: Foram comparados os desempenhos verbais de dois terapeutas Analistas do Comportamento, atendendo um cliente com e um sem o diagnóstico de TOC. Foram gravadas e transcritas de quatro a cinco sessões de atendimento com cada cliente. As verbalizações foram classificadas, segundo a presença ou ausência de verbalizações de queixa, em categorias de descrição, explicação, aconselhamento, feedback, inferêncla, perguntas e outras verbalizações. O percentual de ocorrência por sessão, as verbalizações do terapeuta subsequentes a verbalizações do cliente relacionadas ou não à queixa e as sequências de verbalizações nas quais o terapeuta descrevia relações causais/explicativas entre eventos e aconselhava o cliente foram analisados. Resultados: A análise dos dados indicou que um dos terapeutas conseqüenciava diferencialmente determinadas classes de verbalizações do cliente, teve percentual elevado de verbalizações de aprovação para ambos os clientese teve mais verbalizações de aconselhamento para o cliente "com TOC". Já o outro terapeuta, apresentou predominantemente verbalizações de aconselhamento e explicação com, ambos os clientes e com a cliente "com TOC" sua intervenção foi mais focada na queixa Ambos os terapeutas tenderam a dar explicações com ênfase em relações resposta-conseqüência, coerentemente com os pressupostos da análise do comportamento. Os tipos de aconselhamento foram diferentes para cada cliente atendido, indicando relação com o tipo de queixa apresentada

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