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[en] FOR OTHER POSSIBLE HISTORIES: THE HISTORY TEACHING AND INTERCULTURALITY IN THE MUSEUM SPACES / [pt] POR OUTRAS HISTÓRIAS POSSÍVEIS: O ENSINO DE HISTÓRIA E A INTERCULTURALIDADE NOS ESPAÇOS MUSEAISLUISA DA FONSECA TAVARES 27 April 2020 (has links)
[pt] A insurgência dos museus nas mídias nos últimos anos colocou em debate
o papel social e educacional desses locais. Essa dissertação coloca em discussão a
relação entre essas instituições e o ensino de História, tendo como preocupação as
marcas da colonialidade do poder e do saber, que causam silenciamentos,
exclusões e assimetrias. Dentro do projeto de modernidade ocidental, o poder
colonial impõe a racionalidade e os valores europeus como os únicos referenciais
aceitos para o alcance da civilização e do progresso. Nesse cenário, a pedagogia
decolonial aparece como impulsionadora da necessidade de emergir novas formas
de pensar, perspectivas outras, de modo a projetar alternativas interculturais.
Para analisar essas questões recorre-se ao pouco investigado Museu Histórico da
Cidade do Rio de Janeiro (MHCRJ), sua constituição, construção do acervo e as
exposições mais recentes. Buscou-se explorar as narrativas circulantes do espaço e
a possibilidade de construir outras a partir das fotografias das últimas mostras
montadas por meio do acervo próprio: Os Múltiplos Olhares de Augusto Malta e
Imagens do Rio Oitocentista. As reformas urbanas do Rio de Janeiro, os projetos
urbanísticos em disputa e suas implicações sociais foram os temas suscitados para
problematizar a imagem projetada da cidade, seu estado atual e a construção do
conhecimento histórico. Portanto, esse trabalho aposta na possibilidade de um
ensino de História intercultural em diálogo com narrativas de museus de História,
de modo a promover encontros com o diferente e a ampliação das visões e leituras
de mundo. / [en] The insurgency of museums in the media in recent years has brought into
question the social and educational role of these places. This dissertation discusses
the relationship between these institutions and the history teaching, having as a
concern the marks of the coloniality of power and of knowledge that cause
silences, exclusions and asymmetries. Within the project of western modernity,
colonial power imposes European rationality and values as the only benchmarks
accepted for the achievement of civilization and progress. In this scenario,
decolonial pedagogy appears as a booster of the need to emerge new ways of
thinking, other perspectives, in order to project intercultural alternatives. To
analyze these questions, we use the little investigated Historical Museum of the
City of Rio de Janeiro (MHCRJ), its constitution, construction of the collection
and the most recent exhibitions. It pursued to explore the circulating narratives of
space and the possibility of building others from the photographs of the latest
exhibitions assembled through their own collection: The Multiple Views of
Augusto Malta and Images of the Eighteenth Century. The urban reforms of Rio
de Janeiro, the disputed urban projects and their social implications were the
themes raised to problematize the projected image of the city, its current state and
the construction of historical knowledge. Therefore, this work bets on a teaching
of intercultural history within the history museums, in order to promote
encounters with the different and the expansion of world views and readings.
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Saberes ancestrais indÃgenas dos Tapebas de Caucaia-Ce.: contribuiÃÃes e diÃlogos com a educaÃÃo ambiental dialÃgica / Ancient Indigenous Knowledge of the Tapebas located in Caucaia-Ce: contributions and dialogue with Dialogic Environmental EducationAna Karolina Pessoa Bastos Ximenes 13 September 2012 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / A EducaÃÃo Ambiental DialÃgica busca a inserÃÃo dos saberes populares na construÃÃo de uma prÃxis crÃtica, reveladora de uma nova forma de conceber o conhecimento. Dessa forma, os indÃgenas, diante de sua tradiÃÃo cultural ancestral, mostram que tÃm muito a colaborar com a tessitura de prÃticas educativas ambientais. Nesta pesquisa tenho como objetivo discutir como os saberes ancestrais dos Tapeba de Caucaia (CE) podem contribuir e dialogar com a EducaÃÃo Ambiental DialÃgica. Nesse sentido, esta pesquisa nasceu com o propÃsito de colocar em cena e em relaÃÃes igualitÃrias as lÃgicas, prÃticas e modos culturais diversos de pensar, atuar e viver desse povo, de modo que possamos atentÃ-las de forma solidÃria. A pesquisa à qualitativa (MINAYO, 2007), de carÃter etnogrÃfico (GEERTZ, 2008). A maior coleta de dados se deu a partir da relaÃÃo, do estar com eles, dentro de suas realidades. Ainda assim, contei com a realizaÃÃo de entrevistas, narrativas orais e do CÃrculo DialÃgico (FIGUEIREDO, 2012), resultado da alianÃa entre o CÃrculo de Cultura proposto por Paulo Freire e o CÃrculo DialÃgico-Afetivo EcobiogrÃfico, sinteticamente chamado de CÃrculo EcobiogrÃfico, abordagem construÃda por Ferreira (2011). Paulo Freire està enraizado em todas as partes deste trabalho, por meio de suas contribuiÃÃes teÃricas e prÃticas. A EducaÃÃo Ambiental DialÃgica (FIGUEIREDO, 2007) toma para si os aportes deixados por esse autor e dialoga com a EducaÃÃo Ambiental CrÃtica para, assim, nascer de maneira sÃlida e sensÃvel ao cenÃrio educacional, social e polÃtico. A Perspectiva Eco-Relacional, desenvolvida por Figueiredo (2007), aponta para o horizonte da relaÃÃo afetiva com o ambiente. Ciampa (2004; 2005) deu preciosa contribuiÃÃo ao servir de suporte para a reflexÃo e entendimento sobre a questÃo da identidade. Por sua vez, AnÃbal Quijano (1993; 2005; 2010), Walsh (2008) e Figueiredo (2009; 2010) foram essenciais para a discussÃo acerca da colonialidade/descolonialidade. Jà para tratarmos a respeito da Interculturalidade CrÃtica, servimo-nos dos aportes deixados por Walsh (2008), Fleuri (1998), Figueiredo (2009b). Como contribuiÃÃo da Ancestralidade Tapeba para o fazer e o pensar em EducaÃÃo Ambiental DialÃgica, podemos dizer que os saberes ancestrais ultrapassam o entendimento de meros registros histÃricos e sÃo sentidos como guardiÃes da sabedoria de todo um povo, conotando, tambÃm, ensinamentos para a convivÃncia em grupo. Esses saberes revelam que o trato com o ambiente deve se dar de forma afetiva a partir do respeito, do cuidado e da valorizaÃÃo. AlÃm disso, a Ancestralidade Tapeba acredita numa relaÃÃo horizontal entre todos os elementos da natureza, na qual o amor à cultivado, sendo todos essenciais a uma vida em harmonia. O TorÃ, por sua vez, à um exemplo de coesÃo, organizaÃÃo dos participantes e sua conexÃo com a espiritualidade, fundamental para uma prÃtica educativa nesse Ãmbito. Os indÃgenas tÃm a sabedoria e a paciÃncia de acatar o tempo natural do ciclo da vida, esperando o melhor momento para realizar suas atividades de pesca, caÃa e plantio. AlÃm disso, ensinam a ter o ambiente como parceiro, demonstrando preocupaÃÃo com as geraÃÃes futuras. / Dialogic Environmental Education seeks to include indigenous values and knowledge in the construction of a critical praxis that reveals a new way of conceiving knowledge. In this manner, indigenous peoples, given their ancient cultural tradition, can contribute greatly to the fabric of environmental educational practices. In this thesis I discuss how the ancient knowledge of the Tapebas located in Caucaia (CE) can contribute and dialogue with Dialogic Environmental Education. In this manner, this research project was born out of the intent to apply egalitarian logical relations to diverse cultural practices and ways of thinking, acting, and living as a means of approaching these relations in a unified and supportive fashion. The research is both qualitative (MINAYO, 2007) and ethnographic (GEERTZ, 2008). For the most part, data collection occurred through the development of a relationship with the Tapebas, within their daily living conditions. At the same time, I also utilize interviews, narratives, and the âDialogic Circleâ (FIGUEIREDO, 2012), a juxtaposition of the Cultural Circle proposed by Paulo Freire and the Ecobiographical Affective-Dialogic Circle (a term frequently shortened to âEcobiographical Circleâ) (FERREIRA, 2011). This research project is indebted to Freireâs practical and theoretical contributions. Environmental Dialogic Education (FIGUEIREDO, 2007) not only utilizes his theoretical background, but it also dialogues with Critical Environmental Education in order to be accurately applied to a given socio-political and educational setting. The Eco-Relational Perspective developed by Figueiredo (2007) combines the affective relationship perspective with the environment. Ciampa (2004; 2005) has also made an important contribution by establishing the basis for reflecting and understanding the concept of identity. Additionally, AnÃbal Quijano (1993; 2005; 2010), Walsh (2008), and Figueiredo (2009; 2010) were of paramount importance to the discussion of coloniality/decoloniality. Finally, in order to approach Critical Interculturality, this study benefits from the theoretical background offered by Walsh (2008), Fleuri (1998), and Figueiredo (2009b). Ancestral Tapeba contributions regarding acting and thinking in Dialogic Environmental Education are essential for harmonious living in three ways. First, ancient knowledges go beyond mere historical registers and are stores of knowledge for an entire people; these different forms of knowledge also act as guidelines for community cooperation. Second, the Tapeba create an affective relationship with the environment stemming from respect, care, and valorization. Finally, Tapeba ancestry believes in a horizontal relationship between all elements of nature in which love is cultivated. In this context, the Torà ritual is an example of cohesion, participant organization, and spiritual connection, all essential values to such an educational practice. In addition to demonstrating patience and knowledge in daily activities such as fishing, hunting, and harvesting, the Tapebas teach us how to coexist with the environment by expressing concern with future generations.
 
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[pt] A COLONIALIDADE DA PAZ: (RE) PENSANDO O PROCESSO DE PAZ NA COLÔMBIA (2012-2016) A PARTIR DAS LUTAS INDÍGENAS POR PARTICIPAÇÃO / [es] A LA COLONIALIDAD DE LA PAZ: (RE) PENSANDO EL PROCESO DE PAZ EN COLOMBIA (2012-2016) A PARTIR DE LAS LUCHAS INDÍGENAS POR PARTICIPACIÓN / [en] THE COLONIALITY OF PEACE: (RE) THINKING THE COLOMBIAN PEACE PROCESS (2012-2016) THROUGH INDIGENOUS STRUGGLES FOR PARTICIPATIONLUCAS DUARTE VITORINO DE PAULA XAVIER GUERRA 23 March 2021 (has links)
[pt] O recente processo de paz na Colômbia (2012-2016) figura entre um dos principais acontecimentos contemporâneos nas agendas de paz e segurança na América Latina. Em linhas gerais, as negociações e o Acordo Final delas resultante foram considerados uma história de sucesso na narrativa internacional. De um lado, resultaram no término do conflito civil de mais de cinco décadas entre o Estado colombiano e as FARC-EP. De outro, fizeram isso de acordo com as melhores práticas internacionais em resolução de conflitos e construção da paz, principalmente em termos de adereçamento das raízes estruturais do conflito e de inclusão de atores da sociedade civil local. Nosso objetivo, nessa dissertação, é colocar em xeque essa narrativa de idoneidade e sucesso em torno do processo de paz na Colômbia. Fazemos isso partindo de um ponto de referência distinto do geralmente utilizado nas abordagens acadêmicas a esse conflito, priorizando sujeitos negligenciados por essas abordagens. Nos perguntamos, então: de que maneira as lutas indígenas em torno do processo de paz na Colômbia contribuem para pensar criticamente esse processo de paz? Em nossa argumentação, um primeiro elemento ressaltado pelas lutas indígenas em torno do processo de paz colombiano é que a paz é um conceito inerentemente político, em disputa por diversos atores sociais e suas agendas. Daí, avançamos uma conceitualização da paz como peça no tabuleiro político da Colômbia, demonstrando como foi mobilizada por importantes atores da cena política do país. Um segundo elemento que, em nossa avaliação, fica evidente a partir das lutas indígenas em torno do processo de paz na Colômbia é o que aqui chamamos de Colonialidade da Paz. Trata-se da reprodução, no processo de paz, das relações de poder e hierarquias sociais da matriz colonial de poder estabelecida no sistema-mundo moderno/colonial, notadamente a partir das dimensões da colonialidade do poder, do saber e do ser. A partir dessa percepção, propomos três estratégias analíticas – o resgate do legado colonial, o desvelamento de lógicas coloniais e a abertura de espaço para as vozes, manifestações e lutas subalternas – para pensar na colonialidade da paz na Colômbia. Ao utilizá-las para abordas as lutas indígenas em torno do processo de paz, notamos narrativas de complexificação de discursos sobre a violência; limitações nos modelos de participação no processo de paz e mobilizações sociais para contrarrestar essas limitações. Notamos, então, elementos que pensamos ser providenciais para desvelar a colonialidade presente no processo de paz na Colômbia, e apontar para possíveis horizontes decoloniais em torno da paz. / [en] The recent peace process in Colombia (2012-2016) is an important event in contemporary peace and security agendas in Latin America. The negotiations and the Acuerdo de Paz in the country were celebrated in the international narrative as a success story. On the one hand, it has ended more than five decades of conflict between the Colombian state and the FARC-EP. On the other hand, they were able to do it with detailed guidelines and with a large share of the Colombian civilian population. Our objective, in this work, is to test this optimistic narrative around the peace process in Colombia. We asked how do the profits of indigenous organizations face the peace process that contributed to (re) thinking critically about this phenomenon? So, we argue, from reflections on indigenous profits, that peace is a concept in political dispute over its scope and definition. We also argue that the peace processes - notably Colombia - often reproduce speeches and practices of power and racial hierarchy proper to the coloniality of power, to know and to be. Faced with this, we have outlined three analytical strategies - the rescue of colonial historical legacies; the unveiling of colonial logics and the opening of spaces for you and subordinate agencies - which, we think, help us to understand the coloniality of peace and indigenous profits around the recent peace process in Colombia. / [es] El reciente proceso de paz en Colombia (2012-2016) es un acontecimiento importante en las agendas contemporáneas de paz y seguridad en América Latina. Las negociaciones y el Acuerdo de Paz en el país fueran celebrados en la narrativa internacional como un caso de suceso. De un lado, punieron fin a más de cinco décadas de conflicto entre el Estado colombiano y las FARC-EP. De otro, lograron hacerlo con pautas osadas y con grande participación de la población civil colombiana. Nuestro objetivo, en ese trabajo, es cuestionar esa narrativa optimista entorno del proceso de paz en Colombia. Indagamos de qué manera las luchas de organizaciones indígenas frente al proceso de paz contribuyen para (re) pensar críticamente en ese fenómeno? Así, argumentamos, a partir de reflexiones acerca de las luchas indígenas, que la paz es un concepto en disputa política acerca de su alcance y definición. Argumentamos, también, que los procesos de paz – notablemente el de Colombia – muchas veces reproducen discursos y prácticas de poder y jerarquización racial propias de la colonialidad del poder, der saber e del ser. Frente a eso, delineamos tres estrategias analíticas – el rescate de los legados históricos coloniales; el desvelamiento de lógicas coloniales y la apertura de espacios para las voces y agencias subalternas – que, pensamos, nos ayudan a comprender la colonialidad de la paz y las luchas indígenas en torno del reciente proceso de paz en Colombia.
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Achille Mbembe : subject, subjection, and subjectivitySithole, Tendayi 09 1900 (has links)
This thesis examines the political thought of Achille Mbembe. It deploys decolonial critical analysis to unmask traces of coloniality with regard to the African existential conditions foregrounded in the conception of the African subject, its subjection, and subjectivity. The theoretical foundation of this thesis is decolonial epistemic perspective—the epistemic intervention that serves as a lens to understand Mbembe’s work and—that is the theoretical foundation outside the Euro-North American “mainstream” canon foregrounded in coloniality. Decolonial epistemic perspective in this thesis is deployed to expose three kinds of coloniality in Mbembe’s work, namely: coloniality of power, coloniality of knowledge and coloniality of being. The thrust of this thesis is that Mbembe’s political thought is inadequate for the understanding of the African existential condition in that it does not fully take coloniality into account. In order to acknowledge the existence of coloniality through decolonial critical analysis, the political thought of Mbembe is examined in relation to modes of self-writing, power in the postcolony, the politics of violence in Africa, Frantz Fanon’s political thought, and the idea of South Africa as major themes undertaken in this thesis. Decolonial critical analysis deals with foundational questions that have relevance to the existential condition of the African subject and the manner in which such an existential crisis can be brought to an end. These foundational questions confront issues like—who is speaking or writing, from where, for whom and why? This thesis reveals that Mbembe is writing and thinking Africa from outside the problematic ontology of the African subject and, as such, Mbembe precludes any form of African subjectivity that challenges the Euro-North American canon. This then reveals that Mbembe is not critical of coloniality and this has the implications in that subjection is left on the wayside and not accounted for. Having explored the genealogy, trajectory and horisons of decolonial critical analysis to understand the political thought of Mbembe, this thesis highlights that it is essential to take a detour through the shifting of the geography of reason. Herein lies the originality of this thesis, and it is here that Africa is thought from within a standpoint of decolonial critical analysis and not Africa that is thought from the Euro-North American canon. Therefore, the shifting of the geography of reason is necessary for the authorisation of the subjectivity of the African subject in order to combat subjection. / Political Sciences / D. Litt. et Phil. (African Politics)
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Achille Mbembe : subject, subjection, and subjectivitySithole, Tendayi 09 1900 (has links)
This thesis examines the political thought of Achille Mbembe. It deploys decolonial critical analysis to unmask traces of coloniality with regard to the African existential conditions foregrounded in the conception of the African subject, its subjection, and subjectivity. The theoretical foundation of this thesis is decolonial epistemic perspective—the epistemic intervention that serves as a lens to understand Mbembe’s work and—that is the theoretical foundation outside the Euro-North American “mainstream” canon foregrounded in coloniality. Decolonial epistemic perspective in this thesis is deployed to expose three kinds of coloniality in Mbembe’s work, namely: coloniality of power, coloniality of knowledge and coloniality of being. The thrust of this thesis is that Mbembe’s political thought is inadequate for the understanding of the African existential condition in that it does not fully take coloniality into account. In order to acknowledge the existence of coloniality through decolonial critical analysis, the political thought of Mbembe is examined in relation to modes of self-writing, power in the postcolony, the politics of violence in Africa, Frantz Fanon’s political thought, and the idea of South Africa as major themes undertaken in this thesis. Decolonial critical analysis deals with foundational questions that have relevance to the existential condition of the African subject and the manner in which such an existential crisis can be brought to an end. These foundational questions confront issues like—who is speaking or writing, from where, for whom and why? This thesis reveals that Mbembe is writing and thinking Africa from outside the problematic ontology of the African subject and, as such, Mbembe precludes any form of African subjectivity that challenges the Euro-North American canon. This then reveals that Mbembe is not critical of coloniality and this has the implications in that subjection is left on the wayside and not accounted for. Having explored the genealogy, trajectory and horisons of decolonial critical analysis to understand the political thought of Mbembe, this thesis highlights that it is essential to take a detour through the shifting of the geography of reason. Herein lies the originality of this thesis, and it is here that Africa is thought from within a standpoint of decolonial critical analysis and not Africa that is thought from the Euro-North American canon. Therefore, the shifting of the geography of reason is necessary for the authorisation of the subjectivity of the African subject in order to combat subjection. / Political Sciences / D. Litt. et Phil. (African Politics)
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A Comunidade Ribeira da Barca, Ilha de Santiago, Cabo Verde: experiências de cooperativa e estratégias em busca do bem viverPinto, Admilson Robalo de Brito Xavier 07 April 2017 (has links)
Submitted by Kenia Bernini (kenia.bernini@ufpel.edu.br) on 2017-06-08T20:30:40Z
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Previous issue date: 2017-04-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / A presente dissertação de mestrado apresenta um estudo histórico e antropológico sobre cooperativismo e as estratégias de luta pelo bem viver na comunidade pesqueira de Ribeira da Barca, localizada na Ilha de Santiago, arquipélago de Cabo Verde. O objetivo geral do trabalho é compreender a organização desta comunidade com vistas a entender qual seria o bem viver a que ela aspira. Para este propósito, o estudo traz para a discussão o conceito de colonialidade do poder, dentre outros, que transcende as particularidades do colonialismo histórico português e que não desaparece com a descolonização oficial. Este conceito é recorrente em estudos sobre comunidades indígenas do continente americano e constitui-se, pois, em uma tentativa de explicar a modernidade como um processo intrinsecamente vinculado à experiência colonial. Atualmente, Cabo Verde tem sido refém do sistema-mundo e da dependência econômica do exterior, o que obriga o Estado a assinar protocolos e parcerias que visam atingir o desenvolvimento do país. Tais parcerias nem sempre satisfazem a necessidade da maioria da população nacional, como verificado na comunidade pesqueira de Ribeira da Barca, localizada na Ilha de Santiago, sobretudo por conta de um acordo sobre o domínio de pesca, assinado entre Cabo Verde e a União Europeia. Neste caso, em particular, verificou-se que a população local enfrenta muitas dificuldades de natureza socioeconômica e procura sobreviver por meio da ajuda mútua. Desse modo, surge uma forma de sociabilidade marcada pela solidariedade e busca pelo bem viver, observado na expressão “vivi dreto”, típica do crioulo cabo-verdiano, a qual tem a ver com uma alternativa à ideia de desenvolvimento convencional. Para tanto, são necessárias respostas políticas que possibilitem a cultura do estar em harmonia em detrimento da civilização do viver melhor. Trata-se de construir uma sociedade solidária e sustentável, visto que o bem viver sinaliza uma ética de suficiência para toda a comunidade e não somente para o indivíduo / Es dissertason di mestrado é um estudo stórico e antropológico sobre cooperativismu e stratégia de luta pá vivi dreto, na komunidade peskeira de Rubera da Barka, ki ta fica na Ilha de Santiago, arkipélagu de Kabu Verde. É tem como objetivo geral compreendi organizason di komunidade, ku ideia na entendi kuse ki é vivi dreto pa guentis de komunidade. Na kel studo li fazedu um discuson di conceito de colonialidade do poder, ki ta transcendi particularidadi di colonialismo storico portugês e que ki ka ta desapareci ku descolonizason oficial. Es conceito é recorrente em studos sobre komunidades indígenas na kontinente mercano e é ta constitui, um tentativa de esplica modernidadi como um processo ki sta ligado à experiência colonial. Atualmenti, Kabu Verde tem stado refém di sistema-mundo keli é pamode é ta dependi ekonômicamente di esterior, o ki ta obriga Estado a assina protocolus e parcerias ki ta visa atingi desenvolvimento di país. Kes parcerias nem sempri ta satisfaze necessidadi di maioria di populason nacional. Sima verificadu na komunidade pesqera de Rubera da Barka, localizado na Ilha de Santiago, sobretudo pamodi um acordo di pesca, assinado entre Kabo Verde ku União Europeia. Nes caso, em particular, populason local sa enfrenta tcheu dificuldades sócio-econômico e es ta procura sobrevivi graça a djunta-mo. Assi surgi um forma de sociabilidadi marcadu pá solidariedadi, na busca di vivi dreto. Es forma di bida é um alternativa à ideia de desenvolvimentu convencional. Ma pes pode, vivi dreto é necessário tem respostas políticas ki ta possibilitas vivi assi. Es pratica ta trata di construi um sociedade solidário e sustentável, pamode vivi dreto ta busca um ética de suficiência pá todo Komunidade e non somenti pá un alguem / his dissertation presents a historical and anthropological study about the cooperativism and the strategies of struggle for the live well in the fishing community of Ribeira da Barca, in Santiago island, archipelago of Cape Verde. The general objective of the work is to comprehend the organization of this community in order to understand which live well they wish for. For this reason, this study brings to discussion the concept of coloniality of the power, among others, that transcends the particularities of the Portuguese historical colonialism and that does not disappear with the official decolonization. This concept is recurrent in studies about indigenous communities of the American continent and it consists of an attempt to explain the modernity as a process intrinsically connected to the colonial experience. At present, Cape Verde has been hostage of the world-system and the economic dependence from abroad, which forces the state to sign protocols and partnerships that aim to achieve the development of the country. Such partnerships do not always satisfy the needs of the majority of the national population, as verified in the fishing community of Ribeira da Barca, in Santiago island, specially because of the agreement on the fishing domain, signed between Cape Verde and the European Union. In this case, in particular, it was verified that the local population deals with many socio-economic difficulties and tries to survive through mutual help. In consequence, a form of sociability emerges marked by the solidarity and the search for living well, observed in the expression “vivi dreto”, typical from the Cape Verdean creole, which is related to the alternative of the idea of conventional development. Therefore, political answers are necessary to enable the culture of being in harmony, preferring this over the civilization of better living. It talks about building a solidary and sustainable society, considering that the live well indicates an ethic of sufficiency for the whole community not only for the individua
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Selvagens, barbárie e colonos : coletivos indígenas kaingang e o choque com a civilização no Sul do Brasil Meridional contemporâneoSaldanha, José Rodrigo Pereira January 2015 (has links)
Através da etnografia entre interlocutores da etnia kaingang, a tese trata das “lutas” destes em busca de seus “direitos civis”. Esta problemática kaingang vem sendo percebida a partir de suas relações conflitivas com um denominado “mundo dos brancos”. Este conflito é percebido desde o tempo de fugas ancestrais em êxodo, até a contemporaneidade do atual “tempo das retomadas”. Os “brancos”, “não-índios”, ou os não-kaingang, em “idioma” da etnia, os fog, vem consolidando sua “civilização” sobre território kaingang, através de suas “frentes pioneiras” de “colonização” e “expansão”. Se percebeu estruturalmente uma presente colonialidade do poder nas redes de relações entre os fog e os kaingang, que perspassaram tempo e espaço. Um processo inicial de acumulação primitiva de capital, o denominado “colonialismo”, sobre os povos indígenas e seus territórios, passou a um “capitalismo”, de caráter “ordenador”, “progressivo” e “desenvolvimentista”, a partir de uma metafísica fundada em uma economia da “posse”. Estes processos econômicos fog vem sendo aplicados num processo de conquista dos territórios ancestrais da etnia, o Planalto Meridional Brasileiro. O outrora “mundo indígena kaingang”, o mundo dos “tronco-velhos”, de uma totalidade de densas matas, campos e afluentes de água doce em abundância, de seres e coisas, é progressivamente ocupado pelo “mundo dos brancos”, infra-estrutural antrópico, da ordem cultural da “racionalidade”, refletida na “materializada” instrumentalidade técnica baseada na “funcionalidade” de “materiais” e recursos de uma dita “natureza”. Esta instrumentalidade gera um mundo de destruição ambiental, somado a regimes territoriais de “propriedades” dos fog, que restringem a livre circulação dos grupos comunitários kaingang por sobre suas terras até a busca por um total confino destes últimos em “reduções” territoriais. A etnografia acompanhou a “luta pela Terra” dos grupos cosmopolíticos da etnia, onde agentes kaingang mantém um modo de vida baseado em uma cosmologia de “pertença a Terra”, em choque e conflitos com o “mundo dos brancos” e seus agentes fog, que mantém um modo de vida baseado no individualismo, numa lógica dita “racional”, de “mercado” e de “ciência” e “posse” da Terra. Esta “luta pela Terra kaingang” hoje está colocada em reivindicações territoriais da etnia, através de “Territórios Indígenas” garantidos pela Constituição Federal (CF/88), em um território em sua quase totalidade hoje ocupado pelos “empreendimentos” dos fog, “fazendas”, “granjas”, “lavouras de cultivo”, “moradas dos brancos”, “rodovias”, “cidades”, “indústrias” e ou mesmo “parques” e demais “áreas públicas”. / Through Ethnography between interlocutors kaingang ethnicity, the thesis deals with the "struggles" of those in the quest of their "civil rights". Kaingang this problem has been perceived from their conflictual relations with a so-called "white world". This conflict is perceived since the time of ancient trails in exodus until nowadays the current "time of the land retakes". "Whites", "non-Indians", or non-kaingang in "language" of ethnicity, the fóg, has been consolidating its "civilization" on kaingang territory, through its "pioneer fronts" of "colonization" and "expansion". It's been realized structurally a present coloniality of power in networks of relations between fóg and kaingang that came throught time and space. An initial process of primitive accumulation of capital, the so-called "colonialism" over indigenous peoples and their territories became to a "capitalist" character "originator", "progressive" and "developmental", from a metaphysics founded at a cost of "ownership". These fog economic processes has been applied to a conquest process of the ancestral territories of ethnic, the Brazilian Southern Plateau. The once "kaingang indigenous world", the world of "old trunk", a totality of dense forests, fields, and freshwater tributaries in plenty, of beings and things, are gradually occupied by the "white world", infra-anthropic structural, cultural order of "rationality", reflected in the "embodied" technical instrumentality based on the "functionality" of "material" and features a so-called "nature." This creates a world of environmental destruction, coupled with territorial regimes "properties" of the fóg, which restrict the free movement of kaingang community groups over their lands to search for a total confine of the latter in territorial "reductions". Ethnography accompanied the "struggle for land" of cosmopolitic ethnic groups, where kaingang agents maintains a way of life based on a universe of "belonging to Land" in shock and conflicts with the "white world" and their fóg agents, that maintains a way of life based on individualism, in a logic that dictates it's self as "rational", "market" and "science" and "ownership" of the Earth. This "struggle for kaingang Land" today is placed on territorial claims of ethnicity, through "Indian Territory" guaranteed by the Federal Constitution (FC / 88), in a territory almost entirely occupied today by the "projects" of the fóg, "farms","plantations","growing crops","white homes","highway","cities","industries "and or" parks "and other" public areas".
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Every revolution has a soundtrack : étude des contributions de cinq artistes rap activistes au mouvement social Black Lives MatterDecault, Clément 08 1900 (has links)
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Selvagens, barbárie e colonos : coletivos indígenas kaingang e o choque com a civilização no Sul do Brasil Meridional contemporâneoSaldanha, José Rodrigo Pereira January 2015 (has links)
Através da etnografia entre interlocutores da etnia kaingang, a tese trata das “lutas” destes em busca de seus “direitos civis”. Esta problemática kaingang vem sendo percebida a partir de suas relações conflitivas com um denominado “mundo dos brancos”. Este conflito é percebido desde o tempo de fugas ancestrais em êxodo, até a contemporaneidade do atual “tempo das retomadas”. Os “brancos”, “não-índios”, ou os não-kaingang, em “idioma” da etnia, os fog, vem consolidando sua “civilização” sobre território kaingang, através de suas “frentes pioneiras” de “colonização” e “expansão”. Se percebeu estruturalmente uma presente colonialidade do poder nas redes de relações entre os fog e os kaingang, que perspassaram tempo e espaço. Um processo inicial de acumulação primitiva de capital, o denominado “colonialismo”, sobre os povos indígenas e seus territórios, passou a um “capitalismo”, de caráter “ordenador”, “progressivo” e “desenvolvimentista”, a partir de uma metafísica fundada em uma economia da “posse”. Estes processos econômicos fog vem sendo aplicados num processo de conquista dos territórios ancestrais da etnia, o Planalto Meridional Brasileiro. O outrora “mundo indígena kaingang”, o mundo dos “tronco-velhos”, de uma totalidade de densas matas, campos e afluentes de água doce em abundância, de seres e coisas, é progressivamente ocupado pelo “mundo dos brancos”, infra-estrutural antrópico, da ordem cultural da “racionalidade”, refletida na “materializada” instrumentalidade técnica baseada na “funcionalidade” de “materiais” e recursos de uma dita “natureza”. Esta instrumentalidade gera um mundo de destruição ambiental, somado a regimes territoriais de “propriedades” dos fog, que restringem a livre circulação dos grupos comunitários kaingang por sobre suas terras até a busca por um total confino destes últimos em “reduções” territoriais. A etnografia acompanhou a “luta pela Terra” dos grupos cosmopolíticos da etnia, onde agentes kaingang mantém um modo de vida baseado em uma cosmologia de “pertença a Terra”, em choque e conflitos com o “mundo dos brancos” e seus agentes fog, que mantém um modo de vida baseado no individualismo, numa lógica dita “racional”, de “mercado” e de “ciência” e “posse” da Terra. Esta “luta pela Terra kaingang” hoje está colocada em reivindicações territoriais da etnia, através de “Territórios Indígenas” garantidos pela Constituição Federal (CF/88), em um território em sua quase totalidade hoje ocupado pelos “empreendimentos” dos fog, “fazendas”, “granjas”, “lavouras de cultivo”, “moradas dos brancos”, “rodovias”, “cidades”, “indústrias” e ou mesmo “parques” e demais “áreas públicas”. / Through Ethnography between interlocutors kaingang ethnicity, the thesis deals with the "struggles" of those in the quest of their "civil rights". Kaingang this problem has been perceived from their conflictual relations with a so-called "white world". This conflict is perceived since the time of ancient trails in exodus until nowadays the current "time of the land retakes". "Whites", "non-Indians", or non-kaingang in "language" of ethnicity, the fóg, has been consolidating its "civilization" on kaingang territory, through its "pioneer fronts" of "colonization" and "expansion". It's been realized structurally a present coloniality of power in networks of relations between fóg and kaingang that came throught time and space. An initial process of primitive accumulation of capital, the so-called "colonialism" over indigenous peoples and their territories became to a "capitalist" character "originator", "progressive" and "developmental", from a metaphysics founded at a cost of "ownership". These fog economic processes has been applied to a conquest process of the ancestral territories of ethnic, the Brazilian Southern Plateau. The once "kaingang indigenous world", the world of "old trunk", a totality of dense forests, fields, and freshwater tributaries in plenty, of beings and things, are gradually occupied by the "white world", infra-anthropic structural, cultural order of "rationality", reflected in the "embodied" technical instrumentality based on the "functionality" of "material" and features a so-called "nature." This creates a world of environmental destruction, coupled with territorial regimes "properties" of the fóg, which restrict the free movement of kaingang community groups over their lands to search for a total confine of the latter in territorial "reductions". Ethnography accompanied the "struggle for land" of cosmopolitic ethnic groups, where kaingang agents maintains a way of life based on a universe of "belonging to Land" in shock and conflicts with the "white world" and their fóg agents, that maintains a way of life based on individualism, in a logic that dictates it's self as "rational", "market" and "science" and "ownership" of the Earth. This "struggle for kaingang Land" today is placed on territorial claims of ethnicity, through "Indian Territory" guaranteed by the Federal Constitution (FC / 88), in a territory almost entirely occupied today by the "projects" of the fóg, "farms","plantations","growing crops","white homes","highway","cities","industries "and or" parks "and other" public areas".
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Selvagens, barbárie e colonos : coletivos indígenas kaingang e o choque com a civilização no Sul do Brasil Meridional contemporâneoSaldanha, José Rodrigo Pereira January 2015 (has links)
Através da etnografia entre interlocutores da etnia kaingang, a tese trata das “lutas” destes em busca de seus “direitos civis”. Esta problemática kaingang vem sendo percebida a partir de suas relações conflitivas com um denominado “mundo dos brancos”. Este conflito é percebido desde o tempo de fugas ancestrais em êxodo, até a contemporaneidade do atual “tempo das retomadas”. Os “brancos”, “não-índios”, ou os não-kaingang, em “idioma” da etnia, os fog, vem consolidando sua “civilização” sobre território kaingang, através de suas “frentes pioneiras” de “colonização” e “expansão”. Se percebeu estruturalmente uma presente colonialidade do poder nas redes de relações entre os fog e os kaingang, que perspassaram tempo e espaço. Um processo inicial de acumulação primitiva de capital, o denominado “colonialismo”, sobre os povos indígenas e seus territórios, passou a um “capitalismo”, de caráter “ordenador”, “progressivo” e “desenvolvimentista”, a partir de uma metafísica fundada em uma economia da “posse”. Estes processos econômicos fog vem sendo aplicados num processo de conquista dos territórios ancestrais da etnia, o Planalto Meridional Brasileiro. O outrora “mundo indígena kaingang”, o mundo dos “tronco-velhos”, de uma totalidade de densas matas, campos e afluentes de água doce em abundância, de seres e coisas, é progressivamente ocupado pelo “mundo dos brancos”, infra-estrutural antrópico, da ordem cultural da “racionalidade”, refletida na “materializada” instrumentalidade técnica baseada na “funcionalidade” de “materiais” e recursos de uma dita “natureza”. Esta instrumentalidade gera um mundo de destruição ambiental, somado a regimes territoriais de “propriedades” dos fog, que restringem a livre circulação dos grupos comunitários kaingang por sobre suas terras até a busca por um total confino destes últimos em “reduções” territoriais. A etnografia acompanhou a “luta pela Terra” dos grupos cosmopolíticos da etnia, onde agentes kaingang mantém um modo de vida baseado em uma cosmologia de “pertença a Terra”, em choque e conflitos com o “mundo dos brancos” e seus agentes fog, que mantém um modo de vida baseado no individualismo, numa lógica dita “racional”, de “mercado” e de “ciência” e “posse” da Terra. Esta “luta pela Terra kaingang” hoje está colocada em reivindicações territoriais da etnia, através de “Territórios Indígenas” garantidos pela Constituição Federal (CF/88), em um território em sua quase totalidade hoje ocupado pelos “empreendimentos” dos fog, “fazendas”, “granjas”, “lavouras de cultivo”, “moradas dos brancos”, “rodovias”, “cidades”, “indústrias” e ou mesmo “parques” e demais “áreas públicas”. / Through Ethnography between interlocutors kaingang ethnicity, the thesis deals with the "struggles" of those in the quest of their "civil rights". Kaingang this problem has been perceived from their conflictual relations with a so-called "white world". This conflict is perceived since the time of ancient trails in exodus until nowadays the current "time of the land retakes". "Whites", "non-Indians", or non-kaingang in "language" of ethnicity, the fóg, has been consolidating its "civilization" on kaingang territory, through its "pioneer fronts" of "colonization" and "expansion". It's been realized structurally a present coloniality of power in networks of relations between fóg and kaingang that came throught time and space. An initial process of primitive accumulation of capital, the so-called "colonialism" over indigenous peoples and their territories became to a "capitalist" character "originator", "progressive" and "developmental", from a metaphysics founded at a cost of "ownership". These fog economic processes has been applied to a conquest process of the ancestral territories of ethnic, the Brazilian Southern Plateau. The once "kaingang indigenous world", the world of "old trunk", a totality of dense forests, fields, and freshwater tributaries in plenty, of beings and things, are gradually occupied by the "white world", infra-anthropic structural, cultural order of "rationality", reflected in the "embodied" technical instrumentality based on the "functionality" of "material" and features a so-called "nature." This creates a world of environmental destruction, coupled with territorial regimes "properties" of the fóg, which restrict the free movement of kaingang community groups over their lands to search for a total confine of the latter in territorial "reductions". Ethnography accompanied the "struggle for land" of cosmopolitic ethnic groups, where kaingang agents maintains a way of life based on a universe of "belonging to Land" in shock and conflicts with the "white world" and their fóg agents, that maintains a way of life based on individualism, in a logic that dictates it's self as "rational", "market" and "science" and "ownership" of the Earth. This "struggle for kaingang Land" today is placed on territorial claims of ethnicity, through "Indian Territory" guaranteed by the Federal Constitution (FC / 88), in a territory almost entirely occupied today by the "projects" of the fóg, "farms","plantations","growing crops","white homes","highway","cities","industries "and or" parks "and other" public areas".
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