• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 335
  • 4
  • 2
  • 2
  • 2
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 352
  • 352
  • 248
  • 213
  • 95
  • 87
  • 68
  • 58
  • 54
  • 47
  • 44
  • 43
  • 42
  • 41
  • 41
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
181

Impacto no sistema imunológico da utilização prolongada de morfina para tratamento da dor / Impact on the immune system of long-term morphine used through oral or spinal route in the treatment of neuropathic non-cancer pain

Rosa, Christiane Pellegrino 17 March 2016 (has links)
Introdução. Apesar das evidências dos efeitos imunomodulatórios da morfina, não há na literatura estudos que tenham comparado a interação entre citocinas, imunidade celular (linfócitos T, B e NK) e a administração prolongada de morfina administrada pelas vias oral ou intratecal em doentes com dor crônica neuropática não relacionada ao câncer. Foram avaliados de forma transversal e comparativa 50 doentes com diagnóstico de dor lombar crônica e com presença de radiculopatia (dor neuropática) previamente operados para tratar hérnia discal lombar (Síndrome Dolorosa Pós- Laminectomia), sendo 18 doentes tratados prolongadamente com infusão de morfina pela via intratecal com uso de sistema implantável no compartimento subaracnóideo (grupo intratecal); 17 doentes tratados prolongadamente com morfina pela via oral (n=17) e 15 doentes tratados com fármacos mas sem opióides (grupo sem opioide). Foram analisadas as concentração das citocinas IL-2, IL-4, IL-8, TNFalfa, IFNy, IL-5, GM-CSF, IL-6, IL-10 e IL-1beta no plasma e no líquido cefalorraquidiano; imunofenotipagem de linfócitos T, B e células NK e avaliados os Índice de Escalonamento de Opióide (em percentagem de opióide utilizada e em mg), dose cumulativa de morfina (mg), duração do tratamento em meses, dose final de morfina utilizada (em mg), e equivalente de morfina por via oral (em mg). Resultados. Não houve diferença estatisticamente significativa entre o número de linfócitos T, B e NK nos doentes com morfina administrada pelas vias IT, VO e os não usuários de morfina. Houve correlação positiva entre as concentrações de linfócitos T CD4 e o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlação negativa entre as concentrações de células NK (CD56+) e o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlação positiva entre o número de células NK (CD56+) e a dose cumulativa de morfina (em mg) administrada pelas vias intratecal e oral. Houve correlação positiva entre as concentrações de linfócitos T CD8 e a duração do tratamento em meses nos doentes tratados com morfina pela via oral. As concentrações de IL-8 e IL-1beta foram maiores no LCR do que no plasma em todos os doentes da amostra analisada. As concentrações de IFNy no LCR foram maiores nos doentes que utilizavam morfina pela via oral e nos não usuários de morfina do que nos que a utilizavam pela via intratecal. As concentrações de plasmáticas de IL-5 foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos que não a utilizavam. A concentração de IL-5 no LCR correlacionou-se negativamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal. Nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal, a concentração de IL-2 no LCR correlacionou-se positivamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA e negativamente com o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg) e a dose cumulativa de morfina (em mg). As concentrações plasmáticas de GMCSF foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos não a utilizavam. A concentração de TNFalfa no LCR nos doentes tratados com morfina pela via intratecal correlacionou-se negativamente com o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg), a dose cumulativa de morfina (em mg) e dose equivalente por via oral (em mg) de morfina. A concentração plasmática das citocinas IL-6 e IL-10 correlacionou-se negativamente com a duração do tratamento (em meses) nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. O Índice de Escalonamento de Opióide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentrações no LCR de IL-2 e TNFalfa nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. O Índice de Escalonamento de Opióide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentrações no LCR de IL-2 e IL-5 nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. Houve correlação negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentrações de IL-5 e IL-2 no LCR nos doentes tratados com morfina administrada pelas vias oral e intratecal. Houve correlação negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentrações plasmáticas de IL-4 nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Houve correlação negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentrações plasmáticas de IL-1beta nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Conclusões: Os resultados sugerem associações entre citocinas e imunidade celular (células T , B e NK) e o tratamento prolongado com morfina administrada pela via oral ou intratecal. Estes resultados podem contribuir para a compreensão da imunomodulação da morfina administrada por diferentes vias em doentes com dor neuropática crônica não oncológica . São necessários mais estudos sobre os efeitos da morfina sobre o sistema imunológico / Objective: To analyze plasma and cerebrospinal fluid (CSF) cytokine levels and cell-mediated immunity (T, B and NK cells) of chronic neuropathic pain patients under long-term morphine treatment administered through the oral or spinal routes. Design: Cross- sectional clinical and laboratory analysis. Subjects:Fifty ambulatory patients with diagnosis of chronic low back pain and presence of radiculopathy (neuropathic pain) previously operated to treat lumbar disc hernia (failed back surgery syndrome) receiving long term morphine treatment (minimum 180 days); 18 patients receiving long term morphine into the intrathecal space through a implanted pump (\"spinal group\"); 17 patients treated with long-term oral morphine (\"oral group\") and 15 patients treated with non-opioid analgesics (\"without opioid group\"). Methods: Were analyzed plasma and cerebrospinal fluid concentrations of 10 cytokines using a multiplex system (Luminex®) for the following cytokines: IL- 2, IL-4, IL-8, TNFalfa, IFNy, IL-5, GM-CSF, IL-6, IL-10 and IL-1beta; immunophenotyping of lymphocytes T, B and NK cells. Results: There were no significant group demographic differences. No significant T, B and NK cells differences were observed between the 3 groups. CD4 levels and Opioid Escalation Index (OEI) were positively correlated in spninal group. NK cells levels and OEI were negatively correlated in spinal group. NK cells levels and cumulative morphine dose were positively correlated in spninal and oral groups. CSF concentrations of IL-8 and IL-1beta were higher than plasma concentrations in all groups. CSF concentration of FNg were higher in oral and without opioid group. Plasma IL-5 concentrations were higher in the oral and spinal groups compared to without opioid group. CSF concentration of IL-5 was negatively correlated with pain intensity in the oral and spinal groups. CSF concentrations of IL-2 was positively correlated with pain intensity and negatively correlated with OEI and cumulative morphine dose in the oral and spinal groups. GM-CSF plasma concentrations were higher in oral and spinal group compared to without opioid group. TNFa CSF concentrations was negatively correlated with OEI, cumulative morphine dose and equivalent oral morphine dose in the spinal group. IL-6 and IL-10 plasma concentrations were negatively correlated with treatment duration in the oral group. OEI The significant inverse correlations observed between pain intensity and the plasma IL-6 and IL-10 concentrations in patients receiving longterm i.t. opioids for chronic pain management, suggests that these cytokines are worthy of further investigation as possible biomarkers of persistent pain. CSF concentrations of IL-2 and TNFa were negatively correlated with OEI in spinal group. CSF concentrations of IL-2 and IL-5 were negatively correlated with OEI in oral group and with pain intensity in the oral and spinal group. Plasma concentrations of IL-4 was negatively correlated with pain intensity in spinal group. Plasma concentrations of IL-1beta were negatively correlated with pain intensity in spinal group. Conclusions: The results suggest associations between long term morphine treatment administered by oral or spinal routes and cytokines concentrations and cellmediated immunity (T, B and NK cells). These results can contribute to the understanding of immunomodulation by morphine administered through diferent routes in patients with chronic neuropathic non-cancer pain. Further studies on the effects of morphine on the immune system are needed
182

Absenteísmo e presenteísmo por doença em trabalhadores da população geral da grande São Paulo / Absenteeism and presenteeism due to common physical and mental conditions in a sample of workers from the metropolitan area of São Paulo

Baptista, Marcos José Campello 18 September 2018 (has links)
Doenças crônicas e transtornos psiquiátricos causam carga para a sociedade e estão associados a custos diretos e indiretos, os quais são arcados pelos governos, pessoas físicas e empresas. Do ponto de vista macroeconômico, a saúde da população é um dos determinantes da produtividade e do desenvolvimento econômico. Para atingir um crescimento sustentado, o Brasil precisa aumentar a produtividade dos trabalhadores, que entre outros fatores depende da saúde dos trabalhadores. Para os empregadores, o crescimento dos custos com assistência médica pode representar um importante custo operacional, mas não representa todo o impacto econômico relacionado com a saúde. Diversos estudos mostram que o custo total de saúde engloba também as perdas de produtividade, seja por dias de afastamento do trabalho (absenteísmo) e pela redução da produtividade do trabalhador que comparece ao trabalho, mas não desempenha plenamente suas tarefas por problemas de saúde (presenteísmo). Na literatura médica, vários trabalhos mostram a relação entre doenças físicas e transtornos mentais com a redução da produtividade por absenteísmo e presenteísmo. No Brasil, diversos estudos mostram a relação entre doenças e absenteísmo, mas poucos estudaram o presenteísmo. O objetivo deste estudo é determinar a relação entre doenças físicas e mentais com a redução da produtividade por absenteísmo e presenteísmo em uma amostra de trabalhadores da população geral, com 18 anos ou mais, residente na região metropolitana de São Paulo. Esta pesquisa é parte do subprojeto de saúde e produtividade do estudo \"São Paulo Megacity - Pesquisa sobre saúde, bem estar e estresse\", desenvolvido pelo Núcleo de Epidemiologia Psiquiátrica, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre maio de 2005 a maio de 2007. Para avaliação de transtornos mentais, foi utilizada a versão traduzida para o português do Composite International Diagnostic Interview, versão para o World Mental Health Survey, estudo multicêntrico da Organização Mundial da Saúde (WMHCIDI), fazendo diagnósticos de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais - 4ª Edição e a Classificação Internacional de Doenças - 10ª Revisão. A avaliação de doenças físicas foi realizada por um questionário padronizado desenvolvido pela Universidade de Harvard para essa finalidade e validado em diversos estudos que mostraram boa concordância com diagnósticos médicos. O absenteísmo e o presenteísmo autorreferidos foram mensurados pela versão em português do WHODAS 2.0 (World Health Organization Disability Assessment Schedule). O projeto foi desenvolvido de agosto de 2014 a abril de 2018 utilizando o banco de dados da pesquisa São Paulo Megacity, considerando uma subamostra de 1.737 entrevistados, que responderam a todos os questionários anteriormente citados e encontravam-se empregados no momento da pesquisa. A estatística descritiva mostrou os dados demográficos, a prevalência das doenças físicas crônicas e dos transtornos mentais, a distribuição das perdas de produtividade por absenteísmo, presenteísmo e total de dias perdidos e o número de dias perdidos por absenteísmo, presenteísmo e total de dias perdidos, comparando os respondentes que apresentam com e sem as patologias de interesse. Modelos de regressão logística foram utilizados para examinar a força da associação entre doenças e transtornos e absenteísmo, presenteísmo e algum dia com redução de produtividade. Os resultados mostraram que as doenças físicas e os transtornos mentais são altamente prevalentes entre os trabalhadores brasileiros. A prevalência de absenteísmo foi 12,8% e do presenteísmo foi 14,3% para redução quantitativa, 12,9% para redução quantitativa e 13,9% para esforço extremo. O número médio de dias perdidos por absenteísmo foi 1,5 dias. A média de dias com presenteísmo foi 1,4 com redução quantitativa, 1,4 com redução qualitativa e 1,7 com esforço extremo. As doenças físicas associadas a mais dias de absenteísmo foram insônia, diabetes e artrite. Cefaleia/enxaqueca, dor crônica (cervical/lombar) e distúrbios digestivos foram associados a mais dias de presenteísmo. Os transtornos mentais associados a mais dias de absenteísmo e presenteísmo foram transtornos do humor e do controle dos impulsos. Cefaleia/enxaqueca e transtornos de humor foram associados a um risco significativamente maior de absenteísmo, redução quantitativa, redução qualitativa, esforço extremo e algum dia com redução de produtividade. Transtornos de ansiedade foram associados ao absenteísmo e a algum dia com redução de produtividade. Dor crônica (cervical/lombar) foi associada a absenteísmo, redução quantitativa e redução qualitativa. Os transtornos de humor apresentaram o maior número de dias perdidos em todas as formas de redução de produtividade mensuradas e as maiores razões de chances em todas as formas de redução de produtividade mensuradas. Os achados deste estudo servem para que o impacto da saúde na produtividade do trabalhador brasileiro seja considerado por aqueles que tomam as decisões em políticas de saúde pública e de saúde corporativa. Para os gestores da saúde pública, amplia a importância do diagnóstico e do tratamento dos transtornos mentais comuns no SUS. Para os profissionais que atuam com a saúde do trabalhador no Brasil, justifica-se a ampliação da atuação da área de saúde ocupacional nas empresas, ao incluir o impacto da saúde na produtividade, somando-se à tradicional abordagem prevencionista. Para os gestores de saúde corporativa, fica demonstrado que o investimento na saúde dos trabalhadores não se trata apenas de uma questão ética, legal ou de custo com assistência médica, trata-se também de uma oportunidade de aumentar a produtividade. A observação de que, em comparação com estudos internacionais, os transtornos mentais em trabalhadores brasileiros apresentam uma maior prevalência e um maior impacto em produtividade possui implicações para todos os envolvidos com saúde do trabalhador no país. Para o Governo, há a possibilidade da elaboração de uma legislação específica sobre saúde mental e trabalho. Profissionais de saúde ocupacional devem atuar na identificação e controle dos fatores de risco relacionados com o trabalho, com promoção da saúde mental, identificação precoce e garantia de assistência adequada. Entidades representativas dos trabalhadores podem atuar na negociação de avanços no tema. Universidades devem participar com o desenvolvimento de pesquisas e formação dos profissionais da área de saúde mental e trabalho / Role-functioning impairment due to medical conditions is a major source of human capital loss and has high economic relevance. From the macroeconomic point of view, population health is an important determinant of workforce productivity and economic development. To achieve sustained growth, Brazil must increase worker productivity, which among other factors depends on the health of the workforce. For employers, rising healthcare costs have a significant impact on business profitability but do they not represent all health-related costs. Several studies show that the total cost of worker health also includes productivity losses and encompasses absenteeism and presenteeism. Numerous international studies have shown the association between health conditions and reduced worker productivity. In Brazil, several studies have shown the relationship between illness and absenteeism, but few have assessed presenteeism. This study describes the association of common medical conditions with absenteeism and presenteeism in a population-based sample of workers in São Paulo Metropolitan Area. Data for this study was from the cross-sectional São Paulo Megacity Mental Health Survey. This included face-to-face interviews conducted on 1,737 employed household residents aged > 18 years old. We analyzed data for four non-psychotic mental disorders (mood, anxiety, substance use and impulse-control disorders) using the Composite International Diagnostic Interview (CIDI 3.0) and eight chronic physical conditions with a questionnaire. The presence of physical and mental conditions was determined for the 12 prior month period. The role functioning dimension of the WHO-Disability Assessment Schedule (WHODAS II) was used to assess the number of days in the past month in which respondents were fully or partially able to perform daily activities. Logistic regression analysis was performed to examine the strength of association between these medical conditions and absenteeism and presenteeism. Productivity loss associated with physical and mental conditions is highly prevalent among Brazilian workers. The prevalence of absenteeism was 12.8%. The prevalence of presenteeism was 14.3% for quantitative reduction, 12.9% for quantitative reduction and 13.9% for extreme effort. The mean absenteeism was 1.5 days. The mean work cutback days was 1.4, qualitative reduction 1.4 and extreme effort was 1.7. The physical conditions associated with greater absenteeism included insomnia, diabetes and arthritis. Headache/migraine, chronic pain (neck/back) and digestive disorders were associated with greater presenteeism. The mental disorders associated to greater absenteeism and presenteeism were mood and impulse-control disorders. Headache/migraine and mood disorders were associated with a significantly higher risk of absenteeism, quantitative reduction, qualitative reduction, extreme effort and any day with reduced productivity. Anxiety disorders were associated with absenteeism and any day with reduced productivity. Chronic pain was associated with a significantly higher risk of absenteeism, quantitative reduction, qualitative reduction and any day with reduced productivity. Mood disorder had the greatest absenteeism, and the higher odds ratio of lost productive days. The findings of this research have several implications. For public health managers, the present study reinforces the importance of diagnosis and treatment of common mental disorders in the Brazilian Public Health System. For occupational health professionals, a health and productivity population health strategy is justified in Brazil. For corporate health managers, investing in workers\' health is not just an ethical, legal and healthcare issue, it is an opportunity to increase worker productivity and benefit the financial bottom line of the corporation. The finding that, in comparison to international studies, mental disorders in Brazilian workers have a higher prevalence and a greater impact on productivity has implications for all those involved with worker\'s health in Brazil. Occupational health professionals should develop and implement strategies to reduce work-related health risk factors, offer mental health and stress management programs, and offer evidenced based condition management programs. Union trades should negotiate enhanced workplace based mental health services. Universities should conduct research on the most effective strategies that address lost productivity associated with medical and mental health conditions
183

Prevenção e diagnóstico da tuberculose em pessoas que vivem com aids: análise da assistência prestada / Prevention and diagnosis of tuberculosis among people living with AIDS: analysis of delivered care in Ribeirao Preto

Magnabosco, Gabriela Tavares 12 February 2015 (has links)
A tuberculose (TB) constitui a principal comorbidade a acometer as pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA), sendo considerada a primeira causa de morte nesta população. Assim, a prevenção da coinfecção TB/HIV pelos Serviços de Atenção Especializada ao HIV/aids (SAE) se faz imprescindível. O estudo objetivou analisar a oferta e a integração das ações e serviços de saúde para a prevenção e o controle da TB nas PVHA pertencentes à rede de atenção ao HIV/aids do município de Ribeirão Preto-SP. Utilizou-se o conceito teórico da integralidade da atenção, tomando como eixo de análise a oferta e a integração das ações e serviços dentro das equipes de referência e junto a outros profissionais/especialidades/serviços. Trata-se de um estudo exploratório, do tipo inquérito, com abordagem quantitativa. Participaram 253 PVHA em acompanhamento nos cinco SAE sob gestão municipal, considerando-se os seguintes critérios de inclusão: indivíduos maiores de 18 anos, residentes no próprio município e não pertencentes ao sistema prisional. A coleta de dados foi realizada no período de janeiro/2012 a maio/2013, por meio de entrevistas com apoio de um instrumento específico. Os dados foram analisados por meio de distribuição de frequência, construção de indicadores e análise de correspondência múltipla. Quanto ao perfil dos sujeitos, identificou-se acometimento maior dentre o sexo feminino, faixa etária adulta, indivíduos casados/união estável e solteiros, baixa escolaridade, empregados e predomínio da classe econômica C. Tais características e especificidades sociais e demográficas expõem a complexidade que envolve a assistência às PVHA e, em contiguidade, o controle da TB nesta população. A oferta de ações e serviços para o controle da TB nas PVHA por todos os SAE do município foi considerada regular, reforçando a necessidade de melhor planejamento da assistência de forma integral, articulação dos profissionais nas equipes e entre estas e os demais serviços da rede, além da formação profissional e educação permanente. A integração, de modo geral, foi classificada como satisfatória, entretanto, identificou-se diferentes desempenhos entre os SAE, principalmente no que se refere à abordagem das condições sociais e encaminhamentos realizados, o que permite refletir sobre a complexidade da coordenação da assistência prestada às PVHA. O desafio que se coloca é pensar a integralidade da atenção que articule a oferta de ações e serviços de saúde para o controle da TB, sobretudo, destacando a necessidade de estratégias que favoreçam o desenvolvimento de ações compartilhadas e cooperadas dentro da equipe, entre os programas de TB e HIV/aids e entre os diferentes serviços, com o intuito de fortalecer a rede local de atenção visando a produção de um cuidado integral, singular e resolutivo. Para tanto, urge a necessidade de transformar os conceitos e práticas de saúde que orientam o processo de formação acadêmica no sentido de conceber profissionais capazes de compreensão e ação relativas à integralidade nas práticas de saúde / Tuberculosis (TB) is a major morbidity that affects people living with HIV/ AIDS (PLWHA), and it is considered the leading cause of death among this population. Thus, prevention of TB by HIV/AIDS Care Specialized Services is a prerogative. The study aimed to analyze the supply of health actions and the integration of health services for TB\' prevention and control among PLWHA in treatment at the HIV/AIDS care network in the city of Ribeirão Preto, SP. The theoretical concept of comprehensive care was used, by considering the supply and integration of programs and services within the reference teams and between other professionals/skills/services. This is an exploratory study, survey type, with a quantitative approach. A total of 253 PLWHA participated in the study. They were followed at the five municipal HIV/AIDS Specialized Assistance Services (SAS), and the following inclusion criteria were considered: patients over 18 years old, living in the study site and outside the prison system. Data collection was performed from January 2012 to May 2013, through interviews with the support of a specific instrument. Data were analyzed by frequency distribution, indicators development and multiple correspondence analysis. Regarding the subjects\' profile, we identified a higher prevalence of females, adult age, married/stable union or single, low education, employees and a predominance of economic class C. Such social and demographic characteristics expose the complexity involving the assistance to PLWHA, and, as a result, the complexity of controlling TB in this population. The availability of services for TB control in PLHIV in all five SASs was rated as regular, reinforcing the need for better planning focused on comprehensive care, coordination of professionals inside their teams, as well as between different teams and services, thinking beyond vocational training and continuing education. Although integration was generally rated as satisfactory, SASs presented different performances, especially with regard to addressing the social conditions and establishing referrals, allowing a reflection on the complexity of PLWHA care coordination. The challenge that arises is thinking about an integrated care that articulates the availability of health actions and services for TB control, e highlighting the need for strategies that favor the development of cooperative actions within health teams, between TB and HIV/AIDS programs and among different services in order to strengthen the local care network and develop unique, decisive and comprehensive care. Therefore, there is an urgent need to transform the health concepts and practices that guide the process of academic training to build professionals capable of understanding and acting for comprehensive health practices
184

Adesão ao tratamento de pacientes com glicogenose hepática tipo 1 acompanhados em um serviço de referência para distúrbios metabólicos

Magalhães, Caroline da Cunha Campos January 2017 (has links)
Introdução: A glicogenose hepática tipo 1 (GSD I) é um erro inato do metabolismo (EIM), ocasionada pela presença de mutações patogênicas em genes que codificam enzimas envolvidas no catabolismo do glicogênio, levando ao acúmulo desse substrato e de gordura no fígado, rins e mucosa intestinal, ocasionando alterações metabólicas importantes que comprometem significativamente a qualidade de vida do indivíduo. O tratamento da GSD I é essencialmente dietético, e objetiva proporcionar uma fonte contínua de glicose para evitar a hipoglicemia e prevenir distúrbios metabólicos secundários, através da administração frequente de amido de milho cru (AMC) e/ou dieta contínua noturna administrada por sonda nasogástrica ou gastrostomia, além da restrição de frutose, sacarose e lactose, bem como suplementação de vitaminas e minerais. Em pacientes com complicações graves, o transplante hepático pode ser indicado. A não adesão aos tratamentos é um problema de saúde pública de magnitude mundial e sabe-se que a baixa adesão às intervenções prescritas é um problema complexo e presente especialmente em pacientes com doenças crônicas. Não foram encontrados estudos sobre adesão ao tratamento em glicogenoses hepáticas. Estudos realizados sobre adesão relacionada à fenilcetonúria (EIM com tratamento com restrição alimentar semelhante, sob alguns aspectos, às glicogenoses) indicaram, para essa doença, que o nível de adesão depende de múltiplos fatores e também foi evidenciado um alto nível de não adesão. Objetivo: Caracterizar a adesão ao tratamento de pacientes com GSD I e identificar os fatores que influenciam a adesão desses pacientes. Métodos: Estudo transversal cuja amostra foi selecionada por conveniência, incluindo indivíduos com diagnóstico de GSD Ia e GSD Ib acompanhados no ambulatório de EIM do Serviço de Genética Médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os dados foram coletados através de revisão de prontuário e entrevista com pacientes ou familiares. Dois questionários foram aplicados a eles contendo questões sobre hábitos de vida, suporte social, percepção da dieta e conhecimento sobre a doença. A adesão foi avaliada por meio dos marcadores biológicos de tratamento e as variáveis foram analisadas estatisticamente para verificar possíveis associações. Resultados: Dezoito pacientes foram incluídos. A mediana de idade foi de 6,5 anos (IQ = 9 a 34 anos). Onze pacientes foram classificados como aderentes ao tratamento. A totalidade dos pacientes de GSD subtipo Ib foi aderente. O convívio com o pai e a mãe foi um dos fatores associados à adesão (p=0,049). Três pacientes tiveram um ótimo nível de 6 adesão. A maioria apresentou conhecimento satisfatório sobre a doença. Restrição dietética, acordar durante a madrugada, palatabilidade do AMC, custo da dieta e a distância da residência do paciente ao ambulatório foram as dificuldades mais relatadas. Conclusão: O estudo teve um índice maior de adesão do que o referenciado pela literatura para doenças crônicas. A adesão ao tratamento em GSD I é um tema complexo e que necessita de mais estudos. Compreender os fatores associados à adesão é necessário para a efetividade do tratamento. Nesse estudo, obtiveram-se informações importantes que possibilitam melhor compreensão sobre possíveis fatores que podem contribuir para não adesão ao tratamento das GSD I. Estratégias devem ser elaboradas pelo sistema de saúde e pelos profissionais com o intuito de que as dificuldades associadas ao tratamento sejam trabalhadas e minimizadas em conjunto com os pacientes ou familiares. / Introduction: Glycogen Storage Disease type I (GSDI) is an inborn error of metabolism (IEM) due to the presence of pathological mutations on genes that code enzymes involved in glycogen’s metabolism that leads to the accumulation of this substrate and fat in the liver, kidneys and intestinal mucosa and causes important metabolic alterations that significantly compromise the individual's quality of life. The treatment for GSDI is essentially dietetic and aims to provide a continuous source of glucose to avoid hypoglycemia and also to prevent secondary metabolic disorders, through the frequent administration of uncooked cornstarch (UCCS) and/or continuous nocturnal nasogastric feeding or gastrostomy, restricting fructose, saccharose and lactose besides supplementation of vitamins and minerals. Liver transplant may be indicated for more severely acute patients. Non-adherence to treatments is a world-wide public health matter and it is known that low adherence to prescribed interventions is a complex problem that is present especially in chronic disease patients. To date, no studies were found on adherence to treatment on hepatic glycogen storage disease. Studies on adherence to treatment related to phenylketonuria (EIM with dietetic restriction) indicate that, for this disease, the adherence level depends on multiple factors and a high level of non-adherence has been evidenced. Objective: To characterize adherence to treatment of GSDI patients and identify the factors that influence those patients' adherence. Methods: Convenience sampled in cross-sectional study, including individuals diagnosed with GSDIa and GSDIb followed by the IEM Ambulatory of the Medical Genetics Service of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre. The data was collected through medical records review and interviews with patients and/or family members. Two questionnaires were administered with questions about life habits, social support, diet perception and knowledge about the disease. Adherence was evaluated by biochemical biomarkers and the variables were statistically analysed to verify possible associations. Results: 18 patients were included. The median age was 6,5 years. Eleven patients were classified as adherents to treatment. All the GSD patients with subtype Ib were adherent. Living with both parents was one of the factors associated to adherence. Three patients had an optimal level of adherence. Most patients showed satisfying knowledge about the disease. The most reported difficulties were dietetic restriction, waking up in the middle of the night, UCCS 8 palatability, diet cost and distance from the patient’s residence to the ambulatory clinic. Conclusions: The study had a higher index of adherence than referenced by the literature for chronic diseases. Adherence to treatment in GSDI is a complex theme that needs more research. It is necessary to understand the factors associated with adherence to result in effect treatment. In this study, important data was obtained that provides better comprehension of the possible factors that can contribute to non-adherence for the treatment of the GSDI types. Strategies must be considered and incorporated into standards of care by the Health Care System and health professionals to insure that patients and their families understand requirements needed to improve and minimize the difficulties associated with the treatment.
185

A história de Janaína : o peso da obesidade alimentando relações sociais

Carvalho, Damiana Paula Coelho January 2016 (has links)
A obesidade possui caráter multifatorial, podendo ser vista como problema de pertencimento social. Neste enfrentamento, o indivíduo obeso percorre um caminho por cuidado em uma busca composta por diferentes relações sociais que ocorrem neste itinerário e podem tanto empoderá-lo quanto diminuir suas capacidades de se sentir influente no manejo de sua própria vida. Na zona rural, pode ser ainda mais difícil, face a inúmeras dificuldades inerentes à vida neste espaço, motivo pelo qual é necessário analisar o enfrentamento da obesidade a partir das relações sociais estabelecidas ao longo de um itinerário terapêutico, compreendendo o que significa ser obeso e quais são as formas de enfrentamento, estando neste lugar (meio rural de Gravataí, RS) e tendo esta condição. Para isto, foi identificado, a partir das narrativas (gravadas em vídeo) de uma adoecida crônica chamada Janaína na sua rede social, o itinerário terapêutico por ela apreendido em busca de cuidados; bem como os obstáculos enfrentados e repercussões desses aspectos nas suas relações da vida cotidiana. As imagens gravadas e as falas desta personagem principal, exaustivamente analisadas ao longo dos processos de decupagem e transcrições dos vídeos, deram origem a um roteiro de produção audiovisual baseada na metodologia de Jorge Prelorán, a Etnobiografia, o que nos permitiu conhecer, a partir de sua história individual, a história daquela comunidade à qual pertence. Ao longo dos vídeos, Janaína fala abertamente sobre as relações sociais existentes na sua trajetória no enfrentamento da obesidade, sendo a comida (e as refeições) o elo entre as pessoas nestas relações. Das diversas leituras e olhares possíveis que a temática da obesidade permite, esta pesquisa demonstra que a produção audiovisual por meio da Etnobiografia possui valor social: primeiro, por ter dado escuta ao indivíduo, podendo ter sido inclusive terapêutica; segundo, por ser uma linguagem inovadora que permite uma divulgação mais ágil da construção do conhecimento. A história de Janaína mostrou que o conceito de saúde é mais amplo do que se pensa e que a ditadura do corpo perfeito pode ser combatida. / La obesidad es multifactorial y puede ser visto como un problema de pertenencia social. En este enfrentamiento, el individuo obeso se ejecuta um camino de búsqueda por cuidado efectuado por diferentes relaciones sociales que se producen en este camino y pueden tanto potenciar como a reducir su capacidad de sentirse influyente en la gestión de su propia vida. En el campo, puede ser aún más difícil, debido a las muchas dificultades inherentes a la vida en este espacio, por lo que es necesario analizar la confrontación de la obesidad de las relaciones sociales que se establecen sobre un itinerario terapêutico, la comprensión de lo que significa ser obeso y cuáles son las formas de hacer frente, estando en este lugar (Gravataí rural, RS) y tenendo esta condición. Para esto, se identificó a partir de las narrativas (grabadas en vídeo) de un paciente crónico que se llama Janaina en su red social, el itinerario terapéutico para su búsqueda de atención apoderado; así como los obstáculos y las consecuencias de estos aspectos en sus relaciones de la vida cotidiana. Las imágenes grabadas y las líneas de este personaje principal, analizados a fondo en los procesos de decoupage y transcripciones de los vídeos, dieron un guión audiovisual basado en la metodología de Jorge Prelorán, la Etnobiografia, lo que nos permitió conocer, desde su historia individual, la historia de la comunidad a la que pertenece. A través de los vídeos, Janaina habla abiertamente sobre las relaciones sociales existentes en su historia en la lucha contra la obesidad, y la comida (y comidas) el vínculo entre las personas en estas relaciones. Las diversas lecturas y miradas posibles que los permisos de emisión de la obesidad, esta investigación muestra que la producción audiovisual por Etnobiografia tiene valor social: en primer lugar, para dar a la escucha de la persona y puede haber sido incluso el tratamiento; en segundo lugar, por ser un lenguaje innovador que permite una difusión más ágil de construcción del conocimiento. La historia de Janaína mostró que el concepto de salud es más amplio de lo que piensa y que el cuerpo perfecto de la dictadura puede ser combatido.
186

Adesão ao tratamento medicamentoso do Diabetes mellitus tipo 2 na Estratégia Saúde da Família: análise na perpectiva de gênero / Adherence to type 2 diabetes mellitus pharmacotherapy at the Family Healthcare Strategy: a gender perspective

Oliveira, Rinaldo Eduardo Machado de 18 July 2016 (has links)
A elevada taxa de não adesão ao tratamento de doenças crônicas não transmissíveis é um problema de saúde pública. A adesão ao tratamento medicamentoso por pessoas com Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é fundamental para reduzir complicações e a morbimortalidade por esta doença. Assim, este estudo objetivou avaliar a adesão ao tratamento medicamentoso de pessoas com DM2 cadastradas em seis Unidades de Saúde da Família (USFs) de Ribeirão Preto, São Paulo com ênfase nas diferenças de gênero. Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado por meio de entrevista com amostra calculada em 100 mulheres e 100 homens com DM2, igualmente estratificados nas faixas etárias de 18-59 e de 60 ou mais anos. As variáveis de interesse foram sociodemográficas, econômicas, clínicas, estilo de vida, uso de medicamentos e adesão estimada por meio do Brief Medication Questionnaire (BMQ) e Teste de Morisky-Green (TMG). Em ambos os gêneros predominou o relato de cor/raça branca, baixa renda e escolaridade. O tabagismo foi três vezes mais frequente nos homens (18,0%). A dependência ao álcool foi sete vezes mais frequente entre os homens (28,0%). As mulheres relataram maior número de consultas médicas nas USFs para tratamento do DM2. Contudo, houve maior frequência de homens nos grupos de promoção à saúde. As mulheres relataram usar em média 1,6 medicamentos (DP=0,7) e os homens 1,5 medicamentos (DP=0,6) para o tratamento do DM2. A metformina foi o antidiabético mais citado por 70,0% das mulheres e 65,0% dos homens, com relato de reações adversas por 15,0% das mulheres e 2,0% dos homens. O uso de apenas sulfonilureias foi frequente em 12,0% das mulheres e 14,0% dos homens. Já o uso de apenas insulina foi referido por 10,0% das mulheres e 16,0% dos homens. A combinação de metformina e sulfonilureia foi de 22,0% nas mulheres e 18,0% nos homens. O uso concomitante de antidiabético oral e insulina foi observado em 17,0% dos homens e mulheres. A principal fonte de obtenção dos medicamentos foram as farmácias da rede pública de saúde em ambos os gêneros. A potencial adesão ao tratamento medicamentoso foi estimada em 71,0% por meio do BMQ e 76,0% pelo TMG nos homens e 62,0% por meio do BMQ e 74,0% pelo TMG nas mulheres. Verificou-se associações entre adesão e homens que auto perceberam sua saúde como muito boa/boa, usavam apenas um medicamento para o controle do DM2, usavam antidiabético oral, não apresentavam reações adversas e adquiriram a totalidade ou parte dos medicamentos por meio do Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB) (p<0,01). Já entre as mulheres foi verificada associação entre adesão e aquelas que usavam apenas um medicamento para controle do DM2 (p<0,01), adquiriram a totalidade ou parte dos medicamentos no PFPB (p<0,04) e não apresentaram reações adversas aos antidiabéticos (p<0,01). As singularidades dos gêneros devem ser analisadas nas intervenções em diabetes. Estimular a adesão, conscientizar a população sobre os problemas relacionados a não adesão, custos e impacto para o sistema de saúde são ações importantes em USFs. / The high rate of nonadherence to chronic diseases treatment is a public health concern. Adherence to medication use for people with type 2 diabetes mellitus (T2DM) is the main key for reducing its complications and improving outcomes and prognosis. This study aimed to assess medication adherence of people with T2DM enrolled in six Family Healthcare Units (FHU) at Ribeirão Preto, São Paulo, emphasizing gender differences. It is a descriptive cross-sectional study with a survey of a population sample of 100 women and 100 men with T2DM, stratified by age groups of 18 to 59 and 60 and more years old. The variables of interest were socio-demographic, economic, clinical, lifestyle, medication use and adherence estimated by the Brief Medication Questionnaire (BMQ) and Morisky-Green Test (MGT). Both women and men have reported predominantly white, low income and education. Smoking was three times higher in men (18.0%), and alcohol addiction seven times more common among men (28.0%). Women have reported a higher number of medical visits in FHU for treatment of T2DM. However, there was a higher frequency of men in encounters of a health promotion groups. For treatment of T2DM, women were using an average 1.6 drugs (SD = 0.7) while men 1.5 drugs (SD = 0.6). Metformin was the most cited antidiabetic (70.0% of women and 65.0% of men), with reports of adverse reactions by 15.0% of women and 2.0% of men. The frequency of only sulfonylureas use was 12.0% in women and 14.0% in men. Only insulin use was reported by 10.0% of women and 16.0% of men. Combination of metformin and sulfonylurea was reported by 22.0% women and 18.0% men. Concomitant use of oral antidiabetic and insulin was observed in 17.0% of men and women. The main source of medication acquisition for both genders was the government healthcare system pharmacies. The estimated medication adherence in men was 71.0% by the BMQ and 76.0% by MGT and in women was 62.0% by the BMQ and 74.0% by MGT. Statistically significant association was found between adherence and men who self-perceived their health as very good/good, using only one medication for T2DM control, oral anti-diabetic use, no report of adverse reactions and total or partial acquisition of the drugs from the \"Farmácia Popular do Brasil\" Program (FPBP) (p<0.01). Among women, it was found statistically significant association between adherence and use of only one drug to control T2DM (p<0.01), acquisition of all or part of the medications in FPBP (p<0.04) and no adverse reactions to antidiabetics (p<0.01). The singularities of genders must be perceived at the healthcare interventions in diabetes. To encourage membership, raise awareness about problems on nonadherence medications, costs and impact on the healthcare system are important actions in FHU.
187

Adesão ao tratamento medicamentoso do Diabetes mellitus tipo 2 na Estratégia Saúde da Família: análise na perpectiva de gênero / Adherence to type 2 diabetes mellitus pharmacotherapy at the Family Healthcare Strategy: a gender perspective

Rinaldo Eduardo Machado de Oliveira 18 July 2016 (has links)
A elevada taxa de não adesão ao tratamento de doenças crônicas não transmissíveis é um problema de saúde pública. A adesão ao tratamento medicamentoso por pessoas com Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é fundamental para reduzir complicações e a morbimortalidade por esta doença. Assim, este estudo objetivou avaliar a adesão ao tratamento medicamentoso de pessoas com DM2 cadastradas em seis Unidades de Saúde da Família (USFs) de Ribeirão Preto, São Paulo com ênfase nas diferenças de gênero. Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado por meio de entrevista com amostra calculada em 100 mulheres e 100 homens com DM2, igualmente estratificados nas faixas etárias de 18-59 e de 60 ou mais anos. As variáveis de interesse foram sociodemográficas, econômicas, clínicas, estilo de vida, uso de medicamentos e adesão estimada por meio do Brief Medication Questionnaire (BMQ) e Teste de Morisky-Green (TMG). Em ambos os gêneros predominou o relato de cor/raça branca, baixa renda e escolaridade. O tabagismo foi três vezes mais frequente nos homens (18,0%). A dependência ao álcool foi sete vezes mais frequente entre os homens (28,0%). As mulheres relataram maior número de consultas médicas nas USFs para tratamento do DM2. Contudo, houve maior frequência de homens nos grupos de promoção à saúde. As mulheres relataram usar em média 1,6 medicamentos (DP=0,7) e os homens 1,5 medicamentos (DP=0,6) para o tratamento do DM2. A metformina foi o antidiabético mais citado por 70,0% das mulheres e 65,0% dos homens, com relato de reações adversas por 15,0% das mulheres e 2,0% dos homens. O uso de apenas sulfonilureias foi frequente em 12,0% das mulheres e 14,0% dos homens. Já o uso de apenas insulina foi referido por 10,0% das mulheres e 16,0% dos homens. A combinação de metformina e sulfonilureia foi de 22,0% nas mulheres e 18,0% nos homens. O uso concomitante de antidiabético oral e insulina foi observado em 17,0% dos homens e mulheres. A principal fonte de obtenção dos medicamentos foram as farmácias da rede pública de saúde em ambos os gêneros. A potencial adesão ao tratamento medicamentoso foi estimada em 71,0% por meio do BMQ e 76,0% pelo TMG nos homens e 62,0% por meio do BMQ e 74,0% pelo TMG nas mulheres. Verificou-se associações entre adesão e homens que auto perceberam sua saúde como muito boa/boa, usavam apenas um medicamento para o controle do DM2, usavam antidiabético oral, não apresentavam reações adversas e adquiriram a totalidade ou parte dos medicamentos por meio do Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB) (p<0,01). Já entre as mulheres foi verificada associação entre adesão e aquelas que usavam apenas um medicamento para controle do DM2 (p<0,01), adquiriram a totalidade ou parte dos medicamentos no PFPB (p<0,04) e não apresentaram reações adversas aos antidiabéticos (p<0,01). As singularidades dos gêneros devem ser analisadas nas intervenções em diabetes. Estimular a adesão, conscientizar a população sobre os problemas relacionados a não adesão, custos e impacto para o sistema de saúde são ações importantes em USFs. / The high rate of nonadherence to chronic diseases treatment is a public health concern. Adherence to medication use for people with type 2 diabetes mellitus (T2DM) is the main key for reducing its complications and improving outcomes and prognosis. This study aimed to assess medication adherence of people with T2DM enrolled in six Family Healthcare Units (FHU) at Ribeirão Preto, São Paulo, emphasizing gender differences. It is a descriptive cross-sectional study with a survey of a population sample of 100 women and 100 men with T2DM, stratified by age groups of 18 to 59 and 60 and more years old. The variables of interest were socio-demographic, economic, clinical, lifestyle, medication use and adherence estimated by the Brief Medication Questionnaire (BMQ) and Morisky-Green Test (MGT). Both women and men have reported predominantly white, low income and education. Smoking was three times higher in men (18.0%), and alcohol addiction seven times more common among men (28.0%). Women have reported a higher number of medical visits in FHU for treatment of T2DM. However, there was a higher frequency of men in encounters of a health promotion groups. For treatment of T2DM, women were using an average 1.6 drugs (SD = 0.7) while men 1.5 drugs (SD = 0.6). Metformin was the most cited antidiabetic (70.0% of women and 65.0% of men), with reports of adverse reactions by 15.0% of women and 2.0% of men. The frequency of only sulfonylureas use was 12.0% in women and 14.0% in men. Only insulin use was reported by 10.0% of women and 16.0% of men. Combination of metformin and sulfonylurea was reported by 22.0% women and 18.0% men. Concomitant use of oral antidiabetic and insulin was observed in 17.0% of men and women. The main source of medication acquisition for both genders was the government healthcare system pharmacies. The estimated medication adherence in men was 71.0% by the BMQ and 76.0% by MGT and in women was 62.0% by the BMQ and 74.0% by MGT. Statistically significant association was found between adherence and men who self-perceived their health as very good/good, using only one medication for T2DM control, oral anti-diabetic use, no report of adverse reactions and total or partial acquisition of the drugs from the \"Farmácia Popular do Brasil\" Program (FPBP) (p<0.01). Among women, it was found statistically significant association between adherence and use of only one drug to control T2DM (p<0.01), acquisition of all or part of the medications in FPBP (p<0.04) and no adverse reactions to antidiabetics (p<0.01). The singularities of genders must be perceived at the healthcare interventions in diabetes. To encourage membership, raise awareness about problems on nonadherence medications, costs and impact on the healthcare system are important actions in FHU.
188

Aspectos epidemiológicos e sanitários relacionados à saúde bucal da população idosa / Epidemiological and health aspects related to the oral health of the elderly population

Doralice Severo da Cruz 27 April 2015 (has links)
O aumento da proporção de idosos na população e a alta prevalência de condições crônicas torna oportuno o estudo dos aspectos epidemiológicos e sanitários relacionados à saúde bucal dessa população a fim de preservar sua capacidade funcional. Para esse propósito, foram utilizadas publicações da literatura científica e dados do Estudo SABE Saúde Bem-Estar e Envelhecimento, uma ampla pesquisa longitudinal de base populacional, que teve início em 2000 e realizou dois campos em 2006 e 2010 acrescentando em cada um, uma nova coorte de idosos de 60 a 64 anos. O trabalho, estruturado em três seções, deu origem a três manuscritos apresentados na Parte II. O primeiro manuscrito mostrou que idosos com renda insuficiente, que utilizavam somente o Sistema Único de Saúde (SUS), fumantes e que apresentaram 14 ou mais dentes tinham mais chance de necessitar de cuidado odontológico. No segundo manuscrito, concluiu-se que os idosos com maior probabilidade de perda dentária eram homens; utilizavam duas próteses removíveis; avaliavam sua saúde bucal como regular ou ruim/muito ruim; e moravam sozinhos, independentemente da idade e do hábito de fumar. No terceiro manuscrito concluiu-se com base em uma revisão sistemática, que o diabetes mellitus Tipo 2 não controlado está associado à doença periodontal, falha de implantes dentários, maior prevalência de abscessos periapicais, xerostomia, síndrome da ardência bucal, candidíase e prognóstico ruim para carcinoma primário de gengiva. As evidências reunidas reforçaram a tese de que a auto avaliação da saúde bucal, as condições clínicas e os aspectos sociodemográficos, comportamentais, e de acesso a serviços de saúde bucal, estão relacionados com a necessidade de cuidado odontológico e o risco de perda dentária entre idosos dentados. Além disso, o Diabetes Mellitus Tipo 2 quando não controlado, contribui para a deterioração da saúde bucal. Assim, as condições desfavoráveis em que a população brasileira está envelhecendo do ponto de vista socioeconômico, com a permanência de hábitos nocivos à saúde, necessidade de maior acesso aos serviços de saúde bucal, e alta carga de condições crônicas levam a fragilização do estado de saúde dificultando a manutenção da capacidade funcional. O aumento da proporção de idosos na população exigirá abordagens em saúde bucal que levem em conta as especificidades do envelhecimento na perspectiva das multimorbidades. O manejo e o cuidado em saúde dessas pessoas deveria ser transdisciplinar, tendo em vista que em se tratando das pessoas idosas, vários campos disciplinares deveriam ser ativados e a equipe de saúde bucal deveria estar preparada para transitar por esses espaços de maneira a contribuir com seus conhecimentos para a produção de ações que evitem a perda da capacidade funcional e levem em conta os fatores de risco comuns para doenças crônicas, incluindo as doenças bucais. Com isso, impacto positivo na saúde dessa população poderia ser obtido, com menor custo e maior eficiência e efetividade quando comparado ao modelo de atenção às condições agudas e/ou a doenças específicas. / The increasing proportion of elderly in the population and the high prevalence of chronic diseases are desirable to study the epidemiological and health aspects related to oral health of this population in order to preserve their functional capacity. For this purpose, publications were used in the scientific literature and data from the study SABE - Health Wellness and Aging, a large longitudinal population based survey, which began in 2000 and held two fields in 2006 and 2010 adding in each one new cohort aged 60 to 64 years. The work is structured in three sections, has produced three manuscripts presented in Part II. The first manuscript showed that elderly people with insufficient income, which only used the Unified Health System (SUS), and smokers who had 14 or more teeth were more likely to need dental care. In the second manuscript, it was found that individuals with a higher probability of tooth loss were men; used two removable prostheses; assessed their oral health as fair or poor / very poor; and lived alone, regardless of age and smoking. In the third manuscript was concluded based on a systematic review, the diabetes mellitus uncontrolled type 2 is associated with periodontal disease, failure of dental implants, higher prevalence of periapical abscesses, dry mouth, burning mouth syndrome, candidiasis and poor prognosis for primary carcinoma of the gingiva. The evidence gathered reinforced the view that the self-assessment of oral health, clinical conditions and sociodemographic, behavioral, and access to oral health services are related to the need for dental care and the risk of tooth loss among dentate . In addition, Type 2 diabetes mellitus when not controlled, contributes to the deterioration of oral health. Thus, the unfavorable conditions in which the Brazilian population is aging the socioeconomic point of view, with the permanence of harmful health habits, need for greater access to oral health services, and high burden of non-communicable chronic diseases lead to weakening of state health hindering the maintenance of functional capacity. The increasing proportion of elderly in the population will require approaches in oral health that take into account the specificities of aging from the perspective of multimorbidities. The management and the health care of these people should be interdisciplinary, considering that in the case of older people, several disciplinary fields should be activated and the oral health team should be prepared to move through these spaces in order to contribute their knowledge for the production of actions to prevent loss of functional capacity and take into account the common risk factors for chronic diseases, including oral diseases. Thus, positive impact on the health of this population could be obtained at a lower cost and greater efficiency and effectiveness when compared to the model of care to acute and / or specific disease conditions.
189

PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À DOR PÉLVICA CRÔNICA EM MULHERES DE SÃO LUÍS - MA / PREVALENCE AND FACTORS ASSOCIATED WITH CHRONIC PELVIC PAIN IN WOMEN OF SAO LUIS - MA

Coelho, Leidyane Silva Caldas 20 December 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-19T18:16:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 LEIDYANE SILVA CALDAS COELHO.pdf: 559392 bytes, checksum: de7bdcf9a036acd7ba79efc36d2d8ce0 (MD5) Previous issue date: 2010-12-20 / FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E AO DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLÓGICO DO MARANHÃO / BACKGROUND: Chronic pelvic pain (CPP) is a debilitating disease and highly prevalent, with great impact on quality of life and productivity, and significant costs to health services. OBJECTIVE: To estimate the prevalence of CPP and the factors associated with women in Sao Luís- MA. METHODS: A study cross-sectional was conducted during one year in São Luís with 1.470 women over 14 years and had already had menarche. We used a systematic sampling process. Women were taken from homes of order 3, which corresponded to interview women in a house, jumping two places again, and interview the women of the next house, and so on until we get the sufficient number of interviews, pre-written in the sizing sample. The choice of the neighborhoods studied was conducted by random drawing of maps of the neighborhoods. The instrument of data collect was a questionnaire completed by the interviewer. The quantitative variables were compared using unpaired t test after confirmation of normal distribution by Kolmogorov-Smirnov test, while Fisher's exact test or chi-square tests were used to analyze qualitative variables. We selected the significant variables identified (P<0.10). After that, values of 0 or 1 were given for the absence or presence of CPP. A logistic regression was used to identify the significant independent variables and to estimate the simultaneous impact of these factors on assessment of CPP and the results were expressed by OR and 95%IC, considering P<0.05. RESULTS: CPP prevalence was 19.3%. On logistic regression, the factors independently associated with CPP were: abdominal surgery (OR 33.02, 95%CI [16.8-64.7]), dyspareunia (OR 5.0, 95%CI [3.0-8.3]), dysmenorrhea (OR 2.6, 95%CI [ 2.0-3.5]), alcoholism (OR 1.7, 95%CI [1.3-2.2]), headache (OR 2.2, 95%CI [1.7-2.9], low back pain (OR 2.2, 95%CI [1.7-2.9]), coffee intake (OR 0.18; 95%CI [0:13 to 0:25]); incision (OR 200, 95%CI [110-350]), transverse incision (OR 18, 95%CI [12-28]), section (OR 160, 95%CI [96-270]), smoking (OR 1.7, 95%CI [1.2-2.5]), pelvic inflammatory disease (OR 2.7, 95%CI [1.9-3.8]), abdominal distension (OR 1.5, 95%CI [1.0-2.3] ) symptoms of bladder irritation (OR 0.77, 95%CI [0.59-1.0]) and illicit drugs (OR 3.4, 95%CI [0.90-13]). CONCLUSION: The prevalence of CPP is high and is associated with abdominal surgery, cesarean section, longitudinal and transverse incisions, dyspareunia, dysmenorrhea, alcoholism, headache and back pain. / INTRODUÇÃO: A dor pélvica crônica (DPC) é uma doença debilitante e de alta prevalência, com grande impacto na qualidade de vida e produtividade, além de custos significantes para os serviços de saúde. OBJETIVOS: Estimar a prevalência de DPC e os fatores associados às mulheres em São Luís-MA. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo transversal durante 1 ano em São Luís com 1.470 mulheres acima de 14 anos e que já haviam tido a menarca. Utilizou-se um processo de amostragem sistemática. Foram tomadas mulheres das residências de ordem 3, o que correspondeu a entrevistar as mulheres da casa 1, pular duas casas novamente, e entrevistar as mulheres da casa seguinte, e assim por diante até obtermos o número de entrevistas suficientes e pré-definidas no dimensionamento amostral. A escolha dos bairros estudados foi realizada por meio de sorteio aleatório dos mapas dos bairros. O instrumento de coleta de dados foi um questionário preenchido pelo entrevistador. As variáveis quantitativas foram comparadas pelo teste t não pareado após a confirmação da distribuição de normalidade pelo teste Kolmogorov-Smirnov, enquanto o teste exato de Fisher ou teste do qui-quadrado foram utilizados para analisar as variáveis qualitativas. Inicialmente, foram selecionadas apenas as variáveis significativas identificadas com p < 0,10. Depois disso, os valores de 0 ou 1 foram dadas para a ausência ou presença de DPC. A regressão logística foi utilizada para identificar as variáveis significativas e independentes para estimar o impacto simultâneo destes fatores na avaliação de dor pélvica crônica e os resultados foram expressos por OR e IC 95%, considerando p <0,05. RESULTADOS: A prevalência de DPC foi de 19.3%. Na regressão logística, os fatores independentes associados com a DPC foram: cirurgia abdominal (OR 33.02; IC95% [16.8-64.7]); dispareunia (OR 5.0;IC95% [3.0 8.3]); dismenorréia (OR 2.6; IC95% [2.0 3.5]); etilismo (OR 1.7; IC95% [1.3 2.2]); cefaléia (OR 2.2; IC95% [1.7 2.9]; lombalgia (OR 2.2; IC95% [1.7 2.9]); ingestão de café (OR 0.18; IC95% [0.13 0.25]); incisão longitudinal (OR 200; IC95% [110-350]); incisão transversal (OR 18; IC95% [12- 28]); cesárea (OR 160; IC95% [96 270]); tabagismo (OR 1.7; IC95% [1.2 2.5]); doença inflamatória pélvica (OR 2.7; IC95% [1.9-3.8]); distensão abdominal (OR 1.5; IC95% [1.0-2.3]); sintomas urinários (OR 0.77; IC95% [0.59-1.0]) e drogas ilícitas (OR 3.4; IC95% [0.90-13]). CONCLUSÃO: A prevalência de DPC é alta e está associada à cirurgia abdominal, cesárea, incisões cirúrgicas longitudinal e transversal, dispareunia, dismenorréia, alcoolismo, tabagismo, cefaléia e lombalgia.
190

Monitoramento da hipertensão arterial e do diabetes mellitus no município de São Paulo: evolução das prevalências e uso de medidas de controle / Monitoring of arterial hypertension and diabetes mellitus in the city of São Paulo: evolution of prevalences and the use of control measures

Stopa, Sheila Rizzato 02 March 2018 (has links)
Introdução: as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são reconhecidamente um problema de saúde pública, uma vez que têm gerado elevado número de óbitos, perda de qualidade de vida, podendo levar a incapacidades. Dentre as DCNT que mais acometem as populações adulta e idosa, destacam-se a hipertensão arterial (HA) e o diabetes mellitus (DM). O monitoramento das prevalências destas DCNT é de extrema importância para a vigilância, assim como o conhecimento de suas tendências e práticas de controle. Objetivo: estudar a evolução das prevalências de hipertensão arterial e diabetes mellitus, bem como as medidas de controle para essas doenças em indivíduos adultos e idosos (20 anos e mais) residentes no Município de São Paulo, nos anos de 2003, 2008 e 2015. Metodologia: foram utilizados dados dos Inquéritos de Saúde no Município de São Paulo (ISA-Capital) nos anos de 2003, 2008 e 2015, estudos transversais de base populacional. Todas as análises foram realizadas no programa estatístico Stata 14.0, por meio do módulo survey, que permite considerar variáveis de um plano de amostragem complexo. Foram realizados três estudos: 1) evolução das prevalências de HA e DM e suas medidas de controle; 2) uso de serviços de saúde para controle da HA e do DM; 3) potencialidades do ISA-Capital e sua contribuição para a gestão em saúde local. Resultados: (artigo 1) entre as pessoas de 20 a 59 anos, diferenças estatisticamente significativas foram observadas para as prevalências de: hipertensão (2003-2015) e dieta alimentar (ambos períodos). Entre as pessoas de 60 anos e mais: diabetes (2003-2015) e medicamento oral para controlar a diabetes (ambos períodos); hipertensão (2003-2015), dieta alimentar e medicamento oral para controlar a hipertensão (2003-2008). (artigo 2) observou-se aumento significativo no percentual de pessoas que referiu ir ao serviço de saúde de rotina por causa do DM no período 2003-2015. Em 2015, maior uso de serviços de saúde de rotina para controle da HA foi observado entre os idosos e as pessoas que referiram possuir plano de saúde. No caso do DM, houve associação entre o uso de serviços de baixa escolaridade. Ser idoso diminui o risco de não ir ao serviço de saúde para a controle da HA, enquanto ser do sexo masculino e não possuir plano de saúde aumentam este risco significativamente. (artigo 3) diferenças estatisticamente significativas no período 2003-2015 foram observadas para os indicadores: morbidade referida, passando de 27,9% (IC95%:24,1-32,1) em 2003 para 19,2% (IC95%:17,6-20,9) em 2015; e procura por serviços de saúde, de 13,2% (IC95%:10,59-15,9) em 2003 para 18,7% (IC95%:17,1-20,3) no ano de 2015. Foram encontradas diferenças significativas nas análises dos três indicadores segundo as CRS no ano de 2015: menor autorrelato de morbidade referida e procura por serviços de saúde na região sul em relação às regiões norte, sudeste e leste; considerando se o serviço procurado era SUS, maior autorrelato foi observado nas regiões norte, sul e leste em relação às regiões centro-oeste e sudeste. Conclusão: os inquéritos de saúde constituem importante base para o monitoramento e vigilância das condições de saúde, em especial, as doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco e proteção. A concepção de uma estratégia eficaz de vigilância e monitoramento de DCNT demanda investimentos em todas as esferas de gestão, mas é no nível local que se estabelece uma linha de base para avaliações mais precisas e particularizadas. Compreender as informações provenientes de inquéritos de saúde locais de modo a traduzi-las em práticas e políticas destinadas aos usuários dos sistemas de saúde é indispensável para o desenvolvimento do SUS. / Introduction: noncommunicable chronic diseases (NCDs) are recognized public health problems, since they have been generating a high number of deaths, loss of life quality, and may lead to disabilities. Among the NCDs that most affect the adult and elderly populations, the most prominent are arterial hypertension (AH) and diabetes mellitus (DM). Monitoring the prevalences of these NCDs is very important for surveillance, as well as enlighten their trends and control measures. Objective: to study the evolution of arterial hypertension and diabetes mellitus prevalences, likewise the control measures for these diseases in adults and elderly individuals (20 years and over) living in the Municipality of São Paulo in 2003, 2008 and 2015. Methods: data regarding adults who participated in the Health Surveys conducted in the Municipality of Sao Paulo in 2003, 2008 and 2015, which were cross-sectional studies, were analyzed. Data analysis was performed using the statistical software Stata 14.0 and the survey module, which takes into consideration the effects of complex sampling. Three studies were carried out: 1) evolution of AH and DM prevalences and their control measures; 2) health services utilization to control AH and DM; 3) potential of ISA-Capital and its contribution to local health management. Results: (paper 1) among people aged 20 to 59, statistically significant differences were observed for the prevalence of: hypertension (2003-2015) and diet (both periods). Among people aged 60 and over: diabetes (2003-2015) and oral medication to control diabetes (both periods); hypertension (2003-2015), diet and oral medication to control hypertension (2003-2008). (paper 2) there was a significant increase in the prevalence of people who reported routine health services utilization to control DM in the period 2003-2015. For 2015, an increased routine health services utilization to control AH was observed among the elderly and those who self-reported having health insurance. For those who reported DM, an association between health services utilization and low schooling was found. Being elderly reduces the risk of not going to the health services to control AH, while being male and not having a health insurance increase this risk significantly. (paper 3) statistically significant differences in the period 2003-2015 were observed for the indicators: self-reported morbidity, from 27.9% (95% CI: 24.1-32.1) in 2003 to 19.2% (95% CI: 17.6-20.9) in 2015; and demand for health services, from 13.2% (CI95%: 10.59-15.9) in 2003 to 18.7% (CI95%: 17.1-20.3) in 2015. There were significant differences in the analysis of the three indicators according to the health region coordination in 2015: lower self-reported morbidity and demand for health services in the south region compared to north, southeast and east regions; considering that the service sought was from the Unified Health System, the highest self-report was observed in the north, south and east regions in relation to the central-west and southeast regions. Conclusions: health surveys are an important basis for the monitoring and surveillance of health conditions, especially NCDs and their risk and protective factors. An effective NCD surveillance and monitoring strategy requires investment in all management scopes, but it is at the local level that a baseline is established for more precise and particularized assessments. Understanding information from local health surveys in order to translate them into practices and policies aimed to health systems users is crucial for the development of the Unified Health System.

Page generated in 0.0414 seconds