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Fusão de protoplastos de citros e avaliação da resistência do híbrido somático laranja 'Hamlin' + mexerica 'Montenegrina' a Xanthomonas axonopodis pv. citri e Xylella fastidiosa / Citrus protoplast fusion and evaluation of the somatic hybrid ‘Hamlin’ sweet orange + ‘Montenegrina’ mandarin for resistance to Xanthomonas axonopodis pv. citri and Xylella fastidiosa

Alexandra Pavan 28 August 2006 (has links)
Buscou-se produzir híbridos somáticos entre laranjas doces (Citrus sinensis) com tangerinas, mexericas (C. reticulata, C. reshni, C. sunki, C. deliciosa), tangores (C reticulata x C. sinensis) ou tangelo ‘Orlando’ (C. reticulata x C. paradisi), além da avaliação da resistência do híbrido somático laranja ‘Hamlin’ (C. sinensis) + mexerica ‘Montenegina’ (C. deliciosa) a Xanthomonas axonopodis cv. citri e Xylella fastidiosa. Foram utilizados como fonte de protoplastos calos embriogênicos e folhas coletadas de plântulas germinadas in vitro e de plantas cultivadas em casa-de-vegetação. Após o isolamento, protoplastos provenientes de calos e/ou suspensões embriogênicas foram fundidos quimicamente por polietilenoglicol (PEG) com protoplastos não embriogênicos oriundos de mesofilo foliar. Os calos provenientes da fusão foram induzidos a formação de embriões somáticos para posterior germinação e regeneração de plantas. As plantas regeneradas foram individualizadas, enraizadas ou microenxertadas e aclimatizadas em casa-de-vegetação. A confirmação da hibridação somática foi feita por análise morfológica, análise do DNA com marcadores moleculares do tipo RAPD, determinação da ploidia com a contagem do número de cromossomos e/ou citometria de fluxo. Foram obtidos dois híbridos somáticos do genitor embriogênico laranja ‘Hamlin’ com os genitores não embriogênicos mexerica ‘Montenegrina’ e tangerina ‘Dancy’. Ambos híbridos somáticos obtidos podem apresentar características complementares dos genitores, podendo ser utilizados diretamente como copa e em programas de melhoramento de copa de citros. O híbrido somático laranja ‘Hamlin’ com mexerica ‘Montenegrina’ foi avaliado mostrando resistência a Xanthomonas axonopodis cv. citri e a Xylella fastidiosa. / This research aimed to produce new somatic hybrid combinations between sweet orange (Citrus sinensis) with mandarins (C. reticulata, C. reshni, C. Sunki, C. deliciosa), tangors (C reticulata x C. sinensis) or ‘Orlando’ tangelo (C. reticulata x C. paradisi), and also evaluate the somatic hybrid ‘Hamlin’ sweet orange (Citrus sinensis) + ‘Montenegrina’ mandarin (Citrus deliciosa) for resistance to Xanthomonas axonopodis pv. citri and Xylella fastidiosa. Protoplast sources included embryogenic calli or suspension-culture derived calli, and leaves collected from plants cultivated in vitro or in screenhouses. After protoplast isolation, embryogenic protoplasts were chemically fused by polyethylene glycol (PEG) with mesophyll-derived non-embriogenic protoplasts. Fusion-derived calli were further cultured to embryo induction, germination, and plant regeneration. Regenerated plants were individually rooted or micrografted, and further acclimated in screenhouse. Somatic hybridization was confirmed by analysis of leaf morphology, molecular analysis by RAPD markers, ploidy determination by chromosome counting or flow cytometry. The producion of the somatic hybrids ‘Hamlin’ sweet orange + ‘Montenegrina’ mandarin and ‘Hamlin’ sweet orange + ‘Dancy’ mandarin was confirmed. These hybrids may have complementary traits from both progenitor and be used directly as scion cultivars or as parental lines in scion improvement programs. ‘Hamlin’ sweet orange + ‘Montenegrina’ mandarin somatic hybrid was resistant to Xanthomonas axonopodis pv. citri and Xylella fastidiosa.
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Doenças pós-colheita em citros e caracterização da população fúngica em packinghouses e na Ceagesp-SP / Postharvest diseases in citrus and characterization of the fungal population in packinghouses and at Ceagesp-SP

Ivan Herman Fischer 15 June 2007 (has links)
Este trabalho objetivou caracterizar os danos pós-colheita em frutos de laranja &#39;Valência&#39; e de tangor &#39;Murcott&#39;, destinados à exportação, e em frutos de laranjas &#39;Pêra&#39;, &#39;Lima&#39; e &#39;Natal&#39; e de tangor &#39;Murcott&#39;, destinados ao mercado interno, após diferentes etapas do beneficiamento em packinghouse, em 2004 e 2005 e na Ceagesp-SP em 2006; identificar os pontos críticos e a magnitude de impacto em linhas de beneficiamento de citros dos packinghouses; e caracterizar a micoflora ambiental nos packinghouses e nos pontos de revenda de atacadistas da Ceagesp, assim como a micoflora da superfície de equipamentos e instalações e a presença de isolados de Penicillium spp. resistentes a fungicidas nos packinghouses. Frutos cítricos foram coletados na chegada ao packinghouse, após a pré-lavagem, após o desverdecimento, na banca, no palete e na Ceagesp, e armazenados durante 14 a 21 dias a 25&#176;C e 85-90% de UR. A incidência de injúrias foi avaliada visualmente a cada três dias. Para a avaliação da magnitude de impactos nos pontos de transferência da linha de beneficiamento empregou-se uma esfera instrumentada com registrador de aceleração (G). A micoflora ambiental foi amostrada mediante o método gravimétrico, com placas de Petri, contendo meio batata-dextrose-ágar, abertas por dois minutos. A micoflora de superfície de equipamentos e instalações foi amostrada mediante placas Rodac. Observou-se baixa incidência (<3,5%) de podridões nos frutos destinados à exportação. As principais podridões encontradas em laranja &#39;Valência&#39; e tangor &#39;Murcott&#39; foram a podridão peduncular de Lasiodiplodia e a antracnose, respectivamente. Nos frutos para o mercado interno a incidência de podridões atingiu valores médios entre 12,8% e 36,2%, ao final do armazenamento, sendo o bolor verde a principal doença pós-colheita nos diferentes frutos cítricos. As injúrias mecânicas de oleocelose foram crescentes com o beneficiamento até a banca de embalagem e a aplicação de cera reduziu a incidência de frutos murchos. Na avaliação dos impactos na linha de beneficiamento do packinghouse de exportação, 95% dos impactos variaram entre 30-95 G. Já no packinghouse de mercado interno, 94% dos impactos variaram entre 24-131 G. A população fúngica no ambiente e na superfície do packinghouse de exportação foi de 12,3 e 52,3 ufc/placa, respectivamente, enquanto a população fúngica no packinghouse de mercado interno foi de 46,3 e 68,2 ufc/placa, respectivamente. Posição intermediária aos packinghouses foi observada na Ceagesp, com uma população fúngica ambiental de 25,3 ufc/placa. Cladosporium e Penicillium foram os gêneros fúngicos mais abundantes. A contaminação de &#34;zonas limpas&#34; nos packinghouses (lavagem dos frutos, banca, caixa e contêiner) não foi substancialmente menor que nas &#34;zonas sujas&#34; (recepção dos frutos e primeira seleção). A porcentagem de isolados de P. digitatum resistentes a tiabendazol foi de 25,9 no ambiente e de 30,1 na superfície do packinghouse de exportação, enquanto que para imazalil foi de 1,5 no ambiente e de 16,0 na superfície. No packinghouse de mercado interno, a porcentagem de isolados de P. digitatum resistentes a tiabendazol foi de 51,9 no ambiente e de 39,2 na superfície, enquanto que para imazalil foi de 0,1 e 0,9, respectivamente. / The purposes of this work were a) to characterize postharvest injuries in &#39;Valência&#39; oranges and &#39;Murcott&#39; tangors aimed at the external market, and in &#39;Pêra&#39;, &#39;Lima&#39;, &#39;Natal&#39; oranges and &#39;Murcott&#39; tangors aimed at the internal market after different processing stages in a packinghouse in 2004 and 2005, and at Ceagesp-SP in 2006; b) to identify critical points and impact extent on processing lines in packinghouses; c) to characterize the environmental mycoflora in packinghouses and in retail points at Ceagesp; d) to characterize the superficial mycoflora of equipment and facilities, and e) to characterize the presence of isolated Penicillium spp. resistant to fungicides in packinghouses. Fruits were collected at the packinghouse, at their arrival, after pre-washing and degreening, from the packing table, from the pallet and at Ceagesp. They were stored for 14 to 21 days at 25&#176;C and 85-90% RH. The incidence of injuries was visually evaluated every three days. An instrumented sphere with acceleration register (G) was used to evaluate the extent of impacts at the transference points of the citrus processing line. The environmental mycoflora was sampled according to the gravimetric method, using Petri dishes containing potato-dextrose-agar medium opened for two minutes. The superficial mycoflora on equipment and facilities was sampled with Rodac plates. There was low rot incidence (under 3.5%) in fruits aimed at the external market. The main disease affecting &#39;Valência&#39; oranges and &#39;Murcott&#39; tangors were Lasiodiplodia stem-end rot and anthracnose, respectively. Rots averaged between 12.8% and 36.2% at the end of the storage period in fruits aimed at the internal market, and green mold was the main postharvest disease. Oleocellosis increased along the processing stages until the arrival of fruits at the packing table. Wax application reduced the incidence of wilted fruits. Ninety-five percent of the impacts in the packinghouse processing line in fruits aimed at the external market ranged between 30 and 95 G, while 94% of the impacts in fruits aimed at the internal market ranged between 24 and 131 G. The environmental and the packinghouse superficial fungal population in fruits aimed at the external market were 12.3 and 52.3 cfu/plate, respectively, while these populations in fruits aimed at the internal market were 46.3 and 68.2 cfu/plate, respectively. Intermediate values in relation to packinghouses were observed at Ceagesp, where the environmental fungal population was 25.3 cfu/plate. Cladosporium and Penicillium were the most prevailing genera of fungi. The contamination of &#34;clean zones&#34; in the packinghouses (washing of fruits, packing table, boxes and containers) was not substantially lower than contamination in &#34;dirty zones&#34; (reception of fruits and first selection). The percentage of P. digitatum isolates resistant to thiabendazole was 25.9 in the environment and 30.1 on the packinghouse surface for fruits aimed at the external market, while the corresponding data concerning isolates resistant to imazalil were 1.5 and 16.0, respectively. In the packinghouse of fruits aimed at the internal market, the percentage of isolates of P. digitatum resistant to thiabendazole was 51.9 in the environment and 39.2 on the packinghouse surface, while the corresponding data concerning isolates resistant to imazalil were 0.1 and 0.9, respectively.
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Caracterização morfológica e genética de Fusarium spp. isolados de sementes e associados à podridão do colmo do milho (Zea mays L.) / Morphological and genetic characterization of Fusarium spp. isolated from seed and associated to stalk rot corn (Zea mays L.)

Pastora Josefina Querales 18 June 2010 (has links)
O gênero Fusarium é um grupo de fungos de importância mundial, não só por causar patologias em plantas, mas também porque abriga espécies toxigênicas. Dentre estas, Fusarium verticillioides, Fusarium proliferatum e Fusarium subglutinans, cujos teleomorfos se agrupam no complexo Gibberella fujikuroi, estão associadas a patologias em milho. O presente estudo caracterizou uma coleção de 100 isolados de Fusarium spp. tanto do ponto de vista morfológico como molecular com vistas a identificá-los em nível de espécie. Para isto, foram usados como marcadores morfológicos a presença/ausência de clamidósporos, o tipo de célula conidiogênica e a disposição dos microconídios sobre a célula conidiogênica. Os isolados foram também identificados em espécie baseado em informações disponíveis na literatura acerca de marcadores moleculares desenvolvidos a partir da reação de PCR e primers espécie-específicos. A ausência de clamidósporo permitiu alocar a totalidade dos isolados no complexo G. fujikuroi. Os demais critérios morfológicos permitiram identificar 77 isolados como F. verticillioides, 20 como F. proliferatum, 2 como F. subglutinans. Apenas 1 isolado não foi possível identificar em espécie. Análises moleculares concordaram em 100% dos casos em que os isolados foram identificados como F. verticillioides e F. subglutinans. Porem, no caso dos 20 isolados identificados morfologicamente como F. proliferatum apenas 4 foram confirmados na análise molecular; os demais foram identificados como F. verticillioides. A diversidade genética estudada por AFLP ratificou a separação das espécies F. verticillioides e F. proliferatum, com um índice de similaridade de 0,40. Marcadores AFLP também evidenciaram alta diversidade genética de F. verticillioides. Todos os isolados causaram podridão do colmo em três híbridos comerciais de milho e não variaram em agressividade, independente do nível de resistência dos híbridos. / The genus Fusarium is an important group of fungi worldwide, not only for its capability to cause disease but because it also contains species which produce toxins. Among these, Fusarium verticillioides, Fusarium proliferatum and Fusarium subglutinans, which teleomorphs are grouped in the Gibberella fujikuroi group are associated with diseases in maize. This study characterized a collection of 100 isolates of Fusarium spp. under morphological and molecular criteria to identify them at the species level. For this purpose, morphological markers such as presence/absence of chlamydospores, conidiogenou cell type and microconidia arrangement on conidiogenou cell were assessed. The isolates were also identified at the species level based upon available information about molecular markers developed from the PCR reaction using speciesspecific primers. The absence of chlamydospores in all of the isolates placed them within the G. fujikuroi complex, and based on the other morphological criteria, 77 isolates were identified as F. verticillioides, 20 as F. proliferatum, 2 as F. subglutinans and one isolate remained unidentified at the species level. The molecular analyses agreed with the morphological identification of all F. verticillioides and F. subglutinans. However, in the case of 20 isolates identified morphologically as F. proliferatum only 4 were confirmed, the rest being identified as F. verticillioides. The genetic diversity based on AFLP confirmed the separation of F. verticillioides and F. proliferatum in two groups, with a similarity index of 0.40. AFLP markers also showed high genetic diversity within F. verticillioides. All isolates were caused stalk rot on three commercial hybrids and did not vary in aggressiveness regardless of the resistance level of the hybrids.
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Passion flower little leaf mosaic begomovirus: reação de espécies de Passiflora, gama parcial de hospedeiros, seleção de estirpe fraca e transmissão por Bemisia tabaci biótipo B / Passion flower little leaf mosaic begomovirus: reaction of species of Passiflora, partial host range, selection of mild strain and transmission by Bemisia tabaci B biotype

Ana Carolina Christino de Negreiros Alves 03 February 2009 (has links)
O Passion flower little leaf mosaic virus (PLLMV) foi encontrado causando danos severos em plantios de maracujazeiro (Passilora edulis f. flavicarpa) em dois municípios do Estado da Bahia no ano de 2001. Nesses locais foi constatada que a incidência deste begomovirus estava relacionada à colonização das plantas por Bemisia tabaci, cujo biótipo não foi identificado. Até o momento este vírus não parece constituir grave ameaça a cultura do maracujazeiro, o que aparentemente esta relacionado ao fato de P. edulis f. flavicarpa não ser preferida para a alimentação desse aleyrodídeo. Assim, os objetivos deste trabalho foram: a) selecionar espécies silvestres de Passiflora resistentes a este begomovirus que possam ser úteis em futuro programa de melhoramento genético; b) identificar possíveis hospedeiros alternativos do patógeno entre algumas espécies da vegetação espontânea e cultivadas e c) avaliar se adultos de B. tabaci biótipo B presentes no Estado de São Paulo são capazes de transmitir esse vírus. A reação de espécies silvestres de Passiflora foi avaliada por enxertia em maracujazeiro amarelo infectado que serviu como de fonte de inóculo. As avaliações foram feitas por meio da expressão de sintomas, análise de PCR e teste de recuperação do vírus para maracujazeiro amarelo. As espécies P. alata, P. quadrangularis, P. morifolia, P. serrato-digitata, P. suberosa e P. foetida foram suscetíveis ao PLLMV, enquanto P. caerulea, P. cincinnata, P nitida, P. mucronata e P. giberti se mostraram resistentes a este vírus. No estudo de hospedeiros alternativos, primeiramente o PLLMV foi inoculado mecanicamente nas seguintes espécies vegetais: Capsicum annuum, Chenopodium quinoa, Solanum lycopersicon, S. tuberosum, P. edulis f. flavicarpa, Phaseolus vulgaris, Nicotiana benthamiana e Sida sp.. Somente N. benthamiana foi infectada sistemicamente. Posteriormente foram feitas tentativas de transmissão desse begomovirus por meio de enxertia, usando-se como fonte de inóculo (porta-enxerto), plantas infectadas de N. benthamiana. Foram avaliadas as seguintes espécies vegetais: S. pimpinellifolium, S. lycopersicon, S. tuberosum, N. benthamiana, D. stramonium, C. annuum, N. glutinosa e Sida rhombifolia. O vírus foi transmitido somente para plantas de S. pimpinellifolium. As sucessivas transmissões mecânicas do PLLMV em N. benthamiana permitiram a seleção de uma estirpe fraca e protetora deste begomovirus. B. tabaci biótipo B não foi capaz de transmitir o PLLMV. / The Passion flower little leaf mosaic virus (PLLMV) was found causing severe damage in passion flower (Passilora edulis f. flavicarpa ) orchards in two counties of Bahia state, in 2001. The high incidence of this begomovirus was related to the colonization of plants by Bemisia tabaci, whose biotype was not indentified. To date this virus doesnt seem to be a serious threat to the passion flower cultivation, which apparently is related to the fact that P. edulis f. flavicarpa is not a preferred specie for whitefly feeding. The aim of this work were: a) to select wild species of Passifloraceae resistant to PLLMV, that may be useful in future breeding program; b) to indentify some possible alternative hosts of the pathogen among some weed and cultivaded species and c) to evaluat whether adults of B. tabaci biotype B are capable of transmitting this virus. The reaction of wild species of Passifloracea was evaluated by grafting on infected yellow passion fruit that served as a source of inoculum. The evaluation of these plants were done by means of symptoms, PCR test and biological recovery of the virus to yellow passion fruit. The sepecies P. alata, P. quadrangularis, P. morifolia, P. serrato-digitata, P. suberosa and P. foetida were susceptible to PLLMV, while P. caerulea, P. cincinnata, P nitida, P. mucronata and P. giberti were resistant to this virus. In the study of alternative hosts, at first, PLLMV was mechanically inoculated in the following species: Capsicum annuum, Chenopodium quinoa, Solanum lycopersicon, S. tuberosum, Passiflora edulis f. flavicarpa, Phaseolus vulgaris, Nicotiana benthamiana and Sida sp. Only N. benthamiana was systematically infected. Subsequently, graft transmission of PLLMV was carried out using infected N. benthamiana as source of inoculum (root stock). The following species were evaluated: Solanum pimpinellifolium, S. lycopersicon, S. tuberosum, N. benthamiana, D. stramonium, C. annuum, N. glutinosa and Sida rhombifolia.The virus was transmited only to S. pimpinellifolium. Successive mechanical transmissions of PLLMV in N. benthamiana led to the selection of a mild and protective strain of this begomovirus. B. tabaci biotype B was not able to transmit the PLLMV.
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Quantificação de danos e controle pós-colheita de podridão parda (Monilinia fructicola) e podridão mole (Rhizopus stolonifer) em frutos de ameixa e nectarina / Quantification of damages and control of the postharvest diseases brown rot (Monilinia fructicola) and soft rot (Rhizopus stolonifer) in plum and nectarine fruits

Fabrício Packer Gonçalves 07 February 2006 (has links)
Esse trabalho teve dois objetivos distintos, quantificar e caracterizar os danos pós-colheita em frutos de ameixa e nectarina na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) e testar produtos que possam ser utilizados no controle das doenças pós-colheita podridão parda (Monilinia fructicola) e podridão mole (Rhizopus stolonifer) nestes dois frutos. Durante a safra 2003 e 2004, foram realizados 20 levantamentos de quantificação de danos em frutos de nectarina e 11 em frutos de ameixa. Em cada levantamento foram avaliados 1% do total de caixas comercializados em cinco permissionários da CEAGESP. A amostragem foi estratificada por variedade, calibre e procedência dos frutos, sendo quantificados danos mecânicos, fisiológicos e doenças pós-colheita. Para o controle da podridão parda e mole, o efeito curativo e protetor do CaCl2, cera e luz UV-C, em diferentes concentrações e o efeito curativo do tratamento com ozônio foram avaliados. A incidência de danos na CEAGESP em frutos de ameixa variou de 5 a 47%, e em nectarina entre 14 e 54%, considerando as safras 2003 e 2004. Tanto em ameixa como em nectarina os danos mais freqüentes foram os mecânicos, com variação de 2 a 25% em frutos de ameixa e de 7 a 30% em frutos de nectarina. Danos fisiológicos variaram de 1 a 22% e de 2 a 18% em frutos de ameixa e nectarina, respectivamente. Danos provocados por doenças variaram de 0 a 13% em frutos de ameixa e de 1 a 9% em frutos de nectarina. Entre os patógenos mais constatados figuraram fungos do gênero Rhizopus, Monilinia, Geotrichum, Cladosporium, Fusarium e Alternaria, além de bactérias. Correlação entre a incidência de frutos com dano mecânico e a incidência de frutos doentes foi constatada na safra 2004, nos dois frutos. Em ameixa, a variedade Gulfblazer apresentou maior incidência a danos mecânicos e fisiológicos. Não foi observada diferença na incidência de danos mecânicos e de doenças, entre as variedades de nectarina avaliadas na safra 2003. Na safra 2004, a incidência de danos mecânicos e fisiológicos foi superior na variedade Sunraycer comparada às demais variedades. Em relação aos produtos testados, no geral, CaCl2 a 1%, mostrou potencial de controle das duas doenças nos dois frutos, aplicado como protetor ou curativo. A cera ECF 124 a base de carnaúba foi o produto mais eficiente, com redução de até 70% das duas doenças em ambos os frutos, principalmente quando aplicada de maneira protetora, a 9%. As doses (1,4 e 5,2 kJm-2) de UV-C testadas não controlaram as doenças com resultados praticamente iguais à testemunha (dose 0,0 kJm-2). A presença de ozônio não reduziu nenhuma das doenças em nenhum dos dois frutos avaliados. / This study had two distinct objectives, to quantify and characterize the postharvest damages in plums and nectarines in the wholesale market of São Paulo (CEAGESP), and to test products that can be used in the control of the postharvest diseases such as the brown rot (Monilinia fructicola) and soft rot (Rhizopus stolonifer) in these two fruits species. Twenty assessments in nectarine and eleven in plums were carried out in 2003 and 2004. In each year 1% of the total of boxes commercialized in five outlets of CEAGESP was assessed, considering mechanical and physiological damages and postharvest diseases. The selection of samples was conducted through stratified sampling, taking fruit cultivar, place of origin and fruit size as the stratification criteria. Curative and protective control measures of brown and soft rot were analyzed testing CaCl2, wax and UV-C light, in different concentrations. The ozone was studied only as curative treatment. The incidence of damages in plums at CEAGESP ranged from 5 to 47%, and in nectarines from 14 to 54%. Either in plums or in nectarines, postharvest mechanical injuries were the most frequent damages, varying from 2 to 25% in plums and from 7 to 30% in nectarines. Physiological damages ranged from 1 to 22% and from 2 to 18% in plums and nectarines, respectively. Postharvest diseases ranged from 0 to 13% in plums and from 1 to 9% in nectarines. The most frequent postarvest pathogens were Rhizopus, Monilinia, Geotrichum, Cladosporium, Fusarium and Alternaria, besides bacteria. A correlation between the incidence of mechanical damages and the incidence of postharvest diseases in 2004 in both fruits was noticed. Cultivar Gulfblazer (plum) showed more incidence of mechanical and physiological damages than Reubennel. No differences were observed in the incidence of mechanical and physiological damages among the cultivars of nectarines assessed in 2003. No difference in the susceptibility to postharvest diseases among the nectarine cultivars Sunred, Sunripe, Sunraycer and Colombina in 2003 was verified. In 2004 cv. Sunraycer showed incidence of mechanical damages significantly higher than the other varieties. Regarding the products tested, as a whole, CaCl2 at 1% showed potential of controlling the two diseases in both kind of fruits, applied as a protective or curative measure. The carnauba wax (ECF 124) was the most efficient product, with a reduction of up to 70% of both diseases in both kind of fruits, mainly when applied as a protective agent, at 9%. The doses (1,4 e 5,2 kJm-2) of UV-C tested did not control the diseases with results practically similar to the reference dose (0,0 kJm-2). The presence of ozone did not reduce either of the diseases in any of the fruits evaluated.
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Especificidade patogênica e compatibilidade vegetativa entre isolados de Colletotrichum acutatum dos citros e de outros hospedeiros / Pathogenic specificity and vegetative compatibility among isolates of Colletotrichum acutatum from citrus and other hosts

Juliana Ramiro 02 February 2011 (has links)
Colletorichum acutatum é o agente causal da Podridão Floral dos Citros (PFC), doença que em determinadas condições ambientais constitui-se em fator limitante à produção citrícola em várias regiões produtoras do mundo. Além da PFC, esse fungo causa antracnose em outros hospedeiros, sendo um dos patógenos que mais acarreta danos em frutíferas tropicais, subtropicais e temperadas no mundo. O trabalho teve como objetivos estudar a especificidade patogênica e compatibilidade vegetativa entre isolados de C. acutatum dos citros e de outros hospedeiros como: goiaba, pimentão, morango e pêssego. Para os estudos de especificidade patogênica, foram realizadas inoculações cruzadas entre isolados de citros e dos outros hospedeiros visando verificar se os diferentes isolados são capazes de causar sintomas de PFC em flores de citros e antracnose em frutos. Foram também obtidos, a partir dos mesmos isolados, mutantes deficientes na absorção de nitrogênio (mutantes nit). Esses foram caracterizados fenotipicamente e pareados a fim de verificar por meio de estudos de compatibilidade vegetativa a capacidade de recombinação entre si, gerando heterocários com patogenicidade alterada. Para verificar a ocorrência de possíveis alterações na patogenicidade dos heterocários formados, foi feita a inoculação dos heterocários e dos isolados parentais nos seus respectivos hospedeiros de origem. Nos ensaios de inoculação cruzada, houve grande variação quanto à patogenicidade dos isolados inoculados. Isolados provenientes de citros e de goiaba causaram lesões em flores de citros, isso demonstra a ausência de especificidade entre isolados dos dois hospedeiros. Porém, isolados provenientes de pimentão, pêssego e morango não foram capazes de causar sintomas em flores de citros o que indica a existência de especificidade desses isolados. Os isolados provenientes dos citros e de outros hospedeiros foram capazes de causar antracnose em goiaba, morango e pêssego, mas apenas os isolados de pimentão causaram antracnose em pimentão. Alguns isolados de citros foram capazes de recombinar entre si e com isolados de goiaba, pimentão e morango. Dos heterocários formados, dois foram caracterizados quanto a sua patogenicidade, Het 3 e Het 5. Como resultado, o heterocário proveniente do isolado de citros com goiaba (Het 5) comportou-se de forma semelhante à um de seus parentais. O heterocário proveniente de citros com pimentão (Het 3), mostrou-se mais agressivo do que seus parentais quando inoculados em pimentão. Com esses estudos pode-se concluir que existe especificidade patogênica entre isolados de C. acutatum de diferentes hospedeiros, entretanto, isolados de diferentes hospedeiros podem recombinar entre si e gerar heterocários com características patogênicas alteradas. / Colletorichum acutatum is the causal agent of postbloom fruit drop (PFD).This disease is a limiting factor for citrus production under specifics environmental conditions in several regions of the world. In addition to the PFD, this fungus causes anthracnose on other hosts. It is one of the pathogens that cause more damage in tropical, subtropical and temperate fruit around the world. This work aimed to study the specificity pathogenic and vegetative compatibility among isolates of C. acutatum from citrus and other hosts: guava, pepper, strawberry and peach. For studies of pathogenic specificity, cross inoculations were performed among isolates from citrus and other hosts in order to verify whether different strains are capable of causing symptoms of PFD in citrus flowers and fruit anthracnose. Furthermore, it was obtained from the same isolates, nitrate-nonutilizing mutants (nit mutants). They were phenotypically characterized and paired to verify, by means of vegetative compatibility studies, the ability of recombination between them, generating heterokaryons with altered pathogenicity. In order to verify the occurrence of possible changes in the pathogenicity of the heterokaryons formed, parental isolates and heterokaryons were inoculated in their respective original hosts. In cross-inoculation tests, there was a great variation in the isolates pathogenicity. Isolates from citrus and guava caused lesions on citrus blossoms; this demonstrates the absence of pathogenic specificity between isolates of the two hosts. However, isolates from pepper, peach and strawberry were unable to induce symptoms on citrus flowers showing the existence of specificity of these isolates. The strains from citrus and other hosts were able to cause anthracnose on guava, strawberry and peach, but only isolates of pepper caused anthracnose on pepper. Some isolates from citrus were able to recombine among themselves and with isolates from guava, peppers and strawberries. From the heterokaryons obtained, two of them had their pathogenicity characterized: Het 3 and Het 5. As a result, the heterokaryon derived from citrus and guava (Het 5) behaved similarly to one of their parental isolates. The heterokaryon derived from citrus and pepper (Het 3) was more aggressive than their parental isolates when inoculated in pepper. With these results we can conclude that there is specificity between pathogenic strains of C. acutatum from different hosts. However, isolates from different hosts can recombine with each other and generate heterokaryons with altered pathogenic characteristics.
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Efeito de estirpes fracas do PRSV-W e do ZYMV sobre a produção de quatro variedades de Cucurbita pepo / Effect of protective mild strains of PRSV-W and ZYMV on the yield of four varieties of Cucurbita pepo

Estela Bonilha 01 June 2007 (has links)
Entre as cucurbitáceas cultivadas no Brasil, a abobrinha de moita (Cucurbita pepo L.) apresenta grande importância econômica, notadamente no Estado de São Paulo, a maior área de plantio. No Brasil, já foram encontrados nove vírus capazes de infectar esta espécie. Os mais freqüentes e responsáveis por prejuízos significativos à produção da abobrinha de moita são os do mosaico do mamoeiro &#150; estirpe melancia (Papaya ringspot virus - type W &#150; PRSV-W) e do mosaico amarelo da abobrinha (Zucchini yellow mosaic virus &#150; ZYMV), devido principalmente à sua alta sensibilidade. A premunização das plantas com estirpes fracas vem sendo investigada há mais de 10 anos no Brasil e surge como uma alternativa interessante para controle destas viroses. A premunização de abobrinha de moita só foi estudada até o momento em plantas da variedade Caserta. O presente trabalho teve o objetivo de dar continuidade a estes estudos avaliando o efeito de estirpes premunizantes PRSV-W-1 e ZYMV-M na produção quantitativa e qualitativa de quatro variedades comerciais de C. pepo: Samira, Novita Plus, AF-2847 e Yasmin. Os resultados obtidos em experimentos conduzidos em estufa plástica mostraram que as plantas destas variedades infectadas com a estirpe fraca ZYMV-M, não exibiram sintomas foliares acentuados e não apresentaram alterações na produção quantitativa e qualitativa de frutos, quando comparada com a produção das plantas sadias. No entanto, as plantas dessas mesmas variedades infectadas com a estirpe PRSV-W-1, só ou em mistura com a estirpe ZYMV-M, exibiram sintomas acentuados de mosaico foliar e alteração significativa na qualidade dos frutos, caracterizada pelo escurecimento da casca. Não houve alteração significativa na quantidade de frutos produzidos por essas plantas e no peso médio dos frutos. Quando plantas dessas variedades foram infectadas somente com a estirpe fraca PRSV-W-1 e conduzidas paralelamente em condições de campo e estufa plástica, constatou-se intensificação dos sintomas nos frutos e nas folhas das plantas infectadas conduzidas principalmente em estufa, porém a produção quantitativa mais uma vez não foi alterada. A variedade Samira mostrou-se a mais sensível ao PRSV-W-1 em ambas as condições. Os resultados sugerem que fatores ambientais, além da interação da estirpe fraca com a variedade de abobrinha, parecem interferir na expressão de sintomas nos frutos das plantas infectadas com a estirpe PRSV-W-1. Também foi objeto de estudo desse trabalho a identificação da melhor hospedeira, entre algumas cucurbitáceas, para a multiplicação e manutenção das duas estirpes fracas, e a avaliação da eficiência dos afídeos Myzus nicotianae e M. persicae na transmissão da estirpe ZYMV-M. Os resultados mostraram que a estirpe ZYMV-M parece atingir as maiores concentrações em C. pepo cv. Caserta e em C. melo cv. Casca-de-Carvalho. Para a estirpe PRSV-W- 1, as melhores hospedeiras foram C. pepo cv. Caserta, seguida de C. lanatus cv. Crimson Sweet e C. sativus cv. Safira. M. nicotianae e M. persicae transmitiram a estirpe fraca ZYMV-M para 11,7% e 0% das plantas de abobrinha de moita cv. Caserta, respectivamente. Enquanto a estirpe severa foi transmitida para 47,0% e 80% das plantas teste, respectivamente. / Zucchini squash (Cucurbita pepo L.) is widely cultivated in Brazil, especially in the State of São Paulo, which is the major producer. Nine viruses capable to infect this species have already been described in Brazil. The most frequent and responsible for significant yield losses are the potyviruses Papaya ringspot virus - type W (PRSV-W) and Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV), for which zucchini squash is highly susceptible and intolerant. Preimmunization with mild strains of both viruses have been investigated in Brazil for the last 10 years and appears as and interesting option for the control of these viruses. As preimmunization have been evaluated only for zucchini squash cv. Caserta, the purpose of the present work was to investigate the effect of the mild strains PRSV-W-1 and ZYMV-M on the quantitative and qualitative yield of four other commercial zucchini squash varieties: Samira, Novita Plus, AF-2847 e Yasmin. The results of an experiment carried out under plastic-house showed that mild strain ZYMV-M induced mild symptoms on the leaves of the plants of all varieties, but did not affect the yield of marketable fruits, as compared to those from the respective healthy controls. On the other hand, plants from all varieties exhibited accentuated mosaic and leaf malformation when infected with mild strain PRSV-W-1, alone or in mixture with ZYMV-M. The amount of fruits harvested (number and average weight) from these plants was similar to that from the respective healthy controls. However, the quality of the fruits was severely affected, since the mild strain PRSV-W-1 induced alteration on the texture and color of the skin. When plants infected only with mild strain PRSV-W-1 were grown simultaneously under field and plastic-house conditions, it was noticed that leaf and fruit symptoms were more intense on those maintained in the plastic-house. Once more the quantitative fruit yield was not affected by this mild strain. Zucchini squash cv. Samira was the most sensitive to PRSV-W-1 under both conditions. Together theses results suggest that environmental variables, besides the interaction between the variety and the mild strain, might influence the expression of symptoms shown by plants infected with PRSV-W-1. In addition to this, the present work also tried to identify the most appropriate host, among some cucurbit species/varieties, for multiplication of both mild strains, and the efficiency of two species of aphids (Myzus nicotianae and M. persicae) on the transmission of the mild strain ZYMV-M. The mild strain ZYMV-M attained the highest concentration in C. pepo cv. Caserta and Cucumis melo cv. Casca-de-Carvalho. The most appropriate hosts for multiplication of mild strain PRSV-W-1 were C. pepo cv. Caserta followed by Citrullus lanatus cv. Crimson Sweet and C. sativus cv. Safira. M. nicotianae and M. persicae transmitted the mild strain ZYMV-M to 11.7% and 0% of the test-plants of zucchini squash cv. Caserta. The transmission of the severe strain of ZYMV by both species of aphids occurred for 47% and 80% of the test-plants, respectively.
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Controle da podridão abacaxi da cana-de-açúcar por meio da pulverização de fungicidas em mudas no sulco de plantio / Control of pineapple disease of sugarcane through in-furrow fungicide spray application on seedpieces

Roberto Giacomini Chapola 31 January 2011 (has links)
Nos últimos anos, o plantio mecanizado da cana-de-açúcar vem sendo cada vez mais utilizado no Brasil. Tal sistema possui menor custo sobre o convencional e viabiliza o plantio durante o ano todo. Entretanto, a maior quantidade de ferimentos nas mudas colhidas mecanicamente e a realização de plantios em períodos frios e com umidade do solo inadequada têm aumentado a incidência da podridão abacaxi, doença causada pelo fungo Thielaviopsis paradoxa. Áreas onde esta doença é problemática apresentam muitas falhas, exigindo, em alguns casos, replantio. Thielaviopsis paradoxa penetra nas mudas através de ferimentos, o que é importante em cana-de-açúcar, uma vez que os colmos são seccionados durante o plantio. Medidas que estimulem a brotação rápida ou que protejam os ferimentos das mudas produzem excelentes resultados no controle da doença. Com o objetivo de avaliar o controle da podridão abacaxi da cana-de-açúcar por meio da pulverização de fungicidas em mudas no sulco de plantio, foram instalados quatro experimentos, sendo dois em casa de vegetação e dois no campo. Para os ensaios em casa de vegetação, utilizou-se um substrato esterilizado, composto por uma mistura de solo, areia e esterco de gado. Uma suspensão de T. paradoxa na concentração de 103 esporos/g de substrato foi incorporada dois dias antes do plantio. As avaliações foram realizadas em um período de 45 dias, determinando-se o número de plantas, a velocidade de brotação, a biomassa da parte aérea e de raízes, e a severidade da doença. No campo, um dos experimentos foi realizado sem a inoculação do patógeno, com a colheita das mudas e plantio mecanizados. No outro experimento, uma suspensão do fungo foi inoculada com pulverizador costal manual na concentração de 9 x 104 esporos/m2, e o plantio foi realizado manualmente. As avaliações foram realizadas em um período de 13 meses, determinando-se o número de plantas, a velocidade de brotação, a biomassa da parte aérea, o teor de açúcares totais recuperáveis e o rendimento. Nos quatro experimentos, os fungicidas foram pulverizados sobre as mudas imediatamente após o plantio, com pulverizador costal pressurizado com CO2. Os dados das avaliações foram submetidos à análise de variância e à análise de contrastes ortogonais. Além disso, os tratamentos foram comparados com a testemunha através do Teste de Dunnett a 5% de significância. Os resultados mostraram que a pulverização de fungicidas nas mudas controlou a podridão abacaxi da cana-de-açúcar, sendo que os efeitos dessa prática foram mais positivos em condições mais favoráveis à manifestação da doença. Os fungicidas Azoxistrobina + Ciproconazol; Azoxistrobina + Fluodioxonil + Metalaxil- M; Propiconazol; Piraclostrobina e Piraclostrobina + Epoxiconazol foram eficientes no controle da podridão abacaxi da cana-de-açúcar. Por outro lado, Carboxina + Tiram, comercialmente utilizado com essa finalidade, não foi efetivo em controlar a doença, tanto em casa de vegetação como no campo. / In the last few years, mechanized planting of sugarcane has been frequently used in Brazil. This system has a lower cost than the conventional system and enables planting throughout the year. However, the higher quantity of injuries in seedpieces harvested mechanically and the planting at low temperatures and with inadequate soil humidity have increased the incidence of pineapple disease, caused by the fungus Thielaviopsis paradoxa. Areas where this disease is problematic present stand reduction, requiring, in some cases, replanting. Thielaviopsis paradoxa penetrates the seedpieces through wounds caused due to stalk sectioning during planting. Measures which increase shoot emergence or which protect seedpieces wounds produce excellent results in the disease control. In order to assess control of pineapple disease of sugarcane through in-furrow fungicide spray application on seedpieces, four experiments were installed, two in greenhouse and two under field conditions. For the experiments in the greenhouse, substrate consisting of a mixture of soil, sand and cattle manure was used. Suspension of T. paradoxa at the concentration of 103 spores/g of substrate was incorporated two days before planting. Evaluations were done in a period of 45 days assessing number of shoots, germination speed, biomass of shoots and roots, and disease severity. In the field, one of the experiments was performed with no inoculation of the pathogen, and the seedpieces harvesting and planting were mechanized. For the other experiment, a suspension of T. paradoxa spores at the concentration of 9 x 104 spores/m2 was sprayed in the plots and the planting was performed manually. Evaluations were done in a period of 13 months assessing number of shoots, germination speed, biomass of shoots, total recoverable sugar content and yield. In the four experiments, fungicides were sprayed on seedpieces immediately after the planting with a CO2 pressurized sprayer. Data were submitted to analysis of variance and to analysis of orthogonal contrasts. Moreover, treatments were compared to control by Dunnett´s Test at 5% of significance. Results showed that in-furrow spray application on seedpieces controlled pineapple disease of sugarcane, and the effects of this practice were more positive under more favorable conditions for the disease manifestation. The fungicides Azoxystrobin + Cyproconazole; Azoxystrobin + Fluodioxonil + Metalaxyl-M; Propiconazole; Pyraclostrobin and Pyraclostrobin + Epoxiconazole were efficient for controlling pineapple disease of sugarcane. On the other hand, Carboxin + Thiram, commercially used for this purpose, was neither effective in the greenhouse nor in the field to control the disease.
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Penetração de Rhizopus stolonifer em pêssegos não injuriados e progresso espaço-temporal da podridão mole / Penetration of Rhizopus stolonifer on uninjured peaches and spatio-temporal progress of Soft Rot

Juliana Silveira Baggio 29 January 2013 (has links)
A Podridão Mole, causada por espécies do gênero Rhizopus, sendo a espécie R. stolonifer a mais comum, é uma das principais doenças pós-colheita de pêssegos. O desenvolvimento do patógeno prejudica a comercialização de pêssegos em mercados atacadistas e varejistas, consistindo em uma das principais causas de rejeição de frutos e da redução do preço de venda da caixa de pêssego. O fungo pode causar podridões em outros frutos e vegetais com níveis similares de perdas. Essa doença está intimamente relacionada à presença de danos físicos ou mecânicos, exemplificados pela presença de injúrias na superfície do fruto, já que Rhizopus é conhecido por penetrar seus hospedeiros via ferimentos. Poucos trabalhos investigaram os mecanismos de penetração do patógeno em pêssegos. Alguns concluíram que o fungo não produz enzimas que auxiliem na penetração direta de frutos. No entanto, observações da ocorrência da doença em pêssegos aparentemente não injuriados sugerem que a penetração direta pode ocorrer. A principal medida de controle da doença consiste no manejo cuidadoso dos frutos justamente para evitar ferimentos. O objetivo desse trabalho consistiu em avaliar os mecanismos de penetração de R. stolonifer em pêssegos, injuriados ou intactos, e caracterizar o progresso espaço-temporal da Podridão Mole nesses frutos. A atividade de enzimas esterases produzidas pelo fungo foi avaliada qualitativamente, a partir da reação de discos de micélio e suspensões de esporos do patógeno em água ou solução nutritiva em diferentes períodos de incubação (0, 4 e 8 horas) com substrato indoxil acetato, para observação da produção de cristais de coloração azul índigo. Os tratamentos que continham discos de micélio e suspensão de esporos em solução nutritiva, após 8 horas de incubação, adquiriram tonalidades mais escuras de azul, devido à formação de cristais oriundos da reação entre enzimas esterases e substrato. Avaliações ao espectrofotômetro foram conduzidas para determinar a quantidade de enzimas produzidas por R. stolonifer quando cultivado em meios com glicose ou cutina, como únicas fontes de carbono. O patógeno foi capaz de crescer em ambos os meios e observou-se maior atividade de enzimas esterases quando o patógeno foi cultivado em meio com cutina. Solução de diisopropil fluorofosfato, inibidor de enzimas cutinases, foi depositada sobre frutos e impediu a manifestação da Podridão Mole em pêssegos inoculados com suspensão de esporos do fungo em solução nutritiva. Pêssegos feridos ou não foram inoculados com suspensão de esporos de R. stolonifer em água e solução nutritiva para estudo do progresso espaço-temporal da Podridão Mole. Frutos sadios colocados próximos a frutos inoculados artificialmente apresentaram sintomas da doença, a qual se disseminou com mesma taxa de progresso em todos os tratamentos. O processo infeccioso de R. stolonifer em pêssegos e nectarinas também foi observado em microscopia óptica e eletrônica de varredura e verificou-se a penetração direta de tecidos intactos pelo fungo. Os resultados obtidos nesse trabalho demonstraram que R. stolonifer é capaz de penetrar diretamente frutos intactos através de esporos germinados em aporte nutritivo externo ao fruto e estolões miceliais. Essas estruturas produzem enzimas esterases, principalmente cutinases, que auxiliam no processo infeccioso. / Soft Rot, caused by Rhizopus stolonifer, is one of the main postharvest diseases on peaches. The pathogen development is prejudicial to the stone fruit commercialization in wholesale and retail markets and the disease can cause reduction in the price of peaches, being one of the main causes of fruit rejection. The pathogen has been responsible for causing rots in other types of fruit and vegetables, with similar level of losses. The disease is related to the occurrence of mechanical and physical damages and the presence of injuries on the fruit surface contributes to the infection by Rhizopus, which is known as a strictly wound parasite. Few studies have investigated the mechanisms of the pathogen penetration in peaches. Some have concluded that the fungus does not produce enzymes that assist in the direct penetration of fruit. However, observations of disease occurrence on apparently uninjured peaches suggest that direct penetration can occur. Careful management to avoid injuries on the fruit is the most important disease control measure. The objective of this research was to evaluate the penetration mechanisms of R. stolonifer on injured or uninjured peaches and characterize the spatio-temporal progress of Soft Rot on these fruit. To determine the esterase enzymes activity, produced by the pathogen, micelial discs and spore suspensions of R. stolonifer on water or nutrient solution in different incubation periods (0, 4 and 8 hours) were added to indoxyl acetate solution, to observe the presence of crystals of indigo blue color. The treatments with micelial discs or spore suspensions on nutrient solution, after 8 hours of incubation, showed darker shade of blue, because of the production of crystals from the reaction between the esterase enzymes and the indoxyl acetate. Spectrophotometer evaluations were carried out to determine the amount of enzymes produced by R. stolonifer when it was grown on culture media with glucose or cutin, as sole carbon sources. The pathogen was able to grow on both media and higher esterase activity was observed when the fungus was grown on cutin media. Diisopropyl fluorophosphate solution, a cutinase inhibitor, was placed over the fruit and prevented Soft Rot development on peaches inoculated with the fungus spore suspension on nutrient solution. Injured or uninjured peaches were inoculated with R. stolonifer spore suspensions on water or nutrient solution to study the spatiotemporal progress of Soft Rot. Healthy fruit placed next to artificially inoculated peaches showed symptoms of the disease, which has spread with the same rate of progress in all treatments. The infectious process of R. stolonifer on peaches and nectarines was also studied on optic and scanning electron microscopy and direct penetration of intact tissues by the fungus was observed. The results of this work showed that R. stolonifer is capable of direct penetration on uninjured peaches by spores germinated on external nutrient support and by micelial stolons. These structures produce esterase enzymes, especially cutinase, that help in the infectious process.
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Transmissão de um fitoplasma associado ao enfezamento do brócolis por cigarrinhas de diferentes espécies / Transmission of a phytoplasma associated with broccoli stunt by different species of leafhoppers

Patricia Fabretti Kreyci 25 January 2013 (has links)
As brássicas compreendem diversas espécies de grande relevância comercial dentre as demais espécies olerícolas cultivadas no Brasil. A região localizada próxima à cidade de São Paulo (SP) tem se destacado no cultivo de brássicas, especialmente do repolho, da couve-flor e do brócolis. Em campos de cultivo destas espécies, tem sido observadas plantas exibindo redução de tamanho, inflorescências mal formadas, avermelhamento de folhas e necrose dos vasos condutores. Investigações tem mostrado que estas anormalidades estão associadas aos fitoplasmas e a doença tem sido denominada enfezamento. Ainda, estudos anteriores têm sugerido a ocorrência de algumas espécies de cigarrinhas potencialmente vetoras destes fitoplasmas. Considerando estas informações, o presente trabalho teve por objetivo identificar espécies transmissoras de fitoplasmas para plantas de brócolis, buscando aumentar os conhecimentos sobre os vetores de fitoplasmas envolvidos com o enfezamento desta cultura. Para isto, foram coletados insetos no interior e áreas marginais de campos cultivados. Estes insetos foram separados em grupos, identificados taxonomicamente e confinados em plantas sadias de brócolis. A avaliação da transmissão foi feita com base na detecção de fitoplasmas nos tecidos dos insetos e das plantas, usando-se a técnica de PCR duplo, com primers específicos para identificação de fitoplasmas do grupo 16SrIII. A sobrevivência dos insetos nas plantas de brócolis foi pouco duradoura, não excedendo 48 horas. A transmissão experimental foi constatada em 30% das plantas inoculadas. Dentre as 8 potenciais espécies de vetores que foram testadas, as espécies Atanus nitidus, Balclutha hebe, Agalliana sticticollis e Agallia albidula transmitiram fitoplasma para plantas de brócolis. Os resultados deste estudo confirmaram aqueles obtidos nas investigações anteriores, as quais sugeriam a ocorrência de potenciais espécies vetoras de fitoplasmas dentre aquelas presentes nos campos de cultivo. No entanto, o conhecimento de detalhes sobre a transmissão necessita de estudos com populações sadias e infectivas das espécies vetoras, sob condições controladas. Apesar desta necessidade, uma etapa importante foi cumprida no presente trabalho, o qual se constitui numa contribuição relevante tanto para o conhecimento de aspectos epidemiológicos relacionados à disseminação do agente causal do enfezamento do brócolis como para a área de conhecimento relacionada à transmissão de patógenos por insetos vetores, nas condições brasileiras. / Cole crops include several species of commercial importance among the vegetable crops cultivated in Brazil. The region located near the city of São Paulo (SP) has excelled in the cultivation of brassica, especially cabbage, cauliflower and broccoli. In cultivated fields with these species have been observed plants showing reduction of size, malformed inflorescences, reddening of leaves and necrosis of region of vessels. Previous investigations have shown that these abnormalities are associated with phytoplasmas and the disease has been called stunt. In addition, previous studies have suggested the occurrence of some species of leafhoppers potentially vectors of phytoplasmas. Considering this information, the present study aimed to identify species that transmit phytoplasmas to plants of broccoli, seeking to increase knowledge about vectors of phytoplasmas involved with this culture. Thus, insects were collected within and in marginal areas of cultivated fields. These insects were separated into groups, taxonomically identified and confined in healthy plants of broccoli. The evaluation of transmission was based on detection of phytoplasmas in the tissues of plants and insects using the technique of nested PCR with specific primers for identification of phytoplasmas group 16SrIII. The survival of insects on plants of broccoli was short-lived, not exceeding 48 hours. The experimental transmission was observed in 30% of inoculated plants. Among the 8 potential vector species that were tested, the species Atanus nitidus, Balclutha hebe, Agalliana sticticollis and Agallia albidula transmitted phytoplasma to plants of broccoli. The results of the present study confirmed those obtained in previous research, which suggested the occurrence of potential vector species of phytoplasmas among those present in crop fields. However, details about these species as vectors require the creation of healthy populations of these species and infective for broadcast demonstration in controlled conditions. Despite this need, an important step has been accomplished in this work, which constitutes a significant contribution both to the knowledge of epidemiological aspects related to the spread of causal agent of broccoli stunt and the area of knowledge related to the transmission of pathogens by insects vectors, the Brazilian conditions.

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