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Novos biomarcadores de disfunção renal e endotelial em adolescentes com excesso de pesoSaboia, Zenar Maria Ribeiro Mendes de 21 December 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-12-21 / Non-communicable chronic diseases (NCD) are multifactorial diseases that develop over the course of life and are long lasting. The main NCD are cardiovascular diseases (CVD), hypertension, diabetes, cancer, kidney diseases and chronic lung diseases. They are responsible for high rates of mortality and morbidity, and CVD is the leading cause of death in the world. Several factors are associated with the risk of developing NCD, being obesity one of the most relevant. Currently considered a worldwide epidemic, obesity affects all age groups and the increase of its prevalence in children and adolescents gave rise to chronic diseases that previously were diagnosed only in adults. The aim of this study was to investigate new biomarkers of kidney disease and endothelial dysfunction among overweight adolescents. We evaluated 57 students from a public school in Fortaleza - Ceará, aged 14-19 years. The adolescents underwent anthropometric evaluation, blood pressure measurement, waist circumference (WC) and hip circumference (CQ); waist-hip ratio (WHR) and body mass index (BMI) were calculated. The adolescents also answered a questionnaire with socio-demographic data (sex, age, income) and on health and lifestyle (physical exercise, presence of smoking and alcoholism, personal and family history of chronic diseases). A food frequency questionnaire (FFQ) was used to characterize food consumption. In a second step, blood and urine samples were collected for the determination of serum lipids (total cholesterol, HDL cholesterol, LDL cholesterol, triglycerides), traditional renal function markers (urea, creatinine, proteinuria) and new renal injury biomarkers (MCP-1, KIM-1, cystatin C) and endothelial injury biomarker (syndecan-1). The mean age of the adolescents was 16 ± 1 years (ranging from 14 to 19 years), being 31.6% male and 68.4% female. Regarding nutritional status, 80.7% of the students were classified as eutrophic, 7.1% were overweight and 12.5% presented obesity. The average family income of the majority of students (59.6%) was between 1000 and 3000 Brazilian Real (middle income class), with overweight students predominantly from the lowest income class (45.4%). In relation to the practice of physical exercises, 82.4% of the students were active, including most of the overweight students (72.7%). There was a high frequency of consumption of whole dairy products (82,4%) and soft drinks (66,6%) by most students, as well as inadequate consumption of fruits and vegetables by 68,4% of them, in relation to the number of servings / day. Among overweight students, 27% had hypertension and 36% pre-hypertension. Changes in serum lipid levels were more frequent in the overweight group. There was a trend of elevation of the traditional kidney injury biomarkers, as well as the new biomarker MCP-1, in students with higher BMI. A trend towards increased syndecan-1 endothelial injury biomarker was observed in overweight students, with a positive association between this marker and urea, creatinine and triglycerides levels. In relation to GFR, there was a negative association. These findings suggest that overweight students already present incipient changes at the cellular level that make them more vulnerable to the development of cardiovascular and kidney diseases. / As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são doenças multifatoriais que se desenvolvem no decorrer da vida e são de longa duração. As principais DCNT são doenças cardiovasculares (DCV), hipertensão, diabetes, câncer, doenças renais e doenças pulmonares crônicas. São responsáveis por elevadas taxas de mortalidade e morbidade, sendo a DCV a principal causa de mortalidade no mundo. Vários fatores estão associados ao risco de desenvolver DCNT, sendo a obesidade um dos mais relevantes. Considerada atualmente uma epidemia mundial, a obesidade acomete todas as faixas etárias e o aumento de sua prevalência em crianças e adolescentes fez surgir nessa população doenças crônicas que antes eram diagnosticadas apenas em adultos. O objetivo deste estudo foi investigar novos biomarcadores de doença renal e disfunção endotelial entre adolescentes com excesso de peso (sobrepeso e obesidade). Foram avaliados 57 alunos de uma escola pública em Fortaleza - Ceará, na faixa etária de 14-19 anos. Os adolescentes foram submetidos à avaliação antropométrica, aferição de pressão arterial, circunferência da cintura (CC), circunferência do quadril (CQ), sendo calculados a relação cintura-quadril (RCQ) e índice de massa corporal (IMC). Os adolescentes também responderam a um questionário com dados sociodemográficos (sexo, idade, renda) e sobre saúde e estilo de vida (prática de exercícios físicos, presença de tabagismo e etilismo, história pessoal e familiar de doenças crônicas). Foi aplicado um questionário de frequência alimentar (QFA) para caracterização do consumo alimentar. Numa segunda etapa, foram colhidas amostras de sangue e urina para dosagem de lipídios séricos (colesterol total, HDL colesterol, LDL colesterol, triglicerídeos), de marcadores de função renal tradicionais (ureia, creatinina, proteinúria) e de novos biomarcadores de lesão renal (MCP-1, KIM-1, cistatina C) e endotelial (syndecan-1). A média de idade dos adolescentes foi de 16±1 anos (variando de 14 a 19 anos), sendo 31,6% do sexo masculino e 68,4% do sexo feminino. Quanto ao estado nutricional, 80,7% dos alunos foram classificados como eutróficos, 7,1% apresentava sobrepeso e 12,5% apresentava obesidade. A maioria dos alunos (59,6%) pertencia à classe intermediária de renda (1000 a 3000 reais), sendo que os alunos com excesso de peso foram predominantemente da classe de renda mais baixa (45,4%). Em relação à prática de exercícios físicos, 82,4% dos alunos eram ativos, inclusive a maioria dos alunos com excesso de peso (72,7%). Constatou-se elevada frequência de consumo de laticínios integrais (82,4%) e de refrigerantes (66,6%) pela maioria dos alunos, além de consumo inadequado de frutas e verduras por 68,4% destes, em relação ao número de porções/dia. Entre os alunos com excesso de peso, 27% tinham HAS e 36% pré-hipertensão. Alterações nos níveis de lipídios séricos foram mais frequentes no grupo com excesso de peso. Foi constatada tendência de elevação dos biomarcadores tradicionais de lesão renal, bem como do novo biomarcador MCP-1, nos alunos com maior IMC. Foi evidenciada tendência de aumento do biomarcador de lesão endotelial syndecan-1 nos alunos com excesso de peso, com associação positiva entre este biomarcador e os níveis de uréia, creatinina e triglicerídeos. Em relação à TFG, houve associação negativa. Esses achados sugerem que os alunos com excesso de peso já apresentam alterações incipientes a nível celular que os tornam mais vulneráveis ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e renais.
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Consumo alimentar em trabalhadores brasileiros : associação com fatores de risco socioeconômicos, cardiovasculares e características da empresaVinholes, Daniele Botelho January 2011 (has links)
O presente estudo teve como objetivo avaliar a associação entre consumo alimentar e características socioeconômicas, cardiovasculares e da empresa em uma amostra representativa de trabalhadores brasileiros. A alimentação foi avaliada através de um questionário de freqüência alimentar (QFA) composto por alimentos com consumo recomendado ou que devem ser evitados segundo as diretrizes vigentes. A alimentação diária foi caracterizada predominantemente pelo consumo de arroz e feijão, massa e pão e suco de frutas entre homens e mulheres. A regressão logística multinomial foi utilizada para avaliar as diferenças de consumo entre homens e mulheres ajustado para idade, escolaridade e porte da empresa. As mulheres apresentaram um consumo mais freqüente de leite desnatado, iogurte, queijo, frango sem pele, frutas, vegetais e verduras; enquanto que os homens freqüentemente consumiam leite integral, pão, arroz, massa, suco, feijão e carne vermelha. Para avaliar o efeito da presença de refeitório na empresa de acordo com o consumo de grupos alimentares sobre pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), foi utilizado Modelos Lineares Generalizados. As médias estimadas de pressão arterial sistólica e diastólica dos trabalhadores foram mais altas em indivíduos sem refeitório na empresa. As PAS e PAD foram menores entre trabalhadores com refeitório na empresa, independente do consumo alimentar. A análise multinível foi utilizada para investigar o efeito de características ambientais, das empresas e individuais na prevalência de hipertensão arterial. Em conclusão, o consumo alimentar dos trabalhadores apresenta diferenças de acordo com as características demográficas e socioeconômicas e, além disso, características ambientais e da empresa interferem nos níveis de pressão arterial. / This study aimed to evaluate the association between dietary intake and socioeconomic characteristics, cardiovascular risk factors and company factors in a representative sample of Brazilian workers. Diet was assessed using a food frequency questionnaire (FFQ) constituted by foods that should be recommended or avoided according to current guidelines. The daily pattern was dominated by the consumption of rice and beans, pasta and bread and fruit juice between men and women. The logistic multinomial regression was used to assess differences in consumption between men and women adjusted for age, education level and company size. Women had more frequent consumption of skim milk, yogurt, cheese, chicken without skin, fruits, vegetables and leafy vegetables, whereas men often consumed whole milk, bread, rice, pasta, juice, beans and red meat. Generalized Linear Models was used to evaluate the effect of the presence of the cafeteria in the company according to the consumption of food groups on systolic blood pressure (SBP) and diastolic (DBP). The estimated means of systolic and diastolic blood pressure were higher in individuals without cafeteria in the workplace. The SBP and DBP were lower between workers with on-site cafeteria regardless the food intake. The same was observed for the consumption of skim milk, yogurt, cheese and salted meat. The multilevel analysis was used to investigate the effect of environmental, companies and individuals characteristics in the prevalence of hypertension. In conclusion, the food consumption of workers differs between men and women and environmental and company’s characteristics influenced in blood pressure levels.
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Doença cardiovascular, hipertensão arterial e obesidade em idosos : um estudo de base populacionalMello, Renato Gorga Bandeira de January 2012 (has links)
No Brasil, após a década de 40, houve reduções significativas nas taxas de mortalidade, maior controle na transmissão de doenças infecciosas e queda na taxa de fecundidade, caracterizando período de transição demográfica1. Consequentemente observou-se aumento no número de idosos, que, atualmente, representam 10% do total de indivíduos, cerca de 20 milhões em números absolutos2. Com o aumento da expectativa de vida ao nascer (74 anos), a população idosa deverá crescer ainda mais, e estima-se que em 2030 já seja igual à de jovens. Em 2050, com a continuidade do processo de transição demográfica, serão mais de 65 milhões de pessoas com mais de 60 anos, relativamente bem superior ao número de pessoas em idade escolar3. Esse aumento, associado a maior sobrevida pós-eventos de saúde, deverá ser responsável por aumento substancial na prevalência de doenças não transmissíveis4. Se o número relativo de indivíduos idosos com hipertensão arterial chegar a 70%5 e a prevalência de insuficiência cardíaca situar-se em torno de 10%6, pode-se projetar número elevado de idosos cardiopatas nas próximas décadas. Porém, essa fração peculiar da população tem sido pouco investigada e, geralmente, é investigada em conjunto com indivíduos adultos. Em algumas situações, como definição de síndrome metabólica e seus componentes, pontos de corte obtidos de populações adultas tem sido extrapoladas para populações idosas7, mesmo que haja modificações na composição corporal que possam alterar esses parâmetros.A lipossubstituição, perda de massa magra e redução da estatura, por exemplo, acarretam mudanças da estrutura física que comprometem a acurácia de medidas antropométricas para o diagnóstico de obesidade e suas associações com mortalidade8,9. Além disso, há controvérsias sobre o perfil preditor de fatores de risco clássicos para doenças cardiovasculares em idosos10. Da mesma forma, a relação entre marcadores de obesidade, hipertensão arterial e doença cardiovascular foi pouco estudada entre os idosos e não está bem elucidada, apesar de bem definidos para a população adulta11,12,13,14,15,16. Sendo assim, os objetivos da tese foram investigar a prevalência de obesidade em idosos do Brasil, a associação de obesidade central com hipertensão independentemente do índice de massa corporal, além de avaliar a associação de fatores de risco com doença cardiovascular em idosos. Os resultados geraram produção de três artigos científicos originais: Artigo 1. Obesidade Central é Fator de Risco para Hipertensão Independentemente do Índice de Massa Corporal: Um Estudo de Base Populacional em Idosos Estudo Transversal de base populacional investigou 599 indivíduos com idade de 70,7 ±7 anos, sendo 68,8% mulheres, 70,1% hipertensos, 52,7% com obesidade central e 72,3% com sobrepeso. Circunferência abdominal aumentada associou-se com hipertensão independentemente do IMC, e, mesmo em indivíduos sem sobrepeso, o risco foi 28% (IC95% 4 - 58%, p= 0,02) maior. Artigo 2. Prevalência de Obesidade em Idosos do Brasil: Metanálise de Estudos de Base Populacional Através de revisão sistemática de estudos de base populacional foram identificados 14 estudos que avaliaram a prevalência de obesidade em idosos brasileiros. Foram incluídos na análise 26.325 indivíduos. A prevalência de obesidade foi 18,9% (IC95% 11,3–30,0), sendo maior nos anos 2000 do que na década de 90; 23,9% (IC95% 20,0-28,4) vs. 14,5% (IC95% 10,9–19,0); p<0,001. Artigo 3. Preditores de Doença Cardiovascular em Indivíduos Adultos, Idosos e Muito Idosos no Sul do Brasil: Estudo Transversal de base populacional investigou 1210 indivíduos, sendo 611 adultos, 300 idosos e 299 muito idosos. Doença cardiovascular (DCV) foi identificada em 6,9% dos adultos, 17,3% dos idosos e 28,8% dos muito idosos. Entre os adultos, hipertensão associou-se à DCV; nos idosos, sexo masculino, sobrepeso e diabetes; já nos muito idosos, inatividade física, sobrepeso e obesidade associaram-se à DCV, havendo tendência para hipertensão.
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Padrão dia-noite de morte cardiovascular na apneia obstrutiva do sonoMartins, Emerson Ferreira January 2014 (has links)
Resumo não disponível.
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Associação das variáveis de prescrição de exercício e características clínicas com efeitos do treinamento aeróbico em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida : revisão sistemática e meta-análiseBelli, Karlyse Claudino January 2016 (has links)
Resumo não disponível
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Avaliação do jambolão (Syzygium cumini) sobre os biomarcadores cardiovasculares e a morfologia dos tecidos hepático e adiposo em camundongos submetidos a uma dieta hiperlipídica.BERNARDES, R. O. 17 February 2017 (has links)
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tese_9494_Resumo da Dissertação - Roberta de Oliveira Bernardes.pdf: 20645 bytes, checksum: 4a438f2f865c91d70426e838515f534e (MD5)
Previous issue date: 2017-02-17 / As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de mortalidade em todo o mundo. O consumo de alimentos ricos em antioxidantes, como os compostos fenólicos presentes no jambolão (Syzygium cumini), pode ser uma alternativa para reduzir o risco de desenvolvimento de DCV. O objetivo do trabalho foi avaliar a ação do jambolão liofilizado sobre os biomarcadores cardiovasculares e a morfologia do fígado e do tecido adiposo em camundongos Swiss submetidos a uma dieta hiperlipídica. O jambolão foi liofilizado e determinou-se sua composição centesimal, conteúdo de compostos fenólicos e antocianinas e a capacidade antioxidante in vitro. Para o ensaio biológico, foram demandados 43 camundongos que foram submetidos a dieta controle normolipídica (CT, n=22) e dieta hiperlipídica (HF, n=22), durante 8 semanas. Após, por um novo período de 9 semanas, o grupo CT foi dividido e passou a receber dieta CT (n=10) ou dieta CT suplementada com 2% de jambolão liofilizado (CT+J, n=12); o grupo HF passou a receber dieta HF (n=9) ou dieta HF suplementada com 2% de jambolão liofilizado (HF+J, n=12). Ao término do experimento, os animais foram eutanasiados e amostras de sangue foram coletadas para análise de biomarcadores metabólicos e inflamatórios. Ainda, foi coletado o fígado e amostras de tecido adiposo epididimal para análises histológicas. Os resultados foram analisados pelo teste t para avaliar os grupos CT e HF, antes do período de suplementação. A análise de variância Two-way foi realizada para avaliar o efeito da dieta, do fruto e suas interações entre os grupos experimentais (CT, HF, CT+J e HF+J). Os dados foram expressos em média e erro padrão, com nível de significância de 5%. O modelo experimental foi eficiente em conferir maior ganho de peso nos animais que receberam dieta hiperlipídica. A dieta hiperlipídica potencializou o processo inflamatório, promovendo aumento nas concentrações de colesterol total, aumento da gordura epididimal, promoção de esteatose hepática e expressão de biomarcadores inflamatórios como ICAM-1 e ALT. A dieta suplementada com 2% de jambolão liofilizado foi eficiente em minimizar alguns agravos presentes no processo inflamatório e/ou relacionados ao risco cardiovascular, diminuindo as concentrações de e-selectina. Ainda, foi possível observar efeito do jambolão na redução das concentrações de ICAM-1, quando em associação de dieta hiperlipídica. O fruto também apresentou efeito hepatoprotetor, com redução das concentrações de AST e proteção do fígado contra infiltração lipídica e consequente esteatose hepática.
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Fatores de risco para doenças cardiovasculares em adolescentes de Caxias do Sul-RS, BrasilVasques, Daniel Giordani January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos. Programa de Pós-Graduação em Educação Física. / Made available in DSpace on 2012-10-24T01:44:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1
251555.pdf: 3150847 bytes, checksum: c4d2da131f3cfeb95a9620f5e2707007 (MD5) / Apesar de a maior parte das doencas cardiovasculares ocorrerem na fase adulta da vida, o processo e conhecido por iniciar, muitas vezes, na infancia e na adolescencia. O objetivo deste estudo foi analisar fatores de risco cardiovascular em adolescentes do municipio de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Neste estudo, epidemiologico de corte transversal, foram analisados dados de 1675 adolescentes de 11 a 17 anos de Caxias do Sul-RS, selecionados de forma aleatoria por conglomerados a partir do setor do municipio, tipo de escola e serie de ensino. As variaveis analisadas foram divididas em fatores associados (faixa etaria, numero de pessoas com quem reside, escolaridade do chefe da familia, TV no quarto, comportamentos sedentarios, forma de deslocamento a escola e atividade fisica do pai e da mae) e fatores de risco para doencas cardiovasculares (historico familiar, sedentarismo, dieta aterogenica, tabagismo, etilismo, consumo abusivo de alcool, baixa aptidao cardiorrespiratoria, excesso de peso, perimetro da cintura elevado, excesso de gordura corporal e pressao arterial elevada). O sedentarismo e a aptidao cardiorrespiratoria (ACR) foram utilizados como variaveis dependentes. As prevalencias de fatores de risco cardiovascular ocorreram, de forma decrescente: historico familiar (82,4%), dieta aterogenica (74,7%), baixa ACR (61,6%), sedentarismo (55,8%), pressao arterial elevada (28,4%), adiposidade abdominal aumentada (27,7%), excesso de gordura corporal (26,5%), etilismo (22,3%), excesso de peso corporal (19,7%), tabagismo (6,2%) e consumo abusivo de alcool (4,3%). O teste qui-quadrado indicou que os rapazes apresentaram maior prevalencia de dieta aterogenica (79,4% e 70,7%; p<0,001), enquanto as mocas apresentaram prevalencias mais elevadas de sedentarismo (66,8% e 43,2%; p<0,001), baixa ACR (69,4% e 53,0%; p<0,001), tabagismo (7,9% e 4,3%; p=0,004), adiposidade abdominal aumentada (32,9% e 21,7%; p<0,001) e excesso de gordura corporal (32,5% e 19,7%; p<0,001). As razoes de prevalencia ajustadas hierarquicamente (RP) e os respectivos intervalos de confianca apontaram, por meio da regressao de Poisson, que os fatores associados ao sedentarismo nas mocas foram: a faixa etaria de 15-17 anos (RP=1,30), residir em ate 4 pessoas (RP=1,17) e apresentar comportamentos sedentarios superior a 14 horas/semana (RP=1,21). Nos rapazes, nao foram verificadas associacoes (p¡Ã0,05). Os fatores de risco
cardiovascular associados ao sedentarismo nas mocas foram apresentar dieta aterogenica (RP=1,12) e possuir baixa ACR (RP=1,21). Nos rapazes, o sedentarismo associou-se a baixa ACR (RP=1,21). Os fatores associados a baixa ACR nas mocas foram: faixa etaria de 15-17 anos (RP=1,43) e possuir mae sedentaria (RP=1,13). Nos rapazes, o deslocamento passivo a escola
associou-se a baixa ACR (RP=1,18). Os fatores de risco cardiovascular associados a baixa ACR foram, para ambos os sexos, o sedentarismo (RP=1,17 nos rapazes e RP=1,19 nas mocas), o excesso de peso (RP=1,24 nos rapazes e RP=1,16 nas mocas) e o excesso de gordura corporal
(RP=1,51 nos rapazes e RP=1,14 nas mocas). Intervencoes em atividade fisica devem ser realizadas com maior foco nas mocas, com idades de 15 a 17 anos, que residem em ate 4 pessoas e com comportamentos sedentarios elevados. Recomenda-se maior atencao as mocas em intervencoes em atividade fisica, tabagismo e excesso de peso, e nos rapazes, recomenda-se maior atencao nos habitos alimentares.
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Avaliação do quadro clínico e laboratorial de pacientes com alto risco para doença arterial coronariana atendidos por um programa multiprofissional e interdisciplinarCavalett, Cláudia January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Farmácia. / Made available in DSpace on 2012-10-24T02:38:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1
249526.pdf: 558304 bytes, checksum: 4564b78f31ee0c995a1b7ebbeb4df1ce (MD5) / Primeiramente estratificou-se o risco coronariano de 277 pacientes que estavam inseridos no Núcleo Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Atendimento a Dislipidemia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina de 1997 a 2004. Foram selecionados os indivíduos com alto risco cardiovascular por meio do escore de Framingham, segundo as III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias. Nesta primeira parte do trabalho obteve-se uma avaliação da prevalência dos fatores de risco nesta população, assim como, a evolução do perfil lipídico e quadro clínico dos mesmos ao longo dos anos. A partir disso, realizou-se um estudo prospectivo de seguimento, onde foram resgatados os pacientes de alto risco e outros que foram inseridos no Núcleo, oferecendo um atendimento diferenciado a estes por um período de um ano. O objetivo foi o de avaliar o quadro clínico e laboratorial destes, considerando em especial a dislipidemia e outras associações de fatores de risco, como também mudanças nos hábitos de vida, relacionando todos estes resultados com a aderência dos pacientes ao programa oferecido. A população em estudo foi constituída por 25 indivíduos, onde 15 eram do sexo masculino e 10 do sexo feminino. A média de idade foi de 59,4 anos, sendo que 100% dos homens e 70% das mulheres tinham a idade como fator de risco. Caracterizou-se a prevalência dos fatores de risco envolvidos no início do acompanhamento: sedentarismo (80%), hipertensão (68%), dislipidemias (100%), diabetes (60%), obesidade (40%), idade (88%), tabagismo (32%) e diestresse (68%), sendo que inicialmente, todos os pacientes tinham 3 ou mais fatores de risco associados. No final do tratamento houve melhora significativa dos fatores de risco como sedentarismo, tabagismo, hipertensão e diestresse. Inicialmente, 72% dos pacientes tiveram risco elevado quando foi aferida a circunferência da cintura, não havendo diferença significativa deste parâmetro ao final do acompanhamento. Quanto ao perfil lipídico, houve uma redução significativa das médias das concentrações de colesterol total que passou de 249,8 para 173,7 mg/dL (P<0,0001), triglicerídeos (207,5 para 168,7 mg/dL (P=0,02)), colesterol da lipoproteína de baixa densidade diminuiu de 161,1 para 100,9 mg/dL (P<0,0001), sem alterações significativas nos valores do colesterol da lipoproteína de alta densidade. Não houve alteração das médias das concentrações séricas da glicemia ao final do acompanhamento quando comparadas ao início, assim como, nas médias da hemoglobina glicada. Em relação aos marcadores de risco coronariano, a proteína C reativa se mostrou como um bom marcador de prognóstico. Houve redução significativa deste marcador, sendo esta atribuída em boa parte pela administração de hipolipemiante. Este trabalho busca determinar as relações e as situações vividas pelos pacientes de alto risco coronariano evidenciando a importância de se desempenhar cuidados com os mesmos, de maneira coerente com as expectativas e necessidades de cada um, tendo como foco a prevenção. Com base nos resultados obtidos, fica evidente a necessidade de ampliar o nível de conscientização dos indivíduos sobre os fatores de risco para as doenças cardiovasculares e, sobretudo, de modo que possam melhorar a percepção sobre o seu modo de vida, atingindo as metas propostas pelo programa oferecido. O atendimento diferenciado proporcionou uma maior adesão às atividades desenvolvidas pelo Núcleo e refletiu, de maneira geral, em uma melhora no quadro clínico e laboratorial dos mesmos.
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Avaliação de biomarcadores de risco cardiovascular em pacientes com transtorno de humor bipolarChiarani, Fabria January 2012 (has links)
A prevalência do transtorno de humor bipolar (THB) na populção mundial é em média 4%. Essa doença psiquiátrica está associada a elevadas taxas de mortalidade, principalmente devido a doenças cardiovasculares (DCVs). Pacientes com THB apresentam risco duas vezes maior de desenvolver doenças cardiovasculares em relação à população geral. Componentes importantes das DCVs incluem disfunção endotelial, ativação plaquetária, ativação imunológica e inflamação. Para este estudo foram avaliados biomarcadores associados com risco de doença cardiovascular em pacientes bipolares. Os níveis séricos de homocisteína, folato, vitamina B12, ferritina, creatina kinase e proteína C-reativa foram medidos em pacientes com THB em dois momentos: durante um episódio maníaco e após a remissão dos sintomas. A expressão do mRNA de MMP-2 e MMP-9, em sangue total, também foi analisada. Todos os parâmetros foram comparados com controles saudáveis. Pacientes e controles estavam aparentemente livres de doenças cardiovasculares. A expressão da MMP-2 mostrou uma relação negativa em relação ao IMC nos pacientes com THB nos estados maníaco e eutímico, enquanto que essa relação foi positiva nos indivíduos controles. Os níveis de ferritina se mostraram reduzidos apenas durante os episódios de mania. Não foram verificadas diferenças estatisticamente significantes nos demais biomarcadores estudados quando comparados os pacientes com THB e os controles. Exceto para a ferritina, todos os resultados obtidos durante o episódio de mania persistiram após a recuperação sintomática nos pacientes com THB. Nossa análise não valida a utilidade desses biomarcadores para diferenciar diferentes estados de humor quanto ao risco de DCV. É provável que a utilidade desses biomarcadores na caracterização de maior risco em indivíduos com doença cardiocascular estabelecida se justifique mais do que o seu uso como indicadores de risco de futuros eventos cardiovasculares. A possível relação da homocisteína com risco de doença cardiovascular no THB não foi obsevada após correção para o IMC. A diferença no padrão de expressão da MMP-2 no THB precisa ser investigada bem como, outros indicadores de remodelamento tecidual e inflamação. Os resultados mostram a importância da inclusão do IMC como uma covariável em estudos para investigar o risco cardiovascular no THB. Um adequado acompanhamento no que diz respeito ao desenvolvimento de comorbidades médicas em pacientes bipolares deve ser implantado. / The prevalence of BD is thought to be around 4% of the population. This psychiatric disorder is associated with increased mortality due to medical causes, most notably cardiovascular disease (CVD). Two-fold increased risk of cardiovascular disease has been found among adults with bipolar disorder versus general population. Important components of CVD include endothelial dysfunction, platelet and immune activation and inflammation. We evaluated biomarkers associated with increased risk of cardiovascular disease in bipolar patients. The serum levels of homocysteine, determinants of homocysteine metabolism such as folate and vitamin B12, ferritin, creatine kinase and C-reactive protein were measured in bipolar patients in two separate instances: during acute mania and after remission of manic symptoms. The mRNA expression of MMP-2 and MMP-9 in total blood was also evaluated. All parameters were compared with healthy controls. Patients and controls were free of clinically apparent cardiovascular disease. The mRNA levels for MMP2 were negatively associated with BMI in the BD and positively associated with BMI in controls. Ferritin levels were reduced only during mania. No statistically significant differences were found in the other markers comparing bipolar patients and controls. Except ferritin, the results persist across symptomatic recovery within the same bipolar patient. The biomarkers selected can not differentiate mood states as the cardiovascular risk. May be these biomarkers may be most usefull to characterize risk in individuals with an established CVD than using biomarkers as sole risk predictors of future CHD events. Our findings show the importance of assessing the BMI as a covariate in studies to investigate the cardiovascular risk in bipolar disorder. It is crutial to highlights the necessity of appropriate monitoring concerning development of medical comorbidities in bipolar patients.
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Efeito de variáveis pré-analíticas nos níveis de mieloperoxidaseWendland, Andrea Elisabet January 2009 (has links)
Mieloperoxidase (MPO) é uma enzima derivada de leucócitos que catalisa a formação de numerosas espécies reativas oxidantes. Além de integrantes da resposta imune inata, evidências têm comprovado a contribuição destes oxidantes para o dano tecidual durante inflamação. A MPO participa de atividades biológicas pró-aterogênicas relacionadas à evolução da doença cardiovascular, incluindo iniciação, propagação e as fases de complicação aguda do processo aterosclerótico. Desta forma, a MPO e sua cascata inflamatória representam um alvo atrativo para investigação prognóstica e terapêutica na doença aterosclerótica cardiovascular. Vários estudos apontam para o efeito independente dos níveis de MPO na evolução da doença e ocorrência de eventos em pacientes com síndrome coronariana aguda. Entretanto, ainda não é consistente o valor preditivo adicional da dosagem de MPO na estratificação de risco cardiovascular para incorporá-la à prática clínica como sinalizadora de vulnerabilidade de placa. Estudos adicionais são necessários para avaliar os níveis de MPO como preditor de risco cardiovascular em curto e longo prazo, bem como o potencial benefício em utilizá-la para definir estratégias terapêuticas, além da padronização do ensaio, ponto fundamental para a transição desse marcador do ambiente de pesquisa para uso na rotina clínica.
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