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Alterações metabólicas em síndrome antissintetase / Metabolic alterations in antisynthetase syndromePaula Angela D\'Oliveira Araújo 20 October 2017 (has links)
Objetivos. Alta prevalência de síndrome metabólica (SM) tem sido descrita recentemente em diferentes miopatias inflamatórias idiopáticas, mas não em síndrome antissintetase (SAS). Portanto, avaliamos a frequência de SM em SAS e a associação de SM com os fatores de risco de doenças cardiovasculares e as características da doença relacionada à SAS. Métodos. Trata-se de um estudo transversal, único centro, no qual 42 pacientes consecutivos com SAS foram pareados por sexo, idade, etnia e índice de massa corporal com 84 indivíduos saudáveis, no período de 2012 a 2015. Todos os pacientes apresentavam pelo menos quatro dos cinco itens dos critérios de Bohan e Peter (1975) e também os seguintes sinais e/ou sintomas no início da doença: artrite, acometimento pulmonar, fenômeno de Raynaud, febre, \"mãos de mecânico\" e autoanticorpos antissintetases. O status da SAS foi avaliado, baseando-se nos questionários de International Myositis Assessment and Clinical Studies Group (IMACS). Os dados clínicos, laboratoriais e terapêuticos foram coletados por meio de um protocolo padronizado. A SM foi definida de acordo com a Joint Interim Statement de 2009. A análise de adipocitocinas séricas (adiponectina, leptina e resistina) foi feita através de método padronizado, enquanto que a análise de resistência insulínica foi realizada através do método de Homeostatic Model Assessment (HOMA). Resultados. A idade mediana dos pacientes com SAS foi de 41,1 anos, com predominância de etnia branca e de sexo feminino. Os pacientes apresentaram prevalência maior de SM (42,9% vs. 13,1%; P < 0,001) e valor maior de resistência insulínica, quando comparados ao grupo controle. Além disso, os pacientes apresentaram maior nível sérico de resistina, em contraste com um menor nível de leptina e similar de adiponectina, quando comparado ao grupo controle. Em uma análise adicional, quando foram comparados os pacientes com SM (N=18) e sem (N=24) SM, os primeiros apresentavam maior idade (48,7 vs. 35,4 anos; P < 0,001), com duração semelhante da doença, status da doença, esquema terapêutico, resistência insulínica e nível sérico de adipocitocinas. Conclusões. Maior frequência de SM e maior valor de resistência insulínica foram observados em pacientes com SAS, com alto nível sérico de resistina e baixo nível de leptina. Além disso, os pacientes de SAS com SM apresentavam idade mais avançada, a exemplo do que ocorrem com outras miopatias inflamatórias idiopáticas com SM / Objectives. A high frequency of metabolic syndrome (MetS) has been recently described in different idiopathic inflammatory myopathies, but not for antisynthetase syndrome (ASS). Therefore, we determined the prevalence of MetS in ASS and the association of MetS with the risk factors of cardiovascular diseases and with ASS-related disease characteristics. Methods. A cross-sectional single center study of 42 consecutive patients with ASS was conducted from 2012 to 2015. For the control group, 84 healthy individuals were matched with patients for gender, age, ethnicity and body mass index-matched, in the same period. All patients had at least four of five items of Bohan and Peter\'s criteria (1975) and also the follow signal and/or symptoms at onset of disease: arthritis, pulmonary involvement, Raynaud\'s phenomenon, fever, \"mechanics\' hands\" and antisynthetase autoantibodies. The disease status was defined, basing on the International Myositis Assessment and Clinical Studies Group (IMACS) questionnaires. Clinical, laboratory and treatment data were collected using a standardized protocol. MetS was defined according to the 2009 Joint Interim Statement. The serum adipocytokine analysis (adiponectin, leptin and resistin) was performed by standardized method, whereas the insulin resistance was performed by Homeostatic Model Assessment (HOMA) method. Results. ASS patients had a median age of 41.1 years and were predominantly female and of white ethnicity. The patients had a higher frequency of MetS (42.9% vs. 13.1%; P < 0.001) and of insulin resistance than controls. Moreover, patients had higher resistin, lower leptin and similar adiponectin levels in serum than controls. Further analysis of the ASS patients with (N=18) and without (N=24) MetS revealed that individuals with the syndrome were older (48.7 vs. 35.4 years; P < 0.001) age at disease onset and had similar disease duration, disease status, treatment, insulin resistance and serum adipocytokine levels. Conclusions. The prevalence of MetS was high in patients with ASS, who also had serum resistin and low leptin levels. Moreover, ASS patients with MetS were older at disease onset, mirroring findings seen in other idiopathic inflammatory myopathies
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Relação entre sedentarismo, caminhada e outras modalidades de exercício físico em idosos / Association between sedentary lifestyle, walking and others modalities of physical exercise in elderlyAnderson Bernardino da Silva 03 August 2015 (has links)
O envelhecimento é um processo de mudanças progressivas que ocorre com o organismo, em que uma das consequências é o declínio na capacidade funcional. O exercício físico está entre os fatores que, além de outros efeitos, contribuem para manutenção ou aumento da capacidade funcional. Assim, é importante o conhecimento sobre a relação da prática de diferentes modalidades de exercício físico com a capacidade funcional e outros fatores associados à saúde em idosos. Objetivos: comparar a capacidade funcional, composição corporal, e pressão arterial de idosos sedentários, e idosos praticantes de diferentes modalidades de exercício físico. Método: Estudo transversal, desenvolvido na cidade de Bauru-SP, no qual participaram 90 idosos com idade entre 60 a 83 anos (66,98 ± 6,29), divididos nos seguintes grupos: G1 indivíduos sedentários (n=23); G2 indivíduos que realizam caminhada (n=21); G3 - grupo que pratica uma modalidade de exercício físico (unimodalidade, n=23), exceto caminhada; G4 - grupo que pratica duas ou mais modalidades de exercício físico (multimodalidade n=23). Foi mensurada a pressão arterial através de método auscultatório. Para avaliação da capacidade funcional foi utilizada a bateria de testes da AAHPERD, que compreende os testes de coordenação, flexibilidade, força, agilidade, e resistência aeróbia. Para avaliação da composição corporal foi utilizado o método de Absorptiometria de dupla energia de raio x (DXA) obtendo-se medidas de densidade (DMO) e conteúdo mineral ósseo (CMO), percentual de gordura corporal, e massa livre de gordura. Utilizou-se Análise de variância (ANOVA) para comparação entre os grupos. Diferenças significativas foram consideradas ao nível de p<0,05. Resultados: na coordenação, força, e resistência aeróbia, o grupo G4 obteve melhor desempenho que o grupo G1 e G3; na flexibilidade, o grupo G2 obteve melhor desempenho que o grupo G1, e na agilidade, os grupos G2 e G4 teve melhores desempenhos que o grupo G1 e G3. Por fim, no IAFG, o grupo G4 obteve maior pontuação, quando comparado aos grupos G1 e G3, e o grupo G2 teve maior pontuação que o grupo G1. Na pressão arterial diastólica, o grupo G1 obteve maior valor comparado ao grupo G3 e G4. Conclusão: os idosos que praticam multimodalidades de exercício físico foram os que possuíram maior capacidade funcional comparados a idosos sedentários e idosos que praticam modalidade única de exercício físico. Idosos praticantes de caminhada também tem melhor capacidade funcional que idosos sedentários. / Introduction: Aging is a process of progressive changes that occur with the body. As a consequence it can be observed a decline in functional capacity. However, it has been shown that physical exercise contribute to maintaining or increasing functional capacity. Due to the wide variety of practices which physical exercise can be performed, it is important to know about the relationship between practice of different exercise modalities, functional capacity and other factors associated with health in the elderly. Objectives: To compare the functional capacity, body composition, and blood pressure in elderly sedentary, and practitioners of different modalities of physical exercise. Method: Cross-sectional study, developed in Bauru-SP, which was attended by 90 older adults, aged 60-83 years (66.98 ± 6.29), divided into the following groups: G1 - sedentary (n = 23); G2 - individuals performing walk (n = 21); G3 individuals performing one modality, except walk (unimodal, n = 23) and ; G4 individuals performing two or more exercise modalities (multimodality, n = 23). Blood pressure was measured through auscultation method. To assess functional capacity it was used the AAHPERD battery tests, which evaluate the following capacities: coordination, flexibility, muscle strength, agility, and endurance. For assessment of body composition it was used the dual energy x-ray absorptiometry (DXA) method to obtain density measurements (BMD) bone mineral content (BMC), percentage of body fat, and fat-free mass. It was used the analysis of variance (ANOVA) for comparison between groups. Differences were considered significant by p<0.05. Results: coordination, strength, and endurance, had better results in G4 compared to G1 and G3; For flexibility, the G2 group performed better than the G1, and agility, G2 and G4 group performed better than the G1 and G3. Finally, in GFFI, the G4 group had highest score compared to G1 and G3 and G2 had higher scores than the G1. In diastolic blood pressure, the G1 group had higher value compared to the G3 and G4. Conclusion: older people who practice multimodalities exercises had greater functional capacity compared to sedentary and who practice unimodality. Elderly walkers also has better functional capacity than sedentary elderly.
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PRODUTO DA ACUMULAÇÃO LIPÍDICA NA DETECÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM MULHERES COM SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS / PRODUCT OF LIPID ACCUMULATION IN THE DETECTION OF RISK FACTORS FOR CARDIOVASCULAR DISEASE IN WOMEN WITH POLYCYSTIC OVARY SYNDROMENascimento, Joelma Ximenes Prado Teixeira 29 October 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-10-29 / FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E AO DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLÓGICO DO MARANHÃO / The polycystic ovary syndrome (PCOS) is considered the most common endocrine disease during the woman's reproductive life, with prevalence ranging from 5 to 10% of women of reproductive age and is characterized by chronic anovulation and hyperandrogenism, showing complex multifactorial pathogenesis. Objective: To determine the cutoff the lipid accumulation product in women with polycystic ovary syndrome. Methods: Cross-sectional study with 78 women between 18 and 42 years diagnosed with polycystic ovary syndrome according to the Rotterdam criteria directed to nutritional evaluation at the Maternal and Child Unit of the University Hospital UFMA. The interest variables were recorded in protocol form: socio-demographic, behavioral, gynecological history, personal and family history of diseases, anthropometric data (weight, height, body mass index and waist circumference), laboratory tests, imaging exams and blood pressure values. The product of lipid accumulation was calculated by the formula described by Kahn. Regarding the analysis of data normality of quantitative variables was analyzed by the Shapiro Wilk; to compare the means of the variables we used the t Student test. To check the correlation between the lipid product accumulation and cardiovascular risk markers was applied Linear Correlation coefficient (r) test. The lipid product accumulation was analyzed according to the Receiver Operating Characteristic Curve, being discriminated values of high sensitivity and specificity simultaneously. The significance level for all tests was 5%. Results: Using the Receiver Operating Characteristic curve to determine the best cutoff of predicted LAP index risk for cardiovascular disease, it was noted that the value above 39.32 cm.mmol/L representing the area under the 0.8845 of the curve. Every women who had lipid product accumulation product value above the cutoff defined also showed the highest changes in mean of risk markers analyzed of cardiovascular diseases, a statistically significant difference. Regarding the analysis of correlation between the product of lipid accumulation above the cutoff defined and risk markers for cardiovascular diseases, there was a significant correlation. Conclusion: These results demonstrate that cutoff values ≥ 39.32 cm.mmol/L of LAP index seems to indicate the increased risk for CVD and should be used as a screening tool and research for its ease of measurement and interpretation, as well as its low cost and may even have its applicability in primary health care. / A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é considerada a endocrinopatia mais comum durante a vida reprodutiva da mulher, com prevalência que varia entre 5 a 10% das mulheres em idade fértil sendo caracterizada por anovulação crônica e hiperandrogenismo, apresentando fisiopatogenia complexa de caráter multifatorial. Objetivo: Determinar o ponto de corte do produto da acumulação lipídica em mulheres com síndrome dos ovários policísticos. Metodologia: Estudo transversal realizado com 78 mulheres entre 18 e 42 anos atendidas no Hospital Universitário Unidade Materno-Infantil da Universidade Federal do Maranhão com o diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos de acordo com os critérios de Rotterdam. As variáveis de interesse foram registradas em ficha-protocolo com: dados sócio-demográficos, comportamentais, história ginecológica, antecedentes pessoais e familiares de patologias, dados antropométricos (peso, altura, índice de massa corporal e circunferência da cintura), exames laboratoriais, exame de imagem e valores de pressão arterial. O produto da acumulação lipídica foi calculado pela fórmula descrita por Kahn. Com relação à análise de dados a normalidade das variáveis quantitativas foi analisada pelo teste Shapiro Wilk, para comparação das médias das variáveis utilizou-se o Teste t de Student. Na verificação de Correlação entre o produto da acumulação lipídica e os marcadores de risco cardiovascular foi aplicado o teste de Correlação Linear de Pearson (r). O produto da acumulação lipídica foi submetido à análise segundo a Curva Receiver Operating Characteristic, sendo discriminados os valores de maior sensibilidade e especificidade, simultaneamente. O nível de significância para todos os testes foi de 5%. Resultados: Utilizando-se a Curva Receiver Operating Characteristic para determinar o melhor ponto de corte do produto da acumulação lipídica preditivo de risco para doença cardiovascular, notou-se que o valor acima de 39,32 cm.mmol/L, representou a área sob a curva de 0,8845. Todas as mulheres que apresentaram o valor do produto da acumulação lipídica acima do ponto de corte definido, também apresentaram as maiores alterações nas médias dos marcadores de risco de doença cardiovascular analisados, diferença estatisticamente significativa. No que concerne à análise de correlação entre o produto da acumulação lipídica acima do ponto de corte definido e os marcadores de risco para doenças cardiovasculares, houve uma correlação significativa. Conclusão: Estes resultados demonstram que valores de ponto de corte ≥ 39,32 cm.mmol/L do produto da acumulação lipídica parecem apontar risco aumentado à doença cardiovascular e pode ser utilizado como ferramenta de triagem e investigação pela sua facilidade de mensuração e interpretação, além do baixo custo, podendo ter, inclusive, sua aplicabilidade na atenção primária em saúde.
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Relação entre volume de substância branca cerebral e risco cardiovascular em idosos saudáveis: estudo de ressonância magnética usando morfometria baseada em voxel / Relationship between white matter volumes in the brain and cardiovascular risk in healthy elderlies: a magnetic resonance imaging study using voxel-based morphometryPedro Paim Santos 04 August 2016 (has links)
Os fatores de risco cardiovascular (FRCV) podem estar associados com pior funcionamento cognitivo em idosos e afetar a estrutura cerebral. Usando ressonância magnética (RM) e morfometria baseada em voxel (voxel-based morphometry; VBM), foram avaliados neste estudo volumes regionais de substância branca (SB) cerebral em uma amostra de base populacional de indivíduos saudáveis com idades entre 65-75 anos (n = 156). Usando o escore de risco de Framingham (ERF) como índice de risco cardiovascular, subdividimos a amostra total em três subgrupos de acordo com a gravidade de FRCV. Comparamos os volumes regionais cerebrais de SB entre estes grupos, e investigamos a relação entre volume de SB e desempenho cognitivo. Por fim, dada a possível influência de variações no gene que codifica a apoliproteína E (APOE) sobre cognição, anatomia cerebral e FRCV, avaliamos possíveis mudanças nos resultados das análises volumétricas cerebrais dependendo da presença do alelo APOE?4. No subgrupo de alto risco, detectamos clusteres com volume significativamente menor de SB na região pré-frontal direita dorsolateral juxtacortical em comparação com ambos os subgrupos de baixo e médio risco cardiovascular. Estes achados permaneceram os mesmos quando a análise estatística levou em conta a presença do alelo APOE?4 como covariável de confusão. O desempenho em tarefa cognitiva de controle inibitório foi inversamente correlacionado com o volume de SB pré-frontal direita, em proporção direta com o grau de risco cardiovascular. Redução significativa na SB parietal profunda também foi detectada bilateralmente no subgrupo de alto RCV em comparação com os outros dois subgrupos. Este é o primeiro estudo de VBM usando amostra grande de idosos a documentar a topografia de déficits volumétricos de SB associados com alto ERF em todo o cérebro. A associação significativa entre menor volume de SB e pior desempenho cognitivo em termos de resposta inibitória indica que as mudanças de volume de SB pré-frontal relacionadas com FRCV são clinicamente significativas, uma vez que o controle inibitório é uma operação cognitiva amplamente reconhecida por depender da integridade cortical pré-frontal / Cardiovascular risk factors (CVRF) may be associated with poor cognitive functioning in elderlies and affect brain structure. Using magnetic resonance imaging (MRI) and voxel-based morphometry (VBM), we assessed regional white matter (WM) volumes in a population-based sample of healthy individuals aged 65-75 years (n=156). Using the Framingham Risk Score (FRS) to assess the severity of CVRF, we subdivided the sample in three subgroups. We compared regional WM volumes in the brain between these subgroups, and investigated the relationship between WM volumes and cognitive performance. Also, given the possible influence of variations in the gene that code the apoliprotein E (APOE) on cognition, brain anatomy and CVRF, we evaluate changes in the results of our volumetric analysis depending on the presence of the APOE?4 allele. In the high-risk subgroup, we detected one cluster of significantly reduced WM volume in the right juxtacortical dorsolateral prefrontal region compared to both low- and intermediate-risk subgroups. This finding remained unchanged when the analysis was repeated taking into account the presence of the APOE?4 allele as a confounding covariate. Inhibitory control performance was negatively related to right prefrontal WM volume, in direct proportion to the degree of CVRF. Significantly reduced deep parietal WM was also detected bilaterally in the high-risk CVRF subgroup. This is the first large VBM study documenting the topography of WM volume deficits associated with high FRS across the whole brain. The significant association regarding poor response inhibition indicates that prefrontal WM volume changes related to CVR are clinically meaningful, since inhibitory control is a cognitive operation widely known to rely on prefrontal cortical integrity
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Impacto da terapia hormonal com baixa dose oral ou não oral sobre fatores de risco cardiovascular na menopausaCasanova, Gislaine Krolow January 2013 (has links)
Durante a transição menopausal e a pós-menopausa cerca de 75% das mulheres apresentam sintomas de hipoestrogenismo, tais como fogachos. O emprego de terapia hormonal (TH) para alívio dos sintomas da menopausa está bem estabelecido, mas seus efeitos cardiovasculares (CV) permanecem controversos. Dados de estudos recentes indicam a presença de duas populações distintas quanto aos efeitos CV da TH. Essa diferenciação estaria relacionada principalmente com a idade e o tempo de pós-menopausa. Evidências sugerem também que a presença de fatores de risco cardiovascular antes do início do TH, ou de uma associação de fatores de risco, podem ser determinantes dos efeitos CV do TH. Dose de medicação, via de administração e o tipo de progestogênio utilizado em associação com estrogênio para TH também vem sendo estudados como possíveis fatores relacionados ao impacto CV do TH. O presente trabalho é composto por: 1) Ensaio clínico randomizado, comparando os efeitos da via oral baixa dose e via não oral sobre variáveis relacionadas com risco CV em uma população de mulheres saudáveis na pósmenopausa recente; 2) Ensaio clínico randomizado, onde foram avaliados os efeitos da adição de progesterona natural micronizada ao estrogênio não oral durante TH em mulheres na pós-menopausa recente; e 3) Revisão sistemática e meta-análise, onde foram sistematicamente buscados todos os artigos com TH baixa dose que avaliassem os efeitos desta terapia sobre variáveis relacionadas com risco cardiovascular: peso, índice de massa corporal, pressão arterial, proteína C reativa e lipídios. Desenvolvemos ensaio clínico randomizado, cross-over, com objetivo de avaliar os efeitos de dois tipos de tratamento hormonal na menopausa: oral baixa dose, estradiol 1 mg e drospirenona 2 mg diário e não oral, estradiol 17 β gel 1.5 mg (ou nasal 300 mcg) diário e progesterona micronizada vaginal, 200 mg, 14 dias por mês, sobre peptídeo natriurético atrial, variáveis relacionadas com inflamação e função endotelial, perfil antropométrico e metabólico em mulheres na pós-menopausa recente e sem doença clínica evidente. 101 mulheres na pós-menopausa foram alocadas aleatoriamente para iniciar o TH por um dos dois grupos de tratamento: via oral baixa dose (n=50) ou via não oral (n=51). Todas as pacientes utilizaram ambos os TH de forma seqüencial. Após o primeiro período de 2 a 3 meses de TH a paciente passava para o segundo tratamento, sem período de washout. A avaliação laboratorial foi realizada antes e após cada um dos tratamentos. A amostra do estudo foi composta por mulheres com média etária de 51 ± 3 anos e tempo de amenorréia de 22 ± 10 meses. Oitenta e seis pacientes concluíram o estudo. Peso e índice de massa corporal não se modificaram, enquanto que a circunferência da cintura reduziu de forma similar em ambos os grupos de tratamento. Colesterol total e LDL-C reduziram após ambos os TH, e triglicerídeos reduziram somente após a TH não oral. Insulina e glicemia de jejum não se modificaram. Não foram observadas modificações nos níveis de fibrinogênio, fator von Willebrand (FvW) e proteína C reativa (PCR) após TH oral. Após TH não oral, observou-se redução significativa de fibrinogênio e FvW. Níveis de PCR não se modificaram. Houve redução do número de pacientes no maior tertil de PCR (alto risco CV) após TH não oral. Essas pacientes passaram a integrar os grupos de risco intermediário e baixo. Níveis de peptídeo natriurético atrial (PNA) mantiveram-se inalterados após os ambos os TH. Não houve modificações significativas na pressão arterial e esta não se correlacionou com valores de PNA. Realizamos análise adicional do TH não oral, quanto às diferenças entre a via nasal e a percutânea e quanto aos efeitos da adição de progesterona natural micronizada ao estrogênio. Não houve diferenças significativas para todas as variáveis estudadas entre a via nasal e a via percutânea. A adição de progesterona natural micronizada não modificou os efeitos metabólicos e CV do estrogênio não oral. Foi realizada busca sistemática de todos os artigos que incluíssem como TH estrogênio baixa dose e avaliassem os efeitos deste tratamento sobre as variáveis de interesse: peso, índice de massa corporal, pressão arterial, proteína C reativa e lipídeos. Foram consultadas as bases MEDLINE, Cochrane CENTRAL, EMBASE. Foram revisadas todas as referências dos artigos de interesse e revisões e metaanálises no assunto, em busca de artigos relevantes. Após exclusão dos artigos em duplicata, 8610 artigos foram revisados. Destes, 28 artigos foram selecionados para meta-análise. Desta análise foi possível concluir que pacientes em uso de TH baixa dose apresentaram em média menor peso corporal, colesterol total e LDL-C do que não usuárias. A TH baixa dose não apresentou efeitos deletérios sobre demais variáveis estudadas. Em conclusão, ambos os TH apresentaram efeitos neutros ou benéficos sobre variáveis relacionadas com risco CV em uma população de mulheres na pósmenopausa recente e sem evidência de doença CV. A adição de progesterona natural micronizada não modificou os efeitos do estrogênio não oral. Os resultados da metaanálise sobre TH baixa dose e variáveis relacionadas com risco CV também permitem concluir que a TH baixa dose não exerceu efeitos deletérios sobre lipídeos e pressão arterial, e foi observado um possível efeito benéfico deste tratamento sobre o peso corporal. / During the menopausal transition and postmenopause about 75% of women have symptoms of hypoestrogenism symptoms such as hot flushes. The use of hormone therapy (HT) for relief of menopausal symptoms is well established, but its cardiovascular effects (CV) remain controversial. Data from more recent studies suggest the presence of two distinct populations regarding the cardiovascular effects of HT. This differentiation is related mainly to age and time after menopause. Evidence also suggests that the presence of cardiovascular risk factors before the onset of HT, or a combination of risk factors may be determinants of CV effects of HT. Medication dose, route of administration and type of progestin used in combination with estrogen for HT has also been studied as possible factors related to the CV impact of HT. This work consists of: 1) Randomized clinical trial, comparing the effects of low dose oral and non-oral route of variables related to CV risk in a population of healthy women in early postmenopausal; 2) A randomized clinical trial, which we assessed the effects of the addition of natural micronized progesterone to non-oral estrogen for HT in women in early postmenopausal; and 3) systematic review and meta-analysis, which were systematically searched all items with low-dose HT to assess the effects of this therapy on variables related to cardiovascular risk: weight, body mass index, blood pressure, C-reactive protein and lipids. A cross-over, randomized clinical trial was designed in order to evaluate the effects of two types of HT: low dose oral treatment, estradiol oral 1 mg and drospirenone 2 mg, by day and non-oral treatment, estradiol 1.5 mg 17 β gel by percutaneous route (or nasal route 300 mcg) by day and vaginal micronized progesterone, 200 mg/d, 14 days by month on atrial natriuretic peptide, variables associated with inflammation and endothelial function, anthropometric and metabolic variables on early and healthy postmenopausal women. One hundred one women were randomly allocated to start with one of the treatments: low dose oral treatment (n=50) or non-oral treatment (n=51). At the end the first three months period, the patients were crossed over without washout for an additional three months. Laboratory evaluated were carried before and after oral and non-oral HT. The sample of the study included postmenopausal women with a mean age of 51 years and duration of amenorrhea of 22±10 months. Eighty-six patients completed the study. Weight and body mass index remained unchanged, while the waist circumference decreased similarly in both treatment groups. Total cholesterol and LDL-cholesterol reduced after both the HT and triglycerides reduced only after nonoral HT. Insulin and fasting glucose did not change. No changes were observed in the levels of fibrinogen, von Willebrand factor (vWF) and C-reactive protein (CRP) after oral HT. After non-oral HT, there was a significant reduction of fibrinogen and vWF. CRP levels did not change. There was a reduction in the number of patients in the highest tertile of CRP (high CV risk) after non-oral HT. These patients have joined the groups of intermediate and low risk. Levels of atrial natriuretic peptide, ANP, were unchanged after both HT. There were no significant changes on blood pressure and did not correlate with values of ANP. We performed additional analysis of nonoral HT, for the differences between nasal and percutaneous and about the effects of addition of natural micronized progesterone to estrogen. There were no significant differences for all the variables studied between the nasal and percutaneously. The addition of micronized natural progesterone did not modify the metabolic and CV effects of non-oral estrogen. Systematic search of all articles that include as TH low dose estrogen and evaluate the effects of this treatment on the variables of interest was taken: weight, body mass index, blood pressure, C-reactive protein and lipids. The MEDLINE, Cochrane CENTRAL, EMBASE databases were consulted. All references of interest and reviews and meta-analyzes on the subject, in search of relevant articles were reviewed. After removing duplicate articles, 8610 articles were reviewed. Of these, 28 articles were selected for meta-analysis. From this analysis it was concluded that patients using low-dose TH had on average lower body weight, total cholesterol and LDL-C than non-users. The TH low dose showed no deleterious effects on other variables. In conclusion, low-dose oral and non-oral treatments had neutral or beneficial effects on variables related to CV risk in a population of women in early post menopausal and without evidence of CV disease. The addition of micronized natural progesterone did not modify the effects of non-oral estrogen. The results of the metaanalysis of low dose and TH variables related CV risk also showed that the TH low dose did not exert deleterious effects on lipids and blood pressure, and a possible beneficial effect of this treatment on body weight was observed.
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Adiponectina modifica a resposta à suplementação de ômega-3 em humanos com fatores de risco cardiovascular / Adiponectin modifies the response to omega-3 suplementation in persons with cardiovascular risk factors.Milena Maria de Araújo Lima Barbosa 27 March 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: Ácidos graxos ômega-3 (-3) apresentam características cardioprotetoras e seu baixo consumo tem sido associado ao aumento da resistência insulínica e à baixa concentração de adiponectina no sangue. OBJETIVO: Testar se a suplementação com -3 melhora o perfil cardiometabólico em humanos com fator de risco cardiovascular e se a concentração basal de adiponectina modifica a resposta a essa suplementação. MÉTODOS: Neste ensaio clínico, duplo-cego, placebo-controlado e paralelo, distribuímos aleatoriamente 80 indivíduos nos grupos -3 (suplementado com 3,0 g/dia de óleo de peixe, contendo 37 por cento de ácido eicosapentaenoico [EPA] e 23 por cento de ácido docosahexaenoico [DHA]) e placebo (3,0 g/dia de óleo de girassol, contendo 65 por cento de ácido linoleico), ambos suplementados durante dois meses. Avaliamos concentração sérica de adiponectina e leptina, perfil lipídico e de apolipoproteínas, LDL eletronegativa, marcadores inflamatórios (interleucinas 2, 4, 6, 8 e 10, MCP1, IFN- e TNF-) e metabolismo glicídico (glicose e insulina), adotando nível de significância de 5 por cento . RESULTADOS: No momento basal, os grupos -3 e placebo foram semelhantes quanto ao sexo, idade (média de 52,0 anos), raça, estado civil, trabalho, escolaridade e renda. Após intervenção, o grupo -3 aumentou a concentração sérica de adiponectina. No geral, as citocinas apresentaram redução após intervenção em ambos os grupos; IL-10 foi a única cuja concentração média aumentou, no grupo -3, mas, sem diferença significativa entre os grupos. Ao estratificar os indivíduos do grupo -3 segundo concentração basal de adiponectina, aqueles com menores concentrações tiveram maior redução de colesterol total, LDL, LDL/HDL, LDL/Apo B e LDL(-). Indivíduos que apresentaram maior variação da concentração de adiponectina reduziram a glicemia. CONCLUSÕES: A suplementação com -3 melhora o perfil cardiometabólico e aumenta a concentração sérica de adiponectina em indivíduos com fatores de risco cardiovascular. Indivíduos com baixa concentração basal de adiponectina são mais beneficiados pela ingestão desses ácidos graxos. / BACKGROUND: Omega-3 fatty acids (-3) have shown cardioprotective characteristics and their low consumption has been associated with increased insulin resistance and low blood concentration of adiponectin. OBJECTIVE: To analyze if -3 supplementation improves cardiometabolic profile in humans with cardiovascular risk factor and if adiponectin concentration at baseline level modifies the response to this supplementation. METHODS: In this double-blind, placebo-controlled, clinical trial, we randomized 80 subjects into two groups: -3 (supplemented with 3.0g/day of fish oil containing 37 per cent eicosapentaenoic acid [EPA] and 23 per cent docosahexaenoic acid [DHA]) and placebo (3.0g/day of sunflower oil containing 65 per cent linoleic acid). Both groups received supplementation for two months. At baseline period and after eight weeks of intervention, we evaluated serum adiponectin and leptin, lipid profile and apolipoproteins, electronegative LDL, inflammatory markers (interleukin 2, 4, 6, 8 and 10, MCP1, IFN- and TNF-) and glucose metabolism (glucose and insulin). The significance level was set at p <0.05. RESULTS: At baseline period, -3 and placebo groups were similar regarding sex, age (mean age of 52.0 years), race, marital status, occupation, education and income. After supplementation, -3 group presented an increased serum adiponectin. In general, for both -3 and placebo groups, the concentration of cytokines decreased after intervention IL-10 was the only cytokine that increased the concentration; however, -3 group showed similar variations when compared to the placebo group. After -3 group were stratified by adiponectin concentration at baseline, we observed that individuals with lower adiponectin concentration had a higher reduction of total cholesterol, LDL, LDL/HDL, LDL/Apo B and LDL (-). Individuals who had a higher variation of adiponectin concentration presented reduced blood glucose. CONCLUSIONS: -3 supplementation improves cardiometabolic profile and increases serum adiponectin in people with cardiovascular risk factors. Individuals with low basal concentration of adiponectin are more benefited by the intake of these fatty acids.
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Avaliações farmacometabolômicas e de ancestralidade genética em pacientes hipertensos de um estudo clínico randomizado / Pharmacometabolomic and genetic ancestry evaluation in hypertensive patients from a randomized clinical trialCarolina Tosin Bueno 09 November 2018 (has links)
Introdução: Pacientes hipertensos resistentes (HR) são indivíduos com pressão arterial não controlada - apesar do tratamento com um diurético e dois anti-hipertensivos com mecanismos de ação diferentes em doses adequadas. Há duas áreas de interesse nesse contexto: a ancestralidade genética que, a princípio, poderia impactar em controles pressóricos, e a farmacometabolômica que, conceitualmente, é um conjunto de mudanças em concentrações de metabólitos - um novo campo que pode esclarecer mecanismos de variações de respostas farmacológicas. Assim, nossos principais objetivos foram: associar mensurações séricas de fármacos anti-hipertensivos e seus metabólitos às respostas farmacoterapêuticas em pacientes hipertensos e analisar a ancestralidade genética em pacientes hipertensos a fim de verificar uma possível associação com as respostas farmacoterapêuticas e a hipertensão resistente. Métodos: Foram utilizadas amostras de 1.597 pacientes, sendo 187 HR. A preparação e a análise da amostra foram realizadas usando uma coluna com nanotubos de carbono de acesso restrito (RACNTs) em um sistema de cromatografia líquida acoplada a espectrômetro de massa (UPLC-MS/MS), em modo column switching. A ancestralidade genética foi realizada usando um painel de 192 marcadores polimórficos; três referências foram usadas (europeia, ameríndia e africana). A raça foi determinada pela autodeclaração, segundo IBGE (branco, pardo, negro e outros). Resultados: O método foi totalmente validado de acordo com as diretrizes da Food and Drug Administration (FDA). O tempo de execução total para cada análise foi de 12,0 min - incluindo a preparação da amostra. Não foram encontradas diferenças significativas nas concentrações de cada analito de acordo com pacientes responsivos e não responsivos, possivelmente, por causa do número de amostra ainda baixo (n total de 171 amostras). As médias das mensurações no grupo dos respondedores foram: clonidina 1,308microg/L; amlodipina 44,044microg/L; enalapril 67,706microg/L; enalaprilato 44,144microg/L; losartana 202,622microg/L; ácido carboxílico de losartana 65,99microg/L, glicuronídeo N-2 de losartana 43,4microg/L e espironolactona 85,87microg/L. Para o grupo dos não respondedores, obtivemos: clonidina 1,4microg/L; amlodipina 78,89microg/L; enalapril 87,821microg/L; enalaprilato 78,878microg/L; losartana 148,026microg/L, ácido carboxílico de losartana 83,535microg/L, glicuronídeo N-2 de losartana 122,452microg/L e espironolactona 79,72microg/L. A raça autodeclarada foi associada aos componentes da ancestralidade genética desses pacientes (p<0,001). A ancestralidade genética, disponível para 1.503 pacientes, teve média geral de 0,53, para europeia; 0,11, para ameríndia; e 0,35, para africana. Não foram encontradas diferenças estatísticas nas médias de ancestralidade de acordo com os grupos respondedor ou HR. Conclusões: O método analítico foi validado e a ancestralidade genética foi realizada, ambos não associados à farmacoterapêutica e à hipertensão resistente / Background: Resistant hypertensive (RH) patients are individuals with uncontrolled blood pressure - despite treatment with one diuretic and two antihypertensives with different mechanisms of action in adequate doses. There are two areas of interest in this context: genetic ancestry that could initially impact on blood pressure controls, and pharmacometabolomics, which conceptually is a set of changes in metabolite concentrations - a new field that can clarify mechanisms of pharmacological response variation. Thus, our main objectives were: to associate serum measurements of antihypertensive drugs and their metabolites to the pharmacotherapeutic responses in hypertensive patients and to analyze genetic ancestry in hypertensive patients in order to verify a possible association with pharmacotherapeutic responses and resistant hypertension. Methods: Samples of 1,597 patients were used, being 187 RH. Sample preparation and analysis were performed using a column with restricted access carbon nanotubes (RACNTs) in a liquid chromatography coupled to mass spectrometer (UPLC-MS/MS) in column switching mode. Genetic ancestry was performed using a panel of 192 polymorphic markers; three references were used (European, Amerindian and African). The race was determined by self-declaration, according to IBGE (white, brown, black and others). Results: The method has been fully validated according to the guidelines of the Food and Drug Administration (FDA). The total run time for each analysis was 12.0 min including sample preparation. No significant differences were found in the concentrations of each analyte according to responsive and nonresponsive patients, possibly because of the still low number of samples (total n of 171 samples). The means of the measurements in the responders group were: clonidine 1.308microg/L; amlodipine 44.044microg/L; enalapril 67.706microg/L; enalaprilat 44.144microg/L; losartan 202.622microg/L; losartan carboxylic acid 65.99microg/L, N-2 glucuronide of losartan 43,4microg/L and spironolactone 85.87microg/L. For the group of non-responders, we obtained: clonidine 1.4 microg/L; amlodipine 78.89microg/L; enalapril 87.821microg/L; enalaprilat 78.878microg/L; losartana 148.026microg/L, losartan carboxylic acid 83.535microg/L, N-2 glucanide of losartan 122.452microg/L and spironolactone 79.72microg/L. Self-reported race was associated with the components of the genetic ancestry of these patients (p<0.001). Genetic ancestry, available for 1,503 patients, had an overall mean of 0.53 for European; 0.11 for Amerindian; and 0.35 for African. No statistical differences were found in the means of ancestry according to responder or RH groups. Conclusion: The analytical method was validated and genetic ancestry was performed, both unrelated to pharmacotherapeutic and resistant hypertension
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Avaliação dos preditores de risco cardiovascular no pós-transplante hepático: uma análise de 4 anos / Assessment of cardiovascular risk predictors after liver transplantation: a four-year analysisLinhares, Lívia Melo Carone 29 November 2017 (has links)
Objetivo: A doença cardiovascular é umas das principais causas de mortalidade tardia não relacionada ao fígado após o transplante hepático. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos a longo prazo do transplante hepático sobre o perfil metabólico e o sistema cardiovascular. Métodos: Trinta e seis receptores de fígado foram avaliados um ano após o transplante hepático para avaliar a prevalência da síndrome metabólica e outros preditores de doenças cardiovasculares. Foram coletados dados antropométricos, exames bioquímicos, biomarcadores de aterosclerose e calculado o escore de Framingham. Quatro anos após o transplante, essa avaliação foi repetida e todos os participantes foram submetidos a uma tomografia de coronárias para obtenção do escore de cálcio coronariano. Os dados obtidos foram comparados para estimar a progressão do risco cardiovascular. Resultados: A população era constituída na sua maioria por indivíduos do sexo masculino, de cor branca e transplantados por hepatite C. Observou-se um aumento estatisticamente significativo na circunferência abdominal e na prevalência de dislipidemia, obesidade e síndrome metabólica ao longo do tempo. Todos os biomarcadores de aterosclerose estudados apresentaram aumento importante dos seus níveis no quarto ano (p < 0,001) após o transplante. Quanto ao escore de cálcio, 25% dos pacientes apresentaram calcificação coronariana moderada a grave, conferindo maior risco de evento cardíaco. A mediana do escore de Framingham aumentou substancialmente do primeiro ao quarto ano (p=0,022), alterando a estratificação de baixo para alto risco. Isso se refletiu em um aumento significativo de eventos cardiovasculares após quatro anos de transplante hepático. Conclusões: A prevalência de síndrome metabólica e risco cardiovascular aumenta significativamente do primeiro ao quarto ano após transplante hepático. O escore de cálcio coronariano e os biomarcadores de aterosclerose podem melhorar a estratificação de risco e ajudar a prevenir a progressão de doenças cardiovasculares / Objective: Cardiovascular diseases are a major non-liver-related contributor to late mortality after liver transplantation. The aim of this study was to assess the long-term effects of liver transplantation on the metabolism and cardiovascular system. Methods: Thirty-six liver recipients were assessed one year after transplantation to evaluate the prevalence of metabolic syndrome and other predictors of cardiovascular diseases. The data collected included anthropometric features, biochemical test results, Framingham risk score and atherosclerosis biomarkers. This evaluation was repeated four years after transplantation, and a coronary artery calcium score was obtained from all participants. Data were compared to estimate cardiovascular risk progression. Results: The population consisted mostly of white male subjects who underwent transplantation for hepatitis C. Significant increases were observed in waist circumference and the prevalence of dyslipidemia, obesity and metabolic syndrome over time. All biomarkers of atherosclerosis studied showed increased levels at the fourth year (p < 0.001). Regarding the calcium score, 25% of patients had moderate to severe coronary artery calcification, conferring an enhanced risk of a cardiac event. The median Framingham risk score substantially increased from the first to fourth year (p=0.022), changing the stratification from low to high risk. This change was reflected in a significant increment of cardiovascular events four years after liver transplantation. Conclusions: The prevalence of metabolic syndrome and cardiovascular risk significantly increased from the first to fourth year after liver transplantation. Coronary artery calcium scores and atherosclerosis biomarkers may improve risk stratification and help prevent symptomatic cardiovascular disease
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Relação entre poluição do ar e internações de adultos por doenças cardiovasculares totais em São Paulo entre 2000 e 2013Bezerra, Yuri Charllub Pereira 30 January 2017 (has links)
Submitted by Rosina Valeria Lanzellotti Mattiussi Teixeira (rosina.teixeira@unisantos.br) on 2017-04-10T12:24:50Z
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Previous issue date: 2017-01-30 / This observational, ecological time series study aims to verify the relationship between adult hospitalizations for total cardiovascular diseases (CVDD) and air pollution stratified by sex in residents of the city of São Paulo from 2000 to 2013, observing their Structure of lag. Analyzes were stratified by age group and sex and included hospitalizations for Total Cardiovascular Diseases (ICD10: Chapter IX - I00-I99). The pollutant and meteorological data were provided by the Environmental Sanitation Technology Company of the State of São Paulo. The relationship between air pollutants and climatic factors in hospitalizations for Total Cardiovascular Diseases was analyzed by means of a polynomial distribution lag model for both temperature and air pollutants with a lag structure of up to 6 days after exhibition. Generalized linear models of Poisson regression were used, controlling for long-term seasonality, days of the week, and holidays. The following was calculated the increase in the number of hospitalizations for the interquartile difference of the pollutants significant in the regression model, as well as for the meteorological factors. For all hospital admissions for Total Cardiovascular Diseases, acute short-term effects were observed. The O3 was the only pollutant that did not have any relation to any of the analyzed results and NO2 had the greater effect, for an increase of interquartile 50.22 ¿g / m 3 of NO2, an increase of 13.09% (IC95 %: 4.74% - 21.45%), among the total admissions from 30 to 44 years. Stratifying the analysis by age group, a greater effect was found for hospitalizations from 45 to 60 years. Regarding gender, between the age group 30 and 44, the men stood out, and for the 45-60 age group, the women were more affected than the men. / Este estudo observacional, ecológico de series temporais tem por objetivo de verificar a relação entre internações de adultos por doenças cardiovasculares totais (DCVT) e poluição do ar estratificado por sexo, em residentes do município de São Paulo no período de 2000 a 2013, observando sua estrutura de defasagem. As analises foram estratificadas por faixa etária e sexo e incluíram internações por Doenças Cardiovasculares Totais (CID10: capítulo IX - I00-I99). Os dados de poluentes e meteorológicos foram fornecidos pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo. A relação entre poluentes do ar e fatores climáticos nas internações por Doenças Cardiovasculares Totais, foram analisadas por meio de um modelo de defasagem de distribuição polinomial tanto para a temperatura como para os poluentes do ar, com uma estrutura de defasagem de até 6 dias após a exposição. Foram utilizados modelos lineares generalizados de regressão de Poisson, controlando-se para sazonalidade de longa duração, dias da semana e feriados. A seguir foi calculado o aumento no número de internações para a diferença interquartil dos poluentes significativos no modelo de regressão, bem como para os fatores meteorológicos. Para todas as admissões hospitalares por Doenças Cardiovasculares Totais, foram observados efeitos agudos de curta duração. O O3 foi o único poluente que não teve relação a nenhum dos desfechos analisados e o NO2 foi o que teve o efeito maior, para um aumento de interquartil 50,22 µg/m³ de NO2, revelou um aumento de 13,09% (IC95%: 4,74% - 21,45%), entre as internações totais de 30 a 44 anos. Estratificando a análise por faixa etária, encontrou-se um maior efeito para as internações de 45 a 60 anos. No que diz respeito ao sexo, entre a faixa etária 30 a 44, sobressaíram os homens, e para a faixa etária de 45 a 60 anos, as mulheres foram mais afetadas que os homens.
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Determinantes genéticos de doença arterial coronária em uma amostra da população brasileira / Genetic determinants of coronary artery disease in a sample of the Brazilian populationMendes, Vytor Hugo Pereira 11 January 2016 (has links)
A importância da doença arterial coronariana (DAC) na sociedade \"moderna\" é atestada pelo grande número de pessoas afetadas por ela. Os dados da Organização Mundial de Saúde estimam que a doença isquêmica do coração será a segunda principal causa de morte em todo o mundo até 2030. Além disso, com o advento das ferramentas de predição de riscos e estudos de associação genômica ampla (GWAS, do inglês Genome-Wide Association Studies), vários estudos tem demonstrado o uso de escores genéticos de risco para predizer DAC, porém estes escores apresentam apenas uma discreta melhora em nossa capacidade de avaliação. O presente estudo desenvolveu um escore genético de risco (GRS, do inglês Genetic risk score) para DAC, utilizando polimorfismos previamente associados a DAC e/ou a fenótipos relacionados à doença. Mil, trezentos e quarenta e nove indivíduos, provenientes do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-BRASIL), foram genotipados para nosso estudo. Usando polimorfismos de nucleotídeo único (SNP, do inglês Single Nucleotide Polymorphisms) obtidos a partir da base de dados online de GWAS avaliamos a associação de cada polimorfismo escolhido com os fatores de risco para doença cardiovascular. Os indivíduos foram submetidos à determinação do escore de cálcio (EC) coronário e um EC > 100 foi usado como desfecho. Modelos Zero-inflacionados foram utilizados para a construção do escore de risco genético (GRS). Escore de risco de Framingham para DAC em 10 anos (FRS, do inglês Framingham Risk Score) foi calculado de acordo com o descrito por Wilson e D\'Agostino. Nosso GRS foi composto de 47 variantes genéticas, ajustado por sexo e idade, associadas com DAC ou outros fenótipos da doença coronária ou fatores de risco. O GRS mostrou precisão significativamente melhor do que o Escore de Risco de Framingham para predizer o risco de CHD (AUC, 0,90; IC 95%: 0,88-0,93; P < 0,01). Também foram criados outros dois escores: o primeiro, um modelo com apenas a idade e sexo; o segundo, apenas utilizando a informação genética. Comparamos o modelo Idade+Sexo com o GRS e FRS por meio de curva ROC e avaliamos o desempenho dos modelos em comparação com FRS. Análises do NRI e IDI foram realizadas para avaliar a reclassificação do GRS e do modelo Idade+Sexo em relação ao FRS, que é o atualmente utilizado para a estratificação de indivíduos da população geral. O escore apenas com os SNPs foi utilizado para comparar sua adição a um modelo com fatores de risco. Por fim, analisamos a associação entre o GRS, fatores de risco e CAC usando modelos lineares generalizados. Em suma, criamos um GRS composto por 47 SNPs associado com doença coronariana ou fatores de risco cardiovascular que apresentou bons resultados na predição de risco para DAC. O GRS melhorou a reclassificação de risco para doença arterial coronariana, e melhorou significativamente a discriminação entre os indivíduos afetados e não afetados / Importance of coronary artery disease (CAD) in \"modern\" society is attested by the large increase of people affected by it. Data from the World Health Organization estimated that ischemic heart disease is the second leading cause of death worldwide by 2030. Futhermore, with the advent of predictive risk tools and genome-wide association studies, several studies have demonstrated the use of genetic risk scores (GRS) for predicting CAD, but these scores shows a slight improvement in the assessment. This study built a genetic risk score for CAD, using polymorphisms previously associated with CAD and phenotypes related to disease. One thousand, Three hundred forty-nine individuals, from the Brazilian Longitudinal Study of Adults Health (in Portuguese, Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto-BRASIL), were genotyped for our study. Using single nucleotide polymorphisms (SNPs) obtained from the online database of GWAS evaluated the association of each polymorphism chosen with risk factors for cardiovascular disease. Individuals underwent determination of calcium artery coronary score (CACS) and CAC > 100 was used as the end-point. Zero inflated models were used for the construction of GRS. Framingham Risk Score (FRS) for CHD in 10 years was calculated as described by Wilson and D\'Agostino. In addition, our GRS consists of 47 genetic variants, adjusted for sex and age, associated with CHD or other phenotypes of coronary heart disease or risk factors. GRS showed significantly better accuracy than the Framingham Risk Score to predict the risk of CAD (AUC, 0.90; 95% CI: 0.88 0.93; P < 0.01). Also other two scores were created: first, a model with only age and sex; second, only the genetic information. We compare the Age+Sex model with the GRS and FRS through ROC curve and evaluate the performance of models compared with FRS. NRI and IDI analysis were performed to evaluate the reclassification of GRS and Age + Sex model in relation to the FRS model. The score only the SNPs was used to compare their addition to a model with risk factors. Finally, we analyzed the association between the GRS, risk factors and CAC using generalized linear models. In short, we create a GRS composed of 47 SNPs associated with coronary heart disease or cardiovascular risk factors that showed good results in risk prediction for CAD. GRS improved reclassification of risk for coronary artery disease, and significantly improves the discrimination between affected and unaffected individuals
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