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Função sexual e qualidade de vida de participantes, com e sem dor crônica musculoesquelética, engajados em programas de reabilitação cardiopulmonar e metabólica com ênfase no exercício físico / Sexual function and quality of life from participants, with and without musculoskeletal pain, included in cardiac rehabilitation programs

Wittkopf, Priscilla Geraldine 31 July 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-06T17:06:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Priscilla Wittkopf.pdf: 897793 bytes, checksum: 501a6e00893af10d20e88c33a9e205b8 (MD5) Previous issue date: 2013-07-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Background: Participants in cardiopulmonary and metabolic rehabilitation programs may have comorbidities and musculoskeletal pain due to aging and the sharing of risk factors. These, act as stressors that negatively influence the quality of life and sexual function. Objective: To assess sexual function and quality of life of participants of cardiopulmonary and metabolic rehabilitation program with and without chronic musculoskeletal pain. Method: We interviewed 100 participants from two cardiopulmonary and metabolic rehabilitation programs. The instruments used were: musculoskeletal system assessment, the chronic pain grade scale to research in the fields of pain: intensity, frequency and disability, the Brazilian version of the quality of life questionnaire SF-36, the International Index of Erectile Function and Female Sexual Function Index - FSFI. Results: 47% of participants reported feeling some musculoskeletal pain, and they had higher Body mass index (BMI) (Md = 30.17, M = 30.19) and a higher prevalence in women (79.2%). The ROC curve showed a cutoff of BMI > 28.04 kg /m². The sites most affected by pain were: lumbar (29.8%), knees (23.4%) and shoulder (10.6%). 30% of participants were limited by pain and 18% reported pain worsened or triggered by exercise, with the largest concentration of complaints in the lower limbs. No associations were observed between active sex life and the presence of musculoskeletal pain, and no difference was found in male sexual function comparing participants with and without pain. 41.7% of participants with pain had erectile dysfunction. Participants with pain had lower scores for physical functioning, role emotional and mental health evaluated with the quality of life questionnaire. There was a positive correlation between overall sexual satisfaction and erectile function with functional capacity related to quality of life. Conclusion: We observed the presence of pain in approximately half of the participants, some of them being limited by it. Furthermore, participants with musculoskeletal pain had worse quality of life scores. Stresses the importance of assessing sexual function, quality of life and musculoskeletal conditions for participants of cardiopulmonary and metabolic rehabilitation programs at both the beginning and progress of treatment, especially in those with a BMI greater than 28.04 kg / m². / Fundamentação: Participantes de programas de reabilitação cardiopulmonar e metabólica podem apresentar comorbidades e dor musculoesquelética em função do envelhecimento e do compartilhamento de fatores de risco. Estes atuam como agentes estressantes que influenciam negativamente a qualidade de vida e a função sexual. Objetivo: avaliar a função sexual e a qualidade de vida de participantes de programas de reabilitação cardiopulmonar e metabólica com e sem dor crônica musculoesquelética. Método: Foram entrevistados 100 participantes de dois programas de reabilitação cardiopulmonar e metabólica. Os instrumentos utilizados foram: Inventário de Avaliação do Sistema Locomotor, Escala Graduada de Dor Crônica para investigação dos domínios da dor: intensidade, incapacidade e frequência, versão brasileira do questionário de qualidade de vida SF-36, Índice Internacional de Função Erétil e Female Sexual Function Índex FSFI. Resultados: 47% dos participantes referiu sentir alguma dor musculoesquelética, sendo que eles apresentaram maior IMC (Md= 30,17, M=30,19) e maior prevalência nas mulheres (79,2%). A curva ROC indicou ponto de corte de IMC > 28,04Kg/m². Os locais mais acometidos pela dor em repouso foram: a lombar (29,8%), os joelhos (23,4%) e os ombros (10,6%). 30% dos participantes eram limitados pela dor e 18% referiram dor piorada ou desencadeada pelo exercício físico, sendo a maior concentração de queixas nos membros inferiores. Não foram observadas associações entre vida sexual ativa e presença de dor musculoesquelética, assim como não foi constatada diferença na função sexual masculina quando comparados os participantes com e sem dor. 41,7% dos participantes com dor apresentou disfunção erétil. Os participantes com dor apresentaram menores escores nos domínios capacidade funcional, aspectos emocionais e saúde mental do questionário de qualidade de vida. Verificou-se correlação positiva entre satisfação sexual geral e função erétil com capacidade funcional relacionada à qualidade de vida. Conclusão: Foi observado presença de dor em aproximadamente metade dos participantes, sendo parte deles limitados por ela. Além disso, participantes com dor musculoesquelética apresentaram piores escores de qualidade de vida. Salienta-se a importância de avaliar função sexual, qualidade de vida e condições musculoesqueléticas de participantes de programas de reabilitação cardiopulmonar e metabólica tanto no início quanto na evolução do tratamento, principalmente naqueles com IMC superior a 28,04 Kg/m².
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Redução de peso na prevenção primária de acidente vascular cerebral / Weight reduction for primary prevention of stroke cerebral

Cintia Chaves Curioni 22 October 2007 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Como as doenças cardiovasculares (DCV) constituem a principal causa de morte na maioria dos países e as tendências de mortalidade não se apresentam totalmente elucidadas nos países em desenvolvimento, torna-se adequado explorar a evolução da mortalidade das DCV, dando ênfase ao acidente vascular cerebral (AVC) no Brasil. Devido à prevalência de AVC e também devido à associação causal entre sobrepeso ou obesidade e AVC não ser clara, é importante avaliar o efeito da perda de peso na prevenção primária de AVC. Baseado no fato do rimonabant ser a primeira droga de uma nova classe de medicamentos promissora não apenas na redução de peso, mas por sua influência sobre os fatores de risco cardiovascular, torna-se pertinente estabelecer sua eficácia e segurança. Inicialmente, para traçar um panorama sobre a epidemiologia das DCV no Brasil, com ênfase em AVC, foram realizados dois estudos com as tendências temporais de mortalidade por DCV ao longo das três últimas décadas, investigando as diferenças entre as regiões do país e entre indivíduos de diversas faixas etárias e de ambos os sexos, (artigo I e II). Além disso, duas revisões sistemáticas foram realizadas: uma para avaliar o efeito da perda de peso na prevenção primária de AVC; a segunda para investigar o uso do medicamento rimonabant no tratamento da obesidade (artigo III e IV). As taxas de mortalidade de AVC diminuíram substancialmente nas últimas três décadas, de 68,2 a 40,9 por 100 000 habitantes. Essa redução foi detectada em ambos os sexos de todas as faixas etárias, e nas diferentes regiões do país, sendo mais acentuadas nas regiões mais ricas (artigo I). A mesma tendência foi observada nas demais DCV, que em geral apresentaram uma redução anual média de 3,9%. As maiores reduções foram encontradas para AVC (média de 4,0% ao ano) seguido por doença coronariana (média de 3,6% ao ano) (artigo II). Não existem estudos avaliando o efeito da redução de peso na prevenção primária de AVC (artigo III). Houve um efeito doseresposta com o uso do rimonabant: comparado com placebo, 20 mg da droga produziu uma redução de peso maior (4,9 kg) em 4 ensaios clínicos com duração de 1 ano. Foram observadas melhoras nos marcadores de risco cardiovascular. Porém 5 mg comparado com placebo mostrou apenas uma redução de 1,3 kg a mais do peso. A maior dose também provocou maiores efeitos adversos. Perdas no seguimento foram de aproximadamente 40% (artigo IV). Durante as últimas décadas, a mortalidade por DCV em geral e AVC diminiu consistentemente no Brasil, porém a magnitude do declínio variou de acordo com as diferenças socioeconômicas. Amplas intervenções poderiam ter mais êxito se planejadas de acordo com as desigualdades sociais e diferenças culturais. Os achados apontam para a necessidade da realização de ensaios clínicos randomizados controlados avaliando a perda de peso na prevenção primária do AVC, devido à alta relevância dessa condição. Como intervenções não são totamente eficazes no tratamento da obesidade, a prevenção, englobando um conjunto articulado de ações, permanece a forma mais eficiente de controlá-la. O medicamento rimonabant apresentou modesta perda de peso, porém os resultados obtidos devem ser interpretados com cautela de acordo com as deficiências na qualidade metodológica apresentadas por todos os estudos. São necessárias pesquisas de alta qualidade para avaliar a eficácia e a segurança do rimonabant em períodos mais longos. / Cardiovascular diseases (DCV) are the leading cause of death in the world. Although mortality rates declined gradually in developed countries, the scenario is less clear in developing countries. We describe the trends in cardiovascular mortality in Brazil foccusing on stroke. Given the prevalence of stroke and the enormous health and economic cost of the disease, and the causal association between overweight or obesity and stroke is unclear, it is important to evaluate the effect of the weight loss in the primary prevention of stroke. Due to the fact that rimonabant is the first drug of a new class promising not only for weight reduction but also for the reduction of cardiovascular risk factors, it is important to establish its possible efficacy and safety. Firstly, to better understand current epidemiological aspects of CVD in Brazil, focusing on stroke, two studies were carried out evaluating the secular trends of CVD mortality along the last three decades and possible differences according to social and regional disparities, gender and age distribution (articles I and II). Two systematic revisions were carried out: one evaluating the effect of weight loss in the primary prevention of stroke and the other investigating the use of rimonabant in the treatment of obesity (articles III and IV). Stroke mortality rates decreased consistently in the last 3 decades, from 68.2 to 40.9 per 100 000 habitants. The reduction was detected in men and women and in all age strata being evident in all geopolitical regions of the Country, with the wealthiest regions exhibiting more marked reductions (article I). The same trend was observed for all CVD, with a mean annual reduction of 3.9%. The largest average decline found was for stroke (mean of 4.0% per year) followed by coronary disease (mean of 3.6% per year) (article II). There are no studies evaluating the effect of the weight reduction in the primary prevention of stroke (article III). The results concerning the drug rimonabant showed a dose-response effect: compared with placebo, 20 mg produced a greater weight loss (4.9 kg) in 4 clinical trials with 1 year of follow-up. Improvements in cardiomatabolic risk factors were also seen. However, 5 mg only led to a slightly increased weight reduction (1.3 kg more than placebo). Rimonabant 20 mg caused significantly more adverse effects. Attrition rates were approximately 40% (article IV). CVD and stroke consistently decreased in Brazil during the last decades. The reduction is in apparent relationship with indices of increasing social development. Broad interventions may be more succesful if planed according to social inequality and cultural differences. The findings point to the need of randomized controlled clinical trials specifically addressing the effects of weight loss in the primary prevention of stroke, due to the great importance of this condition. As interventions are not totally effective in the treatment of the obesity, prevention remains the most valuable tool to control its harmful effects. Rimonabant could produce modest weight loss. Some caution with the observerd results should be take account since the studies presented some deficiencies in the methodological quality. More methodologically rigorous studies that are powered to examine efficacy and safety are required.
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Relação entre biomarcadores inflamatórios e espessamento da intima-média carotídea em crianças obesas pré-púberes / Relationship between inflammatory biomarkers and thickening of the carotid intima media in prepubertal obese children

Fernanda Mussi Gazolla 07 December 2012 (has links)
A exposição precoce a fatores de risco cardiovascular gera estado inflamatório crônico, podendo causar dano da função endotelial, seguido de espessamento da íntima-média carotídea. O objetivo desta pesquisa foi estudar a espessura íntima-média carotídea e seu comportamento em relação aos fatores e biomarcadores de risco cardiovascular em crianças com excesso de peso pré-púberes. Realizou-se estudo transversal com 80 obesos, 18 com sobrepeso e 31 eutróficos do Ambulatório de Pediatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Avaliou-se, através de comparação de médias, medianas e frequências, o comportamento dos fatores de risco e da espessura íntima-média carotídea entre os sexos; entre obesos, com sobrepeso e eutróficos; entre resistentes e não resistentes à insulina. Avaliou-se, através de análise de regressão logística bivariada e multivariada, associação entre os fatores de risco e espessamento de íntima-média carotídea. Houve diferença estatisticamente significativa das médias e medianas de escore Z de índice de massa corpórea (p-valor=0,02), pressão arterial sistólica (p-valor=0,04) e adiponectina (p-valor=0,02) entre sexos; de circunferência da cintura (p-valor=0,0001), pressão arterial sistólica (p-valor=0,0001), diastólica (p-valor=0,001), homeostaticmodelacessment for insulinresitance (p-valor=0,0001), colesterol total (p-valor=0,02), HDL (p-valor=0,01), LDL (p-valor=0,03), triglicerídeos (p-valor=0,01), proteína C reativa (p-valor=0,0001), interleucina 6 (p-valor=0,02), leptina (p-valor=0,0001), espessura da íntima-média carotídea esquerda (p-valor=0,03) entre obesos, com sobrepeso e eutróficos; de escore Z de índice de massa corpórea (p-valor=0,0009), circunferência da cintura (p-valor=0,0001), pressão arterial sistólica (p-valor=0,0001), diastólica (p-valor=0,0006), colesterol total (p-valor=0,0004), triglicerídeos (p-valor=0,0002), leptina (p-valor=0,004) entre resistentes e não resistentes à insulina. Na regressão logística bivariada, escore Z de índice de massa corpórea, circunferência da cintura e pressão arterial sistólica associaram-se positivamente (p-valor<0,05) com o espessamento das carótidas direita, esquerda e com média dos valores de ambas. Na regressão logística multivariada, escore Z de índice de massa corpórea (p-valor=0,02) e pressão arterial sistólica (p-valor=0,04), associaram-se positivamente com íntima-média carotídea espessada à esquerda; níveis tensionais sistólicos (p-valor=0,01) se associaram com a média dos valores da íntima média carotídea de ambos os lados.Os achados mostram nas crianças pré-púberes com excesso de peso: que os fatores e biomarcadores de risco cardiovascular já se encontram presentes; influência de escore Z de índice de massa corpórea e níveis tensionais sistólicos sobre espessura íntima-média carotídea. A prevenção de aterosclerose deve iniciar precocemente, identificando-se e controlando-se fatores de risco cardiovascular. O pediatra deve procurar promover saúde cardiovascular da criança, prevenindo e/ou controlando obesidade, orientado prática regular de exercícios físicos e hábitos alimentares saudáveis. / Early exposure to cardiovascular risk factors creates a chronic inflammatory state that could damage the endothelium followed by thickening of the carotid intima media. The goal of this project was to study the carotid intima media thickness and its relationship to factors and biomarkers of cardiovascular risk in prepubertal children with excess weight. Eightyobese, 18 overweightand 31 normal weightchildrenfromthe Ambulatório de Pediatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro participated in thestudy. Mean, median and frequencies of cardiovascular risk factors and carotid intima media thickness were compared between genders, obese, overweight and normal weight children and between children with insulin resistance and without insulin resistance. The association between cardiovascular risk factors and carotid intima media thickness was investigated using bivariate (or binary) and multivariate logistic regression. There was a statistically significant difference between the mean and median body mass index Z-score (p= 0.02), arterial blood pressure (p=0.04) e adiponectin (p=0.02) between genders. When comparing obese, overweight and normal weight children there were statistically significant differences in the abdominal circumference (p=0.0001), arterial systolic blood pressure (p=0.0001), diastolic blood pressure (p=0.001), homeostatic model assessment for insulin resistance (p =0.0001), total cholesterol (p=0.02), HDL cholesterol (p=0.01), LDL cholesterol (p=0.03), triglycerides (p=0.01), C reactive protein (p=0.0001), interleukin 6 (p=0.02), leptin (p=0.0001) and carotid intima media thickness. When comparing insulin resistant and non resistant children there were statistically significant differences between body mass index (p =0.0009), abdominal circumference (p =0.0001), systolic arterial blood pressure (p =0.0001), diastolic arterial blood pressure (p =0.0006), total cholesterol (p =0.0004), triglycerides (p=0.0002), and leptin (p =0.004). Using bivariate logistic regression there was a positive association (p<0.05) between body mass index Z score, abdominal circumference and systolic arterial pressure and right, left and mean intima media thickness. Using multivariate logistic regression there was a positive association between left carotid intima media thickness and body mass index Z score (p=0.02) and systolic arterial pressure (p=0.04) and systolic blood pressure and the mean intima media thickness (p=0.01). These results demonstrate that prepubertal children with excess weight already have factors associated with and biomarkers of cardiovascular risk and the influence of the score Z of the body mass index and systolic arterial blood pressure on the carotid intima media thickness. The prevention of arteriosclerosis must start early, with the identification and the control of cardiovascular risk factors. The pediatrician should encourage the cardiovascular health of children, preventing and/or controlling obesity, orienting the need for regular practice of physical exercises and healthy eating habits.
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Perfil nutricional, metabólico e risco cardiovascular em pacientes pós-transplante hepático

Alves, Bruna Cherubini January 2016 (has links)
No pós-transplante hepático (pós-TxHep), complicações da doença cardiovascular (CV) têm sido cada vez mais prevalentes e aparecem entre as principais causas de morte nessa população. Sabe-se que alterações metabólicas e nutricionais podem estar associadas ao aumento de risco CV. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o risco CV e suas associações com o estado nutricional, ingestão alimentar e o perfil metabólico em pacientes pós-TxHep. Este estudo transversal incluiu pacientes adultos pós-TxHep. Pacientes transplantados há menos de 1 ano e com histórico de insuficiência hepática fulminante, perda de enxerto hepático ou insuficiência renal crônica pós-TxHep não foram incluídos. Os pacientes passaram por avaliação clínica, nutricional e laboratorial. A avaliação nutricional compreendeu a ingestão alimentar, através de Registro Alimentar de três dias, antropometria e dinamometria. A medida da espessura da camada íntima-média carotídea (EIMC) foi avaliada por ultrassonografia Doppler e considerada alterada quando maior que 1 milímetro. Foram avaliados 69 pacientes transplantados há 2,8 (1,4 - 6,3) anos, sendo a maioria do sexo masculino (61%). Encontrou-se alta prevalência de desnutrição e sarcopenia, apresentada por 45% dos pacientes com área muscular do braço abaixo do percentil 15, e 71% com força do aperto de mão abaixo do percentil 30. Em contraste, 72% dos pacientes estavam com excesso de peso e 35% apresentaram Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 30 kg/m2. Pacientes com EIMC alterada (54%) apresentaram maior LDL colesterol (P = 0,01), maior proporção de proteína-C reativa ultrassensível (PCR-us) maior que 1mg/L (P = 0.02) e maior ingestão de ácidos graxos saturados e trans (P = 0.01). Em conclusão, este estudo mostrou alta prevalência de EIMC alterada em uma amostra de pacientes pós-TxHep com sobrepeso e sarcopenia, associada a níveis mais elevados de LDL colesterol, PCR-us maior que 1mg/L e maior ingestão de ácidos graxos saturados e trans. Este estudo reforça que é necessário fornecer medidas preventivas, incluindo a melhoria da qualidade dietética, para todos os pacientes pós-transplante hepático, a fim de minimizar o risco CV. / In post-liver transplantation (post-LT), complications of cardiovascular (CV) disease have been increasingly prevalent and have become one of the main causes of death in this population. It is known that metabolic and nutritional imbalance may be associated with increased CV risk. Thus, the aim of this study was to evaluate CV risk and its associations with nutritional status, food intake and metabolic profile in post-LT patients. This cross-sectional study included adult post-LT patients, who underwent clinical, nutritional and laboratory evaluation. Patients who have undergone LT for less than 1 year, and with history of fulminant hepatic failure, loss of liver graft or chronic renal failure after LT were not included. The nutritional evaluation included food intake, through a three-day Food Record, anthropometry and dynamometry. The carotid intima-media thickness (CIMT) was assessed by Doppler ultrasonography and considered abnormal when greater than 1 millimeter. A total of 69 patients transplanted 2.8 (1.4 - 6.3) years ago were evaluated, being the majority male (61%). There was a high prevalence of malnutrition and sarcopenia, presented by 45% of patients with arm muscle area below the 15th percentile, and 71% with handgrip strength below the 30th percentile. In contrast, 72% of the patients were overweight and 35% had Body Mass Index greater than 30 kg/m2. Patients with altered CIMT (54%) had higher LDL cholesterol (P = 0.01), higher proportion of high-sensitive C-reactive protein (hs-CRP) greater than 1mg/L (P = 0.02) and higher intake of saturated and trans fatty acids (P = 0.01). In conclusion, this study showed a high prevalence of abnormal CIMT in a sample of post-LT patients with overweight and sarcopenia, associated with higher levels of LDL cholesterol, hs-CRP greater than 1mg/L, and higher intake of saturated and trans fatty acids. This study reinforces that it is necessary to provide preventive measures, including improvement of dietary quality, for all patients after liver transplantation, in order to minimize CV risk.
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Impacto da terapia hormonal com baixa dose oral ou não oral sobre fatores de risco cardiovascular na menopausa

Casanova, Gislaine Krolow January 2013 (has links)
Durante a transição menopausal e a pós-menopausa cerca de 75% das mulheres apresentam sintomas de hipoestrogenismo, tais como fogachos. O emprego de terapia hormonal (TH) para alívio dos sintomas da menopausa está bem estabelecido, mas seus efeitos cardiovasculares (CV) permanecem controversos. Dados de estudos recentes indicam a presença de duas populações distintas quanto aos efeitos CV da TH. Essa diferenciação estaria relacionada principalmente com a idade e o tempo de pós-menopausa. Evidências sugerem também que a presença de fatores de risco cardiovascular antes do início do TH, ou de uma associação de fatores de risco, podem ser determinantes dos efeitos CV do TH. Dose de medicação, via de administração e o tipo de progestogênio utilizado em associação com estrogênio para TH também vem sendo estudados como possíveis fatores relacionados ao impacto CV do TH. O presente trabalho é composto por: 1) Ensaio clínico randomizado, comparando os efeitos da via oral baixa dose e via não oral sobre variáveis relacionadas com risco CV em uma população de mulheres saudáveis na pósmenopausa recente; 2) Ensaio clínico randomizado, onde foram avaliados os efeitos da adição de progesterona natural micronizada ao estrogênio não oral durante TH em mulheres na pós-menopausa recente; e 3) Revisão sistemática e meta-análise, onde foram sistematicamente buscados todos os artigos com TH baixa dose que avaliassem os efeitos desta terapia sobre variáveis relacionadas com risco cardiovascular: peso, índice de massa corporal, pressão arterial, proteína C reativa e lipídios. Desenvolvemos ensaio clínico randomizado, cross-over, com objetivo de avaliar os efeitos de dois tipos de tratamento hormonal na menopausa: oral baixa dose, estradiol 1 mg e drospirenona 2 mg diário e não oral, estradiol 17 β gel 1.5 mg (ou nasal 300 mcg) diário e progesterona micronizada vaginal, 200 mg, 14 dias por mês, sobre peptídeo natriurético atrial, variáveis relacionadas com inflamação e função endotelial, perfil antropométrico e metabólico em mulheres na pós-menopausa recente e sem doença clínica evidente. 101 mulheres na pós-menopausa foram alocadas aleatoriamente para iniciar o TH por um dos dois grupos de tratamento: via oral baixa dose (n=50) ou via não oral (n=51). Todas as pacientes utilizaram ambos os TH de forma seqüencial. Após o primeiro período de 2 a 3 meses de TH a paciente passava para o segundo tratamento, sem período de washout. A avaliação laboratorial foi realizada antes e após cada um dos tratamentos. A amostra do estudo foi composta por mulheres com média etária de 51 ± 3 anos e tempo de amenorréia de 22 ± 10 meses. Oitenta e seis pacientes concluíram o estudo. Peso e índice de massa corporal não se modificaram, enquanto que a circunferência da cintura reduziu de forma similar em ambos os grupos de tratamento. Colesterol total e LDL-C reduziram após ambos os TH, e triglicerídeos reduziram somente após a TH não oral. Insulina e glicemia de jejum não se modificaram. Não foram observadas modificações nos níveis de fibrinogênio, fator von Willebrand (FvW) e proteína C reativa (PCR) após TH oral. Após TH não oral, observou-se redução significativa de fibrinogênio e FvW. Níveis de PCR não se modificaram. Houve redução do número de pacientes no maior tertil de PCR (alto risco CV) após TH não oral. Essas pacientes passaram a integrar os grupos de risco intermediário e baixo. Níveis de peptídeo natriurético atrial (PNA) mantiveram-se inalterados após os ambos os TH. Não houve modificações significativas na pressão arterial e esta não se correlacionou com valores de PNA. Realizamos análise adicional do TH não oral, quanto às diferenças entre a via nasal e a percutânea e quanto aos efeitos da adição de progesterona natural micronizada ao estrogênio. Não houve diferenças significativas para todas as variáveis estudadas entre a via nasal e a via percutânea. A adição de progesterona natural micronizada não modificou os efeitos metabólicos e CV do estrogênio não oral. Foi realizada busca sistemática de todos os artigos que incluíssem como TH estrogênio baixa dose e avaliassem os efeitos deste tratamento sobre as variáveis de interesse: peso, índice de massa corporal, pressão arterial, proteína C reativa e lipídeos. Foram consultadas as bases MEDLINE, Cochrane CENTRAL, EMBASE. Foram revisadas todas as referências dos artigos de interesse e revisões e metaanálises no assunto, em busca de artigos relevantes. Após exclusão dos artigos em duplicata, 8610 artigos foram revisados. Destes, 28 artigos foram selecionados para meta-análise. Desta análise foi possível concluir que pacientes em uso de TH baixa dose apresentaram em média menor peso corporal, colesterol total e LDL-C do que não usuárias. A TH baixa dose não apresentou efeitos deletérios sobre demais variáveis estudadas. Em conclusão, ambos os TH apresentaram efeitos neutros ou benéficos sobre variáveis relacionadas com risco CV em uma população de mulheres na pósmenopausa recente e sem evidência de doença CV. A adição de progesterona natural micronizada não modificou os efeitos do estrogênio não oral. Os resultados da metaanálise sobre TH baixa dose e variáveis relacionadas com risco CV também permitem concluir que a TH baixa dose não exerceu efeitos deletérios sobre lipídeos e pressão arterial, e foi observado um possível efeito benéfico deste tratamento sobre o peso corporal. / During the menopausal transition and postmenopause about 75% of women have symptoms of hypoestrogenism symptoms such as hot flushes. The use of hormone therapy (HT) for relief of menopausal symptoms is well established, but its cardiovascular effects (CV) remain controversial. Data from more recent studies suggest the presence of two distinct populations regarding the cardiovascular effects of HT. This differentiation is related mainly to age and time after menopause. Evidence also suggests that the presence of cardiovascular risk factors before the onset of HT, or a combination of risk factors may be determinants of CV effects of HT. Medication dose, route of administration and type of progestin used in combination with estrogen for HT has also been studied as possible factors related to the CV impact of HT. This work consists of: 1) Randomized clinical trial, comparing the effects of low dose oral and non-oral route of variables related to CV risk in a population of healthy women in early postmenopausal; 2) A randomized clinical trial, which we assessed the effects of the addition of natural micronized progesterone to non-oral estrogen for HT in women in early postmenopausal; and 3) systematic review and meta-analysis, which were systematically searched all items with low-dose HT to assess the effects of this therapy on variables related to cardiovascular risk: weight, body mass index, blood pressure, C-reactive protein and lipids. A cross-over, randomized clinical trial was designed in order to evaluate the effects of two types of HT: low dose oral treatment, estradiol oral 1 mg and drospirenone 2 mg, by day and non-oral treatment, estradiol 1.5 mg 17 β gel by percutaneous route (or nasal route 300 mcg) by day and vaginal micronized progesterone, 200 mg/d, 14 days by month on atrial natriuretic peptide, variables associated with inflammation and endothelial function, anthropometric and metabolic variables on early and healthy postmenopausal women. One hundred one women were randomly allocated to start with one of the treatments: low dose oral treatment (n=50) or non-oral treatment (n=51). At the end the first three months period, the patients were crossed over without washout for an additional three months. Laboratory evaluated were carried before and after oral and non-oral HT. The sample of the study included postmenopausal women with a mean age of 51 years and duration of amenorrhea of 22±10 months. Eighty-six patients completed the study. Weight and body mass index remained unchanged, while the waist circumference decreased similarly in both treatment groups. Total cholesterol and LDL-cholesterol reduced after both the HT and triglycerides reduced only after nonoral HT. Insulin and fasting glucose did not change. No changes were observed in the levels of fibrinogen, von Willebrand factor (vWF) and C-reactive protein (CRP) after oral HT. After non-oral HT, there was a significant reduction of fibrinogen and vWF. CRP levels did not change. There was a reduction in the number of patients in the highest tertile of CRP (high CV risk) after non-oral HT. These patients have joined the groups of intermediate and low risk. Levels of atrial natriuretic peptide, ANP, were unchanged after both HT. There were no significant changes on blood pressure and did not correlate with values of ANP. We performed additional analysis of nonoral HT, for the differences between nasal and percutaneous and about the effects of addition of natural micronized progesterone to estrogen. There were no significant differences for all the variables studied between the nasal and percutaneously. The addition of micronized natural progesterone did not modify the metabolic and CV effects of non-oral estrogen. Systematic search of all articles that include as TH low dose estrogen and evaluate the effects of this treatment on the variables of interest was taken: weight, body mass index, blood pressure, C-reactive protein and lipids. The MEDLINE, Cochrane CENTRAL, EMBASE databases were consulted. All references of interest and reviews and meta-analyzes on the subject, in search of relevant articles were reviewed. After removing duplicate articles, 8610 articles were reviewed. Of these, 28 articles were selected for meta-analysis. From this analysis it was concluded that patients using low-dose TH had on average lower body weight, total cholesterol and LDL-C than non-users. The TH low dose showed no deleterious effects on other variables. In conclusion, low-dose oral and non-oral treatments had neutral or beneficial effects on variables related to CV risk in a population of women in early post menopausal and without evidence of CV disease. The addition of micronized natural progesterone did not modify the effects of non-oral estrogen. The results of the metaanalysis of low dose and TH variables related CV risk also showed that the TH low dose did not exert deleterious effects on lipids and blood pressure, and a possible beneficial effect of this treatment on body weight was observed.
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Escore de cálcio coronariano, índice tornozelobraquial e proteína C reativa em tabagistas pesados com doença pulmonar obstrutiva crônica e com espirometria normal

Ferreira, Maria Angelica Pires January 2014 (has links)
INTRODUÇÃO. Estudos de qualidade variável mostram maior prevalência de doença cardiovascular e de marcadores de aterosclerose em tabagistas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) em relação a tabagistas sem a doença. OBJETIVOS. Verificar se escore de cálcio coronariano (ECC) elevado e anormalidade do índice tornozelo-braquial (ITB) são mais prevalentes em tabagistas pesados com DPOC do que sem DPOC, e se proteína C reativa sérica (PCR) e volume expiratório forçado no primeiro segundo em relação ao previsto (VEF1%) se correlacionam com ECC e ITB em tabagistas com e sem DPOC. POPULAÇÃO E MÉTODOS. Foram incluídos indivíduos consecutivos com carga tabágica @ 20 maços-ano. Os pacientes foram divididos em grupo 1 (com DPOC) e grupo 2 (assintomáticos respiratorios com espirometria normal). Coletaram-se dados clínicos, laboratoriais e antropométricos e determinados ECC, ITB e PCR sérica. Comparouse a prevalência de ECC acima do percentil 75 e de ITB anormal entre os grupos, e verificou-se a correlação entre PCR, ECC e ITB e entre VEF1%, ECC e ITB. / BACKGROUND. Studies of various quality levels show higher prevalence of cardiovascular disease and atherosclerosis markers in smokers with chronic obstructive pulmonary disease (COPD) compared to smokers without the disease. OBJECTIVES. The aims of this study were, firstly, to verify whether an elevated coronary calcium score (CCS) and abnormal ankle-brachial index (ABI) are more prevalent in heavy smokers with COPD than in those without COPD, and secondly, to investigate whether serum C-reactive protein (CRP) and predicted forced expiratory volume in the first second (FEV1%) are correlated with CCS and ABI in smokers with and without COPD. METHODS. We included clinically stable consecutive individuals with smoking history of @ 20 pack-years and COPD (group 1) or normal spirometry (group 2). Clinical, laboratory and anthropometric data were collected and CCS, ABI and serum CRP were measured. We compared the prevalence of CCS above the 75th percentile and the rates of abnormal ABI in both groups. Additionally, the correlation between CRP, CCS and ABI and FEV1%, CCS, and ABI was determined.
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Terapia hormonal : efeitos sobre marcadores de risco para doença cardiovascular em mulheres pós-menopáusicas com diabete melito tipo 2

Lago, Suzana Cardona January 2005 (has links)
O climatério afeta significativamente a vida de milhares de mulheres ao redor do mundo. A evolução do conhecimento em relação à segurança das opções medicamentosas utilizadas para manejo de seus sintomas se faz essencial no atual momento. A terapia hormonal usando estrógeno e progestágeno (TEP) tem sido amplamente prescrita para o manejo dos sintomas climatéricos. O uso da TEP foi recomendado no passado também com o objetivo de prevenção de doença cardiovascular. Porém, ensaios clínicos randomizados recentes falharam em comprovar os benefícios cardiovasculares do regime de TEP mais comumente utilizado (EEC 0.625mg + AMP 2.5mg /dia), tendo também sugerido que este regime está associado a significativo aumento de risco cardiovascular. A doença cardiovascular é a principal causa de mortalidade em países ditos desenvolvidos e em desenvolvimento, como o Brasil. Atualmente, mulheres brasileiras com faixa etária entre 50-59 anos apresentam taxa de mortalidade por DCV de 36%, aumentando este percentual gradativamente nas décadas que se seguem (60-69 anos = 40%, ≥70 anos = 46%). A população de mulheres pós-menopáusicas com Diabete Melito Tipo 2 (DM2) também vem crescendo significativamente em todo o mundo. O Brasil é um dos 10 países do mundo que apresentará o maior número de pessoas com diagnóstico de DM em 2025. A maioria desta população será de mulheres, moradoras de áreas urbanas, com idade entre 45-64 anos. Desta forma, mulheres pós-menopáusicas com DM2 representam um percentual significativo da população, e sabidamente apresentam risco cardiovascular aumentado. Além de ser um grupo de alto risco cardiovascular, estas mulheres freqüentemente necessitam manejo medicamentoso dos sintomas climatéricos. Este estudo visa revisar a literatura existente sobre o uso de TEP em mulheres pósmenopáusicas com DM2, analisando o impacto das diversas combinações sobre marcadores de risco de doença cardiovascular clássicos e não-clássicos. / The menopause has significant impact on thousands of women worldwide. The safety of pharmacological options in the management of menopause symptoms is an essential area of research and development. The hormonal therapy by means of estrogen and progestogen (EPT) has been widely prescribed to manage menopausal symptoms. The use of EPT had been also recommended in the past to prevent cardiovascular disease. However, recent large-scale randomized clinical trials have not only shown no cardiovascular benefit, but also have demonstrated that it is associated with significant increase in cardiovascular risk, at least with the most used regimen (CEE 0.625mg+MPA 2.5mg/day). Cardiovascular diseases (CVD) are the leading cause of death in developed world and in developing countries such as Brazil. Brazilian women, who are currently in the 50-59 age range, are expected to have a CVD mortality rate of 36%, with gradual increase in risk in the following decades (60-69 years-old = 40%, ≥ 70 years-old = 46%). The postmenopausal diabetic women population has also grown significantly worldwide. Brazil is one of the 10 countries in the world that will have the largest population of diabetics by 2025. The majority of this population will be female, living in urban areas and between 45 and 64 years-old. Therefore, post-menopausal diabetic women will represent a significant percentage of people, who knowingly have increased cardiovascular risk, these women frequently need medical management of their menopause symptoms. The aim of this study is to review the existing literature on EPT in post-menopausal diabetic women, analyzing the impact of several regimens over classic and non-classic CVD risk factors.
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Redução do escore de risco de Framingham dos pais por meio de um programa de educação em saúde para os filhos em escola pública / Reduction of the Framingham risk score of the parents through a health education program for children in public schools

Cristiano José Mendes Pinto 06 June 2018 (has links)
O controle das doenças cardiovasculares depende da adoção de hábitos de vida saudáveis e redução dos fatores de risco. Esforços têm sido feitos para normatizar os pilares da prevenção das doenças cardiovasculares em adultos e crianças, contudo, as estratégias de trabalho nesta área ainda não estão consolidadas e exigem novos estudos, especialmente entre crianças e pais de escolas públicas, com o perfil socioeconômico da população brasileira. O objetivo geral deste estudo foi avaliar se a implantação de uma intervenção pedagógica multidisciplinar para educação em saúde cardiovascular em escolas públicas, visando incorporar conceitos de prevenção primária para DCV entre estudantes de 6 a 10 anos de idade, pode contribuir para a diminuição do escore de risco de Framingham (ERF) dos seus respectivos pais e mães, no período de um ano. Trata-se de um estudo de intervenção, com duração de um ano, realizado em duas escolas públicas de ensino fundamental na cidade de Campo Limpo Paulista, estado de São Paulo. Na escola do grupo controle, o acompanhamento dos sujeitos utilizou uma abordagem preventiva tradicional por meio de folhetos informativos, com orientações para cuidados com a saúde e diminuição do risco cardiovascular, que eram enviados aos pais na agenda escolar das crianças. No grupo intervenção, além dos folhetos informativos, durante o ano letivo, as crianças desta escola foram submetidas a uma intervenção sobre educação em saúde cardiovascular, com atividades semanais visando incorporar conceitos de prevenção primária da aterosclerose. A coleta de dados foi realizada em dois momentos da pesquisa: antes de iniciar a intervenção - em fevereiro de 2012 e após a conclusão do programa de intervenção, em dezembro do mesmo ano. Ao final do estudo, a amostra totalizou 418 pais e mães, sendo 216 no grupo controle e 202 no grupo intervenção. No grupo controle, ao final de pesquisa, somente a glicose apresentou melhora significante (p=0,003), e os fatores de risco com piora significante foram: IMC (p=0,012), triglicérides(p=0,003), HDL-colesterol (p < 0,001) e ERF (p=0,001). No grupo intervenção, houve melhora significante (p < 0,001) em três fatores de risco: pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica e glicose. Os fatores de risco com piora estatisticamente significante foram o LDL-colesterol (p=0,008) e o HDL-colesterol (p < 0,001). A análise dos sujeitos com ERF alto ou intermediário, ou seja, com maior risco cardiovascular, revelou redução significativa no grupo intervenção (p=0,031): no início da pesquisa havia 27 pais e mães nessa classificação e ao final do estudo somente 21. No grupo controle, este número era igual a 15 no início e igual a 20 no final, uma variação que não foi estatisticamente significante. Pode-se constatar que o programa de educação em saúde cardiovascular, entre estudantes de 6 a 10 anos de idade em escola pública, contribuiu para a diminuição do risco cardiovascular dos pais e mães do grupo intervenção / Controlling cardiovascular diseases depends on the adoption of healthy life habits and the reduction of risk factors. Efforts have been made to standardize the pillars of cardiovascular heart disease (CHD) prevention in adults and children; however, work strategies in this area are not yet consolidated. Therefore, new studies are necessary, particularly among public school children and their parents, that include the socioeconomic profile of the Brazilian population. The general objective of this study was to evaluate whether the implementation of a multidisciplinary pedagogical intervention for cardiovascular health education in public schools that aimed to incorporate concepts of primary CHD prevention among students aged 6 to 10 years can contribute to decreasing the Framingham cardiovascular risk (FCR) of their respective fathers and mothers within one year. This one-year intervention study was conducted at two public elementary schools in the city of Campo Limpo Paulista, state of São Paulo. At the control group school, a traditional preventive approach was used that included information leaflets with guidelines regarding health care and the reduction of cardiovascular risk. These leaflets were sent to parents in the children\'s school. In the intervention group, in addition to the information leaflets, during the school year, the children of this school underwent an intervention of cardiovascular health education, with weekly activities aimed at incorporating the concepts of primary prevention of atherosclerosis. The data collection was performed at two main points during the study: before starting the intervention, in February of 2012, and after the conclusion of the intervention program, in December of the same year. At the end of the study, 418 fathers and mothers comprised the sample, with 216 in the control group and 202 in the intervention group. At the end of the study, the control group showed a significant improvement only in glucose levels (p = 0.003), whereas the following risk factors worsened significantly: BMI (p = 0.012), triglycerides (p = 0.003), HDL-cholesterol (p < 0.001) and FCR (p = 0.001). The intervention group showed a significant improvement (p < 0.001) in three risk factors: systolic blood pressure, diastolic blood pressure and glucose levels. The risk factors that worsened significantly were LDL-cholesterol (p = 0.008) and HDL-cholesterol (p < 0.001). The analysis of subjects with high or intermediate FRS, that is, with a higher cardiovascular risk, showed a significant reduction in the intervention group (p = 0.031): at the beginning of the study, there were 27 fathers and mothers in this classification, whereas only 21 remained at the end of the study. In the control group, there were 15 parents with a high or intermediate FRS at the beginning of the study and 20 at the end; this change was not statistically significant. In conclusion, the cardiovascular health education program conducted among students aged 6 to 10 years in a public school contributed to the reduction of cardiovascular risk in the parents and mothers of the intervention group
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Síndrome metabólica e aterosclerose subclínica em adolescentes: Uma avaliação dos critérios diagnósticos

Oliveira, Renata Cardoso 23 March 2016 (has links)
Submitted by Jean Medeiros (jeanletras@uepb.edu.br) on 2017-04-05T11:39:39Z No. of bitstreams: 1 PDF - Renata Cardoso Oliveira.pdf: 19968885 bytes, checksum: 15af104392b53c8bad1ec441601ddd44 (MD5) / Approved for entry into archive by Secta BC (secta.csu.bc@uepb.edu.br) on 2017-07-20T12:18:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PDF - Renata Cardoso Oliveira.pdf: 19968885 bytes, checksum: 15af104392b53c8bad1ec441601ddd44 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-20T12:18:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PDF - Renata Cardoso Oliveira.pdf: 19968885 bytes, checksum: 15af104392b53c8bad1ec441601ddd44 (MD5) Previous issue date: 2016-03-23 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Introduction: epidemiological evidence show strong links of the metabolic syndrome with subclinical atherosclerosis. Objective: to identify the best diagnosis of metabolic syndrome criteria to detect thickening of the intima-media complex of the carotid in adolescents. Methods: cross-sectional study with a quantitative approach, developed in 512 adolescents from public schools aged between 15 and 19 years between September 2012 and June 2013. For diagnosis of metabolic syndrome were used two criteria of the International Diabetes Federation and the NationalCholesterolEducationProgram / AdultTreatmentPanel III adapted by Cook. It was considered marked thickening of the average complex carotid intimal, when the value was equal to or greater than + 2Z. To evaluate the association between the criteria of the metabolic syndrome and thickening of the intimal average carotid complex we used the chi-square test was also evaluated the positive and negative preditivio value of each criterion to detect thickening. To verify the agreement of the two diagnostic criteria was used the Kappa test. We used SPSS version 22.0 and 95% confidence interval. Results: metabolic syndrome and systolic blood pressure changes identified by NationalCholesterolEducationProgram / AdultTreatment PanelIII adapted by COOK was associated with thickening of the intima-media complex-carotid (p = 0.020, p = 0.030, respectively). Metabolic syndrome was diagnosed by two criteria in 19.2% (<0.001) with low agreement, kappa of 0.28. The diagnostic criteria that had the highest positive predictive value was NationalCholesterolEducationProgram / AdultTreatmentPanel III adapted by COOK 15%. Conclusion: the NationalCholesterolEducationProgram / AdultTreatmentPanel III adapted by COOK was the criterion that was associated with the presence of thickening of the intima-media complex of the carotid. / Introdução: evidências epidemiológicas apresentam fortes ligações da síndrome metabólica com a aterosclerose subclínica. Objetivo: identificar o melhor critério diagnóstico de síndrome metabólica para detecção do espessamento do complexo médio-intimal da carótida em adolescentes. Metodologia: estudo transversal, com abordagem quantitativa, desenvolvido em 512 adolescentes de escolas públicas com idade entre 15 e 19 anos no período de setembro de 2012 e junho de 2013. Para diagnóstico da síndrome metabólica foram utilizados dois critérios o do International Diabetes Federation e o NationalCholesterolEducationProgram/AdultTreatmentPanel III adaptado por COOK. Foi considerado espessamento acentuado do complexo médio intimal da carótida, quando o valor foi igual ou maior que + 2Z. Para avaliar a associação entre os critérios da síndrome metabólica e o espessamento do complexo médio intimal da carótida foi utilizado o teste do qui-quadrado, foi avaliado também o valor preditivio positivo e negativo de cada critério para detecção do espessamento. Para verificar a concordância dos dois critérios diagnósticos foi utilizado o teste de Kappa. Utilizou-se o SPSS versão 22.0 e intervalo de confiança de 95%. Resultados: a síndrome metabólica e a pressão arterial sistólica alterada identificada pelo NationalCholesterolEducationProgram/AdultTreatment PanelIII adaptado por COOK teve associação com o espessamento do complexo- médio-intimal da carótida (p= 0,020 , p= 0,030, respectivamente). A síndrome metabólica foi diagnosticada pelos dois critérios em 19,2% (<0,001) com baixa concordância, kappa de 0,28. O critério diagnóstico que apresentou maior valor preditivo positivo foi o NationalCholesterolEducationProgram/AdultTreatmentPanel III adaptado por COOK 15%. Conclusão: o NationalCholesterolEducationProgram/AdultTreatmentPanel III adaptado por COOK foi o critério que teve associação com a presença do espessamento do complexo médio-intimal da carótida.
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Validação do questionário de angina da OMS na sua versão curta utilizando como padrão ouro o teste de esforço e o ecocardiograma sob estresse farmacológico / Validation of the angina questionnaire of the oms on the short version using as gold standard the exercise treadmill test and the pharmacological stress echocardiography

Maria do Socorro Castelo Branco de Oliveira Bastos 06 August 2010 (has links)
OBJETIVO: Avaliar a validade da versão curta do questionário de angina da OMS/Rose em português, em adultos de 40 a 74 anos, moradores do Butantã, área de referência do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, Brasil usando como padrão-ouro o teste ergométrico e o ecocardiograma sob estresse farmacológico. Analisar ainda se a associação do questionário de dispnéia da American Thoracic Society ao questionário de angina da OMS/Rose altera a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e negativo (VPN), a razão de verossimilhança positiva (RVP) e negativa (RVN). MÉTODOS: A versão curta do questionário de angina, traduzida e adaptada para o português, consiste das três primeiras perguntas que caracterizam dor no peito aos esforços e foi aplicada a 116 pessoas classificadas como de baixo e alto risco, de acordo com o escore de Framingham, utilizando como padrão-ouro o teste ergométrico Em um subgrupo de 74 participantes foi utilizado o ecocardiograma sob estresse farmacológico como padrão-ouro. Foram calculados a sensibilidade, especificidade, acurácia, VPP, VPN, RVP, RVN.. O PRIME-MD foi usado para diagnóstico de ansiedade e depressão. Utilizou-se o questionário de dispnéia da American Thoracic Society (ATS) traduzido RESULTADOS: A frequência de angina foi de 8,7%, similar a outros estudos e, de isquemia 4,8% semelhante à população geral do município de São Paulo. Dentre 126 participantes, 116 pessoas apresentaram um teste de esforço conclusivo, sendo 44 do grupo de alto risco, escore de Framingham médio 9,3 (2,5) com idade média 53,6 (7,0) anos, mais altos quando comparados aos 72 do grupo de baixo risco com escore de 3,3 (3,0) (p=0,000) e idade 49,2 (7,3) anos (p=0,002). No grupo de baixo risco ocorreu a maioria dos casos de isquemia. Dos 126 participantes, 88 foram submetidos ao ecocardiograma sob estresse e ele foi conclusivo em 74, 29 pessoas no grupo de alto risco apresentaram um escore médio de Framingham de 9.4 (2.7) e 45 do grupo de baixo risco com escore de 3.4 (3.4) (p=0.000).O questionário de angina comparado ao teste ergométrico apresentou sensibilidade de 25,0%, especificidade de 92,0%, acurácia de 89,7%, VPP de 10,0%, VPN de 97,2%, RVP de 3,1 e RVN de 0,82. Não houve nenhum caso de isquemia ao ecocardiograma sob estresse associado ao questionário de angina positivo. A freqüência de ansiedade foi 18,3% e de depressão 13,5% mas, houve associação entre presença de depressão ou ansiedade definida pelo questionário com presença de angina avaliada pelo questionário de angina da OMS/Rose (p=0,076). Nenhum participante com dispnéia apresentou sinais de isquemia aos exames. CONCLUSÃO: A versão curta do questionário de angina traduzida para o português tem parâmetros de qualidade de teste similar aos encontrados em outros estudos em amostras maiores, ou seja, baixa sensibilidade e alta especificidade, e sua utilização depende dos objetivos do estudo. Os transtornos mentais estudados se associaram com a positividade ao questionário de angina. Dispnéia não foi um sintoma equivalente de isquemia miocárdica na amostra estudada / OBJECTIVE: To assess the validity of the short version of the WHO/Rose angina questionnaire in Portuguese, applied to adults aged 40-74 years, living at Butantã, reference area of the Hospital Universitário - Universidade de São Paulo, in Brazil using exercise treadmill test and pharmacological stress echocardiography as gold standard. To analyze if the association of the American Thoracic Society (ATS) dyspnea questionnaire to the WHO/Rose angina questionnaire modifies de sensitivity, specificity, accuracy, positive (PPV) and negative (NPV) predictive values, positive (PLR) and negative (NLR) likelihood ratios. METHODS: The short version of the angina questionnaire adapted and translated into Portuguese has three first questions to characterize exertional chest pain. It was applied to 116 individuals classified into low- and high-risks groups according to the Framingham score, using the exercise treadmill test as the gold standard. Pharmacological stress echocardiography was used as the gold standard in a group of 74 participants. Sensibility, specificity, accuracy, PPV, NPV, PLR and NLR were calculated. The PRIME-MD was used to diagnose anxiety and depression. The translated version of the dyspnea questionnaire of the American Thoracic Society (ATS) was also employed. RESULTS: The frequency of angina was 8.7%, similar to that found in other studies, and of 4.8% for ischemia, which is similar to the general population of the city of Sao Paulo. Among 126 participants, 116 individuals had a conclusive exercise treadmill test; 44 subjects in the high-risk group had a mean Framingham score of 9.3 (2.5) and mean age of 53.6 (7.0) years these figures are higher as compared to 72 individuals of the low-risk group, with a score of 3.3 (3.0) (p=0.000) and mean age of 49.2 (7.3) years (p=0.002). Most cases of ischemia were in the low-risk group. Out of 126 participants, 88 were submitted to the stress echocardiography and it was conclusive in 74, 29 subjects in the high-risk group had a mean Framingham score of 9.4 (2.7) and 45 of the low-risk group had a score of 3.4 (3.4) (p=0.000). The angina questionnaire was compared to the exercise treadmill test and presented sensibility of 25.0%, specificity of 92.0%, accuracy of 89.7%, PPV of 10.0%, NPV of 97.2%, PLR of 3.1 and NLR of 0.82. There was no case of ischemia on stress echocardiography associated to a positive angina questionnaire. The frequency of anxiety was 18.3% and of depression was 13.5%, there was association among presence of the depression and anxiety as questionnaire defined with angina presence the assessed by the OMS/Rose angina questionnaire (p=0.076). No participant with dyspnea presented signs of ischemia on exams. CONCLUSION: The short version of the angina questionnaire translated into Portuguese has quality parameters of test that are similar to those of other studies with larger samples, that is, low sensibility and high specificity and its utilization depends on the study objectives. The mental disorders assessed were associated with positive angina questionnaire. Dyspnea was not a myocardial ischemia equivalent symptom in studied sample

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