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A geografia escolar tem tudo pra ser e não é. Por quê?Reis, Sabrina Guimarães January 2015 (has links)
A presente dissertação, inicialmente, realiza uma análise sobre o porquê da Geografia, ainda hoje, ser vista por tantos alunos da Educação Básica (da Rede Pública de Ensino do Rio de Janeiro) como uma disciplina tediosa e desligada de suas vidas cotidianas. O primeiro momento de nossa pesquisa deixou claro que o descontentamento dos estudantes se dá principalmente pelo fato de não conseguirem encontrar na Geografia escolar uma utilidade prática para o seu dia a dia. Percebemos que muitas das características presentes no ensino de Geografia, que aqui denominaremos de permanências, fazem a disciplina continuar sendo vista como “uma descrição desinteressada do mundo”, como afirmava Lacoste em 1976. Diante dessa Geografia escolar que não satisfaz alunos e nem professores nos colocamos a examinar as dificuldades dos professores da Rede Estadual do Rio de Janeiro em relação à superação das permanências presentes no ensino de Geografia. Para isso, além da consulta de bibliografia pertinente ao tema fomos a campo em dois momentos. O primeiro deles para a observação de aula e o segundo para realização de entrevista com professores da Rede Estadual do Rio de Janeiro. A realização do campo trouxe vários elementos que nos ajudaram a compreender o que limita a prática docente à aulas ainda tão calcadas no método Tradicional de ensino, onde se destacam a memorização, a abstração e fragmentação dos conteúdos, as aulas pouco politizadas e o “cuspe giz” como a principal metodologia de ensino. A pesquisa de campo apresentou a questão estrutural como um dos fatores determinantes da prática docente, onde as condições de trabalho do professor, a infraestrutura escolar e o modelo de escola pública que temos delimitam o tempo e energia que serão empregados tanto no planejamento quanto na execução das aulas. / La presente disertación, inicialmente, realiza un análisis sobre el porqué de la Geografía, aun hoy en día, es vista por tantos estudiantes de Educación Básica (de la Red Pública de Educación de Río de Janeiro) como una disciplina aburrida y fuera de su vida cotidiana. El primer momento de nuestra investigación dejó claro que el descontento de los estudiantes se debe principalmente al hecho de no conseguir encontrar en la Geografía escolar una utilidad práctica para su vida diaria. Percibimos que muchas de las características presentes en la enseñanza de la Geografía, que aquí denominaremos Permanencias, hacer que la disciplina siga siendo vista como "una descripción desinteresada del mundo", como lo afirma Lacoste en 1976. Frente a esta Geografía escolar que no satisface a los estudiantes ni los profesores, examinamos las dificultades de los docentes de la Red Estatal de Río de Janeiro en relación a la superación de las Permanencias presentes en la enseñanza de la Geografía. Para ello, además de la literatura pertinente al tema, fuimos a campo en dos momentos. El primero de ellos para la observación de la clase y el segundo para realizar entrevistas a los profesores de la Red Estatal de Río de Janeiro. Ir a campo trajo varios elementos que nos ayudaron a comprender lo que limita la práctica docente a clases aun tan calcadas del método tradicional de enseñanza. Donde se destaca la memoria, la abstracción y la fragmentación de los contenidos, las clases poco politizadas y "escupir y tiza", como la principal metodología de enseñanza. La investigación de campo presenta la cuestión estructural como uno de los factores determinantes de la práctica docente, donde las condiciones de trabajo de los docentes, infraestructura escolar y el modelo de escuela pública que tenemos delimitan el tiempo y la energía que será utiliza tanto en la planificación como en la ejecución de las classes.
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A construção das relações do espaço ausente na geografia escolarSantos, Leonardo Pinto dos January 2015 (has links)
A dissertação compreende um texto que proporciona uma proposta de ensino de Geografia, em que as construções mentais dos educandos se centram como ponto de partida para as nossas reflexões. Como educadores de Geografia ficamos sempre imaginando – ou deveríamos – como os alunos podem realizar leituras de espaços por eles não vivenciados e que se encontram em livros didáticos de Geografia ou em listas de conteúdos curriculares. Por exemplo, ensinar o continente africano para alunos que nunca lá foram por professores que também não o conhecem. Por estas e por outras razões a Geografia tornou-se, para a escola e para o aluno, uma Geografia enciclopédica, vazia de conteúdo. Temos mais segurança em chegar até os alunos falando de dados específicos do que discutir cotidianos que não conhecemos, nos sentimos pouco autônomos, muitas vezes em propor leitura competente de um espaço mentalmente projetado. Por isso, construímos este trabalho pautado no questionamento de como se dá o processo de leitura do nosso educando de espaços ausentes que permeiam os nossos currículos, pensando em uma geografia do espaço ausente, construímos alicerçados na teoria piagetiana e das representações sociais um pensar sobre a construção do conhecimento, levando a uma reflexão do espaço como lugar de intensa intencionalidade e como lugar de relações sistêmicas. Assim, nossa problemática central é a compreensão da leitura de espaços ausentes por diferentes grupos de alunos, tendo como recorte de pesquisa, duas escolas locadas nos municípios de Porto Alegre e Faxinal do Soturno, ambos no estado do Rio Grande do Sul, por meio da construção e interpretação de maquetes, para investigar como os alunos projetam mentalmente os espaços não vivenciados. / La disertación comprende un texto que proporciona una propuesta de enseñanza de la Geografía, en que las construcciones mentales de los educandos se centran como punto de partida para nuestras reflexiones. Como educadores de Geografía siempre estamos imaginando-o-deberíamos-como los alumnos pueden realizar lecturas de espacios que ellos no han vivenciado y que se encuentran en libros didácticos de Geografía o en listas de contenidos curriculares. Por ejemplo, enseñar el continente africano para alumnos que nunca fueron allá y profesores que tampoco lo conocen. Por esta y por otras razones la Geografía se tornó para la escuela y para el alumno, una Geografía enciclopédica vacía de contenido. Tenemos más seguridad de llegar hasta los alumnos, hablando de datos específicos en vez de discutir cotidianos que no conocemos, nos sentimos poco autónomos, muchas veces en proponer una lectura competente de un espacio mentalmente proyectado. Por esto construimos este trabajo, pautado en el cuestionamiento de cómo se da el proceso de lectura de nuestros educandos, de espacios ausentes que permean nuestros currículos, pensando en una geografía del espacio ausente, construimos teniendo como base la teoría piagetiana y de las representaciones sociales un pensar sobre la construcción de conocimiento, llevando a una reflexión del espacio como lugar de intensa intencionalidad y como lugar de relaciones sistémicas. Así, nuestra problemática central es la comprensión de la lectura de espacios ausentes por diferentes grupos de alumnos, teniendo como recorte de investigación, dos escuelas localizadas en los municipios de Porto Alegre y Faxinal do Soturno, ambos en el estado de Rio Grande do Sul, por medio de la construcción e interpretación de maquetas, para investigar como los alumnos proyectan mentalmente los espacios no vivenciados.
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A espacialidade e a temporalidade nas representações dos alunos do quinto ano no contexto da pré-históriaCorso, Cristina Pires January 2015 (has links)
A pesquisa desenvolvida teve por objetivo analisar e compreender como os alunos do quinto ano aprendem Ciências Humanas a partir de um recorte espaço-temporal. O ponto de partida das análises foram os desenhos que os alunos produziram sobre o tempo e o espaço da Pré-História. Participaram da pesquisa vinte e três alunos de uma turma de quinto ano de uma escola da rede privada de ensino de Porto Alegre. Nossos procedimentos investigativos basearam-se no instrumental da Pesquisa Qualitativa. Os dados foram coletados através de desenhos iniciais produzidos pelos alunos, seguidos das gravações de suas falas explicativas sobre os mesmos. O objetivo geral que perseguimos foi analisar o significado que os sujeitos da pesquisa atribuem a um tempo e a um espaço nunca vivido em locus, mas imaginado e representado. Nesse sentido, as representações produzidas pelos alunos são entendidas não como algo dado, mas construído, decorrente das interpretações e das construções simbólicas desenvolvidas e das experiências vividas e que pode ser dinamizado pelo processo de ensino-aprendizagem. Recorrendo à Teoria da Epistemologia Genética, buscamos verificar a relação espaço-temporal no processo de cognição, estabelecendo relações entre as representações dos sujeitos da pesquisa com os conceitos piagetianos. A escolha da Epistemologia Genética está pautada na crença de que o aluno constrói seu conhecimento a partir de inúmeras possibilidades e desafios, bem como do universo de experiências. Os resultados indicam que os participantes da pesquisa representam a Pré-História de forma imagética, influenciados pelos meios de comunicação e expondo uma noção estrita do contexto pré-histórico. A dificuldade de deslocamento temporal e a representação afirmando a própria identidade, apresentando uma identificação com o presente, também ficaram evidentes. A pesquisa aponta para a importância dos desafios cognitivos lançados pelo professor aos alunos, para que construam conhecimentos e estruturas cognitivas mais complexas que possam ser assimiladas e equilibradas a partir das simulações propostas em sala de aula. / The present research had as it main objective to analyse and understand how students of the fifth grade learn about Human Science having as a departing point the use of a historical temporal space cutting selected. The beginning of the analysis was the drawings produced by the students involving the aspects of time and space of Pre-History. The participants of this research were twenty three students attending a private school in Porto Alegre and our procedures were based in the qualitative research instrument. The data were collected from the initial drawings which were produced by the students and then followed by their speeches involving the work done. The main objective followed was to analyse the individual meaning the students give to a time and a place never ever lived “in locus” by themselves but something just imagined and represented in their drawings. In this sense the represented works produced by the students were perceived not as something that was given to them, but on the contrary, it was something built up as a result of their interpretation and symbolic constructions which were developed, as well as the experiences lived by their own that were dynamized through the teaching-learning process. Making use of the Genetic Epistemology Theory, we looked for to identify the relation temporal space in the cognitive process establishing relations between the representations of the subjects of the research and the Piaget concepts. The choice for the Genetic Epistemology is based in the belief that the student builds up his knowledge from several possibilities and challenges, as well as from the large field of experiences. The results show that the participants of the research represent the Pre-History period in an imaginative form, influenced by the media showing a narrow notion of the pre-historic context. The difficulty of temporal movement and the representation assuring their own identity showing and identification with the present is something that is also evident. The research points out the importance of the cognitive challenges that were given by the teacher to his students in order they can build up more complex knowledge and cognitive structures that can be assimilated and equilibrated, from the simulated activities proposed in the classroom.
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Dos compromissos da geografia no pré-vestibular popularSilva, Renan Darski January 2015 (has links)
Afirmação frequente nos Pré-Vestibulares Populares (PVPs) é a de que sua existência não serve "apenas ao vestibular". Este trabalho esclarece o significado deste "apenas" quando a afirmação se refere a disciplina de Geografia, minha área de atuação. Para os esclarecimentos, parto da análise de minha prática e do dialogo desta com a prática de outros professores. Meu recorte trata de PVPs de Porto Alegre/RS principalmente, em especial aqueles focadas no vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mas como os dialogos percorreram outros contextos brasileiros, este trabalho se aplica a outras escalas e também outros concursos - dentre eles o ENEM. Sistematizo três compromissos adotados pelos professores de Geografia, que dão características à disciplina nos PVPs: a Geografia para o Vestibular, a Alfabetização Geográfica e Geografia para a Cidadania. / An usual statement in the Popular Pre-vestibular (PVP ) is that its existence isn't useful 'only for vestibular". This thesis clarifies the meaning for 'only' when the statement refers to Geography (school subject), my occupation area. For clarification, I start from analysing my own practice and from the dialogue of this practice with the ones of other teachers. My cut covers PVPs in Porto Alegre, RS mainly the ones focused on Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)'s vestibular. As dialogues cover other Brazilian contexts, this text aplies for different scales and also for different contests - among them, ENEM. I systematize three commitments made by Geography teachers that characterize the subject in PVPs: Geography for vestivular, Geographical literacy and Geography for citizenship.
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O Ensino de geografia e o Hip HopMachado, Carlos Geovani Ramos January 2012 (has links)
A pesquisa, na qual trilhamos esta caminhada acadêmica fundamenta-se na análise e interpretação sobre o Movimento Hip Hop e a sua relação com o ensino da Geografia. Ao longo deste estudo foram trabalhados conceitos geográficos que subsidiaram nossos argumentos, tais como: espaço, lugar, território e paisagem. Ainda dialogamos com alguns conceitos secundários porém, não menos importantes tais como: cultura, identidade, cidade, representações sociais, espaço-escola e comunicação. Ao mergulharmos nossas inquietações no movimento hip hop, buscamos verificar se é possível a lugarização do sujeito a partir de sua metalinguagem, facilitando, ou não a construção do conhecimento geográfico. Refinamos nossas argumentações transitando pela Teoria do Pensamento Complexo, de Edgar Morin que nos levou a interpolações questionadoras sobre as contradições do cotidiano dos Sujeitos rappers, avaliando sua cultura originária das ruas, guetos e da periferia, buscando a compreensão destas relações com o universo escolar e a aprendizagem; examinando suas ações e sua busca pela superação dos problemas sociais, preconceitos e abandono, tendo no conhecimento um objetivo importante em suas trajetórias. O estudo realizado teve como ferramenta a pesquisa qualitativa que nos possibilitou entrevistas semiabertas, buscando fugir das simplificações, dialogando, duvidando ou reafirmando, provisoriamente os conceitos sociais e geográficos. O espaço urbano, especialmente a periferia, foi o pano de fundo deste cenário pesquisado, lugar onde ocorrem as diferentes manifestações protagonizadas pelos Sujeitos jovens da cultura hip hop. / This research, in which we have walked this academic path, is based on the analysis and interpretation of the Hip-hop Movement and its relationship with the teaching of geography. Throughout this study some geographical concepts were used and subsided our arguments, such as space, place, territory and landscape. We will also dialogue with some secondary concepts – which nonetheless are not less important by this fact such as culture, identity, social representations, city, scholar space, and communication. As we plunge our concerns into the hip-hop movement, we wish to verify whether or not it is possible for the subject to find their geographical identity from its metalanguage, thus facilitating the construction of geographical knowledge. We immersed our arguments through Edgar Morin’s Complex Thinking Theory, which allowed us to interpolate questions to the contradictions of the rappers’ subject in everyday life, evaluating their culture, which comes from the streets, the ghettos, the suburbs, seeking to understand these relations with the school universe and with the learning process, examining their actions and their struggle to overcome their social problems as well as prejudice and neglection, having the knowledge as an important goal in their trajectories. This research used qualitative research as its main tool, allowing us to do semi-open interviews, attempting to avoid simplifications, dialoguing, questioning or reaffirming, in a provisional way, the social and geographical concepts. Urban space, its suburbs particularly, were the background for this research, the place where different actions occurs starred by these young subjects of hip hop culture.
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Geografias em quadrinhos : imaginando um mundo em sala de aulaCosta, Rafael Martins da January 2012 (has links)
A busca por uma prática mais coerente com uma contemporaneidade globalizada, de espaços e tempos mais comprimidos, bem como uma juventude menos disposta à obediência cega e à passividade, se faz necessária nesse momento. A atuação individual do professor em sala de aula, se não é a única responsável por uma maior abertura da escola para a vida, é um aspecto importante disso; portanto, nela focarei minha discussão. Assim, insiro a proposta de utilização das Histórias em Quadrinhos no ensino de Geografia. A linguagem dos Quadrinhos, que mescla imagens e textos para narrar uma história ou um acontecimento, desde seu surgimento, se espalhou pelo mundo e tornou-se, inclusive, um meio de comunicação de massas. Por muito tempo, a escola e a academia mantiveram-se fechadas para essa linguagem, dando-lhe um valor menor como forma de leitura. Com o passar do tempo, essa realidade vai se transformando e, atualmente, são muitos os trabalhos científicos que trazem as Histórias em Quadrinhos como tema. A Geografia, como campo de conhecimento e como discurso científico, ao longo de sua existência, teve, no uso das imagens, uma base para fundamentação de suas proposições. Ao tomarmos conhecimento do mundo através das imagens que nos chegam dele, vemos como a educação do olhar é um aspecto importante no ensino de Geografia, tendo aí os Quadrinhos uma grande contribuição a dar. Neste estudo, analiso atividades realizadas por alunos em sala de aula, nas quais o conteúdo geográfico é tratado através da linguagem quadrinística, numa tentativa de estimular a imaginação e a criatividade, bem como o espírito crítico. Através de Histórias em Quadrinhos produzidas pelos estudantes é possível analisar sua visão sobre a cidade e bairro em que moram e se ela se diferencia de outras visões. Trata-se de uma experiência e uma discussão, não de uma obra definitiva sobre o assunto, com conclusões fechadas. / It is fundamental today to seek for a more coherent practice in a globalised contemporaneity with less time and space, and young people who are less willing to blindly obey. The teacher’s individual performance in the classroom, if not solely accounts for the school openness for life, is a significant aspect of it. Thus, I insert the proposal for the use of comics in Geography teaching. Blending pictures and texts to narrate a story or event, in the early beginnings comics language spread all over the world and has become a mass medium. For a long time the school and academy were close for that language, giving it a lower value for reading. Over time this reality was changed and today many scientific works have it as their subject. Geography as a knowledge field and scientific discourse has used images as a base for its propositions. When we are aware of the world through pictures of it, we see how the education of the gaze is significant aspect of Geography teaching, comics having an important role for this. In this study, I analyse students’ activities in the classroom, in which Geography is addressed through comics language, in an attempt to stir imagination, creativity and critical thinking skills. With comics students produced, it is possible to analyse their views on their town and neighbourhoods and whether they are different from other views. It becomes an experience and discussion, rather than a definitive work on the subject with closed conclusions.
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O Currículo vai à rua ou a rua vem ao currículo?Martinez, César Augusto Ferrari January 2012 (has links)
Este trabalho pesquisa as relações existentes entre a escola e a cidade a partir de estudo de caso na Escola Municipal de Ensino Fundamental Porto Alegre (EPA). Como uma instituição que atende jovens em situação de rua, a EPA vem buscando construir seu currículo dialogando os saberes escolares com os saberes urbanos. A metodologia é construída através de movimentos que intencionam relacionar dinamicamente as concepções pedagógicas dos educadores da Escola com as realidades sociais e perspectivas dos jovens estudantes, fazendo uso de questionários e grupos focais como instrumentos de pesquisa. Parte-se da ideia de que não há um saber hegemônico, mas que é na relação entre os saberes vividos dos estudantes e aqueles desenvolvidos na Escola que há o aprendizado. Assim, o espaço ganha sentido pedagógico na aprendizagem e as relações com os espaços influenciam diretamente na construção dos saberes. Mais do que uma relação espacial, os jovens mantém uma relação lugarizada com o conhecimento, na medida em que os saberes que constroem na sua relação com a escola e com a cidade estão diretamente vinculados às experiências que provocam sentido em suas aprendizagens. Com uma imagem nítida de que existem diferenças entre o espaço da escola e os espaços da cidade, os jovens se colocaram para discutir suas condições de estudantes a partir das identidades espaciais que constroem por onde circulam e que, segundo indicou a pesquisa, são lugares estigmatizados como os próprios jovens. Assim, entende-se que a rua é um lugar onde os jovens estabelecem profundas relações ao mesmo tempo em que aponta a necessidade de construir uma pedagogia do espaço. / This work is a research about the relationships between the school and the city from a study that took place in the Escola Municipal de Ensino Fundamental Porto Alegre (EPA). As an institution that serves young homeless people, EPA develops on it`s curriculum balancing the school and the street knowledge. The approach is developed aiming to dynamically relate the pedagogical concepts of the school teachers with the social reality and point of view of the young students, through surveys and focusing groups as research instruments. Starting from the idea that there is no hegemonic knowledge, but rather from the relationships between the knowledge acquired in life and those from the school that learning actually happens. This way, the space gets a pedagogical meaning in learning and the relations with the spaces directly impact the built of knowledge. More than just a space, the young men and women keep a spaced relation with the knowledge, as the knowledges they build in their relationship with the school and with the city are directly connected with the experiences that provoke sense in their learning. With a clear sense that there are differences between the school and the city, the students allowed themselves to discuss their own condition as students through the spacial identities they build where they roam that, as the research showed, are places stigmatized just like themselves. Thus, it`s understood that the street is a place where the young men establish deep relationships at the same time it points to the need of developing a pedagogy of the space.
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Geografia e ensino : a elaboração de fanzines como possibilidade na construção do conhecimentoFranco, Fábio Poletto January 2014 (has links)
Esta pesquisa busca analisar a elaboração de fanzines como uma proposta de ensino de Geografia. Para tanto, inicialmente discutimos a possibilidade que a Geografia nos proporciona para compreendermos a realidade social pelo viés espacial, se destacando o conceito de espaço geográfico. Seja pelo viés econômico e político, seja pelo cultural, as contribuições da Geografia Crítica e da Cultural são essenciais às nossas análises. Em um mundo caracterizado pelos fluxos densos e acelerados e pela diversidade de informações, o papel dos sujeitos em produzir conhecimento a partir deles ganha importância, cabendo aos professores criar estratégias para o desenvolvimento de competências por seus alunos. Nesse sentido, a ação é indissociável da construção do conhecimento pelos sujeitos, revelando uma abordagem piagetiana; no contexto escolar, a fim de operacionalizarmos o trabalho docente, as competências e habilidades compõem essa trama complexa, enquanto os diferentes gêneros musicais pesquisados pelos sujeitos trazem à tona as nuances dos espaços ausentes. Com essa postura que busca uma totalidade (embora saibamos que seja inatingível), a teoria da complexidade nos parece possibilitar um olhar sensível à realidade, aproximando ensino e aprendizagem, política e cultura, arte e ciência, emoção e razão. O fanzine justifica-se pela liberdade de criação que concede ao seu criador, se tornando um recurso de pesquisa e, possivelmente, um meio de comunicação. Assim, será transformado em material de investigação por revelar os conhecimentos construídos pelos autores. / Esta investigación tiene como objetivo analizar el desarrollo de fanzines como una enseñanza de la Geografía. A tal efecto, hemos discutido inicialmente la posibilidad de que la geografía nos proporciona para comprender la realidad social por el sesgo espacial, resaltando el concepto de espacio geográfico. Sea por el sesgo económico y político, sea por el cultural, las contribuciones de Geografía y Crítica Cultural son esenciales a los nuestros análisis. En un mundo caracterizado por flujos densos y acelerados y por la diversidad de las informaciones, el papel de los individuos en la producción de conocimiento de ellos gana importancia, dejando a los profesores diseñar estrategias para el desarrollo de habilidades para sus estudiantes. En este sentido, la acción es inseparable de la construcción del conocimiento por los sujetos, que revela un enfoque de Piaget; en el contexto de la escuela con el fin de operacionalizarmos la profesión docente, las competencias y habilidades constituyen esta trama compleja, mientras los diferentes géneros musicales resaltan los matices de los espacios que faltan. Con esta actitud, que busca una totalidad (aunque sabemos que sea inalcanzable), la Teoría de la Complejidad parece permitir un ojo sensible a la realidad, acercándose a la enseñanza y el aprendizaje, la política y la cultura, el arte y la ciencia. El fanzine se justifica por la libertad creativa que otorga a su creador, haciendo una función de búsqueda y, posiblemente, un medio de comunicación. Por lo tanto, será transformado en material de investigación por revelar los conocimientos construidos por sus autores.
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O ensino da geografia na tríplice fronteira (Puerto Iguazú/AR, Foz do Iguaçu/BR e Ciudad del Este/PY), e o turismo como possibilidade de reflexão das representações sociais e espaciaisBertin, Marta January 2014 (has links)
Esta tese apresenta como foco de interesse compreender as Representações Sociais sobre o espaço geográfico em que vivem os jovens escolares, na faixa etária dos 15 aos 18 anos, residentes na área da Tríplice Fronteira, composta pelas cidades de Puerto Iguazú (Argentina), Foz do Iguaçu (Brasil) e Ciudad del Este (Paraguai). A partir da ideia de verificar como os jovens ao término da educação básica atribuem ao turismo uma importante influência no cotidiano de suas existências – ainda que com diversas maneiras de representar e significar essa influência – teve-se como objetivo principal analisar as Representações Sociais e Espaciais da Tríplice Fronteira, caracterizado pela forte presença do fenômeno turístico e de interações entre as populações dos três países, e, acima de tudo, de que forma o ensino da Geografia contribui para uma aprendizagem significativa presente em um contexto repleto de identidade e diversidade cultural, multiculturalismo dos educandos. Para concretizá-la, utilizou-se de aportes teóricos da Geografia Humanista e das Representações Sociais, por possuírem como filosofia a Fenomenologia, ao abordarem a subjetividade dos indivíduos. A presença de atrativos turísticos reconhecidos internacionalmente entre as cidades da Tríplice Fronteira fazem com que uma parcela da população residente se perceba como excluídos sociais e economicamente distantes, em ampla parcela dos benefícios que o turismo da fronteira proporciona. Neste intento, ao ensino da Geografia cabe a destreza de ressignificar a forma dos seus processos de ensino e de aprendizagem com vistas ao maior aprimoramento dos sujeitos em análise. A partir dos questionários e das reflexões dos mapas mentais, reafirmou-se o distanciamento das práticas sociais do cotidiano vivido pelos educandos, aos conteúdos estruturantes que conferem significados aos conceitos geográficos, estando o cotidiano mais presente na vida do que na escola. / This thesis aims to understand the Social Representations on the geographic area in which young students in the age of 15 to 18 years old, who reside in the Tri-Border area, consisting of the cities of Puerto Iguazú (Argentina), Foz do Iguaçu (Brazil), and Ciudad del Este (Paraguay). Starting from the idea of checking how the students at the end of basic education see tourism as a major influence in their everyday lives – even though with different ways to represent and signify this influence – we sought to analyze the Social and Spatial Representations and the Triple border, characterized by the strong presence of the tourism phenomenon and interactions between populations of the three countries previously mentioned and, first and foremost, in what way the teaching of geography contributes to a significant learning on a full identity and cultural diversity context, multiculturalism of learners. In order to carry it out, we used the theoretical framework of Humanistic Geography and Social Representations, for approaching the philosophy of phenomenology, to address individuals' subjectivity. The presence of internationally recognized tourist attractions among the cities of the Tri-Border area make a portion of the resident population find themselves as socially and economically excluded, in large share of the benefits that the tourism provides the border. In this attempt, the teaching of geography, it is the skill of reframing the form of their teaching and learning processes with a view to further refinement of the subjects under review. From the questionnaires and the reflection of mental maps, we reaffirmed the detachment from social practices of everyday life experienced by learners to the structuring content that gives meaning to geographical concepts, as the everyday life has become more present to their lives as it is the school.
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Canoas como lugar : o mundo dos jovens contemporâneos a partir de suas representações sociaisFerreira, Débora Schardosin January 2014 (has links)
O trabalho discute a importância da pesquisa das práticas cotidianas dos jovens no seu lugar de vivência para o ensino de Geografia. Para este fim, contextualiza o jovem em sua condição juvenil como sujeito com suas experiências e representações sociais sobre a cidade como espaço onde se constrói o seu Lugar e conhecimento de mundo. Justifica-se o trabalho pela necessidade de analisar como os jovens constroem suas representações a partir de suas experiências visando valorizar o ensino de Geografia, o espaço escolar e a profissão docente. O referencial teórico prioriza a relação com a experiência docente para incentivar a reflexão sobre a prática pedagógica. Para este fim abordam-se os conceitos de Lugar no espaço geográfico, Representações Sociais e Jovens como auxílio para o ensino de Geografia. A metodologia utilizada foi a construção de fanzines em sala de aula e entrevistas individuais com posterior análise de conteúdo na relação da teoria escolhida com a prática docente. Os jovens participantes são alunos de duas escolas no município de Canoas-RS, no último ano do ensino fundamental. Os resultados apontam para a necessidade de considerar as diversas representações dos jovens sobre a cidade como Lugar conforme a localização de moradia e possibilidades de apropriação da cidade. Ressalta-se a possibilidade de contribuir com o ensino de Geografia de acordo com as experiências dos distintos contextos juvenis. / This paper discusses the importance of research on the daily practices of young people at their place of experience in the teaching of Geography. For this purpose, contextualizes the young in his youth condition as subject to their experiences and social representations of the city as a place where you build your place and world knowledge. Justified by the need to analyze how young people construct their representations from their experiences aimed the enhancing of Geography’s teaching, the school environment and the teaching profession. The theoretical framework emphasizes the relationship with the teaching experience to encourage reflection on teaching practice. To this purpose, discuss the concepts of Place in geographic space, Youth and Social Representations as an aid for teaching Geography. The methodology used was the construction of fanzines in class and individual interviews with subsequent content analysis of the relationship of choice theory with teaching practice room. The young participants are students from two schools in Canoas-RS, the last year of elementary school. The results point to the need to consider the various representations of young people of the city as place as the location of housing and ownership opportunities. Highlights the possibility of contributing to the teaching of Geography according to the experiences of other youth settings.
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