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Compatibilidade de produtos naturais comerciais a fungos entomopatogênicos e seletividade a Trichogramma pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae)Luckmann, Daiane 22 February 2013 (has links)
No sistema alternativo de produção, a utilização de agentes de controle biológico
pode ocorrer conjuntamente com o uso de produtos naturais. Contudo, as informações a respeito do efeito de produtos naturais sobre agentes de controle biológico são escassas. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a compatibilidade dos fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana e Isaria sp. com produtos naturais utilizados no sistema alternativo de produção, bem como a seletividade destes ao parasitoide de ovos Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae). Para isto foram utilizados os isolados B. bassiana e Isaria sp. e, os produtos naturais Topneem, Baicao, Orobor®, Compostonat e Rotenat, nas concentrações recomendada pelo fabricante (CR), na metade (½CR) e no dobro desta (2CR). Para a avaliação da compatibilidade entre os produtos naturais e os fungos entomopatogênicos foram analisados os
parâmetros: germinação, unidades formadoras de colônia (UFC), crescimento vegetativo e número de conídios por colônia. A associação dos produtos naturais com os fungos (B. bassiana e Isaria sp.) foi avaliada quanto a patogenicidade sobre lagartas de 3º ínstar de Anagasta kuehniella Zeller (Lepidoptera: Pyralidae), na concentração de 1,0 X 108 con./mL. Foi avaliada diariamente a mortalidade de A. kuehniella, por um período de 10 dias. Para avaliar a seletividade dos produtos naturais a T. pretiosum estes foram pulverizados sobre ovos de A. kuehniella
disponibilizados para o parasitismo por T. pretiosum. Para isto foram realizados dois
testes: (a) com chance de escolha, avaliando-se a porcentagem de ovos parasitados por T. pretiosum quando este pode escolher entre ovos pulverizados com o produto ou pulverizados com a testemunha; e (b) sem chance de escolha, que consistiu em
pulverizar os ovos de A. kuehniella com os produtos naturais previamente ou
posteriormente ao parasitismo. Avaliou-se o número de ovos parasitados, porcentagem de emergência, longevidade e duração do período ovo-adulto. Verificou-se que para o fungo Isaria sp. a germinação foi afetada apenas pelo produto Compostonat. As UFCs não foram afetadas pelo produto Rotenat. Para a
produção de conídios os produtos Topneem, Rotenat e Baicao reduziram este parâmetro. Já para o fungo B. bassiana a germinação de conídios foi reduzida apenas pelo Orobor®. Os produtos Orobor® e Baicao reduziram o diâmetro de colônia. Para a produção de conídios por colônia, todos os produtos reduziram este parâmetro. No entanto, os produtos não afetaram a patogenicidade dos fungos sobre A. kuehniella. Para a seletividade a T. pretiosum os produtos Baicao e Topneem afetaram negativamente o parasitismo para o teste com chance de
escolha, como para o teste sem chance de escolha. Para a emergência apenas o
produto Baicao afetou este parâmetro. Conclui-se que os produtos naturais testados,
apesar de interferirem sobre alguns parâmetros biológicos dos fungos Isaria sp. e B. bassiana, se mostraram compatíveis em todas as concentrações. Os produtos naturais Orobor® e Topneem são seletivos ao parasitoide T. pretiosum. Já o produto
natural Baicao foi classificado como levemente nocivo quanto à toxicidade a adultos do parasitoide. / In alternative system for production, the use of biological control agents may occur
together with the use of natural products. However, information about the effect of
natural products on biological control agents are scarce. The objective of this study was to evaluate the compatibility of the entomopathogenic fungi Beauveria bassiana
and Isaria sp. with natural products used in alternative system of production as well
as the selectivity of the egg parasitoid Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera:
Trichogrammatidae). For this we used the strains B. bassiana and Isaria sp. and
natural products Topneem, Baicao, Orobor®, Compostonat and Rotenat at concentrations recommended by the manufacturer (CR), half (½ CR) and double this one (2CR). To evaluate the compatibility between natural products and entomopathogenic fungi were analyzed parameters: germination, colony forming units (CFU), vegetative growth and number of conidia per colony. The association of natural products with fungi (B. bassiana and Isaria sp.) was evaluated for pathogenicity on the 3rd instar larvae of Anagasta kuehniella Zeller (Lepidoptera:
Pyralidae) in a concentration of 1.0 X 108 con./mL. was evaluated daily mortality of A.
kuehniella, for a period of 10 days. To evaluate the selectivity of natural products to T. pretiosum these were sprayed on eggs of A. kuehniella available for parasitism by T. pretiosum. For this two tests were performed: (a) free choice, by assessing the
percentage of eggs parasitized by T. pretiosum when it can choose from eggs
sprayed with the product or sprayed with the witness, and (b) no choice, which consisted of spraying the eggs of A. kuehniella with natural products previously or subsequently to parasitism. We evaluated the number of eggs parasitized, percentage of emergence, longevity and duration of the egg-adult. It was found that for the fungus Isaria sp. germination was affected only by the product Compostonat. The UFCs were not affected by the product Rotenat. For conidia production Topneem products, Rotenat and Baicao reduced this parameter. As for the fungus B. bassiana
conidial germination was reduced by only Orobor®. Orobor® products and Baicao
reduced the diameter of the colony. For conidia production per colony, all products
have reduced this parameter. However, the products did not affect the pathogenicity
of the fungus on A. kuehniella. Selectivity for the T. pretiosum products and Baicao
Topneem negatively affected parasitism for the free-choice test, how to test no
choice. For emergency only product Baicao affected this parameter. It is concluded
that natural products tested, although on some biological parameters interfere fungi
Isaria sp. and B. bassiana, proved compatible in all concentrations. Natural products Orobor® and Topneem are selective to the parasitoid T. pretiosum. Already Baicao the natural product was classified as slightly harmful for toxicity to the parasitoid adults.
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Seleção de fungos entomopatogênicos e infecção de Hirsutella sp. em Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939). / Selection of entomopathogenic fungi and infeccion of Hirsutella sp. on Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939).Luciana Savoi Rossi 05 November 2002 (has links)
Avaliou-se em laboratório a patogenicidade de 52 isolados de fungos entomopatogênicos a Brevipalpus phoenicis e a produção, em meio sólido, de quatro isolados de Hirsutella spp.. Utilizando-se microscópio eletrônico de varredura, estudou-se as etapas do ciclo biológico de Hirsutella sp. (isolado 1269) em adultos de B. phoenicis, além da ocorrência de transmissão horizontal deste patógeno para adultos do ácaro a partir de cadáveres esporulados e de substrato contaminado. Todos os isolados de Hirsutella sp. foram patogênicos para o ácaro causando mortalidade de adultos superiores a 90% após seis dias da inoculação. Comprovou-se também que em meio de cultura completo (M.C.) que o isolado 1269 foi o que apresentou maior crescimento vegetativo e esporulação, sendo selecionado como o mais promissor. O ciclo biológico completo de Hirsutella sp., desde a adesão dos conídios ao ácaro até sua extrusão, ocorreu em 120 horas após a aplicação. A transmissão horizontal do patógeno a partir de cadáveres e do substrato contaminado ocasionou mortalidade superior a 50% em ambas as situações, comprovando que o fungo foi capaz de infectar novos hospedeiros. Contatou-se que Hirsutella sp. é um patógeno eficiente no controle de B. phoenicis podendo ser utilizado em campo em estratégias de introdução inoculativa, inundativa, incremento e conservação. / In this research, the patogenicity of 52 isolates of entomopathogenic fungi against Brevipalpus phoenicis and the production of four isolates of Hirsutella spp. in solid medium (M.C.) were evalueted under laboratory condition. The stages of the biological cycle of Hirsutella sp. (isolated 1269) on adults of B. phoenicis were evalueted with the use of an electron scan microscope, besides the occurrence of horizontal transmission of this fungi from cadavers and from an inoculate substract to new hosts. The isolates of Hirsutella sp. tested were pathogenic to the mite, with high mortality (>90%) after six days of the inoculation. The isolate 1269 showed high levels of vegetative growth and sporulation and was selected as the most promising one. The complete biological cycle of Hirsutella sp. ocurred after 120 hours of the inoculation, from adhesion to extrusion processes. The horizontal transmission of fungi from cadavers and inoculate substract ocurred by causing levels mortality superior to 50% in both cases, showing that the fungi was capable to infect new hosts in these situations. Hirsutella sp. was an efficient pathogen in the control of B. phoenicis and could be exploited in field control strategies through an inoculative introduction, increment or conservation.
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Desenvolvimento de armadilha de auto-inoculação para o controle de Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867) (Coleoptera: Curculionidae) com Beauveria bassiana (Bals.) Vuil (Ascomycota: Hypocreales) em tecido sintético / Development of self-inoculation trap for controlling Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867) (Coleoptera: Curculionidae) with Beauveria bassiana (Bals.) Vuil (Ascomycota: Hypocreales) in synthetic fabricLuiz Henrique Costa Mota 21 January 2013 (has links)
O controle de Hypothenemus hampei é realizado basicamente com uso de inseticidas químicos, especialmente aqueles a base de endossulfan, cuja comercialização será proibida no Brasil a partir de julho de 2013. Diante disso, outras estratégias devem ser integradas buscando-se o controle desta praga com menor impacto ao ambiente. Nesse contexto, o fungo Beauveria bassiana destacase como um dos agentes de controle biológicos mais promissores. Neste estudo, buscou-se a associação da técnica de impregnação de tecido têxtil com B. bassiana associado à armadilha contendo a mistura de alcoóis metanol: etanol (1:1 v/v) como atraentes químicos para H. hampei, visando a auto-inoculação e disseminação do fungo pelo inseto, visando o seu controle. Inicialmente foi determinado em laboratório, a virulência de nove isolados de B. bassiana, através da pulverização de suspensões de 107 conídios.mL-1, diretamente sobre adultos de H. hampei. Todos os isolados apresentaram baixa virulência ao inseto, com mortalidade máxima de 38,5%. O isolado ESALQ-PL63 foi escolhido para dar continuidade aos estudos por possuir registro de comercialização. Posteriormente, sete tecidos têxteis sintéticos foram avaliados quanto à produção do isolado selecionado sobre sua superfície em duas condições de luz (fotofase de 0 e 12 horas). O tecido sintético Lã \"Sherpa\" foi selecionado por permitir uma maior produção de conídios nas duas condições testadas, atingindo até 5,44 × 108 conídios.cm-2. A exposição de H. hampei ao tecido com o fungo por apenas 5 segundos foi suficiente para causar 88,5% de mortalidade dos insetos. Em área de café sombreado foram conduzidos dois experimentos para avaliar uma armadilha de auto-inoculação contendo o patógeno produzido sobre o tecido. Foram usadas duas armadilhas controle, sendo uma armadilha de autoinoculação sem fungo e uma armadilha de eficiência reconhecida (modelo IAPAR). A eficiência de coleta da armadilha de auto-inoculação com o fungo foi menor do que a armadilha IAPAR, mas esta se mostrou eficiente na contaminação e mortalidade dos insetos pelo fungo. No primeiro experimento, a mortalidade confirmada pelo patógeno no último dia de avaliação (151 dias) foi de 64,7%. A viabilidade dos conídios passou de 98,3%, logo após a montagem das armadilhas, para 86,9% após 65 dias. Após160 dias a viabilidade reduziu para 44,0%. No segundo experimento, a última avaliação foi realizada após 40 dias, sendo nesta data observada mortalidade confirmada de 89,9% e viabilidade dos conídios de 78,1%. Em ambos os experimentos a concentração de conídios reduziu-se ao longo do tempo. O sistema de auto-inoculação apresentou resultados promissores, mas sendo necessárias alterações na armadilha para aumentar a captura de insetos e estudos epizootiológicos para avaliar a capacidade de disseminação da doença no campo pelos insetos que passaram pela armadilha. / The control of Hypothenemus hampei is accomplished primarily with the use of chemical insecticides, mainly endossulfan, whose commercialization will be prohibited in Brazil in July 2013. Therefore, other strategies must be integrated seeking control of this pest with less impact on the environment. In this context, the fungus Beauveria bassiana stands out as one of the most promising biological control agents. In this study, we associated the technique of fabric impregnated with B. bassiana with a trap containing a mixture methanol: ethanol (1:1 v/v) as an attractive chemical for H. hampei, aiming the self-inoculation and fungus dissemination by the insect, therefore their control. Initially, we determined in the laboratory, the virulence of nine isolates of B. bassiana using a spray suspension of 107 conidia.mL-1 directly on adults of H. hampei. All isolates showed low virulence to insects, with maximum mortality of 38.5%. The isolate ESALQ-PL63 was chosen to continue the studies for having a market register. Subsequently, seven synthetic fabrics were evaluated for the production of the selected isolate on its surface under two light conditions (photofase of 0 and 12 hours). The synthetic fabric Lã \"Sherpa\" was selected because it allows greater conidia production under the two conditions tested, reaching 5.44 × 108 conidia.cm-2. Exposure of H. hampei to the fabric impregnated with the fungus for only 5 seconds was enough to cause 88.5% of insect mortality. In an area of shaded coffee, two experiments were conducted to evaluate a self-inoculation trap containing the pathogen. We used two control traps without fungus: one self-inoculation trap without the fungus and a widely recognized efficient trap (IAPAR model). The collection efficiency of the self-inoculation trap with the fungus was lower than that of the IAPAR trap, however, it proved effective in contamination and insect mortality caused by the fungus. In the first experiment, mortality caused by the pathogen at the last evaluation day (151 days) was 64.7%. The viability of the conidia surpassed 98.3% after the assembly of the traps and 86.9%, after 65 days. After 160 days, the viability decreased to 44.0%. In the second experiment, the last evaluation was performed after 40 days, when we observed mortality of 89.9% and conidia viability of 78.1%. In both experiments, the conidia concentration reduced over time. The self-inoculation system showed promising results, but changes are needed to increase insect catches and further epizootiological studies to assess the possibility of disease spread in the field by insects that crossed the trap.
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Efeitos de novaluron, glifosato e Metarhizium rileyi sobre o sistema imune, parâmetros biológicos e metabolismo redox de Anticarsia gemmatalisVisentin, Ana Paula Vargas 14 December 2017 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES
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Efeito de aditivos e de Metarhizium anisoplae formulado e aplicado em criadouro simulado sobre Aedes aegypti em condições de laboratório e Aedes sp. em campo / Effect of additives and formulated Metarhizium anisopliae applied in adapted breeding devices against Aedes aegypti under laboratory conditions and Aedes sp. in the fieldLobo, Luciana Silva 16 November 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-11-16 / Aedes aegypti is the principal vector of dengue virus in the tropics. Metropolitan Goiânia had the highest incidence of this arbovirose in Central Brazil between 2010 and 2011. Improved integrated control strategies are necessary in order to face vector resistance to chemicals. The entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliae is effective against A. aegypti eggs, larvae and adults under laboratory conditions. There is still little knowledge on specific formulation and application techniques to control this mosquito with this and other fungi. The present study reports on the impact of substrates, previously treated or not with vegetable oil, diatomaceous earth and/or M. anisopliae IP 46 conidia on oviposition and survival of A. aegypti under laboratory conditions. In addition, the study presents results on field tests carried out in the city of Goiânia with adapted ovitraps. Laboratory reared adult A. aegypti females and males were exposed in cages to oviposition devices equipped with water, mud or filter paper. Moistened or dry filter paper treated with additives (vegetable oil Graxol® or diatomaceous earth KeepDry®) and/or M. anisopliae s. l. IP 46 conidia were tested as mono or poly-optional assays. Mortality and quantitative oviposition were assessed up to 15 days of exposure and eclosion of larvae after submersion of eggs in water up to 10 days. Field tests were run with adapted ovitraps treated with conidia of IP 46 formulated with water or oil-water. Females never laid eggs on dry filter paper and few eggs on water. Quantitative oviposition decreased at higher oil concentrations and gravid females laid eggs on fungus-treated filter paper regardless of the conidial concentration (poly-optional tests). Adult mortality reached 42.1% at a 15 day incubation when testing filter paper treated with oil-in-water conidia and this formulation reduced larval eclosion (mono-opcional tests). Under field conditions, eggs were detected on filter paper treated or not with water or oil-in-water formulated conidia. Gravid females detected gradient of humidity and oil but they were not influenced by the presence of the conidia. Toxicity of vegetable oil and virulence of IP 46 increased with time of exposure. M. anisopliae applied in a simulated breeding device and formulated in oil showed to be promising against A. aegypti under laboratory and Aedes sp. under field conditions. / Aedes aegypti é o principal vetor do vírus da dengue nos trópicos. A cidade de Goiânia teve a maior incidência dessa arbovirose no Centro-Oeste do Brasil entre 2010 e 2011. Melhores estratégias de controle integrado são necessárias para enfrentar a propagação da resistência desse vetor a produtos químicos. O fungo entomopatogênico Metarhizium anisopliae é efetivo contra ovos, larvas e adultos de A. aegypti em condições de laboratório. Entretanto, há pouco conhecimento sobre formulações e técnicas de aplicação específicas para controlar esse mosquito com esse e outros fungos. O presente estudo reporta o impacto de substratos previamente tratados ou não com óleo vegetal, terra diatomácea e/ou conídios de M. anisopliae s. l. IP 46 sobre a oviposição e sobrevivência de A. aegypti em condições de laboratório e apresenta resultados sobre testes de campo realizados na cidade de Goiânia em 2010 e 2011 com ovitrampas adaptadas. A. aegypti adultos colocados em laboratório foram expostos em gaiolas e expostos a dispositivos para oviposição equipados com água, lama ou papel filtro. Papel filtro úmido ou seco tratado com aditivos (óleo vegetal Graxol® ou terra diatomácea KeepDry®) e/ou conídios de IP 46 foram testados em ensaios de escolha poli ou mono-opcional. A mortalidade e oviposição quantitativa foram avaliadas até 15 dias de exposição e eclosão de larvas após submersão de ovos em água, até 10 dias. Os testes de campo foram executados com ovitrampas tratadas com conídios formulados em água ou óleo-água. Fêmeas ovipuseram mais sobre lama e papel filtro úmido, pouco sobre água e não ovipuseram sobre papel filtro seco. A oviposição quantitativa decresceu em concentrações mais elevadas do óleo, e fêmeas grávidas ovipuserm sobre papéis filtro tratados independente da concentração de conídios (testes poli-opcionais). A mortalidade de adultos alcançou até 42,1% em 15 dias de incubação ao testar papel filtro tratado com IP 46 formulado em óleo-água, e esse formulado reduziu a eclosão larval (testes mono-opcionais). Em condições de campo, ovos foram encontrados sobre papel filtro tratado ou não com conídios formulados em água ou óleo-água. Fêmeas grávidas de A. aegypti detectaram um gradiente de umidade e de óleo, mas não foram influenciadas pela presença de conídios. A toxicidade do óleo vegetal e a virulência de IP 46 aumentaram com o tempo de exposição. M. anisopliae formulado em óleo e aplicado em criadouro simulado mostrou ser promissor contra A. aegypti em condições de laboratório e contra e Aedes sp. em condições de campo.
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Toxicidade, caracterização molecular de bacillus sphaericus da amazônia e parâmetros do crescimento microbiano para a produção de bioinseticida.Litaiff, Eleilza de Castro 03 April 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-04-03 / Larvicidal activity of B. sphaericus from several places in Amazonia, was estimated to Anopheles darlingi and Culex quinquefasciatus. Pobit analysis was used to determine the
median lethal concentration (LC50) and potency relative to the 2362 standard strain. Findings pointed out strains IB15 (LC50 = 0.040 ppm), IB19 and S1116 (LC50 = 0.048 ppm), IB16
(LC50 = 0.052 ppm) and S265 (LC50 = 0.057 ppm) as the most effective ones, being IB15 with a potency of close to 50%, higher to strain 2362 in the assays carried out with A.
darlingi. IB16 and S1116 were more potent in the experiments with C. quinquefasciatus, showing to be nearly 300-400% higher. Through molecular characterisation were diagnosed
the binary toxin gene in all twenty studied stains and MTX1 toxin was found only on fourteen of them. Twenty-three polymorphic sites on the sequences were observed on the
basis of the BinA sequences, being only four of them informative for the parsimony. As a whole, ten haplotypes were obtained amongst the Amazonian strains, being haplotype 1 (nine
strains) similar to that of 2362 (Type 2) and the rest presenting distinct sequences. The 16 polymorphic sites observed on the aminoacid sequences resulted into 19 variant aminoacids
and, on the basis of the genetic distance among the strains, it was not possible to establish a correlation between variations on BinA toxin sequences and toxicity level, as well as
precedence of the strains. As B. sphaericus raises biotechnological interest in the production
of biolarvicides, IB15 strain microbial growth in NYSM medium during 24h of fermentation, was studied. It was found that IB15 presented a growth profile similar to 2362 strain to
prduction of cells, spores, biomass and larvicidal activity throughout fermentation, with no statistically significant differences. At the end, 1.61x109 spores.mL-1 was obtained with IB15 and 6.46x108 spores.mL-1 with 2362. LT50 values were similar, being in average 2.5h in the experiments with one culture of the bacillus at the end of 24 hours. Strain IB15 showed to be suitable for growth in NYSM medium, presenting desirable levels of production of spores
and toxins throughout fermentation. Further studies are needed on the large-scale production with that strain for the development of biolarvicides. Therefore, with the findings obtained in this study, one verifies the great importance of mosquito biological control with the use of
entomopathogenic bacteria, showing to be a viable complement or alternative on the control of vector mosquitoes in Amazonia. / A atividade larvicida de B. sphaericus, procedentes de diversas localidades da Amazônia, foi estimada por meio de bioensaios com Anopheles darlingi e Culex quinquefasciatus. Pela análise de Probit foi determinada a concentração letal mediana (CL50) e a potência em relação à estirpe padrão 2362. Os resultados apontaram as estirpes IB15 (CL50 = 0,040 ppm), IB19 e S1116 (CL50 = 0,048 ppm), IB16 (CL50 = 0,052 ppm) e S265 (CL50 = 0,057 ppm) como mais efetivas, sendo IB15 com potência cerca
de 50% superior à estirpe 2362 nos bioensaios realizados contra A. darlingi e IB16 e S1116 mais potentes nos testes com C. quinquefasciatus, mostrando-se cerca de 300-400% superiores. Na caracterização molecular o gene da toxina binária foi diagnosticado em todas as estirpes estudadas e a
toxina MTX1 foi observada em apenas quatorze estirpes. Com base nas sequências de BinA, foram observados 23 sítios polimórficos nas sequências, sendo apenas quatro informativos para parcimônia. Ao total obteve-se dez haplótipos entre as estirpes da Amazônia, sendo o haplótipo 1 (nove estirpes)
similar a 2362 (Tipo 2) e o restante com sequências distintas. Os 16 sítios polimórficos observados nas sequências de aminoácidos resultaram em 19 aminoácidos variantes e, com base na distância genética, não foi possível estabelecer uma correlação entre variações nas sequências da toxina BinA e
o nível de toxicidade, bem como a procedência das estirpes. Como B. sphaericus desperta um interesse biotecnológico na produção de biolarvicidas para controle de mosquitos vetores, foi
estudado o crescimento microbiano da estirpe IB15 em meio NYSM, durante 24 horas de fermentação. IB15 apresentou um perfil de crescimento semelhante à estirpe 2362 quanto às
produções de células, esporos, biomassa e em atividade larvicida ao longo da fermentação. Ao final, obteve-se 1,61x109 esporos.mL-1 com IB15 e 6,46x108 esporos.mL-1 com 2362. Os valores de TL50 foram semelhantes, sendo em média 2,5h nos testes com uma cultura do bacilo ao final de 24 horas. A estirpe IB15 demonstrou ser adequada para crescimento em meio NYSM, apresentando níveis desejados de produção de esporos e toxinas ao longo da fermentação. São necessários estudos
complementares sobre produção em grande escala com essa estirpe para o desenvolvimento de biolarvicidas. Portanto, com os resultados obtidos nesse trabalho, verifica-se a grande importância do controle biológico de mosquitos com o emprego de bactérias entomopatogênicas, mostrando ser uma
alternativa ou complemento viável no controle de mosquitos vetores na Amazônia.
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Riqueza e alterações morfofisiológicas associadas à infecção por vírus de RNA de fita dupla no fungo entomopatogênico Metarhizium anisopliae / Richness and morphophysiological changes associated with infection by double-stranded RNA virus in the entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliaeViviane Santos 11 April 2013 (has links)
O Brasil é o país líder no uso do fungo entomopatogênico Metarhizium anisopliae para o controle pragas agrícolas. Pouco se conhece sobre a diversidade e o impacto dos micovírus em M. anisopliae sensu stricto. Este trabalho mostra a riqueza dos micovírus associados a isolados de M. anisopliae da coleção de entomopatógenos da Universidade de São Paulo, usinas sucroalcooleiras e produtos microbianos à base do entomopatógeno. RNAfd foram encontrados em 55% dos 36 isolados de Metarhizium e apresentaram 16 diferentes padrões eletroforéticos consistindo de 3 a 18 bandas de RNAfd em gel de poliacrilamida. RNAfd não foram detectados em nenhum dos produtos comerciais utilizados no presente estudo. Os diferentes padrões de vírus encontrados nos isolados aqui estudados, aparentemente, não têm relação com os locais onde foram coletados. O inibidor de síntese protéica ciclohexamida não foi eficiente na eliminação dos vírus de RNAfd em nenhum dos isolados de fungos testados. Colônias dos isolados de M. anisopliae ESALQ 866, M. anisopliae ESALQ 1256 e M. anisopliae CTC F8 foram curadas por meio do cultivo monoconidial ou isolamento de ponta de hifas. Alguns segmentos do isolado M. anisopliae PL26 foram perdidos após o subcultivo de ponta das hifas. Colônias de M. anisopliae ESALQ PL26 obtidas por meio do cultivo monoconidial ou subcultivo de ponta de hifas apresentaram grande variabilidade morfológica, no entanto, essa variação não foi correlacionada com a presença de micovírus. Colônias isogênicas de M. anisopliae ESALQ 1256 mostraram diferenças no crescimento, na produção de conídios e na virulência, no entanto, essas diferenças não foram associadas à presença de RNAfd. Não foram observadas diferenças na tolerância aos raios ultravioleta e ao calor entre as colônias de M. anisopliae ESALQ 1256, com e sem vírus de RNAfd. Colônias oriundas de setores formados no isolado M. anisopliae PL26 produziram menor quantidade de conídios e apresentaram menor quantidade de vírus RNAfd em comparação com as colônias oriundas de outras regiões da colônias originais com características normais. A repicagem sucessiva dos isolados de M. anisopliae ESALQ PL26, ESALQ 1256, CTC F8 e CTC F15, infectados por diferentes vírus de RNAfd, nos meios de cultura BDA, SDAY e meio de arroz, bem como a passagem dos fungos em larvas de Tenebrio molitor, em geral, não afetaram a replicação dos micovírus. / Brazil is the leading country in the use of the entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliae against agricultural pests. Little is known about the diversity and the impact of mycovirus in M. anisopliae sensu stricto. This study shows the richness of mycovirus associated with M. anisopliae isolates from the collections of entomopathogens of the University of São Paulo, from sugar-alcohol factories and microbial based products. dsRNA were found in 55% of the 36 Metarhizium isolates and showed 16 different electrophoretic patterns consisting of 3 to 18 dsRNA bands in polyacrylamide gels. dsRNA was not detected in any of the commercial products used in this study. The different viral patterns found in the isolates studied here apparently have no relation to the locations where they were collected. The inhibitor of protein synthesis cycloheximide culture was efficient in eradicating dsRNA virus from fungi. Colonies of isolates of M. anisopliae ESALQ 866, M. anisopliae ESALQ 1256 and M. anisopliae F8 were cured by monoconidial or by hyphal tip isolation of. Some segments of the M. anisopliae PL26 isolate were lost following hyphal tip subculture. Colonies both from monoconidial culture and hyphal tip subculture of M. anisopliae ESALQ PL26 showed great morphological variability; however, this variation was not correlated with the presence of mycoviruses. Isogenic colonies of M. anisopliae ESALQ 1256 showed differences in growth, conidia production and virulence; however, these differences were not associated to the presence of the dsRNA. No difference was observed regarding tolerance to ultraviolet rays and heat among the colonies of M. anisopliae ESALQ 1256, with and without the dsRNA virus. Sectors formed in the isolate M. anisopliae PL26 produced a smaller number of conidia and fewer dsRNA virus in comparison to the original colonies with normal characteristics. The repeated subculture of isolates of M. anisopliae ESALQ PL26, ESALQ 1256, CTC F8 and CTC F15, infected by different virus of dsRNA, in the PDA, SDAY culture media and in rice, as well as the fungi passage in larvae of Tenebrio molitor, in general, did not affect the replication of the mycovirus.
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Avaliação do potencial de Neozygites floridana (Entomophthorales: Neozygitaceae) para o controle biológico clássico de Tetranychus evansi (Acari: Tetranychidae) na África / Assessment of the potential for Neozygites floridana (Entomophthorales: Neozygitaceae) for the classical biological control of Tetranychus evansi (Acari: Tetranychidae) in AfricaVitalis Wafula Wekesa 10 December 2008 (has links)
O ácaro-vermelho do tomateiro, Tetranychus evansi Baker e Pritchard, tornou-se a praga mais importante do tomateiro, e de outras solanáceas na África, após a sua introdução naquele continente. Não se conhece nenhum inimigo natural nativo efetivo em associação com a praga na África, tornando necessária a busca de inimigos naturais em sua região de origem. T. evansi não é uma importante praga em grande parte da na América do Sul, sugerindo que este ácaro provavelmente tenha se originado nesta região. Buscas por inimigos naturais realizadas nesta região resultaram na coleta de diversos isolados de Neozygites floridana Weiser e Muma e do ácaro predador Phytoseiulus longipes Evans com potencial para introdução na África. Como parte das etapas preliminares, para introdução deste fungo patogênico na África, estudos foram conduzidos para determinar a compatibilidade de N. floridana com P. longipes, pois é desejável que estes dois inimigos naturais se complementem. Foi demonstrado que o fungo não é patogênico a P. longipes. O único efeito do fungo observado em P. longipes foi o incremento do comportamento de auto-limpeza (grooming) para remoção de capiloconídios do fungo aderidos ao corpo do ácaro. Alguns agrotóxicos empregados na produção de tomate foram testados quanto aos seus efeitos sobre N. floridana, a fim de determinar a seletividade e a adequação destes para uso em programas de MIP em tomateiro. Dois inseticidas, dois acaricidas e dois fungicidas foram testados em duas concentrações: a dosagem comercial recomendada (TC) e metade da dosagem comercial (TC / 2). Os fungicidas captana and mancozebe afetaram a esporulação e a germinação de N. floridana em ambas as concentrações, enquanto propargito não teve efeito sobre a esporulação, mas afetou a germinação dos conídios primários. Metomil e abamectina foram os produtos com menores efeitos sobre N. floridana. Adicionalmente, o efeito de plantas hospedeiras de T. evansi sobre N. floridana foi determinado em relação à contaminação, infecção, mortalidade e mumificação. A oviposição de T. evansi foi usada para determinar a adequação dos ácaros às plantas hospedeiras e esta foi correlacionada com a suscetibilidade dos ácaros ao fungo e subseqüente mumificação. O efeito dos aleloquímicos acumulados pelos ácaros sobre o fungo foi avaliado acompanhando-se o desenvolvimento da doença em ácaros que haviam sido criados nas diferentes plantas hospedeiras, mas que foram infectados e mantidos até a morte em tomate. Houve uma associação direta entre a oviposição, adequação de T. evansi às plantas hospedeiras medido pela taxa de oviposição e os parâmetros de desempenho avaliados do fungo, exceto para T. evansi sobre maria-preta e T. urticae sobre pimenta e algodão. A oviposição foi baixa onde, também, a esporulação foi baixa, sugerindo que a antibiose da planta pode afetar tanto a reprodução do ácaro como a atividade do fungo. A mortalidade e a mumificação variaram com a espécie de planta, provavelmente, indicando que estes processos são modulados pela composição química da planta. O efeito da temperatura sobre a esporulação, infecção e mumificação dos ácaros foi comparado entre três isolados de N. floridana, dois do Brasil (de Recife e de Piracicaba) e um da Argentina (Vipos-Tucumán) objetivando selecionar isolados potenciais para liberar em diferentes locais na África. Estes parâmetros foram avaliados sob vários regimes de temperatura constantes entre 13ºC e 33ºC. Também foi avaliado o efeito de seis regimes de temperaturas alternadas, 17-13°C, 21-13°C, 29-13°C, 33-13°C, 33-23°C, 33-29°C, sob fotoperíodo de 12:12h, luz e escuro, respectivamente, sobre a virulência dos três isolados contra T. evansi. Os perfis de temperatura em conjunto com os dados de infectividade podem ser úteis na seleção de isolados apropriados para uma determinada região com características térmicas particulares. / The tomato red spider mite, Tetranychus evansi Baker and Pritchard, became one of the most important pests of tomatoes and other solanaceous plants in Africa after its introduction in this continent. No native natural enemies are known to be associated with the pest in Africa making search for natural enemies necessary. T. evansi is not an important pest in South America suggesting that this mite probably originated from this region. Searches for natural enemy in this region yielded several isolates of Neozygites floridana Weiser and Muma and one potential predatory mite for introduction in Africa. As part of the preliminary steps for introduction of this fungal pathogen in Africa, studies were conducted to determine the compatibility of N. floridana with the predatory mite Phytoseiulus longipes Evans, because the two natural enemies are expected to complement each other. It was demonstrated that the fungus is not pathogenic to P. longipes. However, the presence of fungal capilliconidia on the leaf may alter the behavior of P. longipes by increasing grooming. Several pesticides used in tomato production were tested for their effect on N. floridana in order to determine their selectivity and adequacy for use in IPM programs for pest management in tomato. Two insecticides, two acaricides, and two fungicides were tested in two concentrations: the mean commercial rate (CR) and 50% of the mean commercial rate (CR/2). The fungicides Captan and Mancozeb affected sporulation and germination at both concentrations while Propargite had no effect on sporulation but affected germination of primary conidia. Methomyl and Abamectin had minimal effects on N. floridana. In addition, the effect of host plants of T. evansi on N. floridana was determined in relation to contamination, infection, mortality and mummification. Oviposition was used to determine host plant suitability to the mites and this was correlated to their susceptibility and subsequent mummification after infection by the fungus. Host-switching was used to determine the in vivo effect of accumulated allelochemicals to the fungus. There was a direct association of oviposition, plant suitability and the measured fungal parameters on all host plants with the exception of nightshade and pepper for T. evansi and cotton for T. urticae. Oviposition was also low on plants where sporulation was low suggesting that antibiosis may affect both mite reproduction and fungal activity. Mortality and mummification varied with plant species probably indicating that this processes are modulated by plant chemistry. The effects of temperature on sporulation, infection and mummification of mites was compared among three isolates of N. floridana, two from Brazil (from Recife and Piracicaba) and one from Argentina (Vipos-Tucumán) aiming to select potential isolates for release in different places of Africa. These parameters were measured at various constant temperature regimes from 13°C to 33°C. Six alternating temperature regimes of 17-13°C, 21-13°C, 29-13°C, 33-13°C, 33-23°C, 33-29°C at a photoperiod of 12:12h light and dark, respectively were also used to test their effect on the virulence of the three isolates against T. evansi. Temperature profiles in conjunction with infectivity assays can be useful in selecting appropriate isolates for a particular thermal environment.
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Estratégias de utilização de Beauveria bassiana (Hypocreales: Cordycipitaceae) para o manejo de Hypothenemus hampei (Coleoptera: Curculionidae) / Use strategies of Beauveria bassiana (Hypocreales: Cordycipitaceae) for the management of Hypothenemus hampei (Coleoptera: Curculionidae)Luiz Henrique Costa Mota 03 April 2017 (has links)
Hypothenemus hampei apresenta aspectos bioecológicos e comportamentais que dificulta o seu controle, como a sua natureza críptica, ficando dentro da semente de café a maior parte de seu ciclo de vida, por apresentar várias gerações por ano. Uma grande quantidade de frutos com H. hampei cai ao solo, constituindo uma excelente forma para sobrevivência do inseto na entressafra e como fonte para novas infestações. O controle de H. hampei deve então ser efetuado no período em que as fêmeas deixam o fruto onde nasceram até o momento em que colonizam novos frutos para reproduzirem. Biopesticida a base de Beauveria bassiana é uma opção disponível para o controle de H. hampei, no entanto, existem poucas evidências de sua eficiência em campo. Objetivou-se com está pesquisa avaliar estratégias para utilização de B. bassiana para manejo de populações de H. hampei por: i) pulverização aquosa com adjuvantes, ii) armadilha atrativa para auto-autocontaminação e iii) incorporação do patógeno no solo com fertilizantes quimícos. Pulverização direta de suspensões de conídios com o adjuvante Tween 80 resultou em menor mortalidade de H. hampei do que suspensões com os demais adjuvantes testados em laboratório. A eficácia dos adjuvantes com o fungo variou com o método de inoculação. As pulverizações diretas dos insetos resultaram em mortalidades reduzidas (23 - 53%), enquanto que a imersão e os métodos que permitiram que os insetos ficassem em contato com os conídios no substrato (fruto ou papel de filtro) após a pulverização resultaram em maiores mortalidades (63 - 98%). As imagens ultramorfológicas de H. hampei inoculados por diferentes métodos sugerem que a região ventral do abdome é o principal sítio de infecção do fungo, visto que, diferente dos outros métodos, na pulverização direta que resultou em mortalidades reduzidas, grande quantidade de conídios aderidos e germinados foram observados no élitro em comparação com a região ventral. Três modelos de armadilha de auto-inoculação foram comparadas em cafezal sombreado e a pleno sol e a captura de H. hampei foi superior em ESALQHh2. O manejo de H. hampei com a armadilha ESALQ-Hh2 foi avaliado em cafezal a pleno sol desde a fase de formação dos frutos até a colheita. Foi constatado em média 6,6% de H. hampei infectados por Beauveria sp. nas plantas distante 4 e 8 m das armadilhas e nenhum inseto infectado nas parcelas com as mesmas armadilhas, mas sem o fungo. Observou-se redução na concentração e viabilidade do patógeno nas armadilhas ao longo do tempo, porém as mortalidades de H. hampei expostos ao fungo foram elevadas (73 - 100%) durante os 148 dias de avaliação. Estudos conduzidos em laboratório revelaram que a capacidade de voo de H. hampei não é afetada pela carga de conídios aderidos ao seu corpo quando comparados aos insetos sem exposição ao fungo. Além disso, apenas 5% dos insetos expostos ao fungo conseguiram penetrar na semente de café, indicando baixo potencial de danos. A mistura de conídios de B. bassiana com fertilizantes químicos granulados em solo de cafezal resultou em reduções (34 e 50%) da infestação de H. hampei quando comparadas às parcelas somente com aplicação dos fertilizantes. Sugere-se que o manejo desta praga com B. bassiana apresenta maior potencial a curto prazo por pulverizações apenas no período de trânsito das fêmeas colonizadoras, e, à médio e longo prazo, pela aplicação do patógeno no solo conjuntamente com fertilizantes e com o uso de armadilha de auto-inoculação. / Hypothenemus hampei, presents bioecological and behavioral aspects that hinders its control, such as its cryptic nature, remaining inside the coffee bean most of its life cycle and for presenting several generations per year. A large number of coffee beans carrying H. hampei drop to the ground, providing an excellent way for insect survival in the off season and as a source for new infestations of berries. The control of H. hampei must thus be made in the period when the females leave the beans where they were born until the moment they colonize new fruits to reproduce. Biopesticide based with Beauveria bassiana is an option available for the control of H. hampei; however, there is little evidence of its effectiveness in the field. The objective of this study was to evaluate strategies to use B. bassiana in the management of H. hampei in three ways: i) aqueous spray with adjuvants, ii) attractive trap of autoinoculation and iv) inoculation of the pathogen into the soil with chemical fertilazers. Direct spraying of suspensions of fungal conidia with adjuvant Tween 80 resulted in lower mortality of H. hampei than suspensions with the other adjuvants tested in the laboratory. The effectiveness of the adjuvant with the fungus varied with the inoculation method. Direct sprays on the insects reduced mortalities (23 - 53%), while immersion and the methods that allowed the insects to have contact with the conidia in the substrate (fruit or filter paper) after spraying, resulted in greater mortality (63 - 98%). Ultramorphological images of H. hampei, inoculated by different methods, suggest that the ventral region of the abdomen is the primary site of infection of the fungus since, unlike the other methods, the direct spray that resulted in reduced mortality, large quantity of conidia adhered and germinated were observed in the elytron compared to the ventral region. Three models of autoinoculation traps were compared in a shaded coffee plantation and in the full sun. Capture of H. hampei was superior in ESALQHh2. The management of H. hampei with trap ESALQ-Hh2 was assessed at a coffee plantation under full sun from fruit formation until harvest. On average, 6.6% of H. hampei was infected by Beauveria sp. in plants 4 and 8 m distant from the traps and no insect was infected in the plots with the same traps, but without the fungus. There was a reduction in concentration and viability of the pathogen in the traps over time; however, mortality of H. hampei exposed to the fungus were high (73 - 100%) during the 148 days of evaluation. Studies conducted in laboratory revealed that the flight capacity of H. hampei was not affected by the load of conidia adhered to its body when compared to insects without exposure to the fungus. Furthermore, only 5% of insects exposed to the fungus managed to penetrate the coffee bean, indicating low potential damage. Inoculation of conidia of B. bassiana, along with granulated chemical fertilizers in the soil of the coffee plantation, reduced (34 and 50%) the infestation of H. hampei compared the plots with only the application of fertilizers. It is suggested that the management of this pest with B. bassiana presents greater potential in the short term by spraying only during the period of transit of colonizing females and in the medium and long term through the application of the pathogen to the soil together with fertilizers and autoinoculation traps.
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Interação de Metarhizium anisopliae (Metsch.), Beauveria bassiana (Bals.) e vírus da granulose, principais patógenos de Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) (Lepidoptera: Crambidae) / Interaction of Metarhizium anisopliae (Metsch), Beauveria bassiana (Bals.) and granulovirus, the main pathogens of Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) (Lepidoptera: Crambidae)Pauli, Giuliano 27 January 2010 (has links)
A broca da cana-de-açúcar, Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae) é naturalmente infectada por diversos patógenos, sendo os mais importantes Metarhizium anisopliae (Metsch.) (Ascomycota: Clavicipitaceae), Beauveria bassiana (Bals.) (Ascomycota: Cordycipitaceae) e vírus da granulose. Esses microrganismos podem co-infectar um mesmo indivíduo em condições de campo, mas os resultados das interações desses patógenos não são conhecidos. O presente trabalho objetivou determinar a virulência desses patógenos aplicados de forma isolada e em infecções mistas na fase larval de D. saccharalis em condições de laboratório sobre dieta artificial e em plantas de milho. A maioria das combinações resultou em efeito aditivo na mortalidade dos insetos (M. anisopliae + B. bassiana, M. anisopliae + DsGV e M. anisopliae + B. bassiana + DsGV), entretanto ficou evidenciado antagonismo entre B. bassiana e o granulovírus. Todos os cadáveres oriundos das aplicações associadas apresentaram sintomas de apenas um dos patógenos envolvidos na infecção. A produção de conídios de uma espécie de fungo nos cadáveres submetidos à co-infecção foi semelhante à produção de conídios da mesma espécie na infecção isolada. Na infecção mista, os dois fungos se desenvolveram na hemolinfa do hospedeiro, entretanto em um estágio tardio do processo infectivo ocorreu a exclusão de um dos patógenos. A infecção por B. bassiana diminuiu drasticamente a densidade de hemócitos circulantes na hemolinfa das lagartas, efeito não observado para M. anisopliae. Duas populações de laboratório de D. saccharalis, uma oriunda de Piracicaba-SP e outra de Araras-SP, foram testadas quanto à suscetibilidade aos fungos M. anisopliae e B. bassiana. A população de insetos de Piracicaba foi menos suscetível em 2009 do que a mesma população em 2008 e também em relação à população de Araras. Dessa forma, foi realizado um bioensaio comparando a suscetibilidade de insetos das duas populações e da progênie (F1) dos cruzamentos diretos entre elas, criadas nas mesmas condições bióticas e abióticas, para determinar se a suscetibilidade diferencial estaria relacionada a fatores genéticos. Não foram observadas diferenças significativas na suscetibilidade das duas populações e dos cruzamentos aos fungos. A suscetibilidade diferencial observada nos dois primeiros bioensaios provavelmente esteja relacionada às variações no sistema de criação, em componentes nutricionais e antimicrobianos da dieta e não a variações entre as populações dos hospedeiros. / The sugarcane borer, Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae) is naturally infected by various pathogens, the most important are Metarhizium anisopliae (Metsch) (Ascomycota: Clavicipitaceae), Beauveria bassiana (Bals.) (Ascomycota: Cordycipitaceae) and granulovirus. These microorganisms may coinfect the same host under field conditions, but the result of these pathogens interactions is not known. This study investigated the virulence of these pathogens applied separately and together on larvae of D. saccharalis in the laboratory on artificial diet and on corn plants. Most combinations resulted in additive effect on insect mortalities (M. anisopliae + B. bassiana, M. anisopliae + DsGV and M. anisopliae + B. bassiana + DsGV), however it became apparent antagonism between B. bassiana and the granulovírus. In all cadavers resulted from mixed applications, only one pathogen sporulated or externalized their symptoms in the host. Production of conidia of one fungal species on the cadavers subjected to co-infection was similar to the production of conidia of the same species in a single infection. In mixed infection, the two fungi have developed in the hemolymph of the host, and the exclusion of one pathogen occurred at a later stage of the infective process. Infection with B. bassiana has drastically reduced the density of circulating hemocytes in the hemolymph of the larvae, which was not observed for M. anisopliae. Two laboratory populations of D. saccharalis, one coming from Piracicaba-SP and other from Araras-SP, were tested for susceptibility to M. anisopliae and B. bassiana. The insect population from Piracicaba was less susceptible to application of fungi in 2009 compared to the same population in 2008 and compared to the Araras population. Therefore, a bioassay was performed comparing the susceptibility of the two populations and the progeny (F1) of direct crossings between them, using insects reared in the same conditions. This assay was performed to determine if the differential susceptibility would be related to genetic factors. No significant differences were observed in the susceptibility of insect populations and crossings to both fungi. The differential susceptibility observed in the first two assays was probably related to variations in the rearing system and nutritional and antimicrobial components in the diet and not due to variations among host populations.
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