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A terra (des)construída na mídia impressa do Pontal do Paranapanema /

Silva, Maria Auxiliadora Brito. January 2006 (has links)
Orientador: Arnaldo Cortina / Resumo: Nesta tese propõe-se uma leitura dos efeitos de sentido da temática da terra construídos no jornalismo impresso do Pontal do Paranapanema. Por meio da diversidade de gêneros textuais, produzidos em 2002, nos dois jornais de maior circulação na região mais conhecida pelos conflitos agrários, Oeste Notícias e O Imparcial, contituiu-se o corpus para a leitura, à luz da semiótica greimasiana. Para isso elege-se a práxis enunciativa para enquadrar e reger, pela discursivização, as dimensões narrativa, figurativa e passional dos discursos jornalísticos da terra. Pretende-se abordar o papel do sujeito como responsável pelo fazer perceptivo em relação aos enunciados do jornal, examinando a função do enunciador e do leitor na ressemantização e/ou dessemantização do sentido. Analisa-se a "figuratividade" para conduzir a concretização do simulacro do ato de percepção do sentido de terra produzido nos diferentes gêneros textuais do jornal. / Résumé: Cette thèse propose une lecture des effets de sens de la terre qui ont été construits dans la presse du "Pontal do Paranapanema". Par le moyen de la diversité de genres textuels dont la production date de l'an 2002, dans les deux journaux de la plus grande circulation de la région très connue par les conflits agraires, Oeste Notícias et O Imparcial, on a constitué le corpus pour la lecture, à la lumière de la sémiotique française. Pour cela on élit l'action énonciative pour encadrer et diriger, par la discursive, les dimensions narrative, figurative et passionnelle des discours journalistiques de la terre. On prétend aborder le rôle du sujet comme responsable pour le faire perceptif par rapport les énoncés du journal, en examinant la fonction de celui qui énonce et du lecteur dans la resémantique et/ou desémantique du sens. On analyse d'une manière figurative pour mener la concrétion du simulacre de l'acte de perception du sens de terrre qui a été produit dans les differents genres textuels du journaux. / Doutor
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A enunciação de orações canônicas da Igreja Católica

Moura, Deije Machado de January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2014-10-22T01:01:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000462116-Texto+Completo-0.pdf: 1482130 bytes, checksum: 5db5ac497c9ff6bb0ae1f461cf9b9c4a (MD5) Previous issue date: 2014 / Playing the role of a prayerful reader, whether a member of the Catholic Church or not, the individual elaborates his own speech (free prayers) and/or uses the texts that are already done and available for use (canonical prayers). In the later case, he identifies himself as the self in the prayer, and make use of the text as if it were his own, and while enunciates it, gives the speech his own unique meaning. From this view, issues concerning the linguistic phenomena of enunciation, more specifically, the enunciation of Catholic Church’s canonic prayer are raise and we aim to access how these enunciative approaches may be designed (elements and concepts); in a way we can perceive the otherness manifestation in the process; which may be understood as repeatable or unrepeatable in this kind of enunciation, which differentiates this kind of enunciation from an ordinary one. All this reflection is based on the principles of the theory developed by Oswald Ducrot ‘Teoria da Argumentação na Língua’ (ANL) as it concerns to this matter, so as in the fundaments found on the base of his studies (Saussure and Benveniste) and texts from his pupils i. e. the researcher Carrel. This theory was chosen as the starting point for our investigation due to its objectivity, coherence, and precision the language aspects’ study, dismissing the need of resorting to aspects external to it. The corpus selected to our discussion is limited to canonic prayers from the Catholic Church, such as the Our Father and Hail Mary, among others aimed to the saints. After considering the occurrence of this enunciation, comparing to the ideas of the scholars presented on the theoretical basis of this work, we noticed that: the concept of the elements from the catholic enunciation distinguishes in some aspect from those that are nor present in the ordinary enunciation; the speaker and the structure of the praying texts respond for the otherness which rises in the enunciative approach; we notice and explain the repeatability and unrepeatability process in the enunciation of this kind of text; we argue the speaker’s discursive attitudes and the impossibility of a reversibility process between speaker and the one he is reaching for, and, finally we propose other investigations on the subject hereby studied: the enunciation of texts elaborated and put into use in the language. / Desempenhando o papel de locutor orante, membro ou não da Igreja Católica, o indivíduo elabora seu próprio discurso (orações abertas) e/ou faz uso de textos já prontos e disponíveis para uso (orações canônicas). Nesse último caso, ele se identifica com o “eu” da oração, apropria-se do texto como se fosse elaboração sua, e ao enunciá-lo atribui ao discurso um sentido próprio, único. Sob esse olhar, levantamos inquietações acerca do fenômeno linguístico da enunciação, mais especificamente, a enunciação de orações canônicas da Igreja Católica, a fim de verificarmos o seguinte: como essa abordagem enunciativa pode ser delineada (elementos e conceitos); de que maneira percebemos a manifestação da alteridade nesse processo; o que entendemos como repetível ou irrepetível nesse tipo de enunciação; e o que diferencia esse tipo de enunciação de uma enunciação ordinária. Toda essa reflexão é alicerçada em princípios da teoria desenvolvida por Oswald Ducrot ‘Teoria da Argumentação na Língua’ (ANL), no que diz respeito à questão, como também em fundamentos encontrados na base de seus estudos (Saussure e Benveniste) e estudos de discípulos seus, a exemplo da pesquisadora Carel. Escolhemos essa teoria como ponto de partida para nossa investigação pela sua objetividade, coerência, precisão no estudo de aspectos da linguagem, sem termos que recorrer a aspectos externos a essa.O corpus selecionado para nossas discussões é restrito a orações canônicas da Igreja Católica, como: Pai-Nosso, Ave-Maria, entre outras direcionadas a santos. Após pensarmos na ocorrência dessa forma de enunciação, comparando-a com as ideias dos estudiosos apresentados na fundamentação teórica deste trabalho, constatamos que: os conceitos dos elementos da enunciação de orações canônicas se distinguem em algum aspecto dos que são apresentados para uma enunciação ordinária; o locutor e a estrutura dos textos oracionais respondem pela alteridade que se manifesta nessa abordagem enunciativa; percebemos e explicamos o processo de repetibilidade e irrepetibilidade na enunciação desse tipo de texto; discorremos sobre as atitudes discursivas do locutor e a impossibilidade do processo de reversibilidade de papeis entre locutor e alocutário; e por fim apresentamos propostas para outras investigações sobre o tema aqui em estudo: a enunciação de textos prontos e postos na língua para uso.
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Enunciação e política de assistência social: a sintagmatização das formas da língua como instância de investigação para a construção de sentidos no discurso da LOAS e da PNAS

Bernhard, André Barbosa January 2017 (has links)
L’objectif de cette recherche est enquêter, par le biais dês études du langage, plus spécifiquement par la théorie Énonciative d’Émile Benveniste, la manière par laquelle les formes de la langue s’organisent, dans les discours de la Lei Orgânica de Assistência Social de 1993 (LOAS) et dans la Política Nacional de Assistência Social de 2004 (PNAS), de manière à signifier pour le lecteur: a) qui est celui qui parle dans les textes; b) à qui les texts se dirigent; et b) sur qui les textes parlent. En considèrant tels texts comme baliseurs des principles, des directrizes et de la gestion de la Poltique d’Assistance Sociale Brésilienne et comme références élementaires à ceux qui agissent ou qui se préparent pour y agir, devient fondamentale l’exploration des sens construits dans ces texts par la vérification de la manière comme les formes s’engendrent. De ce fait, la théorie de l’énonciation d’Émile Benveniste possibilite qu’on élabore la relation forme-sens, avec la considération des relations intersubjectives construites à partir du pair je-tu, les dites personnes discours, qui sont en disjunction à lui, la non personne du discours, qui crée l’espace pour la référence dans le discours. Avec la conception de que le discours est produit de la conversion de la langue par le locuteur qui, à chaque enunciation, institue la relation trinitaire je/tu – il, a été rélisée, premièrement, une lecture de texts sur le point de vue linguistique lato sensu, avec inspiration de Ginsburg (1989), qui établit un mode interpretative centré dans des modes résiduels qui peuvent être révélateurs de faits complexes, dans ce cas, faits de langage relacionnées a) à qui parle dans les textes; b) à qui les textes se dirigent; et c) sur qui les textes parlent. Pour procéder l’analyse de faits soulignés dans la première lecture, on établit un point de vue linguistique stricto sensu à partir de la théorie énonciative d’Émile Benveniste à l’égard, plus spécifiquement, à la réflexion de l’auteur sur la triade je-tu-il avec la consideration des problématiques suivantes: a) l’homme dans le langage et dans a langue; b) les notions d’énunciation et de discours qui implique la notion de langue et le cadre figuratif de sa mobilisation; c) les relations intersubjectives et de la reference construite dans le discours: le rôle de a sintagmation pour la sémantisation; d) le principe sémiologique de la langue comme systhème qui interprète la société. Le parcours réalisé dans cette recherché permet arriver, comme résultat de l’analyse, que les textes de LOAS et de la PNAS soient structures par le cadre énonciatif je-tu/il dans lequel a) le je (ce lui qui parle dans le textes) est la propre Política de Assistência Social; b) le tu (celui à qui je se dirige) est le gestionnaire de la politique; et c) que le il (celui à qui je fait reference) est le publique cible qu’en a besoin. On conclut, à partir de cela, que le “je” met en scène le “tu” (Gestionnaire) et le “il” (Publique cicle) de forme integer, une fois qui sont conjointement référés dans la majorité des enoncés analysés. C’est une enunciation qui apporte un parler pour, impliqué d’un parler de qu’on peut représenter par (je/tu – il). Face à ce qui a été exposé, on comprend que le phénomène plus complexe plus complèxe que les texts de LOAS et de PNAS relèvent est la projection d’une énonciation future qui est deployment de cette référence intégré entre gestionnaire et le secteur publique. Le Locuteur, quand il fait reference au publique cible de la politique, le fait de manière générique et conceptuelle, prévoyant son ennonciation au gestionnaire. Cette énociation sera capable d’actualiser la reference à l’usager en relation à celle-là qui est mise dans les textes de LOAS et de PNAS comme possibilité que les nouvelles enonciations entre gestionnaire et usager puissant implanter chaque usager de manière unique et singulière pour que les interventions relationnés à ells puissant l’émener, à partir d’une nouvelle position dans le discours, aussi se situer de manière nouvelle dans la société, exploré par Knack (2016). / O objetivo desta pesquisa é investigar, pelo viés dos estudos da linguagem, mais especificamente pela Teoria Enunciativa de Émile Benveniste, a maneira como as formas da língua organizam-se nos discursos da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), de 1993, e da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), de 2004, de modo a significar para o leitor: a) quem é aquele que fala nos textos; b) a quem os textos se dirigem; e b) sobre quem os textos falam. Considerando tais textos como balizadores dos princípios, das diretrizes e da gestão da Política de Assistência Social brasileira e como referenciais elementares para aqueles que atuam ou que se preparam para atuar nela, torna-se fundamental a exploração dos sentidos constituídos nesses textos pela verificação do modo como as formas da língua se engendram. Sendo assim, a Teoria da Enunciação de Émile Benveniste possibilita que se aborde a relação forma-sentido, com a consideração das relações intersubjetivas constituídas a partir do par eu-tu, as chamadas pessoas discurso, que estão em disjunção a ele, a não-pessoa do discurso, que cria o espaço para referência no discurso. Com a concepção de que o discurso é produto da conversão da língua pelo locutor que, a cada enunciação, institui a relação trinitária eu-tu/ele, foi realizada, primeiramente, uma leitura dos textos sob um ponto de vista linguístico lato sensu, com inspiração em Ginsburg (1989), que estabelece um método interpretativo centrado em dados residuais que podem ser reveladores de fatos complexos, no caso, fatos de linguagem relacionados a: a) quem fala nos textos; b) quem os textos se dirigem; e c) sobre quem os textos falam. Para proceder à análise dos fatos salientados na primeira leitura, estabelecemos um ponto de vista linguístico stricto sensu a partir da Teoria Enunciativa de Émile Benveniste no que tange, mais especificamente, à reflexão do autor sobre a tríade eu-tu-ele, com a consideração das seguintes problemáticas: a) o homem na linguagem e na língua; b) as noções de enunciação e de discurso que envolvem a noção de língua e o quadro figurativo de sua mobilização; c) as relações intersubjetivas e da referência constituída no discurso: o papel da sintagmatização para a semantização; d) o princípio semiológico da língua enquanto sistema interpretante da sociedade. O percurso realizado nesta pesquisa permite chegar, como resultado da análise, que os textos da LOAS e da PNAS estruturam-se pelo quadro enunciativo eu-tu/ele em que: a) o eu (aquele que fala nos textos) é a própria Política de Assistência Social; b) o tu (aquele a quem eu se dirige) é o gestor da política; e c) que o ele (aquele a quem eu se refere) é o público-alvo que dela necessita. Conclui-se, a partir disso, que o eu (Política de Assistência Social) coloca em cena o tu (gestor) e o ele (público-alvo) de forma integrada, uma vez que são conjuntamente referidos na maioria dos enunciados analisados. Trata-se de uma enunciação que traz um falar para, implicado de um falar de que podemos representar por (eu/tu-ele). Diante do exposto, entende-se que o fenômeno mais complexo que os textos da LOAS e da PNAS revelam é a projeção de uma enunciação futura, entre o público-alvo e o gestor, a qual é desdobramento dessa referência integrada entre estes. O locutor, ao referenciar o público-alvo da política, o faz de maneira genérica e conceitual, prevendo a enunciação do público-alvo ao gestor. Essa enunciação será capaz de atualizar a referência ao usuário em relação àquela que está posta nos textos da LOAS e da PNAS, como possibilidade de que as novas enunciações entre gestor e usuário possam implantar cada usuário de modo único e singular, para que as intervenções relacionadas a ele possam levá-lo, a partir de uma renovada posição no discurso, também se situar de modo novo na sociedade, conforme abordagem explorada por Knack (2016).
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Por um saber sobre a escrita na interdependência entre atos enunciativos na universidade : a (re)escrita em voz alta

Juchem, Aline January 2017 (has links)
Cette thèse vise à discuter la question de recherche suivante : qu’est-ce que c’est l’écriture, si l’on considère l’interdépendance énonciative entre les actes de parler, d’écouter, d’écrire et de lire ? Pour répondre à ce problème, nous proposons d’abord la contextualisation de notre objet d’étude, circonscrit au domaine de l’enseignement, pour réfléchir sur la manière dont les vestiges d’une histoire constituée dans et par le langage produisent des effets dans l’enseignement-apprentissage de langue maternelle et dans la production de textes écrits par l’apprenant, une fois qu’il est le résultat de la relation personne-espace-temps qui fonde l’expérience humaine dans le langage. Dans cette ligne, nous nous inspirons de la théorie énonciative d’Émile Benveniste, en considérant, comme présupposé théorique fondamental, que les actes énonciatifs de parole, d’écoute, d’écriture et de lecture constituent, en complémentarité, la condition humaine dans la société, spécifiquement dans l’université, puisque le langage suppose l’interdépendance entre ces modalités d’emploi de la langue par l’homme dans sa constitution en tant que parlant. À partir de ce présupposé, nous tirons, de la réflexion de Benveniste, trois notions structurantes, qui s’inter-relationnent dans cette recherche : l’intersubjectivité, qui rend possible la communication linguistique et son actualisation dans le discours ; la temporalité de la langue, qui permet, à l’homme, de s’historiciser dans la langue-discours ; et la relation d’interprétance, dont la faculté métalinguistique, qui la fonde, permet, à l’homme, de devenir un interprète de sa langue pour se (ré)inventer dans la société avec sa culture. De ces notions, respectivement, nous dérivons nos propres notions, qui convergent vers l’approche de notre problématique quant à la (ré)signification d’une connaissance dans/de l’écriture en vue de l’interdépendance énonciative, de l’instance d’historicisation et de la réflexivité énonciative. De la base théorique circonscrite à la linguistique, nous passons à la base méthodologique, qui prévoit l’articulation de principes et de mécanismes d’analyse de trois faits énonciatifs de langage d’une étudiante participante de l’atelier de Langue Portugaise du Programme d’Appui à la Licence de l’Université Fédérale du Rio Grande do Sul, articulés à trois instances analytiques : l’écriture, liée au texte écrit ; la voix, liée à la vocalisation de l’écrit ; et l’écoute, liée aux discours sur la vocalisation de l’écrit. Sous cette articulation, basée sur des notions théoriques, nous passons à l’analyse translinguistique de l’interdépendance énonciative entre les faits de langage dans la constitution de notre objet d’étude, une fois qu’il est un point d’arrivée de cette thèse : la (ré)écriture à haute voix. Comme effet de la vocalisation de l’écrit, qui réorganise les relations entre les actes énonciatifs en lire/parler et écrire/écouter en raison de l’interdépendance énonciative qui s’établie en salle de classe dans l’axe méthodologique écriture-lecture/vocalisation-écoute-(ré)écriture, la (ré)écriture à haute voix marque l’embryon d’une (ré)écriture qui naît au moment même où le texte écrit est vocalisé. La réalisation vocale de l’écriture est entendue ; donc, l’écoute devient aussi le critère de l’écriture, puisqu’elle est vocalisée. La (ré)écriture à haute voix commence bien là où la voix (re)produit les sens graphiques, inscrite dans un mouvement de rétrospection et de prospection, qui (re)fait, par la vocalisation, les sens du texte écrit et, en même temps, projette la ré-écriture graphique. Voici la place de l’écriture dans la (ré)signification de l’élève dans le langage. / Esta tese visa a discutir a seguinte questão de pesquisa: o que é a escrita se considerada a interdependência enunciativa entre os atos de falar, ouvir, escrever e ler? Para responder a essa problemática, propomos inicialmente a contextualização do nosso objeto de estudo, circunscrita ao âmbito do ensino, de modo a refletir sobre como os vestígios de uma história constituída na e pela linguagem produzem efeitos no ensino-aprendizagem de língua materna e na produção de textos escritos pelo aluno, uma vez que ele é resultado da relação pessoa-espaço-tempo que funda a experiência humana na linguagem. Nessa linha, inspiramo-nos no construto enunciativo de Émile Benveniste, considerando como pressuposto teórico fundamental que os atos enunciativos de fala, escuta, escrita e leitura constituem em complementaridade a condição humana na sociedade, especificamente na universidade, visto que a linguagem supõe a interdependência entre essas modalidades de emprego da língua pelo homem em sua constituição como falante. A partir de tal pressuposto, derivamos da reflexão benvenistiana três noções estruturantes, que se inter-relacionam nesta pesquisa: a intersubjetividade, que torna possível a comunicação linguística e sua atualização no discurso; a temporalidade da língua, que possibilita ao homem se historicizar na língua-discurso; e a relação de interpretância, cuja faculdade metalinguística, que a fundamenta, permite ao homem se tornar intérprete de sua língua para (re)inventar-se na sociedade com sua cultura. Dessas noções, respectivamente, derivamos noções próprias, que convergem para a abordagem de nossa problemática quanto à (re)significação de um saber na/da escrita em vista da interdependência enunciativa, da instância de historicização e da reflexividade enunciativa. Da base teórica circunscrita à linguística, passamos à base metodológica, que prevê a articulação de princípios e mecanismos de análise de três fatos enunciativos de linguagem de uma aluna universitária, coletados no Programa de Apoio à Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e articulados a três instâncias analíticas: a escrita, relacionada ao texto escrito; a voz, atrelada à vocalização do escrito; e a escuta, vinculada aos discursos sobre a vocalização do escrito. Sob essa articulação, fundamentada pelas noções teóricas, passamos à análise translinguística da interdependência enunciativa entre os fatos de linguagem na constituição do nosso objeto de estudo, uma vez que ele é um ponto de chegada desta tese: a (re)escrita em voz alta. Como efeito da vocalização do escrito, que reorganiza as relações entre os atos enunciativos em ler/falar e escrever/ouvir em virtude da interdependência enunciativa que se instaura em sala de aula no eixo metodológico escrita-leitura/vocalização-escuta-(re)escrita, a (re)escrita em voz alta demarca o embrião de uma (re)escrita que nasce no instante mesmo em que o texto escrito é vocalizado. A realização vocal da escrita é ouvida; logo, a escuta se torna também critério da escrita, posto que esta é vocalizada. A (re)escrita em voz alta começa bem ali onde a voz (re)produz os sentidos gráficos, inscrita num movimento de retrospecção e prospecção, que (re)faz, pela vocalização, os sentidos do texto escrito e, ao mesmo tempo, projeta a re-escrita gráfica. Eis o lugar da escrita na (re)significação do aluno na linguagem.
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Implicações do pensamento benvenistiano para a escrita da história

Silva, Daniel Costa da January 2015 (has links)
Notre recherche traite des implications de la pensée benvenistienne pour l'étude de la Théorie de l'Histoire. Nous réfléchissons ainsi sur quelles notions d’Émile Benveniste sont liées à une « science générale de l'homme » ; et quelles sont les possibles contributions que la théorie de Benveniste peut offrir pour le domaine de la Théorie de l’Histoire. Dans un premier moment, nous observons la manière dont Benveniste a développé la distinction entre « l’énonciation historique » et « l’énonciation de discours ». Nous observons comment la distinction entre ces deux concepts pourrait être utile dans l’analyse des discours historiques. Nous avons perçu que la distinction, entre les plans de l’histoire et du discours, pour être vraiment utile, elle devrait être située dans le moment théorique de la distinction faite par Benveniste entre personne et non-personne ; une fois que le domaine de la non-personne semble être vraiment le domaine propre du récit historique, où l’on cherche à utiliser des énonciations non subjectives. Dans une deuxième étape du travail, nous observons la distinction proposée par Benveniste entre le sémantique et le sémiotique. Nous mettons cette distinction en relation avec la question autour des notions de système et de structure. Ainsi, dans cette deuxième phase du travail, nous ne sommes pas resté limités seulement à la théorie de Benveniste. Nous essayons aussi de comprendre quelle était la position de Benveniste par rapport à la vogue structuraliste qui a marqué la linguistique de son époque. Nous croyons que Benveniste ne s’est permis jamais d’être un structuraliste stricto sensu. Et il nous semble que, avec l’élaboration de la distinction sémiotique/sémantique, Benveniste a aussi voulu échapper à une conception de langue comme une simple structure. À partir de là, nous soulevons l’hypothèse que, dans l’histoire, il n’y a pas de mode sémiotique ; il n’y a que le mode sémantique. Pour terminer, dans un troisième moment, nous avons fait quelques considérations sur la recherche du sens dans la langue et la recherche du sens dans l’histoire ; nous avons réfléchi aussi sur la possibilité de parler d’une sémiologie de l’Histoire. En outre, nous mettons en évidence les questions terminologiques impliquées dans la relation entre la « réalité » et le langage. Cela fait, nous avons pu conclure que faire histoire est un acte d’auteur où la subjectivité du sujet y reste impliquée. / Nossa pesquisa trata das implicações do pensamento benvenistiano para o estudo da Teoria da História. Refletimos, assim, sobre quais noções em Émile Benveniste se mostram ligadas a uma “ciência geral do homem”; e quais possíveis contribuições que a teoria de Benveniste pode oferecer para o campo da Teoria da História. Em um primeiro momento, observamos a maneira pela qual Benveniste desenvolveu a distinção entre “Enunciação histórica” e “Enunciação de discurso”. Observamos como a distinção entre esses dois conceitos poderia ser útil na análise dos discursos históricos. Percebemos que a distinção, entre os planos da história e do discurso, para ser realmente útil, precisaria ser situada dentro do momento teórico da distinção feita por Benveniste entre pessoa e não-pessoa; uma vez que o domínio da não-pessoa parece ser realmente o domínio próprio da narrativa histórica, em que se busca usar enunciações não subjetivas. Em uma segunda etapa do trabalho, observamos a distinção proposta por Benveniste entre o semântico e o semiótico. Colocamos essa distinção em relação com a questão em torno das noções de sistema e de estrutura. Assim, nessa segunda fase do trabalho, nós não ficamos circunscritos apenas à teoria de Benveniste. Tentamos também entender qual era a posição de Benveniste em relação à voga estruturalista que marcou a linguística de sua época. Acreditamos que Benveniste nunca se permitiu ser um estruturalista stricto sensu. E nos parece que, com a elaboração da distinção semiótico/semântico, Benveniste quis também fugir de uma concepção de língua como simples estrutura. A partir disso, levantamos a hipótese de que, na História, não há modo semiótico; há apenas o modo semântico. Para terminar, em um terceiro momento, fizemos algumas ponderações sobre a busca pelo sentido na língua e a busca pelo sentido na História; ponderamos sobre a possibilidade de se falar em uma semiologia da História. Além disso, destacamos as questões terminológicas envolvidas na relação entre “realidade” e linguagem. Feito isso, conseguimos concluir que fazer História é um ato de autor em que a subjetividade do sujeito fica aí implicada.
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Semiologia da linguagem : a enunciação do sagrado e o corpo afrorreligioso

Severo, Renata Trindade January 2016 (has links)
Cette thèse propose un élargissement de la notion d’énonciation, telle comme elle est construite à partir de la pensée d’Émile Benveniste. Nous nous sommes basé sur l’ouverture prévue dans des textes tels que l’article « Sémiologie de la langue » (1969) et l’ensemble de notes qui compose le livre posthume Dernières leçons pour étudier un objet qui, encore lié à la linguistique, présente des dimensions qui vont au-delà d’elle. Dans ces textes, Benveniste réaffirme et établit définitivement la place de la langue en tant que système interprétant universel : la langue interprète tous les autres systèmes, y compris elle-même. Elle est le système qui rend possible une sémiologie de tous les autres. De l’énonciation de / dans la langue, nous arrivons à une idée d’énonciation centrée dans le langage : en vertu d’un intenté, sur le tissu significatif de l’instance de discours, la catégorie de personne s’instaure et, avec elle, l’intersubjectivité, à travers une sémantisation qui n’est pas exclusive de la langue. L’énonciateur fait usage des systèmes sémiologiques dont la matérialité est exprimée par / dans le corps, avec la voix, avec le regard, avec des gestes et avec des formes encore plus subtiles et spécifiques d’une énonciation donnée. Dans notre texte, nous observons la langue, l’affectivité et le sacré s’intégrer dans une énonciation dont l’indice de subjectivité est le corps : l’énonciation du sacré. Pour traiter de cet objet, nous utilisons la Théorie de l’Énonciation – avec quelques déplacements et ouvertures – et aussi les réflexions sur le corps de David Le Breton (1998 ; 2011 ; 2012) pour penser l’affectivité comme un système de sens articulé à la langue. Pour atteindre à l’énonciation du sacré, nous nous sommes inspiré dans les notions de témoin et de témoignage pensées par Giorgio Agamben (2008). C’est le témoignage, donc la langue, qui nous permet de faire la sémiologie de l’énonciation du sacré, l’objectif principal de cette thèse. Des entretiens ouverts avec des informateurs identifiés dans sa relation avec des religions afro-brésiliennes du Rio Grande do Sul et l’observation participante dans les rituels de ces religions ont été les moyens de recueille des témoignages, qui constituent le corpus d’analyse. À partir de la notion d’auctor (AGAMBEN, 2008), nous attribuons, à ces témoignages, le statut d’objet d’étude : le témoignage du sacré, qui a fourni le matériel dont l’observation et l’analyse ont mobilisé un cadre théorique et méthodologique, héritier de la Théorie de l’Énonciation, de l’anthropologie du corps et de la philosophie – celle de l’Occident, par l’intermédiaire d’Agamben, et l’afro-brésilienne, à travers d’une affectivité produite dans le domaine du sacré, qui a influencé plus d’une façon l’écriture de cette thèse. L’énonciation du sacré reste un objet que l’on peut traiter seulement via auctor, dans le témoignage du sacré. / Essa tese propõe um alargamento da noção de enunciação tal como ela tem sido construída a partir do pensamento de Émile Benveniste. Apoiamo-nos na abertura prevista em textos como o artigo “Semiologia da língua” (1969) e o conjunto de notas que compõe o livro póstumo Dernières leçons para estudar um objeto que, ainda vinculado à língua, apresenta dimensões que a extrapolam. Nesses textos, Benveniste reafirma e estabelece definitivamente o lugar da língua como sistema interpretante universal: a língua interpreta todos os outros sistemas, inclusive a si mesma. Ela é o sistema que torna possível uma semiologia de todos os outros. Da enunciação da/na língua, chegamos a uma ideia de enunciação centrada na linguagem: em virtude de um intentado, sobre o tecido significativo da instância de discurso, instaura-se a categoria da pessoa e, com ela, a intersubjetividade, por meio de uma semantização que não é exclusiva da língua. O enunciador se vale de sistemas semiológicos cuja materialidade é expressa pelo/no corpo, seja com a voz, com o olhar, com gestos e com formas ainda mais sutis e específicas de determinada enunciação. Em nosso texto, observamos língua, afetividade e sagrado integrar-se em uma enunciação cujo índice de subjetividade é o corpo: a enunciação do sagrado. Para abordar esse objeto, além de nos valermos da Teoria da Enunciação — com alguns deslocamentos e aberturas —, recorremos às reflexões sobre corpo de David Le Breton (1998; 2011; 2012) para pensarmos a afetividade como um sistema de sentido articulado à língua. Para chegarmos à enunciação do sagrado, nos inspiramos nas noções de testemunha e de testemunho pensadas por Giorgio Agamben (2008). É o testemunho, portanto a língua, que nos permite fazer a semiologia da enunciação do sagrado, principal objetivo dessa tese. Entrevistas abertas com informantes identificados em sua relação com religiões afro-gaúchas e observação participativa em rituais dessas religiões foram os modos de coleta dos testemunhos que constituem o corpus de análise. A partir da noção de auctor (AGAMBEN, 2008), atribuímos a esses testemunhos o estatuto de objeto de estudo: o testemunho do sagrado, que forneceu o material cuja observação e análise mobilizaram um arcabouço teórico-metodológico tributário da Teoria da Enunciação, da antropologia do corpo e da filosofia — a ocidental, via Agamben, e a afrobrasileira, por meio de uma afetividade produzida no âmbito do sagrado que influenciou de mais de uma maneira a tessitura dessa tese. A enunciação do sagrado permanece um objeto a que só chegamos via auctor, no testemunho do sagrado. / This thesis proposes an extension of the concept of enunciation such as it has been built from the thought of Émile Benveniste. We rely on the existing opening in texts such as the article "The semiology of language" (1969) and on the set of notes which compose the posthumous book Dernières leçons to study an object that, although still linked to language, has dimensions that go beyond it. In these texts, Benveniste reaffirms and definitively establishes the place of language as a universal interpreter system: language interprets all other systems, including itself. It is the system that makes the semiology of all others possible. From the enunciation of/in langue, we come to the idea of enunciation focused on langage: through a formulation produced on the meaningful fabric of speech, the category of the individual is established, and with it, the intersubjectivity through semantization that is not exclusive to language. The enunciator relies on semiologic systems whose materiality is expressed by and in the body, either using its voice, its eyes, with gestures and even more subtle forms that are specific of a particular enunciation. In our text, we observe language, affection and the sacred integrate into an enunciation whose subjectivity index is the body: the enunciation of the sacred. To address this object, beyond taking the Enunciation Theory into account- with some shifts and openings - we use the reflections on the body by David Le Breton (1998; 2011; 2012) to think about affectivity as a system of meaning articulated into language. To come to the enunciation of the sacred, we have been inspired by the witness and testimony notions thought by Giorgio Agamben (2008). It is the testimony, therefore the langue, that allows us to make the semiology of the enunciation of the sacred, the main objective of this thesis. The approach used to collect the testimonies which constitute the corpus of analysis has been open interviews with informants identified by their relation with African-gaucho religions and participatory observation in rituals of these religions. From the notion of auctor (AGAMBEN, 2008), we assign these testimonies the object- of-study status: the testimony of the sacred, which provided the material whose observation and analysis mobilized a theoretical and methodological framework linked to the Theory of Enunciation, to the anthropology of the body and to philosophy - the Western, via Agamben, and African- Brazilian, through an affection produced within the sacred that has influenced the fabric of this thesis in more than one way. The enunciation of the sacred remains an object which can only be reached via auctor, in the testimony of the sacred.
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A Composição musical como resposta : vivências e imaginário sonoro

Mendes, Daniel de Souza January 2015 (has links)
Esta tese consiste em um estudo da composição musical como resposta a estímulos e motivações, a partir de reflexões sobre um grupo de peças compostas durante o doutoramento. O intuito é compreender e exemplificar o modo como vivências do compositor motivam suas intenções composicionais e expressivas e como o percurso criativo é responsivo a elas. A reflexão sobre a produção artística e teórica de outros compositores, bem como de pesquisas na área de teoria e da performance musical, contribui com a construção argumentativa do estudo. A tese está organizada em três capítulos. O primeiro capítulo aborda a composição musical como resposta, à luz do conceito de enunciado, segundo o entendimento de Mikhail Bakhtin, para quem a enunciação é delineada pela intenção do sujeito em um contexto específico, como parte de uma cadeia responsiva contínua. O segundo apresenta o conceito de intenção expressiva, o qual é compreendido como as primeiras conjecturas, reflexões e planejamentos do conteúdo sonoro da composição, a partir de escritos de Roger Reynolds. No terceiro capítulo, é focalizado o conceito de imaginário sonoro para abordar vivências e experiências musicais do compositor como motivação de suas intenções composicionais e expressivas. Neste capítulo, a concepção de imaginário sonoro apresentada por Fernando Cerqueira contribui para o entendimento do conceito. As conclusões traçam uma revisão sobre esta tese, evidenciam a realização dos objetivos e indicam possibilidades de desenvolvimentos futuros do estudo da composição musical como resposta. Constata-se que a composição musical como resposta ao imaginário sonoro do compositor é constituinte das diversas facetas que se desdobram do processo criativo do portfólio, colaborando para o entendimento da composição musical em âmbito mais abrangente. / This thesis consists in a study of musical composition as response to stimuli and motivations using a set of pieces composed during the doctorate as the starting point for the reflections. The purpose of this study is to understand and exemplify how the composer’s experiences motivate their compositional and expressive intentions, and how the creative process is responsive. The reflection on the artistic and theoretical production of other composers as well as researches in the music theory and performances field contributes to the argumentative construction of the study. The thesis is organized in three chapters. The first chapter approaches the musical composition as response in the light of the concept of utterance according to the understanding of Mikhail Bakhtin, for whom the utterance is delineated by the subject’s intents in a specific context as part of a continuous responsive chain. The second chapter introduces the concept of expressive intent which is understood as the first adumbration, reflections and planning of the content on the composition according to the writings of Roger Reynolds. The third chapter refers to the composer’s musical and affective experiences that motivate his compositional and expressive intent, by the concept of sound imagery. In this section Fernando Cerqueira’s ideas on sound imagery contributes to understanding the concept. The conclusions give a review of this thesis, demonstrate the accomplishment of the objectives and point to further developments in the study of musical composition as response. This reflection ascertains that the approach of musical composition as a response to the composer’s sound imagery is constitutive of various facets which make up the creative process of the portfolio, contributing to the understanding of musical composition on a broader scope.
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Aquisição da linguagem : o aspecto vocal da enunciação na experiência da criança na linguagem

Diedrich, Marlete Sandra January 2015 (has links)
Notre thème de recherche est le rôle de l’aspect vocal de l’énonciation dans la manifestation de l’expérience de l’enfant dans le langage. Nous travaillons avec l’hypothèse générale que, si l’énonciation, en tant qu’un phénomène général, est l’appropriation de la langue par le locuteur, celui qui, en assumant sa position de sujet, installe l’autre devant soi, il y a, dans l’acquisition du langage, un fonctionnement particulier de l’aspect vocal de l’énonciation, en tant qu’un phénomène spécifique, constitutif de la relation de chaque enfant avec l’(les)autre(s) de ses relations, par lequel a lieu la triade homme-langage-culture, capable de révéler l’expérience singulière de l’enfant dans le langage. Inspirés par cette hypothèse, nous avons choisi comme objectif général : expliquer comment la spécificité de l’aspect vocal de l’énonciation constitue la relation homme-langage-culture dans l’acte d’acquisition du langage, manifestée dans l’expérience de l’enfant dans le langage. Pour atteindre cet objectif général, nous poursuivons les objectifs spécifiques suivants : 1) décrire ce qui est propre de l’aspect vocal de l’énonciation dans l’acte d’acquisition; 2) identifier, dans le cadre formel de réalisation de l’énonciation, comment l’aspect vocal se manifeste dans la constitution de ce cadre, dans l’acte d’acquisition, et comment il affecte la conversion de la langue en discours; 3) expliquer, par le moyen des phénomènes dérivés de l’aspect vocal de l’énonciation, la singularité de l’enfant qui s’approprie de la langue par le moyen du discours marqué par les traces de sa culture dans son expérience dans le langage. Dans notre cadre théorique, quatre problèmes benvenistiens prennent de l’importance, et cela qui nous a permis de définir l’aspect vocal de l’énonciation en tant qu’ arrangement qui intègre le discours impliqué dans l’émission et dans la perception des éléments vocaux de la langue dans des actes individuels. À partir de cette définition, nous mettons en relation l’aspect vocal avec l’expérience de l’enfant dans le langage. Dans notre méthodologie, nous proposons une analyse translinguistique de faits énonciatifs qui marquent l’expérience d’un enfant, dont les énonciations nous ont suivi pendant sept mois : de deux ans jusqu’à deux ans et sept mois. L’analyse est basée dans les propos signifiants sur la signifiance discutés par Benveniste et qui se réalisent dans l’expérience du langage par le moyen de l’interprétance de la langue par rapport à d’autres systèmes. Cette expérience révèle le sémantisme social incorporé au vocal et évoqué à chaque relation d’interprétance de la langue : l’enfant, par conséquent, en mobilisant les arrangements vocaux dans son énonciation, s’approprie du général de la langue et, à son tour, de la culture imprimé dans la langue, pour y se singulariser. Les arrangements vocaux constitutifs des actes d’émission et de perception permettent ainsi que l’enfant, une fois qu’elle est immergée dans les cadres culturels, s’instaure dans l’appareil formel vocal de la langue, pour se singulariser comme sujet du/dans le langage. / Nosso tema de investigação é o papel do aspecto vocal da enunciação na manifestação da experiência da criança na linguagem. Trabalhamos com a hipótese geral de que, se a enunciação, enquanto fenômeno geral, é a apropriação da língua pelo locutor, o qual, assumindo sua posição de sujeito, implanta o outro diante de si, há, na aquisição da linguagem, um funcionamento particular do aspecto vocal da enunciação, enquanto fenômeno específico, constitutivo da relação de cada criança com o(s) outro(s) de suas relações, por meio do qual se realiza a tríade homem-linguagem-cultura, capaz de revelar a experiência singular da criança na linguagem. Movidos por essa hipótese, elegemos como objetivo geral: Explicitar como a especificidade do aspecto vocal da enunciação constitui a relação homem-linguagem-cultura no ato de aquisição da linguagem, manifestada na experiência da criança na linguagem. Para alcançarmos esse objetivo geral, perseguimos os seguintes objetivos específicos: 1) descrever o que é próprio do aspecto vocal da enunciação no ato de aquisição; 2) identificar, no quadro formal de realização da enunciação, como o aspecto vocal se manifesta na constituição desse quadro no ato de aquisição e de que forma afeta a conversão da língua em discurso; 3) explicitar, por meio dos fenômenos derivados do aspecto vocal da enunciação, a singularidade da criança que se apropria da língua por meio do discurso marcado pelos vestígios de sua cultura em sua experiência na linguagem. Em nossa fundamentação teórica, ganham relevo quatro problemáticas benvenistianas que nos possibilitaram definir o aspecto vocal da enunciação como arranjo integralizador do discurso implicado na emissão e na percepção dos elementos vocais da língua em atos individuais. A partir dessa definição, relacionamos o aspecto vocal à experiência da criança na linguagem. Em nossa metodologia, propomos uma análise translinguística de fatos enunciativos que marcam a experiência de uma criança cujas enunciações acompanhamos por sete meses: dos dois anos aos dois anos e sete meses de idade. A análise se pauta nos propósitos significantes sobre a significância discutidos por Benveniste e que se realizam na experiência da linguagem por meio da interpretância da língua em relação aos demais sistemas. Essa experiência revela o semantismo social incorporado ao vocal e evocado a cada relação de interpretância da língua: a criança, portanto, ao mobilizar arranjos vocais em sua enunciação, apropria-se do geral da língua e, por sua vez, da cultura nela impressa, para nela(s) singularizar-se. Os arranjos vocais constitutivos dos atos de emissão e de percepção permitem, assim, que a criança, por estar imersa em esquemas culturais, instaure-se no aparelho formal vocal da língua, para se singularizar como sujeito da/na linguagem.
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Leitura e enunciação : princípios para uma análise do sentido na linguagem

Naujorks, Jane da Costa January 2011 (has links)
Cette recherche découle de la constatation que le thème de la lecture – même s'il n'est pas nouveau et il se présente dans différentes perspectives théoriques et méthodologiques – offre une nouvelle perspective, à savoir, la lecture comme un acte de constitution de sens produit par un locuteur qui est instauré, par cet acte, comme sujet. Ainsi, plutôt que répéter ce que l’on trouve déjà dans les différentes approches de la lecture, nous cherchons à baser notre perspective, sur ce thème, dans la Linguistique de l'Énonciation, en particulier, dans les études énonciatives d'Émile Benveniste. La spécificité de notre recherche réside principalement dans la réponse à la question : dans quels termes pouvons-nous penser la lecture comme un acte énonciatif ? À cette fin, notre direction initiale sera un répérage de quelques des principales approches de la lecture présentes dans la conjecture brésilienne, toujours dans la recherche de la réponse de comment les différentes approches pensent la relation entre le sujet et la lecture. Ensuite, nous avons récupéré des concepts présents dans les réflexions énonciatives de Benveniste, afin de soutenir l’approche énonciative de la lecture. Dans cette récupération, nous avons l'intention d'établir une relation entre les notions qui font partie des études énonciatives et du thème de la lecture, et, encore, de constituer une méthodologie qui tient compte de l'analyse énonciative de la lecture. Avec ce trajet, nous avons pour but de situer la compréhension de la lecture dans la perspective énonciative, en cherchant relier la théorie et la pratique. Nous apportons, alors, à cette étude, un concept de lecture dont perspective théorique est l'Énonciation d'Émile Benveniste et un travail d'analyse de corpus, en cherchant, avec cela, à l’instar d'autres auteurs du champ, déplacer nos découvertes à l'enseignement de la le lectura. / Esta pesquisa surge da constatação de que o tema da leitura, mesmo não sendo novo e apresentando-se em diferentes perspectivas teóricas e metodológicas, aponta para uma nova perspectiva, a leitura como ato de constituição de sentidos, produzido por um locutor que é instaurado, através desse ato, como sujeito. Assim, mais que repetir o que já temos nas diferentes abordagens da leitura, buscamos fundamentar nossa perspectiva sobre esse tema na Linguística da Enunciação, especificamente nos estudos enunciativos de Émile Benveniste. A especificidade de nossa pesquisa está basicamente na resposta à questão: em que termos podemos pensar a leitura como um ato enunciativo? Com esse fim, nossa direção inicial será um levantamento de algumas das principais abordagens de leitura presentes na conjuntura brasileira, sempre em busca da resposta de como as diferentes abordagens pensam a relação entre sujeito e leitura. Na sequência, resgatamos conceitos presentes nas reflexões enunciativas benvenistianas, com o intuito de subsidiar a abordagem enunciativa da leitura. Nesse resgate, pretendemos estabelecer uma relação entre as noções que envolvem os estudos enunciativos e o tema da leitura, e, ainda, constituir uma metodologia que dê conta da análise enunciativa da leitura. Com esse trajeto, objetivamos situar o entendimento da leitura na perspectiva enunciativa, prevendo relacionar teoria e prática. Trazemos, então, para este estudo um conceito de leitura, cuja perspectiva teórica é a Enunciação de Émile Benveniste, e um trabalho de análise de corpus de três textos de vestibular, esperando, com isso, a exemplo de outros autores do campo, deslocar nossas descobertas para o ensino de leitura.
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A interdição discursiva : o caso da Conjuração Baiana de 1798 e outros limites à participação popular na história política brasileira

Fonseca, Rodrigo Oliveira January 2012 (has links)
A presente tese investiga a incidência de interdições discursivas, explícitas e não explícitas, na história política do Brasil, com destaque para a interdição diluidora do abolicionismo em meio à discursividade republicana e anticolinialista da Conjuração Baiana de 1798. Tal interdição teria se efetivado a partir da práxis discursiva dos revolucionários baianos, que lhes demandou a constituição de palanques enunciativos virtualmente capazes de tirá-los da invisibilidade, da mudez e do non sens de sua existência política e de resistir aos efeitos de captura dos discursos dominantes. As outras duas análises, que servem de contraponto à primeira, investigam a interdição (explícita) ao Partido Comunista Brasileiro na cassação de seu registro partidário em 1947 e a interdição (não-explícita) ao movimento comunitário na promoção ao Orçamento Participativo de Porto Alegre. A tese propõe o desenvolvimento de procedimentos capazes de lidar proveitosamente com os estudos históricos no interior dos dispositivos de análise do discurso propostos por Michel Pêcheux em 1969 e depois revisitados por ele e Catherine Fuchs em 1975. Considera também uma série de intervenções do fundador da Análise do Discurso nos seus últimos anos de vida, nas quais uma compreensão mais fina da língua e da história neutralizam as tentações homogeneizantes que incidiam sobre os estudos discursivos. Algumas proposições de Jacques Rancière sobre a prática política, os modos de subjetivação e o desentendimento servem de base às propostas teórico-metodológicas desenvolvidas na tese, assim como uma reconsideração crítica do legado de Louis Althusser no bojo da teoria do discurso de Michel Pêcheux, com destaque à sua teoria da ideologia e à simples alusão à história, sem deixar de reconhecer e seguir trabalhando o sentido materialista de sua intervenção no marxismo. Conclui-se que também as classes dominantes não podem escapar à necessidade e à contingência de fazer política, contra os fatores de transformação social que atravessam os muitos furos e instabilidades da ordem, e que não há interdição que se sustente sem a promoção de alianças (reais, possíveis e imaginárias) no tecido social. / Esta tesis investiga la presencia de interdicciones discursivas, explícitas y no explícitas, en la historia política de Brasil, con énfasis para la interdicción diluyente del abolicionismo en medio a la discursividad republicana y anticolinialista de la Conjura Baiana de 1798. Dicha interdicción se efectiva a partir de la praxis discursiva de los revolucionarios baianos, que exigió la constitución de estrados enunciativos virtualmente capaces de sacarlos de la invisibilidad, de la mudez y del non sens de su existencia política y de resistir a los efectos de captura de los discursos dominantes. Los demás análisis, que sirven de contrapunto, investigam la interdicción (explícita) al Partido Comunista Brasileño por la casación de su registro partidario en 1947 y la interdicción (no explícita) al movimiento vecinal en la promoción del Presupuesto Participativo de Porto Alegre. La tesis propone el desarrollo de procedimentos capaces de lidiar provechosamente con los estudos históricos en el interior de los dispositivos de análisis del discurso propuestos por Michel Pêcheux en 1969 y después revisitados por él y Catherine Fuchs en 1975. Considera también una serie de intervenciones del fundador del Análisis del Discurso en sus últimos años de vida, en donde una compreensión más fina de la lengua y de la historia neutraliza las tentaciones homogeneizantes que incidian sobre los estudios discursivos. Algunas proposiciones de Jacques Rancière sobre la práctica política, los modos de subjetivación y el desentendimiento sirven de base a las propuestas teórico-metodológicas desarrolladas en la tesis, así como una reconsideración crítica del legado de Louis Althusser en el centro de la teoria del discurso de Michel Pêcheux, con énfasis sobre su teoria de la ideologia y sobre la simple alusión a la historia, sin dejar de reconocer y seguir trabajando el sentido materialista de su intervención en el marxismo. Se concluye que también las clases dominantes no pueden escapar a la necesidad y a la contingencia de hacer política, en contra los factores de transformación social que atravesan los muchos agujeros e instabilidades de la orden, y que no hay interdicción que se sostenga sin la promoción de alianzas (reales, posibles e imaginárias) en el tejido social.

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