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O que consome o adolescente?Backes, Carmen January 2011 (has links)
A tese trata da relação dos jovens com o consumo e parte da constatação de que a adolescência surge a partir da metade do século XX, como categoria diferenciada da infância e da idade adulta e simultaneamente como consumidora por excelência, tornando-se alvo principal da mídia e da indústria do marketing. Analisa o lugar que no social se recorta para o adolescente e sua relação particular com os objetos de consumo – entendendo que esse grupo parece estar predominantemente mais ligado ao delivery, ao self-service e à vida nos shopping centers do que a compromissos políticos, culturais e sociais. Parte da equivocidade da expressão “o que consome o adolescente” e centra a discussão naquilo que o consome. Tomando a Psicanálise como base conceitual, o tema foi abordado a partir da relação do sujeito ao objeto, passando pela sua constituição na relação com o Outro originário, em que o conceito do das Ding remete à mais precoce inscrição do objeto na relação ao outro materno. Analisa o papel da sublimação, como um dos destinos das moções pulsionais originariamente dirigidas ao objeto primordial, pois o processo sublimatório é um modo de haver-se com a falta e buscar outros destinos para as pulsões. A frouxidão na operação simbólica da castração dificultaria este processo, produzindo no adolescente a ancoragem numa inibição. Tal dificuldade pode colocar em jogo uma série de artifícios, dentre eles aquele que elege objetos-fetiche para dar conta imaginariamente de algo que não poderia faltar: o falo imaginário. Conclui-se, na tese, que a aderência ao objeto-fetiche pode se oferecer como possibilidade de trânsito em torno da operação de castração, na relação do adolescente ao falo materno, e que os objetos de consumo tomam forma privilegiada no lugar de auxiliares no encobrimento desta hiância. A pesquisa teórica mostra ainda que, na experiência adolescente, algumas modalidades de recusa da ausência do falo materno entram em vigor, denotando certo funcionamento fetichista, imiscuído na neurose, o que parece convocar o adolescente a fazer uma tentativa de positivação do falo, através de objetos de escolha e compartilhamento coletivo. Finalmente, aponta-se que tal forma de positivação estaria numa relação direta com a dificuldade de inscrição simbólica da diferença dos sexos, ou seja, da operação de castração e da aceitação da ausência do falo; aponta-se ainda que o objeto fetiche ocuparia uma função ortopédica que falha na sua intenção, pois necessita ser reiterado sistematicamente, assim como o objeto precisa ser substituído indefinidamente. / The thesis deals with the relation of young people with consumption and comes from the observation that adolescence has its origins in the middle of the twentieth century, as a category different from childhood and from adulthood and simultaneously as consumer by excellence, becoming the media and marketing industry main target. It analyses the place that in the social is reserved for the adolescent and his/her particular relation with the consumption objects – understanding that this group seems to be predominantly more connected with the delivery, with the self-service and with the life in the shopping malls than with political, cultural and social commitments. It comes from the equivocity of the expression “what consumes the adolescent” and focuses the discussion in what consumes him/her. Taking psychoanalysis as conceptual basis, the theme was approached beginning with the relation of the subject with the object, passing through his constitution in relation to the originary Other, in which the concept of das Ding refers to the earliest inscription of the object in the relation with the maternal other. It analyses the role of sublimation, as one of the destinies of the drive motions originally directed towards the primordial object, as the sublimatory process is a means of dealing with the lack and of searching for other destinies to the drives. The looseness in the castration symbolic operation would make this process more difficult, producing in the adolescent the anchorage in an inhibition. Such a difficulty may bring to play a series of artifacts, among them the one that elects fetish objects to imaginarily deal with something that could not lack: the imaginary phallus. It is concluded, in the thesis, that the adherence to the fetish object may be offered as a possibility of going around the castration operation, in the relation between the adolescent and the maternal phallus, and that the objects of consumption assume a privileged form as assistants in covering this lack. The theoretical research still shows that, in the adolescent experience, some modalities of refusal of the absence of the maternal phallus come into force, denoting a certain fetishist functioning, tamped in the neurosis, what seems to invoke the adolescent to make a trial of positivating the phallus, through objects of choice and collective sharing. Finally, it is pointed out that such a way of positivation would be in direct relation with the difficulty of a symbolic inscription of the sexual difference, that is, of the castration operation and the acceptance of the absence of the phallus; it is still pointed out that the fetish object would take an orthopedic function that fails in its intention, as it needs to be systematically reiterated, as well as the object needs to be indefinitely substituted.
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O que consome o adolescente?Backes, Carmen January 2011 (has links)
A tese trata da relação dos jovens com o consumo e parte da constatação de que a adolescência surge a partir da metade do século XX, como categoria diferenciada da infância e da idade adulta e simultaneamente como consumidora por excelência, tornando-se alvo principal da mídia e da indústria do marketing. Analisa o lugar que no social se recorta para o adolescente e sua relação particular com os objetos de consumo – entendendo que esse grupo parece estar predominantemente mais ligado ao delivery, ao self-service e à vida nos shopping centers do que a compromissos políticos, culturais e sociais. Parte da equivocidade da expressão “o que consome o adolescente” e centra a discussão naquilo que o consome. Tomando a Psicanálise como base conceitual, o tema foi abordado a partir da relação do sujeito ao objeto, passando pela sua constituição na relação com o Outro originário, em que o conceito do das Ding remete à mais precoce inscrição do objeto na relação ao outro materno. Analisa o papel da sublimação, como um dos destinos das moções pulsionais originariamente dirigidas ao objeto primordial, pois o processo sublimatório é um modo de haver-se com a falta e buscar outros destinos para as pulsões. A frouxidão na operação simbólica da castração dificultaria este processo, produzindo no adolescente a ancoragem numa inibição. Tal dificuldade pode colocar em jogo uma série de artifícios, dentre eles aquele que elege objetos-fetiche para dar conta imaginariamente de algo que não poderia faltar: o falo imaginário. Conclui-se, na tese, que a aderência ao objeto-fetiche pode se oferecer como possibilidade de trânsito em torno da operação de castração, na relação do adolescente ao falo materno, e que os objetos de consumo tomam forma privilegiada no lugar de auxiliares no encobrimento desta hiância. A pesquisa teórica mostra ainda que, na experiência adolescente, algumas modalidades de recusa da ausência do falo materno entram em vigor, denotando certo funcionamento fetichista, imiscuído na neurose, o que parece convocar o adolescente a fazer uma tentativa de positivação do falo, através de objetos de escolha e compartilhamento coletivo. Finalmente, aponta-se que tal forma de positivação estaria numa relação direta com a dificuldade de inscrição simbólica da diferença dos sexos, ou seja, da operação de castração e da aceitação da ausência do falo; aponta-se ainda que o objeto fetiche ocuparia uma função ortopédica que falha na sua intenção, pois necessita ser reiterado sistematicamente, assim como o objeto precisa ser substituído indefinidamente. / The thesis deals with the relation of young people with consumption and comes from the observation that adolescence has its origins in the middle of the twentieth century, as a category different from childhood and from adulthood and simultaneously as consumer by excellence, becoming the media and marketing industry main target. It analyses the place that in the social is reserved for the adolescent and his/her particular relation with the consumption objects – understanding that this group seems to be predominantly more connected with the delivery, with the self-service and with the life in the shopping malls than with political, cultural and social commitments. It comes from the equivocity of the expression “what consumes the adolescent” and focuses the discussion in what consumes him/her. Taking psychoanalysis as conceptual basis, the theme was approached beginning with the relation of the subject with the object, passing through his constitution in relation to the originary Other, in which the concept of das Ding refers to the earliest inscription of the object in the relation with the maternal other. It analyses the role of sublimation, as one of the destinies of the drive motions originally directed towards the primordial object, as the sublimatory process is a means of dealing with the lack and of searching for other destinies to the drives. The looseness in the castration symbolic operation would make this process more difficult, producing in the adolescent the anchorage in an inhibition. Such a difficulty may bring to play a series of artifacts, among them the one that elects fetish objects to imaginarily deal with something that could not lack: the imaginary phallus. It is concluded, in the thesis, that the adherence to the fetish object may be offered as a possibility of going around the castration operation, in the relation between the adolescent and the maternal phallus, and that the objects of consumption assume a privileged form as assistants in covering this lack. The theoretical research still shows that, in the adolescent experience, some modalities of refusal of the absence of the maternal phallus come into force, denoting a certain fetishist functioning, tamped in the neurosis, what seems to invoke the adolescent to make a trial of positivating the phallus, through objects of choice and collective sharing. Finally, it is pointed out that such a way of positivation would be in direct relation with the difficulty of a symbolic inscription of the sexual difference, that is, of the castration operation and the acceptance of the absence of the phallus; it is still pointed out that the fetish object would take an orthopedic function that fails in its intention, as it needs to be systematically reiterated, as well as the object needs to be indefinitely substituted.
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O que consome o adolescente?Backes, Carmen January 2011 (has links)
A tese trata da relação dos jovens com o consumo e parte da constatação de que a adolescência surge a partir da metade do século XX, como categoria diferenciada da infância e da idade adulta e simultaneamente como consumidora por excelência, tornando-se alvo principal da mídia e da indústria do marketing. Analisa o lugar que no social se recorta para o adolescente e sua relação particular com os objetos de consumo – entendendo que esse grupo parece estar predominantemente mais ligado ao delivery, ao self-service e à vida nos shopping centers do que a compromissos políticos, culturais e sociais. Parte da equivocidade da expressão “o que consome o adolescente” e centra a discussão naquilo que o consome. Tomando a Psicanálise como base conceitual, o tema foi abordado a partir da relação do sujeito ao objeto, passando pela sua constituição na relação com o Outro originário, em que o conceito do das Ding remete à mais precoce inscrição do objeto na relação ao outro materno. Analisa o papel da sublimação, como um dos destinos das moções pulsionais originariamente dirigidas ao objeto primordial, pois o processo sublimatório é um modo de haver-se com a falta e buscar outros destinos para as pulsões. A frouxidão na operação simbólica da castração dificultaria este processo, produzindo no adolescente a ancoragem numa inibição. Tal dificuldade pode colocar em jogo uma série de artifícios, dentre eles aquele que elege objetos-fetiche para dar conta imaginariamente de algo que não poderia faltar: o falo imaginário. Conclui-se, na tese, que a aderência ao objeto-fetiche pode se oferecer como possibilidade de trânsito em torno da operação de castração, na relação do adolescente ao falo materno, e que os objetos de consumo tomam forma privilegiada no lugar de auxiliares no encobrimento desta hiância. A pesquisa teórica mostra ainda que, na experiência adolescente, algumas modalidades de recusa da ausência do falo materno entram em vigor, denotando certo funcionamento fetichista, imiscuído na neurose, o que parece convocar o adolescente a fazer uma tentativa de positivação do falo, através de objetos de escolha e compartilhamento coletivo. Finalmente, aponta-se que tal forma de positivação estaria numa relação direta com a dificuldade de inscrição simbólica da diferença dos sexos, ou seja, da operação de castração e da aceitação da ausência do falo; aponta-se ainda que o objeto fetiche ocuparia uma função ortopédica que falha na sua intenção, pois necessita ser reiterado sistematicamente, assim como o objeto precisa ser substituído indefinidamente. / The thesis deals with the relation of young people with consumption and comes from the observation that adolescence has its origins in the middle of the twentieth century, as a category different from childhood and from adulthood and simultaneously as consumer by excellence, becoming the media and marketing industry main target. It analyses the place that in the social is reserved for the adolescent and his/her particular relation with the consumption objects – understanding that this group seems to be predominantly more connected with the delivery, with the self-service and with the life in the shopping malls than with political, cultural and social commitments. It comes from the equivocity of the expression “what consumes the adolescent” and focuses the discussion in what consumes him/her. Taking psychoanalysis as conceptual basis, the theme was approached beginning with the relation of the subject with the object, passing through his constitution in relation to the originary Other, in which the concept of das Ding refers to the earliest inscription of the object in the relation with the maternal other. It analyses the role of sublimation, as one of the destinies of the drive motions originally directed towards the primordial object, as the sublimatory process is a means of dealing with the lack and of searching for other destinies to the drives. The looseness in the castration symbolic operation would make this process more difficult, producing in the adolescent the anchorage in an inhibition. Such a difficulty may bring to play a series of artifacts, among them the one that elects fetish objects to imaginarily deal with something that could not lack: the imaginary phallus. It is concluded, in the thesis, that the adherence to the fetish object may be offered as a possibility of going around the castration operation, in the relation between the adolescent and the maternal phallus, and that the objects of consumption assume a privileged form as assistants in covering this lack. The theoretical research still shows that, in the adolescent experience, some modalities of refusal of the absence of the maternal phallus come into force, denoting a certain fetishist functioning, tamped in the neurosis, what seems to invoke the adolescent to make a trial of positivating the phallus, through objects of choice and collective sharing. Finally, it is pointed out that such a way of positivation would be in direct relation with the difficulty of a symbolic inscription of the sexual difference, that is, of the castration operation and the acceptance of the absence of the phallus; it is still pointed out that the fetish object would take an orthopedic function that fails in its intention, as it needs to be systematically reiterated, as well as the object needs to be indefinitely substituted.
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Para além dos objetos: as (de)formas do inconsciente no discurso publicitário e a formação de uma língua-objeto / Beyond the objects: the unconscious (de)forms in the advertising discourse and the language-object formationSarti, Milena Maria 29 September 2011 (has links)
Propomos discutir a relação da composição significante do discurso publicitário atual com a escritura do discurso capitalista, iluminando a forma pela qual balizadores sintáticos como os slogans encontram-se com balizadores do desejo no laço social perverso do capitalismo. Na relação que o discurso publicitário estabelece entre identidade e mercadoria, a existência de um mais além do objeto de consumo, como (de)forma ou estetização do objeto a/mais valia, indicia uma coincidência entre a construção fetichizada do corpo totalizante da mercadoria - correlativa da construção da totalidade fictícia do Outro - e a composição da imagem de unidade dos sujeitos como alguém que se faz por si e de si mesmo. Situando-nos frente a uma alteração histórica da relação do sujeito com a língua (campo do Outro), elaboramos que a cadeia de significantes foi transfigurada em cadeia de objetos de consumo, evidenciando uma relação obscura entre a ideologia do eu autônomo atualizada no consumo e a economia desejante dada através do que chamamos de língua-objeto, enquanto realização de um simbólico que oculta sua dimensão simbólica. Partindo da Psicanálise e da Análise do Discurso pêcheuxtiana, analisamos o tema de campanha \"Brastemp You\" e o slogan \"Seja autêntico\" e apreendemos um funcionamento intersubjetivo pautado pelo reconhecimento do saber gozar que o semblante fetichista engendra numa correlação gozo auto erótico e mercadológico. A exigência do gozar em público, que alavanca o funcionamento da línguaobjeto, sugere que, assim como o esteio do Outro é sua fabricação como a na fantasia, o esteio da unidade imaginária dos sujeitos como \"auto ente\" é o funcionamento intersubjetivo creditado como subjacente à língua-objeto. Logo, a conversão da fala \"me brastempzar\" em fala culturalmente reconhecida \"autenticidade pessoal\" é dependente de um desvio pelo Outro, tesouro dos objetos de consumo, simbolicamente presente no semelhante, parceiro do semblante, em função do valor de gozo do objeto. Uma vez a fanstasmagoria fetichista reescrita no discurso dos sujeitos, o diálogo se mostra como testagem da eficácia do semblante de saber gozar e como busca por comprovação do sonho de unidade aí enclausurado. Concluímos que, obstruído o potencial desejante pela correlação gozo auto erótico e mercadológico, a política de exaltação do eu, materializada no discurso publicitário, desvela uma nova forma de assujeitamento regida pela administração do gozo, na qual se realiza a união da utopia do desejo (gozar sem entraves) à Lei (parcialidade de gozo) de forma comprometida com o gozo do Outro do capitalismo que, paramentado no consumo, se promove no registro da infinitude. Isso conduz os sujeitos a um (des)nortear a si mesmos e entre si como instrumentos de \"satisfação garantida\" do Outro do capitalismo, desconhecendo que o semblante de saber fetichista apresenta-se como um saber sabido e compartilhado acerca de como completar o Outro e a si mesmos que comporta a negação do que é dado como certo: o gozo sem limites e o cumprimento dos ideais de liberdade e autonomia. A celebração móvel e consumista aí instalada promove a potência imaginária do sujeito que representa a abdicação do direito aos avatares do desejo em seu valor singular e político. / We propose to discuss the relationship between the significant composition of present-day advertising discourse and the capitalist discourse, shedding light on the issue of how syntactic organizers as like the slogans meet desire organizers in the perverse social loop of capitalism. In the relation between identity and merchandise established by the advertising discourse, the existence of a further-of-the-object, as a form of aestheticization of the object a/surplus, indicates a coincidence between the fetishized construction of the totalizing body of the merchandise --- a correlate of the construction of the fictitious totality of the Other --- and the construction of the image of unity in subjects, as if each one was made by himself and from himself. Facing a historical change in the relation of the subject with the language (field of the Other), we elaborate that the chain of significants has been transfigured to a chain of consumption objects, bringing evidence to an obscure relationship between the ideology of the autonomous self actualized in consumption and the desiring economy given by what we call language-object, as a realization of a symbolism which hides its symbolic dimension. Starting with Psychoanalysis and Pêcheuxtian Discourse Analysis, we analyze the campaign theme \"Brastemp You\" and the slogan \"Seja Autêntico\" (\"Be Authentic\"), and apprehend an inter-subjective operation based on the recognition of the enjoyment knowledge engendered by the fetishist semblance in a correlation between self-erotic enjoy and marketing enjoy. The requirement to enjoy in public, which leverages the operation of the language-object, suggests that, just as the support of the Other is its fabrication as a in fantasy, so the support of the imaginary unity of subjects as \"self entities\" is the inter-subjective operation understood as underlying the language-object. Thus, the conversion of the saying \"brastempize me\" in the culturally recognized saying \"personal authenticity\" depends on a detour through the Other, treasure of all consumption objects, symbolically present in the peers of the semblance, in function of the enjoy value of the object. Once the fetishist phantasmagoria is rewritten in the discourse of the subjects, then dialogue presents itself as an efficacy test of the enjoyment knowledge semblance and as a search for proof of the dream of unity enclosed in it. We conclude that, being the desiring potential obstructed by the correlation of self-erotic enjoy and marketing enjoy, the policy of the exaltation of the \"I\", implemented in the advertising discourse, unveils a new form of subjectivation regulated by the administration of enjoy, in which a meeting of the utopia of desire (to enjoy without obstacles) with the Law (partiality of the enjoy) is realized in a manner committed with the enjoy of the Other of capitalism which, adorned in the consumption, develops itself in the register of infinitude. That leads subjects to (mis)guide themselves and among each other as instruments of \"guaranteed satisfaction\" of the Other of capitalism, unaware that the fetishist knowledge semblance presents itself as a known and shared knowledge of how to complete the Other and themselves which accommodates the denial of what is taken for granted: enjoy without limits and the fulfillment of the ideals of liberty and autonomy. This mobile and consumerist celebration promotes the imaginary power of the subject who represents the abdication of the right to the avatars of desire in its singular and political value.
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SUBJETIVIDADE E CULTURA: O SENTIDO DA BELEZA PARA A MULHERLemes, Walter Ferreira 24 August 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-08-24 / The current study is about the meaning of the beauty for a woman, in the
counterpoint of cultural processes and through the psycho-social instances: family, job,
and cultural industry, among others. It tries to find the meaning of beauty in the process
of internalization, of subjective processes constituted from the rationality which founds
and organizes the contemporary world. This study was carried out based on theoretical
studies of Freud s psychoanalysis and in the authors of Critical Theory of Frankfurt
School, among others, empirical searches, with interviews with women that were
submitted to plastic aesthetic surgery. In the first chapter, it embraces the meaning of the
beauty in its historicity and culture, concerning to the values of the essence and
appearance. In the second chapter, it shows the individual inside the society, to
understand his/her experience of the established values, objected and subjected in the
external mediations. After all, it analyses the interviews of the participants, to reveal its
subjections that come from the socio-historical-cultural mediations. One concludes that
the meaning of beauty has its particular, singular and universal significations. / O presente estudo discute o sentido da beleza para a mulher, no contraponto dos
processos culturais e a partir de instâncias psico-sociais: família, trabalho, indústria
cultural, entre outras. Para tanto, busca o sentido da beleza no processo de internalização,
de processos subjetivos constituídos a partir da racionalidade que funda e organiza o
mundo contemporâneo. Foi realizado a partir de estudos teóricos fundamentados na
Psicanálise de Freud e nos autores daquela que se convencionou chamar Teoria Crítica da
Escola de Frankfurt, entre outros, e pesquisa empírica, com entrevistas com mulheres que
se submeteram à experiência de cirurgia plástica estética. No primeiro capítulo, apreende
o sentido da beleza em sua historicidade e cultura, quanto aos valores da essência e da
aparência. No segundo, desnuda o indivíduo em sociedade, para apreender a sua
experiência cotidiana dos valores estabelecidos, objetivados e subjetivados entre as
mediações externas. Por fim, analisa as entrevistas das participantes, para revelar suas
subjetivações oriundas das mediações sócio-históco-cultural. Conclui que o sentido da
beleza tem suas significações particulares, singulares e universais.
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Guy Debord e vanguardas: combate à sociedade do espetáculoCasale, Luis Gustavo 30 October 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-10-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The practical and theoretical activity of Guy Debord is marked by a strategy of refusal and
combat which he called spectacle. He made his life trajectory an incessant war against the
society of his time, in which understood the advent of commodity occupying all aspects of
life, human and social, and consequently making it the totalizing domain of
quantitative, reducing it to a mere game of appearances. Thus, this dissertation seeks to
understand the nature of Debord s theoretical-practice activity, in the avant-garde groups
that he directed, through themes that permeated this groups activities and also his writings
and films, deliberately chosen as a strategic means to attack and refute the illusions of
the spectacular-mercantile-society.
At the end of the dissertation is noted that the avant-garde conception and theory in Debord
has the same meanings, both are temporary, they should be used as a practical-critique of
the present time, in the opportune moment. It was observed also by analyzing the concept
of separation that the commodity fetish and reification reach the paroxysm in the society of
the spectacle, historic stage of capital reproduction in which social relations are mediated
by images / A atividade prático-teórica de Guy Debord é marcada por uma estratégia de recusa e de
combate ao que ele denominou espetáculo. Ele fez de sua trajetória de vida uma guerra
incessante contra a sociedade de seu tempo, na qual compreendeu o advento da mercadoria
ocupando todos os aspectos da vida, humana e social e, consequentemente, tornando-a
objeto do domínio totalizante do quantitativo, reduzindo-a a um mero jogo de aparências.
Destarte, esta dissertação busca compreender a natureza da atividade prático-teórica de
Debord, nos grupos de vanguarda que dirigiu, através da análise de temas que permearam
as atividades desses grupos e também seus escritos e filmes, deliberadamente usados como
meio estratégico de atacar e refutar as ilusões da sociedade-espetacular-mercantil. Ao fim
da dissertação nota-se que a concepção de vanguarda e de teoria em Debord possui os
mesmos significados, ambas são passageiras, devem ser utilizadas, como crítica-prática do
presente, na ocasião oportuna. Observou-se, também, através da análise do conceito de
separação, que o fetiche da mercadoria e a reificação chegam ao paroxismo na sociedade
do espetáculo, fase histórica de reprodução do capital em que as relações sociais são
mediatizadas por imagens
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Rituais de consumo e o fetiche da marca: uma manifestação privilegiada de vínculo emocionalMilanez, Stela Maris 11 October 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-10-11 / This dissertation aimed to increase awareness of the cultural meaning of consumer
goods, centering the analysis on a research subject whose rituals of consumption
and the emotional bond established with the marks are not unconventional.
Supported by a method of ethnographic research, this study sought to understand
the meaning of brands, particularly the Condensed Milk Girl in the life of the subject
analyzed. In relation to the structure theory, first presented and explained the
dynamics of consumer society so that they can understand consumer behavior
derived by it. Then perform a theoretical review of the issue of cultural meanings of
consumer goods, the movement model of meanings, making the connection between
this theory and the research subject. In the second chapter was discussed on the
brand concept, its expressiveness and its link with the senses. In the third chapter
there was a need to study the Nestlé company, its history and rescued by analyzing
the expression of the brand Miss, so exalted by the subject of this research. The last
chapter was responsible for bringing the whole discussion of the results of research
and analysis of the subject, were described and analyzed the rituals of consumption
according to McCracken (2010) and how these were incorporated into the life of the
study subject. The discussion about the materialization and fetishistic manifestation
of emotional ties researched the subject with the brand were also found in this
chapter. As a contribution to marketing, this work brings an addition to the research
of cultural meanings of consumer goods and also about the rituals of consumption,
because this issue needs further research and a theory. Finally, the study of this
subject was an interesting example of ritual in our society, is also presented as an
interesting area of study of Social Sciences / A presente dissertação teve como objetivo ampliar o conhecimento sobre o
significado cultural dos bens de consumo, centralizando a análise em um sujeito de
pesquisa cujos rituais de consumo e o vínculo emocional estabelecido com as
marcas não são nada convencionais. Amparado por um método etnográfico de
pesquisa, este trabalho buscou compreender a significação das marcas, em especial
o Leite Condensado Moça na vida do sujeito analisado. Em relação à estrutura
teórica, primeiramente apresento e explico a dinâmica da sociedade de consumo
para que se possa compreender o comportamento consumista por ela derivado.
Depois, realizo uma revisão teórica da temática dos significados culturais dos bens
de consumo, do modelo de movimentação destes significados, realizando a ligação
entre esta teoria com o sujeito da pesquisa. No segundo capítulo discutiu-se sobre o
conceito de marca, suas expressividades e seu vínculo com os sentidos. Já no
terceiro capítulo houve a necessidade estudar a empresa Nestlé, resgatando sua
história e analisando as expressividades da marca Moça, tão exaltada pelo sujeito
desta pesquisa. O último capítulo foi responsável por trazer toda a discussão dos
resultados da pesquisa e análise do sujeito, foram descritos e analisados os rituais
de consumo segundo McCracken (2010) e como estes foram incorporados na vida
do sujeito do estudo. A discussão sobre a manifestação fetichista e a materialização
dos vínculos emocionais do sujeito pesquisado com a marca também foram
evidenciados nesse capítulo. Como contribuição para o marketing, esta dissertação
traz um acréscimo às pesquisas de significados culturais dos bens de consumo e
também acerca dos rituais de consumo, pois esta temática carece de pesquisas e de
um aprofundamento teórico. Por fim, o estudo de tal sujeito foi um interessante
exemplo de ritual na nossa sociedade, se apresentando também como um
interessante espaço de estudo das Ciências Sociais
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Jornada imaginativa: o problema da experiência transmissiva e cultural na perspectiva de Giorgio AgambenAna Carolina Jungblut 23 July 2010 (has links)
Sob a perspectiva de Giorgio Agamben, buscaremos os fundamentos teóricos que envolveram a imaginação durante a história ocidental até o momento em que esta se torna expropriada do conhecimento. Levamos em conta que noção de imaginação está inserida em um contexto de transmissão cultural que cada época gera para a próxima, e que, no entanto, também modifica suas fundamentações. Entenderemos a imaginação a partir do termo fantasma, ou seja, não como um termo isolado, mas envolvido em uma complexidade cultural, e entrelaçado de características, da quais, memória, sonho, linguagem, desejo, melancolia e sensação são seus aliados e que marcam a grande particularidade imaginativa como fantasma, que é de ser
imaterial, abstrato, e ainda, associada ao caráter do espírito. Na primeira parte, desenvolve-se a teoria do fantasma de Aristóteles que com o estoicismo e principalmente com o
neoplatonismo, começa a possuir suas primeiras vinculações com a antiga teoria do pneuma. Desta união obteve-se a noção do espírito fantástico que influência o período medieval intensamente. Nesta cultura conhecemos fatos importantes que nos levam a compreender tanto os mecanismos da imaginação, quanto a entender os primeiros sutis aspectos do processo de expropriação da imaginação na cultura ocidental. Mais do que tudo, a
reformulação ontológica que acontece na modernidade gera uma expropriação do sujeito da experiência (psyché), fenômeno correlato a expropriação da imaginação, gerando uma inserção no conflito entre racional e irracional. Na segunda parte, delimitamos a tratar primeiramente dos efeitos da exclusão da imaginação diante da experiência transmissiva, ou seja, a experiência tradicional e narrativa da qual se contrapõe ao experimento científico. Esta a nível, que poderíamos dizer, mitológica, no sentido do uso das palavras enquanto nos fazem sentido para vida. No segundo delineamento, trataremos de uma experiência, que se insere no
que poderíamos dizer, ritualística, no sentido em que invade as criações e o fazer cultural dos sujeitos em sociedade. Entretanto, ao que parecem, estas duas esferas inacessíveis nos dias atuais, aguardam novas possibilidades para serem demarcadas. O que temos em conta,
segundo Agamben, é que estas atividades, nunca são abandonadas como práticas fantasmáticas pelo adulto, apesar de hoje em dia estarmos perdendo esta potencialidade e desta forma, suas conseqüências na destruição da experiência e na impossibilidade usar, são
apenas reflexos da destruição da história e da dominação cultural. Agamben percebe que as formas simbólicas, as práticas textuais, as criações da cultura humana, todas precisam se apropriar do negativo, ou seja, do objeto ausente (fantasma) para plasmar certa realidade. A
experiência parece ter um sentido não exatamente na esfera concreta, mas entre a esfera imaginativa e assim, demarca fortemente as limitações que a cultura ocidental acabou deixando em segundo plano. No caso da manifestação lingüística, temos o signo resistente a toda significação representa-se pela metáfora. No caso do usar ou fazer humano que longe de demarcar sua utilidade, desvia-se para a ausência do objeto fetiche. Captar estas limitações e suas saídas através da teoria lingüística da Infância e da teoria do jogo da Profanação são as propostas de Agamben. / Under Giorgio Agambens perspective we search for the theoretical foundations which have
involved the imagination during the western history until the moment in that this history is
expropriated of the knowledge. We take into account what imagination notion is inserted in a
context of cultural transmission which each time generates for the next one and, however, also
modifies their foundations. We understand the imagination since the concept of phantasm, in
other words, it is not an isolated term, but it is involved in a cultural complexity and
interlaced of characteristics which are connected to memory, dream, language, desire,
melancholy and sensation and define the great imaginative particularity of ghost which is
immaterial, abstract and still related to the character of spirit. In the first part we develop the
theory of Aristotles ghost that has its first links to the old theory of pneuma starting from stoicism and mainly neoplatonism. From this union it was obtained the notion of fantastic spirit that influence the medieval period intensely. In this culture we know important
facts that lead us to understand the mechanisms of imagination as well as the subtle first
aspects of the expropriation process of imagination in western culture. Plus than everything
the ontological reformulation that happens in the modernity generates an expropriation of the
experience subject (psyché), correlated phenomenon to the expropriation of the imagination,
generating an insert in the conflict between rational and irrational. In the second part we
approach firstly the effects of the exclusion of imagination before the transmissive experience,
in other words, the traditional and narrative experience which opposes to the scientific
experiment. This is, so we could say, in a mythological level, in the sense of the use of the
words while they make us sense for life. Secondly we approach an experience that interferes
in what we could name, ritualistic, in the sense of the invasion of the creations and of the
doing of culture of the subjects in society. However, how it seems, these two inaccessible
spheres in the current days await new possibilities for being demarcated. According to
Agamben, these activities are never abandoned as fantasmatic practices by the adult, although
we are losing this potentiality nowadays and, in this way, t heir consequences in the
destruction of the experience, and in the impossibility to use this potentiality, are just reflexes
of the destruction of history and the cultural dominance. Agamben notices that the symbolic
forms, the textual practices, the creations of human culture, all need to take the negative, in
other words, the absent object (phantasm) to shape certain reality. The experience seems to
have a sense not exactly in the concrete sphere, but among the imaginative sphere and like
this, it strongly demarcates the limitations that the western culture ended up leaving in second
plan. In the case of the linguistic manifestation, we have the resistant sign to all significance
represented by the metaphor. In the case of the using or of the doing of human being, which
far away from demarcating its usefulness strays for the absence of the object fetish. To
capture these limitations and their exits through the linguistic theory of Childhood and through the theory of the game of Profanation are the proposals of Agamben.
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Jornalismo científico fetichizado: análise comparativa das revistas superinteressante, suas edições especiais e Nathional Geographic MagazineMoraes, Verena Raquel Fornetti [UNESP] 19 September 2007 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2007-09-19Bitstream added on 2014-06-13T19:39:49Z : No. of bitstreams: 1
moraes_vrf_me_mar.pdf: 445578 bytes, checksum: 7b1333cef26491fb5dae0c98e7cd6add (MD5) / Debatemos a idéia de que existiu, no período estudado, uma fetichização da divulgação científica nas revistas Superinteressante, suas edições especiais publicadas em 2005 e na National Geographic Magazine, editada nos Estados Unidos e traduzida no Brasil. Nosso objetivo é investigar o que acontece com a ciência quando é transformada em mercadoria e submetida na mídia aos padrões do jornalismo que aparecem em algumas revistas: sensação, sucesso e relaxamento. A hipótese é que, quando a reportagem sobre ciência assume essa forma, ela fetichiza a divulgação científica, transformando-a em mero entretenimento. Note-se, portanto, que nossa meta não é fazer a crítica da ciência divulgada, analisando se a informação jornalística é fiel ou não ao ramo científico abordado, e sim observar como a ciência perde o potencial de crítica ao se submeter ao padrão fetichizado. Estamos interessados em demonstrar, assim, como a divulgação fetichizada falha ao não fazer da ciência uma ferramenta para entender a sociedade. / We discuss the idea that there is a fetishism of scientific journalism on Superinteressante Magazine, its special editions and on National Geographic Magazine, published in United States and translated to be published in Brazil. Our goal is to investigate what happens with science when it becomes a product, made specifically to sell magazines, and when it's subdued by magazine style's patterns: sensation, success and relaxing. The hypothesis is when science stories take this form, they become fetishism because it's transformed in simple entertainment. Observe, however, that our purpose is not to criticize the science on media analyzing if the texts are coherents to researches but point out how science looses the critic potential in this fetishism. Our interest is demonstrate how scientific journalism fails using science as an arm to understand society.
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As muitas faces do trabalho que se realiza na educação infantil / The many faces of the work being done in early childhood educationLIMA, Lais Leni Oliveira 22 September 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-09-22 / This paper reveals the many faces of the work done in children education (CE) institutions . In order to do so, it starts from the assumption that it is necessary to understand the logics in which the world of work structures itself in the CE, to comprehend the unfolding of the alienated and fetishized relationships which are developed in these institutions. Therefore, I ground the discussion in the conception of work in Marx and in the principle that it is through work that man constitutes himself as such. Thus it is through work that they set relationships with other human beings and with nature, transforming the world and themselves and, in this construction, they constitute their own identity. Work, ergo, is a fundamental element of the ontological condition of human beings. From this perspective, it was necessary to understand the meaning of alienation strangeness and covering of reality and the ramifications of the fetish of work in the capitalist society. It was also my purpose to investigate the relationship between education and work in the capitalist society, a discussion based on Marx (1975, 1978, 1980, 1983, 1993); Marx and Engels (1998, 2002); Lukács (1979); Mészáros (2002, 2005), Mascarenhas (2002, 2005); Antunes (1999a, 1999b, 2001, 2006); Frigotto (1989, 2000a, 2000b, 2001, 2004). The specificity of the work in children education and the teaching work was approached from the theoretical bases of Arce (2005, 2004, 2007, 2009), Saviani (1984, 1988, 1991, 2003, 2008); Paro (1979, 1988, 2000); Duarte (2001, 2004, 2006) and other authors. The methodological approach used in the research was an exploratory study with dominantly qualitative procedures, having also some quantitative elements. The research was carried out in children education centers in the towns of Jataí, Serranópolis and Chapadão do Céu, Goiás State, in order to notice the different aspects which constitute the work developed. The instruments used were documental analysis, observation, dialogues, semi-structured interviews, questionnaires and research report, grounded on different authors: Lakatos and Marconi (1986), Fazenda (1989), Frigotto (1989), Santos Filho and Gamboa (2001). The research unveils the need and the possibility of the existence of CE schools which are properly prepared for children education. Thus, I emphasize, for workers who work in this stage of education, the necessity of assuming themselves as CE teaching workers, which requires deep and solid knowledge regarding the peculiarities of each stage of child development. Therefore, this notion is distant from ideas sets which fetishize the existence of small children, as possessing certain so-called autonomous features, concerning the interpersonal and inter psychological processes directed to them. / O presente trabalho revela as muitas faces do trabalho que se realiza nas instituições de Educação Infantil (EI) . Para tanto, parte-se do pressuposto de que é preciso compreender a lógica em que se estrutura o mundo do trabalho na EI, para entender os desdobramentos das relações alienadas e fetichizadas que se desenvolvem nessas instituições. Assim, partimos do conceito de trabalho em Marx e do princípio de que é por meio deste que o homem se constitui como tal. Destarte é pelo trabalho que ele se relaciona com os outros seres humanos e com a natureza, transformando o mundo e a si mesmo, e nessa construção, constitui sua identidade. Trabalho, portanto, é elemento fundamental da condição ontológica do ser humano. Dessa perspectiva, fez-se necessário compreender o significado de alienação estranhamento e velamento da realidade e os desdobramentos do fetiche do trabalho na sociedade capitalista. Objetivou-se ainda investigar a relação educação e trabalho na sociedade capitalista, discutida a partir de Marx (1975, 1978, 1980, 1983, 1993); Marx e Engels (1998, 2002); Lukács (1979); Mészáros (2002, 2005), Mascarenhas (2002, 2005); Antunes (1999a, 1999b, 2001, 2006); Frigotto (1989, 2000a, 2000b, 2001, 2004). A especificidade do trabalho em educação infantil e do trabalho docente foi tomada a partir dos aportes teóricos de Arce (2005, 2004, 2007, 2009), Saviani (1984, 1988, 1991, 2003, 2008); Paro (1979, 1988, 2000); Duarte (2001, 2004, 2006). A abordagem metodológica utilizada no decorrer da pesquisa é um estudo de caráter exploratório com procedimentos predominantemente qualitativos sem, entretanto, abandonar elementos quantitativos, elencados aos Centros Municipais de Educação Infantil das cidades selecionadas Jataí, Serranópolis e Chapadão do Céu , a fim se perceber os diferentes aspectos constitutivos do trabalho desenvolvido. Utilizou-se ainda de análise documental, observações, diálogos, entrevistas semi-estruturadas, questionários, relatório de pesquisa, os quais foram fundamentados em diferentes autores: Lakatos e Marconi (1986), Fazenda (1989), Frigotto (1989), Santos Filho e Gamboa (2001). A pesquisa revela a necessidade e a possibilidade da existência de escolas de EI adequadamente preparadas para a educação de crianças. Assim, enfatiza-se a necessidade da trabalhadora, que atua nessa etapa de educação, de se assumir como trabalhadora docente da EI, o que requer conhecimentos profundos e sólidos a respeito da especificidade de cada etapa de desenvolvimento da criança. Sendo assim, tal concepção se distancia dos ideários que fetichizam a existência de crianças pequenas, imbuídas de supostas características autônomas, em relação aos processos interpessoais e intrapissíquicos a elas dirigidos.
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