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Cidade - dispositivo de olhar: elementos para uma teoria benjaminiana da percepção / City - looking device: evidence for a Benjamin\'s theory of perceptionSalles, Vanessa Madrona Moreira 15 September 2008 (has links)
Este trabalho propõe-se à reorganização e releitura de textos benjaminianos que se referem direta ou indiretamente à questão da percepção. Objetiva levar à maturação e sistematização de elementos para uma teoria da percepção benjaminiana que se encontra dispersa em alguns de seus diversos estudos. Aborda o conceito de percepção colocando-o em situação constelacional com outros conceitos como Estética, comentário, critica, percepção ótica, percepção tátil. Discute sobre o conceito de percepção em alguns momentos da tradição filosófica. Reflete sobre os regimes escópicos da modernidade. E discute sobre a compreensão benjaminiana da percepção como leitura. Aborda uma questão fundamental no pensamento benjaminiano sobre os meios audiovisuais que é o conceito de aura. Intenta situar os termos da discussão controversa sobre o declínio da aura e discorre sobre a forma de percepção que predominaria na recepção cinematográfica: a percepção de choque. Avalia a legibilidade da cidade, através de uma reflexão sobre a flânerie e a visão surrealista, entendidas como práticas sociais inspiradoras da original reflexão de Benjamin sobre a percepção. / The present thesis aims to show the result of Walter Benjamins theory of perception texts organization edited in several publishing. Thus, the general concept of perception is divided into other concepts such as Aesthetics, Comment, Criticism, optical perception and Philosophical perception, presenting the scopic regimes of modernity. Besides, it highlights Benjamins concept of perception meaning the same as reading. It also covers a fundamental subject in his thoughts on visual arts: the aura concept. In addition to these aspects, this thesis has the intention to spot not only the claim about the decline of aura, but also the way of perception that predominates in the movies reception: the shock perception. Finally, it evaluates the legibility of city through a reflection on flânerie and the surrealistic vision seen as social practices which inspired Benjamin original reflection on perception.
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A construção da escuta-flânerie : uma pesquisa psicanalítica com agentes socioeducadores que atendem adolescentes em conflito com a lei / The construction of listening-flânerie : a psychoanalysis research with socio-educators that assist young offendersPires, Luísa Puricelli January 2018 (has links)
Nesta dissertação, apresenta-se uma experiência de pesquisa-intervenção que se constituiu dentro de uma instituição socioeducativa do Rio Grande do Sul. A partir dos trabalhos desenvolvidos pelo grupo de pesquisa através de Rodas de Conversa com os adolescentes em conflito com a lei que cumprem medida socioeducativa, percebeu-se que a ampliação da escuta para os agentes socioeducadores seria importante. Sem nos anteciparmos à experiência, escutamos os socioeducadores e sua crescente necessidade de falar sobre o seu fazer, construindo, a partir do que era engendrado em transferência, uma intervenção que inicialmente tinha o nome de Posto Móvel de Escuta. A apresentação massiva de real, que se interpunha à pesquisadora-psicanalista através da estética do lugar, das cenas presenciadas na instituição e de algumas narrativas dos agentes foi sendo articulada pela criação de uma metodologia inspirada em dois pressupostos, a escuta psicanalítica e a leitura que Walter Benjamin empreendeu do flâneur de Baudelaire. A flânerie imprime um tempo distendido à urgência das grandes cidades, trazendo uma leveza e certa poética para o trabalho junto ao traumático, à medida que se configura enquanto correspondência corporal para a atenção flutuante preconizada por Freud. Em muitos momentos, era fundamental simplesmente seguir testemunhando o horror da vivência (Erlebnis) da socioeducação, imprimindo continuidade ao trabalho que possibilitava aos socioeducadores se sentirem vistos, além de escutados – o que constituiu a flânerie como intervenção Nesse sentido, a psicanálise e a flânerie conjugam-se na possibilidade de abrir espaços de narração, em que os sujeitos retomam pontos extraviados da história social e da sua própria, compartilhando-as e, quiçá, decantando-as em experiência (Erfahrung). Frente às vivências fraturadas que se apresentavam na vivência da socioeducação, o primeiro problema de pesquisa se formaliza na metodologia. Como a pesquisa psicanalítica poderia estar presente na socioeducação e como escutar os socioeducadores? O cerne desta dissertação está, portanto, na apresentação da edificação de um modo próprio de investigação, engendrado na interlocução entre as construções anteriores do grupo de pesquisa, as particularidades do campo e a formação da pesquisadora-psicanalista. Assim nasce a escuta-flânerie com os agentes socioeducadores, uma pesquisa-intervenção na instituição socioeducativa. Destacamos no texto, portanto, inúmeros fragmentos desse trabalho, restos que apresentam um paralelo entre a narrativa dos agentes socioeducadores e a da própria psicanalista, iniciando pela escrita dos diários de experiência até a construção desta dissertação. Na escrita também trazemos a metodologia da flânerie, criando um modo de fazer a experiência falar, em que aproximamos as palavras e as imagens, em um processo de montagem. Persistindo na escuta-flânerie, estivemos na instituição socioeducativa durante três períodos de quatro meses cada, a partir dos quais foram surgindo inúmeras questões Tamanha avalanche de vivências trouxe-nos passagens e rastros, que decantavam do trajeto da flânerie no tempo do a posteriori, por onde vamos apontando, no texto, para alguns significantes que restaram na escuta da pesquisa. Falamos de identificações ao redor de traumas, medos e sentimentos de abandono, tentamos trazer à tona as pérolas das narrativas dos socioeducadores e das palavras emprestadas que eles recolhem dos adolescentes, dando especial destaque à criação de apelidos para os agentes. Nesse flanar, emergiu um segundo problema de pesquisa, tendo em vista as inúmeras dificuldades encontradas pelos socioeducadores para realizar o seu trabalho, enunciando desde a proposição das leis que regem o sistema socioeducativo, até a precariedade das vivências dos adolescentes que atendem e as fragilidades de suas próprias vidas. Como poderia o socioeducador transformar o traumático em algo novo que lhe afaste da polaridade entre a desesperança e as certezas absolutas? A partir dessa questão fomos remetidos ao impossível do trabalho da socioeducação, dando relevo a algumas problematizações, apostando que, nas narrativas dos socioeducadores, poderia emergir um saber sobre seu fazer. Trabalhamos os temas da autoridade e alteridade, do brincar e do ato criativo dos socioeducadores, quando podem se oferecer como objeto a ser usado pelos adolescentes. Costurando o ato criativo com a posição da pesquisa psicanalítica, salientamos que, no diapasão da escuta-flânerie, o chiste e a validação da experiência também emergiam como intervenções, fazendo eco à escuta da transferência e à criatividade necessárias para que a pesquisa acadêmica pautada nos pressupostos dos fundamentos da psicanálise apresente-se vigorosa também nestes sítios. / In this dissertation, we present a research-intervention experience that was constituted within a socio-educational institution of Rio Grande do Sul. From the work developed by the research group through Wheels of Conversation with adolescents whom complies socio-educational measure, it came to us that the extension to socio-educational agents listening would be important. Without anticipating the experience, we listened to the socioeducators and their growing need to talk about their doing, building, from what was generated in transference, an intervention that initially had the name of Mobile Office of Listening. The massive presentation of real, which was interposing the researcher-psychoanalyst through the aesthetics of the place, the scenes witnessed in the institution and some narratives of the agents was managed by the creation of a methodology inspired by two presuppositions, the psychoanalytic listening and the Walter Benjamin reading of Baudelaire's flâneur. The flânerie gives a distended time to the urgency of the great cities, bringing a lightness and a certain poetics to the work we have been facing with the traumatic, as it was configured as the body correspondence to the floating attention advocated by Freud. In many moments, it was fundamental to simply keep witnessing the horror of the experience (Erlebnis) of the socioeducation, imparting continuity to the work that allowed the socioeducators to feel watched, in addition to being listened – where the flânerie became a intervention. In this sense, psychoanalysis and flânerie are combined in the possibility of opening spaces of narrative, in which the subjects return to lost points of the social history and of their own, sharing them and, perhaps, decanting them in experience (Erfahrung) Faced with the fractured experiences (Erlebnis) that were present in the experience of socioeducation, the first research problem is formalized in methodology. How could psychoanalytic research be in socio-education and how to listen to socioeducators? The core of this dissertation is, therefore, in the presentation of the construction of a singular way of investigation, engendered in the interlocution between the previous constructions of the research group, the particularities of the field and the formation of the researcher-psychoanalyst. Thus was born the listening-flânerie with the socioeducators agents, a research-intervention in the socioeducative institution. In this context, we highlight in the text numerous fragments of this work, rests that evidence a parallel between the narrative of the agents and the psychoanalyst´s itself, beginning with the writing of the diary of experience (Erfahrung) to the construction of this dissertation. In writing we also brought flânerie´s methodology, creating a way of making the experience speak, approximating the words and the images, in an assembly process. Persisting with the listening-flânerie, we were able to be in the socio-educational institution during three periods, from which numerous questions arose. Such an avalanche of experiences (Erlebnis) brought us passages and traces, which decanted the path of the flânerie in the time of the a posteriori, where we are pointing, in the text, to some signifiers that remained in the research We talk about identifications around traumas, fears and feelings of abandonment, we try to bring up the pearls of the narratives of the socioeducators and the borrowed words they collect from adolescents, with special emphasis on the creation of nicknames for the agents. In this flânerie, a second research problem emerged, in view of the numerous difficulties encountered by the socioeducators to carry out their work, stating from the proposition of the Laws that govern the socio-educational system, to the precariousness of the adolescents' experiences that they attend and the fragilities of their own lives. How could the socioeducator transform the traumatic into something new that distances him from the polarity of hopelessness and absolute certainties? A question from which we were referred to the impossible of the work of the socioeducation, we emphasize some problematizations, thinking that, in the narratives of the socioeducators, could emerge a knowledge about theirs doing. We work on the subjects of authority and otherness, play and the creative act of socioeducators, when they can offer themselves as an object to be used by adolescents. Tailoring the creative act to the position of psychoanalytic research, we emphasize that in the context of listening-flânerie, the joke and the validation of experience also emerged as interventions. This makes reference to the listening of the transference and the creativity necessary for the academic research that is based on the presuppositions of psychoanalysis, also offering vigorous in these fields.
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A impermanência do processo: poeira, caminhos, objetos / The process impermanence: dust, ways, objectsCristiana Nogueira Menezes Gomes 27 March 2009 (has links)
Essa dissertação levanta um conjunto de questões relacionadas à reflexão do processo artístico. Focando em conceitos como poeira, melancolia, flânerie e memória, foi desenvolvido um diálogo entre Walter Benjamin, W.G. Sebald, Georges Perec, Susan Sontag, Georges Bataille e Giorgio Agamben e, também, foram pesquisados os trabalhos de Marcel Duchamp, Joseph Cornell e Robert Smithson. O texto é dividido em três momentos nos quais as principais questões são expandidas em fragmentos que consistem em proposições inseridas na arte contemporânea. Junto com o texto é apresentada uma série de imagens que pertencem ao conjunto de fotos que serão expostas durante a defesa / This dissertation raises a set of questions related to the reflection of the artistic process. Focusing on concepts like dust, melancholy, flânerie and memory, it was developed a dialogue among Walter Benjamin, W.G. Sebald, Georges Perec, Susan Sontag, Georges Bataille and Giorgio Agamben and also, the works from Marcel Duchamp, Joseph Cornell and Robert Smithson were researched. The text is divided in three moments, which the principal questions are expanded in fragments that consist in propositions inserted in the contemporary art. Along with the text is showed a series of images that belong to a set of photos that will be exposed during the presentation
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A impermanência do processo: poeira, caminhos, objetos / The process impermanence: dust, ways, objectsCristiana Nogueira Menezes Gomes 27 March 2009 (has links)
Essa dissertação levanta um conjunto de questões relacionadas à reflexão do processo artístico. Focando em conceitos como poeira, melancolia, flânerie e memória, foi desenvolvido um diálogo entre Walter Benjamin, W.G. Sebald, Georges Perec, Susan Sontag, Georges Bataille e Giorgio Agamben e, também, foram pesquisados os trabalhos de Marcel Duchamp, Joseph Cornell e Robert Smithson. O texto é dividido em três momentos nos quais as principais questões são expandidas em fragmentos que consistem em proposições inseridas na arte contemporânea. Junto com o texto é apresentada uma série de imagens que pertencem ao conjunto de fotos que serão expostas durante a defesa / This dissertation raises a set of questions related to the reflection of the artistic process. Focusing on concepts like dust, melancholy, flânerie and memory, it was developed a dialogue among Walter Benjamin, W.G. Sebald, Georges Perec, Susan Sontag, Georges Bataille and Giorgio Agamben and also, the works from Marcel Duchamp, Joseph Cornell and Robert Smithson were researched. The text is divided in three moments, which the principal questions are expanded in fragments that consist in propositions inserted in the contemporary art. Along with the text is showed a series of images that belong to a set of photos that will be exposed during the presentation
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A construção da escuta-flânerie : uma pesquisa psicanalítica com agentes socioeducadores que atendem adolescentes em conflito com a lei / The construction of listening-flânerie : a psychoanalysis research with socio-educators that assist young offendersPires, Luísa Puricelli January 2018 (has links)
Nesta dissertação, apresenta-se uma experiência de pesquisa-intervenção que se constituiu dentro de uma instituição socioeducativa do Rio Grande do Sul. A partir dos trabalhos desenvolvidos pelo grupo de pesquisa através de Rodas de Conversa com os adolescentes em conflito com a lei que cumprem medida socioeducativa, percebeu-se que a ampliação da escuta para os agentes socioeducadores seria importante. Sem nos anteciparmos à experiência, escutamos os socioeducadores e sua crescente necessidade de falar sobre o seu fazer, construindo, a partir do que era engendrado em transferência, uma intervenção que inicialmente tinha o nome de Posto Móvel de Escuta. A apresentação massiva de real, que se interpunha à pesquisadora-psicanalista através da estética do lugar, das cenas presenciadas na instituição e de algumas narrativas dos agentes foi sendo articulada pela criação de uma metodologia inspirada em dois pressupostos, a escuta psicanalítica e a leitura que Walter Benjamin empreendeu do flâneur de Baudelaire. A flânerie imprime um tempo distendido à urgência das grandes cidades, trazendo uma leveza e certa poética para o trabalho junto ao traumático, à medida que se configura enquanto correspondência corporal para a atenção flutuante preconizada por Freud. Em muitos momentos, era fundamental simplesmente seguir testemunhando o horror da vivência (Erlebnis) da socioeducação, imprimindo continuidade ao trabalho que possibilitava aos socioeducadores se sentirem vistos, além de escutados – o que constituiu a flânerie como intervenção Nesse sentido, a psicanálise e a flânerie conjugam-se na possibilidade de abrir espaços de narração, em que os sujeitos retomam pontos extraviados da história social e da sua própria, compartilhando-as e, quiçá, decantando-as em experiência (Erfahrung). Frente às vivências fraturadas que se apresentavam na vivência da socioeducação, o primeiro problema de pesquisa se formaliza na metodologia. Como a pesquisa psicanalítica poderia estar presente na socioeducação e como escutar os socioeducadores? O cerne desta dissertação está, portanto, na apresentação da edificação de um modo próprio de investigação, engendrado na interlocução entre as construções anteriores do grupo de pesquisa, as particularidades do campo e a formação da pesquisadora-psicanalista. Assim nasce a escuta-flânerie com os agentes socioeducadores, uma pesquisa-intervenção na instituição socioeducativa. Destacamos no texto, portanto, inúmeros fragmentos desse trabalho, restos que apresentam um paralelo entre a narrativa dos agentes socioeducadores e a da própria psicanalista, iniciando pela escrita dos diários de experiência até a construção desta dissertação. Na escrita também trazemos a metodologia da flânerie, criando um modo de fazer a experiência falar, em que aproximamos as palavras e as imagens, em um processo de montagem. Persistindo na escuta-flânerie, estivemos na instituição socioeducativa durante três períodos de quatro meses cada, a partir dos quais foram surgindo inúmeras questões Tamanha avalanche de vivências trouxe-nos passagens e rastros, que decantavam do trajeto da flânerie no tempo do a posteriori, por onde vamos apontando, no texto, para alguns significantes que restaram na escuta da pesquisa. Falamos de identificações ao redor de traumas, medos e sentimentos de abandono, tentamos trazer à tona as pérolas das narrativas dos socioeducadores e das palavras emprestadas que eles recolhem dos adolescentes, dando especial destaque à criação de apelidos para os agentes. Nesse flanar, emergiu um segundo problema de pesquisa, tendo em vista as inúmeras dificuldades encontradas pelos socioeducadores para realizar o seu trabalho, enunciando desde a proposição das leis que regem o sistema socioeducativo, até a precariedade das vivências dos adolescentes que atendem e as fragilidades de suas próprias vidas. Como poderia o socioeducador transformar o traumático em algo novo que lhe afaste da polaridade entre a desesperança e as certezas absolutas? A partir dessa questão fomos remetidos ao impossível do trabalho da socioeducação, dando relevo a algumas problematizações, apostando que, nas narrativas dos socioeducadores, poderia emergir um saber sobre seu fazer. Trabalhamos os temas da autoridade e alteridade, do brincar e do ato criativo dos socioeducadores, quando podem se oferecer como objeto a ser usado pelos adolescentes. Costurando o ato criativo com a posição da pesquisa psicanalítica, salientamos que, no diapasão da escuta-flânerie, o chiste e a validação da experiência também emergiam como intervenções, fazendo eco à escuta da transferência e à criatividade necessárias para que a pesquisa acadêmica pautada nos pressupostos dos fundamentos da psicanálise apresente-se vigorosa também nestes sítios. / In this dissertation, we present a research-intervention experience that was constituted within a socio-educational institution of Rio Grande do Sul. From the work developed by the research group through Wheels of Conversation with adolescents whom complies socio-educational measure, it came to us that the extension to socio-educational agents listening would be important. Without anticipating the experience, we listened to the socioeducators and their growing need to talk about their doing, building, from what was generated in transference, an intervention that initially had the name of Mobile Office of Listening. The massive presentation of real, which was interposing the researcher-psychoanalyst through the aesthetics of the place, the scenes witnessed in the institution and some narratives of the agents was managed by the creation of a methodology inspired by two presuppositions, the psychoanalytic listening and the Walter Benjamin reading of Baudelaire's flâneur. The flânerie gives a distended time to the urgency of the great cities, bringing a lightness and a certain poetics to the work we have been facing with the traumatic, as it was configured as the body correspondence to the floating attention advocated by Freud. In many moments, it was fundamental to simply keep witnessing the horror of the experience (Erlebnis) of the socioeducation, imparting continuity to the work that allowed the socioeducators to feel watched, in addition to being listened – where the flânerie became a intervention. In this sense, psychoanalysis and flânerie are combined in the possibility of opening spaces of narrative, in which the subjects return to lost points of the social history and of their own, sharing them and, perhaps, decanting them in experience (Erfahrung) Faced with the fractured experiences (Erlebnis) that were present in the experience of socioeducation, the first research problem is formalized in methodology. How could psychoanalytic research be in socio-education and how to listen to socioeducators? The core of this dissertation is, therefore, in the presentation of the construction of a singular way of investigation, engendered in the interlocution between the previous constructions of the research group, the particularities of the field and the formation of the researcher-psychoanalyst. Thus was born the listening-flânerie with the socioeducators agents, a research-intervention in the socioeducative institution. In this context, we highlight in the text numerous fragments of this work, rests that evidence a parallel between the narrative of the agents and the psychoanalyst´s itself, beginning with the writing of the diary of experience (Erfahrung) to the construction of this dissertation. In writing we also brought flânerie´s methodology, creating a way of making the experience speak, approximating the words and the images, in an assembly process. Persisting with the listening-flânerie, we were able to be in the socio-educational institution during three periods, from which numerous questions arose. Such an avalanche of experiences (Erlebnis) brought us passages and traces, which decanted the path of the flânerie in the time of the a posteriori, where we are pointing, in the text, to some signifiers that remained in the research We talk about identifications around traumas, fears and feelings of abandonment, we try to bring up the pearls of the narratives of the socioeducators and the borrowed words they collect from adolescents, with special emphasis on the creation of nicknames for the agents. In this flânerie, a second research problem emerged, in view of the numerous difficulties encountered by the socioeducators to carry out their work, stating from the proposition of the Laws that govern the socio-educational system, to the precariousness of the adolescents' experiences that they attend and the fragilities of their own lives. How could the socioeducator transform the traumatic into something new that distances him from the polarity of hopelessness and absolute certainties? A question from which we were referred to the impossible of the work of the socioeducation, we emphasize some problematizations, thinking that, in the narratives of the socioeducators, could emerge a knowledge about theirs doing. We work on the subjects of authority and otherness, play and the creative act of socioeducators, when they can offer themselves as an object to be used by adolescents. Tailoring the creative act to the position of psychoanalytic research, we emphasize that in the context of listening-flânerie, the joke and the validation of experience also emerged as interventions. This makes reference to the listening of the transference and the creativity necessary for the academic research that is based on the presuppositions of psychoanalysis, also offering vigorous in these fields.
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Cidade - dispositivo de olhar: elementos para uma teoria benjaminiana da percepção / City - looking device: evidence for a Benjamin\'s theory of perceptionVanessa Madrona Moreira Salles 15 September 2008 (has links)
Este trabalho propõe-se à reorganização e releitura de textos benjaminianos que se referem direta ou indiretamente à questão da percepção. Objetiva levar à maturação e sistematização de elementos para uma teoria da percepção benjaminiana que se encontra dispersa em alguns de seus diversos estudos. Aborda o conceito de percepção colocando-o em situação constelacional com outros conceitos como Estética, comentário, critica, percepção ótica, percepção tátil. Discute sobre o conceito de percepção em alguns momentos da tradição filosófica. Reflete sobre os regimes escópicos da modernidade. E discute sobre a compreensão benjaminiana da percepção como leitura. Aborda uma questão fundamental no pensamento benjaminiano sobre os meios audiovisuais que é o conceito de aura. Intenta situar os termos da discussão controversa sobre o declínio da aura e discorre sobre a forma de percepção que predominaria na recepção cinematográfica: a percepção de choque. Avalia a legibilidade da cidade, através de uma reflexão sobre a flânerie e a visão surrealista, entendidas como práticas sociais inspiradoras da original reflexão de Benjamin sobre a percepção. / The present thesis aims to show the result of Walter Benjamins theory of perception texts organization edited in several publishing. Thus, the general concept of perception is divided into other concepts such as Aesthetics, Comment, Criticism, optical perception and Philosophical perception, presenting the scopic regimes of modernity. Besides, it highlights Benjamins concept of perception meaning the same as reading. It also covers a fundamental subject in his thoughts on visual arts: the aura concept. In addition to these aspects, this thesis has the intention to spot not only the claim about the decline of aura, but also the way of perception that predominates in the movies reception: the shock perception. Finally, it evaluates the legibility of city through a reflection on flânerie and the surrealistic vision seen as social practices which inspired Benjamin original reflection on perception.
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DO ENSINAR COMO PRÁTICA DE FLANAGEM OU PERAMBULAÇÃO / TEACHING AS FLÂNERIE OR WANDERING PRACTICESato, Eliana Satie 19 September 2014 (has links)
This essay has been conceived and written in order to question the atrophy of communication in the educational environment; the realization that social changes in the superstructure of capitalist production have produced a sort of paralysis in contemporary forms of communication was the starting point for this writing; the appeal of this text is due to the changes in the information and communication systems and their implications on the role of contemporary education; it is also legible as a plea in favor of possibilities to rethink the limits and potentialities of the encounter in the educational environment; and, finally, it conceives the teaching-learning process as flânerie or wandering practices. It dwells on the problem of the modes of human sense perception perceptiveness of oneself, the other, and the world - in the educational context within Walter Benjamin‟s thoughts. In so doing, Flânerie operates as a central concept, conceived both as a metaphor for thinking a new way of understanding the teaching-learning process as well as a methodological tool for research in education. Thus, this essay proposes a literature review by bringing to bear a discussion on a supposed contemporary symbolic blindness, especially in the educational environment, which is supposedly at the very core of the problem of the human contact; it should also be thought of as an attempt to amplify the understanding of Walter Benjamin‟s writings on teaching-learning process in industrial societies. / O presente trabalho visa a problematizar a atrofia da comunicação no mundo educacional; parte do pressuposto de que com o desenvolvimento dos meios de produção capitalista dá-se uma espécie de engessamento das formas de comunicação na contemporaneidade; busca, portanto, refletir sobre a função da educação contemporânea, tendo em vista as transformações nos sistemas de informação e comunicação; tem, também, como seu anelo, fomentar possibilidades de se repensar os limites e as potencialidades da ideia de encontro no espaço educacional; e, por fim, a pensar o ensino como prática de perambulação ou flanagem. Tal problemática dos modos de percepção do outro, de si e do mundo no âmbito educacional toma como operador teórico o pensamento de Walter Benjamin. A flânerie opera, nesse sentido, como um conceito central, tomada tanto como uma metáfora para conceber uma nova forma de compreender os processos de ensino e aprendizagem, como, também, uma ferramenta metodológica para a pesquisa em educação. Assim, a presente dissertação pretende realizar uma revisão bibliográfica com o desafio de discorrer sobre uma suposta cegueira simbólica no contexto educativo contemporâneo, a qual supostamente estaria no cerne do problema do contato. Além disso, intenta-se permitir amplificar a compreensão do pensamento de Walter Benjamin no processo de ensino e aprendizagem nas sociedades industriais.
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A construção da escuta-flânerie : uma pesquisa psicanalítica com agentes socioeducadores que atendem adolescentes em conflito com a lei / The construction of listening-flânerie : a psychoanalysis research with socio-educators that assist young offendersPires, Luísa Puricelli January 2018 (has links)
Nesta dissertação, apresenta-se uma experiência de pesquisa-intervenção que se constituiu dentro de uma instituição socioeducativa do Rio Grande do Sul. A partir dos trabalhos desenvolvidos pelo grupo de pesquisa através de Rodas de Conversa com os adolescentes em conflito com a lei que cumprem medida socioeducativa, percebeu-se que a ampliação da escuta para os agentes socioeducadores seria importante. Sem nos anteciparmos à experiência, escutamos os socioeducadores e sua crescente necessidade de falar sobre o seu fazer, construindo, a partir do que era engendrado em transferência, uma intervenção que inicialmente tinha o nome de Posto Móvel de Escuta. A apresentação massiva de real, que se interpunha à pesquisadora-psicanalista através da estética do lugar, das cenas presenciadas na instituição e de algumas narrativas dos agentes foi sendo articulada pela criação de uma metodologia inspirada em dois pressupostos, a escuta psicanalítica e a leitura que Walter Benjamin empreendeu do flâneur de Baudelaire. A flânerie imprime um tempo distendido à urgência das grandes cidades, trazendo uma leveza e certa poética para o trabalho junto ao traumático, à medida que se configura enquanto correspondência corporal para a atenção flutuante preconizada por Freud. Em muitos momentos, era fundamental simplesmente seguir testemunhando o horror da vivência (Erlebnis) da socioeducação, imprimindo continuidade ao trabalho que possibilitava aos socioeducadores se sentirem vistos, além de escutados – o que constituiu a flânerie como intervenção Nesse sentido, a psicanálise e a flânerie conjugam-se na possibilidade de abrir espaços de narração, em que os sujeitos retomam pontos extraviados da história social e da sua própria, compartilhando-as e, quiçá, decantando-as em experiência (Erfahrung). Frente às vivências fraturadas que se apresentavam na vivência da socioeducação, o primeiro problema de pesquisa se formaliza na metodologia. Como a pesquisa psicanalítica poderia estar presente na socioeducação e como escutar os socioeducadores? O cerne desta dissertação está, portanto, na apresentação da edificação de um modo próprio de investigação, engendrado na interlocução entre as construções anteriores do grupo de pesquisa, as particularidades do campo e a formação da pesquisadora-psicanalista. Assim nasce a escuta-flânerie com os agentes socioeducadores, uma pesquisa-intervenção na instituição socioeducativa. Destacamos no texto, portanto, inúmeros fragmentos desse trabalho, restos que apresentam um paralelo entre a narrativa dos agentes socioeducadores e a da própria psicanalista, iniciando pela escrita dos diários de experiência até a construção desta dissertação. Na escrita também trazemos a metodologia da flânerie, criando um modo de fazer a experiência falar, em que aproximamos as palavras e as imagens, em um processo de montagem. Persistindo na escuta-flânerie, estivemos na instituição socioeducativa durante três períodos de quatro meses cada, a partir dos quais foram surgindo inúmeras questões Tamanha avalanche de vivências trouxe-nos passagens e rastros, que decantavam do trajeto da flânerie no tempo do a posteriori, por onde vamos apontando, no texto, para alguns significantes que restaram na escuta da pesquisa. Falamos de identificações ao redor de traumas, medos e sentimentos de abandono, tentamos trazer à tona as pérolas das narrativas dos socioeducadores e das palavras emprestadas que eles recolhem dos adolescentes, dando especial destaque à criação de apelidos para os agentes. Nesse flanar, emergiu um segundo problema de pesquisa, tendo em vista as inúmeras dificuldades encontradas pelos socioeducadores para realizar o seu trabalho, enunciando desde a proposição das leis que regem o sistema socioeducativo, até a precariedade das vivências dos adolescentes que atendem e as fragilidades de suas próprias vidas. Como poderia o socioeducador transformar o traumático em algo novo que lhe afaste da polaridade entre a desesperança e as certezas absolutas? A partir dessa questão fomos remetidos ao impossível do trabalho da socioeducação, dando relevo a algumas problematizações, apostando que, nas narrativas dos socioeducadores, poderia emergir um saber sobre seu fazer. Trabalhamos os temas da autoridade e alteridade, do brincar e do ato criativo dos socioeducadores, quando podem se oferecer como objeto a ser usado pelos adolescentes. Costurando o ato criativo com a posição da pesquisa psicanalítica, salientamos que, no diapasão da escuta-flânerie, o chiste e a validação da experiência também emergiam como intervenções, fazendo eco à escuta da transferência e à criatividade necessárias para que a pesquisa acadêmica pautada nos pressupostos dos fundamentos da psicanálise apresente-se vigorosa também nestes sítios. / In this dissertation, we present a research-intervention experience that was constituted within a socio-educational institution of Rio Grande do Sul. From the work developed by the research group through Wheels of Conversation with adolescents whom complies socio-educational measure, it came to us that the extension to socio-educational agents listening would be important. Without anticipating the experience, we listened to the socioeducators and their growing need to talk about their doing, building, from what was generated in transference, an intervention that initially had the name of Mobile Office of Listening. The massive presentation of real, which was interposing the researcher-psychoanalyst through the aesthetics of the place, the scenes witnessed in the institution and some narratives of the agents was managed by the creation of a methodology inspired by two presuppositions, the psychoanalytic listening and the Walter Benjamin reading of Baudelaire's flâneur. The flânerie gives a distended time to the urgency of the great cities, bringing a lightness and a certain poetics to the work we have been facing with the traumatic, as it was configured as the body correspondence to the floating attention advocated by Freud. In many moments, it was fundamental to simply keep witnessing the horror of the experience (Erlebnis) of the socioeducation, imparting continuity to the work that allowed the socioeducators to feel watched, in addition to being listened – where the flânerie became a intervention. In this sense, psychoanalysis and flânerie are combined in the possibility of opening spaces of narrative, in which the subjects return to lost points of the social history and of their own, sharing them and, perhaps, decanting them in experience (Erfahrung) Faced with the fractured experiences (Erlebnis) that were present in the experience of socioeducation, the first research problem is formalized in methodology. How could psychoanalytic research be in socio-education and how to listen to socioeducators? The core of this dissertation is, therefore, in the presentation of the construction of a singular way of investigation, engendered in the interlocution between the previous constructions of the research group, the particularities of the field and the formation of the researcher-psychoanalyst. Thus was born the listening-flânerie with the socioeducators agents, a research-intervention in the socioeducative institution. In this context, we highlight in the text numerous fragments of this work, rests that evidence a parallel between the narrative of the agents and the psychoanalyst´s itself, beginning with the writing of the diary of experience (Erfahrung) to the construction of this dissertation. In writing we also brought flânerie´s methodology, creating a way of making the experience speak, approximating the words and the images, in an assembly process. Persisting with the listening-flânerie, we were able to be in the socio-educational institution during three periods, from which numerous questions arose. Such an avalanche of experiences (Erlebnis) brought us passages and traces, which decanted the path of the flânerie in the time of the a posteriori, where we are pointing, in the text, to some signifiers that remained in the research We talk about identifications around traumas, fears and feelings of abandonment, we try to bring up the pearls of the narratives of the socioeducators and the borrowed words they collect from adolescents, with special emphasis on the creation of nicknames for the agents. In this flânerie, a second research problem emerged, in view of the numerous difficulties encountered by the socioeducators to carry out their work, stating from the proposition of the Laws that govern the socio-educational system, to the precariousness of the adolescents' experiences that they attend and the fragilities of their own lives. How could the socioeducator transform the traumatic into something new that distances him from the polarity of hopelessness and absolute certainties? A question from which we were referred to the impossible of the work of the socioeducation, we emphasize some problematizations, thinking that, in the narratives of the socioeducators, could emerge a knowledge about theirs doing. We work on the subjects of authority and otherness, play and the creative act of socioeducators, when they can offer themselves as an object to be used by adolescents. Tailoring the creative act to the position of psychoanalytic research, we emphasize that in the context of listening-flânerie, the joke and the validation of experience also emerged as interventions. This makes reference to the listening of the transference and the creativity necessary for the academic research that is based on the presuppositions of psychoanalysis, also offering vigorous in these fields.
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Apollinaire ou la flânerie esthétique / Apollinaire or the aesthetic flânerieBota, Olivia-Iona 28 March 2013 (has links)
En tant que phénomène urbain, la flânerie apparaît une fois avec les bouleversements socio-économiques du XIXe siècle. Bien qu’associée à une déambulation gratuite et désœuvrée, elle institue cependant une approche nouvelle et fragmentaire de la ville. Le changement de perspective sur la rue entraîne aussi un changement de perspective sur l’art et la littérature. Ainsi, un Balzac ou un Baudelaire se montre particulièrement intéressé par la figure paradoxale et flottante du flâneur. Dans une possible généalogie du concept se place aussi la création hétéroclite et inclassable de Guillaume Apollinaire. La passion de l’écrivain pour la brocante et les faits divers, pour les histoires insolites et les personnages exceptionnels détermine la critique littéraire à lui appliquer l’étiquette péjorative de flâneur. En partant de ce cliché de la réception, notre thèse se propose de démontrer que la flânerie, chez Apollinaire, ne représente pas seulement un rapport à l’espace, mais aussi une manière d’être et de penser. À travers une analyse formelle, thématique et poétique de l’oeuvre théorique et littéraire de l’écrivain, nous envisageons donc de montrer que la flânerie constitue un thème, une méthode et un principe esthétique valides. Sans être négative, la flânerie se veut plutôt la métaphore d’une œuvre en perpétuelle métamorphose où le décentrement, la discontinuité et l’hétérogénéité ne représentent pas de notions dépréciatives, mais de vrais piliers esthétiques. / As urban phenomenon, “flânerie” appears together with socio-economic changes of the nineteenth century. Although associated with a factice wandering, it introduces a new and fragmented approach of the city. The change of perspective on the street also leads to a change of perspective on art and literature. Thus, a Balzac or a Baudelaire is particularly interested in the paradoxical and floating figure of the “flâneur”. In a possible genealogy of the concept, a special place is taken by the diverse and unclassifiable creation of Guillaume Apollinaire. The writer’s passion for “brocanteurs” and trivia as for unusual stories and exceptional characters determines literary criticism to apply him the pejorative label of “flâneur”. Based on this cliché of the critical reception, our thesis is to demonstrate that “flânerie”, for Apollinaire, defines not only a relation to space, but also a way of being and thinking. Through formal, thematic and poetic analysis of the writer’s literary and theoretical work, we plan to prove that “flânerie” is a theme, a method and a valid aesthetic principle. Without being negative, “flânerie” is rather the metaphor of a work in perpetual metamorphosis where collage, discontinuity and heterogeneity are not derogatory concepts, but true aesthetic pillars.
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The discovery of the street: urbanism, gentrification, and cultural change in early nineteenth-century ParisPotyondi, Stephen Unknown Date
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