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Avaliação da fibrose miocárdica pela ressonância magnética e tomografia computadorizada com múltiplos detectores na cardiomiopatia hipertrófica / Myocardial fibrosis evaluation by magnetic resonance and multidetector computed tomography in hypertrophic cardiomyopathy

Afonso Akio Shiozaki 09 August 2011 (has links)
A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença cardíaca genética e se caracteriza como a principal causadora de morte súbita em jovens, com apresentação clínica variável, desde assintomáticos a morte súbita, o que dificulta sua estratificação de risco. Tanto a ressonância magnética cardiovascular (RMC) como a tomografia computadorizada com múltiplos detectores (TCMD) mostraram-se capazes de avaliar a fibrose miocárdica, que é frequentemente encontrada nos casos de CMH. Os objetivos desta tese são: avaliar a distribuição e a correlação entre as áreas de hipertrofia e fibrose miocárdica pela RMC em pacientes com CMH; comparar a avaliação da fibrose miocárdica pela TCMD com a avaliação da fibrose miocárdica pela RMC; avaliar a fibrose miocárdica pela TCMD em pacientes com CMH portadores de cardiodesfibriladores e correlacionar a fibrose miocárdica pela TCMD com as arritmias ventriculares com terapia apropriada pelo CDI. Foram selecionados 145 pacientes com CMH, dos quais 13 apresentaram critérios de exclusão, sendo, portanto, incluídos 132 pacientes em seguimento ambulatorial, que assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. Destes, 91 pacientes foram submetidos à RMC para avaliação das características morfofuncionais do coração, incluindo a caracterização da fibrose miocárdica. Outros 15 pacientes foram submetidos tanto à TCMD quanto à RMC para avaliação e comparação da fibrose miocárdica por ambos os métodos. Finalmente, 26 pacientes hipertróficos portadores de CDI foram submetidos somente à TCMD para a avaliação da fibrose miocárdica e seguimento. Entre os 91 pacientes submetidos à RMC, a idade média foi de 37,9±17 anos, dos quais 58% eram homens. A média da espessura máxima da maior parede hipertrofiada do VE foi de 24,2±6,3mm e a média da FEVE, de 73,3±13,3%. A fibrose miocárdica foi observada em 76,9% dos 91 pacientes com uma média da massa de fibrose indexada pela superfície corpórea de 8,1±11,0g/m2. Dos 1547 segmentos miocárdicos pertencentes aos 91 pacientes, 18,9% (293) apresentaram fibrose miocárdica. Destes, 35,2% dos segmentos com fibrose apresentavam espessura miocárdica normal. Por outro lado, 58,6% dos segmentos hipertrofiados não apresentavam fibrose miocárdica. Além disso, não foi observada correlação significativa entre os segmentos hipertrofiados e os segmentos com fibrose miocárdica pela regressão linear. (r = 0,13 p = 0,21). Adicionalmente, a análise por paciente demonstrou que 65,8% dos indivíduos não apresentavam concordância significativa (Kappa < 0,40, p NS) entre a hipertrofia e a fibrose miocárdica, enquanto 34,2% apresentavam concordância moderada, boa ou excelente entre a hipertrofia e a fibrose miocárdica (Kappa > 0,40, p<0,001). A comparação da análise do porcentual da fibrose miocárdica no grupo de 15 pacientes submetidos tanto a TCMD quanto a RMC, demonstrou boa correlação com r = 0,77 e p =0,0001 e média das diferenças de 0,99 gramas. A análise da fibrose miocárdica pela TCMD dos 26 pacientes com CMH e portadores de desfibriladores implantáveis há mais de um ano demonstrou que a fibrose miocárdica estava presente em 96,1% desta população de alto risco, com média de 20,5 ±15,8 gramas de fibrose. Em um segmento médio de 38,5±25,5 meses, 50% destes pacientes apresentaram choques apropriados secundários - na maioria à fibrilação ventricular (12/13 eventos). Naqueles que receberam choques apropriados, a massa de fibrose era significativamente maior do que naqueles que não se observaram o registro das arritmias (29,10±19,13g vs 13,57±8,31g, p=0,01). Utilizando 18 gramas de fibrose como ponto de corte, a chance de registro de FV/TV com terapia apropriada pelo CDI foi de 75%. O seguimento dos pacientes demonstrou que massa de fibrose miocárdica acima de 18 gramas apresentava taxa de arritmias ventriculares com terapia apropriada pelos desfibriladores significativamente maior (p=0,02). Na análise multivariada, a massa de fibrose miocárdica foi a única a se correlacionar independentemente com as arritmias ventriculares adequadamente tratadas pelos CDIs. Concluímos que a apresentação das áreas de hipertrofia e fibrose miocárdica é heterogênea e que a correlação entre elas nas imagens de RMC é variável, não sendo significativa na maioria dos pacientes. Nossos dados de validação da TCMD permitem concluir que quando a RMC não pode ser utilizada, a tomografia pode ser uma alternativa adequada. A análise da fibrose miocárdica em pacientes com CMH e CDI demonstrou associação significativa e independente entre a magnitude da fibrose miocárdica e terapia apropriada pelos desfibriladores / Hypertrophic cardiomyopathy (HCM) is a genetic cardiac disorder leading cause of sudden death in young people with extremely variable presentation, from asymptomatic to sudden death as first symptom, leads to challenging risk stratification. Recently, both cardiovascular magnetic resonance (CMR) and multidetector computed tomography (MDCT) were able to assess myocardial fibrosis (MF) often found in cases of HCM. Our objectives were to evaluate the distribution and correlation of myocardial hypertrophy (MH) and myocardial fibrosis by CMR in patients with HCM; to compare and validate the assessment of myocardial fibrosis by MDCT and CMR and to evaluate the correlation between myocardial fibrosis by MDCT and ventricular arrhythmias appropriately treated by defibrillators, due to contraindications to CMR in this group. 145 HCM patients were selected with 13 having exclusion criteria. Then 132 outpatients were included and signed informed consent for this study. First, 91 patients were submitted to CMR to evaluate the morphofunctional characteristics of the heart including myocardial fibrosis; Second, 15 patients were submitted to both MDCT and CMR in order to evaluate myocardial fibrosis by both methods, and finally 26 HCM patients with implantable cardiac defibrillator (ICD) were submitted to MDCT, for assessment MF. Among 91 patients submitted to CMR the mean age was 37.9 ± 17 years old, and 58% were men. The LV maximum end diastolic wall thickness was 24.2 ± 6.3mm and LVEF mean was 73.3% ± 13.3. MF was evident in 76.9% of patients with a mean fibrosis mass index of 8.1±11.0g/m2. Of all the 1547 myocardial segments from 91 HCM patient, 35.2% of segments with MF occurred in segments without MH, 58.6% of MH segments had no signs of MF. Linear regression showed no significant correlation between number of segments with MH and MF (r = 0.13, p = 0.21). A per patient Kappa analysis showed no significant agreement (Kappa0.40, p ns) between MH and MF in 65.8% of the population and the remaining 34.2% of this population showed a significant agreement between MH and MF (kappa > 0.40, p < 0.001). The analysis of MF% in the group of 15 HCM patients submitted by both MDCT and MR showed a good correlation by linear regression between the two methods with r = 0.77 and p = 0.0001 with mean difference of 0.99g. The MF analysis by TCMD in 26 HCM patients with ICD, clinically indicated, for at least one year demonstrated that MF was present in 96.1% of patients with a mean fibrosis mass of 20.5±15.8g. During the mean follow-up of 38.5±25.5 months, 50% of these patients present appropriated shocks due to ventricular fibrillation in most of cases (12/13 registered events). Patients with appropriate ICD shocks had significantly greater MF mass than those without (29.10±19.13g vs 13.57±8.31g, p=0.01). The best MF mass cut off was 18g, with an accuracy of 0.75 for predicting ICD firing. Patients with MF mass 18g had a significantly higher event rate in the follow up (p=0.02). MF mass was independently associated with ventricular tachycardia/fibrillation on ICD-stored electrograms by multivariate analysis. We conclude that the presentation of myocardial hypertrophy and fibrosis areas is heterogeneous and the correlation between MH and MF is variable and non significant in the most of the patients in CMR images. The validation data of MF techniques showed that in cases where CMR can not be used, MDCT may be a good alternative to assessment of fibrosis. The MF analysis in HCM patients with ICD showed a significant and independent association between MF extent and VF / VT appropriated therapy by ICDs
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Estudo genético de pacientes portadores de cardiomiopatia hipertrófica / Genetic study of patients with hypertrophic cardiomyopathy

Marsiglia, Júlia Daher Carneiro 02 August 2013 (has links)
Introdução: A cardiomiopatia hipertrófica (CH) é uma doença genética cardíaca primária, caracterizada por hipertrofia do ventrículo esquerdo, sem dilatação, geralmente assimétrica e predominantemente septal, com prevalência estimada em 1:500. Atualmente já foram descobertos 20 genes associados à doença, mas os genes mais frequentemente relacionados são o da Cadeia Pesada da ?-miosina (MYH7), Proteína C de Ligação da Miosina (MYBPC3) e Troponina T (TNNT2). O diagnóstico molecular dos pacientes é importante e custo-efetivo do ponto de vista de saúde pública, além de recomendado pela Sociedade Europeia de Cardiologia. Entretanto, o custo inicial do exame é muito alto, de forma que estudos tentam reduzir esse custo. Uma das propostas descritas utilizou o RNA extraído de leucócitos para sequenciamento com sucesso para o gene MYBPC3. Este trabalho tem como objetivo testar a metodologia de sequenciamento de RNA em larga escala e testar a aplicabilidade da mesma para os genes MYH7 e TNNT2, estimar as principais mutações envolvidas nos pacientes do estudo e estabelecer correlações entre os diferentes genótipos avaliados e os fenótipos dos grupos familiares portadores da doença. Métodos: Os sujeitos incluídos no estudo são portadores de cardiomiopatia hipertrófica nos quais foi feita uma coleta de sangue para extração de DNA e RNA. Foi utilizada nested PCR para amplificação do cDNA e PCR convencional para amplificação de DNA e posterior sequenciamento em sequenciador automático. As análises estatísticas dos dados clínicos foram realizadas utilizando-se ANOVA para comparação de médias e teste exato de Fisher para comparação de frequências. Resultados: O sequenciamento de RNA se mostrou problemático, com baixa taxa de amplificação, falsos positivos e possíveis falsos negativos, de forma que optou-se por utilizar o sequenciamento de DNA para identificação das alterações. Dos 268 pacientes estudados foi identificada uma mutação em 131 deles (48,8%). Das mutações encontradas, 78 (59,5%) estavam no gene MYH7, 50 (38,2%) no gene MYBPC3 e 3 (2,3%) no gene TNNT2. Foram identificadas 69 mutações diferentes, 24 delas ainda não descritas. Pacientes com mutação identificada possuíam em média idade de diagnóstico e idade atual menores, maior frequência cardíaca média e maior frequência de pacientes com taquicardia ventricular não sustentada quando comparados ao grupo sem mutação identificada. Pacientes com mutação no gene MYH7 possuíam maior tamanho de átrio esquerdo, maior frequência de fibrilação atrial e maior frequência de histórico familiar da doença do que pacientes com mutação em MYBPC3. Conclusões: A técnica sequenciamento de RNA extraído de leucócitos não é adequada para uma rotina de rastreamento em larga escala para CH devido à alta frequência de falsos positivos, possibilidade de falsos negativos e baixa taxa de amplificação, mas o sequenciamento de DNA, embora trabalhoso, se mostrou muito sensível para a análise. A identificação de uma mutação específica ainda não pode ser usada para prognóstico de gravidade da CH, mas as comparações de genótipo e fenótipo mostraram algumas relações interessantes que devem ser melhor avaliadas nos pacientes. Este é o primeiro trabalho a caracterizar a epidemiologia molecular da CH em pacientes brasileiros para os genes MYH7, MYBPC3 e TNNT2 / Introduction: Hypertrophic cardiomyopathy (HC) is a primary genetic cardiac disease characterized by left ventricular hypertrophy without dilation, usually asymmetric and predominantly septal, with an estimated prevalence of 1:500. There are 20 genes associated to the HC, but the ones more often related to the disease are ?-myosin heavy chain (MYH7), myosin binding protein C (MYBPC3) and troponin T (TNNT2). The molecular diagnosis of patients is important and cost-effective from the standpoint of public health, and recommended by the European Society of Cardiology. However, the initial cost of the exam is very high, so several studies are attempting to reduce it. One of the proposals described used the RNA extracted from leukocytes for sequencing successfully to the MYBPC3 gene. The present study aims to test the methodology for large-scale sequencing and test it\'s applicability to the MYH7 and TNNT2 genes, to estimate the main mutations involved in the studied patients and establish correlations between their genotypes and phenotypes. Methods: The subjects included in the study were patients previously diagnosed with hypertrophic cardiomyopathy in whom a blood sample was collected to DNA and RNA extraction. It was used nested PCR for cDNA amplification and conventional PCR for DNA amplification for posterior sequencing on an automatic sequencer. Statistical analyzes of clinical data were performed using ANOVA to compare means and Fisher\'s exact test for frequencies comparison. Results: The RNA sequencing was problematic with low rate of amplification, false positives and possible false negatives, so was used DNA sequencing to identify the mutations. Of the 268 patients studied a mutation was identified in 131 of them (48.8%). Among the mutations found, 78 (59.5%) were in the MYH7 gene, 50 (38.2%) in the MYBPC3 gene and three (2.3%) in the TNNT2 gene. We have identified 69 different mutations, 24 of them not yet described. Patients with an identified mutation had an average smaller age of diagnosis and current age, higher average cardiac frequency and higher frequency of patients with nonsustained ventricular tachycardia compared to those without an identified mutation. Patients with mutations in the MYH7 gene had larger left atrium size, higher frequency of atrial fibrillation and higher frequency of family history of the disease than patients with a mutation in the MYBPC3 gene. Conclusions: The technique of sequencing RNA extracted from leucocytes is not suitable for large scale routine screening for CH due to the high frequency of false positives, possibility of false negatives and low rate of amplification, but the DNA sequencing, though laborious, was very sensitive to the analysis. Identification of a specific mutation cannot yet be used for prognosis of the disease\'s severity, but comparisons of genotype and phenotype have shown some interesting relationships that should be further evaluated. The presente study is the first one to characterize the molecular epidemiology of hypertrophic cardiomyopathy in Brazilian patients for those three more important genes mentioned above
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Estudo genético de pacientes portadores de cardiomiopatia hipertrófica / Genetic study of patients with hypertrophic cardiomyopathy

Júlia Daher Carneiro Marsiglia 02 August 2013 (has links)
Introdução: A cardiomiopatia hipertrófica (CH) é uma doença genética cardíaca primária, caracterizada por hipertrofia do ventrículo esquerdo, sem dilatação, geralmente assimétrica e predominantemente septal, com prevalência estimada em 1:500. Atualmente já foram descobertos 20 genes associados à doença, mas os genes mais frequentemente relacionados são o da Cadeia Pesada da ?-miosina (MYH7), Proteína C de Ligação da Miosina (MYBPC3) e Troponina T (TNNT2). O diagnóstico molecular dos pacientes é importante e custo-efetivo do ponto de vista de saúde pública, além de recomendado pela Sociedade Europeia de Cardiologia. Entretanto, o custo inicial do exame é muito alto, de forma que estudos tentam reduzir esse custo. Uma das propostas descritas utilizou o RNA extraído de leucócitos para sequenciamento com sucesso para o gene MYBPC3. Este trabalho tem como objetivo testar a metodologia de sequenciamento de RNA em larga escala e testar a aplicabilidade da mesma para os genes MYH7 e TNNT2, estimar as principais mutações envolvidas nos pacientes do estudo e estabelecer correlações entre os diferentes genótipos avaliados e os fenótipos dos grupos familiares portadores da doença. Métodos: Os sujeitos incluídos no estudo são portadores de cardiomiopatia hipertrófica nos quais foi feita uma coleta de sangue para extração de DNA e RNA. Foi utilizada nested PCR para amplificação do cDNA e PCR convencional para amplificação de DNA e posterior sequenciamento em sequenciador automático. As análises estatísticas dos dados clínicos foram realizadas utilizando-se ANOVA para comparação de médias e teste exato de Fisher para comparação de frequências. Resultados: O sequenciamento de RNA se mostrou problemático, com baixa taxa de amplificação, falsos positivos e possíveis falsos negativos, de forma que optou-se por utilizar o sequenciamento de DNA para identificação das alterações. Dos 268 pacientes estudados foi identificada uma mutação em 131 deles (48,8%). Das mutações encontradas, 78 (59,5%) estavam no gene MYH7, 50 (38,2%) no gene MYBPC3 e 3 (2,3%) no gene TNNT2. Foram identificadas 69 mutações diferentes, 24 delas ainda não descritas. Pacientes com mutação identificada possuíam em média idade de diagnóstico e idade atual menores, maior frequência cardíaca média e maior frequência de pacientes com taquicardia ventricular não sustentada quando comparados ao grupo sem mutação identificada. Pacientes com mutação no gene MYH7 possuíam maior tamanho de átrio esquerdo, maior frequência de fibrilação atrial e maior frequência de histórico familiar da doença do que pacientes com mutação em MYBPC3. Conclusões: A técnica sequenciamento de RNA extraído de leucócitos não é adequada para uma rotina de rastreamento em larga escala para CH devido à alta frequência de falsos positivos, possibilidade de falsos negativos e baixa taxa de amplificação, mas o sequenciamento de DNA, embora trabalhoso, se mostrou muito sensível para a análise. A identificação de uma mutação específica ainda não pode ser usada para prognóstico de gravidade da CH, mas as comparações de genótipo e fenótipo mostraram algumas relações interessantes que devem ser melhor avaliadas nos pacientes. Este é o primeiro trabalho a caracterizar a epidemiologia molecular da CH em pacientes brasileiros para os genes MYH7, MYBPC3 e TNNT2 / Introduction: Hypertrophic cardiomyopathy (HC) is a primary genetic cardiac disease characterized by left ventricular hypertrophy without dilation, usually asymmetric and predominantly septal, with an estimated prevalence of 1:500. There are 20 genes associated to the HC, but the ones more often related to the disease are ?-myosin heavy chain (MYH7), myosin binding protein C (MYBPC3) and troponin T (TNNT2). The molecular diagnosis of patients is important and cost-effective from the standpoint of public health, and recommended by the European Society of Cardiology. However, the initial cost of the exam is very high, so several studies are attempting to reduce it. One of the proposals described used the RNA extracted from leukocytes for sequencing successfully to the MYBPC3 gene. The present study aims to test the methodology for large-scale sequencing and test it\'s applicability to the MYH7 and TNNT2 genes, to estimate the main mutations involved in the studied patients and establish correlations between their genotypes and phenotypes. Methods: The subjects included in the study were patients previously diagnosed with hypertrophic cardiomyopathy in whom a blood sample was collected to DNA and RNA extraction. It was used nested PCR for cDNA amplification and conventional PCR for DNA amplification for posterior sequencing on an automatic sequencer. Statistical analyzes of clinical data were performed using ANOVA to compare means and Fisher\'s exact test for frequencies comparison. Results: The RNA sequencing was problematic with low rate of amplification, false positives and possible false negatives, so was used DNA sequencing to identify the mutations. Of the 268 patients studied a mutation was identified in 131 of them (48.8%). Among the mutations found, 78 (59.5%) were in the MYH7 gene, 50 (38.2%) in the MYBPC3 gene and three (2.3%) in the TNNT2 gene. We have identified 69 different mutations, 24 of them not yet described. Patients with an identified mutation had an average smaller age of diagnosis and current age, higher average cardiac frequency and higher frequency of patients with nonsustained ventricular tachycardia compared to those without an identified mutation. Patients with mutations in the MYH7 gene had larger left atrium size, higher frequency of atrial fibrillation and higher frequency of family history of the disease than patients with a mutation in the MYBPC3 gene. Conclusions: The technique of sequencing RNA extracted from leucocytes is not suitable for large scale routine screening for CH due to the high frequency of false positives, possibility of false negatives and low rate of amplification, but the DNA sequencing, though laborious, was very sensitive to the analysis. Identification of a specific mutation cannot yet be used for prognosis of the disease\'s severity, but comparisons of genotype and phenotype have shown some interesting relationships that should be further evaluated. The presente study is the first one to characterize the molecular epidemiology of hypertrophic cardiomyopathy in Brazilian patients for those three more important genes mentioned above
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Correlação entre escore de Selvester e realce tardio na tomografia computadorizada do coração em portadores de miocardiopatia hipertrófica / Correlation between Selvester QRS score and late enhancement on multidetector computed tomography in patients with hypertrophic cardiomyopathy

Bignoto, Tiago Costa 26 April 2018 (has links)
A Miocardiopatia hipertrófica foi descrita há mais de 50 anos e é a cardiopatia de causa genética mais comum no mundo. Pacientes portadores de miocardiopatia hipertrófica podem apresentar maior risco de eventos arrítmicos graves e morte súbita. Assim torna-se importante o desenvolvimento de técnicas de rastreio desse subgrupo de pacientes para, quando necessário, indicar tratamento específico como o implante de CDI. O realce tardio é a manifestação de fibrose nos exames de imagem como tomografia computadorizada do coração e/ou ressonância cardíaca em pacientes com cardiopatias e quando presente em grandes quantidades, pode estar relacionado a maior incidência de eventos fatais. O eletrocardiograma é ferramenta de baixo custo, não invasiva e difundida nos serviços de saúde brasileiros. O objetivo desse estudo é avaliar a correlação entre a presença e localização de realce tardio na tomografia computadorizada do coração e o achado de fibrose pelo escore de Selvester no eletrocardiograma de repouso de portadores de MCPH, determinar a prevalência de fibrose miocárdica entre os pacientes, comparando a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo do escore de Selvester. Foram analisados 112 pacientes do ambulatório de miocardiopatia do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia portadores de miocardiopatia hipertrófica sendo incluídos 75 desses. Foram divididos em dois grupos: Portadores de CDI com 60 pacientes e sem CDI com 15 pacientes. Foram coletados dados clínicos, ecocardiográficos, eletrocardiografia digital e tomografia computadorizada do coração. Foram realizados os cálculos do escore de Selvester e a mensuração e localização de realce tardio nos cortes tomográficos dos pacientes. A correlação dos resultados foi analisada pelo método de regressão linear. As características e frequências mais marcantes do grupo foram sexo masculino 49,4%, idade 41,63 ± 15,16, classe funcional I/II - NYHA 90,6%, fibrilação atrial 21,3%, baixa prevalência de comorbidades como hipertensão arterial 37,3%, diabetes 4%, dislipidemia 17,3%, clearence de creatinina > 60mL/min em 100% e ausência de doença coronariana estabelecida, fração de ejeção do ventrículo esquerdo preservada de 69,9 ± 5,46, medida do septo interventricular de 21,04 ± 6,23 e prevalência de gradiente > 30mmHg na via de saída do ventrículo esquerdo de 37,3%. Dos fatores de risco clássicos, morte súbita familiar e história de síncope eram as mais prevalentes com 57,3% cada, o uso do beta-bloqueador ocorreu em 89,3%. A massa de fibrose pela tomografia computadorizada foi de 9,87 ± 10,79 equivalendo a porcentagem de 5,66 ± 6,16, tendo prevalência em 88% da amostra. Já pelo escore de Selvester, encontramos 8,44 ± 7,39 de porcentagem de fibrose com prevalência de 76%. Na análise de kappa para a variável categórica fibrose entre o escore de Selvester e a tomografia computadorizada do coração, foi encontrada fraca correlação com r = 0,38 (p < 0,01). Enquanto variável contínua aplicando o método de regressão linear, foi encontrada correlação forte com r = 0,7 (p < 0,01). A sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo do escore de Selvester para o diagnóstico de fibrose foram de, respectivamente, 84,8%, 88,8%, 98,2% e 44,4%. A localização da fibrose apresentou correlação fraca entre os métodos com r = 0,16 (p < 0,01). Os dados desse estudo indicam que há moderada correlação entre o escore de Selvester e o realce tardio pela tomografia computadorizada na quantificação de fibrose em pacientes portadores de miocardiopatia hipertrófica. / Hypertrophic cardiomyopathy is considered the most common genetic cardiovascular disease and has been recognized for 50 years. Patients with hypertrophic cardiomyopathy may present risk of arrhythmic events and sudden cardiac death. Thus, it is important to develop screening techniques for this subgroup of patients to indicate, when necessary, specific treatment as implantable cardioverter defibrillator. Late enhancement is fibrosis manifestation in images exam as multidetector computed tomography and/or magnetic cardiac resonance and if present in large quantities may be related to a higher incidence of fatal events. The electrocardiogram is a low-cost, non-invasive tool that is present in most Brazilian health services. The purpose of this study was to test the presence and location correlation between the Selvester and the late enhancement in the multidetector computed tomography, to determine the prevalence of myocardial fibrosis among patients, comparing the sensitivity, specificity, positive and negative predictive value of the Selvester QRS score. A total of 112 patients from the Institute of Cardiology Dante Pazzanese outpatient clinic with hypertrophic cardiomyopathy were analyzed, and 75 of them were included. They were divided into two groups: ICD patients with 60 patients and no ICD with 15 patients. Clinical, echocardiographic, digital electrocardiography and computed tomography of the heart were collected. The Selvester score was calculated and the measurement and location of late enhancement in the tomographic sections of the patients were performed. The correlation of the results was analyzed by the linear regression. The most remarkable features and frequencies of the group were male gender 49.4%, age 41.63 ± 15.16 years, functional class I / II - NYHA 90.6%, atrial fibrillation 21.3%, low prevalence of comorbidities as hypertension 37.3%, diabetes 4%, dyslipidemia 17.3%, creatinine clearance > 60mL/min in 100% and absence of known coronary artery disease, left ventricular ejection fraction preserved 69.9 ± 5.46, measured of the interventricular septum 21.04 ± 6.23 and prevalence of gradient > 30mmHg in the left ventricular outflow tract 37.3%. Classic risk factors as sudden family death and history of syncope were the most prevalent 57.3% each, the use of beta-blocker occurred in 89.3%. The mass of fibrosis by multidetector computed tomography was 9.87 ± 10.79g, representing a percentage of 5.66 ± 6.16, with a prevalence of 88% of the sample. Selvester QRS score, was found 8.44 ± 7.39 percent of fibrosis with a prevalence of 76%. In the kappa analysis for the categorical variable between the Selvester score and the computed tomography of the heart, we found a weak correlation r = 0.38 (p <0.01), as a continuous variable applying the linear regression, a strong correlation was found r = 0.7 (p <0.01). The sensitivity, specificity, positive predictive value and negative predictive value of the Selvester QRS score for the diagnosis of fibrosis were 84.8%, 88.8%, 98.2% and 44.4%, respectively. The location of the fibrosis showed weak correlation between the methods r = 0.16 (p <0.01). The results of this study indicate there is a moderate correlation between the Selvester QRS score and the late enhancement by multidetector computed tomography in the quantification of fibrosis in patients with hypertrophic cardiomyopathy.
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Efetividade de um programa terapêutico fonoaudiológico para pacientes com queimadura de cabeça e pescoço / Effectiveness of a speech-language therapy program for head and neck burn patients

Magnani, Dicarla Motta 12 December 2018 (has links)
Introdução: as sequelas de queimaduras na morfologia, mobilidade das estruturas motoras orais e nas funções orofaciais, como mastigação, deglutição e fala, são frequentes em pacientes com queimaduras graves na região de cabeça e pescoço. Objetivo: verificar a efetividade de um programa de reabilitação fonoaudiológica da motricidade orofacial em pacientes com queimaduras em cabeça e pescoço. Método: participaram da pesquisa 29 indivíduos encaminhados para avaliação e reabilitação ao Ambulatório de Funções da Face da Divisão de Fonoaudiologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de abril de 2016 a abril de 2018. Os critérios inclusão adotados na pesquisa foram: idade > = 6 anos; queimadura de terceiro grau caracterizada por perda epidérmica e dérmica em áreas de cabeça e pescoço; realização de tratamento cirúrgico prévio da ferida; ausência de falhas dentárias; presença de queixas relacionadas às alterações motoras orais; quadro clínico estável (conforme registros em prontuários médicos); alimentação por via oral exclusiva. Os pacientes foram divididos em dois grupos considerando o tempo da queimadura: Grupo 1 (G1) - pacientes com até um ano após a queimadura; Grupo 2 (G2) - pacientes com mais de um ano após a queimadura. A gravidade da queimadura foi determinada pela escala ABSI (The Abbreviated Burn Severity Index), aplicada no primeiro atendimento hospitalar do paciente. Todos os participantes foram submetidos à avaliação fonoaudiológica em dois momentos distintos, pré e pós-programa terapêutico. A avaliação foi composta pelos seguintes protocolos clínicos: Avaliação Miofuncional Orofacial com Escores Expandido (AMIOFE-E), verificação da amplitude mandibular (abertura oral máxima, lateralização para a direita e esquerda e protrusão mandibular) e medida antropométrica do canto de olho à comissura labial. O programa terapêutico adotado foi composto por 8 sessões semanais individuais, com duração de trinta minutos cada. O programa terapêutico foi composto por: manobras de compressão e alongamento em tecido cicatricial, manobras de alongamento intra e extra orais dos músculos da face, exercícios para mobilidade da musculatura da face e região cervical e exercícios para a adequação das funções de mastigação e deglutição. Resultados: a análise estatística evidenciou que o G2 apresentou idade significativamente maior que o G1. Nas análises intragrupos, tanto G1 quanto G2 apresentaram diferenças estatísticas para todos os itens do AMIOFE-E: aparência e condição postural; mobilidade e funções orofaciais (mastigação e deglutição). Quanto às medidas de amplitude mandibular, ambos os grupos apresentaram aumento significativo da medida de abertura oral máxima. Nas análises intergrupos, não foram observadas diferenças significativas entre G1 e G2, indicando que a melhora foi semelhante para ambos os grupos. Conclusão: a pesquisa comprova a eficácia do programa fonoaudiológico, baseado em evidências e com controle de resultados, em pacientes com queimaduras de terceiro grau em cabeça e pescoço. Os resultados demonstraram que ambos os grupos apresentaram melhora significativa na atividade miofuncional oral e na amplitude mandibular. Quando comparados os resultados obtidos entre G1 e G2, não foi observada diferença relevante, indicando que o tratamento proposto foi eficiente, independentemente do tempo entre a queimadura e o início do tratamento / Introduction: alterations in the morphology and mobility of the oral motor structures, and orofacial functions (i.e. mastication, swallowing and speech) are often observed in patients who suffered severe head and neck burns. Purpose: the purpose of the present study was to verify the effectiveness of a myofunctional orofacial rehabilitation program for patients with head and neck burns. Method: participants of this study were 29 individuals referred to the Division of Orofacial Myology of Instituto Central do Hospital das Clínicas of the School of Medicine, University of São Paulo, between April 2016 and April 2018, for oral motor assessment and rehabilitation. Inclusion criteria were as follows: age >= 6 years; third degree burns to the head and neck (i.e. epidermal and dermal loss); previous surgical treatment to the wound; complete dentition; oral motor alterations deficits; medical stability (according to medical records); receiving all nutrition by mouth. Patients were divided in two groups according to the onset of the injury: Group 1 (G1) - patients with injuries less than a year old; Group 2 (G2) - patients with injuries more than a year old. Burn severity was determined by the ABSI (The Abbreviated Burn Severity Index) according to the patient\'s first hospital record. All participants underwent clinical assessment that involved an oral motor evaluation (Expanded Protocol of Orofacial Myofunctional Evaluation with Scores - OMES-E), the assessment of the mandibular range of movements (maximal incisor distance, right and left lateral excursions and protrusion) and an anthropometric assessment (measurement of the distance between the commissures of mouth and the corners of the eyes). For comparison purposes, assessments were performed pre and post-treatment. The rehabilitation program involved 8 individual 30 minute weekly sessions. The rehabilitation program involved: compression and stretching maneuvers on the scar tissue; intra and extra oral stretching maneuvers of the facial muscles; facial and cervical muscles mobility exercises; mastication and swallowing exercises. Results: the statistical analysis indicated that G2 was significantly older than G1. When comparing pre and post-treatment results, both group of patients presented significant differences considering the items on the OMES-E (i.e. appearance and posture, mobility and orofacial functions), and the maximal incisor opening. The analysis comparing the performance of G1 and G2 did not indicate differences between the groups. Conclusion: The results of the study indicated that the rehabilitation program was effective for third degree burns on the head and neck, demonstrating significant improvement of the oral myofunctional parameters and of the maximal incisor opening. The results also suggest that the maturation of the scar tissue did not have an influence on the results of the treatment program
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Correlação entre polimorfismo e atividade da enzima conversora da angiotensina com o grau de hipertrofia miocárdica nas formas familiar e não familiar em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica / Correlation between polymorphism and activity of the angiotensin converting enzyme with the degree of myocardium hypertrophy in the familial and nonfamilial forms of the hypertrophic cardiomyopathy

Buck, Paula de Cássia 23 February 2007 (has links)
FUNDAMENTOS: O polimorfismo e a atividade da enzima conversora da angiotensina (ECA) contribuem, de forma significante, na expressão fenotípica e no prognóstico de pacientes com cardiomiopatia. OBJETIVOS: Determinar o polimorfismo da ECA, realizar a sua dosagem sérica e correlacioná-los com o grau de hipertrofia miocárdica e o índice de massa do ventrículo esquerdo em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica (CMH) nas formas familiar e não familiar. CASUÍSTICA E MÉTODO: Foram estudados 136 pacientes consecutivos com CMH (69 da forma familiar e 67 da forma não familiar) com média de idade de 40,53±17,45 anos, sendo 76 do sexo masculino. Os indivíduos foram submetidos ao ecocardiograma para obtenção das medidas do septo interventricular, parede posterior e massa do ventrículo esquerdo e coleta de sangue para determinação do polimorfismo e dosagem sérica da atividade da ECA. RESULTADOS: Quanto ao genótipo do polimorfismo do gene da ECA, encontramos DD 47(35%), ID 71(52%) e II 18 (13%), sendo que do genótipo DD 34% na forma familiar e 36% na forma não familiar. A média da atividade da ECA foi de 56.414±19.236 para os pacientes com CMH na forma familiar e de 55.085±22.634 para a forma não familiar (p = 0,714). A média do índice de massa do ventrículo esquerdo na forma familiar foi 154±63 g/m2 e na forma não familiar foi 174±57 g/m2 (p = 0,008). A média do septo interventricular nas formas familiar e não familiar foi, respectivamente, 19±5 mm e 21±5 mm (p = 0,020). A média da parede posterior do ventrículo esquerdo nas formas familiar e não familiar foi, respectivamente, 10±2 mm e 12±3 mm (p = 0,0001). Não observamos correlação entre o polimorfismo e o grau de hipertrofia miocárdica (p = 0,651). Houve correlação positiva entre a atividade da ECA e o índice de massa do ventrículo esquerdo (p = 0,038). Os pacientes com a forma familiar, pela curva de regressão logística, possuíam o risco de apresentar índice de massa maior ou igual 190 g/m2, somente com o dobro do valor da atividade da ECA, quando comparados aos pacientes com a forma não familiar (p = 0,022). CONCLUSÕES: Não houve diferença estatisticamente significante entre o genótipo do polimorfismo e da atividade da ECA nos pacientes com CMH nas formas familiar e não familiar. Não houve correlação entre o polimorfismo da ECA e o grau de hipertrofia miocárdica. Houve correlação positiva entre a atividade da ECA e o índice de massa do ventrículo esquerdo. / BACKGROUND: The polymorphism and the activity of the angiotensin converting enzyme (ACE) contributes of significant form in the phenotypic expression and the prognostic of patients with cardiomyopathy. OBJECTIVES: To determine the ACE polymorphism and ACE plasma levels in patients with hypertrophic cardiomyopathy (HCM) in the familial and nonfamilial forms and to correlate it with the degree of myocardium hypertrophy and with the left ventricular mass index. PATIENTS AND METHODS: 136 consecutive patients with HCM (69 of familial and 67 of nonfamilial forms) were studied. The mean age was 40.53±17.45 years, 76 were male. The individuals were submitted to the Echo-Doppler for the measurement of interventricular septum, wall thickness and the left ventricular mass index. The blood samples were taken for extraction of the DNA for the polymerase reaction and measurement of ACE plasma levels. RESULTS: Regarding the genotype of the ACE gene polymorphism, we found DD 47 (35%), ID 71 (52%) and II 18 (13%), being that of genotype DD 34% in the familial and 36% in the nonfamilial forms. The mean of the activity of the ACE was 56.414±19.236 for the patients with HCM in the familial form and 55.085±22.634 in the non familial form (p = 0.714). The mean of the left ventricular mass index in the familial form was 154±63 g/m2 and in the nonfamilial form was 174±57 g/m2 (p = 0.0080). The mean of interventricular septum in the familial and nonfamilial forms was 19±5 mm and 21±5 mm (p = 0.0200), respectively. The mean of the wall thickness in the familial and nonfamilial forms was 10±2 mm and 12±3 mm (p = 0.0001), respectively. We did not observe correlation between the polymorphism and the degree of myocardium hypertrophy (p = 0.651). A positive correlation between the activity of the ACE and the left ventricular mass index (p = 0.038) was observed. In patients with the familial form, using a logistic regression curve, they had the risk to present the left ventricular mass index >= 190 g/m2, only with the double of the value of the activity of the ACE, when compared with the patients in the nonfamilial form (p = 0.022). CONCLUSIONS: There was no difference between the patients with HCM in the familial and nonfamilial forms regarding genotype of the polymorphism and activity of the ACE. There was no correlation between the polymorphism of the ACE with the degree of myocardium hypertrophy. Positive correlation with the activity of the ACE and the left ventricular mass index was observed.
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Pacientes com cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva tratados com redução septal percutânea. Análise da evolução tardia / Patients with hypertrophic obstructive cardiomyopathy treated with percutaneous septal reduction. Analysis of late outcome

Cano, Silvia Judith Fortunato de 12 August 2014 (has links)
Introdução: O tratamento alternativo de Redução septal percutânea (RSP) em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva é relativamente novo e há poucos trabalhos publicados sobre a evolução tardia. Objetivos: Avaliar nos pacientes com cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva sintomáticos e refratários ao tratamento clínico, tratados com RSP, a sobrevida cardíaca e global, qualidade de vida, eventos maiores e as alterações encontradas no eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma(ECO) e Holter 24h antes e na evolução tardia de até 15 anos. Método: Foram incluídos pacientes consecutivos que realizaram RSP no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e no Hospital do Coração de Outubro de 1998 até junho de 2013. Todos os pacientes realizaram exame clínico, ECG e ECO, e a maioria Holter 24h e responderam o questionário DASI antes e pós-RSP. Os dados qualitativos foram descritos em frequências absolutas e relativas e os quantitativos resumidos em médias ± desvios padrão. Para as variáveis quantitativas foram utilizados modelos ANOVA com medidas repetidas, seguidos pelo método de comparações múltiplas de Bonferroni. O nível de significância de 0,05 foi aceito. Resultados: Dos 56 pacientes incluidos, 28 (50%) eram homens, a idade média foi 53,2 ±15,5 anos sendo 2 crianças e 11 (19,6%) tinham coronariopatia. A maioria estava em classe funcional III-IV, o gradiente médio basal por ECO foi 92,8 ± 3,3 mmHg, a espessura do septo 23,9 ± 0,6 e 62,5% tinha insuficiência mitral (IM) moderada. Durante a internação 1 (1,7%)paciente implantou marcapasso. Durante o seguimento de 7,4 ± 4 anos ocorreram 3 implantes de CDI, 2 por prevenção secundaria e 1 marcapasso, 1 nova RSP, 3 cirurgias de miectomias e houve 7 (12,5%) óbitos, apenas 2 de causa cardíaca. O tempo médio de sobrevida, estimado pelo método de Kaplan Meier foi de 13,3 anos (IC95% 12,2 a 14,5 anos), com expectativa de sobrevida de 96,4% em 1 ano, 87,7% em 5 anos e 81,0% a os 12 anos pós-RSP. Houve melhora significativa na qualidade de vida pelo questionário DASI e na classe funcional da NYHA que passou de 3,6 ± 0,5 para 1,2 ± 0,5 no pós-RSP. Na última avaliação do ECO o gradiente 9,37 ± 6,7 mmHg, o septo 12,87 ± 0,98 mm e a IM foi discreta em 90% todos com p < 0,001. Das variáveis analisadas somente o gradiente no estresse, p=0,039 e a massa p=0,024 foram associados a pior prognóstico. Conclusões: A redução septal percutânea mostrou, na evolução tardia com 100% de seguimento, ser uma técnica segura, eficaz em manter os benefícios tardiamente com baixa mortalidade, oferecendo melhora significativa da classe funcional e da qualidade de vida para os pacientes. / Introduction: Percutaneous septal Reduction (PSR) is a relatively new alternative treatment in patients with obstructive hypertrophic cardiomyopathy and there are few published studies on late evolution. Objectives: Evaluate in symptomatic patients with hypertrophic obstructive cardiomyopathy refractory to medical treatment and who underwent PSR, cardiac and overall survival, quality of life, major events and changes found on the electrocardiogram (ECG), echocardiography (ECHO) and Holter 24h before and after PSR during an evolution up to 15 years. Method: Consecutive patients who were submitted to RSP in Dante Pazzanese Institute of Cardiology and Heart Hospital from October 1998 were included. All patients went through clinical, ECG and ECHO examination, and nearly all answered DASI questionnaire, 24-hour Holter monitoring before and after PSR. Qualitative data were described as absolute and relative frequencies and quantitative summarized as means ± standard deviations. ANOVA models were used for quantitative variables with repeated measures, followed by Bonferroni method for multiple comparison. Significance level of 0.05 was accepted. Results: From 56 patients included, 28 (50%) were men , the mean age was 53.2 ± 15.5 years with 2 children and 11 (19.6%) had coronary artery disease . Most were in functional class III - IV from NYHA, the mean baseline ECO gradient was 92.8 ± 3.3 mmHg, the septal thickness 23.9 ± 0.6mm and 62.5 % had moderate mitral regurgitation (MR). During hospitalization 1 (1.7%) patient required permanent pacemaker. During follow-up of 7.4 ± 4 years, 3 patient required ICD implantation, 2 (for secondary prevention), 1 permanent pacemaker, 1 new RSP, 3 myectomy surgery. There were 7 (12.5%) deaths but only 2 of cardiac causes. The median survival time estimated by the Kaplan Meier was 13.3 years (95% CI 12.2 to 14.5 years), with expected survival of 96.4% at 1 year, 87.7% at 5 years and 81.0% at 12 years post-PSR. Significant improvement was seen in quality of life inferred by DASI questionnaire answers and NYHA functional class from 3.6 ± 0.5 to 1.2 ± 0.5. In last evaluation we found statistical significant reduction in ECO gradient 9.37 ± 6.7 mmHg, septum thikness 12.87 ± 0.98 mm and MR was mild in 90 % of patients. Of the variables analyzed only stress gradient (p = 0.039) and mass (p = 0.024) were associated with worse prognosis. Conclusions: The results of this study suggest that percutaneous septal reduction in late evolution with no loses in follow-up, is a safe technique, effective in reducing ventricular gradient and preserving the benefits in long-term evolution with low mortality, offering significant improvement in functional class and quality of life for patients.
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Cardiomiopatia Hipertrófica: Estudo da Sobrevida e de Fatores Prognósticos. / Hypertrophic cardiomyopathy: study of survival and prognostic factors.

Arteaga-Fernández, Edmundo 02 June 1998 (has links)
Com o objetivo de avaliar a sobrevida e os fatores prognósticos da cardiomiopatia hipertrófica estudamos, de forma prospectiva, 214 pacientes matriculados no ambulatório de Cardiopatias Gerais do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre 1980 e 1997. A idade variou de 3 a 76 anos, com média de 37±16; 102 pacientes eram do sexo masculino e 112 do sexo feminino. Os pacientes foram submetidos a eletrocardiografia, eletrocardiografia dinâmica de 24 horas, ecocardiografia e estudo hemodinâmico. A média do tempo de seguimento foi de 88±56 meses com variação de 13 a 299. Observamos 22 óbitos, sendo 14 (6%) relacionados à doença e destes, 11/14 (78%) faleceram subitamente. A probabilidade de sobrevida em cinco anos foi de 93,8%, 87,7% em dez anos e 76,4% em 15 anos. A taxa de mortalidade anual foi de 0,4%. A análise estatística univariada de cada uma das 23 variáveis clínicas e das 20 obtidas pelos exames complementares mostrou que apenas a forma familiar foi fator de risco de óbito. As variáveis forma familiar, idade menor que 20 anos, síncope e classe funcional foram selecionadas para análise multivariada pelo modelo de Cox e método stepwise. Novamente, a forma familiar foi identificada como fator . de risco independente de óbito. Podemos concluir, com base em nossos dados de casuística de centro de referência que, a longo prazo, a sobrevida dos pacientes portadores de cardiomiopatia hipertrófica foi benigna e que a forma familiar é fator de risco de óbito. / To evaluate the prognostic factors related to long-term survival in hypertrophic cardiomyopathy, 214 outpatients were prospectively studied from 1980 to 1997 at the Equipe de Cardiopatias Gerais do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. There were 102 male and 112 female patients, aged 37±16 years, ranging from 3 to 76 years. They underwent electrocardiography, 24-h ambulatory electrocardiographic recording, echocardiography and hemodynamic study. There were 22 deaths, 14 (6%) of them as a direct consequence of the disease, after a mean follow up of 88±56 months (13 - 299). Eleven of these deaths (78%) were sudden and unexpected. The cumulative survival rates were 93.8% in 5 years, 87.7% in 10 years and 76.4% in 15 years. The annual mortality rate was 0.4%. Univariate analysis was performed taking into account 23 clinical variables and 20 variables obtained from laboratory tests. Only family history was shown to be associated with cardiac mortality. In addition, four known adverse factors such as family history, young age, syncope, and functional class were chosen for entering a Cox's multivariate stepwise model. Again, only family history was identified as an independent risk factor for cardiac death. We concluded, based on this selected population from a referral center, that long-term survival of patients with hypertrophic cardiomyopathy is benign and related to family history.
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Valor da ecocardiografia tridimensional em tempo real em portadores de cardiomiopatia hipertrófica. Comparação com a ecocardiografia bidimensional e a ressonância magnética cardiovascular / Value of real-time three-dimensional echocardiography in patients with hypertrophic cardiomyopathy. Comparison with twodimensional echocardiography and magnetic resonance imaging

Bicudo, Leticia Santos 30 November 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A ecocardiografia tridimensional em tempo real (E3DTR) vem provando sua acurácia para quantificar os volumes do ventrículo esquerdo (VE), fração de ejeção (FEVE) e massa em pacientes com cardiomiopatia. Na cardiomiopatia hipertrófica (CMH), onde a morfologia ventricular pode estar muito alterada, a análise das estruturas cardíacas é fundamental para indicação da terapêutica ideal. A ressonância magnética cardiovascular (RMC) é um método superior na análise segmentar do VE em comparação a ecocardiografia bidimensional (E2D), mas com alta complexidade e existente em poucos centros diagnósticos, com contraindicações e limitações para a sua realização. MÉTODOS: Estudo transversal, comparativo, duplo cego, em 20 portadores de CMH, com E2D, E3DTR e RMC realizados com intervalo máximo de 06 meses e armazenados em formato digital. A espessura das paredes, volumes, função sistólica e massa ventricular esquerda foram analisados pelos métodos ecocardiográficos e pela RMC, assim como o movimento anterior sistólico da valva mitral, o índice geométrico do VE e o índice sistólico de dissincronia do VE. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Análise estatística pelo coeficiente de concordância de Lin, correlação linear de Pearson e modelo de Bland-Altman. RESULTADOS: Foi obtida exeqüibilidade elevada acima de 94%, dependente do parâmetro avaliado. Concordância satisfatória e forte correlação linear evidenciada para a análise segmentar (Rc>0.84 e r>0.85; p<0.0001) observada para os métodos ecocardiográficos comparados à RMC, com concordância excelente entre os métodos ecocardiográficos (Rc=0,92 e r=0,92, p<0,0001). Concordância satisfatória e forte correlação linear para a fração de ejeção do VE (Rc=0.83 e r=0.93; p<0.0001) pela E3DTR comparada à RMC. Concordância excelente e forte correlação linear para o VDFVE e VSFVE pela E3DTR comparada à RMC e pela E2D comparada à E3DTR (Rc>0.90 and r>0.95; p<0.0001), assim como para a massa do VE, para os métodos E3DTR e RMC (Rc=0.96 e r=0.97; p<0.0001). Evidenciada maior exeqüibilidade da análise do MAS pela E3DTR. O índice geométrico do VE foi >0,15mmxm²xml-1 para todos os métodos. Observada correlação negativa entre o índice de dissincronia do VE e o percentual de fibrose miocárdica, sem significância estatística. CONCLUSÕES: A E3DTR é precisa e superior à E2D na avaliação da distribuição da hipertrofia miocárdica, quantificação dos volumes, função e massa ventricular esquerda em pacientes com CMH quando comparada à RMC, e parece ser superior na análise do MAS, pela melhor visão espacial da valva mitral.Todas as medidas do índice geométrico do ventrículo esquerdo estavam acima de 0,15mmxm²xml-1, compatível com CMH. Não foi identificada correlação entre o índice sistólico de dissincronia ventricular esquerda e a fibrose miocárdica. / INTRODUCTION: Real-time three-dimensional echocardiography (RT3D) has been demonstrated an accurate technique for the quantification of left ventricular (LV) volumes, ejection fraction (LVEF), and mass. In patients with hypertrophic cardiomyopathy (HCM), in which alterations of ventricular morphology are common, cardiac structural analysis is of utmost importance for guiding adequate therapy. Although magnetic resonance imaging (MRI) seems to have better definition for segmental analysis than two-dimensional echocardiography, (2D-E), it is considered a complex test with low availability and some limitations for use. METHODS: Comparative and double-blinded study in 20 patients with HCM. All patients underwent 2DE, RT3D and MRI within maximal interval of 6 months. Parameters analyzed by echocardiography and MRI included: wall thickness, LV volumes, systolic function, LV mass, systolic anterior motion of mitral valve, LV geometric index and LV dyssynchrony index. Statistical analysis was performed by Lin agreement coefficient, Pearson linear correlation and Bland-Altman model. RESULTS: Feasibility for measurements by MRI and echocardiography was 94%. There was good agreement and linear correlation between segmental analysis by echocardiography and MRI (Rc>0.84 and r>0.85; p<0.0001) and excellent correlation between 2DE and RT3DE (Rc=0.92 and r=0.92; p<0.0001). We also observed good agreement and linear correlation between RT3DE and MRI for ejection fraction (Rc=0.83 and r=0.93; p<0.0001) and excellent agreement and linear correlation between RT3DE and MRI for LV end diastolic volume and LV end systolic volume determinations (Rc>0.90 and r>0.95; p<0.0001) and mass (Rc=0.96 and r=0.97; p<0.0001). The feasibility for systolic anterior motion of mitral valve was higher by RT3DE (91%) than 2DE (64%). LV geometric index was >0.15 mmxm²xml-1 for all techniques. There was no correlation between LV dyssynchrony index and the percentage of myocardial fibrosis. CONCLUSIONS: RT3D is an accurate technique with superior performance than 2DE for the evaluation of myocardial hypertrophy localization, LV volume and functional determination as well as for LV mass assessment in patients with HCM in comparison with MRI. In addition, it seems to be superior for the analysis of systolic anterior motion due to its better spatial view of mitral valve. All measurements of LV geometric index were above the value of 0.15 mmxm²xml-1, and such findings are compatible with HCM. No correlation between LV dyssynchrony index by RT3D and the percentage of myocardial fibrosis determined by MRI was identified.
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Uso de células-tronco pluripotentes induzidas para compreensão de alterações em cardiomiócitos de pacientes com cardiomiopatias de base-genética / Induced pluripotent stem cells to study cardiomyocytes derived from patients with genetic cardiomyopathies

Santos, Diogo Gonçalves Biagi dos 27 May 2015 (has links)
O estudo de mutações genéticas como causa das cardiomiopatias teve início com a descoberta de mutações em proteínas sarcoméricas que levavam à Cardiomiopatia Hipertrófica, desde então, alterações em diversos genes, de proteínas contráteis ou não, foram descobertas e listadas como a responsável pelo desenvolvimento de diferentes cardiomiopatias. Estudar o efeito destas mutações nos cardiomiócitos destes pacientes permanecia um desafio devido ao difícil acesso às células cardíacas. Em 2007, a técnica de reprogramação de células somáticas em células-tronco pluripotentes foi descoberta. Pelo fato das células-tronco pluripotentes serem capazes de ser diferenciadas em cardiomiócitos, surgiu-se a possibilidade de se estudar essas células de indivíduos portadores das mutações genéticas. Esta tese teve como objetivo a criação de um modelo celular para estudar a Cardiomiopatia Hipertrófica causada por mutações genéticas. Inicialmente foi estabelecido um protocolo de reprogramação celular para se estabelecer linhagens celulares das células-tronco induzidas de um paciente com mutação no gene MYH7. Tendo as células caracterizadas, elas foram diferenciadas em cardiomiócitos através de um protocolo adaptado de protocolos de diferenciação direta em cardiomiócitos. Os cardiomiócitos gerados apresentaram características moleculares e funcionais semelhantes à cardiomiócitos primários humanos e foi visualizado, através de microscopia eletrônica de transmissão, que os cardiomiócitos do paciente com alteração genética possuíam grande proporção de sarcômeros desorganizados em comparação a cardiomiócitos de indivíduos saudáveis. Em conclusão, o modelo celular desenvolvido sugere ser possível o estudo do efeito de mutações genéticas em Cardiomiopatia Hipertrófica. / The study of genetic mutations as the cause of cardiomyopathies initiates with the discovery of mutations in sarcomeric proteins genes that lead to Hypertrophic Cardiomyopathy. Since then, mutations in several genes, coding to sarcomeric proteins or not, were discovered and listed as the reason to the cardiomyopathies. To study the effect of these mutations was a challenge due the difficulty to accesses cardiac cells. In 2007, the technique of reprogramming somatic cells into pluripotent stem cells was discovered. The fact that the pluripotent stem cells are capable of differentiating into cardiomyocytes opened the opportunity to study these cells from individuals with genetic mutations. This thesis aimed to create a cellular model to study Hypertrophic Cardiomyopathy caused by genetic mutations. Initially we established a cell reprogramming protocol to establish induced stem cells lines from a patient with mutation in MYH7 gene. Having characterized the cells, they were differentiated into cardiomyocytes using an adapted protocol from direct differentiation protocols. Cardiomyocytes generated showed molecular and functional characteristics similar to human primary cardiomyocytes and were visualized by means of transmission electron microscopy. The patient\'s cardiomyocytes had a large proportion of disorganized sarcomeres compared to cardiomyocytes from healthy individuals. In conclusion, the cell model developed suggests that it is possible to study the effect of genetic mutation in Hypertrophic Cardiomyopathy using induced pluripotent stem cells derived cardiomyocytes.

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