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O lugar dos hospitais psiquiátricos no município de São Paulo frente ao processo de reestruturação do modelo de assistência psiquiátrica no Brasil pela voz dos trabalhadores / Psychiatric hospital´s place in the city of São Paulo subjected to the process of restructure of the psychiatric assistence model in Brazil through worker´s voice

Silva, Luiz Carlos Lourenço 25 June 2007 (has links)
O objeto de estudo desta pesquisa qualitativa é o entendimento dos trabalhadores dos hospitais psiquiátricos sobre a Reforma Psiquiátrica e como lidam com esse processo. A finalidade é contribuir para a ampliação arsenal teórico prático da Reforma Psiquiátrica e propor novas luzes para a sua análise. Tem como objetivos: conhecer o que os trabalhadores dos hospitais psiquiátricos pensam sobre a função do hospital psiquiátrico no contexto da Reforma Psiquiátrica; compreender como os trabalhadores de saúde mental lidam com o processo da desinstitucionalização nas suas práticas. O cenário do estudo foi dois hospitais psiquiátricos, um público e outro privado, sem fins lucrativos, integrados ao SUS e situados no município de São Paulo. Participaram deste estudo 12 (doze) trabalhadores (de nível médio e superior). Os dados empíricos foram obtidos por meio de entrevista individual semi-estruturada. O material empírico foi analisado de acordo com as categorias analíticas: instituição, institucionalização, transição, desinstitucionalização e crise e foi referenciado em Minayo. A análise dos dados deu origem às categorias: a) o hospital psiquiátrico: o lugar da crise; b) a internação da crise; c) desinstitucionalização: a desconstrução de saberes; d) o hospital e a rede em crise; e) a persistência da cultura hospitalocêntrica; f) o hospital psiquiátrico e a família em crise; g) o hospital psiquiátrico e a sociedade. Os trabalhadores descrevem um novo hospital, cuja função é o acolhimento da crise e internação de curta permanência; identificam medidas reformistas de ordem técnica e administrativa, ocorridas no hospital como: especialização no atendimento da clientela; regime de internação de curta permanência x cronicidade; intervenção multidisciplinar x trabalho isolado; melhoria da estrutura física e de recursos humanos; melhoria da ambiência; implantação de projeto terapêutico; redução de leitos hospitalares, em função do atendimento às exigências das portarias ministeriais. Evidencia-se o entendimento de desinstitucionalização como desospitalização. Os discursos dos entrevistados evidenciam uma relação em crise do hospital psiquiátrico com a rede substitutiva de atenção à saúde mental de base comunitária. Os trabalhadores enfrentam dificuldades no processo de des-internação de pacientes com grave problemática social. O hospital psiquiátrico tem sido a própria contradição no atual modelo de atenção em saúde mental no Município de São Paulo e, portanto, nesta perspectiva, sustenta dentro de si as várias contradições advindas de sua própria gênese enquanto instituição, somadas às condições atuais em que se encontra “inexistente" na rede. O hospital psiquiátrico: lugar da crise porque lugar das contradições / The object of study of this qualitative research is the understanding of the psychiatric hospital\'s workers about the Psychiatric Reform and how they deal with this process. The purpose of the study is to contribute for the expansion of the Psychiatric Reform\'s theoretical-practical arsenal and propose new lights to its analyses. Objectives are: know what the psychiatric hospital\'s workers think about the psychiatric hospital in the context of the Psychiatric Reform; understand how mental health workers deal with the process of desinstitutionalization in their practices. The scenery of this study were two psychiatric hospitals, one public and the other private, nonprofit, integrated to SUS and placed in the city of São Paulo. 12 (twelve) workers (medium level and high education) participated in the study. Empirical data were gathered through semi-structured individual interview. The empirical material was analyzed according to the categories: institution, transition, desinstitutionalization and crises, according to Minayo. Data\'s analyses originated the categories: a) the psychiatric hospital: the crisis\'s place; b) crisis\' hospitalization; c) desinstitutionalization: knowledge\'s deconstruction ; d) the hospital and the net in crisis; e) hospital-centered culture\'s persistence; f) the psychiatric hospital and the family in crisis g) the psychiatric hospital and society. Workers described a new hospital, which\'s function is welcoming of crises and short-term hospitalization; it\'s identified reformist\'s technical and administrative measures in the hospital, such as: humanization; attendance of clientele\'s specialization ; short term hospitalization regime X chronic ness; muldisciplinary intervention x isolated work; physical structure\'s and human resource\'s improvement; environment\'s improvement; therapeutic project implantation; hospital wards\' reduction, due to the attendance of Ministry laws. It leads to the understanding of desinstitutionalization as des-hospitalization. Interviewed\'s speech show articulation in crisis between the psychiatric hospital and the substitutive mental health care net, community based. Workers deal with difficulties in the process of des-hospitalization of patients with serious social problematic. The psychiatric hospital has been the contradiction itself in the current mental health care model in the city of São Paulo and, therefore, in this perspective has in itself many contradictions that come from it\'s own genesis as an institution, added to current condition in which it \"doesn’t exist\" in the net. The psychiatric hospital: the crisis\'s place because the place of contradictions
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Riscos psicossociais relacionados ao trabalho do enfermeiro em um hospital psiquiátrico e estratégias de gerenciamento / Psychosocial risks to nursing work in a psychiatric hospital and management strategies

Scozzafave, Maria Carolina Santos 02 October 2015 (has links)
Sabe-se que enfermeiros que atuam em unidades de internação psiquiátrica, desenvolvem múltiplas tarefas com diferentes graus de exigências e responsabilidades, as quais, dependendo do ambiente e da forma como está planejado e organizado o trabalho podem expor este profissional aos riscos ocupacionais presentes, com conseqüências negativas para a sua saúde bem como, para qualidade do cuidado prestado aos pacientes. Dentre estes riscos, destaca-se os psicossociais. Os riscos psicossociais relacionam-se à aspectos de planejamento, organização e gerenciamento do trabalho que podem provocar desgaste físico e emocional ao trabalhador. Este estudo tem o objetivo de caracterizar os riscos psicossociais relacionados ao trabalho de enfermeiros de um hospital psiquiátrico e as estratégias para o seu gerenciamento. É um estudo descritivo utilizando a abordagem qualitativa dos dados. Os participantes foram 25 enfermeiros inseridos há mais de 6 meses no local de estudo e a coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas no período de novembro à janeiro 2014/15. Para análise dos dados foi utilizado o método de análise temática. O trabalho foi aprovado no CEP da EERP/USP. Os resultados mostraram sete categorias de riscos psicossociais tais como: formação profissional, ambiente e equipamento de trabalho, relacionamento interpessoal, carga e esquema de trabalho, recursos humanos, interface trabalho-família, violência. Não foram identificadas estratégias organizacionais para o gerenciamento dos riscos, entretanto, os enfermeiros relataram a implementação de estratégias individuais para aliviar as tensões e/ou riscos gerados no ambiente de trabalho tais como: recorrer a presença da família, cinema, música, leitura, exercícios físicos, busca por terapias, religião, viagens e passeios. O estudo contribuiu preenchendo lacunas na produção de conhecimento sobre riscos ocupacionais a que estão expostos os profissionais enfermeiros de saúde mental no contexto hospitalar. Além disso, os resultados podem fornecer subsídios para gestores conhecerem detalhadamente as condições de trabalho aos quais estão expostos enfermeiros psiquiátricos, na perspectiva de implementar estratégias preventivas e/ou conservativas no ambiente laboral / It is known that nurses who work in psychiatric inpatient units, develop multiple tasks with different levels of requirements and responsibilities, which, depending on the environment and how it is planned and organized the work can expose these professionals to occupational risks present with negative consequences for their health as well, to quality of care provided to pacientes.Dentre these risks, we highlight the psychosocial. Psychosocial risks are related to aspects of planning, organization and management of work that can cause physical and emotional stress to the worker. This study aims to characterize the psychosocial risks related to the work of nurses in a psychiatric hospital and strategies for its management. It is a descriptive study using a qualitative approach. The participants were 25 nurses inserted for more than six months at the study site and the data collection was carried out through semi-structured interviews in the period from November to January 2014/15. For data analysis we used the method of thematic analysis. The study was approved by CEP- EERP / USP. The results showed seven psychosocial risk categories such as vocational training, environment and work equipment, interpersonal relationships, work load and work schedule, staffing, work-family interface, violence. Organizational strategies for managing the risks have been identified, however, the nurses reported the implementation of individual strategies to ease tensions and / or risks arising in the workplace such as: enlist the presence of the family, cinema, music, reading, exercises physical, search for therapies, religion, travel and tours. The study contributed filling gaps in knowledge production about occupational hazards they are exposed to professional mental health nurses in hospitals. In addition, the results can provide information for managers to know in detail the working conditions to which they are exposed psychiatric nurses with a view to implement preventive strategies and / or conservative in the work environment
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Medicina, educação e psiquiatria para a infância: o Pavilhão-Escola Bourneville no início do século XX / Medicine, education and psychiatry for infancy: the Pavilhão-Escola Bourneville at the beginning of the twenty century

Silva, Renata Prudêncio da January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2012-05-07T14:48:01Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 000036.pdf: 2897335 bytes, checksum: aa111da8f2c4cc28cc1a635eea541db1 (MD5) Previous issue date: 2008 / Esta dissertação tem como objetivo analisar a criação do Pavilhão-Escola Bourneville do Hospício Nacional de Alienados no início do século XX, primeira instituição brasileira para a assistência a crianças anormais. Descreve os diferentes personagens e idéias que estavam implicadas na criação deste Pavilhão. Com relação ao campo científico, destaca o conhecimento então produzido sobre os diagnósticos relativos à infância e sobre o método médico-pedagógico empregado no Pavilhão. Busca-se assim perceber as vias pelas quais a criança se constituiu em objeto não somente da ciência psiquiátrica, mas também das políticas públicas a ela relacionada naquele período. A pesquisa observa que a criação do Pavilhão-Escola Bourneville se insere num contexto mais amplo de constituição de uma assistência à infância vinculada aos ideais republicanos de construção de uma nação civilizada nos moldes europeus. Neste sentido, demonstra que o investimento da ciência e da assistência psiquiátrica no período em questão em relação à infância foi contemporâneo aos esforços no campo da medicina e educação, voltados para a construção de instituições e intervenções sociais que representavam a criança como o futuro da nação e, portanto, objeto privilegiado de atenção (AU)
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Engenho dentro de casa: sobre a construçäo de um serviço de atençäo diária em saúde mental / Mill inside of house

Jorge, Marco Aurelio Soares January 1997 (has links)
Made available in DSpace on 2012-09-06T01:11:16Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 129.pdf: 1159055 bytes, checksum: 5015322d922162f744e799704a567368 (MD5) Previous issue date: 1997 / Reflete sobre a concepçäo teórica e a trajetória de construçäo de um Serviço de Atençäo Diária - A CASA D'ENGENHO, que através da proposta de desmonte dos modelos psiquiátricos tradicionais, busca a constituiçäo de novas práticas, onde o indivíduo possa ser participante ativo do processo terapêutico, constituindo novas formas de representaçäo da loucura. Procura documentar a trajetória da construçäo desse serviço, as possibilidades e impossibilidades; identificar quais os aspectos no trabalho da Casa d'Engenho que realmente se diferenciam de uma prática dita tradicional. O estudo se concentrou da trajetória do Centro Psiquiátrico Pedro II, em um período a partir de 1982 até o ano de 1996. Foi nessa época quando se deu o início das mudanças nos discursos e práticas institucionais que propiciaram o surgimento dos novos modelos de assistência em saúde mental. Nos primeiros anos da década de 90, teve início um processo mais radical de transformaçäo do antigo modelo asilar com a constituiçäo de serviços com proposta de desmonte da cultura manicomial, como a CASA D'ENGENHO. / The present work is a reflection on the theoretical conception and on the construction path of a Daily Care Center - CASA D’ENGENHO, which from the dismount of the traditional psychiatric models searches the constitution of new practices, where the person may be an active participant of the therapeutic process, appointing new ways of representing madness. This work seeks to document the construction path of this center, its possibilities and impossibilities; to identify which aspects of the Casa d’Engenho are really different from a so called traditional practice. The study was concentrated on the trajectory of the Centro Psiquiátrico Pedro II (Pedro II Psychiatric Center), on the period between 1982 and 1996. It was when changes on the speeches and institutional practices occurred, allowing the raising of new models of care in mental health. In the early 90’s a more radical process of transformation of the old asylum model took place, with the birth of new centers, as the Casa d’Engenho, that had as proposition the demolish of this asylum culture. The birth of psychiatry as a discipline model was demarcate from the work of Michel Foucault and other authors on the history of madness. The final argument on the clinic practiced on the daily care centers has the contribution of authors as Jurandir Freire Costa, Jairo Goldberg and the production of Felix Guattari and Gilles Deleuze, amplifying and articulating the argument concerning madness and the social and political environment.
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O Hospício Nacional de Alienados: terapêutica ou higiene social? / The Hospício Nacional de Alienados: therapy or social hygiene?

Alves, Lourence Cristine January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2013-01-07T15:54:59Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 24.pdf: 1714887 bytes, checksum: 05b3cd499a7d3a385c0eb6fa7b555f2d (MD5) Previous issue date: 2010 / O Hospício Pedro II, posteriormente denominado Hospício Nacional de Alienados (HNA), foi criado em 1841, mas somente inaugurado em 1852 para abrigar indivíduos considerados loucos residentes no Distrito Federal e cercanias. Naquela época, a instituição foi idealizada para receber qualquer pessoa que sofresse de moléstias mentais. À primeira vista ao observarmos os prontuários do hospício, percebemos que não havia homogeneidade entre os internos, existindo todo o tipo de indivíduos, com diferentes moléstias e com diversas características físicas e sócio-econômicas. Contudo, uma observação mais detalhada, por meio de uma pesquisa qualitativa, nos mostra especificidades comuns aos pacientes: um número significativamente superior de pacientes oriundos de camadas sociais menos favorecidas e uma predominância, principalmente entre estes, de determinados diagnósticos. Apoiado nestas informações, este trabalho procura investigar o discurso da loucura paradigmaticamente aceito pela psiquiatria nacional; quem são os receptáculos deste discurso na sociedade; como ocorre a interação entre discurso e prática psiquiátrica; e se há por parte do Estado brasileiro uma apropriação do discurso médico como forma de higiene social.
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'Dramas de sangue' na cidade: psiquiatria, loucura e assassinato no Rio de Janeiro (1901-1921) / 'Dramas of blood' in the city: psychiatry, madness and murder in Rio de Janeiro (1901-1921)

Dias, Allister Andrew Teixeira January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2013-01-07T15:55:00Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 22.pdf: 1358732 bytes, checksum: 2728a2675c29f1ff014ec2a448dc4e2b (MD5) Previous issue date: 2010 / A presente dissertação tenciona investigar algumas práticas, saberes e categorias psiquiátricas em jogo em três experiências individuais que envolveram loucura, assassinato e simulação de loucura no Rio de Janeiro do início do século XX (entre 1901 e 1921). Os atores médicos envolvidos nestes casos ligavam-se aos principais espaços e instituições da psiquiatria na cidade: o Serviço Médico-Legal da Polícia, o Pavilhão de Observações do Hospício Nacional de Alienados, o Hospício Nacional de Alienados e a sua Seção Lombroso, embrião do Manicômio Judiciário do Rio de Janeiro. Procuramos, todavia, não esquecer a experiência desses sujeitos enredados pela psiquiatria, suas trajetórias evivências, percepções e sofrimentos, assim como os discursos de outros atores acerca desses casos, como a imprensa e intelectuais de expressão do período. Tentamos, por um lado, compreender alguns dos principais influxos sócio-culturais sobre a prática psiquiátrica produzida nos espaços citados. Por outro, buscamos situar alguns conflitos e questões internas à psiquiatria do período, analisando suas estratégias na construção do diagnóstico de simulação de loucura e sua heterogeneidade de concepções em jogo na construção de algumas categorias de doença mental. Os casos aqui focados, embora com elementos diversos, possuem alguns ingredientes comuns como: o crime de homicídio, a intervenção da imprensa, a comoção pública, o trágico e, principalmente, o intercurso do saber médico-psiquiátrico.
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Movimentos sociais em saúde e estratégias de produção de sentidos no reclame da liberdade, o novo lugar da loucura

Espirito Santo, Wanda Luiza Peregrino do January 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2015-12-16T12:23:17Z (GMT). No. of bitstreams: 2 wanda_santo_icict_dout_2015.pdf: 2640996 bytes, checksum: e7d58513292b7b9ef0e5b486da589e03 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2015-11-23 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / A presente pesquisa tem como eixo principal a análise dos materiais de divulgação do Movimento Nacional de Luta Antimanicomial, mais especificamente dos cartazes comemorativos do Dia Nacinal de Luta Antimanicomial. Considerando que, no Brasil, o Movimento da Reforma Psiquiátrica surgiu na década de 1970, a partir de graves denúncias contra o sistema nacional de assistência psiquiátrica, a pesquisa incluiu cartazes que circularam desde o ano de 1978, com o propósito de compreender mudanças na produção de sentidos ocorridas a partir do II Congresso de Trabalhadores de Saúde Mental, realizado na cidade de Bauru, São Paulo, em 1987, marco histórico no qual teve início o Movimento Nacional de Luta Antimanicomial. Com base nos enunciados dos cartazes, buscamos compreender como as vozes que têm transformado as práticas e as concepções sobre a loucura organizam seu discurso e disputam sentidos no espaço público. Neste sentido, contextualizamos o momento sócio-histórico-discursivo das peças de comunicação analisadas; identificamos a relação possível entre as mudanças nos eixos de debate ao longo dos anos e as temáticas dos materiais; identificamos, compreendemos e compararmos os dispositivos de enunciação dos cartazes analisados, tendo como contraponto sua dimensão temporal e geográfica; identificamos e analisamos as disputas de sentidos entre os diferentes discursos que se manifestam nos cartazes. Como eixo teórico, optamos pela Semiologia dos Discursos Sociais, com sua premissa central de que discursos são produzidos socialmente e seu caminho metodológico, a Análise Social de Discursos O corpus extenso de análise da pesquisa foi formado pelos materiais de divulgação sobre a Reforma Psiquiátrica brasileira. No corpus específico foram privilegiados cartazes comemorativos do Dia Nacional de Luta Antimanicomial, selecionando-se os produzidos a partir do ano de 1978 até o ano de 2013. Foram analisados documentos históricos relativos aos contextos político e institucional de sua produção e circulação. Destacamos os seguintes resultados: nos cartazes analisados, não obtivemos evidências de diferenças significativas no modo de apropriação local das diretrizes nacionais. Este foi um dos pontos de partida da pesquisa, considerando-se o âmbito nacional do movimento, que tem núcleos em todas as regiões do Brasil. Uma de nossas perguntas de pesquisa era se e como diferenças regionais produzem diferenciações no discurso antimanicomial. De um modo geral, essa hipótese não se confirmou, embora tenha sido possível observar um outro padrão de diferenciação. Nos diversos momentos históricos nos deparamos com o que é possível ser dito e o que é não dizível naquele contexto: os cartazes analisados buscam reverter um discurso cristalizado mas, apesar de sinalizarem que é necessário mudar alguma situação, os argumentos são os possíveis na sociedade de cada época. As mudanças ocorridas nos eixos de debate ao longo do tempo influíram claramente nas temáticas dos cartazes / This research is built upon the analysis of the advertising material of the National Movement for Deinstitutionalization ( Movimento Nacional de Luta Antimanicomial ), more specifically the posters celebrating the National Day for Deinstitutionalization ( Dia Nacional de Luta Antimanicomial ). Considering that, in Brazil, the Movement for Psychiatric Reform (Movimento da Reforma Psiquiátrica) arose in the 1970s, from severe complaints against the national psychiatric assistance system, this research includ es posters that began to circulate in 1978, in an attempt to understand the changes in the creation of meaning that happened after the Second Mental Health Workers’ Congress (II Congresso dos Trabalhadores de Saúde Mental), which happened in the city of Ba uru, in the state of São Paulo, in 1987, a historical moment which marks the beginning of the National Movement for Deinstitutionalization. By studying the slogans in the posters, we aimed to understand how the voices that have been changing practices and opinions on madness organize their speech and dispute meanings in the public space. In that sense, we contextualize the social, historical and discursive moment of the pieces of communication which were analyzed, we identify the possible link between the changes in the ideas discussed over the years and the themes present in the advertising material, we identify, comprehend and compare the enunciation devices of the analyzed posters, in the light of their temporal and geographical aspects and we identify a nd analyze the disputes of meaning generated by the different discourses present in the posters. For a theoretical base, we chose Social Semiotics, with its fundamental premise that discourse is produced socially and its methodological path, Discourse Anal ysis. The extensive analysis corpus of the study was composed from the advertising material for the Brazilian Psychiatric Reform. In the specific corpus, we gave priority to posters celebrating the National Day for Deinstitutionalization, choosing those cr eated between the years of 1978 and 2013. We also analyzed historical documents together with the political and institutional contexts of their creation and circulation. Our most important results are: in the posters we analyzed, we did not obtain evidence of significant differences in the local understandings of the national guidelines. That was the starting point of our study, considering the national reach of the movement, with nuclei in all regions of Brazil. One of the questions we sought to answer in our study was whether and how the regional differences produce differences in the discourses for deinstitutionalization. Generally speaking, that hypothesis was not confirmed, although we observed another pattern of differentiation. In the various historic al moments, we faced what could and what couldn’t be said at that specific context: the analyzed posters seek to revert petrified discourse but, despite the fact that they express a need for change, the arguments are only those which were possible in the s ociety in each period. The changes that happened in the points of debate over the years clearly had an influence on the ideas on the posters
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Capacidade e autonomia na internação psiquiátrica: uma leitura à luz dos tipos de cárcere privado e constrangimento ilegal

Drago, Guilherme Dettmer January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T18:44:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000411666-Texto+Completo-0.pdf: 1127842 bytes, checksum: 3ba0886f2c427079dcca6d3a591e886f (MD5) Previous issue date: 2008 / This dissertation, linked to the line of research "Criminology and Social Control" of the Postgraduate Program in Criminal Sciences, the Faculty of Law of the Catholic University of Rio Grande do Sul, aims to study the Psychiatric Hospitalization, permeated since the civil issues and psychosocial capacity and the autonomy of the subject, by legal and social. The paper argues, moreover, a link between mental health professionals and their patients, with the ultimate goal of creating an appropriate therapeutic environment for an effective psychiatric treatment. Thus, aims to obtain useful results for the patient, family and, ultimately, to society itself as a form of social response to popular aspirations based on a (false) democratic rule of law. Along the same lines, in spite of the occurrence of changes, the hospital treatment still is not enough, since the ex-inmate leaves the psychiatric hospital with a stigma, created by the company itself, which identifies as an unequal before the others. This shows that the problem is, first of all, cultural. Finally, the issue of psychiatric hospitalization may exceed the limits set by the Medicine and the law, something which can be translated as an abuse of medical resources or legal responsibility of the patient in order to achieve a purpose not authorized by law. Thus, such abuse could be checked when, by the context of admission, the standard situations occur, which are characterized as illegal, criminal and the false imprisonment and unlawful restraint. Ultimately, the work shows that the patient is a subject whose constitutionally guaranteed rights should prevail over any private interests or economic. / A presente dissertação, vinculada à linha de pesquisa “Criminologia e Controle Social”, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais, da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, tem por finalidade o estudo da Internação Psiquiátrica, perpassando desde as questões civis e psicossociais da capacidade e da autonomia do sujeito, até aspectos jurídicos e sociais. O trabalho defende, ainda, um elo entre o profissional da saúde mental e seu paciente, com o objetivo final de se criar um ambiente terapêutico apropriado para um tratamento psiquiátrico eficaz. Desse modo, visa à obtenção de resultados úteis para o paciente, familiares e, em última análise, para a própria sociedade, como uma forma de resposta social aos anseios populares calcados num (falso) Estado Democrático de Direito. No mesmo sentido, em que pese a ocorrência de mudanças, o tratamento hospitalar ainda não se mostra suficiente, na medida em que o ex-internado sai do hospital psiquiátrico com um estigma, criado pela própria sociedade, que o identifica como um desigual perante os demais. Isso demonstra que o problema é, antes de tudo, cultural. Por fim, a questão da internação psiquiátrica pode exceder os limites estabelecidos pela Medicina e pelo Direito, situação essa que pode ser traduzida como um abuso de meios médicos ou de responsáveis legais pelo paciente, com o fim de alcançar uma finalidade não autorizada pela lei. Desta forma, tal abuso pode ser verificado quando, pelo contexto da internação, ocorrer situações-tipo, que se caracterizam como ilícitos penais, como o cárcere privado e o constrangimento ilegal. Em última análise, o trabalho evidencia que o enfermo (inimputável ou semi-imputável, com necessidade de tratamento terapêutico) é um sujeito cujos direitos constitucionalmente garantidos devem prevalecer acima de quaisquer interesses privados ou econômicos.
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O lugar dos hospitais psiquiátricos no município de São Paulo frente ao processo de reestruturação do modelo de assistência psiquiátrica no Brasil pela voz dos trabalhadores / Psychiatric hospital´s place in the city of São Paulo subjected to the process of restructure of the psychiatric assistence model in Brazil through worker´s voice

Luiz Carlos Lourenço Silva 25 June 2007 (has links)
O objeto de estudo desta pesquisa qualitativa é o entendimento dos trabalhadores dos hospitais psiquiátricos sobre a Reforma Psiquiátrica e como lidam com esse processo. A finalidade é contribuir para a ampliação arsenal teórico prático da Reforma Psiquiátrica e propor novas luzes para a sua análise. Tem como objetivos: conhecer o que os trabalhadores dos hospitais psiquiátricos pensam sobre a função do hospital psiquiátrico no contexto da Reforma Psiquiátrica; compreender como os trabalhadores de saúde mental lidam com o processo da desinstitucionalização nas suas práticas. O cenário do estudo foi dois hospitais psiquiátricos, um público e outro privado, sem fins lucrativos, integrados ao SUS e situados no município de São Paulo. Participaram deste estudo 12 (doze) trabalhadores (de nível médio e superior). Os dados empíricos foram obtidos por meio de entrevista individual semi-estruturada. O material empírico foi analisado de acordo com as categorias analíticas: instituição, institucionalização, transição, desinstitucionalização e crise e foi referenciado em Minayo. A análise dos dados deu origem às categorias: a) o hospital psiquiátrico: o lugar da crise; b) a internação da crise; c) desinstitucionalização: a desconstrução de saberes; d) o hospital e a rede em crise; e) a persistência da cultura hospitalocêntrica; f) o hospital psiquiátrico e a família em crise; g) o hospital psiquiátrico e a sociedade. Os trabalhadores descrevem um novo hospital, cuja função é o acolhimento da crise e internação de curta permanência; identificam medidas reformistas de ordem técnica e administrativa, ocorridas no hospital como: especialização no atendimento da clientela; regime de internação de curta permanência x cronicidade; intervenção multidisciplinar x trabalho isolado; melhoria da estrutura física e de recursos humanos; melhoria da ambiência; implantação de projeto terapêutico; redução de leitos hospitalares, em função do atendimento às exigências das portarias ministeriais. Evidencia-se o entendimento de desinstitucionalização como desospitalização. Os discursos dos entrevistados evidenciam uma relação em crise do hospital psiquiátrico com a rede substitutiva de atenção à saúde mental de base comunitária. Os trabalhadores enfrentam dificuldades no processo de des-internação de pacientes com grave problemática social. O hospital psiquiátrico tem sido a própria contradição no atual modelo de atenção em saúde mental no Município de São Paulo e, portanto, nesta perspectiva, sustenta dentro de si as várias contradições advindas de sua própria gênese enquanto instituição, somadas às condições atuais em que se encontra “inexistente” na rede. O hospital psiquiátrico: lugar da crise porque lugar das contradições / The object of study of this qualitative research is the understanding of the psychiatric hospital\'s workers about the Psychiatric Reform and how they deal with this process. The purpose of the study is to contribute for the expansion of the Psychiatric Reform\'s theoretical-practical arsenal and propose new lights to its analyses. Objectives are: know what the psychiatric hospital\'s workers think about the psychiatric hospital in the context of the Psychiatric Reform; understand how mental health workers deal with the process of desinstitutionalization in their practices. The scenery of this study were two psychiatric hospitals, one public and the other private, nonprofit, integrated to SUS and placed in the city of São Paulo. 12 (twelve) workers (medium level and high education) participated in the study. Empirical data were gathered through semi-structured individual interview. The empirical material was analyzed according to the categories: institution, transition, desinstitutionalization and crises, according to Minayo. Data\'s analyses originated the categories: a) the psychiatric hospital: the crisis\'s place; b) crisis\' hospitalization; c) desinstitutionalization: knowledge\'s deconstruction ; d) the hospital and the net in crisis; e) hospital-centered culture\'s persistence; f) the psychiatric hospital and the family in crisis g) the psychiatric hospital and society. Workers described a new hospital, which\'s function is welcoming of crises and short-term hospitalization; it\'s identified reformist\'s technical and administrative measures in the hospital, such as: humanization; attendance of clientele\'s specialization ; short term hospitalization regime X chronic ness; muldisciplinary intervention x isolated work; physical structure\'s and human resource\'s improvement; environment\'s improvement; therapeutic project implantation; hospital wards\' reduction, due to the attendance of Ministry laws. It leads to the understanding of desinstitutionalization as des-hospitalization. Interviewed\'s speech show articulation in crisis between the psychiatric hospital and the substitutive mental health care net, community based. Workers deal with difficulties in the process of des-hospitalization of patients with serious social problematic. The psychiatric hospital has been the contradiction itself in the current mental health care model in the city of São Paulo and, therefore, in this perspective has in itself many contradictions that come from it\'s own genesis as an institution, added to current condition in which it \"doesn’t exist\" in the net. The psychiatric hospital: the crisis\'s place because the place of contradictions
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Habitar Institucional: Considerações sobre processos de institucionalização de vidas no Hospital Psiquiátrico / Institutional Inhabitation: Considerations on the processes of institutionalization of lives in the psychiatric hospital

João Paulo Pitoli 06 August 2010 (has links)
Essa pesquisa qualitativa tomou como objeto de estudo o universo dos moradores e moradoras ararenses do hospital psiquiátrico Antonio Luis Sayão, sob gestão estadual, localizado na cidade de Araras, no interior do Estado de São Paulo. A finalidade é indicar mecanismos para o início de processos de desinstitucionalização dessas pessoas. Os objetivos foram: a) identificar, por meio do Questionário do Censo Psicossocial dos Moradores em Hospitais Psiquiátricos do Estado de São Paulo, os moradores e moradoras nascidas no município e que vivem no interior do hospital; b) investigar, por meio dos dados objetivos e os da impressão dos pesquisadores, quem são, seus recursos e possibilidades; c) propor, a partir da análise dos dados, estratégias de desinstitucionalização, para operacionalização pelo gestor local, se for oportuno. São sujeitos do estudo seis mulheres e cinco homens, cujo tempo de permanência no hospital variou de dez a trinta anos e preenchem os critérios: a) ser natural de Araras; b) familiar ter residência em Araras; c) possuir curador ou procurador e d) estar sob internação involuntária. A pergunta que orientou o estudo foi: Por quê pessoas que possuem renda e familiares no município, sob internação involuntária, permanecem institucionalizadas? As bases teóricas de referência sustentam-se na perspectiva da Desinstitucionalização e da Reforma Psiquiátrica. Os dados empíricos foram obtidos por meio dos Questionários preenchidos por pesquisadores do Censo Psicossocial, após autorização da Área Temática de Saúde Mental do Grupo Técnico de Ações Estratégicas da Secretaria de Estado de Saúde. Os resultados demonstram que os moradores e moradoras vivem amplo processo de institucionalização, despertecimento e apartamento social. As vidas são apropriadas pelo cotidiano e lógica asilar, os direitos fundamentais de cidadania são permanentemente violados: entre os que têm necessidades específicas, como deficiência física ou mental e entre os que têm e os que não têm diagnóstico psiquiátrico. Todos estão sob curatela e recebem renda administrada por terceiros, sem acesso ao dinheiro. Como resposta às necessidades, possibilidades e recursos dessas pessoas, esse estudo recomenda a execução imediata das Diretrizes das Políticas Públicas de Saúde Mental do Ministério da Saúde, das recomendações do Censo Psicossocial no Estado de São Paulo e do Plano Estadual de Saúde 2008-2011 da Secretaria de Saúde de São Paulo e desenha um Projeto de Desinstitucionalização (duas Residências Terapêuticas) para estas pessoas, atendendo suas características e as características do município de Araras. / This qualitative research took as its object of study the universe of Araras residents of the Antonio Luis Sayão psychiatric hospital, under state management, located in the city of Araras in the State of São Paulo. The purpose is to specify mechanisms for the initiation of processes of deinstitutionalization of these people. The objectives were: a) to identify, through the Psychosocial Census Questionnaire of Psychiatric Hospital Residents in the State of São Paulo, the residents born in the city and who live within the hospital; b) to investigate, through objective data and the researchers printing, who they are, their resources and capabilities; c) to propose from the data analysis some strategies of deinstitutionalization, which can be implemented by the local manager, if appropriate. Study subjects are six women and five men, whose time spent in the hospital has ranged from ten to thirty years and meet the following criteria: a) are a native of Araras; b) have a family residence in Araras; c) posses a trustee/proxy and d) is under involuntary admission. The question that guided the study was: Why do people with income and family, under involuntary admission, remain institutionalized? The theoretical bases of reference are maintained in the perspective of Deinstitutionalization and Psychiatric Reform. Empirical data were obtained through questionnaires filled out by Psychosocial Census researchers after authorization by the Secretary of the Ministry of Health\'s Technical Actions Group in the Thematic Area of Mental Health. The results show that the residents live vast institutionalization processes, desperation and social apartment. The lives are suitable for everyday living and logical placement, the fundamental rights of citizenship are constantly violated: between those who have special needs such as physical or mental disabilities and those who have and those who do not have psychiatric diagnoses. All are under the guidance of a trustee and receive income managed by third parties without access to the money. In response to the needs, possibilities and resources of these people, this study recommends the immediate implementation of the Ministry of Healths Public Policy Guidelines for Mental Health, the recommendations of the Psychosocial Census of the State of São Paulo and the São Paulos Health Secretary State Health Plan 2008-2011 and lays out a Deinstitutionalization Project (two therapeutic residences) for these people, given their characteristics and features of the city of Araras.

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