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História e utopia na Terra Indígena Ligeiro: a presença da Igreja Católica entre os Kaingang na região norte do Rio Grande do Sul

Biasi, Renato Estevão 22 April 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:22:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Renato Estevao Biasi.pdf: 17272859 bytes, checksum: 7439701bdbfcca909dcf85a6521b69cb (MD5) Previous issue date: 2009-04-22 / ADVENIAT / The goal of this dissertation is to build an analysis on the missionary action developed by the Catholic Church with the Kaingang people, since its origins, more than 160 years ago. This way, we intend to collaborate in the construction of a new way of missionary action to the indigenous people. This dissertation integrates the effort of building a missionary action which stands out by the announcement and testimony of the Gospels, allied to the commitment to the indigenous cause. For that purpose, we studied the main aspects of the Kaingang culture, based on the anthropological literature, having the origin myth as reference. From the information obtained in the anthropological literature, we looked at the indigenous land Ligeiro, aiming to comprehend its historical trajectory and the current reality. We analyzed the contact of the Kaingang people with the Catholic Church missionaries based on several missionary activities developed around three forms or experiences of Catholicism: missionary, popular and institutional. Those forms or experiences of Catholicism which were practiced with the Kaingang communities have provoked profound alterations in their cultural and religious universe, but they kept on being Kaingang. Thus, we have analyzed the current expressions of the Kaingang culture and the significant elements that are kept, also indicating the challenge of realizing a missionary action based on the ethics of respect / O objetivo desta dissertação é construir uma análise sobre a atuação missionária desenvolvida pela Igreja Católica junto aos Kaingang, desde os primórdios, há mais de 160 anos. Com isso, pretendemos colaborar na construção de um novo jeito de ação missionária junto aos povos indígenas. Esta dissertação integra o amplo esforço de construir uma ação missionária que prime pelo anúncio e testemunho do Evangelho aliado ao compromisso com a causa indígena. Para tanto, empreendemos o estudo sobre os principais aspectos da cultura Kaingang a partir da literatura antropológica, tendo como referencial o mito de origem. Face às informações encontradas na literatura antropológica, buscamos na Terra Indígena Ligeiro um contraponto, construindo uma leitura da sua trajetória histórica e da realidade atual. Analisamos o contato do povo Kaingang com os missionários da Igreja Católica a partir das diversas atividades missionárias em torno de três formas ou experiências de catolicismo: missionário, popular e institucional. Essas formas ou experiências de catolicismo praticadas junto às comunidades Kaingang provocaram profundas alterações no seu universo cultural e religioso, mas continuavam a ser Kaingang. Desta forma, analisamos as expressões atuais da cultura Kaingang, os elementos significativos que são guardados e apontamos o desafio de se realizar uma ação missionária baseada na ética do respeito
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A questão indígena-camponesa e a luta pelo socialismo: apontamentos sobre a contribuição de José Carlos Mariátegui

Ferreira, John Kennedy 30 April 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:57:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 John Kennedy Ferreira.pdf: 497181 bytes, checksum: db38306494eeae460f0dfee2c62a6ab5 (MD5) Previous issue date: 2008-04-30 / In the present study we examine some contributions of the Marxist José Carlos Mariátegui concerning the construction of the worker-peasant alliance formulated by III International Communist as regards to Peru and the others countries of Latin America. Mariátegui s effort involves debates made at the beginning of the twenties with nationalist and communist sectors, union and indigenous leaderships concerning themes as socialism, antiimperialism, worker peasant and revolution. We start from the analysis of his main work, Seven Interpretive Essays on Peruvian Reality, in view to demonstrate the fundamental presence of indigenous-peasant question in the center of his theoretical and pratical struggle for socialism / No presente estudo, examinamos algumas contribuições do marxista José Carlos Mariátegui a respeito da construção da aliança operário-camponesa formulada pela III Internacional Comunista em relação ao Peru e demais países da América Latina. O esforço de Mariátegui envolve debates realizados no início dos anos 20 com setores nacionalistas e comunistas, lideranças sindicais e indígenas, sobre temas como socialismo, antiimperialismo, aliança operário-camponesa e revolução. Partimos da análise de seu principal trabalho, Sete ensaios de interpretação da realidade peruana, com vistas a demonstrar a presença fundamental da questão indígena-camponesa no centro de sua luta teórica e prática pelo socialismo
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História e utopia na Terra Indígena Ligeiro: a presença da Igreja Católica entre os Kaingang na região norte do Rio Grande do Sul

Biasi, Renato Estevão 22 April 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:57:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Renato Estevao Biasi.pdf: 17272859 bytes, checksum: 7439701bdbfcca909dcf85a6521b69cb (MD5) Previous issue date: 2009-04-22 / ADVENIAT / The goal of this dissertation is to build an analysis on the missionary action developed by the Catholic Church with the Kaingang people, since its origins, more than 160 years ago. This way, we intend to collaborate in the construction of a new way of missionary action to the indigenous people. This dissertation integrates the effort of building a missionary action which stands out by the announcement and testimony of the Gospels, allied to the commitment to the indigenous cause. For that purpose, we studied the main aspects of the Kaingang culture, based on the anthropological literature, having the origin myth as reference. From the information obtained in the anthropological literature, we looked at the indigenous land Ligeiro, aiming to comprehend its historical trajectory and the current reality. We analyzed the contact of the Kaingang people with the Catholic Church missionaries based on several missionary activities developed around three forms or experiences of Catholicism: missionary, popular and institutional. Those forms or experiences of Catholicism which were practiced with the Kaingang communities have provoked profound alterations in their cultural and religious universe, but they kept on being Kaingang. Thus, we have analyzed the current expressions of the Kaingang culture and the significant elements that are kept, also indicating the challenge of realizing a missionary action based on the ethics of respect / O objetivo desta dissertação é construir uma análise sobre a atuação missionária desenvolvida pela Igreja Católica junto aos Kaingang, desde os primórdios, há mais de 160 anos. Com isso, pretendemos colaborar na construção de um novo jeito de ação missionária junto aos povos indígenas. Esta dissertação integra o amplo esforço de construir uma ação missionária que prime pelo anúncio e testemunho do Evangelho aliado ao compromisso com a causa indígena. Para tanto, empreendemos o estudo sobre os principais aspectos da cultura Kaingang a partir da literatura antropológica, tendo como referencial o mito de origem. Face às informações encontradas na literatura antropológica, buscamos na Terra Indígena Ligeiro um contraponto, construindo uma leitura da sua trajetória histórica e da realidade atual. Analisamos o contato do povo Kaingang com os missionários da Igreja Católica a partir das diversas atividades missionárias em torno de três formas ou experiências de catolicismo: missionário, popular e institucional. Essas formas ou experiências de catolicismo praticadas junto às comunidades Kaingang provocaram profundas alterações no seu universo cultural e religioso, mas continuavam a ser Kaingang. Desta forma, analisamos as expressões atuais da cultura Kaingang, os elementos significativos que são guardados e apontamos o desafio de se realizar uma ação missionária baseada na ética do respeito
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Critérios para o tratamento jurídico-penal do índio

Rezende, Guilherme Madi 12 December 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T20:23:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 GUILHERME MADI REZENDE.pdf: 479493 bytes, checksum: 3e5646c934c8749ca359453a998d25a2 (MD5) Previous issue date: 2005-12-12 / The aim of this dissertation is to verify whether the non-imputability criterion adopted for the legal penal treatment of Brazilian Indians is the best option available or whether there are other criteria which may be applied more appropriately in this case. For such purpose, this dissertation starts by examining the concept of being an Indian, which is analyzed with basis on a brief description of the cultural differences common to the various Brazilian Indian peoples, but which contrast with the cultural standards of the other members of Brazilian society. Next, the dissertation traces a historical account of the legal treatment given to Brazilian Indians in Colonial, Imperial and Republican Brazil, which extends to the present time to mention two different aspects: the right of Indian peoples to a jurisdiction of their own and, more particularly, the non-imputability criterion adopted by Brazilian law for the penal treatment of Indian people. This work refers to the Bill under procedure at the House of Representatives. There is also reference to Brazilian jurisprudence by means of a non-systematic sample of the judgments concerning the matter. In the next topic, the dissertation discusses the different criteria proposed by the doctrine for the legal penal treatment of Indian people, specially the criteria of nonimputability, of the individualization of the sentence __ specifically considering the fact 9 that the agent is a native Brazilian __ and the criterion of the culturally conditioned. mistake of law Comparative Jurisprudence is addressed based on the analysis of the Penal Codes of some Latin American countries, with special attention to Peru, Bolivia, Colombia and Mexico, which present specific provisions concerning Indian people. After that, the dissertation studies the non-imputability criteria, starting with a brief description of criminal imputability, mistake and culturally conditioned mistake. At the end, based on the premise that founds the doctrine of culturally conditioned mistake, this dissertation proposes as a possible solution the penal treatment of indigenous people through an eventual exculpatory cause, the non-requirement of diverse conduct, whenever one cannot require from the native Brazilians, due to their already internalized cultural values, in a concrete case, to act in accordance with the violated criminal law. / Este trabalho tem como objetivo verificar se o critério da inimputabilidade, adotado para o tratamento jurídico-penal do índio no Brasil se afigura como a opção mais acertada, ou se há outros critérios que possam ser aplicados de forma mais adequada. Para tanto, o trabalho aborda inicialmente o conceito de índio, identificando-o a partir de uma breve exposição acerca das diferenças culturais que são comuns aos diversos povos indígenas e que, ao mesmo tempo, contrastam com os demais integrantes da sociedade brasileira. Em seguida o trabalho traça um histórico legislativo acerca do tratamento dado ao índio no Império, no Brasil Colônia, na República, chegando até os dias atuais em que o trabalho menciona dois diferentes aspectos: o direito dos povos indígenas à sua própria jurisdição e, de forma mais específica, o critério da inimputabilidade, adotado pela legislação brasileira para o tratamento jurídico-penal do índio. O trabalho refere-se ao Projeto de Lei em tramitação na Câmara dos Deputados. A Jurisprudência brasileira também é abordada através de uma amostra não sistemática dos julgados que cuidam do tema. No tópico posterior o trabalho aborda os diferentes critérios propostos pela doutrina para o tratamento jurídico-penal do índio, em especial os critérios da inimputabilidade, da individualização da pena considerando-se especificamente o fato do agente ser índio e o 7 critério do erro de proibição e do erro de compreensão culturalmente condicionado. O Direito Comparado é tratado a partir da análise dos Códigos Penais de alguns países Latino-Americanos, com especial atenção ao Peru, Bolívia, Colômbia e México, que trazem dispositivos específicos acerca do índio. Em seguida, o trabalho estuda os critérios da inimputabilidade, fazendo antes uma breve exposição sobre a imputabilidade penal, do erro, e do erro culturalmente condicionado. Ao final, o trabalho propõe como uma solução possível, partindo da mesma premissa de que parte a doutrina do erro culturalmente condicionado, o tratamento jurídico-penal do índio através de uma eventual causa excludente de culpabilidade, a inexigibilidade de conduta diversa, sempre que, no caso concreto, não se puder exigir do índio, em razão de seus valores culturais já internalizados, que atue de maneira conforme a norma penal violada
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巴西的民族同化政策 / Politica Etnica Assimilacionista do Brasil

守般若 Unknown Date (has links)
本論文探討500年來巴西政府對印第安人以及對非洲系人的民族同化政策。首先,殖民政府以利用印第安人勞力為目的,試圖使印第安人融入主體社會中,但最後印第安人受到保護區的隔離;其次,為了解決非洲系人的差異問題,且受到社會達爾文主義的影響,巴西在1890年開始採取以混種為目標的白化政策,卻在1970年代受到國內外輿論的壓力而被迫放棄白化政策。 本論文運用各種歷史文獻來探討巴西印第安人和巴西非洲人的民族同化過 程,分析政府在不同時期的同化政策有什麼轉變,並且解釋民族同化政策的結果為什麼走向失敗,最後演變為多元化的局面。 為了呈現巴西民族同化政策的全貌,將政策區分為三個階段來分析。第一階段,從殖民開始到巴西獨立為止(1500~1822),是政府對印第安人納為臣民的奠基期;第二階段,從巴西帝國時期到巴西成立共和國前夕(1823~1889),是印第安人受到監護對待的時期;第三階段,自建立共和國並採取白化政策起,到放棄白化政策為止(1890~1970),是非洲系人受到強制同化的時期。 本研究發現,16世紀以來政府對印第安人的同化政策,以及1890年以後政府對非洲系人的同化政策,都趨向失敗,歸納有以下三個因素:(1)非洲系人與歐洲系人的人口數量有懸殊差異;(2)印第安人及非洲系人兩者,並未與做為主體民族的歐洲系人混居,且印第安人在20世紀因政府實施保留地政策而免於被同化;(3)相較於南美其他國家,巴西政府對非洲系人的民族同化政策起步緩慢。這些因素進而促使巴西走向多元化。
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Discursive and mediatic battles in Thomas King's Green Grass, Running Water

Scholles, Carlos Eduardo Meneghetti January 2010 (has links)
O objetivo desta dissertação é o de investigar as disputas pelo poder subjacentes no texto literário do autor cherokee/canadense Thomas King, mais especificamente em seu romance publicado em 1993 intitulado Green Grass, Running Water. Serão destacadas as estratégias performáticas empregadas na desconstrução de representações opressivas de nativo-americanos por discursos ocidentais que compõem um complexo campo de batalha onde vozes em conflito disputam por direitos discursivos nas relações de poder. Se por um lado temos a tradição epistemológica positivista/cartesiana que trabalha há cinco séculos no sentido de exercer controle sobre as representações simbólicas dos nativo-americanos, a fim de que poder executivo e discursivo possa ser exercido sobre eles, por outro lado temos que Thomas King proporciona ao leitor o acesso a uma estrutura cíclica, não hierarquizada da narrativa e do epistêmio nativo-americanos. Esta investigação irá apontar os momentos de conflito entre essas vozes e analisará uma potencial interpretação democrática, de terceira via para esses encontros aparentemente binários. Espera-se ser possível indicar que Green Grass, Running Water propicia um privilegiado campo simbólico para que conflitos culturais e epistemológicos possam ocorrer e ser resolvidos com alguma espécie de resolução positiva em relação ao aspecto frequentemente belicoso dos engajamentos nativos e ocidentais. Para tanto, investigaremos a tradição bíblica e judaico-cristã de hierarquização e como o processo de nomeação de indivíduos e categorias permite que ocorra uma relação de dominação. Discutiremos a estrutura organizacional das comunidades, baseando-nos nas proposições de Zygmunt Bauman, com o intuito de averiguar de que forma o texto literário lida com questões como o pertencimento a grupos que possuem critérios subjetivos de aceitação, permitindo-nos responder se tais critérios permitem uma opção de filiação ou se representam uma demanda coletiva opressiva sobre o indivíduo. Uma análise dos discursos científicos de verdade também será feita, contrastando-os com a construção mítica coletiva das narrativas nativo-americanas como construções alternativas de verdade. Finalmente, teremos um capítulo sobre o poder narrativo da fotografia (mídia presente no romance em diversos momentos), no qual os usos da câmera serão descritos e analisados em seus potenciais de malícia e de narração distorcida. / The aim of this paper is to investigate the power struggles underlying the literary text of Canadian/Cherokee author Thomas King in the novel Green Grass, Running Water, published in 1993. We will highlight the performative strategies employed in the deconstruction of oppressive representations of the Native American by Western discursive and mediatic voices. The novel offers an interweaved narrative of Native and Western cultural materials that, together, will compose a complex battlefield of contentious voices that, ultimately, weigh on the balance of power relations to claim discursive rights. On the one hand, we have the epistemological tradition of a Positivist/Cartesian logic that has been working for five centuries to hold sway over the symbolic representations of the Native Americans in order to exert executive and discursive power over them; on the other hand, Thomas King provides the reader a glimpse of the cyclical, non-hierarchized structure of Native narrative and episteme. This investigation will point out the moments of conflict between these two voices and attempt to elaborate on the potential democratic/third-way interpretation of these seemingly binary encounters. We hope to be able to indicate that Green Grass, Running Water provides a privileged symbolic battleground for cultural and epistemological clashes to occur and be settled with some sort of positive resolution to the long-lasting contentious nature of Native and Western engagements. In order to accomplish that, we will delve into the biblical and Judeo-Christian tradition of hierachization and how the process of naming of individuals and categories allows for domination to occur. We will elaborate on the structural organization of communities, based on the propositions of Zygmunt Bauman, in order to assess how the literary text handles issues such as belonging to groups that have subjective criteria for acceptance, aiming at answering whether these criteria allow for an option of membership or if they pose as oppressive collective demands over the individual. An analysis of the scientific discourses of truth will also be provided, contrasting them with the collective mythmaking of Native American narratives as alternative constructors of truths. Finally, we will have a chapter on the narrative power of photography (a medium present in the novel at various moments), in which the uses of the camera are described and analyzed in their guileful and (mis)narrating potentials.
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Weaving life stories : healing selves in native american autobiographical narratives

Oliveira, Marta Ramos January 2009 (has links)
No presente trabalho faz-se uma reflexão sobre as narrativas de vida indígenas a partir da hipótese de que, em contraposição ao modelo canônico ocidental, elas apresentam uma concepção de self marcada por uma posicionalidade social diversa tanto a nível de experiência histórica quanto da visão epistemológica e ontológica. Meu objetivo é mostrar como os escritores indígenas se apropriam de um modelo ocidental que, na sua configuração canônica, servia para sustentar narrativas de individuação e o utilizam para curar feridas históricas resultantes da violência do processo colonizatório e suas conseqüências e, com isso, criar possibilidades de sobrevivência coletivas. Com esse propósito, faço uma breve revisão de dois momentos fundamentais do desenvolvimento do gênero no ocidente que, num primeiro momento, confundem a história da autobiografia com a confissão cristã e, num momento posterior, com o processo de individuação. Numa perspectiva mais contemporânea, discute-se a impossibilidade lingüística de se falar do eu sem se deparar com uma série de descontinuidades e becos sem saída que parecem impor uma fragmentação total do eu, a ponto de se pensar ser impossível dizer o dêitico "eu." A esta visão canônica da história do gênero, contraponho as narrativas indígenas que se valem das histórias de vida como forma de buscar as experiências que lhes dão sustentação tanto como forma de reavaliação do vivido quanto como abertura para novas possibilidades no futuro. Num segundo momento, reviso a noção de tempo ocidental mostrando como, apesar da concomitância de várias cronosofias que definem o tempo como cíclico, linear ou a-direcional, nossas sociedades se estruturam a partir do modelo de progresso, que fundamenta o binômio modernidade/colonialidade. Em outras palavras, a visão linear do tempo aliado ao processo histórico de subjugação dos povos e conquista de territórios, estabeleceu um modelo que se auto-define como inovador, ou de ponta, relegando todas as outras formas de organização humanas a estágios mais atrasados do mesmo processo. Baseando-me no paradigma de co-existência, discuto outras visões epistemológicas, contrapondo esta visão do tempo linear e progressivo à forma como os indígenas concebem o espaço como catalisador das histórias que sustentam as relações indígenas com o Outro. Importante ressaltar que a noção de Outro usada aqui abrange tudo aquilo que está em relação com o eu, incluindo, além dos seres humanos, animais, plantas, rios, a terra, o sol, e mesmo entidades não físicas. Finalmente, analiso em Storyteller de Leslie Marmon como os escritos de vida indígena manifestam este modo de ser e seu potencial curativo. / In this dissertation, I reflect upon Native American life stories building on the hypothesis that, in opposition to Western canonical autobiographies, they present a different conception of self derived from a social positionality marked by different historical experiences and different epistemological and ontological views. My aim is to show how indigenous writers have appropriated a Western model which, in its canonical configuration, was used to sustain narratives of individuation and how they use it to heal historical wounds resulting from the violent colonization process and its consequences so as to envision collective survival. To do that, I briefly revise two foundational moments in the Western development of the genre which, in a first moment, mingle the history of autobiography with Christian confession and then with the process of individuation. From a contemporary perspective, much has been discussed about the linguistic impossibility of saying "I" without bumping into a series of discontinuities and dead ends, which seems to impose the total fragmentation of self to the point where it may seem impossible to utter the deictic pronoun "I" I contrast this canonical history of the genre with indigenous narratives which use life stories to rescue experiences to sustain themselves both as a reevaluation of the past and as an opening to future possibilities. In a second moment, I revise the Western conception of time showing how, despite the fact that several chronosophies that define time as linear, cyclical or non-directional coexist, our societies are structured on the idea of progress, which sustains the binomial modernity/coloniality. In other words, the linear view of time allied to a historical process of subjugation of peoples and territorial conquest has established a model that defines itself as innovative, or state of the art, classifying all other human forms of organization as primitive stages of the same process. Using the paradigm of co-existence, I present other epistemological views, contrasting this linear and progressive time to the ways Native Americans discuss space as a catalyst of the stories that sustain indigenous relationships to the Other. It is important to emphasize that the concept of Other used here encompasses everything which is in relation with the self, including besides other human beings animals, plants, rivers, the land, the sun, and nonphysical entities. Finally, I analyze how indigenous life writing manifests this way of being and its healing potential in Leslie Marmon Silko's Storyteller.
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Índice de massa corporal e valores de impedância bioelétrica de crianças e adolescentes indígenas Kaingang, Rio Grande do Sul, Brasil

Barufaldi, Laura Augusta January 2009 (has links)
Fundamentos: São necessárias avaliações do estado nutricional de povos indígenas, como forma de mensurar influências ambientais e sociais sobre as condições de vida e saúde e fornecer subsídios para intervenções. Este estudo, de base escolar, objetivou descrever o estado nutricional de crianças e adolescentes Kaingang pela antropometria e pela impedância bioelétrica (IBE) e comparar as classificações geradas pelos dois métodos. Métodos: Estudaram-se 3207 indígenas (73,6% dos matriculados) das 35 escolas de 12 Terras Indígenas Kaingang do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram mensurados peso e estatura conforme WHO (1995) e parâmetros de resistência (R) e reactância (Xc), em Ohm, mediante impedanciômetro RJL Systems Electrode Placement. O índice estatura/idade e o índice de massa corporal/idade foram calculados e classificados segundo WHO (2007). A composição corporal foi avaliada pela Análise Vetorial de Impedância Bioelétrica (BIVA) conforme Piccoli et al (1994). A comparação entre classificações da antropometria e BIVA foi realizada graficamente, com base nas elipses de tolerância do gráfico RXc. Foram considerados significantes valores de p<0,05. Resultados: A idade média da amostra foi de 10,8 anos (+2,9), sendo 56,8% adolescentes e 50,6% do sexo masculino. Encontraram-se prevalências de déficit estatural (E/I) de 15,5% e 19,9% e de excesso de peso pelo IMC/Idade de 5,7% e 6,7%, respectivamente para crianças e adolescentes. Para ambos os sexos e faixas etárias, a amostra apresentou desvio em direção ao quadrante inferior esquerdo do gráfico RXc, indicando maior proporção de gordura em relação ao tecido não gordo. Para as crianças do sexo masculino a proporção de indivíduos além da elipse de tolerância de 95% foi de 2,7% e a proporção de indivíduos com classificações discrepantes, relativas à antropometria, foi de 94,6%. As mesmas proporções alcançaram, respectivamente, 2,3% e 77,1% para os adolescentes do sexo masculino; 2,5% e 85,4% para as crianças do sexo feminino e 0,6% e 94,8% para as adolescentes do sexo feminino. Conclusão: Aponta-se a transição nutricional entre os Kaingang, caracterizada por prevalências importantes de déficit estatural e excesso de peso. As discrepâncias entre as classificações do IMC/idade e BIVA sinalizam a necessidade de estudos que procurem conciliar maior número de técnicas de avaliação nutricional, como a conciliação da antropometria com a IBE. / Background: Indigenous nutritional status evaluations are necessary, as a way to measure social and environmental influences on health and life conditions and to provide subsidies for interventions. This school-based study aimed to describe the nutritional status of Kaingang children and adolescents by anthropometry and bioelectrical impedance (BIA), and to compare classifications obtained by both methods. Methods: 3207 indigenous (73.6% of the enrolled) of the 35 schools in 12 Indigenous Lands Kaingang of Rio Grande do Sul, Brazil were studied. Weight and height were measured according to WHO (1995) and resistance parameters (R) and reactance (Xc), in Ohm, by impedanciometer RJL Systems Electrode Placement. Height/ age index and body mass/ age index were classified based on WHO (2007). Body composition was evaluated by Bioelectric Impedance Vector Analysis (BIVA) according to Piccoli et al (1994). Comparisons between anthropometry and BIVA classifications were done graphically, based on the tolerance ellipses of RXc graph. Significant p values <0.05. Results: The average age of the sample was 10.8 years (+2.9), 56.8% of adolescents and 50.6% of males. Prevalence of stunting (H/A) of 15.5% and 19.9% and overweight (BMI/ age) of 5.7% and 6.7% were found, respectively for children and adolescents. For both sexes and age groups deviation toward the lower left quadrant of RXC graph was shown, indicating a higher proportion of fat in relation to not fat tissues. For male children, proportion of subjects beyond the 95% tolerance ellipse was 2.7% and proportion of subjects with discrepant classifications, relative to anthropometry, was 94.6%. The same proportions achieved, respectively, 2.3% and 77.1% of male adolescents, 2.5% and 85.4% of female children, and 0.6% and 94.8% of female adolescents. Conclusions: The study points the nutritional transition among the Kaingang, characterized by important prevalence of stunting and overweight. Discrepancies between classifications of BMI/age and BIVA signal the necessity of studies that look for the conciliation of differents nutritional evaluation techniques, as anthropometry and BIA.
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Entre espíritos doentios e doenças do espírito : tupi, jesuítas e as epidemias na América portuguesa (1549-1585)

Anzolin, André Soares January 2013 (has links)
Esta pesquisa visa analisar algumas das principais implicações causadas pelas epidemias nas interações desenvolvidas entre índios Tupi e jesuítas na América Portuguesa entre os anos de 1549 e 1585. Para isto, buscamos, inicialmente, salientar a influência das interpretações elaboradas sobre as origens dos contágios, tanto para a construção de concepções sobre o “outro” formuladas a partir do encontro, quanto para a criação de diferentes soluções e acomodações concebidas com o intuito de mitigar os efeitos provocados por estes fenômenos. Em seguida, destacamos como as implicações acarretadas por estas medidas de proteção, aliadas as transformações ocasionadas pelas abruptas quedas demográficas, repercutiram nas relações que se estabeleceram entre indígenas e inacianos durante estas pouco mais de três décadas. Deste modo, foi possível relacionar a emergência de diferentes epidemias ao desenvolvimento de aproximações e rupturas nestas interações, e, com isto, sublinhar as consequências drásticas destes surtos nas dinâmicas dos primeiros contatos desenvolvidos entre os Tupi e a missão jesuítica no período quinhentista. / This research aims to analyze the impacts of epidemics in the interactions between Tupi and Jesuits in América Portuguesa between the years 1549 and 1585. For this, we sought initially highlight the influence of interpretations elaborated on the origins of the contagions, both for the construction of conceptions of the "other" formulated from the encounter, and for the development of different solutions and adaptations designed with the intention of mitigate the effects caused by these phenomena. Then, we emphasize how the implications entailed by these protective measures, combined with transformations caused by abrupt demographic falls, affected the relations between indigenous and missionaries during these bit more three decades. Thereby, it was possible to relate the emergence of epidemics to approuches and disruptions in these interactions, and, thus, underline the drastic consequences of these outbreaks in the dynamics of the first contacts developed between Tupi and Jesuit mission in sixteenth- century.
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Weaving life stories : healing selves in native american autobiographical narratives

Oliveira, Marta Ramos January 2009 (has links)
No presente trabalho faz-se uma reflexão sobre as narrativas de vida indígenas a partir da hipótese de que, em contraposição ao modelo canônico ocidental, elas apresentam uma concepção de self marcada por uma posicionalidade social diversa tanto a nível de experiência histórica quanto da visão epistemológica e ontológica. Meu objetivo é mostrar como os escritores indígenas se apropriam de um modelo ocidental que, na sua configuração canônica, servia para sustentar narrativas de individuação e o utilizam para curar feridas históricas resultantes da violência do processo colonizatório e suas conseqüências e, com isso, criar possibilidades de sobrevivência coletivas. Com esse propósito, faço uma breve revisão de dois momentos fundamentais do desenvolvimento do gênero no ocidente que, num primeiro momento, confundem a história da autobiografia com a confissão cristã e, num momento posterior, com o processo de individuação. Numa perspectiva mais contemporânea, discute-se a impossibilidade lingüística de se falar do eu sem se deparar com uma série de descontinuidades e becos sem saída que parecem impor uma fragmentação total do eu, a ponto de se pensar ser impossível dizer o dêitico "eu." A esta visão canônica da história do gênero, contraponho as narrativas indígenas que se valem das histórias de vida como forma de buscar as experiências que lhes dão sustentação tanto como forma de reavaliação do vivido quanto como abertura para novas possibilidades no futuro. Num segundo momento, reviso a noção de tempo ocidental mostrando como, apesar da concomitância de várias cronosofias que definem o tempo como cíclico, linear ou a-direcional, nossas sociedades se estruturam a partir do modelo de progresso, que fundamenta o binômio modernidade/colonialidade. Em outras palavras, a visão linear do tempo aliado ao processo histórico de subjugação dos povos e conquista de territórios, estabeleceu um modelo que se auto-define como inovador, ou de ponta, relegando todas as outras formas de organização humanas a estágios mais atrasados do mesmo processo. Baseando-me no paradigma de co-existência, discuto outras visões epistemológicas, contrapondo esta visão do tempo linear e progressivo à forma como os indígenas concebem o espaço como catalisador das histórias que sustentam as relações indígenas com o Outro. Importante ressaltar que a noção de Outro usada aqui abrange tudo aquilo que está em relação com o eu, incluindo, além dos seres humanos, animais, plantas, rios, a terra, o sol, e mesmo entidades não físicas. Finalmente, analiso em Storyteller de Leslie Marmon como os escritos de vida indígena manifestam este modo de ser e seu potencial curativo. / In this dissertation, I reflect upon Native American life stories building on the hypothesis that, in opposition to Western canonical autobiographies, they present a different conception of self derived from a social positionality marked by different historical experiences and different epistemological and ontological views. My aim is to show how indigenous writers have appropriated a Western model which, in its canonical configuration, was used to sustain narratives of individuation and how they use it to heal historical wounds resulting from the violent colonization process and its consequences so as to envision collective survival. To do that, I briefly revise two foundational moments in the Western development of the genre which, in a first moment, mingle the history of autobiography with Christian confession and then with the process of individuation. From a contemporary perspective, much has been discussed about the linguistic impossibility of saying "I" without bumping into a series of discontinuities and dead ends, which seems to impose the total fragmentation of self to the point where it may seem impossible to utter the deictic pronoun "I" I contrast this canonical history of the genre with indigenous narratives which use life stories to rescue experiences to sustain themselves both as a reevaluation of the past and as an opening to future possibilities. In a second moment, I revise the Western conception of time showing how, despite the fact that several chronosophies that define time as linear, cyclical or non-directional coexist, our societies are structured on the idea of progress, which sustains the binomial modernity/coloniality. In other words, the linear view of time allied to a historical process of subjugation of peoples and territorial conquest has established a model that defines itself as innovative, or state of the art, classifying all other human forms of organization as primitive stages of the same process. Using the paradigm of co-existence, I present other epistemological views, contrasting this linear and progressive time to the ways Native Americans discuss space as a catalyst of the stories that sustain indigenous relationships to the Other. It is important to emphasize that the concept of Other used here encompasses everything which is in relation with the self, including besides other human beings animals, plants, rivers, the land, the sun, and nonphysical entities. Finally, I analyze how indigenous life writing manifests this way of being and its healing potential in Leslie Marmon Silko's Storyteller.

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