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O Jornal dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e seus temas: 1981-2001Bezerra, Antonio Alves 09 June 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-06-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present work analyses the material produced and published by the Jornal dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (Landless Rural Workers Newspaper) during the period from 1981 to 2001, and
unveils the historical and political trajectory of the MST (Movimento Sem Terra Landless Workers'
Movement), as well as of its leaders hereby personified by the figure of the rural landless worker, in
that their experiences are narrated not as victims, but as historic figures devoted to the fight against
the social exclusion process to which they were historically submitted to, with the land reform
constituting their main claim.
The survey carried out reveals that the JST (Landless Workers Newspaper) has during its trajectory
registered intervention initiatives by the movement, as well as the participation of other entities and
solidarity institutions offering support in order to collaborate with the multiple needs of the rural
landless workers: the land reform and social justice in rural areas.
In this regard, the survey took on the challenge of giving visibility to the articles published by the JST,
not just because it would publish movement records, but to fulfill the desire to recover and historicize
its actions, practices, discourses and its representations faced with landless workers aspirations.
The following narrative is based on the interpretation and analysis of an extensive bibliography
contemplating themes related to the land issue, political disputes involving the rural workers articulated
by the Landless Workers Movement and by non-governmental organizations that took part in the
project defended by this movement.
Faced with this challenge, the research took a timeframe of approximately twenty years of JST
publications and gave preference to the interpretation and analysis of editorials, interviews with
movement leaders and articles of opinion written by politicians, catholic intellectuals and leftist
academics, as well as the analysis of news and images published by the newspaper.
For such, material that was selected and published by the CPT (Comissão Pastoral da Terra
Pastoral Land Commission) was used in order to understand the relationship between newspaper s
discourse and the information provided by the Cadernos Conflitos no Campo (Field Conflict Notebooks)
published by this entity, particularly those regarding rural violence data.
The research entitled O Jornal dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e Seus Temas (The Landless
Rural Workers Newspaper and its Themes 1981-2001) contributes towards understanding the stages
of operation of the landless workers newspaper, uncovering its interfaces, objectives, language, its
political opposition and its reading public. It also reveals the location and circulation numbers. This is
information that provides the construction of a narrative in order to assure that it is understood not only
as an object of communication for rural workers, but above all, as a subject of struggle and a briefer
for the land reform project and social justice in rural areas and cities defended by the MST / O presente trabalho estuda os materiais produzidos e veiculados pelo Jornal dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra no período de 1981 a 2001, desvelando a trajetória histórica e política do MST
assim como de suas lideranças, aqui personificadas na figura dos trabalhadores rurais sem terra,
sendo suas experiências narradas não como vítimas, mas como sujeitos históricos imbricados na luta
contra o processo de exclusão social ao qual foram submetidos historicamente, constituindo-se a
reforma agrária na principal bandeira de reivindicação.
A pesquisa desenvolvida revela que o JST registrou ao longo de sua trajetória as ações de
intervenção do Movimento assim como a participação de outras entidades e instituições solidárias a
ele, prestando-lhe apoio no sentido de colaborar com as múltiplas necessidades dos trabalhadores
rurais sem terra: a reforma agrária e a justiça social no campo.
Nesse aspecto, a pesquisa enfrentou o desafio de dar visibilidade aos materiais publicados pelo JST
não somente em razão deste veicular os registros do Movimento, mas pelo desejo de recuperar e
historicizar suas ações, suas práticas, seus discursos e suas representações frente aos anseios dos
trabalhadores sem terra.
A narrativa que se segue pauta-se pela interpretação e análise de uma extensa bibliografia
contemplando temas correlatos à questão da terra, aos embates políticos envolvendo os
trabalhadores rurais articulados pelo MST e por organizações não governamentais que
compartilhavam do projeto defendido por este Movimento.
Em face dessa problemática, a pesquisa tomou como recorte temporal o estudo de aproximadamente
vinte anos de publicação do JST, priorizando a interpretação e análise de seus editoriais, entrevistas
com lideranças do Movimento e artigos de opinião escritos por políticos, intelectuais católicos e
acadêmicos de tendência de esquerda, assim como a análise de notícias e imagens veiculadas pelo
mesmo jornal.
Para tanto, utilizou-se os materiais apurados e divulgados pela Comissão Pastoral da Terra CPT, no
sentido de compreender a relação do discurso do Jornal com as informações trazidas pelos Cadernos
Conflitos no Campo, publicados por essa entidade, particularmente aquelas condizentes aos dados
de violência no campo.
A pesquisa intitulada O Jornal dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e Seus Temas: 1981-2001
contribui para a compreensão das etapas de atuação do periódico dos trabalhadores sem terra,
descortinando suas interfaces, seus objetivos, sua linguagem, suas posições políticas, seu público
leitor. Traz a tona ainda o seu local de circulação e sua tiragem, informações estas que
proporcionaram a construção de uma narrativa em que se assegura a possibilidade do Jornal dos
Trabalhadores Sem Terra ser compreendido não somente como objeto de comunicação dos
trabalhadores rurais mas, sobretudo, como sujeito de luta e porta-voz do projeto de reforma agrária e
justiça social para o campo e cidade defendido pelo MST
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Uma ilha na monocultura: a reinvenção do campesinato pela Agroecologia / An island in monoculture: the reinvention of the peasant by the agroecologyVieira, Thais Maria Souto 05 September 2014 (has links)
O panorama econômico que o Agronegócio hoje impõe ao morador do campo trouxe grandes rearranjos na situação de permanência e viabilidade social e econômica, levantando novos desafios inclusive aos Movimentos Sociais de Luta pela terra. Este estudo se propõe a compreender as transformações culturais sofridas por este estrato social, que a modernidade por vezes tentou interpelar e como novos paradigmas voltados à questão ambiental têm se tornado uma possibilidade de reprodução social e econômica do campesinato. Partindo da evolução do conceito de campesinato dentro do pensamento social brasileiro, é realizada uma reflexão sobre como esta camada foi pensada e atingida por políticas públicas na resolução das questões referentes à reforma agrária e resolução do problema da pobreza no meio rural, encontrando na Agroecologia, hoje bandeira de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, sua possibilidade de autonomia e reprodução social. Para pensar como isto se coloca na realidade, realizou-se uma pesquisa de campo de orientação pela observação participante com um grupo ecológico de produtores orgânicos no Assentamento Carlos Lamarca, a fim de compreender como se dá o rearranjo de valores culturais camponeses em contato direto com o Agronegócio. O assentamento, cercado por florestas de eucaliptos e pinus, se localiza em Itapetininga, cidade que segundo apuração feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), com cálculo no último levantamento, ano base de 2009, mantém o maior PIB Agrícola do Estado de São Paulo. Esta realidade nos faz questionar como a agricultura familiar sobrevive espacialmente e culturalmente em relação direta com a grande Agricultura / The economic perspective that the Agribusiness impose today requires to the occupant of the field brought large rearrangements in the situation of permanency ,social and economic viability, raising new challenges including the Social Movements Fight for Earth. This study aims to understand the cultural changes experienced by this social stratum that modernity tried sometimes challenged, and how new paradigms related to environmental issues have become a possibility for social and economic reproduction of the peasantry. Based on the evolution of the peasantry concept within the Brazilian social thought, is held to reflect on how this layer was designed and struck by the resolution of public policy issues relating to land reform and resolving the issue of poverty in rural areas, finding in Agroecology, today the battle flag of Rural Landless Workers Movement, the possibility of their autonomy and social reproduction. To think how this presented nowadays, a field research guidance by participant observation was made with an ecological group of organic producers in Settlement Carlos Lamarca, in order to understand how is the rearrangement of cultural values peasants in direct contact with Agribusiness. The settlement, surrounded by eucalyptus and pine forests, is located in Itapetininga city that according to polling done by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), calculating the last survey, base year 2009, maintains the largest GDP of the State Agricultural of São Paulo. This reality begs the question of how the family farm survives spatially and culturally in direct relationship with the major Agriculture
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Uma ilha na monocultura: a reinvenção do campesinato pela Agroecologia / An island in monoculture: the reinvention of the peasant by the agroecologyThais Maria Souto Vieira 05 September 2014 (has links)
O panorama econômico que o Agronegócio hoje impõe ao morador do campo trouxe grandes rearranjos na situação de permanência e viabilidade social e econômica, levantando novos desafios inclusive aos Movimentos Sociais de Luta pela terra. Este estudo se propõe a compreender as transformações culturais sofridas por este estrato social, que a modernidade por vezes tentou interpelar e como novos paradigmas voltados à questão ambiental têm se tornado uma possibilidade de reprodução social e econômica do campesinato. Partindo da evolução do conceito de campesinato dentro do pensamento social brasileiro, é realizada uma reflexão sobre como esta camada foi pensada e atingida por políticas públicas na resolução das questões referentes à reforma agrária e resolução do problema da pobreza no meio rural, encontrando na Agroecologia, hoje bandeira de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, sua possibilidade de autonomia e reprodução social. Para pensar como isto se coloca na realidade, realizou-se uma pesquisa de campo de orientação pela observação participante com um grupo ecológico de produtores orgânicos no Assentamento Carlos Lamarca, a fim de compreender como se dá o rearranjo de valores culturais camponeses em contato direto com o Agronegócio. O assentamento, cercado por florestas de eucaliptos e pinus, se localiza em Itapetininga, cidade que segundo apuração feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), com cálculo no último levantamento, ano base de 2009, mantém o maior PIB Agrícola do Estado de São Paulo. Esta realidade nos faz questionar como a agricultura familiar sobrevive espacialmente e culturalmente em relação direta com a grande Agricultura / The economic perspective that the Agribusiness impose today requires to the occupant of the field brought large rearrangements in the situation of permanency ,social and economic viability, raising new challenges including the Social Movements Fight for Earth. This study aims to understand the cultural changes experienced by this social stratum that modernity tried sometimes challenged, and how new paradigms related to environmental issues have become a possibility for social and economic reproduction of the peasantry. Based on the evolution of the peasantry concept within the Brazilian social thought, is held to reflect on how this layer was designed and struck by the resolution of public policy issues relating to land reform and resolving the issue of poverty in rural areas, finding in Agroecology, today the battle flag of Rural Landless Workers Movement, the possibility of their autonomy and social reproduction. To think how this presented nowadays, a field research guidance by participant observation was made with an ecological group of organic producers in Settlement Carlos Lamarca, in order to understand how is the rearrangement of cultural values peasants in direct contact with Agribusiness. The settlement, surrounded by eucalyptus and pine forests, is located in Itapetininga city that according to polling done by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), calculating the last survey, base year 2009, maintains the largest GDP of the State Agricultural of São Paulo. This reality begs the question of how the family farm survives spatially and culturally in direct relationship with the major Agriculture
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A reivenção política do MST: uma análise do programa de reforma agrária do movimento dos trabalhadores rurais sem terra ao longo da sua história /Lopes, Fábio Júnior. January 2004 (has links)
Orientador: Célia Aparecida Ferreira Tolentino / Banca: Maria Antônia de Souza / Banca: José Geraldo Alberto B. Poker / Resumo: O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) tem demonstrado, ao longo de sua trajetória, uma capacidade surpreendente de 'reiventar-se politicamente', segundo as variações conjunturais. Através dessa sua característica, o Movimento tem conseguido manter-se ativo no cenário de debates políticos sobre a Reforma Agrária no Brasil desde meados da década de 80. Percebemos, no entanto, que a proposta e a concepção de Reforma Agrária do MST foram se transformando de acordo com as conjunturas. Pretendemos, então, neste trabalho, analisar as diferentes percepções de Reforma Agrária do MST ao longo de sua existência, demonstrando como este movimento, nas diferentes conjunturas e em contato com diferentes interlocutores, tem colocado o debate sobre o tema. Faremos isso, reconstruindo a história do MST a partir de seus Congressos e Encontros Nacionais, pois são neles que as lideranças definem o Programa de Reforma Agrária do Movimento, num processo de criação, incorporação e modificação de princípios e objetivos de acordo com a conjuntura. / Abstract: The MST (Landless Workers Movement) has demonstrated, throughout its trajectory, a surprising capacity of 'reivent itself politically', according to conjunctural variations. Through this its characteristic, the Movement has obtained to remain active in the scene of politicians discussions on the Agrarian Reformation in Brazil since middle of the decade of 80. We perceive, however, that the proposal and the conception of the Agrarian Reformation of the MST had been if transforming in accordance with the conjunctures. We intend, then, in this work, to analyze the different perceptions of the Agrarian Reformation of the MST throughout its existence, being demonstrated as this movement, in the different conjunctures and contact with different interlocutors, has placed the discussion on the subject. We will make this, reconstructing the history of the MST from its National Congresses and Meeting, therefore they are in them that the leaderships define the Program of the Agrarian Reformation of the Movement, in a process of creation, incorporation and modification of principles and objectives in accordance with the conjuncture. / Mestre
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O MST em documentários e no Jornal Nacional / The Landless Workers Movement (MST) in documentaries and in the Jornal NacionalRibeiro Neto, Caio Pompeia 20 October 2009 (has links)
Esta pesquisa procurou compreender e comparar apresentações de reportagens do Jornal Nacional e de documentários sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O material audiovisual - cobrindo o período entre 1981 e 2009 - foi analisado a partir de suas próprias imagens e sons e com o intuito de estudar posturas, linguagens e temas. Momentos marcantes na trajetória do MST foram contemplados, tais como o aumento das ocupações no Pontal do Paranapanema na metade da década de 1990, o massacre de Eldorado do Carajás, a marcha nacional a Brasília em 1997, a entrada na fazenda da família do então presidente Fernando Henrique Cardoso, o encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a marcha de 2005, as ações em relação às empresas Aracruz e Vale, os acontecimentos em Xinguara. / This research aimed at understanding and comparing the Landless Workers Movement (MST) presentations from Jornal Nacional and from documentaries. The audiovisual material - covering the period from 1981 to 2009 - was analyzed through its own images and sounds and with the intention of studying postures, languages and themes. Noticeable moments in the MST trajectory have been contemplated, such as the increase of land occupations in Pontal do Paranapanema in the middle of the 1990s decade, the Eldorado do Carajás massacre, the national march to Brasília in 1997, the occupation of former President Fernando Henrique Cardosos family farm, the encounter with President Luiz Inácio Lula da Silva after the national march in 2005, the actions towards Aracruz and Vale, the happenings in Xinguara.
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Linguagem e cultura na construção da identidade do sem-terra / Language and culture in the construction of landless identityZacchi, Vanderlei José 27 November 2009 (has links)
Para os movimentos sociais, e principalmente o MST, o acesso ao poder, na sociedade atual, pode se dar pelo domínio de práticas discursivas possibilitadas por duas poderosas ferramentas: a língua inglesa e as novas tecnologias de comunicação. No entanto, ao usá-las, o MST coloca em xeque sua própria identidade, já que muitas vezes essas práticas discursivas estão relacionadas com seus adversários (ou seus Outros). O objetivo deste trabalho é analisar conflitos identitários no MST gerados pelo uso da língua inglesa e das novas tecnologias na articulação de uma resistência local e global a forças culturais, políticas e sociais hegemônicas, levando-se em consideração o contexto em que o movimento atua e no qual sua identidade é construída. Este trabalho se apoia sobre quatro temas principais: cultura, identidade, línguas e novas tecnologias. Cultura e identidade são conceitos dinâmicos e instáveis. Línguas e novas tecnologias não podem ser vistas como meras ferramentas. Elas desempenham um papel ativo na construção da identidade do sem-terra e estão estreitamente vinculadas à cultura. Portanto, uma ênfase nos conflitos pode ser útil para a promoção de reflexões e reconsiderações acerca dos conceitos de linguagem, cultura e identidade. Globalização e nacionalismo são temas que também recebem atenção considerável, já que o MST produz um forte discurso em favor das tradições culturais nacionais, o qual, por sua vez, está cada vez mais sendo contestado pela globalização econômica e cultural em processo atualmente. Narrativa, religião e ambientalismo são também aspectos analisados. A partir da pesquisa, foi possível concluir que conflitos e contradições, na ação ou na auto-representação, contribuem para intensificar a pluralidade do movimento e tanto refletem quanto definem as identidades dos sem-terra. A análise foi feita a partir de textos da página do MST na Internet e de boletins eletrônicos elaborados pelo movimento e por grupos a ele relacionados. Texto, neste caso, é entendido como sendo multimodal, de modo que imagens e outros modos de produção de significado foram também investigados. Foram analisados ainda textos impressos, retirados de suas publicações: Revista Sem Terra, de circulação bimestral, e Jornal Sem Terra, publicado mensalmente. Outras fontes também foram adotadas, como entrevistas com membros do movimento e um diário de campo elaborado a partir de visitas a assentamentos, secretarias e manifestações do MST. / Access to power in nowadays society can be gained through the control over discourse practices made possible by the use of two powerful tools: the English language and the new technologies of communication. That is true also for social movements around the world, especially the MST, Brazils Landless Workers Movement. However, by making use of these tools, the MST may jeopardize its own identity, since they are usually related to its opponents (or its Others). This work examines the identity conflicts stemming from MSTs use of English and new technologies in the articulation of local and global resistance against cultural, political and social hegemonic forces, taking into consideration the context in which the movement operates and in which its identity is constructed. It is based on four main themes: identity, culture, languages and new technologies. Culture and identity are everchanging concepts. Languages and new technologies cannot be seen as mere tools. They take an active role in the construction of the landless identity. Likewise, they are strictly tied to culture. Therefore, an emphasis on conflicts may be useful for the promotion of reflections and reconsiderations on the concepts of language, culture and identity. Globalisation and nationalism are themes that also received considerable attention, since the MST produces a strong discourse in favour of national culture and traditions, which, on the other hand, is gradually being challenged by the cultural and economic globalisation in course nowadays. Other aspects analysed in this work involve narrative, religion and ambientalism. The research concluded that conflicts and contradictions, in the actions as well as in the selfrepresentation of the landless, are useful for enhancing the plurality of the movement and they both reflect and shape the landless identity. The corpus is comprised of a selection of texts from the movements official website and from electronic bulletins and newsletters sent by the MST and other groups related to it. Text is understood here as being multimodal, so that images as well as other modes of meaning-making were examined. Printed texts were also analyzed, especially those from the MSTs publications: Revista Sem Terra, a bimonthly magazine, and Jornal Sem Terra, a monthly newspaper. Other sources were also adopted: interviews with members of the movement and a field diary based on visits to MST settlements, offices and demonstrations.
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Movimentos sociais e Estado resistência e contra-hegemonia na ação do MSTEgas, Heloiza de Almeida Prado Botelho 29 September 2008 (has links)
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Dissertação de Heloiza de Almeida Prado Botelho Egas.pdf: 1716526 bytes, checksum: 0f9df11de64bbb846972d7e8da1b152b (MD5) / CAPES/CNPq / As transformações do estado capitalista contemporâneo, hegemonizado pela ideologia neoliberal, produziram profundas alterações nas economias e sociedades mundiais, determinando também alterações geopolíticas e na divisão internacional do trabalho. Como resultado dessas alterações, grande parte da produção mundial é hoje controlada por alguns grupos econômicos que atuam em diversas nações monopolizando processos de trabalho e os lucros, estabelecendo uma relação de interdependência e subordinação entre nações hegemônicas e periféricas.
Esse modelo produziu, para os países periféricos, conflitos de classe ainda mais agudos, nos quais - caso do Brasil - a ação das classes dominadas foi historicamente refreada e reprimida através da utilização do aparato estatal, instrumento prioritário das classes dominantes para a promoção de seus interesses. Além disso, o desenvolvimento periférico e dependente do Brasil se deu a partir da atividade primário-exportadora, em que pese o longo período de industrialização pelo qual passou o País, sobretudo entre as décadas de 1930 e 1970, no qual também aprofundaram-se as relações capitalistas no meio rural sem alterar, porém, o padrão de concentração fundiária. O País, assim, chegou a século 21 sem ter realizado uma reforma agrária, e tem hoje no agronegócio o modelo hegemônico de desenvolvimento rural, que ocupa ainda um papel importante na atual estratégia macroeconômica do estado brasileiro. Esse modelo produziu, ao longo da história, conflitos no meio rural que se tornaram crônicos, e vem fomentando revoltas e movimentos de resistência desde a sociedade colonial, tendo como um dos seus exemplos contemporâneos o Movimento Sem Terra.
Este trabalho analisa as ações do MST à luz dessas transformações e do desenvolvimento dependente do capitalismo no Brasil na sua luta pela reforma agrária e a desconcentração fundiária e na relação com o estado, avaliando até que ponto aquelas constituem uma inovação em relação à ação de resistência do campesinato brasileiro no meio rural. Considerando, ainda, o recente momento político brasileiro, procuramos indicar algumas alterações táticas e estratégicas que possam orientar a uma disputa mais ampla do Movimento por um projeto de resistência e contra-hegemonia.
Transformations of the contemporary capitalist State, dominated by neoliberal ideology, have produced profound changes in global economies and societies, as well as bringing about alterations in geopolitics and in the international division of labour. As a result of these changes, a large part of global production is today controlled by only a few economic groups present in diverse nations, in this way monopolizing both profit and labour processes and establishing a relationship of interdependence and subordination between hegemonic and peripheral nations.
In peripheral countries this model had provoked more severe class conflicts in which – in the case of Brazil – the actions of dominated classes have been historically controlled and repressed through the use of the State, the main instrument used by the dominant classes for the advancement of their interests. Furthermore, Brazil’s peripheral and dependent development has been based on primary-exporter activities, even when taking into account the long industrialization period through which the country passed (especially between the 1930s and the 1970s), in which capitalist rural relationships were also intensified, without therefore changing the concentration of landholding. As a result, the country entered the 21st century without ever having carried out agrarian reform, and today agro-business is the hegemonic model of rural development that occupies an important role in the current macroeconomic strategy of the Brazilian State. Throughout history this model has produced persistent rural conflicts, and has fostered rebellions and resistance movements since colonial times, the Landless Rural Workers Movement (MST in Portuguese) being one of the best contemporary examples.
This work analyzes MST actions in the light of these transformations and of Brazilian capitalism-dependent development, in the Movement’s struggle for agrarian reform and the de-concentration of landholding and its relationship with the State. It also evaluates to what point these actions constitute innovation with regards to Brazilian peasant, rural resistance. Considering the recent Brazilian political context, this work looks to indicate a few tactical and strategic changes that could potentially guide a struggle broader than the movement itself, towards a counter hegemonic project of resistance.
Key words: State, countryside, social movements, hegemony, Rural Landless Workers Movement (MST)
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Trabalho, educação e emancipação humana: o movimento sem-terra e os horizontes para o ensino médio do campo / Work, education and secondary education : The Landless Rural Workers Movement and the horizons to the High School in fieldJacqueline Aline Botelho Lima 29 April 2008 (has links)
A presente dissertação de mestrado pretende analisar como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) organiza o debate de construção do Ensino Médio do Campo, numa análise de suas propostas de educação para este nível da formação. O Ensino Médio, e, em especial, o Ensino Médio do Campo, possui centralidade neste trabalho justamente por ser neste período que se enfatiza o dilema capitalista da relação dicotômica entre trabalho e educação, quando os jovens são levados a escolher se seguirão os estudos, se ingressarão no mercado de trabalho ou se buscarão a conciliação das duas "opções" com prejuízo da formação. O caráter desta escolha é determinado pela condição material experimentada por estes jovens, e, neste aspecto, fazemos uma análise da produção da "mercadoria" como base da exploração do homem pelo homem no capitalismo. É intenção do nosso trabalho analisar como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra realiza o resgate na luta concreta-ideológica da relação dialética teoria-prática; como o movimento enfrenta as demandas concretas por trabalho e por educação; neste sentido, analisamos as propostas de educação de Nível Médio do MST, identificando se estas operam o rompimento da relação dicotômica entre esses processos. Ao analisarmos como o MST se aproxima da leitura da educação como princípio educativo, pretendemos identificar as tendências do Movimento em construir um projeto popular alternativo à sociedade capitalista. Neste trabalho, também buscamos fazer uma análise da relação histórica entre o homem e o trabalho, destacando como se dá a produção material da vida dentro da sociedade capitalista e suas determinações sobre o indivíduo social. Fazemos uma aproximação com a história conjuntural latino-americana, numa análise geral da conflitividade latina na busca pela terra, pela educação como expressão das ausências do Estado na relação de dependência do capitalismo brasileiro em relação aos países centrais. Destacamos também como as organizações sociais e os movimentos de esquerda no Brasil se reorganizam nesta conjuntura, buscando identificar como o MST contribui para a ressignificação do campo educacional brasileiro.
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HISTÓRIAS DE VIDA DE EDUCADORAS DO MST E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O ENSINO DAS ARTES VISUAIS / Teachers Life stories of Landless workers movement and their contribution to visual arts teaching process.Oliveira, Vinícius Luge 03 March 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work is a master s degree dissertation, linked to research interest number four education and arts of the post graduate program in education by federal university in santa maria, it intended, from three teacher s story life of landless workers movement, to contribute with the visual arts teaching process. For this, the research sought to understand about life story as a way to
contextualize the participants of the report through the dialectical materialism theoretical approach. The report was building by biographical interview. In this process the participants were chalenged to tell about their lives trhough a narration, as well as about their political activism and teaching formation, also their insertion in the visual arts teaching process. All of the three participants life stories show the landless workers worry with the training of leaders in relation to the specific formation, in this case, the teachers formation,
associated with political activism, aiming a transformation in society. This kind of formation showed a teaching practice that suggests to resize the meanings of
everyday life objects, like the tent, the tools, the seeds and the soil, using each of these elements as a symbol with great aesthetic potential, and also to show
the necessity of a superior theorectical formation about the production of the images, a fact that is also resposabilty of the universities through its cooperation. / A presente dissertação, vinculada à Linha de Pesquisa 4 - Educação e Artes, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria, buscou a partir da história de vida de três educadoras do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), contribuir no debate acerca do Ensino das Artes Visuais. Para tanto, entendeu a pesquisa sobre história de vida enquanto a contextualização do relato realizado pelas colaboradoras, utilizando o materialismo dialético como enfoque teórico. O relato foi construído mediante uma entrevista biográfica, onde ao entrevistado é problematizada a construção de uma narrativa sobre sua vida, sua militância, as características da sua formação docente e a inserção do ensino das artes visuais nesse processo. As histórias de vida das três educadoras participantes da pesquisa demonstram a preocupação dos militantes do MST na formação de dirigentes, aliando a busca na formação específica, no caso a formação de professoras,
com a militância política, objetivando a transformação da sociedade. Esse processo de formação demonstrou uma prática docente que procura redimensionar os significados dos objetos do dia-a-dia, como a barraca, os instrumentos de trabalho, as sementes e a terra utilizando-os como símbolos,
com um grande potencial estético, e também, a necessidade de uma maior formação teórica sobre a produção de imagens, fato que é responsabilidade também das universidades.
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Trabalho, educação e emancipação humana: o movimento sem-terra e os horizontes para o ensino médio do campo / Work, education and secondary education : The Landless Rural Workers Movement and the horizons to the High School in fieldJacqueline Aline Botelho Lima 29 April 2008 (has links)
A presente dissertação de mestrado pretende analisar como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) organiza o debate de construção do Ensino Médio do Campo, numa análise de suas propostas de educação para este nível da formação. O Ensino Médio, e, em especial, o Ensino Médio do Campo, possui centralidade neste trabalho justamente por ser neste período que se enfatiza o dilema capitalista da relação dicotômica entre trabalho e educação, quando os jovens são levados a escolher se seguirão os estudos, se ingressarão no mercado de trabalho ou se buscarão a conciliação das duas "opções" com prejuízo da formação. O caráter desta escolha é determinado pela condição material experimentada por estes jovens, e, neste aspecto, fazemos uma análise da produção da "mercadoria" como base da exploração do homem pelo homem no capitalismo. É intenção do nosso trabalho analisar como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra realiza o resgate na luta concreta-ideológica da relação dialética teoria-prática; como o movimento enfrenta as demandas concretas por trabalho e por educação; neste sentido, analisamos as propostas de educação de Nível Médio do MST, identificando se estas operam o rompimento da relação dicotômica entre esses processos. Ao analisarmos como o MST se aproxima da leitura da educação como princípio educativo, pretendemos identificar as tendências do Movimento em construir um projeto popular alternativo à sociedade capitalista. Neste trabalho, também buscamos fazer uma análise da relação histórica entre o homem e o trabalho, destacando como se dá a produção material da vida dentro da sociedade capitalista e suas determinações sobre o indivíduo social. Fazemos uma aproximação com a história conjuntural latino-americana, numa análise geral da conflitividade latina na busca pela terra, pela educação como expressão das ausências do Estado na relação de dependência do capitalismo brasileiro em relação aos países centrais. Destacamos também como as organizações sociais e os movimentos de esquerda no Brasil se reorganizam nesta conjuntura, buscando identificar como o MST contribui para a ressignificação do campo educacional brasileiro.
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