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A fragmentação da identidade em Zama: uma leitura genealógicaCaponi, Mauro Enrico January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2015. / Made available in DSpace on 2015-04-29T21:10:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Em um primeiro momento este trabalho propõe-se a analisar as leituras que desde âmbitos diversos a crítica literária realizou sobre o romance Zama de Antonio Di Benedetto. Essas leituras indicam a dificuldade de classificar esse romance num gênero literário único na medida em que transita por diversos gêneros, ao mesmo tempo em que permite pôr em questão os limites dessas classificações. Neste projeto pretende-se analisar Zama a partir de dois eixos. O primeiro eixo refere-se ao modo peculiar como aparece a narrativa histórica. Para analisar esta dimensão histórica do relato será necessário fazer uso do conceito de genealogia. Um segundo eixo, não desvinculado do anterior, refere-se à fragmentação identitária de Diego de Zama, neste momento serão analisadas as criticas à ideia de um sujeito com plena consciência de si, e capaz de uma narrativa lineal de sua história. Perante esse mito de um sujeito de plena consciência é necessário pensar o sujeito, neste caso a Diego de Zama como perpassado por uma diversidade de discursos, saberes, e relações de poder.<br> / Resumen : En un primer momento este trabajo se propone analizar las lecturas que desde diversos ámbitos la crítica literaria realizó sobre la novela Zama de Antonio Di Benedetto. Estas lecturas indican la dificultad de clasificar esa novela en un solo género en la medida en que transita por varios géneros literarios, al mismo tiempo en que pone en cuestión los límites de esas clasificaciones. En este proyecto se pretende analizar a Zama a partir de dos ejes. El primer eje se refiere al modo atípico que aparece la novela histórica. Para analizar esta dimensión histórica del relato será necesario hacer un uso del concepto de genealogía. Un segundo eje, no desvinculado del anterior, se refiere a la fragmentación identitaria de Diego de Zama, en este momento serán analizadas las críticas a la idea de un sujeto con plena consciencia de sí, y capaz de una narrativa lineal de su historia. Delante de este mito de un sujeto con plena consciencia es necesario pensar al sujeto, en este caso a Diego de Zama como cruzado por una diversidad de discursos, saberes y relaciones de poder.
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Uma poética da dualidade : identidade e intertextualidade no teatro de José Régio /Amorim, Isabelle Regina de January 2006 (has links)
Orientador: Renata Soares Junqueira / Banca: Zina Maria Bellodi / Banca: Marlise Vaz Bridi / Resumo: Esta dissertação de mestrado propõe uma reflexão sobre a produção dramática do presentista José Régio, observando a temática do sujeito duplo que se infiltra nas suas personagens, figuras que parecem viver sempre um mesmo drama: o drama da identidade. Constatamos que os protagonistas regianos encontram-se perturbados por não saberem quem realmente são e por não conseguirem compreender as suas angústias íntimas, que estão em constante conflito com suas aparências exteriores. Tais personagens sofrem com a sua dupla natureza (aparência e essência) que se materializa no palco e este acaba se tornando um espaço apropriado para uma luta interior. A investigação sobre o tema do indivíduo duplo acabou por constituir, enfim, o suporte para estudarmos a produção teatral do autor. Contudo, notamos a questão da duplicidade não se manifesta apenas no conflito íntimo das personagens, mas também no modo de composição teatral das peças de José Régio. Com a leitura da sua obra dramática notamos que os textos de Régio, em diálogo com outros textos da tradição literária, histórica e de cultura cristã, sugerem sentidos dúbios (duplos, no mínimo), sendo a intertextualidade o recurso usado pelo autor para a elaboração das suas peças... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo). / Mestre
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As imagens infernais em Os Sertões e Ensaio sobre a Cegueira : uma leitura mitopoética /Moreira, Francisco Ferreira. January 2005 (has links)
Orientador: Márcia Valéria Zamboni Gobbi / Banca: Maria Marlise Vaz Bridi / Banca: Flávio Wolf Aguiar / Banca: Sérgio Vicente Mota / Banca: Maria Célia de Moraes Leonel / Resumo: O presente trabalho desenvolve um estudo comparativo entre Os Sertões de Euclides da Cunha e Ensaio Sobre a Cegueira de José Saramago, analisando as imagens infernais como procedimentos de construção das narrativas. A articulação de tais procedimentos ocorre por conta de uma Crítica histórica associada a Crítica arquetípica como instrumentos teóricos de análise desenvolvidos por Northrop Frye. A análise se fundamenta no aspecto estrutural das obras com vistas a compreender como as imagens infernais se organizam no processo narrativo para construir um universo paradoxal ao mundo convencionalmente desejável ou ideal. Nesse sentido as análises demonstram que, embora o lugar de reflexão da civilização ocidental tenha sido teológico durante muito tempo, sempre colocando a existência do inferno em oposição ao paraíso, a evolução intelectual dos povos deslocou esse universo mítico-religioso, para o mundo estético, trazendo a expressão dos desejos humanos sob a forma de arte. De acordo com essa perspectiva verificou-se que as narrativas que compõe o corpus, não obstante à distância espacio-temporal entre elas e as particularidades estilísticas de cada autor, se edificam a a partir do mesmo universo simbólico, recebendo um tratamento literário e não religioso, mas não se desviam da semântica construtiva do modelo judaico-cristão. / Résumé: Le présent travail se veut une étude comparative entre Os Sertões de Euclides da Cunha et Ensaio sobre a Cegueira de José Saramago, par l'analyse de images infernales en tant que processus de construction narrative. L'articulation de ces processus est proposée sur la base d'une Critique historique associée à la critique archétypique fournissant les outils théoriques d'analyse développés par Northrop Frye. L'analyse s'appuie sur l'aspect structurel des oeuvres en vue de comprendre comment les images infernales s'organisent dans le déroulement de la narration afin de construtire un univers paradoxal en opposition au monde conventionnellement désirable ou idéal. En ce sens les analyses montrent que, bien que le lieu de réflexion de la civilization occidentale ait été pendant très longtemps théologique, opposant de façon duelle l'enfer et le paradis, l'évolution intellectuelle de ces peuples a déplacé cet univers mythico-religieux vers l'univers esthétique, transdormant l'expression des désirs humains en art. Dans cette optique il a été vérifié que les narrations qui constituent le corpus, malgré la distance temporelle et spaciale qui les sépare, et malgré les spécificités stylistiques de chacun des auters, se construisent en partant du même univers symbolique, et que, tout en se constituant en oeuvre d'art - sans référence explicite à un quelconque univers religieux -, elles ne divergent pas de la sémantique constitutive du modèle judéo-chrétien. / Doutor
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Uma leitura alquimica de Grande Sertão VeredasSantos, Alckmar Luiz dos 30 May 1989 (has links)
Orientador: Suzi Frankl Sperber / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-16T13:17:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1989 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed. / Mestrado / Teoria Literaria / Mestre em Letras
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Juan Facundo Quiroga : um homem, vários personagens /Papeschi, Muryel Silva. January 2014 (has links)
Orientadora: Maira Angélica Pandolfi / Co-orientador: Antonio Roberto Esteves / Banca: Silvia Beatriz Adoue / Banca: Maria de Fátima Alves de Oliveira Marcari / Resumo: Uma das obras mais conhecidas e comentadas de Domingo Faustino Sarmiento (1811-1888), Civilización y barbarie. Vida de Juan Facundo Quiroga, y aspectos físicos, costumbres y ámbitos de la República Argentina, foi publicada inicialmente no periódico chileno El Progreso, em 1845, quando seu autor buscou refúgio político no Chile. A partir dela, as dicotomias civilização x barbárie, campo x cidade, homem x animal, passaram a ser estudadas sob o viés historiográfico, antropológico e, principalmente, literário. Personagem central da obra sarmientina, Juan Facundo Quiroga (1788-1835) é a representação da barbárie e do instinto selvagem e, a partir dele, Sarmiento constrói a imagem do homem rural argentino. No entanto, esta visão pejorativa do homem retratado por Sarmiento sofre, ao longo dos anos, diversas (re)interpretações e sua imagem é reconstruída. Assim faz María Rosa Lojo (1954- ) ao produzir em seus textos um profundo diálogo entre a literatura e a história, oferecendo ao leitor um novo olhar sobre a Argentina do século XIX. A partir dos contos "El general Quiroga vuelve en coche al muere", presente na obra Historias ocultas en la Recoleta (2000) e "Ojos de caballo zarco", "Facundo y el Moro", "El Maestro y la reina de las Amazonas" e "Amar a un hombre feo", publicados em Amores insólitos de nuestra historia (2001), em que Facundo Quiroga surge ora como personagem principal, ora como secundário, este trabalho pretende discutir a perspectiva particular da autora e, sobretudo, a variedade interpretativa que a literatura proporciona de fatos particulares da história e também identificar e compreender a (re)construção do personagem histórico no texto literário. Atribuindo aos textos de Lojo a categorização cunhada por André Luis Gonçalves Trouche (2006), "narrativa de extração histórica", identificamos que a autora reposiciona Facundo Quiroga... / Resumén: Una de las obras más conocidas y comentadas de Domingo Faustino Sarmiento (1811-1888), Civilización y barbarie. Vida de Juan Facundo Quiroga, y aspectos físicos, costumbres y ámbitos de la República Argentina, se publicó inicialmente en el periódico chileno El Progreso, en 1845, cuando su autor buscó refugio político en Chile. A partir de ella, las dicotomías civilización x barbarie, campo x ciudad, hombre x animal, pasaron a ser estudiadas bajo la mirada historiográfica, antropológica y, principalmente, literaria. Personaje central de la obra sarmientina, Juan Facundo Quiroga (1788-1835) es la representación de la barbarie y del instinto salvaje y, a partir de él, Sarmiento construye la imagen del hombre rural argentino. Sin embargo, esta imagen negativa del hombre retratada por Sarmiento sufre, a lo largo de los años, diversas (re)interpretaciones y su imagen es reconstruida. Así lo hace María Rosa Lojo (1954-) al producir en sus textos un profundo diálogo entre la literatura y la historia, ofreciendo al lector una nueva mirada sobre la Argentina del siglo XIX. A partir de los cuentos "El general Quiroga vuelve en coche al muere", presente en la obra Historias ocultas en la Recoleta (2000) y "Ojos de caballo zarco", "Facundo y el Moro", "El Maestro y la reina de las Amazonas" y "Amar a un hombre feo", publicados en Amores insólitos de nuestra historia (2001), en que Facundo Quiroga surge ora como personaje principal, ora como secundario, este trabajo pretende discutir la perspectiva particular de la autora y, fundamentalmente, la variedad interpretativa que la literatura proporciona de hechos particulares de la historia, además de identificar y comprender la (re)construcción del personaje histórico en el texto literario. Atribuyendo a los textos de Lojo la categorización creada por André Luis Gonçalves Trouche (2006), "narrativa de extracción... / Mestre
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Entre gêneros e fronteiras : uma leitura de Mar paraguayo, de Wilson Bueno /Florentino, Nádia Nelziza Lovera de. January 2016 (has links)
Orientador: Antônio Roberto Esteves / Banca: Antonio Rodrigues Belon / Banca: Gilmei Francisco Fleck / Banca: Maria de Fátima Alves de Oliveira / Banca: Ester Myriam Rojas Osorio / Resumo: O escritor Wilson Bueno (1949 - 2010) pode ser considerado uma referência na produção literária brasileira das últimas três décadas. Todo o seu legado literário pode ser caracterizado como uma travessia nas fronteiras dos gêneros e do experimentalismo linguístico, e tem em Mar paraguayo (1992) um dos principais representantes desse trânsito entre as fronteiras. Nesse sentido, a partir dos pressupostos teóricos e críticos de autores como Gerard Genette (2006;2009), María Rosa Lojo (2011), Anselmo Peres Alós (2011; 2012), Néstor Perlonguer (1991;1992), Néstor García Canclini (2015), Irlemar Chiampi (1996), a abordagem será feita através da estruturação de três particularidades observadas no romance: a questão do gênero como gender, nas fronteiras entre o masculino e o feminino, na definição do (trans)gênero e da (trans)língua na invenção de uma linguagem, herdeira de Macunaíma, do Manifesto Antropófago e de Guimarães Rosa; a relação híbrida entre a poesia, a prosa, a fusão de culturas, ressaltando as fortes influências do neobarroco e do concretismo; e as conexões intertextuais, no reconhecimento dos diálogos com a tradição literária e com a cultura popular. Por fim, a hipótese é que tanto o discurso da protagonista quanto toda a estruturação do romance apontam para um hibridismo de gêneros e para a fronteira, entendida como um ponto para o qual os limites convergem e confundem-se. Tal hipótese se confirma e reflete um processo de criação artística que, por sua vez, não é inédi... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Resumen: El escritor Wilson Bueno (1949 - 2010) puede ser considerado una referencia en la producción literaria brasileña de los últimos tres siglos. Su legado literario puede ser caracterizado como una travesía en las fronteras de los géneros y del experimentalismo lingüístico, y tiene en Mar paraguayo (1992) uno de los principales representantes de ese tránsito en las fronteras. En ese sentido, según los presupuestos teóricos y críticos de autores como Gerard Genette (2006;2009), María Rosa Lojo (2011), Anselmo Peres Alós (2011; 2012), Néstor Perlonguer (1991;1992), Néstor García Canclini (2015), Irlemar Chiampi (1996), el abordaje se dará a través de la estructuración de três particularidades observadas en la novela: la cuestión del género como gender, en las fronteras entre el masculino y el femenino, en la definición del (trans) género y de la (trans) lengua en la invención de un lenguaje heredero de Macunaíma, do Manifesto Antropófago y de Guimarães Rosa; la relación híbrida entre la poesía, la prosa, la fusión de culturas, resaltando las fuertes influencias del neobarroco y del concretismo; y las conexiones intertextuales, en el reconocimiento de los diálogos con la tradición literaria y con la cultura popular. Por fin, la hipótesis es que tanto el discurso de la protagonista cuanto toda la estructuración de la novela apuntan para un hibridismo de géneros y para la frontera, entendida como un punto para el cual los límites convergen y se confunden. Tal hipótesis se confirma y r... (Resumen completo clicar acceso eletrônico abajo) / Abstract: The writer Wilson Bueno (1949 - 2010) can be considered a reference in Brazilian literary production of the last three decades. All of his literary legacy can be characterized as a crossing on the borders of genres and experimental language, and has in his Mar paraguayo (1992) one of the main representatives of this traffic across borders. In this sense, departing from the theoretical assumptions and critics by such authors as Gerard Genette (2006, 2009), María Rosa Lojo (2011), Anselmo Peres Alós (2011; 2012), Néstor Perlonguer (1991; 1992), Néstor García Canclini (2015), Irlemar Chiampi (1996), the approach will be made by structuring three particularities observed in the novel: the question of gender as a genre, the borders between male and female, in the definition of (trans) gender and (trans)language in the invention of a language, heir to Macunaíma, the anthropophagic Manifesto and Guimarães Rosa; the hybrid relationship between poetry, prose, fusion of cultures, highlighting the strong influences of Neo-Baroque and Concretism; and intertextual connections in the recognition of dialogues with literary tradition and popular culture. Thus, the hypothesis is that both the speech of the protagonist and the whole structure of the novel point to a hybridism of genres and towards the border, understood as a point to which the limits converge and get confused. This hypothesis is confirmed and reflects the process of artistic creation which, in turn, is not unheard of in terms ... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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A obra literária de Javier CercasSilva, Marcos Roberto da January 2016 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-06-27T04:12:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / A composição da obra literária de Javier Cercas pode ser compreendida como romances que participam do gênero autoficção, isto é certo, mas não dá conta da problemática que o autor suscita com seus textos. Pois em Cercas, mesmo o que aparentemente não se adequa ao gênero ficcional pode, em certa medida, ser atribuído à sua obra literária. Exemplo disso são suas crônicas e ensaios, que reclamam a participação em mais de um gênero. É nesse movimento que o autor funde a dimensão romanesca à histórica e à jornalística. Para acomodar essa promiscuidade genérica, mas já desacomodando com isso seu leitor, Cercas desenvolve o conceito de ?relato real?, que tem como ponto de partida o real e como princípio a verdade fatual, no entanto o ?relato real? não está isento de ficção. E é essa ambiguidade que perpassa a obra de Javier Cercas permitindo que outros gêneros, tidos como não literários, conformem sua obra literária. Como um autor de autoficção, Cercas é personagem de si mesmo e assim performa suas criações fora do espaço ficcional dando uma dimensão literária à sua vida. Nesta tese problematizo a diluição das fronteiras, que nunca desaparecem por completo, entre os gêneros literários e procuro estabelecer a ideia de gênio à função autor-escritor, que oferece subsídios para que determinado texto seja lido com vistas à dissolução dos gêneros, buscando, assim, sustentar a ideia de que o gênero depende de como se lê e de como se escreve. Na mesma proporção está a fundição entre vida e literatura e entre vida e crítica.
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O percurso de formação das personagens infantis em Guimarães Rosa /Nogueira, Maria Carolina de Godoy. January 2007 (has links)
Orientador: Maria Célia de Moraes Leonel / Banca: Afonso Ligório Cardoso / Banca: Tieko Yamaguchi Miyazaki / Banca: Márcia Valéria Zamboni Gobbi / Banca: Maria Dolores Aybar Ramirez / Resumo: Neste trabalho, parte-se do pressuposto de que as personagens infantis, em diferentes narrativas, realizam a trajetória de formação que caracteriza sua inserção no mundo adulto. Essa caminhada para o conhecimento e a maturidade permite aproximar o conjunto de narrativas rosianas, cujo tema é o universo infantil, às narrativas denominadas de romance de formação. O objetivo é mostrar que a trajetória de aprendizado não se faz sem conflitos; o imaginário infantil entra em confronto direto com o mundo adulto. De um lado, o espaço exterior da natureza torna-se modelar, ensina lições, contribuindo para o processo de amadurecimento da personagem; de outro, o espaço interior - ora vislumbrado pela voz do narrador, ora pela voz da personagem - reflete os medos e incertezas dessa passagem. Em sua trajetória de aprendizagem, as personagens descobrem as dores da perda desde pequenos acontecimentos até a morte de entes queridos. Os ensinamentos também chegam pela natureza, que está em contato direto com as personagens, tornando-se espaço de refúgio para a dor de conhecer a existência. Para examinar tais conflitos do imaginário e a formação das personagens infantis em Rosa, foram selecionados os contos "Conversa de bois", de Sagarana, "Os cimos", "As margens da alegria", "Partida do audaz navegante", "Pirlimpsiquice", "Nenhum, nenhuma", de Primeiras Estórias e "Campo geral", de Manuelzão e Miguilim. Observa-se, no tratamento dispensado ao mundo infantil, de Sagarana aos contos de Primeiras Estórias - obra que se constrói em narrativas curtas, propiciando certo hermetismo em muitas delas - a formação da criança, apresentada no plano da história e do discurso. / Abstract: In this work, we begin from the presupposition that the infant personages, in different narratives, help in the formation trajectory which characterizes their insertion in the adult world. That hiking toward the knowledge and maturity allows the "rosianas" connection, which theme is the children's universe to narratives named formation novel. Our goal is to show that the learning trajectory is not done without conflicts; the children's imaginary has a direct confront to the adult world. On one side, the natural external space becomes a model, teaches lessons, contributing to the ripening process of the personage, on the other side, the inner space - through the narrator talk or through the personage talk - reflects fear and incertitude of such passage. In their learning trajectory, the personages find out the pains of small happenings up to the dead of lovely dears. The nature also teaches them because it is in close contact with their personages, becoming a hideout to their pain in knowing the existence. To examine such conflict of their imaginary and the formation of infant personages in Rosa, the "Conversa de Bois" (Oxen talk), of Sagarana, "Os cimos" (The tops), "As margens da alegria" (In the happiness border), "Partida do audaz navegante" (The fearless navigator departure), "Pirlimpsiquice", "Nenhum, Nenhuma" (No one, no one), of Primeiras Estórias (First Stories) and "Campo geral" (General field), of Manuelzão and Miguilim tales were chosen. In the treatment given to the children world, we could observe from the Sagarana to the Primeiras Estórias (First stories) - the work is built on short narratives, giving a hermetic aspect in many of them - the child formation, shown on discourse and history plans. / Doutor
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A elegia erotica romana e a tradição didascalica como matrizes compositivas da Ars amatoria de OvidioTrevizam, Matheus 28 April 2003 (has links)
Orientador: Paulo Sergio de Vasconcellos / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-05T15:18:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: Este trabalho pretende determinar em que medida Ovídio se apropriou de elementos poéticos/ discursivos originalmente integrantes dos universos da elegia erótica romana e da poesia didática greco-Latina para a composição de sua Ars amatoria. Como se sabe, para a feitura dessa obra, o autor procedeu a uma espécie de mescla de certos recursos originalmente integrantes das duas tradições poéticas mencionadas, "negociando" com ambas a fim de produzir um texto marcado por suas próprias opções artísticas. Ao proceder assim, devemos ressaltar que se manteve fiel a um dos princípios mais característicos de seu modo de diálogo com a tradição clássica, relacionado justamente à experimentação no desenvolvimento de formas expressivas tributárias dos autores do passado, reelaboradas, porém, por sua inventividade. Concomitantemente a tal estudo, fez-se a tradução integral (em prosa e acrescida de notas explicativas) da Ars amatoria / Abstract: The aim of this work is to determine how Ovid has employed some poetical/ discursive elements originally found in Roman erotic elegy and in the Graeco-Roman didactic poetry for the composition of his Ars amatoria. As it is recognized, the poet has in a certain way mixed the elements of both poetical traditions mentioned, using them in order to produce a text (the Ars) marked by his own artistic options. Behaving like this, we must emphasize that he remained loyal to one of his most characteristic procedures as a writer who dialogues with the Classical tradition: this procedure is exact1y related to experimentation in the development of expressive forms which own much to past authors, but were renewed by the poet's ability. Simultaneously, we have translated the whole of the Latin text (as a prose work and with explanatory notes) of the Ars amatoria / Mestrado / Letras Classicas / Mestre em Linguística
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Ubirajara, heroi epicoAbreu, Mirhiane Mendes de 24 March 1997 (has links)
Orientador: Maria Eugenia Boaventura / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-22T09:01:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1997 / Resumo: Considerando o projeto de literatura nacional de José de Alencar, a presente dissertação visa ao exame da composição do herói do romance Ubirajara, que retrata o índio e o ambiente americano antes da chegada do colonizador. Observei que, nessa obra, o autor sugere uma narrativa mítica, testemunho de um período glorioso do país, numa linguagem inspirada no estilo bíblico do Gênesis, o livro da criação, através de uma ação dinâmica e desimpedida, cuja fonte é a índole guerreira do selvagem americano, apropriada para uma epopéia. A fim de reforçar as características, os costumes e as tradições indígenas narrados, o autor de Ubirajara recorre nesse romance às notas, espécie de texto paralelo que documenta o mundo de pureza do selvagem. Nesse sentido, percebe-se haver dois narradores no romance, um complementando o outro: o primeiro, chamei de "narrador contemplativo", que apresenta os episódios do enredo; o segundo, de "narrador histórico", presente nas notas de rodapé, que procura garantir veracidade aos acontecimentos descritos pelo primeiro. A particularidadé das notas na construção do romance abre uma fresta que nos permite pressentir a motivação de Alencar em demonstrar a fase paradisíaca do brasileiro. A munição historiográfica de que se valeu lhe permitiu' formular a tese de que existiram homens puros, ciosos de sua honra e tradição, por isso, o romance caminha entre o ambiente ficcional e o verídico, como uma forma de demarcar com segurança a participação do nativo na construção dos valores desejados como constitutivos do país / Abstract: Considering the Alencar's national literature program, this text aims to examine the hero composition trom the novel Ubirajara, which has the earliest setting, before the colonizers arrived on American soil. I had observed that the author suggests a mithy narra tive, witness of glorious period of our country, with a Genesis language, the creation book. To reforce the Indian caracter, the author recurs to footnotes, where he directs the reading of the story. Then, there are two voices in the novel: the first belongs to the "contemplative narrator", which conducts the action; and the second, the "historic narrator", presents in the footnotes and conducts a running arguments with earlier historians and chronicles of Indians customs. His voyages back in time represent successive stages in his dramatization of this tropical civilization for which he had set out a construct a language and to formulate an ideology. It sees itself as respectful of the new land's ancient population, heir to its regenera tive innocence and generous / Mestrado / Mestre em Teoria Literaria
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