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Entre infiéis e chirus : a representação do indígena nas obras de José Hernández e João Simões Lopes NetoGuimarães, Rafael Eisinger January 2008 (has links)
A literatura gauchesca configura um dos elementos-chave para o processo de mitificação do gaúcho histórico e a conseqüente transformação desse mito na base para a construção do pertencimento identitário de uma significativa parcela dos sujeitos argentino e sul-rio-grandense. Tendo em vista esse aspecto e a inegável relevância que o índio assumiu na formação étnica e cultural da identidade gaúcha, tanto no lado brasileiro como no lado argentino, investiga-se o papel que essa etnia assume nas obras literárias gauchescas. Este trabalho descreve e analisa a forma como a imagem do indígena é elaborada nos poemas El gaucho Martín Fierro e La vuelta de Martín Fierro, de José Hernández, e nos contos Os cabelos da china e Melancia – coco verde, de João Simões Lopes Neto, contrapondo a representação dos autóctones argentino e sul-rio-grandense respectivamente às imagens do gaucho e do gaúcho. Uma vez que a análise está focada no contraponto que se estabelece entre identidade e alteridade, o referencial teórico escolhido compreende tanto as concepções da imagologia, corrente teórica dedicada ao estudo da imagem literária do estrangeiro, quanto as contribuições de pensadores dedicados à compreensão do processo de construção da identidade. Para alcançar os objetivos estabelecidos, a metodologia adotada segue as propostas do teórico francês Daniel-Henri Pageaux, e inicialmente analisa a representação do autóctone nos níveis lexical e discursivo para, posteriormente, verificar o grau de conformidade da imagem literária às ideologias e ao imaginário dominantes no contexto de produção da obra. A partir da abordagem do corpus, observa-se de imediato uma explícita distinção entre as representações do autóctone que Martín Fierro e Blau Nunes – narradores dos referidos textos de José Hernández e Simões Lopes Neto, fazem, uma diferença que, como se verifica, está diretamente relacionada aos projetos de construção de uma identidade nacional sustentados por esses dois escritores. / La literatura gauchesca configura uno de los elementos clave para el proceso de mitificación del gaucho histórico y la consecuente transformación de ese mito en la base para la construcción de la identidad de una significativa parcela de los sujetos argentino y sul-riograndense. Considerando ese aspecto y la innegable relevancia que el indio asumió en la formación étnica y cultural de la identidad gaucha, tanto en el lado brasileño como en el lado argentino, investigase el rol que esa etnia asume en las obras literarias gauchescas. Este trabajo describe y analiza la manera como el imagen del indígena es elaborada en los poemas El gaucho Martín Fierro y La vuelta de Martín Fierro, de José Hernández, y en los cuentos Os cabelos da china y Melancia – coco verde, de João Simões Lopes Neto, contraponiendo la representación de los autóctonos argentino y sul-rio-grandense respectivamente a los imágenes del gaucho y del gaúcho. Una vez que el análisis enfoca la oposición entre identidad y alteridad, el referencial teórico escogido contiene tanto las concepciones de la imagologia, corriente teórica dedicada al estudio de la imagen literaria del extranjero, cuanto las contribuciones de pensadores dedicados a la comprensión del proceso de construcción de la identidad. Para alcanzar los objetivos establecidos, la metodología adoptada siegue las propuestas del teórico francés Daniel-Henri Pageaux, y inicialmente analiza la representación del autóctono en los niveles léxico y discursivo para, posteriormente, verificar el grado de conformidad del imagen literario a las ideologías y al imaginario dominantes en el contexto de producción de la obra. A partir del abordaje de las obras, observase de inmediato una explícita diferencia entre las representaciones del indígena hechas por Martín Fierro y Blau Nunes – narradores de los referidos textos de José Hernández y Simões Lopes Neto –, una diferencia que, como se puede verificar, está directamente relacionada a los proyectos de construcción de una identidad nacional, sustentados por esos dos escritores.
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Formas de (R) existir cinema: o cinema como acontecimento no corpo em Álbum de Família e em CC5 hendrix-war / Formes du cinéma existe: le cinéma comme un événement dans le corps en Álbum de família et CC5 hendrix-warLopes, Marcos Oliveira January 2015 (has links)
LOPES, Marcos Oliveira. Formas de (R) existir cinema: o cinema como acontecimento no corpo em Álbum de Família e em CC5 hendrix-war. 2015. 139f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Comunicação Social, Fortaleza (CE), 2015. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-03-29T22:52:38Z
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Previous issue date: 2015 / Formas de (r) existir cinema: o cinema como acontecimento no corpo em “Álbum de família” e em “CC5 hendrix-war”; existe como uma conversa-texto em forma de pesquisa acadêmica que dialoga sobre as possibilidades de existência de cinemas em situações-cinemas experimentadas em duas proposições poéticas a partir da imersão do corpo em espaços/objetos interativos. O trabalho CC5 hendrix-war realizado em parceria entres os artistas Hélio Oiticica e Neville de Almeida, bem como o trabalho Álbum de família de minha autoria, são aqui problematizados como situações-cinemas como efeito de acontecimentos no corpo a partir da ação de um corpo-dançante. A questão que este trabalho apresenta diz da possibilidade de existência de cinema a partir de um corpo que dança no momento em que dança. Assim, a ideia de um livro-cinema que experimentado com um corpo-dançante faz existir uma situação-cinema em Álbum de Família introduz a conversa e tenciona em suas particularidades as capacidades de um conjunto de fotografias poderem ser experimentadas como cinema. Dialogo com os conceitos de situação-cinema (PARENTE, 2009), Transcinemas (MACIEL, 2009), estética do desaparecimento (FURTADO, 2010) e acontecimento (DELEUZE, 2007). O segundo momento desse dialogo trata da possibilidade de existência de cinema a partir a observação sobre os quasi-cinemas de Hélio Oiticica e Neville de almeida. Assim, o conceito de duração é problematizado no sentido de compreender mais atentamente como se efetivam as propostas poéticas em Oiticica/Neville no que se refere as suas experimentações poéticas com o cinema. Aqui, dialogo com os conceitos de quasi-cinema (OITICICA/NEVILLE, 1973), duração (BERGSON, 1999), Linha de fuga (PELBART,2007), e cartografia(DELEUZE &GUATTARI, 2010). A terceira parte do trabalho trata da possibilidade de existência de cinema em CC5 hendrix-war na medida da ação de um corpo que dança. Dialogo com os conceitos de dança (NIETZSCHE, 2002), corpo-dançante (GADELHA, 2010), movimento dançado (GIL, 2006) e agenciamento (DELEUZE, 1998). Nos termos de Deleuze e Guattari a cartografia pretendida no ínterim dessa conversa visa acompanhar um processo, e não representar um objeto. A cartografia como um modo de existência para essa conversa cria seus próprios movimentos, seus próprios desvios. É um projeto que pede passagem, que fala que incorpora sentimentos, que afeta e que é afetado pelos processos pelos quais se efetiva. O que proponho como maneira de fazer pesquisa é uma espécie de mapa do presente que demarca um conjunto de fragmentos, em eterno movimento de produção. Assim, no contexto do plano traçado aqui é pertinente reafirmar que o cinema como acontecimento no corpo nas situações-cinemas aqui problematizadas (r)existe, ou seja, o cinema existe e também resisti em “Álbum de família” e em “CC5 hendrix-war” a partir de um corpo que dança no momento em que dança.
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De traduções, intermediações e transcrições : o regionalismo borgeano para além das fronteirasVallerius, Denise Mallmann January 2009 (has links)
O presente estudo analisou as traduções existentes no mercado editorial brasileiro de alguns contos orilleros - radicados no arrabalde buenairense - do escritor argentino Jorge Luis Borges, propondo uma nova alternativa de tradução para esses textos. Entre as justificativas do estudo está o surgimento de uma inquietação frente aos esforços que grande parte da crítica faz por postular a obra de Jorge Luis Borges como sinônimo de uma literatura completamente desvinculada da realidade e alheia à história. Conseqüentemente, para que esse discurso seja coerente, faz-se necessário ignorar ou, ainda, desvalorizar os textos borgeanos exemplares de seu comprometimento com a tradição e a realidade de seu país, classificando o escritor em fases distintas e irreconciliáveis: um primeiro Borges, nacionalista, de preocupações localistas, que viria a ser posteriormente negado e suplantado por um segundo Borges, cosmopolita e universal. Perante tal constatação, procurou-se, primeiramente, questionar essa classificação artificiosa, a qual tem como resultado um número quase ínfimo de trabalhos críticos que se dedicam à suposta primeira fase. Essa indiferença da crítica para com parte significativa da produção literária do escritor argentino é corroborada, também, pela constatação de que as traduções de seus contos de temática regional, para o sistema literário brasileiro, acabam homogeneizando o falar característico das personagens à variante padrão da língua portuguesa. Destarte, propusemos uma nova tradução para o conto "Hombre de la Esquina Rosada" a partir de uma aproximação do universo lingüístico e temático do escritor sul-rio-grandense Simões Lopes Neto - tradução que não se pretende definitiva, eis que nenhuma o pode ser, mas que, levando em consideração tanto os elementos do texto e da cultura-fonte quanto da língua e da cultura-receptora, permita ao leitor brasileiro vislumbrar um pouco da riqueza desse universo orillero. / This study examined the existing translated texts of some 'orillero' stories, penned by the Argentinean writer Jorge Luis Borges in the Brazilian editorial market and proposed a new alternative translation for these texts. Among the reasons for this study, there is the emergence of some concern as a response to efforts made by a significant number of critics to claim the work of Jorge Luis Borges as a synonym for some kind of literature, which is completely disconnected from reality and outside history. Consequently, for this speech to be consistent, it is necessary to ignore, or even undervalue those Borges's texts, which are examples of his commitment to the tradition and the reality of his country, describing the writer in different and irreconcilable stages. Firstly, there was a nationalist Borges with local worries. That writer would be denied by then and replaced by a second Borges, who was cosmopolitan and universal. In view of such finding, we tried, in the first place, to question this artificial classification, which has lead to an almost negligible number of critical work devoted to the so-called first stage. This indifference from the critics towards a significant part of the Argentinean writer's literary production is also supported by the fact that his translated short stories, dealing with regional issues, for the Brazilian literary system, homogenize the peculiar speech of his characters to the Portuguese language and speech pattern. Therefore, we proposed a new translation for the story "Hombre de la Esquina Rosada" by approximating the linguistic and thematic universe of the Argentinean writer to that of the Riograndense writer, Simões Lopes Neto. Notwithstanding, this translation does not intend to be final here, since none could be, but it allows the Brazilian reader to glimpse a bit of the richness of the 'orillero' universe, by taking into account the elements of the text and cultural source, as well as those of the target language and culture.
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Loucura : a temática que constrói o discurso da obra Hospício é Deus, de Maura Lopes Cançado /Batista, Daniele Aparecida. January 2010 (has links)
Orientador: Ana Maria Carlos / Banca: Altamir Botoso / Banca: Cleide Antonia Rapucci / Resumo: A palavra do louco, que por muito tempo fora renegada à marginalidade e ao silêncio, passa a ser agora, com o estudo da obra Hospício é Deus, evidenciada. A partir do título, o leitor já infere toda a dramática experiência vivida por uma mulher, a personagem narradora Maura, e por outras que povoavam o cenário social da década de 60. Na construção de seu diário, a escritora mineira Maura Lopes Cançado utiliza-se da memória para recriar o passado e para buscar elementos que justifiquem os desatinos vividos. Deste modo, pode-se conceber a obra como uma criação literária cuja verdade, aos poucos, turva-se com a construção artística que transforma tudo em ficção. Na obra Hospício é Deus, falar em recriação faz com que tenhamos que nos remeter à sua biografia, pano de fundo de sua obra, marcada, sobretudo pelo caos da rebeldia, da intolerância e da loucura. Como seria abordar sua própria vida em matéria literária? Esse é o assunto que abordamos no primeiro capítulo deste trabalho, que procura compilar os principais dados biográficos da autora, bem como de sua produção, como meio de resgatá-la do esquecimento e inseri-la no panorama literário brasileiro. Maura empenhou-se na tarefa de retratar a loucura, investigando indistintamente o caráter benévolo e malévolo que inspira os atos humanos. De fato, a obra abre uma grande polêmica pela forma radical com que retrata as atrocidades e descasos vivenciados pelas pacientes do hospício. Imbuída dessa consciência crítica de oposição aos valores vigentes no Brasil da década de 60, a narradora faz sua denúncia social e critica sobretudo a pecha que lhe imputavam de ser mulher e louca. Hospício é Deus atrai a atenção pelos recursos estilísticos utilizados por Maura para a criação da obra... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The mad's word was for such a long time, renegade to marginality and silence. But now, through the study of Hospício é Deus, the mad's word is evidenced. From the title, the lector can understand the whole dramatic experience lived by a woman, the narrator character Maura, and others women that filled the social scenario of 60's. In the organization of her diary, mineira writer Maura Lopes Cançado used her memory to recreate the past and to search elements to justify the lived follies. Thereby, we can conceive the work like a literary creation in fact truth, bit by bit, is blurred with the artistic construction that transforms all in fiction. Hospício é Deus, talks about recreation, it makes us to refer to her biography, background of her work, that was marked by chaos of rebellion, intolerance and insanity. How can she approach her own life as literary material? This is the main subject that we study in the first chapter of this work, that compiles the Maura's biographical data and her literature, as a way to rescues her from forgetfulness and introduce her in the Brazilian literary scene. Maura committed herself to the task of portraying the madness, investigating the equally benevolent and malevolent character that inspires the human acts. Indeed, the works opens up a huge row with the radical way that portrays the atrocities and neglect experienced by patients in hospice. Imbued with this critical awareness of the opposition of the values prevailing in Brazil of the 60's, the narrator makes her social critique and criticism mainly imputed to her the taint of being a woman and mad. Hospício é Deus draws attention to the stylistic features used by Maura for the creation of her work. Identification of these resources was essential for the recognition of literary values of the text... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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De traduções, intermediações e transcrições : o regionalismo borgeano para além das fronteirasVallerius, Denise Mallmann January 2009 (has links)
O presente estudo analisou as traduções existentes no mercado editorial brasileiro de alguns contos orilleros - radicados no arrabalde buenairense - do escritor argentino Jorge Luis Borges, propondo uma nova alternativa de tradução para esses textos. Entre as justificativas do estudo está o surgimento de uma inquietação frente aos esforços que grande parte da crítica faz por postular a obra de Jorge Luis Borges como sinônimo de uma literatura completamente desvinculada da realidade e alheia à história. Conseqüentemente, para que esse discurso seja coerente, faz-se necessário ignorar ou, ainda, desvalorizar os textos borgeanos exemplares de seu comprometimento com a tradição e a realidade de seu país, classificando o escritor em fases distintas e irreconciliáveis: um primeiro Borges, nacionalista, de preocupações localistas, que viria a ser posteriormente negado e suplantado por um segundo Borges, cosmopolita e universal. Perante tal constatação, procurou-se, primeiramente, questionar essa classificação artificiosa, a qual tem como resultado um número quase ínfimo de trabalhos críticos que se dedicam à suposta primeira fase. Essa indiferença da crítica para com parte significativa da produção literária do escritor argentino é corroborada, também, pela constatação de que as traduções de seus contos de temática regional, para o sistema literário brasileiro, acabam homogeneizando o falar característico das personagens à variante padrão da língua portuguesa. Destarte, propusemos uma nova tradução para o conto "Hombre de la Esquina Rosada" a partir de uma aproximação do universo lingüístico e temático do escritor sul-rio-grandense Simões Lopes Neto - tradução que não se pretende definitiva, eis que nenhuma o pode ser, mas que, levando em consideração tanto os elementos do texto e da cultura-fonte quanto da língua e da cultura-receptora, permita ao leitor brasileiro vislumbrar um pouco da riqueza desse universo orillero. / This study examined the existing translated texts of some 'orillero' stories, penned by the Argentinean writer Jorge Luis Borges in the Brazilian editorial market and proposed a new alternative translation for these texts. Among the reasons for this study, there is the emergence of some concern as a response to efforts made by a significant number of critics to claim the work of Jorge Luis Borges as a synonym for some kind of literature, which is completely disconnected from reality and outside history. Consequently, for this speech to be consistent, it is necessary to ignore, or even undervalue those Borges's texts, which are examples of his commitment to the tradition and the reality of his country, describing the writer in different and irreconcilable stages. Firstly, there was a nationalist Borges with local worries. That writer would be denied by then and replaced by a second Borges, who was cosmopolitan and universal. In view of such finding, we tried, in the first place, to question this artificial classification, which has lead to an almost negligible number of critical work devoted to the so-called first stage. This indifference from the critics towards a significant part of the Argentinean writer's literary production is also supported by the fact that his translated short stories, dealing with regional issues, for the Brazilian literary system, homogenize the peculiar speech of his characters to the Portuguese language and speech pattern. Therefore, we proposed a new translation for the story "Hombre de la Esquina Rosada" by approximating the linguistic and thematic universe of the Argentinean writer to that of the Riograndense writer, Simões Lopes Neto. Notwithstanding, this translation does not intend to be final here, since none could be, but it allows the Brazilian reader to glimpse a bit of the richness of the 'orillero' universe, by taking into account the elements of the text and cultural source, as well as those of the target language and culture.
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\"Como he doçe cousa reinar\": A construção de uma dinastia sob a ótica de Fernão Lopes / \"Como he doçe cousa reinar\": The construction of a dynasty from the perspective of Fernão Lopes.Ana Carolina Delgado Vieira 29 March 2011 (has links)
A proposta deste trabalho tem por objetivo a análise da trilogia das crônicas de Fernão Lopes (1380? 1460), a saber: a Crônica de D. Pedro I, a Crônica de D. Fernando e a Crônica de D. João I para se compreender a construção das imagens relacionadas ao exercício do poder régio delineadas por este cronista. Para além de registrar e ordenar a história do seu reino, Fernão Lopes tem como projeto a recuperação da memória da dinastia Avisina. A leitura da trilogia lopeana revela os caminhos que o cronista escolhe para reforçar a criação desta dinastia modelo, que servirá de espelho para a sua contemporaneidade e para as gerações futuras. Entendemos também que as representações do estado de Rey de cada monarca biografado presentes nestas narrativas são medidas essenciais para a revelação de como o cronista percebe formas e modos diferentes de se governar o reino. Estas prerrogativas ou a ausência delas faz com que o poder régio possa ser justificado e legitimado na prosa do cronista. Pretendemos aqui fazer a análise das três crônicas em conjunto, reconhecendo a importância de cada uma delas enquanto uma contribuição à construção da perspectiva evolutiva pretendida pelo cronista, a fim de se identificar a carga da intencionalidade no discurso lopeano, que é construído com base em símbolos e imagens do poder em cada capítulo de suas crônicas. / This work aims at analyzing the Lopes trilogy of chronicles (1380? - 1460), namely the Chronicle of D. Pedro I, the Chronicle of D. Fernando and the Chronicle of D. João I, in order to understand the construction of images related to the exercise of royal power outlined by this chronicler. In addition to recording and organizing the history of his kingdom, Fernão Lopess project is to recover the memory of the Avis dynasty. The reading of the Lopes trilogy reveals the ways in which the chronicler chooses to enhance the creation of this model of dynasty, which serves as a mirror to his contemporary and future generations. We also understand that the representations of the \"state of king\" of each monarch presented in these narratives are essential to reveal how the chronicler perceives the different forms and ways of ruling the kingdom. These requirements or the lack of them justify and legitimize the royal power within the chroniclers prose. In this work, we propose to analyze the profiles of the three kings as built by the medieval chronicler Fernão Lopes in his three chronicles. We intend to analyze these chronicles as a whole, recognizing the meaning of each one as a contribution to the construction of the diachronic perspective in the chroniclers speech. In that way we attempt to identify the charge of intention in Lopess speech, which is built on images and symbols of power in each chapter of his chronicles.
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Em que espécie de hombre o gaúcho se transformou? : (o regionalismo nos contos gaúchos do século XX)Rubert, Nara Marley Aléssio January 2010 (has links)
O regionalismo tem sido tema de discussões incansáveis, especialmente nas letras gaúchas, que têm um dos regionalismos mais bem definidos da literatura brasileira. Com este trabalho, buscamos entender quando se deu o início desta categoria, no gênero conto, na literatura do estado do Rio Grande do Sul e como avançou pelo século XX. Neste estudo, debruçamo-nos sobre as obras: Tapera, de Alcides Maya (1911), Contos gauchescos, de João Simões Lopes Neto (1912), Campo fora, de Cyro Martins (1934), e Noite de matar um homem, de Sérgio Faraco (1986), por entendermos serem pontos determinantes de uma escalada do regionalismo no conto gaúcho. O escritor com o primeiro trabalho de ficção regionalista, na concepção típica do termo, no gênero de que estamos tratando é Maya; depois dele temos um nome que é referência no conto gaúcho, Lopes Neto; a seguir, com uma pausa de mais de duas décadas, encontramos o ―gaúcho a pé‖, figura criada por Martins e, com uma lacuna bem maior, surge o contemporâneo Faraco, que dedicou uma parte expressiva de sua produção ficcional para o conto regionalista. Nenhum grande valor das letras gaúchas surgiu depois dele até os dias de hoje. A fundamentação teórica amparou-se em Lúcia-Miguel Pereira e seu conceito de "cor local"; em José Clemente Pozzenato, por meio de suas discussões em torno do regional X universal; Antonio Candido, que traz uma tríplice divisão lúcida do regionalismo literário, à luz de teorias em torno da necessidade de acrescer consciência social e amplitude universal a esta categoria; além de Guilhermino Cesar, que nos fornece um importante diferenciador para o regionalismo gaúcho, que é "a gauchesca". Esses teóricos e os autores ficcionais de nosso estudo ajudam a esclarecer os rumos que o regionalismo gaúcho tomou no conto do Rio Grande do Sul no século XX. / Regionalism has been the theme of tireless discussions, especially in Regional Gaucha lyrics, which have one of the most definite regionalisms in the Brazilian Literature. This work searches to understand when this category started, in the short story genre, in the literature of Rio Grande do Sul State and how it headed through the XX century. In this study, we lean over the works: Tapera, by Alcides Maya (1911), Contos Gauchescos, by João Simões Lopes Neto (1912), Campo for a, by Cyro Martins (1934), and Noite de matar um homem, by Sérgio Faraco (1986), as we understand them to be determinant points from a rising to regionalism, in the typical concept of the term, in the genre we are dealing with is Maya; after him there is a name which is reference in the Gaucho short stories, Lopes Neto; and after that, with a halt of more than two decades, we meet the ‗walking gaucho‘, image created by Martins and, with an even bigger gap, appears the contemporaneous Faraco, who dedicated an expressive part of his fictional production to the regionalist short stories.(Continue)0 No other great name, in the gaucho writing, appeared after him, until the present days. The theoretical fundamentation and the support of Lúcia-Miguel Pereira and her concept of "local color"; José Clemente Pozzenato through his discussion around regional x universal. Antonio Candido, who a triple lucid division of the literary regionalism, under the light of the theories which go around the need to add social conscience and universal amplitude to this category; besides Ghilhermino Cesar, who gives us an important differentiating point to the Gaucho Regionalism, which is "the gauchesca". There theoretic and fictional authors of our study help to clear the rumors that the gaucho regionalism took, in the short stories of Rio Grande do Sul, in the XX century.
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Do bispo morto ao padre matador (Dom Expedito e Padre Hosana nas construções da memória – 1957/2004)Moreira, Igor Alves January 2008 (has links)
MOREIRA, Igor Alves. Do bispo morto ao padre matador (Dom Expedito e Padre Hosana nas construções da memória – 1957/2004). 2008. 174 f. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal do Ceará, Departamento de História, Programa de Pós-Graduação em História Social, Fortaleza-CE, 2008. / Submitted by Raul Oliveira (raulcmo@hotmail.com) on 2012-06-25T15:43:49Z
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Previous issue date: 2008 / The present work is devoted to the historical study on the memoirs around Expedite Talent Lopes and priest Hosana of Siqueira and Silva. Expedite talent was bishop of Garanhuns-Pernambuco. In 1957, it was murdered by priest Hosana with three revolver shots. The crime generated narratives. He/she/you founded multiple memoirs. Those narrative plots give dinamicidade to the past. The concern is not simply to explain the a lot of memoirs on the crime, but to think as those memoirs was counted and recounted by the letters and for the speech of the depoentes that, as those memories, they built and they build senses that evidence specific papers of villainous (I murder) and hero (example). to Notice as the crime is narrated and your multiple variations are here the objective looked for. / O presente trabalho dedica-se ao estudo histórico sobre as memórias em torno de dom Expedito Lopes e padre Hosana de Siqueira e Silva. Dom Expedito era bispo de Garanhuns-Pernambuco. Em 1957, foi assassinado por padre Hosana com três tiros de revólver. O crime gerou narrativas. Fundou memórias múltiplas. Essas tramas narrativas dão dinamicidade ao passado. A preocupação não é simplesmente explicar as muitas memórias sobre o crime, mas pensar como essas memórias foram contadas e recontadas pelas letras e pela fala dos depoentes que, como essas lembranças, construíram e constroem sentidos que evidenciam papéis específicos de vilão (assassino) e herói (exemplo). Perceber como o crime é narrado e suas múltiplas variações é o objetivo aqui buscado.
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Em que espécie de hombre o gaúcho se transformou? : (o regionalismo nos contos gaúchos do século XX)Rubert, Nara Marley Aléssio January 2010 (has links)
O regionalismo tem sido tema de discussões incansáveis, especialmente nas letras gaúchas, que têm um dos regionalismos mais bem definidos da literatura brasileira. Com este trabalho, buscamos entender quando se deu o início desta categoria, no gênero conto, na literatura do estado do Rio Grande do Sul e como avançou pelo século XX. Neste estudo, debruçamo-nos sobre as obras: Tapera, de Alcides Maya (1911), Contos gauchescos, de João Simões Lopes Neto (1912), Campo fora, de Cyro Martins (1934), e Noite de matar um homem, de Sérgio Faraco (1986), por entendermos serem pontos determinantes de uma escalada do regionalismo no conto gaúcho. O escritor com o primeiro trabalho de ficção regionalista, na concepção típica do termo, no gênero de que estamos tratando é Maya; depois dele temos um nome que é referência no conto gaúcho, Lopes Neto; a seguir, com uma pausa de mais de duas décadas, encontramos o ―gaúcho a pé‖, figura criada por Martins e, com uma lacuna bem maior, surge o contemporâneo Faraco, que dedicou uma parte expressiva de sua produção ficcional para o conto regionalista. Nenhum grande valor das letras gaúchas surgiu depois dele até os dias de hoje. A fundamentação teórica amparou-se em Lúcia-Miguel Pereira e seu conceito de "cor local"; em José Clemente Pozzenato, por meio de suas discussões em torno do regional X universal; Antonio Candido, que traz uma tríplice divisão lúcida do regionalismo literário, à luz de teorias em torno da necessidade de acrescer consciência social e amplitude universal a esta categoria; além de Guilhermino Cesar, que nos fornece um importante diferenciador para o regionalismo gaúcho, que é "a gauchesca". Esses teóricos e os autores ficcionais de nosso estudo ajudam a esclarecer os rumos que o regionalismo gaúcho tomou no conto do Rio Grande do Sul no século XX. / Regionalism has been the theme of tireless discussions, especially in Regional Gaucha lyrics, which have one of the most definite regionalisms in the Brazilian Literature. This work searches to understand when this category started, in the short story genre, in the literature of Rio Grande do Sul State and how it headed through the XX century. In this study, we lean over the works: Tapera, by Alcides Maya (1911), Contos Gauchescos, by João Simões Lopes Neto (1912), Campo for a, by Cyro Martins (1934), and Noite de matar um homem, by Sérgio Faraco (1986), as we understand them to be determinant points from a rising to regionalism, in the typical concept of the term, in the genre we are dealing with is Maya; after him there is a name which is reference in the Gaucho short stories, Lopes Neto; and after that, with a halt of more than two decades, we meet the ‗walking gaucho‘, image created by Martins and, with an even bigger gap, appears the contemporaneous Faraco, who dedicated an expressive part of his fictional production to the regionalist short stories.(Continue)0 No other great name, in the gaucho writing, appeared after him, until the present days. The theoretical fundamentation and the support of Lúcia-Miguel Pereira and her concept of "local color"; José Clemente Pozzenato through his discussion around regional x universal. Antonio Candido, who a triple lucid division of the literary regionalism, under the light of the theories which go around the need to add social conscience and universal amplitude to this category; besides Ghilhermino Cesar, who gives us an important differentiating point to the Gaucho Regionalism, which is "the gauchesca". There theoretic and fictional authors of our study help to clear the rumors that the gaucho regionalism took, in the short stories of Rio Grande do Sul, in the XX century.
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Em que espécie de hombre o gaúcho se transformou? : (o regionalismo nos contos gaúchos do século XX)Rubert, Nara Marley Aléssio January 2010 (has links)
O regionalismo tem sido tema de discussões incansáveis, especialmente nas letras gaúchas, que têm um dos regionalismos mais bem definidos da literatura brasileira. Com este trabalho, buscamos entender quando se deu o início desta categoria, no gênero conto, na literatura do estado do Rio Grande do Sul e como avançou pelo século XX. Neste estudo, debruçamo-nos sobre as obras: Tapera, de Alcides Maya (1911), Contos gauchescos, de João Simões Lopes Neto (1912), Campo fora, de Cyro Martins (1934), e Noite de matar um homem, de Sérgio Faraco (1986), por entendermos serem pontos determinantes de uma escalada do regionalismo no conto gaúcho. O escritor com o primeiro trabalho de ficção regionalista, na concepção típica do termo, no gênero de que estamos tratando é Maya; depois dele temos um nome que é referência no conto gaúcho, Lopes Neto; a seguir, com uma pausa de mais de duas décadas, encontramos o ―gaúcho a pé‖, figura criada por Martins e, com uma lacuna bem maior, surge o contemporâneo Faraco, que dedicou uma parte expressiva de sua produção ficcional para o conto regionalista. Nenhum grande valor das letras gaúchas surgiu depois dele até os dias de hoje. A fundamentação teórica amparou-se em Lúcia-Miguel Pereira e seu conceito de "cor local"; em José Clemente Pozzenato, por meio de suas discussões em torno do regional X universal; Antonio Candido, que traz uma tríplice divisão lúcida do regionalismo literário, à luz de teorias em torno da necessidade de acrescer consciência social e amplitude universal a esta categoria; além de Guilhermino Cesar, que nos fornece um importante diferenciador para o regionalismo gaúcho, que é "a gauchesca". Esses teóricos e os autores ficcionais de nosso estudo ajudam a esclarecer os rumos que o regionalismo gaúcho tomou no conto do Rio Grande do Sul no século XX. / Regionalism has been the theme of tireless discussions, especially in Regional Gaucha lyrics, which have one of the most definite regionalisms in the Brazilian Literature. This work searches to understand when this category started, in the short story genre, in the literature of Rio Grande do Sul State and how it headed through the XX century. In this study, we lean over the works: Tapera, by Alcides Maya (1911), Contos Gauchescos, by João Simões Lopes Neto (1912), Campo for a, by Cyro Martins (1934), and Noite de matar um homem, by Sérgio Faraco (1986), as we understand them to be determinant points from a rising to regionalism, in the typical concept of the term, in the genre we are dealing with is Maya; after him there is a name which is reference in the Gaucho short stories, Lopes Neto; and after that, with a halt of more than two decades, we meet the ‗walking gaucho‘, image created by Martins and, with an even bigger gap, appears the contemporaneous Faraco, who dedicated an expressive part of his fictional production to the regionalist short stories.(Continue)0 No other great name, in the gaucho writing, appeared after him, until the present days. The theoretical fundamentation and the support of Lúcia-Miguel Pereira and her concept of "local color"; José Clemente Pozzenato through his discussion around regional x universal. Antonio Candido, who a triple lucid division of the literary regionalism, under the light of the theories which go around the need to add social conscience and universal amplitude to this category; besides Ghilhermino Cesar, who gives us an important differentiating point to the Gaucho Regionalism, which is "the gauchesca". There theoretic and fictional authors of our study help to clear the rumors that the gaucho regionalism took, in the short stories of Rio Grande do Sul, in the XX century.
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