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O PROJETO DO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO ADAUTO BOTELHO DE GOIÂNIA EM UMA HISTÓRIA DA LOUCURA NO BRASIL (1930-1950)Santos, Ronivaldo de Oliveira Rego 14 March 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-03-14 / This work is a historical study about the way in which power relations allowed the projection of
the Psychiatric Hospital Prof. Adauto Botelho. It is, therefore, a study whose aim is to try to
show the movements that make possible the conception, design and construction of this
institution, which make Adauto an event within the national and regional culture. Built in
Goiânia and inaugurated in 1954, this institution is part of a pretentious process of
modernization, civilization and breed improvement, present in Brazil, since at least the mid-
19th century. In this sense, the first chapter of this work tries to show that there are alignments
between the theoretical matrices of psychiatry that develop in the nineteenth century in Europe,
until arriving in Brazil. These knowledges will reorient degenerationist theory through eugenic
principles, influencing psychiatric theories in Brazil. In this period, especially after the
emergence of eugenics as a theory that would organize the medical knowledge, it takes force
in Brazil, mainly aligned with the ideals of sanitarism and hygiene, in the context of the First
Republic, a psychiatric knowledge with medical pretensions and will to organize the social
relations. Guided by this scientific perspective, the fight against the considered evils that
permeate the country becomes national politics, whose main front of combat is the interior of
the Brazilian State. The rumors of civilization also lurked in Goiás, at the end of the 19th century
we were already talking about moving the capital to a more centralized location. It is from this
perspective that the second chapter of this research discusses how medical knowledge will
influence the transformations that occurred in Goiás, driven by the civilizational and
modernizing figures. The sources indicate that it was necessary to put Goiás on the route of
progress, to improve its population, to modernize the state. To this end, even in this chapter
the sources showed that the voices of power shouted for the creation of institutions that would
discipline the city through the disciplining of deviant bodies. With this in view, in the second
chapter, the various types of deviants were appearing: from generalist representations such
as silly, idiotic, weak, alienated, described in the 1930s by Pedro Ludovico Teixeira, going on
with André Louco, figure presented by Bernardo Elis, even to iconic figures like Maragã,
described by Cora Coralina, the madness in Goiás showed itself as an image of daily life. But
this scenario should be changed with the construction of the new capital, idealized place and
dreamed to be the best place of civilization and modernity. Given this scenario, despite the
conflicts surrounding the construction of Goiânia, in the third chapter, we analyze the narrative
for the construction of breeding institutions. Among the evils to fight was madness. We also
show that it is only after 1946, with the advancement of the policies of the National Mental
Health Service, in line with the pretension to combat individuals who caused social disorder,
that discussions about a public psychiatric institution effectively enter the agenda of Goiás . In
observing the national context, the third chapter develops the analysis according to which the
Adauto de Goiás (1954) is part of a national policy of expansion of asylum institutions, with at
least four more Adautos built in Brazil during the decade of 1950: in Paraná (1954), in Espírito
Santo (1954), in Sergipe, in Mato Grosso (1957). Also in this chapter, we present the thesis of
an eugenicist ideology in Goiás and Brazil, since, as the inaugural speeches show, this hospital
should be one of the places to the breed improvement engendered in the interior of Brazil.
Rather than combating the abnormal, Adauto will be represented as that institution responsible
for creating a rupture in the very manner in which the history of the State would be narrated.
From the perspective of the idealizers of the hospital and society, after Adauto, what would be
narrated would be a history that was intended to be civilized and organized, a history of a State
moving towards progress, a part of Brazil that would be represented as civilized and improved. / Esta dissertação é um estudo histórico acerca do modo como as relações de poder
possibilitaram a projeção do Hospital Psiquiátrico Prof. Adauto Botelho. Trata-se, portanto, de
um estudo cujo objetivo é tentar mostrar os movimentos que possibilitam a concepção, o
projeto e a construção dessa instituição, que fazem do Adauto um acontecimento no interior
da cultura nacional e regional. Construída em Goiânia e inaugurada em 1954, essa instituição
faz parte de um processo pretensioso de modernização, civilização e melhoramento da raça,
presente no Brasil, desde pelo menos meados do século XIX. Nesse sentido, o primeiro
capítulo desta dissertação tenta mostrar que há alinhamentos entre às matrizes teóricas da
psiquiatria que se desenvolvem já no século XIX na Europa, até chegar ao Brasil. Esses
saberes reorientarão a teoria degenerascionista por meio dos princípios eugênicos,
influenciando as teorias psiquiátricas no Brasil. Nesse período, especialmente após a
emergência da eugenia como teoria que organizaria os saberes médicos, toma força no Brasil,
principalmente alinhado com os ideais de sanitarismo e higienismo, no contexto da Primeira
República, um saber psiquiátrico com pretensões médicas e vontade de organizar as relações
sociais. Orientados por essa perspectiva científica, o combate aos considerados males que
permeiam o país se torna política nacional, cuja principal frente de combate é o interior do
Estado brasileiro. Os rumores da civilização também espreitavam Goiás, no final do século
XIX já se falava em mudar a capital para um local mais centralizado. É nessa perspectiva que
o segundo capítulo desta pesquisa discute o modo como o saber médico influenciará as
transformações ocorridas em Goiás, impulsionadas pelos vultos civilizatórios e
modernizantes. As fontes indicam que era preciso colocar Goiás na rota do progresso,
melhorar sua população, modernizar o Estado. Para isso, ainda nesse capítulo as fontes
mostraram que as vozes do poder bradavam em prol da criação de instituições que
disciplinassem a cidade, por meio do disciplinamento dos corpos desviantes. Tendo isso em
vista, ainda no segundo capítulo, os vários tipos de desviantes foram aparecendo: desde
representações generalistas como bobo, idiota, débil, alienado, descrita na década de 1930,
por Pedro Ludovico Teixeira, passando por André Louco, figura apresentada por Bernardo
Élis, até figuras icônicas como Maragã, descrita por Cora Coralina, a loucura em Goiás
mostrou-se como uma imagem do cotidiano. Mas esse cenário deveria ser mudado com a
construção da nova capital, local idealizado e sonhado para ser o lugar por excelência da
civilização e da modernidade. Diante desse cenário, não obstante os conflitos envolvendo a
construção de Goiânia, no terceiro capítulo, analisamos a narrativa em prol da construção das
instituições de melhoramento. Entre os males a se combater estava a loucura. Mostramos
ainda que é somente a partir de 1946, com o avanço das políticas do Serviço Nacional de
Doença Mental, alinhado à pretensão em se combater os indivíduos que causavam a
desordem social, que as discussões sobre uma instituição psiquiátrica pública entram
efetivamente na agenda de Goiás. Ao observar o contexto nacional, no terceiro capítulo
desenvolve-se a análise segundo a qual o Adauto de Goiás (1954) faz parte de uma política
nacional de expansão das instituições asilares, com pelo menos, mais quatro Adautos
construídos no Brasil durante a década de 1950: no Paraná (1954), no Espírito Santos (1954),
em Sergipe, em Mato Grosso (1957). Ainda nesse capítulo, apresentamos a tese da existência
de um ideário eugenista em Goiás e no Brasil, uma vez que, como mostram os discursos de
inauguração, esse hospital deveria ser um dos lugares de melhoramento da raça engendrado
no interior do Brasil. Mais do que combater os anormais, o Adauto será representado como
aquela instituição responsável por criar uma ruptura no próprio modo como se narraria a
história do Estado. Na perspectiva dos idealizadores do hospital e da sociedade, depois do
Adauto, o que se narraria seria uma história que se pretendia civilizada e organizada, uma
história de um Estado caminhando para o progresso, uma parte do Brasil que se representaria
como civilizada e melhorada.
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A REPRESENTAÇÃO E O DISCURSO PEDAGÓGICOSilva, Darto Vicente da 02 September 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-09-02 / This work has objective to investigate the functioning of the languagem of the
pedagogical speech of aproach form of the representation. Languagem where sign if
unfold in another one and, therefore, produces conceptual structure: infantil word,
spontaneous learning, freedom of the child, the pupil as producing or as that one that
reconstructs its proper knowledge, eaness and spontaneous of the knowledge,
transformation of the reality, the pupil and its cultural luggage, significant learning
and many other concepts that function in the pedagogical speech as separate
representation of the things; and explains the linking of sign what it means not for the
proper things, or what happens inside of the school, but for the representation. The
language as pure representation was the disposal or the form of functioning of the
language in centuries XVII and XVIII. In this disposal, it is the representation that if
uncurls and if unfolds in a sequence of verbal signs destitute of any empirical
elements. It was in this direction that madness, the ilness and the man funcioned
during the classic period and, that its way, the concepts of the pedagogical speech
infantile word, spontaneous learning and child also functions. To demonstrate this
proximity of the pedagogical speech with the languagem as pure representation, the
study it was marked out with buoys in archaeological research carried through by
Foucault and, primarily, in the texts that turn on the pedagogical trends of the new
school and the progressive. / Este trabalho tem como objetivo investigar o funcionamento da linguagem do
discurso pedagógico de forma aproximada à representação. Linguagem em que um
signo se desdobra em outro indefinidamente e, por isso mesmo, engendra uma
estrutura conceitual: mundo infantil, aprendizagem espontânea, liberdade da criança,
o aluno como produtor ou como aquele que reconstrói seu próprio conhecimento,
facilidade e espontaneidade do conhecimento, transformação da realidade, o aluno e
sua bagagem cultural, aprendizagem significativa e muitos outros conceitos que
funcionam no discurso pedagógico como representação separada das coisas;
conceitos cujos significados não são extraídos das coisas, e explica a ligação de um
signo ao que ele significa não pelas próprias coisas, ou pelo que acontece dentro da
escola, mas pela representação. A linguagem como pura representação foi a
disposição ou a forma de funcionamento da linguagem nos séculos XVII e XVIII.
Nesta disposição, ela é a representação que se desenrola e se desdobra numa
seqüência de signos verbais destituídos de quaisquer elementos empíricos. Foi
nessa direção que a loucura, a doença e o homem funcionaram durante o período
clássico e, que ao seu modo, os conceitos do discurso pedagógico mundo infantil,
aprendizagem espontânea e criança também funcionam. Para demonstrar essa
proximidade do discurso pedagógico com a linguagem como pura representação, o
estudo balizou-se em pesquisas arqueológicas realizadas por Foucault e,
principalmente, nos textos que versam sobre as tendências pedagógicas da nova
escola e da progressista.
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Perspectiva e alteridade : visões sobre arte, loucura e antropologiaTesta, Federico Leonardo Duarte January 2013 (has links)
O presente trabalho visa estabelecer um exercício de perspectiva entre arte e loucura. Atentando para aquilo que é outro, heterogêneo, estrangeiro, constrói- se o terreno para perguntar o que pode a loucura dizer e revelar sobre a arte e a história da arte, e o que pode a arte dizer sobre a loucura. Paralelamente, pergunta-se pelo potencial da antropologia em relação a ambas: como a etnografia e a atitude antropológica podem se construir como paradigma para a teoria e a crítica de arte? A partir da imersão etnográfica em um contexto de reclusão onde arte e loucura se encontram - a oficina de criatividade de um hospital psiquiátrico -, pergunta-se o que podem a antropologia e a etnografia diante da loucura, suas obras e processos. Discute-se, então, uma “virada etnográfica” na arte contemporânea e uma “virada antropológica” ou “etnográfica”, ainda por realizar, na crítica de arte, situando-a enquanto experiência vivida, imersão e criação. Como transformar essas experiências em paradigma para pensar não só as artes dos outros, mas outras artes, outras possibilidades e modos de ser da arte? A partir de visões de diferentes formas pelas quais a busca e o contato com a alteridade se fizeram nas artes visuais, chega-se a indagar pela arte dos loucos. Nesse percurso são mobilizados diferentes referenciais como o Surrealismo, Jean Dubuffet, Arnulf Rainer, Bispo do Rosário, Michel Foucault, entre outros. Nesse exercício, não se perdeu de vista a dimensão política da exclusão dos atores sociais tidos como loucos. A escrita foi vista enquanto tarefa ética frente à memória do sofrimento dos excluídos. A todo o instante, é retomado o questionamento sobre como seguir a linha que liga arte e loucura, sem confirmar compromissos policiais e asilares com as instituições intoleráveis e repressivas de nossa cultura. / This thesis intends to undertake an exercise of perspective between the fields of art and madness. Focusing on what is heterogeneous, stranger, other respect to ourselves and our culture, it puts forward the question about what can madness reveal about art and the history of art, and what can art tell us about madness. This thesis also asks about the potential of anthropology on relating to both art and madness: how can ethnography and an anthropological attitude constitute themselves as a paradigm to art criticism and to the theory of art? Departing from the ethnographic immersion into a universe of reclusion where art and madness meet – the creativity workshop of a psychiatric hospital -, this dissertation investigates the potentialities of anthropology and ethnography in face of madness, its works and processes. An “ethnographic turn” in contemporary art is, then, discussed, as well as an “ethnographic turn”, yet to accomplish, in art criticism, figuring it as intensive experience, immersion and process of creation. How to transform these experiences into a paradigm not just to think the arts of the others (“outsider arts”), but also to think other kinds of art, different possibilities and alternative concepts of art? Departing from several different ways by which the quest and the contact with alterity and otherness were made in the visual arts, the thesis approaches the art of the insane. Along this path, different artistic and philosophical references are mobilized such as Surrealism, Jean Dubuffet, Arnulf Rainer, Bispo do Rosário, Michel Foucault, among others. In this exercise, the political aspects regarding the process of exclusion of social actors categorized as mad are never out of sight. The act of writing was assumed as an ethical task before the necessity of remembering the suffering inflicted to the mad by society. The text constantly reiterates the questioning about how to follow the path that connects art and madness without confirming compromises with intolerable and repressive institutions of our culture.
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Histórias em mosaico : percursos entre loucura, lei e conhecimentoCastro, Diego Drescher de January 2016 (has links)
Essa dissertação de mestrado surge a partir de uma trajetória de pesquisa, extensão e militância que se desenvolve desde o início da graduação no curso de psicologia. A partir de três grandes categorias – loucura, lei e conhecimento – o texto se desenrola transversalizando experiências e teorias, principalmente a partir das vivências do pesquisador em grupos e projetos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e no Instituto Psiquiátrico Forense do Rio Grande do Sul (IPF). Para tal, a estética dessa escrita se baseia no ato de contar histórias, aproximando os conceitos de cartografia, ensaio e biografema. Tendo como referência a passagem do século XVIII para o século XIX, e, consequentemente, a passagem da episteme clássica para episteme moderna analisarei as relações de saber-poder no contexto dos manicômios judiciários e no surgimento da Universidade contemporânea. A partir da exposição do cenário atual e da construção histórica dessas temáticas, tenciono analisar quais as condições de possibilidade para o surgimento da política de extensão universitária e seu papel de resistência na formação universitária. / This Masters dissertation comes up from a trajectory of research, extension and militancy that has been developed since the beginning of the degree in psychology. Starting from three large categories – madness, law and knowledge – the text unwinds itself through transversality of theories and experiences, principally departing from the researcher’s experience in groups and projects from the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS) and the Psychiatric Forensic Institute of Rio Grande do Sul (IPF). Incidentally, this writings aesthetics is based on the act of storytelling, bringing closer concepts of cartography, essay and biographeme. Having as reference the passage of the 18th to the 19th century, and, consequently, the turn from classic episteme to the modern episteme, I will analyze the relations of knowledge and power on the context of judiciary asylums and the emergence of contemporary University. Starting from the exposure of the current scenario and the historic construction of these themes, I intend to analyze what are the conditions of possibilities for the rising of policies regarding university extensions and its roll of resistance in university education.
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22 Dezembro 1938 - Arthur Bispo do Rosário: um estudo antropológico sobre arte e loucura / December 22, 1938: arthur Bispo do Rosário: an anthropological study of art and madnessFranco, Stéfanie Gil 05 September 2011 (has links)
Esta pesquisa busca, a partir de uma série de controvérsias, descrever como se constitui a relação entre arte e loucura tendo o caso de Arthur Bispo do Rosário como meio reflexivo. Em suma, trata-se de uma série de enunciados que vão se constituindo no entendimento da expressão artística dos loucos; e de como certas variâncias possibilitam pensar Arthur Bispo do Rosário como um artista contemporâneo. Considerando que só temos arte na loucura a partir das preocupações da psicologia em desvendar a universalidade da mente humana, vemos surgir um movimento que busca diferenciar a arte dos normais da expressão dos primitivos e insanos. Com a ascendência da arte contemporânea e das novas fronteiras entre o saber artístico e o saber psicológico, um novo debate se abre pensando a arte não mais como uma expressão universal e inerente ao homem, mas como uma linguagem possível em todos os homens e não intrínseco a ele. Com isso, as obras de Bispo do Rosário por sua linguagem se tornam um dos principais objetos de dissociação da estreita relação entre arte moderna, psicanálise e loucura no Brasil. Propus pensar na Missão de Bispo do Rosário como um discurso potente, que culminou em três caminhos paralelos: o primeiro, o da própria reconstrução do mundo, um mundo transgressivo e pouco legível, mas interessante para compor um modo de existência; o segundo, o da loucura, que tem na Missão o elemento do diagnóstico de esquizofrênico; e o terceiro, da arte contemporânea, que se apropria do discurso missionário, conformando-o em performance do artista. P / This investigation is in search of, from a series of controversies, describing how to build a relationship between art and madness using the case of Arthur Bispo do Rosário as a reflexive environment. In short, work a series of headlines that are going to constitute at the understanding of the artistic expression of the mad, and how certain variations make possible to think Arthur Bispo do Rosário as a contemporary artist. Considering that we only have art in madness from the preoccupation of the psychology to unveil the universally of the human mind, we see the arising of a movement in search of differentiate the art of the Normal of the expression of the Primitive and Insane. With the ascendancy of the contemporary art and the new frontiers between the artistic knowledge and the psychological knowledge, a new debate is open thinking the art, not anymore like an universal expression and inherent to man, but as a language possible in all men and not intrinsic to him. With that, the work of Bispo do Rosário for its language became one of the main objects of the dissociation of the narrow relationship among Modern Art, Psychoanalysis and Madness in Brazil. I proposed to think of the Mission of the Bispo do Rosário as a powerful speech, which culminated on three parallel paths: the first, the reconstruction of the world itself, a transgressive world and little legible, but, interesting for composing a way of existence; the second, the madness, that has a Mission the element of diagnosis of the schizophrenic; and the third, the contemporary art, that appropriates itself of the missionary speech, conforming it in the artists performance.
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Madness in the <em>Quijote</em>: Don Quijote as Alonso Quijano's True SelfSchmidt, Paul J. 01 December 2017 (has links)
This thesis examines the dichotomy of locura/cordura in Miguel de Cervantes' Don Quijote de la Mancha (1605/1615), specifically the nature of the madness of the titular character. Two different aspects of the Quijote are discussed: (1) the dual nature of the personality of Don Quijote/Alonso Quijano as being "sanely insane," that is, that although Don Quijote exhibits symptoms unmistakably indicative of madness, he maintains his sanity underneath this mad façade; the dedicatory sonnets that precede Part 1, the epitaphs that follow the end of Part 1, and the two poems that serve as an epilogue to Part 2 are examined in length in order to show that Don Quijote, and not "Alonso Quijano el Bueno," is the true protagonist of the Quijote; and (2) the roles that the various encantadores play in the Quijote and how they interact with Don Quijote are discussed in order to further explore this dichotomy of locura/cordura.
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Le fou et la magicienne : Réécritures de l'Arioste à l'opéra (1625-1796)Eouzan, Fanny 17 June 2013 (has links)
Le Roland furieux constitue un réservoir d'intrigues inépuisable pour l'opéra baroque. Nous prenons en compte un corpus de quatre-vingts livrets mais aussi pièces de théâtre et ballets, résumés dans l'Annexe et analysés au fil d'une réflexion qui vise à dégager des grandes lignes d'histoire de l'opéra pouvant justifier la disparition des personnages, qui coïncide avec le passage du texte source au second plan après le XVIIIe siècle. Le point de vue adopté dans la première partie nous permet de mettre en lumière la circulation des sujets et de démêler les différents filtres de réécritures intermédiaires en fonction des influences littéraires, mais aussi politiques et matérielles. La plasticité de l'Arioste qui le rend adaptable à tous les contextes, entraîne également une fortune sérieuse aussi bien qu'une fortune comique. Les épisodes de l'épopée privilégiés à l'opéra, au-delà des différences entre contextes de création et genres, sont ceux qui mettent en scène l'excès et le désir. Les deux personnages qui cristallisent ces thématiques suivent, dans l'histoire des réécritures opératiques, deux trajectoires inversées. Roland ébranle les conventions génériques et perd dans ses plus belles réalisations l'essentiel de sa charge comique tandis qu'Alcine, se fondant dans tous les genres, de sérieuse, devient comique. / Ariosto's Orlando furioso offers a countless multitude of plots for the baroque opera. Our corpus is composed of eighty librettos and also of some dramatic plays and ballets, presented in the appendix. This thesis intends to consider why Ariosto's heroes disappeared from European scenes, while they lost their aura, by taking in account the main lines of operatic history. Firstly, we would like to accent the circulation of the plots between cultural areas and to analyze the different literary, political and factual influences that can alter the original text. Then, our purpose is to examine the ariostan plasticity, which suits to all the contexts and explains the ambivalent generic posterity of the epic romance on operatic stages, either comic or serious. Finally, we want to highlight that the most adapted episodes are related to excess and desire. The both characters, that carry these themes, meet an opposite fate. Orlando's most achieved treatments subvert more and more the generic conventions, by reducing his comic aspect, whereas Alcina loses her serious nature and becomes a comic figure.
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Entre dor e liberdade: um olhar sobre o tema da loucura nos romances de Paulina Chiziane / Between pain and freedom: a look at the theme of madness in the novels of Paulina ChizianePereira, Regina Margaret 18 June 2019 (has links)
Na presente tese de doutorado, procuramos construir uma investigação sobre a experiência da loucura a partir das personagens Minosse, Emelina e Maria das Dores presentes em dois romances da moçambicana Paulina Chiziane: Ventos do apocalipse e O alegre canto da perdiz. Além disso, procuramos analisar como a autora, a partir dessas personagens, constrói a experiência do desvario, desvelando também um movimento dialético em que a própria autora, ali revelada, ilumina questões relacionadas às opressões de gênero, raça e classe. Tais questões, parece-nos, lançam as personagens femininas às margens de suas estruturas sociais em que a loucura se manifesta como uma potencial forma de existir e resistir às diversas formas de opressão social. Nesse sentido, os estudos de João Frayze, Michel Foucault e Frantz Fanon foram fundamentais para o desenvolvimento desta análise, bem como os estudos feministas que se organizam a partir das reflexões acerca do tema da interseccionalidade, como são os casos de Bakareé-Yousuf, Patricia McFadden, Amina Mama, bell hooks e Angela Davis. Ao inserir o tema da loucura por meio das personagens femininas de Ventos do apocalipse e O alegre canto da perdiz, notamos que a autora, em sua sistemática escrita engajada, procura trazer para o primeiro plano de sua escrita, experiências de resistência manifestas também pelas minorias historicamente silenciadas. / This doctoral thesis we seek to build an investigation into the experience of madness from the characters Minosse, Emelina and Maria das Dores present in two Mozambican novels Paulina Chiziane, Ventos do Apocalipse and O Alegre Canto da Perdiz. In addition to this, we seek to analyze how the author, from these characters, builds the experience of the ravage, also revealing a dialectical movement in which the author, revealed there, illuminates questions related to the oppressions of gender, race and class. Such issues, it seems to us, throw the female characters to the margins of their social structures in which insanity manifests itself as a potential way of existing and resisting various forms of social oppression. In this sense, the studies of João Frayze, Michel Foucault and Frantz Fanon were fundamental for the development of this analysis, as well as the feminist studies that are organized from the reflections on the theme of intersectionality, such as the cases of Bakareé-Yousuf, Patricia McFadden, Amina Mama, bell hooks and Angela Davis. In inserting the theme of madness through the female characters of Winds of the Apocalypse and The Merry Song of the Partridge, we note that the author, in her systematic written engagement, seeks to bring to the forefront of her writing experiences of resistance manifested also by minorities historically silenced.
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Visions of madness: an investigation into cinematic representations of unreasonManley, Dean January 2009 (has links)
Madness is often associated with violence, criminality, and degenerative human failure in stigmatising media reports, and these are most people’s site of information about madness. Despite (or maybe because of) reductions in stigmatising reporting, negative perceptions of madness persist, notwithstanding stringent broadcast standards and expensive public health campaigns. When regulation dominates, extreme views can move underground into less monitored areas such as film which enjoys a wider scope to explore ideas and issues concerning a culture. Agencies which have more freedom to represent madness beyond objective journalistic conventions can be more subversive. This work takes Foucault’s archaeology of madness (among other works) as its point of departure to look at cinematic representations of madness, exploring the notion that cinema reflects and reinforces the asylum discourse. It investigates cinema as a strategy of neurotic reiteration to confine madness in narrative—to close down the spectre of the Other—in cultural structures to exorcise it from the collective consciousness. Commercial imperatives drive stigmatising representations of madness, drawing on cultural loadings inherent in the asylum discourse, trading on demonising and pathologising to exacerbate drama and tension, essential elements of tragedy. Foucault’s framework is the basis for detailed analyses and close readings of a selection of cinematic representations, critiquing their role as constituent of, and constituting, the spectacle of madness. The films considered are from New Zealand and dominant (i.e. Hollywood) cinema in order to permit comparisons between representations here and overseas. This work follows my master’s thesis (1999), which used a similar methodology to examine representations of suicide in cinema in four popular films. Here, I look at the ideas that represent knowledge and authority about madness as represented in discourses associated with cinema. I look at loadings of illness, moral failure, Otherness, animality, and the mechanisms through which the asylum discourse of containment and spectacle is validated (or otherwise). This links with Fuery’s discussion of madness and cinema, and madness as a necessary aspect of spectatorship that makes cinema possible. It also connects to my current employment on a project addressing stigma and discrimination against people with experience of madness.
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Charles Reade's Sensational RealismFantina, Richard 12 December 2007 (has links)
Sensation fiction, which flourished in England from the 1850s to the 1880s, was viewed by Victorian establishment figures as a threat to prevailing social values. This dissertation focuses on the work of Charles Reade, who along with Wilkie Collins and Mary Elizabeth Braddon, was among the most well-known sensation novelists. While several novels by Collins and Braddon have been rediscovered by scholars since the 1980s, Reade's fiction remains neglected. With its explicit critique of the emerging regimes of power/knowledge in the fields of medicine, criminal justice, and sexual mores, Reade's work anticipates Michel Foucault's theories elaborated a century later. Although previous readings of Victorian fiction have drawn on the ideas of Foucault in an attempt to identify sensation novels as cultural productions complicit with a developing bourgeois hegemony, I argue that these novels represent a narrative genre that challenges and resists these disciplinary constraints. In addition, Reade's work provides a rare glimpse of alternative sexualities and gender identities in nineteenth-century fiction that can be read in light of feminist and gender theory. This dissertation recovers the fiction of Charles Reade as a body of work that anticipates recent trends in literary and cultural theory and that speaks to us today with an uncanny familiarity.
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