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La question de l(’im)possible nomination chez Maurice Merleau-Ponty et Maurice Blanchot : croisements autour de Lao Tseu / The question of the possible appointment of Maurice Merleau-Ponty and Maurice Blanchot : crosses around Lao-Zi

Yang, I-Ning 18 December 2017 (has links)
L’intention de ce travail est de réfléchir sur les ponts possibles entre Maurice Merleau-Ponty, Maurice Blanchot et Lao Tseu concernant des rapports complexes que la nature entretient avec le langage, notamment sur la question des fondements de l’acte de nomination. Il ne s’agit pas de construire une étude comparatiste entre la philosophie occidentale et la philosophie extrême-orientale, mais de travailler les concepts de nature et de langage pour les confronter et voir comment des auteurs comme Merleau-Ponty, Blanchot et Lao Tseu font bouger les lignes quand on les fait interagir sur des notions identiques avec des contextes et des cultures complètement étrangères : Merleau-Ponty étranger à « l’informulé dans le connu du mot », Blanchot étranger à la Prose du monde comme fondation de la vérité, et Lao Tseu étranger par nature à l’un et à l’autre tout en étant familier de cette même communauté de pensée. / The purpose for this research focuses on issues involving the complex relations between the nature and languages as well as the common grounds for the concepts of “naming” among three scholars: Merleau-Ponty,Maurice Blanchot and laozi. The research will delve into the relation between the nature and language and have discussions on the relevance for the issue among three scholars rather than put emphasis on the comparative research of the issue among them. Technically, we will have more discussions with regards to how the three scholars manage to discard traditional meanings and thoughts over the issue while making their own interpretations based on varied contexts and reflecting on philosophical theories opposite the theories they proposed according to their individual cultural backgrounds: the unknown semantics of the sentence for Merleau-Ponty( evey word read is given its own semantics), Blanchot feel unfamiliar to the basic concept for allwords and sentences across the world is the very truth. While the previous theories mentioned are foreign to Laozi.
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A natureza como caminho para ontologia / Nature as path to ontology

Eduardo Orsolini Fernandes 08 July 2015 (has links)
Nesta dissertação, investigamos a ideia de autoprodutividade da Natureza em Merleau-Ponty. No primeiro capítulo abordamos as razões para a relevância de tal questão, passando pela raízes daquilo que Merleau-Ponty chama de diplopia ontológica. No segundo capítulo, tratamos da questão do método, ou do como é possível investigar a Natureza se ela deve opor-se ao pensamento. No terceiro capítulo, por fim, buscamos expor a concepção merleupontiana de Natureza como solo o qual, por uma espécie de atividade própria, incomparável à atividade humana, produz as coisas naturais. / In this dissertation, we investigate Merleau Ponty\'s idea of Nature as autoproductivity. In the first chapter we address the reasons for the relevance of such a question, analyzing the roots of what Merleau Ponty calls \'ontological diplopia\'. In the second chapter, we turn to the issue of the method, or that of how is such an investigatation possible, if Nature must be that which is opposed to thought. In the third chapter, finally, we seek to present the merleupontian ideia of Nature as ground, which is not only incomparable to the human activity but, insofar as it harbours a kind of activity of its own, also produces natural things.
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Merleau-Ponty e o problema fenomenológico: inerência e transcendência / Merleau-Ponty and the phenomenological problem: inherence and transcendence

José Luiz Bastos Neves 03 June 2016 (has links)
O presente trabalho pretende ser uma elucidação dos problemas que estão na origem da transição de uma fenomenologia da percepção à ontologia do ser sensível. Para tanto, concentramo-nos sobre os primeiros livros de Merleau-Ponty, delineando como se forma ali o projeto que irá ocupar a obra inteira, a saber, o de conciliar a inerência da subjetividade ao mundo e a capacidade intencional de fazê-lo aparecer em sua transcendência. Mostramos como a crítica à assimetria transcendental da correlação intencional husserliana conduz Merleau-Ponty a entendê-la não mais como aquela que se estabelece entre a consciência e o objeto, mas sim entre o corpo próprio e o mundo percebido, correlação na qual não mais apenas se anuncia a relatividade do objeto à subjetividade, mas uma dimensão de pertencimento desta última ao mundo sensível. Analisamos a partir de então os instrumentos conceituais, largamente debitários da fenomenologia husserliana da passividade, que entram em cena para dar conta desse projeto: a compreensão do mundo como estrutura de horizonte, a descoberta das sensações como portadoras de uma intencionalidade original, a da temporalidade como instância na qual fenomenalização do ser e enraizamento subjetivo nele devem poder coincidir. Mostramos, todavia, que a realização do projeto se encontra comprometida, nas primeiras obras, pela manutenção do postulado classicamente fenomenológico segundo o qual deve existir uma diferença irredutível entre a consciência e o aparecer como condição para que subsista, do lado objetivo da correlação, a transcendência do aparecente em relação ao aparecer. A dificuldade das primeiras obras para dar conta de uma relação de diferença que é também a de uma identidade entre a consciência e o aparecer se traduz nas aporias da encarnação e do cogito tácito, e implica que não consigam pensar a unidade de inerência e transcendência. A esse respeito, mostramos que a doutrina da temporalidade apenas amaina a dificuldade e não a resolve, na medida em que pressuporá um olho fora do tempo para o qual o tempo se temporaliza. Por fim, evidenciamos como o conceito de reversibilidade na última fase da obra torna- se compreensível como resposta a esse problema evidenciado nos primeiros livros. / This work aims at elucidating the problems underlying Merleau-Pontys transition from a phenomenology of perception to an ontology of sensible being. By means of an analysis of his first books, we try to apprehend the sense of the philosophical task he will pursue throughout his career, namely to reconcile the inherence of subjectivity in the world and its intentional ability to make it appear in its transcendence. We show that Merleau-Pontys critique of Husserls transcendental idealism leads him to interpret intentional correlation not as one established between consciousness and object, but as one established between lived body and perceived world. This correlation no longer sustains exclusively the thesis of the objects dependence on transcendental subjectivity, but also implicates a dimension of subjectivitys belonging to the sensible world and hence to some form of objectivity. We then analyze the conceptual tools, widely taken from Husserl\'s phenomenology of passivity, that come into play to account for this project: the world as horizon structure, the sensations as bearing an original form of intentionality, temporality as the instance in which beings phenomenalisation and subjectivitys rooting in it should be reconciled. However, we try to demonstrate that Merleau-Pontys project is not fully achieved in his first works. This is mainly due to the phenomenological principle according to which there must be some sort of difference between consciousness and appearance in order for the thing that appears to maintain its intentional transcendence in relation to phenomena. In his first books, Merleau-Ponty is incapable of accounting for this difference between consciousness and appearance as being also some sort of identity between them. This renders the notions of lived boy and incarnation conceptually instable, and ultimately implies an antinomy between inherence and transcendence. In that sense, we show that the doctrine of temporality only lessens the difficulty without actually solving it. In conclusion, we sketch how the concept of reversibility in Meleau-Pontys later works only becomes fully understandable as a response to the difficulties revealed in his earlier books.
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Relações de alteridade no contato intercultural: perspectivas de estudantes estrangeiros na Universidade de São Paulo / Alterity relationships in the intercultural contact : perspectives from foreign students at University of Sao Paulo

Ivy Lima e Silva 14 October 2016 (has links)
Nas últimas décadas do século XXI, os acordos de cooperação acadêmica nacional e internacional entre as universidades têm se intensificado e contribuído para o encontro entre realidades educacionais e culturais diversificadas. Neste contexto, questionamos como as relações interpessoais se desenvolvem, considerando a cultura como mediadora desse processo e da relação com a alteridade. O objetivo principal desta pesquisa é compreender o sentido da experiência intercultural e a relação de alteridade para alunos estrangeiros em intercâmbio acadêmico na Universidade de São Paulo. Com base nas técnicas e procedimentos do método de Jacob Levy Moreno, desenvolvemos uma proposta de interlocução entre o psicodrama e a fenomenologia de Maurice Merleau-Ponty para refletir sobre o tema da alteridade. Foram organizados dois grupos de intervenção sociopsicodramática formados por latino-americanos, europeus e asiáticos com o propósito de descrever e entender os sentidos atribuídos pelos alunos à experiência intercultural. Os temas circunscreveram o sentido da experiência intercultural em termos da língua utilizada, da comparação entre os países e da vivência como estrangeiro, o que se mostrou relevante para a dinâmica do papel de intercambista. A análise dos resultados destacou categorias como: tempo, gênero, referências culturais, idioma, autoconhecimento e vivência ambígua, as quais foram problematizadas na discussão sobre a alteridade. Do ponto de vista teórico-metodológico, a adoção desta abordagem pode conferir aos estudos de Moreno uma leitura ampliada da relação eu-outro, considerando simultaneamente a identidade e a diferença como aspectos destacados pelos grupos. A análise desenvolvida com os grupos de estudantes intercambistas parece apontar, de um lado, para uma importante ação e revisão das práticas universitárias quanto ao acolhimento desta demanda que transforma o próprio contexto da educação. E, de outro, para uma reflexão sobre as possibilidades e limites da alteridade, evidenciando as fronteiras culturais que permeiam as ambiguidades da dimensão do vivido e da experiência de ser estrangeiro no contato intercultural contemporâneo / During the last decades of the 21st century, the national and international academic cooperation agreements between universities have been intensified and contributed to the encounter of diversified cultural and educational realities. In this context, we question how interpersonal relationships are developed, considering culture as a mediator of this process related to otherness. The main objective of this research is to understand the meaning of intercultural experience and the alterity relationship for foreign students in academic exchange in the University of São Paulo. Based on the techniques and procedures of Jacob Levy Moreno\'s method, we proposed a dialogue between psychodrama and phenomenology to reflect the otherness theme. Two groups of sociopsychodramatic intervention were organized formed by latin americans, europeans and asians to describe and understand the senses assigned by the students to the intercultural experience. The themes circunscribed the sense of intercultural experience in terms of the used language, of the comparison between countries and of the living as a foreigner, all relevant to the dynamic of the interchange role. The results highlight categories: time, gender, cultural references, language, self-knowledge and ambiguous living, which were debated regarding otherness. From the technical and methodological point of view, this approach provides Morenos studies a wide reading over the relationship self and the other, considering simultaneously the identity and the difference as aspects highlighted by the groups. The analysis developed with the groups of exchange students seems to indicate, from one side, the need of an action and revision of university procedures about hosting the demand that transforms the context of education itself. From the other side, it indicates towards a reflection over the possibilities and limits of otherness, undergoing the cultural frontiers around the ambiguities of the living dimension and the experience of being a foreigner in the contemporary intercultural contact
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Investigações sobre afetividade em Merleau-Ponty: contribuições para uma ética, política e psicologia fenomenológico-existencial / Beyond the borders between rationalism and emotionalism: investigations of affectivity for a psychology through Merleau-Ponty philosophy

Marcelo Georgétti Vieira 07 August 2014 (has links)
O objetivo deste trabalho é realizar uma averiguação, demonstração e explicitação, apoiada nos textos de nosso autor principal (Merleau-Ponty) e de seus comentadores, da seguinte hipótese: se assumirmos as considerações merleau-pontyanas sobre afetividade ao longo de sua produção nos anos 40 como cenário ou pano de fundo para nossas discussões, a noção de papel (rôle) - presente sobretudo nos textos políticos do autor na segunda metade dessa década - não somente torna-se uma figura dentro do pensamento do filósofo durante esse período, como também ganha um destaque central para se pensar na proposta de uma ética existencialista a partir da filosofia de Merleau-Ponty. Apesar de ser possível identificar em alguns poucos comentadores referências à noção de papel como indicação para a formulação de um pensamento ético merleau-pontyano, a originalidade de nossa proposta consiste na vinculação daquela noção com o referencial da afetividade. Como resultado, culminamos com uma concepção de subjetividade de matiz afetivo desvinculada dos prejuízos racionalistas da modernidade, que tampouco recai em um solipsismo reduzido a um conjunto de estados emocionais. Temos, ao contrário o desenvolvimento conceitual de uma intencionalidade afetiva cujo desenrolar prático mediado por papeis sociais implica em uma abertura ao mundo e a outrem que se dá tanto por uma ordem ontológica quanto por um tipo de discernimento operacional próprio a uma subjetividade fundamentalmente corporal que só encontra sua realização através da experiência concreta da coexistência. / The aim of this research is to verify and demonstrate based on our main author\'s texts (Merleau-Ponty), as well as on his commenters\', the following hypothesis: if one considers Merleau-Ponty\'s assumptions on affectivity throughout his writings in the 40s as a scenery or a background to our discussions, the notion of role (rôle) - present mainly in his political texts during the second half of that decade - becomes not only a figure inside the philosopher\'s ideas but also achieves a central position in the proposal to consider an existentialist ethics inspired by Merleau-Ponty\'s philosophy. Although it is possible to identify in a few commenters references to the notion of role as a direction to formulate a merleau-pontyene\'s ethical thinking, the originality of our propposal consists on attaching to that notion the affectivity\'s referencial. As a result, we reach the conception of an affective subjectivity, free from modernity\'s rational prejudices, which, on the other hand, does not guide us to a solipsism reduced to a setting of emotional states. On the contrary, we face the conceptual formulation of an affective intentionallity whose practical development mediated by social roles implies in an overture to the world and to otherness, which occurs as much in an ontological way as in some sort of operational reasoning concerning a basically embodied subjectivity that only express itself through concrete experience of coexistence.
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A revisão da ontologia como fenomenologia da vida em Merleau-Ponty / The revision of ontology as phenomenology of life in Merleau-Ponty

Mantovani, Harley Juliano 14 December 2017 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-01-09T11:08:26Z No. of bitstreams: 2 Tese - Harley Juliano Mantovani - 2017.pdf: 3287894 bytes, checksum: 6b4a3f3033cf8da8c0b094a6f7e824f2 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-01-09T11:08:52Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese - Harley Juliano Mantovani - 2017.pdf: 3287894 bytes, checksum: 6b4a3f3033cf8da8c0b094a6f7e824f2 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-09T11:08:52Z (GMT). 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The emergence of the need to think of life as the supreme and ultimate question of philosophy, besides denouncing a philosophical deviation from a rationalist inversion, reveals that philosophy did not triumph, on the contrary, if life is understood as the existential eternity of a residue, the thought of life demands that philosophy be a perpetual beginning initially dispossessed of all separate and absolute divinity. The return to a humble beginning, which life expects of us, means to get rid of the vanity of an understanding that leads us to the nihilism that characterizes the forgetting of origins, therefore, only a heroic reason achieves the humility of the beginning, and it was this heroism of a responsible reason that Husserl's phenomenology offered to the ontological project of Merleau-Ponty. If the thought of life necessitates the heroic search for the humility of the beginning, then it presents us the nouvelle ontologie as an Ursprungsklärung which, illuminating the birth of the Logos prior to the idealization of science, leads us to a Naturphilosophie which shows us that the phenomenology of life can not suffer the idealistic rupture of nature, man and God that exists only in the knowledge that constructs labyrinths as rational beings. Finally, based on the humility and heroism of thought en naissance, the phenomenology of life represents the victory over the mythological labyrinth of naturalism, humanism and theism. / O propósito fundamental do nosso trabalho foi pensar uma fenomenologia da vida a partir da revisão da ontologia clássica que foi projetada por Merleau-Ponty. A fenomenologia da vida necessitava de um pensamento livre do peso da estrutura teórica da ontologia clássica. Por essa razão, a fenomenologia da vida não se encontra inicialmente pronta e disponível na filosofia de Merleau-Ponty, mas antes, ela se desenvolve e se apresenta através da identificação progressiva desta filosofia com um projeto de renovação da ontologia que começa por mostrar as condições históricas da crise da filosofia contemporânea. O surgimento da necessidade de pensar a vida como questão suprema e última da filosofia, além de denunciar um desvio filosófico de uma inversão racionalista, revela que a filosofia não triunfou, pelo contrário, se a vida é compreendida como a eternidade existencial de um resíduo, o pensamento da vida exige que a filosofia seja um começo perpétuo inicialmente despossuído de toda divindade separada e absoluta. O retorno a um começo humilde, que a vida espera de nós, significa se livrar da vaidade de um entendimento que nos encaminha para o niilismo que caracteriza o esquecimento das origens, portanto, apenas uma razão heroica alcança a humildade do começo, e foi este heroísmo de uma razão responsável que a fenomenologia de Husserl ofereceu ao projeto ontológico de Merleau-Ponty. Se o pensamento da vida necessita da busca heroica pela humildade do começo, então, ele nos apresenta a nouvelle ontologie como uma Ursprungsklärung que, iluminando o nascimento do Logos anterior à idealização da ciência, nos conduz a uma Naturphilosophie que nos mostra que a fenomenologia da vida não pode sofrer a ruptura idealista da natureza, do homem e de Deus que existe apenas no saber que constrói labirintos como entes racionais. Enfim, baseando-se sobre a humildade e o heroísmo do pensamento en naissance, a fenomenologia da vida representa a vitória sobre o labirinto mitológico do naturalismo, do humanismo e do teísmo.
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A linguagem no campo do sentir: um objeto da psicologia à luz da filosofia de Merleau-Ponty / Language in the field of Feeling: an object of psychology in light of Merleau-Pontys philosophy

Gilberto Hoffmann Marcon 09 June 2017 (has links)
A linguagem constitui tema de grande interesse para um estudo compreensivo dos fenômenos subjetivos. Na psicologia e em outras ciências humanas, são várias as abordagens que historicamente se dirigiram aos fenômenos linguísticos como âmbito central no esforço de compreensão precisa daqueles. Na psicologia contemporânea, a linguagem permanece enquanto tema de estudo privilegiado pois abarca, ao mesmo tempo, a ordem da produção de sentidos individuais e intersubjetivos, além de se apresentar enquanto sistema cultural e historicamente instituído. Articula, desta forma, o individual e o social, fenômenos da ordem do particular que remontam a um contexto cultural de subjetivação. Como parte de um esforço para compreender o objeto de estudo da psicologia a partir da filosofia de Maurice Merleau-Ponty (1908 1961), propusemos que um estudo aprofundado da noção de linguagem que suas reflexões subsidiam poderá representar um passo relevante. Veremos que, já no debate com as ciências do comportamento e com a fisiologia clássica, nA Estrutura do Comportamento (1942), Merleau-Ponty realiza uma leitura de que, sem recorrer ao âmbito da consciência, é possível identificar um protótipo da atividade significativa já na relação do organismo vivo com seu meio. Posteriormente, ao voltar-se para a Fenomenologia da Percepção (1945), ponto central do projeto filosófico do autor, veremos de que maneira ele apresenta, em sua descrição da consciência perceptiva e da subjetividade corpórea, suas primeiras teses a respeito da linguagem, que têm como conceitos centrais o sentido gestual da fala e o caráter fundante da atividade expressiva em relação ao significado. Trata-se de propor que as operações de sentido se realizam através da própria expressão, e não que a expressão meramente traduz um sentido que lhe precede em pensamento. Acompanharemos os desenvolvimentos desta temática nos anos 1950, onde o diálogo com a linguística de Saussure dá novos contornos ao projeto de compreensão da linguagem, que vai do sentido gestual para o caráter diacrítico da língua enquanto sistema sedimentado através da fala. / Language presents a theme of great importance to the comprehensive study of subjectivity phenomena. In psychology, as well as in other human sciences, there are several schools of thought that historically approached the linguistic phenomena as a central scope in the effort to comprehend the cultural processes of subjectivation. In contemporary psychology, language remains a privileged field of study as it encompasses, at the same time, the orders of production of individual and intersubjective meaning, as well as presenting itself as historically instituted. Therefore, it articulates the individual and social spheres, phenomena of the personal order that remounts to a cultural context of subjectivation. As part of a larger effort to comprehend the object of study of psychology from the point of view of Maurice Merleau-Pontys (1908 1961) philosophy, we proposed an in-depth study of the notion of language as made possible by his reflections. We will see that, already in the discussion with the behavioral sciences and with classical physiology, in The Structure of Behavior (1942), Merleau-Ponty points out that even without resorting to an account of consciousness it is already possible to identify a prototypic signification activity in the relation between the living organism and its environment. Subsequently, in turning to the Phenomenology of Perception (1945), a central point in the author\'s philosophical project, we will see how he presents, on his description of perceptual consciousness and of embodied subjectivity, his first thesis about language itself, that are organized around the gestural meaning of speech and on the founding character of expression in relation to meaning. He proposed that meaning operations are carried out through expression itself, opposing the idea that expression acts as a mere translation of a meaning that precedes it in thought. We accompany the development of this theme in the 1950s, where the dialogue with saussurean linguistics gives new outlines to the project of comprehending language, that develops from the gestural meaning to the diacritic character of language as a system sedimented through speech.
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O metafísico no olhar: a pintura na filosofia de Merleau-Ponty / The metaphysical in the gaze, the painting in Merleau-Ponty\'s philosophy

Annie Simões Rozestraten Furlan 19 September 2005 (has links)
O objetivo deste trabalho é investigar a questão da pintura na filosofia de Merleau-Ponty. Inicialmente inscrita nos quadros de uma filosofia da existência, e depois, com maior destaque, nos quadros de uma ontologia. A questão da arte, particularmente a pintura, surge como meio privilegiado de investigação das nossas relações mais surdas e secretas com o Ser, ou com isso que Merleau-Ponty chamava de camada pré-reflexiva de sentido de mundo, anterior às teses de nossa linguagem. Isso porque a atividade da pintura revela os meios da visibilidade, que nosso olhar cotidiano deixa para trás e esquece a favor do mundo constituído culturalmente. Ou seja, habitamos um mundo que esquece suas premissas, e a tarefa do pintor, especialmente a de Cézanne, é recuperar o contato do olhar com este mundo inabitual. Nesta relação originária do corpo com o mundo, destaca-se, na obra de Merleau-Ponty, uma nova concepção de profundidade, que não é apenas do espaço, mas do corpo, e também das coisas. Merleau-Ponty apontou para esta noção em seus ensaios sobre arte, na tentativa de recolocar em questão a atividade artística como atividade que revela a implicação entre o mundo percebido e a corporeidade. Percebeu na profundidade a implicação da reversibilidade do corpo: a visibilidade a que se abre o vidente é também a de seu corpo visível, que é ao mesmo tempo vidente e visível, senciente e sensível. O autor afirma que, uma vez que este entrecruzamento está dado, aí estão, igualmente, colocados todos os problemas da pintura. Sendo assim, a pintura revela o enigma do próprio corpo. Minha visão se faz nas coisas e me apreende ao mesmo tempo no meu olhar desdobrado diante de mim, entrelaçamento que possibilita uma visibilidade secreta, ou um duplo carnal. O filósofo desenvolve o termo ?carne? para denominar este ?entre? o vidente e o visível, abertura de um ao outro, e passagem de um no outro, que define nosso acesso ao Ser. Percorremos algumas questões: entre o mundo percebido e o ato expressivo, o que é a atividade do artista, senão uma coerência com a visibilidade que o provoca e, portanto, que mal se desprende do espetáculo do mundo? Como o pintor ou o poeta expressariam outra coisa senão seu encontro com o mundo? E o que buscam neste encontro, senão uma relação mais verdadeira, sem ser uma verdade que se assemelhe ao mundo, mas coerente em seu encontro, isto é, capaz de expressar o invisível que anima a relação do olhar com a visibilidade, ou do sentir com a realidade? Neste movimento de pensamento, que inicialmente enfatiza uma nova idéia de Razão ou de Verdade através da atividade do olhar, chega-se, por fim, à noção de desejo ou de corpo libidinal. Perceber é desejar, movimento inscrito na abertura do Ser sensível, que inaugura as trocas entre o corpo e as coisas, em que o olhar ou a visibilidade é um elemento privilegiado. / The aim of this study is the research of the problem of painting in the philosophy of Merleau Ponty. Originally enrolled in the frames of an existencialistic philosophy, aferwards it was put with more prominence, in the frame of an ontology.The problem of art, especially of painting, arises as a privileged way of research of our more deaf and secret relations with Being, or wich that what Merleau Ponnty nominated the pre-reflexive layer of the sense of the world, previous to the thesis of our language. This is so because the activity of painting reveals the means of visibility that our daily look leaves behind and forgets privileging the cultural constructed world. In other words, we live in a world that forgets its premisses, and the task of the painter, especially of Cézanne, is to recover the contact of the look on this unhabitual world. In this original relation of the body with the world we may emphasize, in the work of Merleau Ponty, a new concept of depth, that is not only of space, but of the body, and also of the things. Merleau Ponty pointed to this notion in his essays about arts, trying to question again the artist?s activity as an activity that reveals the implication between the perceived world and the bodyness. He perceived in the depth the implication of the revertibility of the body: the visibility which opens itself to the beholder is also that of his visual body, which is at the same time beholder and visible object, sensing and sensible. The author states that once this intercrossing is given, all the problems of painting are here placed in the same way. In being so, the painting reveals the enigma of the body itself. My look realizes itself in the things and grasps me at the same moment in my look unfolded in front of myself, this interlinking makes possible a secret visibility or a carnal double. The philosophe develops the term \"flesh\" to denominate this \"between\" the beholder and the visible, opening one to the other, giving passage from one to the other, which defines our access to Being. We will deal with some questions: What is the activity of the artist between the perceived world and the expressive act, other then a coherence with the visibility that it causes and, therefore, what harm does come from the spectacle of the world? How the painter and the poet would express other things than their meeting with the world? And in this meeting what they are looking for other than a more true relation, without being a truth which is similar to the world, but coherent in their meeting, this is, capable to express the invisible that cheers up the relation of the gaze with the visibility or of the feeling with the realityIn this movement of thoughts, which emphasizes initially a new idea of Reason and of Truth by means of the activity of looking, one arrives, finally to the notion of desire or of the libidinal body. To perceive is to desire, a movement graved in the opening of sensitive Being, that inaugurates the exchanges between the body and the things, in whicht he looking or the visibility is a privileged element.
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"Corpos sonhados - vividos: A questão do corpo em Foucault e Merleau-Ponty". / "Dreamed – lived bodies: the body issue in Foucault and Merleau-Ponty"

Fernando de Almeida Silveira 22 August 2005 (has links)
A obra de Michel Foucault destaca o corpo como expressão e sustentáculo das forças de poder e de saber, que se articulam estrategicamente, na história da sociedade ocidental. A corporeidade ocupa uma posição central na obra de Foucault, que a ressalta como realidade bio-política-histórica, isto é, como "interpenetrada de história" e ponto de apoio de complexas correlações de forças, sobre a qual incidem inúmeras conformações discursivas produtoras de "verdades" que tanto podem reafirmar como recriar o sentido do corpo presente, ou a sensibilidade individual/coletiva nele imanente. No caso, não é o sujeito epistemológico autônomo que produz um saber útil ou arredio ao poder, mas o poder-saber, os processos e as lutas que o atravessam e que o constituem que representam as formas e os campos possíveis do conhecimento. Na medida em que Foucault retira do sujeito autônomo de conhecimento seu papel central no processo de produção do saber, o corpo adquire uma importância renovada. O corpo é uma peça dentro de um jogo de dominações e submissões presente em toda a rede social, que o torna depositário de marcas e de sinais que nele se inscrevem, de acordo com as efetividades desses embates que, por sua vez, têm na corporeidade seu "campo de prova". Ora, se comparada com a genealogia de Foucault, a perspectiva merleau-pontyana é, por um lado, mais “psicológica”, isto é, procura apreender “por dentro” como o corpo vive esses sentidos. Por outro, Merleau-Ponty visa à experiência sensível como uma região de sentidos que não se limita a seus significados histórico-culturais porque representa nossa abertura ao Ser em geral. É o que ele denomina de região do Ser bruto. Nesse sentido, as construções lingüísticas da “realidade”, inclusive do próprio corpo, partem de uma experiência que elas não abriram e nem podem fechar, porque o sentido da experiência sensível encontra-se sempre além dos significados da linguagem, e por isso pensamos, construímos e “desenvolvemos” linguagens. Devido à importância crescente das noções de corpo tanto nos trabalhos de Merleau-Ponty como nos de Michel Foucault, este projeto de pesquisa visa comparar a ordem do discurso foucaultiano com a descrição do vivido por Merleau-Ponty, para avaliar em que medida sua perspectiva genealógica é capaz de dissolver a noção de subjetividade que reside, em Merleau-Ponty, na experiência do corpo próprio. Verificou-se que Foucault foi o filósofo do corpo enredado pelas forças de poder/saber na constituição da identidade histórica do sujeito, relacionando-o às rupturas e descontinuidades dos tensos embates que arruinam o corpo histórico. Em Merleau-Ponty, a enunciação da corporeidade se refere principalmente a brotamentos e a germinações, na articulação do corpo próprio enquanto estrato originário dos corpos científicos e cotidianos, em sua relação deiscente. Por sua vez, é somente Merleau-Ponty que propõe uma articulação entre enredamento e corpo germinado através da qual percepção e subjetivação podem se remeter mutuamente. Neste sentido, a tentativa de Foucault, em suas analíticas, de submeter o corpo germinante de Merleau-Ponty à mesma pressuposição discursiva do seu corpo enredado, é uma forma de desconsiderar as singularidades da paisagem enunciativa da corporeidade na fenomenologia merleau-pontyana. Através da leitura de bibliografia dos referidos autores, comentaristas e de outros autores da filosofia moderna, em um enfoque transdisciplinar, que se remete tanto ao campo da psicologia como da filosofia, na medida em que se analisa a complexa correlação entre o corpo vivido e o processo de construção da identidade sóciohistórica do sujeito moderno (Agência Financiadora: FAPESP). / Michel Foucault’s work highlights body as expression and support from forces of power and knowledge, which get strategically articulated, in occidental society’s history. Embodiment occupies a central position in Foucault’s work, which points it out as a bio-political-historical reality; that is, as “interpenetrated by history" and a point of support of complex forces correlations, over which fall upon multiple discursive conformations productive of truths that either can reaffirm as recreate the meaning of the present body, or an individual / collective sensibility immanent in it. In this case, it is not the autonomous epistemological subject who produces a useful or lonesome knowledge to the power, but the power-knowledge, the processes and fights which traverse it and that constitute it, and which represent the forms and possible fields of knowledge. In the proportion Foucault takes out from the autonomous subject of knowledge the central role in the process of knowledge production, the body acquires a renewal importance. The body is a piece within a domination and submission play which is present in the whole social net, which turns the body the depository of marks and signs that are inscribed in it, according to the impacts effectiveness, which for their turn has on embodiment its “rehearsal field”. If compared with Foucault’s genealogy, Merleau-Ponty’s perspective is, for one side, more psychological; that is, it seeks to apprehend from inside as the body lives these senses. For the other side, Merleau-Ponty seeks the sensible experience as a region of senses that does not limit itself to historical-cultural meanings, as embodiment represents our opening to being in general. It is what he names as region of the raw Being. In this sense, the linguistic constructions of reality, also of the body itself, depart from one experience from which they cannot either open or close, as the meaning of the sensible experience always finds itself beyond language meanings; this would the reason we think, construct and “develop” languages. Due to the increasing importance of the body notions either on Merleau-Ponty’s or Michel Foucault’s work, this research project aims to compare Foucault’s discourse order with Merleau-Ponty’s lived description, to evaluate in which extent his genealogical perspective is capable to dissolve the subjective notion that resides on Merleau-Ponty’s proper body experience. It was verified that Foucault was the philosopher of the body entangled by power and knowledge forces, in the constitution of the subjects’ historic identity, relating it to the ruptures and discontinuities of tense collisions that ruin the historical body. In Merleau-Ponty, the embodiment enunciation refers to the grooming and the germinations, within the articulation of the proper body, while an originary stratum of the scientific and daily bodies, on their dehiscent relation. In another turn, it is only Merleau-Ponty that considers a joint articulation between entanglement and germinated body through which perception and subjetivation can be mutually alluded. In this direction, the attempt of Foucault, in his analytical, to submit Merleau-Ponty’s germinant body to the same discursive presupposition of his entangled body is a form of not considering the singularities of the enunciative landscape of the body in the Merleau-Ponty’s phenomenology. Through bibliographic readings of the authors, commentators and other modern philosophy authors, through a transdisciplinar approach, which refers itself either to the Psychology or Philosophy field, as it analyzes the complex relation among the lived body and the process of the socio-historical construction of the modern subject. (FAPESP).
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Corpo e psicopatologia na filosofia de Merleau-Ponty / Body and psychopathology in Merleau-Ponty\'s philosophy.

Marcelo Georgétti Vieira 18 June 2010 (has links)
No presente estudo, nos propomos a estudar a noção de psicopatologia presente nas primeiras obras de Merleau-Ponty, A Estrutura do Comportamento, publicada em 1942, Fenomenologia da Percepção, publicada em 1945, e em parte do resumo de cursos realizados na Sorbonne, realizados entre 1948 e 1952. Por não se tratar de um tema diretamente abordado pelo filósofo, e sendo a doença compreendida como um comprometimento da vida, em um primeiro momento nos ocupamos de esboçar a noção de vida para este, tida como um princípio auto-regulativo, normativo e polarizado para um conjunto de relações concretas entre o organismo e seu meio visando atender tanto às necessidades biológicas do primeiro quanto às demandas adaptativas impostas pelo segundo. Destacamos como fundamental a repercussão do pensamento de Goldstein dentro do pensamento merleau-pontyano, que contribuiu com uma concepção integracionista de organismo presente sobretudo na primeira obra de Merleau-Ponty (A Estrutura do Comportamento), e também com a noção de \"coming to terms\", isto é, do modo como se dá o ajuste entre o organismo e seu meio. Também nos reportamos a Georges Canguilhem, por sua afinidade com o pensamento do filósofo e pela importante contextualização desta noção de vida de que tratamos dentro da história da medicina. Em um segundo momento, nos ocupamos então de uma análise mais pormenorizada da noção de psicopatologia presente nas discussões sobre corporeidade que se apoiaram sobre a análise de quadros doentios presentes na Fenomenologia da Percepção e nos cursos da Sorbonne, o caso Schneider de lesão cerebral, da jovem afônica, do membro fantasma, das alucinações esquizofrênicas e das alucinações verbais. Ressaltamos as interlocuções entre o filósofo e Sartre, Minkowski, Politzer e o pensamento freudiano. Por fim, discutimos sobre a proposta de compreender a loucura como potencialidade criativa, uma implicação indireta para nosso tema presente no ensaio que Merleau-Ponty redigiu sobre Cézanne, publicado em 1948 sob o nome de A Dúvida de Cézanne. (FAPESP) / In the present work, we aim to study the notion of psychopathology in Merleau-Ponty\'s first works, The Structure of Behavior, published in 1942, Phenomenology of Perception, published in 1945 and in part of the resumes in Sorbonne\'s courses, offered between 1948 and 1952. Once it\'s not a theme straightly approached by the philosopher, and once sickness is understood as an injury to life, firstly we look for a rough-draw of his notion of life, considered as a self regulative and normative principle, turned to an amount of concrete relations between the organism and its environment, attempting to solve both in first one\'s biological needs as in adaptive demands imposed by the second. We emphasize as fundamental the repercussion of Goldstein\'s thoughts in Merleau-Ponty\'s, which has contributed with an integrationist conception of organism present mainly in Merleau-Ponty\'s first work (The Structure of Behavior) and also with the notion of \"coming to terms\", that is, how an organism and its environment come to a mutual agreement. We also turn ourselves to Canguilhem, as much for his affinity with the philosopher\'s thoughts as for the meaningful position of this notion of life we argue inside medicine\'s history. In a second moment, we develop a more detailed analysis of psychopathology\'s notion that appears in Phenomenology of Perception and Sorbonne courses\' discussions on embodiment developed from the examination of illness cases, such as Schneider\'s brain damage, the aphonic lady, the phantom member, schizophrenic hallucinations and verbal hallucinations. We emphasize the interlocutions between the philosopher and Sartre, Minkowski, Politzer and Freudian\'s thought. At last, we discuss the proposal of understanding madness as a creative potentiality, an indirect implication for our theme present in Merleau-Ponty\'s issue on Cézanne, published in 1948 as Cézanne\'s Doubt. (FAPESP)

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