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A POLITICAL ECONOMY APPROACH TO MULTILATERAL CONDITIONAL LENDINGSHARMA, POOJA 11 October 2001 (has links)
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What Factors are Associated with Multilateral Environmental Agreement Noncompliance, and can Agreement Provisions be Designed to Mitigate them?Seymour, Sezaneh Momeni 20 March 2020 (has links)
This research contributes to gaps in the international relations and international law literature on compliance by engaging practitioners with multilateral environmental agreement (MEA) expertise to answer two questions: 1) what factors are associated with MEA noncompliance; and 2) is there a relationship between the design of MEA provisions and compliance with those provisions.
Practitioners overwhelmingly associate MEA noncompliance with insufficient domestic interagency consultation early in the lifecycle of a multilateral environmental agreement, particularly during its negotiation. The interagency consultative process is the mechanism by which a state identifies the nature of its relevant domestic environmental challenges and the availability of its institutional, financial, and technical resources to address them. Absent a robust process, state delegated representatives engage in negotiating obligations on behalf of their states without a full understanding of the domestic context. Consequently, they may inadvertently negotiate obligations that are impractical or otherwise inconsistent with domestic realities. Under these circumstances, a state may subsequently set itself on a trajectory of noncompliance when ratifying the agreement. Three noncompliance cases under the Basel Convention on the Control of Transboundary Movements of Hazardous Wastes and Their Disposal are consistent with this finding.
The design of treaty provisions might serve to mitigate some factors associated with MEA noncompliance. Practitioners observe a relationship between the design of treaty provisions and compliance with those provisions. When presented with two different legal design options, practitioners overwhelmingly expressed a preference for obligations of outcome over obligations of action. Preserving state flexibility to determine how to implement obligations may mitigate noncompliance associated with insufficient domestic consultation early in the lifecycle of an MEA, but more research is necessary to draw the conclusion that one legal design produces better compliance results over another. / Doctor of Philosophy / States actively negotiate multilateral environmental agreements (MEA) to address transboundary environmental challenges. When states fail to comply with their obligations under these agreements, the international community's collective environmental goals are compromised. This research contributes to the literature on compliance by exploring two questions: 1) what factors are associated with MEA noncompliance; and 2) is there a relationship between the design of MEA provisions and compliance with those provisions.
MEA noncompliance is overwhelmingly associated with states' poor preparation to engage in the negotiation and implementation of multilateral environmental agreements. Poor preparation is the result of insufficient domestic interagency consultation, which is the process by which a state identifies the nature of its relevant domestic environmental challenges and its ability to address them. The design of MEA provisions might serve to mitigate some factors associated with noncompliance, particularly if that design gives states the flexibility to later determine how or which domestic measures to take in order to meet the relevant outcome contained in their MEA obligations. However, more research is needed to draw the conclusion that one legal design is better than another.
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China's Participation in the South China Sea Environmental Project: Moving From a Laggard to a Leader in the Regional Environmental CooperationJiao, Jinfeng 16 June 2008 (has links)
The South China Sea is known as an area where the Chinese government stands against its Southeast Asian neighbors in unresolved sovereignty conflicts over the disputed islands and the exploration for natural resources. Therefore, the South China Sea presents challenges for multilateral environmental cooperation. China was not an active participant in the multilateral environmental cooperation in the South China Sea before the 1990s. However, the approval of the United Nations Environmental Programme (UNEP)/Global Environmental Facility (GEF) South China Sea Project in 1999 marked a dramatic attitude change by the Chinese government towards the South China Sea environmental protection. It is the first multilateral inter-governmental initiative signed by China on any issues related to the South China Sea. Before signing its approval of the UNEP/GEF South China Sea Project, the Chinese government strongly opposed any multilateral cooperation concerning the South China Sea, since most of the islands in the South China Sea are territorially disputed islands between China and other coastal countries. This thesis tries to find the reasons why China changed its attitudes on the multilateral environmental cooperation in the South China Sea. Based on an analysis what happened for China from 1995 when the UNEP/GEF South China Sea project was initiated, to 1999, when China approved this project, this thesis found that the motivations for China to participate in the multilateral environmental cooperation in the South China Sea are collective of national interests, rather than a pure environmental interest. / Master of Arts
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O terceiro xadrez: como as empresas multinacionais negociam nas relações econômicas internacionais / The third chessboard: how the multinational companies negotiate in the iInternational economic relationsSarfati, Gilberto 05 October 2006 (has links)
O objetivo primário desta tese é identificar como as empresas multinacionais (EMNs) agem como negociadoras nas relações econômicas internacionais (REI). A hipótese geral a ser verificada é de que as EMNs buscam influenciar os Estados e suas coalizões utilizando-se de seu poder estrutural e de seu poder brando, nacional e transnacionalmente, de modo a afetar os interesses dos Estados e de suas coalizões. A efetividade da defesa de seus interesses depende, basicamente, da confluência dos interesses dos Estados e das empresas e da vulnerabilidade dos Estados em relação às atividades das empresas bem como a capacidade relativa das coalizões que as empresas buscam influenciar. Dentro desse contexto, na parte I deste trabalho, proponho uma breve discussão sobre o papel das EMNs nas Relações Econômicas Internacionais contemporâneas, identificando quatro grandes cortes teóricos: Marxismo, incluindo vertentes neo-marxistas como a Teoria da Dependência e o Sistema Mundial Moderno; Neo-Realismo, incluindo a Teoria da Estabilidade Hegemônica, o Neoliberalismo, incluindo a Interdependência Complexa e; a visão delineada por Susan Strange. Como conclusão desta discussão, justifico o meu corte teórico fundamentalmente ligado à interdependência complexa e ao xadrez de três níveis de Nye (Neoliberalismo), pelo seu desenho teórico que permite ver a ação das EMNs como independente e não submissa à ação dos Estados, ao mesmo tempo que aceita a centralidade da ação dos Estados na regulação do sistema econômico internacional. Em seguida, reconheço a limitação do poder de influência das EMNs através de uma extensão do modelo Frieden-Rogowsky, onde proponho que; (a) os setores prejudicados pelo processo de internacionalização tendem, tanto em nível nacional quanto em nível transnacional, a se opor a ações políticas das EMNs e; (b) regimes autoritários tendem a ser menos vulneráveis em relação à ação política das EMNs. Finalmente, na Parte II, realizamos dois estudos de caso relativos ao nosso modelo de negociações de empresas EMNs no contexto da política internacional: as negociações sobre o estabelecimento de um regime de propriedade intelectual no contexto da Rodada Uruguai do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade) e o Protocolo de Cartagena de Biosegurança , instrumento complementar à Convenção de Biodiversidade (CBD) que regulamenta os organismos geneticamente modificados (OGMs). Uma importante conclusão da tese é que a influência das EMNs nas negociações econômicas internacionais depende largamente das estruturas dos processos de negociação, onde fóruns multilaterais e multitemáticos tendem a favorecer a influência das EMNs em comparação a fóruns monotemáticos. Outra importante contribuição teórica foi explicar as circunstâncias em que as EMNs operam como negociadores das REI, através da influência, se utilizando de poder estrutural e brando, buscando formar coalizões transnacionais e buscando incentivar a formação de coalizões entre Estados que defendam os seus interesses em contextos intergovernamentais. Ou seja, este trabalho explica um pouco da dinâmica da relação do chamado terceiro xadrez (transnacioal) com o segundo xadrez (econômico) das relações internacionais. / The main objective of this thesis is to identify how the multinational companies (MNCs) act as negotiators in the international economic relations (IER). The main hypothesis is that the MNCs try to influence the States and their coalitions, nationally and transnationally, through its structural power as well as its soft power. The defense of their corporate interests depends on the confluence of their interests with those of the states as well as the state\'s vulnerabilities to the corporations activities. Moreover, the MNCs should be able to influence the strongest state\'s coalition in the multilateral process of negotiation. In the first part of this work I propose a brief discussion of the role of the MNCs in the contemporary IER through four theoretical cuts: Marxism, including neo-marxists theories such as the Dependency Theory and the Modern Wold System; Neorealism, including the Hegemonic Stability Theory; neoliberalism, including the Complex Interdependence and; the Susan Strange\'s approach. As a conclusion of this part I justify my theoretical preference related to the Complex Interdependence and the three level chessboard of Nye (Neoliberalism) since its allows us to understand the MNCs preferences as independent of those of the states. At the same time, these models recognize that states still play a central role in the regulation of the international economic system. I recognize the limitations of the MNCs influence power through an extension of the Frieden-Rogowsky model, where I propose that: (a) the sectors damaged by the process of internationalization tend, nationally and transnationally, to oppose to the political actions of the MNCs and; (b) authoritarian regimes tend to be less vulnerable to the political actions of the MNCs. The part II of the thesis shows the role of MNCs in two case studies: the negotiations that led to the creation of an international regime of intellectual property in the Uruguay Round of GATT (General Agreement on Tariffs and Trade) and the negotiations of the Cartagena Protocol of Biosafety, a complementary instrument of the Biodiversity Convention (CBD), which regulates the genetically modified organisms (GMOs). An important conclusion of this thesis is that influence of the MNCs depends on the structure of the negotiation process. Multilateral and multi-issues processes tend to increase their influence in comparison to single-issue negotiations. Another important theoretical contribution was to explain under which circumstances the MNCs are able to act as negotiators in the IRE, through influence, utilizing its structural and soft powers, by forming transnational coalitions and by helping the formation of state\'s coalitions willing to defend their interests in intergovernamental negotiation processes. Therefore, this work partially explains the relationship between the third chessboard (transnational) and the second chessboard (economics) of international relations.
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O regionalismo desenvolvimentista sul-americano frente ao sistema multilateral de comércio: uma análise júridica de exercício de policy space pelas organizações de integração regional da América do Sul / The South-American developmental regionalism vis-à-vis the multilateral trading system: a legal analysis of the exercise of policy space by the South-American regional integration organizationsSalles, Marcus Maurer de 03 December 2012 (has links)
A presente tese se propõe a responder a seguinte questão: É correto afirmar que o regionalismo desenvolvimentista sul-americano, implantado ao longo do século XX, e o novo regionalismo desenvolvimentista, implantado ao longo da primeira década do século XXI, são compatíveis com as regras do sistema multilateral de comércio? Em outras palavras, as organizações de integração regional da América do Sul têm balizado as suas políticas desenvolvimentistas no policy space decorrente das prerrogativas jurídicas para o desenvolvimento do sistema multilateral de comércio? Para tratar o refrido tema, parte-se da premissa que os países da América do Sul historicamente sempre fizeram uso das prerrogativas jurídicas para o desenvolvimento, desde que tais surgiram no sistema multilateral de comércio, e possibilitaram a implantação de políticas no plano nacional e regional. Ao longo da tese, é analisada, desde uma perspectiva jurídica, a compatibilidade com as regras do sistema multilateral de comércio dos principais aspectos desenvolvimentistas das organizações de integração regional criadas na América do Sul, desde a ALALC, em 1960, até a UNASUL, em 2008. Concluiu-se que tanto o velho quanto o novo regionalismo desenvolvimentista da América do Sul foram levados adiante em concordância com o direito internacional do comércio, seja ao longo do período GATT, seja ao longo do período OMC. Mesmo com a redução de policy space decorrente da entrada em vigor dos acordos da OMC, a América do Sul vislumbrou manter um relativamente alto nível de espaço político (policy space) para a criação de políticas públicas de desenvolvimento. Atualmente, percebe-se uma tendência das organizações de integração regional da América do Sul, especialmente da UNASUL e do MERCOSUL, de levar adiante políticas públicas em torno de temas não-regulados pela OMC, o que caracterizaria uma estratégia OMC-extra. O novo regionalismo desenvolvimentista sul-americano está finalmente se constituindo para além do policy space do sistema multilateral de comércio, o que, por não configurar, a priori, uma incompatibilidade dos processos de integração com as regras da OMC, contribui para fortalecer o primado do direito internacional na América do Sul. / This thesis aims to answer the following question: Can it be said that the South American developmental regionalism, carried out throughout the twentieth century, and the new developmental regionalism, implemented during the first decade of this century, are compatible with the rules of multilateral trading system? In other words, have the regional integration organizations in South America based their developmental policies in the policy space resulting from the developmental legal prerogatives of the multilateral trading system? To treat such theme, we start from the premise that the countries of South America have historically made use of legal rights for development, since these arose in the multilateral trading system, and enabled the implementation of policies at the national and regional levels. From a legal perspective, the thesis analyses the compatibility of the main developmental aspects of regional integration organizations created in South America since the LAFTA in 1960 to UNASUR, in 2008 with the rules of the multilateral trading system. It was concluded that both the old and the new developmental regionalism in South America were brought forward in accordance with international trade law, either through the GATT period, either during the WTO period. Even with the reduction of policy space resulting from the entry into force of the WTO agreements, South America managed to maintain a relatively high level of policy space for the creation of developmental public policies. Currently, there is a perceived trend of regional integration organizations in South America, especially the MERCOSUR and UNASUR, to carry out public policies on topics unregulated by the WTO, which would characterize a strategy WTO-extra. The new South American developmental regionalism is finally going beyond the policy space of the multilateral trading system, which, by not setting a priori incompatibility of the integration processes with WTO rules, contributes to strengthen the rule of international law in South America.
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O regionalismo desenvolvimentista sul-americano frente ao sistema multilateral de comércio: uma análise júridica de exercício de policy space pelas organizações de integração regional da América do Sul / The South-American developmental regionalism vis-à-vis the multilateral trading system: a legal analysis of the exercise of policy space by the South-American regional integration organizationsMarcus Maurer de Salles 03 December 2012 (has links)
A presente tese se propõe a responder a seguinte questão: É correto afirmar que o regionalismo desenvolvimentista sul-americano, implantado ao longo do século XX, e o novo regionalismo desenvolvimentista, implantado ao longo da primeira década do século XXI, são compatíveis com as regras do sistema multilateral de comércio? Em outras palavras, as organizações de integração regional da América do Sul têm balizado as suas políticas desenvolvimentistas no policy space decorrente das prerrogativas jurídicas para o desenvolvimento do sistema multilateral de comércio? Para tratar o refrido tema, parte-se da premissa que os países da América do Sul historicamente sempre fizeram uso das prerrogativas jurídicas para o desenvolvimento, desde que tais surgiram no sistema multilateral de comércio, e possibilitaram a implantação de políticas no plano nacional e regional. Ao longo da tese, é analisada, desde uma perspectiva jurídica, a compatibilidade com as regras do sistema multilateral de comércio dos principais aspectos desenvolvimentistas das organizações de integração regional criadas na América do Sul, desde a ALALC, em 1960, até a UNASUL, em 2008. Concluiu-se que tanto o velho quanto o novo regionalismo desenvolvimentista da América do Sul foram levados adiante em concordância com o direito internacional do comércio, seja ao longo do período GATT, seja ao longo do período OMC. Mesmo com a redução de policy space decorrente da entrada em vigor dos acordos da OMC, a América do Sul vislumbrou manter um relativamente alto nível de espaço político (policy space) para a criação de políticas públicas de desenvolvimento. Atualmente, percebe-se uma tendência das organizações de integração regional da América do Sul, especialmente da UNASUL e do MERCOSUL, de levar adiante políticas públicas em torno de temas não-regulados pela OMC, o que caracterizaria uma estratégia OMC-extra. O novo regionalismo desenvolvimentista sul-americano está finalmente se constituindo para além do policy space do sistema multilateral de comércio, o que, por não configurar, a priori, uma incompatibilidade dos processos de integração com as regras da OMC, contribui para fortalecer o primado do direito internacional na América do Sul. / This thesis aims to answer the following question: Can it be said that the South American developmental regionalism, carried out throughout the twentieth century, and the new developmental regionalism, implemented during the first decade of this century, are compatible with the rules of multilateral trading system? In other words, have the regional integration organizations in South America based their developmental policies in the policy space resulting from the developmental legal prerogatives of the multilateral trading system? To treat such theme, we start from the premise that the countries of South America have historically made use of legal rights for development, since these arose in the multilateral trading system, and enabled the implementation of policies at the national and regional levels. From a legal perspective, the thesis analyses the compatibility of the main developmental aspects of regional integration organizations created in South America since the LAFTA in 1960 to UNASUR, in 2008 with the rules of the multilateral trading system. It was concluded that both the old and the new developmental regionalism in South America were brought forward in accordance with international trade law, either through the GATT period, either during the WTO period. Even with the reduction of policy space resulting from the entry into force of the WTO agreements, South America managed to maintain a relatively high level of policy space for the creation of developmental public policies. Currently, there is a perceived trend of regional integration organizations in South America, especially the MERCOSUR and UNASUR, to carry out public policies on topics unregulated by the WTO, which would characterize a strategy WTO-extra. The new South American developmental regionalism is finally going beyond the policy space of the multilateral trading system, which, by not setting a priori incompatibility of the integration processes with WTO rules, contributes to strengthen the rule of international law in South America.
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Os estudos de educação comparada internacional no banco de dissertações e teses da CAPES no período de 1987 a 2006 / The studies of International Comparative Education in the Dissertation and Thesis Databank of CAPES from 1987 to 2006Gregorio, Marcia Gomes 28 August 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-08-28 / The intensification of the globalization process, the weakening of the National States with the strengthening of supra-national identity territories and the advent of the information technologies favored a more intense interchange between countries and gave a new life to comparative studies. This dissertation aims at analyzing what has been produced in Brazil in the form of Master s Dissertations and Doctorate s Thesis in the last two decades in the field of International Comparative Education. The objective of this research was to understand if these works are realized according to the standards, procedures and perspectives indicated by multilateral agencies or otherwise, if what has been academically accomplished in the field has been criticizing the influence of multilateral agencies on the educational policies implemented in Brazil. A group of 37 keywords related to Comparative Education was searched in the CAPES Databank. The analyses revealed 53 works on International Comparative Education. This material was divided according to the topics they presented and a group of 11 dissertations and thesis on educational systems and policies was obtained. These works were analyzed according to the following categories: a) modernization and development; b) the hole of multilateral agencies/autonomy; c) educational system s reforms; d) homogeneity/diversity; e) the hole attributed to the indicators. The results show that although some of these works contain certain characteristics that are typical of the conceptions presented by multilateral agencies, the majority of them is critical and denounces the hegemonic patterns established by developed countries and that are imposed to the developing countries, based on uniform diagnosis performed by multilateral agencies. / A intensificação do processo de globalização, o enfraquecimento dos limites dos Estados nacionais com o surgimento dos grandes blocos de países e o advento das tecnologias da informação proporcionaram um intercâmbio crescente entre os países e deram novo alento aos estudos comparativos. Este trabalho teve como objetivo analisar o que tem sido realizado no Brasil, na forma de dissertações de mestrado e teses de doutorado, nas duas últimas décadas, na área de Educação Comparada Internacional. Nosso problema de pesquisa partia da necessidade de compreender se as pesquisas na área de Educação Comparada no Brasil têm sido realizadas segundo padrões, procedimentos e perspectivas indicados pelos organismos multilaterais ou, inversamente, se o que tem sido produzido academicamente tem se constituído como uma crítica às ações que legitimam as políticas educacionais implantadas no Brasil sob a influência das agências multilaterais. A pesquisa buscou no Banco de Dados da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) um conjunto de 37 palavras-chave relacionadas à Educação Comparada. A análise efetuada apontou um total de 53 dissertações e teses que fazem estudos comparativos internacionais na área da educação. Estes trabalhos foram agrupados de acordo com a temática abordada e obtivemos um grupo de 11 trabalhos que analisam sistemas e políticas educacionais. Estes trabalhos foram analisados de acordo com as seguintes categorias: a)desenvolvimento e modernização; b)papel das agências multilaterais/autonomia; c)reforma dos sistemas educacionais; d)homogeneização/diversidade; e)papel atribuído aos indicadores. Os resultados obtidos mostraram que embora alguns desses trabalhos apresentem matizes característicos das concepções apresentadas pelas agências multilaterais, a maioria deles é crítica e denuncia os modelos hegemônicos estabelecidos pelos países desenvolvidos e que são impostos aos países em desenvolvimento, a partir de diagnósticos uniformizadores realizados pelas agências multilaterais.
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O terceiro xadrez: como as empresas multinacionais negociam nas relações econômicas internacionais / The third chessboard: how the multinational companies negotiate in the iInternational economic relationsGilberto Sarfati 05 October 2006 (has links)
O objetivo primário desta tese é identificar como as empresas multinacionais (EMNs) agem como negociadoras nas relações econômicas internacionais (REI). A hipótese geral a ser verificada é de que as EMNs buscam influenciar os Estados e suas coalizões utilizando-se de seu poder estrutural e de seu poder brando, nacional e transnacionalmente, de modo a afetar os interesses dos Estados e de suas coalizões. A efetividade da defesa de seus interesses depende, basicamente, da confluência dos interesses dos Estados e das empresas e da vulnerabilidade dos Estados em relação às atividades das empresas bem como a capacidade relativa das coalizões que as empresas buscam influenciar. Dentro desse contexto, na parte I deste trabalho, proponho uma breve discussão sobre o papel das EMNs nas Relações Econômicas Internacionais contemporâneas, identificando quatro grandes cortes teóricos: Marxismo, incluindo vertentes neo-marxistas como a Teoria da Dependência e o Sistema Mundial Moderno; Neo-Realismo, incluindo a Teoria da Estabilidade Hegemônica, o Neoliberalismo, incluindo a Interdependência Complexa e; a visão delineada por Susan Strange. Como conclusão desta discussão, justifico o meu corte teórico fundamentalmente ligado à interdependência complexa e ao xadrez de três níveis de Nye (Neoliberalismo), pelo seu desenho teórico que permite ver a ação das EMNs como independente e não submissa à ação dos Estados, ao mesmo tempo que aceita a centralidade da ação dos Estados na regulação do sistema econômico internacional. Em seguida, reconheço a limitação do poder de influência das EMNs através de uma extensão do modelo Frieden-Rogowsky, onde proponho que; (a) os setores prejudicados pelo processo de internacionalização tendem, tanto em nível nacional quanto em nível transnacional, a se opor a ações políticas das EMNs e; (b) regimes autoritários tendem a ser menos vulneráveis em relação à ação política das EMNs. Finalmente, na Parte II, realizamos dois estudos de caso relativos ao nosso modelo de negociações de empresas EMNs no contexto da política internacional: as negociações sobre o estabelecimento de um regime de propriedade intelectual no contexto da Rodada Uruguai do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade) e o Protocolo de Cartagena de Biosegurança , instrumento complementar à Convenção de Biodiversidade (CBD) que regulamenta os organismos geneticamente modificados (OGMs). Uma importante conclusão da tese é que a influência das EMNs nas negociações econômicas internacionais depende largamente das estruturas dos processos de negociação, onde fóruns multilaterais e multitemáticos tendem a favorecer a influência das EMNs em comparação a fóruns monotemáticos. Outra importante contribuição teórica foi explicar as circunstâncias em que as EMNs operam como negociadores das REI, através da influência, se utilizando de poder estrutural e brando, buscando formar coalizões transnacionais e buscando incentivar a formação de coalizões entre Estados que defendam os seus interesses em contextos intergovernamentais. Ou seja, este trabalho explica um pouco da dinâmica da relação do chamado terceiro xadrez (transnacioal) com o segundo xadrez (econômico) das relações internacionais. / The main objective of this thesis is to identify how the multinational companies (MNCs) act as negotiators in the international economic relations (IER). The main hypothesis is that the MNCs try to influence the States and their coalitions, nationally and transnationally, through its structural power as well as its soft power. The defense of their corporate interests depends on the confluence of their interests with those of the states as well as the state\'s vulnerabilities to the corporations activities. Moreover, the MNCs should be able to influence the strongest state\'s coalition in the multilateral process of negotiation. In the first part of this work I propose a brief discussion of the role of the MNCs in the contemporary IER through four theoretical cuts: Marxism, including neo-marxists theories such as the Dependency Theory and the Modern Wold System; Neorealism, including the Hegemonic Stability Theory; neoliberalism, including the Complex Interdependence and; the Susan Strange\'s approach. As a conclusion of this part I justify my theoretical preference related to the Complex Interdependence and the three level chessboard of Nye (Neoliberalism) since its allows us to understand the MNCs preferences as independent of those of the states. At the same time, these models recognize that states still play a central role in the regulation of the international economic system. I recognize the limitations of the MNCs influence power through an extension of the Frieden-Rogowsky model, where I propose that: (a) the sectors damaged by the process of internationalization tend, nationally and transnationally, to oppose to the political actions of the MNCs and; (b) authoritarian regimes tend to be less vulnerable to the political actions of the MNCs. The part II of the thesis shows the role of MNCs in two case studies: the negotiations that led to the creation of an international regime of intellectual property in the Uruguay Round of GATT (General Agreement on Tariffs and Trade) and the negotiations of the Cartagena Protocol of Biosafety, a complementary instrument of the Biodiversity Convention (CBD), which regulates the genetically modified organisms (GMOs). An important conclusion of this thesis is that influence of the MNCs depends on the structure of the negotiation process. Multilateral and multi-issues processes tend to increase their influence in comparison to single-issue negotiations. Another important theoretical contribution was to explain under which circumstances the MNCs are able to act as negotiators in the IRE, through influence, utilizing its structural and soft powers, by forming transnational coalitions and by helping the formation of state\'s coalitions willing to defend their interests in intergovernamental negotiation processes. Therefore, this work partially explains the relationship between the third chessboard (transnational) and the second chessboard (economics) of international relations.
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A atuação da China no Conselho de Segurança das Nações Unidas (1971-2010) / Evolução da política externa chinesa (1949-2010) / China\'s Role in The Security Council of The United Nations, from 1971 to 2010Nogueira, Camila Martins Oliveira da Silva 20 April 2012 (has links)
O artigo analisa o padrão de votação e de proposição de resoluções da China no Conselho de Segurança das nações Unidas, com o objetivo verificar se o aumento das capacidades de poder deste país tem levado a alterações do seu comportamento neste órgão. / This article analyses the patterns of China\'s voting and submissions of draft resolution IN the Security Council, in order to see if China\'s increasing power capabilities has influenced its behavior on this board.
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À margem da OMC: a emergência dos padrões privados no comércio internacional / Beyond the fringe of the WTO: the rise of private standards in international tradeLima, Bruno Youssef Yunen Alves de 04 February 2019 (has links)
O comércio internacional contemporâneo caracteriza-se pela perda de importância relativa das medidas de natureza tarifária e pela crescente relevância simultaneamente assumida por exigências regulatórias (técnicas, sanitárias e fitossanitárias) de caráter não tarifário. A profusão dessas medidas, destinadas a estabelecer características de produtos ou processos e métodos de produção, é beneficiada pelo protagonismo assumido pelos agentes de mercado, empenhados em impor, à revelia do sistema multilateral de comércio, um arcabouço regulatório distinto, tematicamente mais amplo e geograficamente mais fragmentado. A emergência de uma governança, promovida por uma constelação de agentes privados interessados na determinação dessas medidas, rivaliza, portanto, com a tradicional liderança exercida pelos Estados, cuja atuação está circunscrita aos limites impostos pelos acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC). Nesse contexto, o presente trabalho sustenta que a transferência gradual de responsabilidade pelo controle do espaço regulatório a fontes não tradicionais de poder, tais como os agentes de mercado, representa uma escolha voluntária e refletida dos Estados, ainda que sob pena de esvaziamento da arena multilateral como espaço exclusivo de construção de regras. Embora esta calibrada fragilização da organização aparente representar um risco ao próprio sistema internacional de comércio, tal deflexão acaba por assegurar aos Estados o espaço político requerido para acomodações de poder, com simultânea preservação dos ganhos auferidos em outras esferas da agenda multilateral. / Contemporary international trade is characterized by the loss of relative importance of tariff measures and the growing relevance of non-tariff regulatory requirements (technical, sanitary and phytosanitary). The profusion of these measures, designed to establish characteristics of products or processes and production methods, benefits from the leading role played by market players, who are committed to impose, in default of the multilateral trading system, a distinct, thematically broader and geographically more fragmented regulatory framework. The emergence of a new governance, led by a constellation of private agents interested in the creation of these measures, therefore rivals the traditional leadership exercised by States, whose performance is limited to the limits imposed by the World Trade Organization (WTO) agreements. In this context, the present paper argues that the gradual transfer of responsibility for the control of the regulatory space to non-traditional sources of power, such as market agents, represents a voluntary and reflected choice of States, although it may happen under penalty of emptying the multilateral arena as an exclusive rule-making space. While this calibrated weakening of the organization seems to pose a risk to the international trading system, such a deflation ultimately provides States with the policy space required for power accommodation, with simultaneous preservation of gains earned in other spheres of the multilateral agenda.
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