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A distinção entre conceito e objeto e a inexpressabilidade da lógica em FregeMachado, Valquíria January 2014 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo compreender como a distinção entre conceito e objeto opera no sistema fregeano de modo a autorizar ou não alguma concepção de inexpressabilidade como característica fundamental da lógica. O problema de fundo é determinar em que sentido distinções entre categorias lógicas, especificamente a distinção entre conceito e objeto, envolvem algum tipo de inexpressabilidade. A questão é abordada com foco no problema do estatuto da proposição “O conceito cavalo não é um conceito”. Tratamos do problema através da apresentação de duas alternativas que envolvem um esforço de formalização da proposição. A primeira alternativa insere-se numa tradição de comentários que aproxima as considerações de Frege sobre essa proposição a certas ideias do Tractatus de Wittgenstein, atribuindo à proposição o estatuto de contrassenso. A segunda alternativa problematiza, pelo menos em parte, a primeira, ao trazer razões para a consideração da afirmação como uma proposição com sentido. Refletindo sobre as duas alternativas, consideramos que há mais de uma maneira de conceber a ideia de inexpressabilidade da lógica presente nas obras de Frege. / This work aims to understand how the distinction between concept and object works in the fregean system in such a way as to authorize some conception of inexpressibility as a fundamental feature of logic. The background problem is to ascertain how distinctions between logical categories, specifically the distinction between concept and object, involve some kind of inexpressibility. Our approach to the question focuses on the problem of the status of the proposition ‘The concept horse is not a concept’. Two alternatives are shown here that involve an effort of formalization of this proposition. The first alternative is part of a tradition of Frege’s exegesis that approximates Frege’s considerations about this proposition to certain ideas of Wittgenstein's Tractatus, assigning to the proposition the status of nonsense. The second alternative probematizes the first one at least in part by bringing reasons to considerate the statement as a proposition with sense. Reflecting on the two alternatives, we believe that there is more than one way of conceiving the idea of inexpressibility of logic in the works of Frege.
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A distinção entre conceito e objeto e a inexpressabilidade da lógica em FregeMachado, Valquíria January 2014 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo compreender como a distinção entre conceito e objeto opera no sistema fregeano de modo a autorizar ou não alguma concepção de inexpressabilidade como característica fundamental da lógica. O problema de fundo é determinar em que sentido distinções entre categorias lógicas, especificamente a distinção entre conceito e objeto, envolvem algum tipo de inexpressabilidade. A questão é abordada com foco no problema do estatuto da proposição “O conceito cavalo não é um conceito”. Tratamos do problema através da apresentação de duas alternativas que envolvem um esforço de formalização da proposição. A primeira alternativa insere-se numa tradição de comentários que aproxima as considerações de Frege sobre essa proposição a certas ideias do Tractatus de Wittgenstein, atribuindo à proposição o estatuto de contrassenso. A segunda alternativa problematiza, pelo menos em parte, a primeira, ao trazer razões para a consideração da afirmação como uma proposição com sentido. Refletindo sobre as duas alternativas, consideramos que há mais de uma maneira de conceber a ideia de inexpressabilidade da lógica presente nas obras de Frege. / This work aims to understand how the distinction between concept and object works in the fregean system in such a way as to authorize some conception of inexpressibility as a fundamental feature of logic. The background problem is to ascertain how distinctions between logical categories, specifically the distinction between concept and object, involve some kind of inexpressibility. Our approach to the question focuses on the problem of the status of the proposition ‘The concept horse is not a concept’. Two alternatives are shown here that involve an effort of formalization of this proposition. The first alternative is part of a tradition of Frege’s exegesis that approximates Frege’s considerations about this proposition to certain ideas of Wittgenstein's Tractatus, assigning to the proposition the status of nonsense. The second alternative probematizes the first one at least in part by bringing reasons to considerate the statement as a proposition with sense. Reflecting on the two alternatives, we believe that there is more than one way of conceiving the idea of inexpressibility of logic in the works of Frege.
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A distinção entre conceito e objeto e a inexpressabilidade da lógica em FregeMachado, Valquíria January 2014 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo compreender como a distinção entre conceito e objeto opera no sistema fregeano de modo a autorizar ou não alguma concepção de inexpressabilidade como característica fundamental da lógica. O problema de fundo é determinar em que sentido distinções entre categorias lógicas, especificamente a distinção entre conceito e objeto, envolvem algum tipo de inexpressabilidade. A questão é abordada com foco no problema do estatuto da proposição “O conceito cavalo não é um conceito”. Tratamos do problema através da apresentação de duas alternativas que envolvem um esforço de formalização da proposição. A primeira alternativa insere-se numa tradição de comentários que aproxima as considerações de Frege sobre essa proposição a certas ideias do Tractatus de Wittgenstein, atribuindo à proposição o estatuto de contrassenso. A segunda alternativa problematiza, pelo menos em parte, a primeira, ao trazer razões para a consideração da afirmação como uma proposição com sentido. Refletindo sobre as duas alternativas, consideramos que há mais de uma maneira de conceber a ideia de inexpressabilidade da lógica presente nas obras de Frege. / This work aims to understand how the distinction between concept and object works in the fregean system in such a way as to authorize some conception of inexpressibility as a fundamental feature of logic. The background problem is to ascertain how distinctions between logical categories, specifically the distinction between concept and object, involve some kind of inexpressibility. Our approach to the question focuses on the problem of the status of the proposition ‘The concept horse is not a concept’. Two alternatives are shown here that involve an effort of formalization of this proposition. The first alternative is part of a tradition of Frege’s exegesis that approximates Frege’s considerations about this proposition to certain ideas of Wittgenstein's Tractatus, assigning to the proposition the status of nonsense. The second alternative probematizes the first one at least in part by bringing reasons to considerate the statement as a proposition with sense. Reflecting on the two alternatives, we believe that there is more than one way of conceiving the idea of inexpressibility of logic in the works of Frege.
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Dedução transcendental e esquematismo transcendental : o problema da possibilidade e da necessidade da constituição de objetos em Kant / Transcendental deduction and transcendental schematism: the problem of possibility and necessity of object's constitution in KantFaggion, Andrea Luisa Bucchile 06 June 2007 (has links)
Orientador: Zeljko Loparic / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-08T21:59:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: A expressão ¿Revolução Copernicana¿, usada por Kant para enfatizar a ruptura entre a filosofia crítica e a metafísica tradicional, leva-nos, acima de tudo, a considerar o objeto do conhecimento de uma nova maneira. Agora, o problema da relação entre uma representação e seu objeto tem um conceito do último similar a uma construção matemática como sua condição de solubilidade. Em outras palavras, a forma do objeto é considerada como sendo constituída por operações cognitivas. Explorando a Dedução Transcendental e o Esquematismo Transcendental, nós acreditamos ter descoberto que, mais do que a possibilidade de que um objeto em sentido ¿forte¿ seja constituído por operações cognitivas, Kant teve sucesso mesmo em provar que, em princípio, nós sempre temos que poder executar aquelas operações (desde que nós temos intelecto discursivo e intuição sensível). Isto é o mesmo que dizer que nossa leitura pretende compatibilizar a Semântica Trasncendental, enquanto uma Semântica Construtivista, com uma leitura anti-cética dos fins da Analítica Transcendental / Abstract: The expression ¿Copernican Revolution¿, used by Kant to emphasize the rupturebetween critical philosophy and metaphysical tradition, takes us, above all, to consider the object of knowledge in a new way. Now, the problem of the relation between a representation and its object has a concept of the later which is similar to a mathematical construction as its solvability condition. In other words, the form of the object is taken as constituted by cognitive operations. By exploring the Transcendental Deduction and the Transcendental Schematism, we believe to have discovered that, more than the possibility that an object in the ¿weighty¿ sense be constituted by cognitive operations, Kant has even succeed in proving that, in principle, we always have to be able to execute those operations (since we have discursive intellect and sensible intuition). This amounts to say that our reading intends to make Transcendental Semantic as a Constructive Semantic compatible with an anti-skeptical reading of Transcendental Analytic¿s goals / Doutorado / Doutor em Filosofia
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George Berkeley e o problema da inteligibilidade dos objetos matemáticos / George Berkeley and the problem of intelligibility of mathematical objectsCalazans, Alex, 1978- 25 August 2018 (has links)
Orientador: Fátima Regina Rodrigues Évora / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-25T13:29:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: O objetivo desta tese é estabelecer um estudo de como Berkeley concebeu os objetos matemáticos. Interessa saber se há, em seu pensamento, uma unidade no critério de inteligibilidade desses objetos. Busca-se, para isso, reconstruir alguns de seus argumentos quanto ao que ele considera como objetos legítimos não só da aritmética, álgebra e geometria, como também do cálculo infinitesimal. A partir disso, serão avaliadas as consequências interpretativas de seus textos de maturidade - como é o caso do texto O Analista (1734), conhecido pela crítica ao cálculo infinitesimal - sobre se há primazia de tais objetos no processo de avaliação da cientificidade das matemáticas. Não se almeja, portanto, adotar como porta de entrada a macro questão sobre o que é ciência matemática, para Berkeley, mas a questão de como a noção de objeto matemático apresenta-se, ou não, como um dos elementos importantes para o esclarecimento desse problema mais geral / Abstract: The aim of this thesis is to establish a study of how Berkeley devised mathematical objects. It is of interest to know whether there is, in his thinking, a unit in the criterion of intelligibility of these objects. To do this, we try to reconstruct some of his arguments about what he considers as legitimate objects, not only in arithmetic, algebra and geometry, but also in the infinitesimal calculus. From this, the interpretive consequences of his maturity texts are evaluated - such as the text The Analyst (1734), which is known for the criticism of the infinitesimal calculus - on whether there is primacy of such objects in the process of evaluating the scientific character of mathematics. Therefore, we don¿t want to adopt as an entrance the more general question of what is mathematical science, to Berkeley, but the question of how the notion of mathematical object is presented, or not, as one of the important elements to enlighten this more general problem / Doutorado / Filosofia / Doutor em Filosofia
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A escada de Wittgenstein : as relações entre mundo, linguagem e misticismo no tractatusPeres, Carolina Violante 17 February 2006 (has links)
Orientador: Arley Ramos Moreno / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-05T19:25:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2006 / Resumo: Este trabalho é uma tentativa de mostrar que Wittgenstein, no Tractatus, endossa um misticismo estrito senso, ou seja, que ele entende o Místico, em última instância, de modo monista, como substância una da realidade. No Tractatus Wittgenstein considerava que o indizível, e portanto, o Místico, só poderia ser delimitado a partir do interior do dizível. Assim, só a compreensão correta dos limites do mundo e da linguagem que o expressa poderia revelar o aspecto místico da realidade. A estrutura da linguagem e do mundo que ela afigura seria como uma escada e o Místico seria a verdade encontrada por aquele que conseguisse escalar os degraus dessa escada, passando através dela, por ela e para além dela (6.54). Procuraremos, neste trabalho, reconstituir os degraus que Wittgenstein teria galgado, partindo do interior da estrutura da linguagem e do mundo, de modo a atingir a verdade mais elevada sobre a realidade, que seria o Místico / Abstract: This work attempts to show that, in the Tractatus, Wittgenstein assumes a stricto sensu mysticism, i.e., that he understands the Mystic, in the final analysis, in a monist manner or as the one single substance of reality. In the Tractatus, Wittgenstein considers that the unsayable, and therefore the Mystic, could only be delimited starting from the interior of the sayable. Thus, only the correct understanding of the limits of the world and of the language that expresses it could reveal the mystic aspect of reality. The structure of language and of the world that it depicts would be like a ladder and the Mystic would be the truth encountered by whoever succeeds in climbing its steps, thus passing through them, on them, over them (6.54). In this work, we seek to retrace the steps that Wittgenstein would have climbed, starting from the interior of the structure of language and of the world, to reach the highest truth about reality, which would be the Mystic / Mestrado / Mestre em Filosofia
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Uma investigação sobre a inevitabilidade da crença em objetos externos segundo David HumeSoares, Franco Nero Antunes January 2008 (has links)
Esta dissertação pretende mostrar que a tese de Hume de que nós estamos inevitavelmente determinados a crer na existência de objetos externos tem a circunscrição de seu significado condicionada à identificação e à resolução de uma inconsistência presente na teoria humeana da crença inevitável em objetos externos. Essa inconsistência se expressa pela incompatibilidade entre a tese de que (P1) nós inevitavelmente cremos em objetos externos e a tese de que (P2) não podemos conceber objetos externos. Essas teses são incompatíveis se se considera que, para Hume, (P4) não podemos crer em algo que não podemos conceber. Esse problema só emerge se se supõe um uso unívoco da expressão "objeto externo" por parte de Hume em (P1) e (P2), e se se supõe que (P4) é o caso para Hume, o que se mostra ser um ponto de partida razoável. Os resultados indicam que as duas interpretações gerais do significado da tese de que nós inevitavelmente cremos em objetos externos, o naturalismo cético e o realismo cético, chegam a conclusões insatisfatórias porque ignoram esse problema. Por fim, conclui que não há, de fato, uma inconsistência na teoria humeana da crença em objetos externos porque não é o caso que não possamos ter uma concepção de objetos externos para Hume. Essa concepção se origina de um sentimento ou instinto original da mente. / This paper aims to show that Hume's claim that we are unavoidably determined to believe in the existence of external objects has the delimitation of our meaning conditioned to the identification and resolution of an inconsistency present in Hume's theory of the unavoidable belief in external objects. This inconsistency expresses itself by the incompatibility between the claim that (P1) we unavoidably believe in external objects and the claim that (P2) we can't conceive external objects. These claims are incompatible if we recognize that Hume claims as well that (P4) we can't believe in something that we can't conceive. This problem arises only if we suppose that Hume univocally uses the expression "external object" in (P1) and (P2), and if we suppose that (P4) is the case, a reasonable starting point. The results indicate that both general views of the meaning of the claim that we unavoidably believe in external objects, the skeptical naturalism and the skeptical realism, arrives at unsatisfactory outcomes because they ignore that problem. Finally, concludes that there's not, actually, an inconsistency in Hume's theory of belief in external objects because it's not the case that we can't conceive external objects. This conception of external existences arises out of a sentiment or natural instinct of the mind.
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Uma investigação sobre a inevitabilidade da crença em objetos externos segundo David HumeSoares, Franco Nero Antunes January 2008 (has links)
Esta dissertação pretende mostrar que a tese de Hume de que nós estamos inevitavelmente determinados a crer na existência de objetos externos tem a circunscrição de seu significado condicionada à identificação e à resolução de uma inconsistência presente na teoria humeana da crença inevitável em objetos externos. Essa inconsistência se expressa pela incompatibilidade entre a tese de que (P1) nós inevitavelmente cremos em objetos externos e a tese de que (P2) não podemos conceber objetos externos. Essas teses são incompatíveis se se considera que, para Hume, (P4) não podemos crer em algo que não podemos conceber. Esse problema só emerge se se supõe um uso unívoco da expressão "objeto externo" por parte de Hume em (P1) e (P2), e se se supõe que (P4) é o caso para Hume, o que se mostra ser um ponto de partida razoável. Os resultados indicam que as duas interpretações gerais do significado da tese de que nós inevitavelmente cremos em objetos externos, o naturalismo cético e o realismo cético, chegam a conclusões insatisfatórias porque ignoram esse problema. Por fim, conclui que não há, de fato, uma inconsistência na teoria humeana da crença em objetos externos porque não é o caso que não possamos ter uma concepção de objetos externos para Hume. Essa concepção se origina de um sentimento ou instinto original da mente. / This paper aims to show that Hume's claim that we are unavoidably determined to believe in the existence of external objects has the delimitation of our meaning conditioned to the identification and resolution of an inconsistency present in Hume's theory of the unavoidable belief in external objects. This inconsistency expresses itself by the incompatibility between the claim that (P1) we unavoidably believe in external objects and the claim that (P2) we can't conceive external objects. These claims are incompatible if we recognize that Hume claims as well that (P4) we can't believe in something that we can't conceive. This problem arises only if we suppose that Hume univocally uses the expression "external object" in (P1) and (P2), and if we suppose that (P4) is the case, a reasonable starting point. The results indicate that both general views of the meaning of the claim that we unavoidably believe in external objects, the skeptical naturalism and the skeptical realism, arrives at unsatisfactory outcomes because they ignore that problem. Finally, concludes that there's not, actually, an inconsistency in Hume's theory of belief in external objects because it's not the case that we can't conceive external objects. This conception of external existences arises out of a sentiment or natural instinct of the mind.
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Uma investigação sobre a inevitabilidade da crença em objetos externos segundo David HumeSoares, Franco Nero Antunes January 2008 (has links)
Esta dissertação pretende mostrar que a tese de Hume de que nós estamos inevitavelmente determinados a crer na existência de objetos externos tem a circunscrição de seu significado condicionada à identificação e à resolução de uma inconsistência presente na teoria humeana da crença inevitável em objetos externos. Essa inconsistência se expressa pela incompatibilidade entre a tese de que (P1) nós inevitavelmente cremos em objetos externos e a tese de que (P2) não podemos conceber objetos externos. Essas teses são incompatíveis se se considera que, para Hume, (P4) não podemos crer em algo que não podemos conceber. Esse problema só emerge se se supõe um uso unívoco da expressão "objeto externo" por parte de Hume em (P1) e (P2), e se se supõe que (P4) é o caso para Hume, o que se mostra ser um ponto de partida razoável. Os resultados indicam que as duas interpretações gerais do significado da tese de que nós inevitavelmente cremos em objetos externos, o naturalismo cético e o realismo cético, chegam a conclusões insatisfatórias porque ignoram esse problema. Por fim, conclui que não há, de fato, uma inconsistência na teoria humeana da crença em objetos externos porque não é o caso que não possamos ter uma concepção de objetos externos para Hume. Essa concepção se origina de um sentimento ou instinto original da mente. / This paper aims to show that Hume's claim that we are unavoidably determined to believe in the existence of external objects has the delimitation of our meaning conditioned to the identification and resolution of an inconsistency present in Hume's theory of the unavoidable belief in external objects. This inconsistency expresses itself by the incompatibility between the claim that (P1) we unavoidably believe in external objects and the claim that (P2) we can't conceive external objects. These claims are incompatible if we recognize that Hume claims as well that (P4) we can't believe in something that we can't conceive. This problem arises only if we suppose that Hume univocally uses the expression "external object" in (P1) and (P2), and if we suppose that (P4) is the case, a reasonable starting point. The results indicate that both general views of the meaning of the claim that we unavoidably believe in external objects, the skeptical naturalism and the skeptical realism, arrives at unsatisfactory outcomes because they ignore that problem. Finally, concludes that there's not, actually, an inconsistency in Hume's theory of belief in external objects because it's not the case that we can't conceive external objects. This conception of external existences arises out of a sentiment or natural instinct of the mind.
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Os fundamentos da objetividade das representações em Kant / The foundations of the objectivity of representations in KantTomasel, Juliano 20 August 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-08-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work is intended to discuss Kant's reflections and responses to the problem of the objectivity of representations. This issue that is the central theme of the Transcendental Analytic of the Critique of Pure Reason, is strongly focused on the distinction between sensible and intellectual conditions, intuitions and concepts, which constitute the fundamental elements of our experience. The experience is determined by the way our representations are referred to objects. The objects of experience are the objective contents of our representations, constituted by intuitions and concepts. The first ones are immediate and singular representations of objects the latter are mediate rules that determine the data of intuitions by general characteristics. Therefore, it s necessary that intuitions are described by concepts, which are universal representations. By means of writings of Metaphysical Deduction and Transcendental Deduction, I intended to rebuild the arguments provided for Kant to support the idea that reference to intuitions is necessary and universally held by the rules that derive a priori of the understanding and not by mere accident. These rules are the pure concepts of understanding or categories. The Metaphysical Deduction is the argument used by Kant to present the complete list of these categories by derivation of the universal logical functions of thought. These functions are the elementary forms of judgments because the judgments represent the forms of thought or the relations in which different representations are brought to unity of thought. In the Transcendental Deduction, at first, Kant seeks to demonstrate that the pure concepts of understanding are a priori rules of the reference of thought to objects of a sensible intuition in general. Secondly, the argument is directly addressed to the specific conditions of our sensible intuition, with the intention of asserting that all sensible representations must be determined in own intuition by means categories. / Este trabalho tem o intuito de discutir as reflexões e respostas de Kant para o problema da objetividade das representações. Tal assunto, que é tema central da Analítica transcendental da Crítica da Razão Pura, é delineado pela distinção de Kant entre as condições sensíveis e intelectuais, intuições e conceitos, os quais se constituem nos elementos fundamentais da nossa experiência. A experiência é determinada pelo modo como nossas representações são referidas aos objetos. Os objetos da experiência são os conteúdos objetivos das nossas representações, constituídos por intuições e conceitos. As primeiras são representações imediatas e singulares dos objetos, os segundos são regras mediatas que determinam os dados das intuições por características gerais. Por isso, é necessário que as intuições sejam descritas por conceitos, que são representações universais. Pelos textos da Dedução metafísica e da Dedução transcendental pretendi reconstruir os argumentos fornecidos por Kant para fundamentar a ideia de que a referência às intuições é realizada necessária e universalmente por meio das regras que derivam a priori do entendimento e não por simples acaso. Estas regras são os conceitos puros do entendimento ou categorias. A Dedução metafísica é o argumento utilizado por Kant para apresentar a lista completa destas categorias da derivação das funções lógicas universais do pensamento. Estas funções são as formas elementares dos juízos, pois os juízos representam a forma pensamento ou as relações pelas quais diferentes representações são conduzidas à unidade do pensamento. Na Dedução transcendental, Kant visa num primeiro momento demonstrar que os conceitos puros do entendimento são regras a priori da referência do pensamento aos objetos de uma intuição sensível em geral. Num segundo momento, o argumento é diretamente direcionado as condições específicas da nossa intuição sensível, com a intenção de asseverar que todas as representações sensíveis devem ser determinadas na própria intuição pelas categorias.
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