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Visão e representação nas gramáticas de língua Tupi (séculos XVI-XIX). Historiografia da descrição dos sistemas de posse / Vision and Representation in Tupi language grammars (XVI-XIX Centuries): historiography of the description of the ownershipFernando Macena de Lima 14 July 2009 (has links)
Através do recuo historiográfico, este trabalho buscou recolocar a relação entre missionários, cientistas e viajantes de cultura ocidental com as etnias indígenas e comunidades mestiças em termos dialógicos, isto é, partimos da hipótese que, na historiografia da representação gramatical que o europeu construiu sobre a língua indígena, seja possível surpreender a negociação de sentidos entre esses dois mundos. O objeto material constitui-se, principalmente, das gramáticas de línguas Tupi elaboradas entre os séculos XVI e XIX, nomeadamente: Anchieta 1595, Figueira 1621, Anônimo séc. XVIII, Faria 1858, Sympson 1877, Hartt 1938 [1872], Couto de Magalhães 1975 [1876] Luccock 1880 e Stradelli 1929. Como objeto formal, definimos a historiografia da descrição dos sistemas que seus autores classificaram, em seus modelos metalingüísticos, como de posse. Com efeito, a codificação metalingüística deste conceito parece ser um lugar de observação adequado visto que constituía em um aspecto cultural divergente entre tradições ocidental e indígena. / Through the historiographic approach, this work aimed to put the relationship between missionaries, scientists and travelers of the western tradition and the Indians populations in dialogical terms. Looking the historiographical grammatical representation elaborated by the European about the Indian language, we assumed that it´s possible to see the negotiation of senses between these two worlds. Our material was formed, basically, by the Tupi grammars elaborated between centuries XVI XIX. They are: Anchieta 1595, Figueira 1621, Anônimo séc. XVIII, Faria 1858, Sympson 1877, Hartt 1938 [1872], Couto de Magalhães 1975 [1876] Luccock 1880 and Stradelli 1929. As a formal object, we took the historiography of the terms classified by the authors, in their metalinguistic method, as possessive. The metalinguistic system about this conception seems to be an adequate place of observation inas much as it was a divergent cultural aspect between the western and Indian traditions.
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O ensino de ciências em uma instituição escolar brasileira: a constituição de uma identidade cultural japonesaAizawa, Priscila January 2011 (has links)
Dissertação(mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós- Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde, Instituto de Educação, 2011. / Submitted by EDUARDO PENA (edupenaa@hotmail.com) on 2012-10-26T01:07:36Z
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Previous issue date: 2011 / Este trabalho é fruto de uma investigação acerca do Ensino de Ciências em uma instituição escolar brasileira constituída por uma identidade cultural japonesa. Buscou-se analisar como as crianças dos Anos Iniciais percebem o referido ensino. O objeto de estudo analisado chama-se Escola Oshiman, localizado em São Paulo. O currículo desta escola é marcado por algumas atividades
pertencentes à própria cultura japonesa. O corpus de análise da pesquisa refere-se a documentos oficiais dessa escola, como o Projeto Político Pedagógico e o Plano de Ciências dos Anos Iniciais; entrevistas com duas professoras da disciplina de Ciências e com alunos da 4ª série. Esse estudo
desenvolveu-se no plano das discussões acerca das interlocuções entre o Oriente e Ocidente.
Tendo em vista esses intercâmbios entre extremidades culturais, foram abordados de modo não comparativo, todavia, vislumbraram-se algumas condições de possibilidade para pensarmos acerca da ciência, da educação e da cultura. O autor que embasa esse estudo é especialmente Michel Foucault, propondo colocar em suspenso as verdades alicerçadas pela Ciência no Ocidente, bem como problematizar a constituição do sujeito e suas relações dentro da instituição escolar. Para o solo Oriental, embasou-se pelos entendimentos de Edward Said e de Ruth Benedict, entre outros que abrangem a cultura japonesa. Diante dessas perspectivas teóricas, selecionou-se os Estudos Culturais como marco epistemológico para o estudo. Nessa correnteza, buscou-se problematizar a
partir desses discursos presentes nos documentos oficiais da escola e nas entrevistas. Realizou-se ainda, estudos acerca das infâncias, buscando entender como esses sujeitos infantis são fabricados por uma concepção marcadamente ocidental de fazer ciência e, por uma concepção oriental que
perpassa suas identidades culturais. Nesse estudo evidenciou-se a constituição de sujeitos marcados por duas diferentes culturas: a brasileira e a japonesa concomitantemente. O Ensino de Ciências é tido como universal, de modo que as práticas estudadas são predominantemente pelo método científico. A ciência, ainda na atualidade, é pensada a partir de uma produção histórica
pautada pela razão, validação e desenvolvimento. Verificou-se uma tradição científica ocidental, a partir de um processo histórico denominado de Era Meiji, período marcado pela ocidentalização do Japão. Destarte, entendeu-se a ciência mediada pelas compreensões do ambiente escolar e do
currículo enquanto produtores de conhecimentos. A questão da cultura japonesa, por sua vez, apareceu dentro desse espaço escolar como um complemento as aprendizagens, sendo necessária para a perpetuação de uma comunidade imigratória. / This work is the result of an investigation on the teaching of Science in a Brazilian educational institution, which consists of a Japanese cultural identity. We sought to examine how children perceive the first years of their teaching. The study object analyzed is called Oshiman School, located in São Paulo. The school curriculum is highlighted by certain activities, which pertains to the
Japanese culture. The corpus of the research refers to official documents of the school, such as the Pedagogical Political Project and the Plan of Sciences in the Early Years as well as interviews with two teachers of Science study field and with students of the 4th grade. The study comprises of discussions about the exchanges between the East and West cultures. Once the two extreme cultural interchanges were approached, even in a non-comparative manner, a few factors have
enabled us for the thinking about science, education and culture. This paper is especially underlined by Michel Foucault, who proposed to place on hold the truths grounded on Science in the West culture in addition to problematizing constitution of the subject and their relationships within school. Regarding the Eastern land, this work is grounded on the understandings of Edward Said
and Ruth Benedict, among others authors, which cover the Japanese culture. Given these
theoretical perspectives as the Cultural Studies were selected as the epistemological research guide on the study. In this thinking, we sought to question both the basis of the speeches present in the school official documents and the interviews. We conducted further studies of the childhood, by seeking to understand how the subjects mentioned are manufactured by the conception of comprising Science within the distinguished Western manner and by an Eastern design, which pervades their cultural identities. In the study it is shown the constitution of subjects scored by two
different cultures: the Brazilian and Japanese ones concurrently. The teaching of Sciences is regarded as universal, so that the practices mainly studied are by obtained by the scientific method. Science, even today, is regarded from a historical production that is guided by reason, validation and development. There had been a Western Scientific tradition arisen from a historical process called the Meiji Era that was a period marked by the Westernization of Japan. Therefore, it was considered to be part of Science, which was also mediated by understandings of the school environment
and curriculum in addition to producers of knowledge. The issue of Japanese culture, in turn, appeared in this space as a complement for school learning; hence it is necessary for the perpetuation of a community of immigrants.
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Residualidade medieval em AluÃsio Azevedo: um estudo do medo e da culpa no romance O Homem. / Medieval residuality in AluÃsio Azevedo: a study of fear and guilty presente in the novel O Homem (The Man).Isabel GuimarÃes Rodrigues 16 August 2010 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / O presente trabalho tem por objetivo analisar a residualidade medieval no romance naturalista O Homem, de AluÃsio Azevedo. Ao realizarmos a leitura do romance, percebemos aspectos ao longo da narrativa que nos remetem à mentalidade medieval, principalmente no que diz respeito à religiosidade, ao medo e sentimento de culpa ligado à construÃÃo da idÃia de pecado. A Idade MÃdia teve sua cultura e suas leis profundamente baseadas na religiosidade difundida pelos dogmas judaico-cristÃos da Igreja CatÃlica, a qual detinha o poder de conduzir o cotidiano da sociedade atravÃs dos sacramentos e rotinas religiosas, bem como tinha total liberdade para julgar e condenar as pessoas consideradas pecaminosas e hereges. Para tanto, fez uso de mecanismos de poder para manipular o pensamento e as atitudes dos indivÃduos. Em O Homem, percebe-se a presenÃa desses mecanismos da mentalidade medieval, o que torna pertinente a constÃncia residual desses mecanismos na mentalidade do Ocidente. E para realizar essa ponte entre Idade MÃdia e a obra faremos uso da Teoria da Residualidade, de Roberto Pontes, teoria que estuda os resquÃcios de uma mentalidade em outra mentalidade, seja no Ãmbito cultural ou literÃrio. Pretendemos desenvolver a teoria à luz da HistÃria das Mentalidades, uma das diretrizes norteadoras da teoria, bem como elucidar acerca dos conceitos de resÃduo, cristalizaÃÃo e hibridaÃÃo cultural. AlÃm disso, abordaremos aspectos da vida medieval, focando no papel da Igreja CatÃlica em meio à sociedade, para enfim analisarmos o romance, cujos pontos serÃo desenvolvidos em torno da idÃia de pecado original, demonologia e vampirismo. / The present work aims at analyzing medieval residuality in the naturalistic novel O Homem (The Man) by AluÃsio Azevedo. We can point out some characteristics of the medieval mentality throughout the narrative, mainly when it refers to religiosity, fear and guiltiness of sin. Middle Age culture and laws are deeply based on religiosity through the Catholic Church Christian-Jewish Dogmas. They retain the power of leading the daily society through the sacramental system and religious routine and also feel free to judge and condemn people considered sinful and ungodly. Power based mechanism was used to manipulate and control peopleâs thoughts and attitudes. Residual constancy of the medieval mental cultural heritage found in the O Homem, turns out to be relevant in the Occident mindset. And to perform this link between Middle Age and the novel we will focus on the Residual Theory, by Roberto Pontes, which consists of the residue of one mentality into another mentality within culture or literature. We intend to develop the theory from the point of view of the History of Mentalities, one of the guidelines of the theory, as well as explain cultural hybridization, crystallization and residual concepts. We will also focus on the role of the Catholic Church in the Middle Age society to finally analyze the novel within the idea of the original sin, devilry and vampirism.
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Visão e representação nas gramáticas de língua Tupi (séculos XVI-XIX). Historiografia da descrição dos sistemas de posse / Vision and Representation in Tupi language grammars (XVI-XIX Centuries): historiography of the description of the ownershipLima, Fernando Macena de 14 July 2009 (has links)
Através do recuo historiográfico, este trabalho buscou recolocar a relação entre missionários, cientistas e viajantes de cultura ocidental com as etnias indígenas e comunidades mestiças em termos dialógicos, isto é, partimos da hipótese que, na historiografia da representação gramatical que o europeu construiu sobre a língua indígena, seja possível surpreender a negociação de sentidos entre esses dois mundos. O objeto material constitui-se, principalmente, das gramáticas de línguas Tupi elaboradas entre os séculos XVI e XIX, nomeadamente: Anchieta 1595, Figueira 1621, Anônimo séc. XVIII, Faria 1858, Sympson 1877, Hartt 1938 [1872], Couto de Magalhães 1975 [1876] Luccock 1880 e Stradelli 1929. Como objeto formal, definimos a historiografia da descrição dos sistemas que seus autores classificaram, em seus modelos metalingüísticos, como de posse. Com efeito, a codificação metalingüística deste conceito parece ser um lugar de observação adequado visto que constituía em um aspecto cultural divergente entre tradições ocidental e indígena. / Through the historiographic approach, this work aimed to put the relationship between missionaries, scientists and travelers of the western tradition and the Indians populations in dialogical terms. Looking the historiographical grammatical representation elaborated by the European about the Indian language, we assumed that it´s possible to see the negotiation of senses between these two worlds. Our material was formed, basically, by the Tupi grammars elaborated between centuries XVI XIX. They are: Anchieta 1595, Figueira 1621, Anônimo séc. XVIII, Faria 1858, Sympson 1877, Hartt 1938 [1872], Couto de Magalhães 1975 [1876] Luccock 1880 and Stradelli 1929. As a formal object, we took the historiography of the terms classified by the authors, in their metalinguistic method, as possessive. The metalinguistic system about this conception seems to be an adequate place of observation inas much as it was a divergent cultural aspect between the western and Indian traditions.
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Imagens da mulher no ocidente moderno / Images of woman in modern westAnchieta, Isabelle de Melo 16 September 2014 (has links)
Remontar a gênese social da individualização e humanização no Ocidente moderno através das imagens da mulher (xilogravuras, artes plásticas, fotografias e cinema). Esse foi o meu desafio ao longo de oito anos realizando pesquisas de campo no exterior, passando pelos arquivos de bibliotecas da Alemanha, Suíça, museus da Europa até os Estúdios de Hollywood. Pinturas, esculturas, panfletos noticiosos e filmes foram a matéria prima para remontar as relações sociais e compreender como essas visualidades também criam interações sem precedentes. Elegi as imagens da mulher por ser ambíguas personagens que atraem, em torno de si, os mais contraditórios sentimentos sociais. Mulheres que nem sempre foram vítimas de suas representações. Conformadas em temíveis e atrativas imagens elas também souberam fazer uso e proveito do fascínio que provocaram, invertendo os jogos de poder. Para entender esse processo realizo uma sociogênese dos estereótipos femininos no Ocidente Moderno. Bruxas; Tupinambás canibais; Maria; Marias Negras na América, Maria Madalena, Cortesãs e Stars Hollywoodianas. Irei seriá-las. Aproximá-las. Contrapô-las. Pois, se, de fato, as imagens de que trato são amplamente conhecidas, falta pensá-las em conjunto, na longa série que as relaciona e tensiona dentro do processo social em que são formadas _ e que elas em grande medida conformam. Um corpo a corpo entre as imagens que traz surpreendentes elucidações sociológicas. Constato: em uma imagem, sobrevivem várias imagens. Polimagens. Apresento as continuidades, citações e parciais rupturas entre elas. Momento em que se observa a transição de uma mulher em abstrato, para uma em particular. Imagens motivadas, sobretudo, pela demanda por fazer-se ver. As pessoas passam a querer ter um retrato público. Uma imagem de si em busca de um desejo social inalterável: o olhar alheio, a estima e o reconhecimento. E são as imagens as armas simbólicas privilegiadas dessa dinâmica, acionando uma espiral de disputas por reconhecimento que conduz a uma crescente individualização e humanização das imagens. Visualidades que testemunham e instauram novas formas de organização e integração social. O que denominei de individumanização / Reassembling the social genesis of individualization and humanization in the Modern West through the Women Images (woodcuts, plastic arts, photography and cinema). That was my challenge over eight years doing field research abroad, through the files of Libraries of Germany, Switzerland, Museums of Europe to the Hollywood Studios. Paintings, sculptures, films and news pamphlets were the raw material to remount the social relationships and understand how these interactions create visualities also unprecedented. I choose the images of women by being ambiguous characters which attract, in around themselves, the more contradictory social feelings. Women were not always victims of their representations. Formed into fearsome and attractive images they knew also make use of the advantage and fascination provoked by reversing the games of power. To understand this process I perform a sociogenesis of female stereotypes in the Modern West. Witches; Tupinambás cannibals; Mary; Black Marys in America, Mary Magdalene, Courtesans and Hollywood Star. Will I serialized them. Bring them together. Contrast them. For if, indeed, the images that I work with are widely known, shortness to think of them together, in the long series that relates to and tensions them within the social process in which they are formed _ and they largely conform. A melee between images that brings amazing sociological elucidation. Verify: in an image, multiple images survive. Polimagens. I present continuities, quotations and partial ruptures between them. Moment when I observe the transition from a woman into an abstract, for one in particular. Images motivated primarily by demand for to be seen. People start to want to have a public picture. An image of themselves in pursuit of an unchanging social desire: the alien look, the esteem and the recognition. And the pictures are the privileged symbolic weapons of this dynamic, triggering a spiral of recognition disputes for leading to an increasing individualization and humanization of images. Visualities who witness and establish new forms of organization and social integration. What I have called the individumanization
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Ibn_Rusd: a noção de ta\'wil no Fasl almaqal / Ibn_Rusd: the notion of ta\'wil no Fasl almaqalCovelli, Anna Rosa Martino 11 August 2009 (has links)
O médico, jurista islâmico e filósofo andalusino Ibn-Rud, nascido em Córdova em 1126 e morto em Marraqueche em 1198, é mais conhecido no Ocidente latino como Averróis, o comentador das obras de Aristóteles. A lógica do filósofo grego serviu de base para o filósofo andalusino empreender, de forma metódica, sua crítica aos métodos ortodoxos dos grupos religiosos de seu tempo. Ibn-Rud foi um dos representantes da chamada falsafah, filosofia árabe, ou filosofia em árabe, constituindo-se em seu último e ápice representante no período medieval. Deixou uma obra capital em todos os domínios do saber, sendo considerado o maior filósofo aristotélico do século XII, testemunha de uma época gloriosa do Ocidente islâmico, o Alandalus. O Fa½l almaql / Discurso decisivo é uma obra escrita com a finalidade de refletir sobre a relação entre a lei revelada e a filosofia. Instaura a reflexão filosófica no âmbito jurídico-religioso, justificando a validade da interpretação filosófica do Livro Sagrado islâmico, o Corão, que para o filósofo é uma prescrição a ser conhecida e não apenas acreditada. Nessa obra, Ibn-Rud preocupou-se em indicar com precisão as melhores formas de assentimento ao saber. Em relação às pessoas cultas no caso, os filósofos a mais elevada forma de conhecimento é aquela do conhecimento obtido via a demonstração; e, em relação aos outros, incluídos os teólogos, é a forma de conhecimento obtido via a discussão dialética e a persuasão retórica. Eis o grande projeto do filósofo andalusino: a defesa da filosofia a partir da leitura atenta e aprofundada do Corão, por um lado, e da interpretação jurídica da lei revelada, por outro. / The doctor, islamic jurist and philosopher from Alandalus Ibn-Rud, born in Córdova in 1126 and died in Marraqueche in 1198, more are known in the Latin West as Averróis, the commentator of the workmanships of Aristotle. The logic of the greek philosopher served as base it philosopher to undertake, of methodical form its critical, one to the orthodox methods of the religious groups of its time. Ibn-Rud was one of the representatives of the call falsafah, arabic philosophy, or philosophy in Arabic, consisting in its last representative apex in the medieval period. A basic workmanship in all left the fields of knowing, being considered the biggest aristotelic philosopher of century XI, witness of a glorious time of the Islamic West, the Alandalus. The Fasl almaql/ Decisive speech is a workmanship written with the purpose to reflect on the relation between the reveled law (ar `ah) and the philosophy (hikmah). He restores the philosophical reflection in the legal-religious scope, justifying the validity of the philosophical interpretation of the Islamic Sacred Book, the Coran, that stops the philosopher is a lapsing to be known and not only believed. In this workmanship, Ibn-Rud was worried in indicating with precision the best forms of consent when knowing. In relation to the cultured people - knot in case that, the philosophers the highest form knowledge way is that one of the gotten knowledge thought the demonstration; and in relation to the others, enclosed the theologians, is the form of gotten knowledge way the quarrel dialectic and the rhetorical persuasion. Here it is the great project of this philosopher: the defense of the philosophy from the intent and deepened reading of the Coran, on the other hand, and of the legal interpretation of the reveled law, for another one.
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A experiência do corpo na cerimônia do chá - subsídios para pensar a educação / Experiencing the Body in Tea Ceremony - Subsidies to Thinking EducationHirose, Chie 17 December 2010 (has links)
Este trabalho discute valores pedagógicos associados ao corpo na tradição oriental, em diálogo com o pensamento filosófico do Ocidente. Discute uma concepção abrangente de corpo, sugerida pela antiga palavra japonesa Mi () em relação com a Cerimônia do Chá (Chanoyu)(), uma instituição que, de certo modo, resume em si a visão oriental de educação (Zen, Tao, ritos, corpo na educação etc.). Este é precisamente o método da antropologia filosófica segundo Josef Pieper (método que assumimos nesta tese): já que não se dá acesso direto ao ser do homem, mas só por caminhos indiretos, a partir de instituições, linguagem (comum) e seus modos de agir. Além do Chanoyu (neste trabalho, mera referência e não uma proposta curricular), a língua japonesa oferece também importantes indicações para a Antropologia: particularmente a palavra Mi, que aponta para um corpo expandido, relacional, e transcendente (em oposição ao corpo fragmentado, isolado proposto pela moderna filosofia ocidental desde Descartes , realidade estanque na dicotomia mente/corpo). O Chanoyu remete ao Chado (caminho do chá) (), todo um estilo de vida, com seus valores pedagógicos: voltar-se e abrir-se para o Outro, generosidade, reverência, criatividade e espontaneidade, sintonia com a natureza, ligação com a sabedoria histórica, contemplação etc. Também esses valores só podem ser acessados de modo indireto. E são especialmente importantes quando a maior parte de nossa cultura escolar contemporânea ocidental (tendência que se faz presente também no moderno Oriente) enfatiza e estimula habilidades e objetivos racionais, obtidos por meio de procedimentos operacionais, deixando pouco espaço para os valores tradicionais do Oriente: dom, voz média, ritos, educação do fingir (na qual o corpo age sobre o espírito) etc. (valores que também pertencem à tradição ocidental antiga e medieval: examinamos o caso de Tomás de Aquino). A educação propiciada pela experiência integrada: corpo que pensa mente que sente, emerge em contínua interação humana e em face da natureza. Daí a conexão com os principais valores do Chado: harmonia ( wa), respeito ( kei), pureza ( sei) e tranquilidade ( jaku). Além do wabi. Ao discutir esses temas, uma ferramenta metodológica importante nos é dada pelo pensamento confundente. Nossas conclusões apontam para uma concepção de educação na qual a dicotomia mente / corpo deve ser substituída por uma educação integrada para um ser integrado. O Chanoyu oferece um caminho. / This dissertation discusses pedagogical values in Eastern Tradition compared to Western Philosophy of Education. A comprehensive conception of body suggested by the ancient Japanese word Mi () is examined in association with Tea Ceremony (Chanoyu) (), an institution which, in a certain way, epitomizes Eastern focus (Zen, Tao, rites and education, body and education etc.). Precisely this is the anthropological method according to Josef Pieper (model which we assume): since there is no direct access to human being itself, but only by indirect means, examining institutuions, common language and ways of acting is required. Besides the Chanoyu (and in this dissertation, Chanoyu is just a reference: we do not propose Chanoyu in brazilian schools), Japanese common language also offers important hints on Anthropology: specially the word Mi, for the expanded body, the relational body, transcendent body (in opposition to the fragmented, isolated body of the modern western Philosophy since Descartes , separated by the mind/body dicothomy from the whole of human reality). Chanoyu is associated to Chado (), the way of tea, with its pedagogical values: turning and opening to the other, generosity, creativity and spontaneity, linked with history, living in tune with nature, beholding etc. These values also can be accessed only trough an indirect way. And are specially important today, when the most part modern Western School Education (and even the Modern Eastern world) stresses and encourages skills and behaviour goals, to be obtained by means of established operational procedures and there is little room for Eastern traditional way: gift, middle voice, rites, pretending education (in which body influences spirit) etc. (although Ancient and Medieval Western Tradition we examine the case of Thomas Aquinas fostered these values too). Education through integrated experience, thinking body - feeling mind, emerging in continuous human interaction and facing nature. And so the main principles Chado set forward: harmony ( wa), respect ( kei), purity ( sei), and tranquility ( jaku); are still central to Chanoyu, tea ceremony. Wabi is also examined. In discussing such matters, confounding thinking (Ortega y Gasset) is another important methodological tool. Our conclusions point to a conception of education in which mind / body dicothomy must be replaced by an integrated education for an integrated being. Chanoyu shows a way.
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A outra língua em um filme hollywoodiano: um espaço destinado ao estrangeiro em \"Nova York Sitiada\" / The other language in a Hollywood film: a space for the foreigner in \"New York under siege\"Chequi, Wilson 30 September 2008 (has links)
A produção incessante de filmes em Hollywood se organiza de acordo com alguns gêneros principais que comportam, cada um, características pré-definidas em termos de conteúdo. Ao longo das três últimas décadas, um sub-gênero do terror (o filme sobre terrorismo) se desenvolveu, reforçando uma tendência já existente de produzir filmes catástrofe. Essa nova categoria ofereceu outras possibilidades de roteiros, e dentre os inúmeros títulos que abordam o terrorismo, The Siege (Nova York Sitiada), lançado dois anos após um ataque contra o exército dos EUA na Arábia Saudita, em 1996, se destaca. Tais roteiros pressupõem o conflito, daí a imprescindibilidade da figura da antítese, por vezes apenas como um substrato narrativo devido a suscetibilidades do período histórico em questão. Nessas tramas, o inimigo é invariavelmente estrangeiro, o que requer, entre outros elementos necessários para sua representação, a destinação de um espaço para o seu dizer, oportunidade que pode revelar a presença de uma língua outra no filme além do inglês. Ancorado em pressupostos teóricos da Análise do Discurso de linha francesa, este trabalho investiga, em trechos pré-selecionados, as representações sobre os modos de dizer associados a essa alteridade (no caso, o personagem árabe), refletindo também acerca do mesmo tipo de representação que, por oposição, fica associado ao sujeito a partir de cujo olhar todas essas construções são materializadas. O trabalho procura observar, sempre a partir dessa noção de espaço destinado ao dizer, como se dá o processo de identificação no filme ou seja, a reconhecer os tipos de identidade construídos para ambos os personagens (oriental e ocidental) que, no complexo dos trechos analisados, se contrapõem. / The continuous production of movies in Hollywood is organized according to certain major genres, each of which allows for predefined features in terms of contents. Over the last three decades, a subgenre of terror (the terrorist movie) has developed, reviving an existing tendency to produce catastrophe movies. This new category has offered other possibilities of screenplays. Among the number of titles which deal with terrorism, The Siege, released two years after the 1996 attack on the US military in Saudi Arabia, stands out. Such screenplays presuppose conflict and the antithetical figure therefore becomes fundamental, even if only as a narrative substratum due to the susceptibilities of the historic period in question. In these plots, the enemy is invariably a foreigner, thus requiring, among other necessary elements for his representation, the reservation of a space for verbal expression. This is an occasion which can reveal the presence of a language other than English in the movie. Anchored in the theoretical principles of French school Discourse Analysis, this dissertation investigates, in pre-selected excerpts, the representations of the modes of verbal expression associated with this alterity (the Arab character, in this case). This dissertation attempts to observe, always based on this notion of space reserved for the modes of verbal expression, how the process of identification occurs in the movie in other words, to recognize the types of identity constructed for both characters (eastern and western) that, in the complex of the excerpts analyzed, serve as counterpoints.
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Imagens da mulher no ocidente moderno / Images of woman in modern westIsabelle de Melo Anchieta 16 September 2014 (has links)
Remontar a gênese social da individualização e humanização no Ocidente moderno através das imagens da mulher (xilogravuras, artes plásticas, fotografias e cinema). Esse foi o meu desafio ao longo de oito anos realizando pesquisas de campo no exterior, passando pelos arquivos de bibliotecas da Alemanha, Suíça, museus da Europa até os Estúdios de Hollywood. Pinturas, esculturas, panfletos noticiosos e filmes foram a matéria prima para remontar as relações sociais e compreender como essas visualidades também criam interações sem precedentes. Elegi as imagens da mulher por ser ambíguas personagens que atraem, em torno de si, os mais contraditórios sentimentos sociais. Mulheres que nem sempre foram vítimas de suas representações. Conformadas em temíveis e atrativas imagens elas também souberam fazer uso e proveito do fascínio que provocaram, invertendo os jogos de poder. Para entender esse processo realizo uma sociogênese dos estereótipos femininos no Ocidente Moderno. Bruxas; Tupinambás canibais; Maria; Marias Negras na América, Maria Madalena, Cortesãs e Stars Hollywoodianas. Irei seriá-las. Aproximá-las. Contrapô-las. Pois, se, de fato, as imagens de que trato são amplamente conhecidas, falta pensá-las em conjunto, na longa série que as relaciona e tensiona dentro do processo social em que são formadas _ e que elas em grande medida conformam. Um corpo a corpo entre as imagens que traz surpreendentes elucidações sociológicas. Constato: em uma imagem, sobrevivem várias imagens. Polimagens. Apresento as continuidades, citações e parciais rupturas entre elas. Momento em que se observa a transição de uma mulher em abstrato, para uma em particular. Imagens motivadas, sobretudo, pela demanda por fazer-se ver. As pessoas passam a querer ter um retrato público. Uma imagem de si em busca de um desejo social inalterável: o olhar alheio, a estima e o reconhecimento. E são as imagens as armas simbólicas privilegiadas dessa dinâmica, acionando uma espiral de disputas por reconhecimento que conduz a uma crescente individualização e humanização das imagens. Visualidades que testemunham e instauram novas formas de organização e integração social. O que denominei de individumanização / Reassembling the social genesis of individualization and humanization in the Modern West through the Women Images (woodcuts, plastic arts, photography and cinema). That was my challenge over eight years doing field research abroad, through the files of Libraries of Germany, Switzerland, Museums of Europe to the Hollywood Studios. Paintings, sculptures, films and news pamphlets were the raw material to remount the social relationships and understand how these interactions create visualities also unprecedented. I choose the images of women by being ambiguous characters which attract, in around themselves, the more contradictory social feelings. Women were not always victims of their representations. Formed into fearsome and attractive images they knew also make use of the advantage and fascination provoked by reversing the games of power. To understand this process I perform a sociogenesis of female stereotypes in the Modern West. Witches; Tupinambás cannibals; Mary; Black Marys in America, Mary Magdalene, Courtesans and Hollywood Star. Will I serialized them. Bring them together. Contrast them. For if, indeed, the images that I work with are widely known, shortness to think of them together, in the long series that relates to and tensions them within the social process in which they are formed _ and they largely conform. A melee between images that brings amazing sociological elucidation. Verify: in an image, multiple images survive. Polimagens. I present continuities, quotations and partial ruptures between them. Moment when I observe the transition from a woman into an abstract, for one in particular. Images motivated primarily by demand for to be seen. People start to want to have a public picture. An image of themselves in pursuit of an unchanging social desire: the alien look, the esteem and the recognition. And the pictures are the privileged symbolic weapons of this dynamic, triggering a spiral of recognition disputes for leading to an increasing individualization and humanization of images. Visualities who witness and establish new forms of organization and social integration. What I have called the individumanization
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O despertar do budismo no ocidente no século XXI: contrbuição ao debate / The awakening of Buddhism in the West in the twenty-first century: a contribution to the debateMaria Theresa da Costa Barros 26 July 2002 (has links)
Esta tese apresenta como um dos seus aspectos fundamentais a compreensão de outra cultura, outra versão, outro conjunto de valores: o pensamento indiano, berço da Ahamkãra a consciência individual, o eu e das práticas ascéticas de origem pré-ariana e autóctone. No interior dessa tradição, foram escolhidos os ensinamentos do Buddha Shãkyamuni, por sua
absoluta originalidade na concepção da individualidade, transformando radicalmente as concepções de subjetividade existentes em sua época. O intuito, ao buscar uma tradição em
tudo diferente da nossa, é, por dirigir o foco para o mais contrastante, iluminar nossa própria tradição, enriquecer o campo de discussão das novas matrizes de subjetivação em nossa sociedade ocidental pós-moderna e globalizada. Com essa abordagem objetiva-se contribuir para o debate em torno do despertar do budismo ocidental, no séc. XXI, lançando algumas
linhas de reflexão que auxiliem, por um lado, a contextualizar esse acontecimento, e, por outro, a ampliar o debate sobre as questões relativas à noção de sujeito, utilizada pelos
teóricos da psicanálise, através da apresentação de uma outra versão, a do eu budista. A comparação entre uma forma de individualidade oriunda de uma sociedade tradicional e holista e a forma da individualidade contemporânea, oriunda de uma sociedade secularizada e individualista, é possível através do que Harpham denomina imperativo ascético, uma força
estruturante primária e transcultural. Nesse sentido visualiza-se uma relação entre as práticas ascéticas e a construção do eu. Segundo Mauss, o eu também é uma categoria universal,
presente em todas as culturas. Assim como se encontram variações sobre o repertório das práticas ascéticas disponíveis em diferentes culturas, encontram-se variações na forma da
subjetividade, de acordo com o seu solo cultural e sua paisagem mental. Fizemos uma conexão entre as práticas ascéticas indianas e o que denominamos de identificação mística, a partir da qual foi possível inferir essa imbricação entre ascetismo, construção e sacralização do eu nos primórdios da civilização indiana. Com o budismo ocorre uma espécie de
descentramento, a sacralização é estendida a todo o cosmo, as práticas de meditação sintonizam com todos os seres, com todos os animais, para eliminar as causas do sofrimento.
O budismo nasce com uma vocação universalista e leva para fora das fronteiras da Índia esse eu construído a partir dos conceitos da Ãhimsa, a não-violência, e da noção de ausência de existência inerente, inscritos no pensamento budista há dois mil e quinhentos anos, despertando o interesse do ocidente após um longo período de obscurecimento. / This thesis presents, as a fundamental aspect, the understanding of another culture, another version, another framework of values: of Indian thought, the foundation of Ahamkãra the individual consciousness, the Self and of the ascetic practices of pre-Arian and autochthonous origin. Our choice within this tradition fell upon the teachings of Buddha
Shãkyamuni, due to the absolute originality of their conception of individuality, radically transforming the extant conceptions of subjectivity of the time. The aim of this search within a tradition that differs from ours in all respects, as we focus on that contrast, is to shed light in our own tradition, adding to the discussion about new subjectivity matrixes in our postmodern, global wessern society. This inquiry aims at contributing to the debate on the emergence of Wessern Buddhism in the 21st. century, by essablishing some lines of reflection that should help us to contextualise this phenomenon, on the one hand, and on the other, to widen the debate on issues that relate to the notion of subject as theoretical psychoanalysts use it, through the presentation of the Buddhist Self as another version. A transcultural, primary structuring force, which Harpham calls ascetic imperative, shall allow for the comparison between one form of individuality which comes from a traditional and holistic society, and the form of contemporary individuality, which comes from a secularised and
individualist society. Along these lines, we see a relationship between the ascetic practices and the construction of the Self. According to Mauss, the Self also is a universal category,
which all cultures present. Much as there are variations on the inventory of ascetic practices available in various cultures, there are variations on the form of subjectivity, in accordance
with its cultural ground and its mental landscape. We essablish a connection between Indian ascetic practices and what we call mystic identification, and this allows us to infer the
interrelation between asceticism and the construction and sacralisation of the Self in the primeval ages of Indian civilisation. A kind of de-centring occurs with Buddhism:
sacralisation spreads through all the Cosmos, meditation practices syntonize with all beings, all animals, in order to eliminate the causes of suffering. Buddhism has risen with an
universalist vocation, and took beyond the borders of India this Self built upon the concepts of Ãhimsa, of non-violence, and the notion of absence of inherent existence, which have been
intrinsic to Buddhist thought for twenty-five hundred years, and calls the attention of the West after a long period of concealment.
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