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Efeito na reparação óssea periapical da ozonioterapia como coadjuvante ao tratamento endodôntico. Estudo clínico-radiográfico / Effect in periapical bone healing of Ozone therapy as adjuvant to endodontic treatment clinical-radiographic essay

Ferreira, Marina Beloti 01 February 2012 (has links)
A reparação dos tecidos periapicais testemunha o êxito da terapia endodôntica. Por intervir de forma favorável na reparação tecidual, a ozonioterapia é reconhecida como um importante coadjuvante ao protocolo terapêutico, sendo oportuno verificar sua eficácia no caso da terapia endodôntica. Para isso, foi avaliada, in vivo a influência do gás ozônio, da água ozonizada e óleo ozonizado na reparação tecidual em situações de necrose pulpar com alterações ósseas periapicais, diagnosticado e caracterizado como quadros de infecção primária. Foram feitas radiografias previamente e ao final do tratamento e novamente no terceiro e no sexto mês após a conclusão da terapia endodôntica. Respeitando-se os critérios de inclusão, 36 pacientes da Clínica Odontológica da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo foram divididos aleatoriamente em 3 grupos: Grupo I (12 dentes) Controle: tratamento endodôntico segundo protocolo da Disciplina de Endodontia da FOUSP; Grupo II (12 dentes) protocolo terapêutico empregado pelo Grupo I e associado ao final com irrigação de 10 mL de água bidestilada ozonizada na concentração de 8 g/mL; e, Grupo III (12 dentes) protocolo terapêutico empregado pelo Grupo I e associado ao final do preparo do canal da aplicação de 10 mL do gás ozônio na concentração de 40 g/mL. Foi utilizado como medicação intracanal o hidróxido de cálcio veiculado em PRP no Grupo I e o óleo de girassol ozonizado (Philozon, Santa Catarina, SC, Brasil) nos Grupos II e III. As medicações permaneceram por um período de 15 dias e em seguida foi feita obturação com cimento AH-Plus. A avaliação da reparação óssea periapical foi realizada analisando as radiografias digitalizadas no programa ImageLab. Após a delimitação e quantificação de pixels das lesões periapicais, as radiografias finais e controles de 3 e 6 meses foram comparadas, indicando o quanto de redução da radiolucência periapical. Paralelamente, foi feita a análise de sensibilidade pós-operatória utilizando uma Escala Visual Analógica. Os pacientes foram questionados com relação à sensibilidade previamente ao início do tratamento, 72 horas após consulta inicial e nos controles de 3 e 6 meses, devendo associá-la com uma nota de 0 a 10 de acordo com a intensidade. Os dados foram submetidos à análise de variância, complementado pelo teste de Tukey, com significância de 5%. Os três protocolos terapêuticos instituídos promoveram redução da imagem radiolúcida periapical sem diferença estatística significante. Na análise da sensibilidade, o Grupo III apresentou os melhores resultados, com diferença estatística significante em relação aos demais grupos. Com base nos dados obtidos e na análise estatística executada, foi possível concluir que a ozonioterapia, por meio do emprego do gás ozônio e água ozonizada na fase do preparo químico cirúrgico e do óleo ozonizado como medicação intracanal, interviu de maneira favorável na reparação, em situações de necrose pulpar com alterações ósseas periapicais, sendo o gás mais efetivo que a água ozonizada, com diferenças estatísticas significantes. Os 2 grupos experimentais de ozonioterapia comparado ao grupo controle (protocolo FOUSP) apresentaram padrão de reparação óssea semelhante. A utilização da água ozonizada como irrigante e do óleo ozonizado como medicação intracanal mostrou a melhor eficácia do ponto de vista sintomatológico. / The success of the endodontic treatment is related to the repair of the periapical tissues. The ozone therapy is known for its therapeutic usefulness, favorable tissue healing, thus it seems suitable for evaluating its efficiency in the endodontic therapy. The aim of this study was to evaluate in vivo the influence of ozone gas, ozonated water and oil in bone repair in cases of pulpar necrosis with radiographic evidence of periapical bone loss associated with primary endodontic infection. Radiographs (Xrays) were taken prior and after the completion of the endodontic treatment, three and six months later. According to the enclosure criteria, 36 patients of the Dental Clinic of the School of Dentistry, University of Sao Paulo, were selected and randomly divided in three groups: Group I (12 teeth) Control: endodontic treatment protocol according to the discipline of Endodontics FOUSP, Group II (12 teeth): endodontic protocol associated with final irrigation with 10 mL of bidestilated ozonated water at concentration of 8 g/mL and Group III (12 teeth): endodontic protocol associated with application of 10 mL of ozone gas at concentration of 40 g/mL. Calcium Hydroxide was used as intracanal medication for 15 days. In Group I it was associated with anesthetic solution and in the Groups II and III associated with ozonated oil (Philozon, Santa Catarina, SC, Brazil). After this period, all teeth were obturated with AH-Plus root canal sealer. Evaluation of periapical bone repair was performed with Image Lab software after image digitalization. After delimitation and pixel quantification of the periapical lesion area of the images immediately after the endodontic treatment, 3 and 6-months follow up, the obtained data were compared indicating the quantum reduction of the periapical radiolucency. In parallel, a postoperative sensitivity analysis was performed using a Visual Analog Scale. Patients were asked to score the sensitivity from 0 to 10 according to its intensity prior to first appointment, 72 hours later the first visit, 3 and 6 months later. Data were submitted to analysis of variance (ANOVA), complemented by the Tukey test at 5% of significance. All the three groups promoted a reduction of the apical radiolucent image without statistical difference. In the sensitivity analysis, Group III showed the best results with statistically significant difference compared to the other groups. Based on the statistical data analysis we concluded that ozone therapy through the use of ozone gas and ozonated water during the root canal instrumentation and ozonated oil as intracanal medication, positively intervene in the repair of periapical bone loss. The ozone gas was more effective than the ozonated water with significant statistical difference. Group II and III (experimental groups) compared to Group I (endodontic protocol FOUSP) showed a similar pattern of bone repair. The use of ozonated water as irrigant and ozonated oil as intracanal dressing showed better efficacy in terms of symptomatology.
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Complicações e desconfortos em colecistectomias videolaparoscópicas: relação com as variáveis pré-operatórias e intraoperatórias / Discomforts and complications in laparoscopic cholecystectomy: relationship with preoperative variables and intraoperative

Fernandes, Carolina Nóvoa 26 November 2013 (has links)
Introdução: A colelitíase é uma das afecções do sistema digestório mais frequente, acometendo 20% da população adulta. Atualmente, a colecistectomia videolaparoscópica (CVL) é o tratamento de escolha nas doenças benignas da vesícula biliar, inclusive, na colecistite aguda. Entretanto, independente dos benefícios indiscutíveis da cirurgia minimalmente invasiva, esse procedimento não exclui a possibilidade de complicações ou desconfortos ao paciente no pós-operatório. Objetivo: Identificar a relação entre as variáveis pré e intra-operatórias e as ocorrências de complicações e desconfortos pós-operatórios em pacientes submetidos à CVL. Casuística e método: Trata-se de um estudo retrospectivo, do tipo descritivo, exploratório, de nível I e com abordagem quantitativa. A amostra do estudo foi composta por 495 prontuários de pacientes submetidos à CVL, em caráter eletivo no Hospital Estadual de Diadema, no período entre janeiro de 2009 e agosto de 2012. Os dados foram obtidos com base no preenchimento de um instrumento semiestruturado, contendo: dados demográficos, variáveis clínicas do pré, intra e pós-operatórias. O estudo estatístico foi realizado no sistema SPSS 15.0, sendo adotado o nível de significância de 5%. Resultados: Na amostra estudada houve: predominância do feminino (89,5%), residentes em Diadema (46,5%), estado civil casado (43,4%), baixa escolaridade (58%) e média de idade 48 anos (18 a 89 anos). A comorbidade mais prevalente foi obesidade (41%), seguida por hipertensão arterial (40,6%) e Diabetes mellitus tipo II (12,5%). A maior parte da amostra foi classificada como ASA II (55,8%), todos receberam cefazolina como antibioticoprofilaxia e 64% fizeram uso de Midazolan, como medicação pré-anestésica. Aproximadamente, a metade da população (49,3%) usou fármacos inalatórios, propofol, opióides e bloqueador neuromuscular no intra-operatório. Em relação a outras drogas utilizadas nesse período, 57,6% fizeram uso analgésico isolado (dipirona), 52,3% receberam anti-inflamatório (tenoxican) e 62,2% foram submetidos à terapia anti-emética com metoclopramida ou dimenidrato. O tempo cirúrgico médio foi de 80,5 minutos e a permanência média hospitalar de 43,7 horas. A prevalência de complicações ou desconfortos foi de 54,5% na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) e de 51,7% na enfermaria médico-cirúrgica (EMC). Os eventos de maior ocorrência na SRPA foram hipertensão (46,5%), dor (8,5%) e náuseas e vômitos (5,5%), e na EMC, foram dor (32,5%), náuseas e vômitos (19,2%). A análise de regressão logística indicou a associação com o aparecimento de complicações e desconfortos na SRPA para as seguintes variáveis (OD Odds ratio, IC intervalo de confiança a 95%): idade (OR= 1,02 IC 1,01-1,04); ASA II (OR= 1,59 IC 1,03-2,45); e uso de cloridrato de tramadol no intra-operatório (OR= 0,57 IC 0,39-0,83). Na EMC, foram encontradas as seguintes associações: uso de dipirona no intra-operatório (OR= 0,41 IC 0,18-0,94); hipotireoidismo (OR= 0,33 IC 0,14-0,81); e tempo cirúrgico (OR= 1,57 IC 1,102,24). Conclusão: A idade, a classificação ASA e o tempo cirúrgico influenciaram no aparecimento de complicações ou desconfortos pós-operatórios. Em face dos dados obtidos, o enfermeiro deve estar apto a avaliar e identificar as condições precoces que possam indicar a ocorrência desses eventos e promover, em conjunto com a equipe multiprofissional, o conforto do paciente e seu sucesso terapêutico. / Introduction: Cholelithiasis is one of the digestive disorders more common, affecting 20 % of the adult population. Laparoscopic cholecystectomy (LC) is indicated for the treatment of all benign diseases of the gallbladder, including in acute cholecystitis. However, regardless of the benefits of the minimal invasive surgery it does not exclude the possibility of postoperative complications or discomfort to the patient. Objective To assess the relationship among pre and intraoperative factors and occurrences of complications and discomfort in patients undergoing laparoscopic cholecystectomy in a community hospital. Method and Casuistic: This was a retrospective and descriptive study. The data was composed of 495 medical records of patients undergoing laparoscopic cholecystectomy surgery for elective, in a community hospital Diadema Hospital, between January 2009 and August 2012. The authors analyzed demographic and clinical variables pre and intra and postoperative complications. Statistical analysis was performed at SPSS 15.0 software, (significance level of 5%). Results: A total of 495 cases, there was a female prevalence (89.5 %), living in Diadema city (46.5 %), married (43.4 %), low education (58 %) and median age 48 years. Obesity (IMC > 35) was more prevalent (41 %), followed by hypertension (40.6 %) and Diabetes mellitus type II (12.5 %). The American Society of Anesthesiology classification (ASA) was II in 55.8%, all patients received prophylactic antibiotics (cefazolin) and 64% used midazolam before the surgical procedure. The anesthesy wasperformed with inhalatory drugs, propofol, opioids and neuromuscular block (49.3 %). During the intra-operative time 57.6 % received 52.3% dipyrone and 62.2% anti-inflammatory (tenoxican), antiemetic therapy (metoclopramide or dimenhydrinate) the mean operative time was 80.5 minutes and the hospital stay of 43.7 hours. The prevalence of complications or discomfort was 54.5% in the recovery room just after anesthesia (PACU), and 51.7% in the medical-surgical ward (EMC). The most frequent events in the PACU were hypertension (46.5 %), pain (8.5%) and nausea and vomiting (5.5%), and EMC, were pain (32.5 %), nausea and vomiting (19.2%). The logistic regression analysis showed an association with the onset of complications and discomfort in the recovery room for the following variables (OD Odds ratio, CI confidence interval 95 % ) : age (OR = 1.02 CI 1.01-1.04); ASA II (OR = 1.59 CI 1.03 to 2.45), and tramadol hydrochloride used during surgery (OR = 0.57 CI 0.39 to 0.83). At EMC, we found the following associations: Dipyrone intraoperatively (OR = 0.41 CI 0.18 to 0.94), hypothyroidism (OR = 0.33 CI 0.14 to 0.81), and operative time (OR = 1.57 CI 1.10 to 2.24). Conclusion: Age, ASA classification and surgical time had influence in the development of complications or discomfort postoperatively. Considering the results of this study, the nurse must be able to assess and identify conditions that may indicate the early occurrence of these events and promote, together with a multidisciplinary team, patient comfort and its therapeutic success.
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Uso intraoperatório da metadona na prevenção de dor pós-operatória em cirurgias bariátricas / Intraoperative use of methadone to control postoperative pain after bariatric surgeries

Machado, Felipe Chiodini 17 April 2019 (has links)
Introdução: pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos ainda comumente referem dor pós-operatória moderada ou intensa. Com o aumento da prevalência de obesidade em todo o mundo, existe uma demanda crescente de procedimentos cirúrgicos nesse subtipo de população, relacionados ao controle da própria obesidade ou não. O uso de metadona como adjuvante analgésico no intraoperatório tem sido estudado nos últimos anos, mas não há estudo envolvendo essa população específica. O objetivo deste ensaio clínico foi avaliar o uso da metadona endovenosa como opioide no intraoperatório para controle da dor pós-operatória em obesos submetidos a cirurgia bariátrica. Métodos: pacientes admitidos no hospital com programação de cirurgia bariátrica foram distribuídos entre dois grupos. Ambos foram submetidos a uma anestesia geral padronizada e receberam Fentanil (grupo F) ou metadona (grupo M) durante a indução e manutenção anestésica. O desfecho primário foi o consumo de morfina nas primeiras 72 horas após a cirurgia. Nas primeiras 48 horas o consumo de opioide era quantificado por meio de um dispositivo de analgesia controlada pelo paciente, enquanto entre 48 h e 72 h foram prescritos bolus de morfina conforme necessidade. Como desfechos secundários foram avaliados os escores de dor ao repouso e ao esforço de tosse, efeitos adversos relacionados ao uso de opioides e grau de satisfação do paciente com a analgesia até 72 h no pós-operatório. Os pacientes também foram avaliados três meses após a cirurgia quanto à presença de dor, disestesia e parestesia na cicatriz operatória. Resultados: o consumo de morfina no pós-operatório foi menor em pacientes do grupo M nos períodos de avaliação pós-operatórios de 2 horas (diferença média [DM] 6,4 mg; intervalo de confiança [IC] 95% entre 3,1 e 9,6; p < 0,001); entre 2 e 6 horas (DM 11,4 mg; IC95% 6,5 a 16,2; p < 0,001); entre 6 e 24 horas (DM 10,4 mg; IC95% 5,0 a 15,7; p < 0,001) e entre 24 e 48 horas (DM 14,5 mg; IC95% 3,9 a 25,1; p=0,01). Pacientes do grupo M também referiram menores escores de dor até 24 horas de pós-operatório, houve menor incidência de náusea e vômito e maior satisfação com a analgesia. Na avaliação três meses após a cirurgia, menos pacientes do grupo M apresentaram dor evocada na cicatriz cirúrgica se comparados aos do grupo F. / Introduction: patients undergoing surgical procedures still commonly report moderate to severe postoperative pain. With the increasing prevalence of obesity worldwide, there is a growing demand for surgical procedures in this population, whether related to obesity or not. The use of methadone as an adjuvant analgesic in the intraoperative period has been studied in recent years, but there is no research involving this specific population. The aim of this clinical trial was to evaluate the use of intraoperative intravenous methadone for the control of postoperative pain in morbidly obese patients submitted to bariatric surgery. Methods: patients with a body mass index of 35 Kg.m-2 or greater who were admitted to the hospital for bariatric surgery were divided into two groups. Both underwent standardized general anesthesia and received Fentanyl (group F) or methadone (M group) during anesthetic induction and maintenance. The primary endpoint was morphine consumption within the first 72 hours after surgery. In the first 48 h postoperatively, opioid use was measured using a patient-controlled analgesia device, and between 48 h and 72 h opioid boluses were prescribed as needed. Secondary outcomes were pain at rest and while coughing, adverse effects related to the use of opioids and degree of patient satisfaction with analgesia until 72 h postoperatively. Patients were also evaluated three months after surgery for the presence of pain, dysesthesia and paraesthesia at the surgical site. Results: postoperative morphine consumption was lower in patients in the M group in the postoperative evaluation periods of 2 hours (mean difference [MD] 6.4 mg, 95% confidence interval [CI] between 3.1 and 9.6, p < 0.001); between 2 and 6 hours (MD 11.4 mg, 95% CI 6.5 to 16.2, p < 0.001); between 6 and 24 hours (MD 10.4 mg, 95% CI 5.0 to 15.7, p < 0.001) and between 24 and 48 hours (MD 14.5 mg, CI 95% 3.9 to 25.1, p = 0.01). Patients in the M group also reported lower pain scores up to 24 hours after surgery, there was a lower incidence of nausea and vomiting and greater satisfaction with analgesia. At the three months after the surgery evaluation, less patients in the M group presented evoked pain in the surgical scar compared to those in the F group. Conclusion: the intraoperative use of intravenous methadone for morbidly obese patients submitted to bariatric surgeries may reduce postoperative opioid use and reduce the intensity of postoperative pain safely when compared to fentanyl
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Incidência de trombose venosa profunda pós-operatória no membro amputado de pacientes com doença arterial oclusiva periférica / Incidence of postoperative deep venous thrombosis in amputated lower extremity of patients with peripheral arterial disease

Marcelo Fernando Matielo 02 December 2008 (has links)
Introdução: Pacientes submetidos à amputação de membro inferior por doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) estão em risco para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (TVP). Há poucos estudos na literatura sobre a incidência no pós-operatório precoce e quanto aos fatores de risco no desenvolvimento da TVP no membro amputado. Objetivo: A finalidade deste estudo é avaliar, de modo prospectivo, a incidência de trombose venosa profunda pós-operatória em até 35 dias, em pacientes submetidos à amputação de membro inferior por doença arterial obstrutiva periférica, sua relação com comorbidades e com óbito. Método: De setembro de 2004 a março de 2006, foram estudados 56 pacientes (29 homens; média de idade 67,25 anos) submetidos a 62 amputações (36 transtibiais e 26 transfemorais), utilizando-se eco-Doppler no pré-operatório e aproximadamente no 7º e 31° dia de pós-operatório. Resultado: Houve TVP em 16 (25,8%) membros amputados, sendo 10 casos em amputações transfemorais e 6 casos em transtibiais. A incidência cumulativa no período até 35 dias foi de 28% (Kaplan-Meier). Houve diferença significativa na incidência de TVP entre amputações transfemorais (37,5%) e transtibiais (21,2%), p = 0,04. Outro fator de risco para TVP foi idade igual ou superior a 70 anos (48,9 vs 16,8%, p=0,021). Houve 01 caso de embolia pulmonar sintomática não fatal em paciente com TVP já diagnosticada. Não houve relação entre outras comorbidades e TVP. A trombose venosa no membro amputado não influenciou na taxa de óbito que foi de 9,7%. Conclusões: A incidência de TVP no pós-operatório recente (até 35 dias) foi elevada principalmente em pacientes com idade igual e superior a 70 anos e nas amputações transfemorais. Os pacientes com DAOP submetidos a grandes amputações devem ser considerados de alto risco para TVP, mesmo após alta hospitalar. / Introduction: Patients undergoing amputation of the lower limb due to Peripheral Arterial Disease (PAD) are at risk for developing Deep Venous Thrombosis (DVT). There are few studies in the research literature on the incidence of DVT during the early postoperative period and the risk factors for the development of DVT in the amputation stump. Objective: The goal of this prospective study was to evaluate the incidence of deep venous thrombosis during the first 35 postoperative days in patients who had undergone amputation of the lower extremity due to PAD, and its relation to comorbidities and death. Method: From September 2004 to March 2006, fifty-six patients (29 men, mean age 67.25 years) underwent 62 amputations (36 below knee amputation BKA and 26 above knee amputation- AKA), and echo- Doppler scanning on preoperative, and approximately the seventh and 31st postoperative days. Results: DVT occurred in 16 (25.8%) of the amputated extremities, (10 AKA and 06 BKA). The cumulative incidence in the 35 day postoperative period was 28% (Kaplan-Meier). There was a significant difference in the incidence of DVT between AKA (37.5%) and BKA (21.2%), p = .04. Another DVT risk factor was age equal to or above 70 years (48.9 vs. 16.8%, p= .021). There was one case of symptomatic non-fatal pulmonary embolism in a patient already diagnosed with DVT. There was no relation between other comorbidities and DVT. Venous Thrombosis in the amputation stump did not influence the mortality rate which was 9.7%. Conclusions: The incidence of DVT in the early post-operative period (up to 35 days) was elevated mainly in patients 70 years of age or older and in AKA. Patients with PAD who have recently undergone major amputations should be considered at high risk for DVT, even after hospital discharge.
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Estudo prospectivo das complicações respiratórias da palatoplastia primária em crianças com fissura de palato. / Prospective study of respiratory complications of primary palatoplasty in infants with cleft palate

Conegliam, Priscila Capelato Prado 04 October 2013 (has links)
Objetivo: Investigar a incidência de complicações respiratórias trans e pós-operatórias em crianças com fissura de palato submetidas à palatoplastia primária, com vistas à identificação de sinais e sintomas de apneia obstrutiva do sono (AOS). Modelo/Local de Execução: Estudo prospectivo realizado no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais. Participantes: Setenta e seis crianças não-sindrômicas, de ambos os sexos, foram divididas em dois grupos: um constituído por 56 crianças com fissura de palato (FP), idade entre 11 e 15 meses, sendo 20 com fissura de lábio e palato unilateral (FLPU), 16 com fissura de lábio e palato bilateral (FLPB), 20 com fissura de palato isolada (FPi), e, outro, controle, constituído por 20 crianças com fissura de lábio (FL), idade entre 3-13 meses. As crianças do grupo FP foram submetidas à palatoplastia primária pela técnica de von Langenbeck modificada e o grupo controle, à queiloplastia pela técnica de Millard. Variáveis: Dados referentes à história clínica e sintomas respiratórios foram levantados junto aos pais no pré-operatório (PRE), i.e., no período de 1 a 2 dias que antecederam a cirurgia primária. Foram, ainda, analisadas as complicações respiratórias observadas no transoperatório (TRANS) e em três momentos do pós-operatório: imediato (POSi), i.e., na sala de recuperação anestésica, mediato (POSm), i.e., 12 a 24 horas após a cirurgia estando o paciente ainda hospitalizado, e, tardio (POSt), i.e., 1 a 2 meses após a alta hospitalar, por contato telefônico. Com base na identificação de dificuldade respiratória, ronco e apneia durante o sono foi calculado um escore clínico (índice de Brouillette) no PRE, POSi e POSt, de modo a identificar crianças com suspeita de AOS. Resultados: A análise do índice de Brouillette mostrou aumento do escore médio, sugestivo da possível presença de AOS, apenas no POSi. Nas demais abordagens, observou-se que o grupo FP, comparativamente ao grupo controle, apresentou complicações respiratórias com frequência significantemente maior (p<0,05), particularmente no POSi. Proporção significantemente maior de crianças com FP apresentou ronco. Pausas ventilatórias no sono não foram relatadas. Conclusão: O fechamento cirúrgico do palato exerce efeito obstrutivo sobre a via aérea superior a curto prazo, em decorrência da manipulação cirúrgica, levando a sintomas respiratórios transitórios, em sua maioria. Contudo, o elevado número de relatos de ronco a longo prazo, não permite descartar a ocorrência de AOS nessa população. Estudos polissonográficos devem ser realizados para investigar em maior profundidade esta relevante questão clínica / Objective/Purpose: To investigate the incidence of trans- and postoperative respiratory complications in infants with cleft palate undergoing primary palatoplasty, in order to identify signs and symptoms of obstructive sleep apnea (OSA). Study model/Setting: Prospective study, carried out at the USP Hospital for Rehabilitation of Craniofacial Anomalies. Design/Participants: Seventy-six non-syndromic infants, both genders, were divided into two groups: CP group (56 infants with cleft palate±lip, aged 11-15 months, comprising 20 with unilateral cleft lip and palate, 16 with bilateral cleft lip and palate and 20 with isolated cleft palate), and CL control group (20 infants with cleft lip, aged 3-13 months). CP infants underwent palatoplasty using a modified von Langenbeck technique, and control infants underwent cheiloplasty using the Millard technique. Main outcome measures: Data based on parent reports of clinical history and respiratory symptoms were collected 1-2 days preoperatively (PRE). Respiratory complications were assessed during surgery (TRANS) and three times postoperatively: in the recovery room (POST1); 12-24 hours after surgery, while the patient was still hospitalized (POST2) and 1-2 months after hospital discharge, by telephone parental report (POST3). Based on the identification of breathing difficulty, snoring and breathing pauses during sleep, a clinical score was calculated (Brouillette index) at PRE, POST1 and POST3, in order to identify infants with suspected OSA. Results: Brouillette index analysis showed an increase in mean score, suggestive of OSA, only at POST1. On the other approaches, the CP group showed higher frequency of respiratory complications than the control group, (p<0.05), mainly at POST1. A significantly higher number of infants with CP presented snoring. Breathing pauses during sleep were not observed/reported. Conclusion: The surgical closure of the palate has an obstructive effect on the upper airway in the short-term due to surgical manipulation, mainly leading to transitory respiratory symptoms. However, the high number of snoring reports at the long-term, does not allow to rule out the occurrence of OSA in this population. Polysomnography studies shall be carried out to further investigate this relevant clinical issue.
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Estudo aleatório e controlado para testar o efeito profilático da S(+)cetamina por via peridural na dor pós-operatória de pacientes pediátricos / Randomised controlled trial to test the prophylactic effect of S(+)ketamine on pediatric postoperative pain

Conceição, Mario José da 08 March 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: A cetamina por via regional ou sistêmica melhora a analgesia pós-operatória. A hipótese testada nesse estudo foi a de que o uso profilático da cetamina S(+) por via peridural é melhor que a cetamina S(+) administrada por via venosa durante toda a anestesia, para o controle da dor pós-operatória em crianças submetidas a operações ortopédicas. MÉTODOS: 60 pacientes pediátricos foram aleatoriamente distribuídos em dois grupos de 30 pacientes. Os pacientes do grupo I receberam por via peridural 1 ml.kg-1 de ropivacaína a 0,2%, acrescida de 0,5 mg.kg-1 de cetamina S(+). Os pacientes do grupo II receberam por via peridural a mesma dose de ropivacaína, e antes da incisão cirúrgica receberam por via venosa infusão contínua de cetamina S(+) na dose de 0,2 mg.kg-1.h-1, interrompida ao final da sutura da pele. A mesma técnica anestésica geral complementar foi utilizada para os dois grupos. A dor foi avaliada pela escala Oucher de faces. Também foi avaliado o tempo para a primeira dose do analgésico de resgate e o consumo de morfina nas primeiras 24 h. Os resultados receberam tratamento estatístico pelo teste t de Student, não pareado, para comparação entre os dados demográficos dos grupos, tempo de duração do ato cirúrgico e tempo para recuperação, o teste do Qui quadrado e o teste exato de Fisher para análise de dados não paramétricos, e o teste de análise de variância, para comparar os valores da pressão arterial e da frequência cardíaca. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças estatísticas quanto à intensidade da dor, o tempo para a primeira dose de analgésico de resgate e o consumo de morfina entre os grupos. O valor da frequência cardíaca foi estatisticamente maior no grupo II do que no grupo I. CONCLUSÕES: A intensidade da dor pós-operatória, o tempo para a primeira dose de analgésico de resgate e o consumo de morfina foi semelhante com o uso da cetamina S(+) por via peridural ou sistêmica. A incidência de efeitos adversos foi semelhante com o uso da cetamina por via peridural ou sistêmica, com exceção da frequência cardíaca que foi estatisticamente maior no grupo em que a cetamina S(+) foi empregada em infusão contínua por via venosa. / INTRODUCTION: Ketamine by neuroaxial as well as intravenousroute could improve postoperative analgesia. The hypothesis to be tested here was that the prophylactic epidural use the S(+) ketamine, added to a local anesthetic solution, would improve postoperative pain control after orthopedic surgical procedures in pediatric patients, when compared to intravenous administration. METHODS: 60 pediatric patients were randomly assigned to one of two groups of 30 patients each named I, and II. Before the surgical incision the patients of group I, received by epidural route 1 ml.kg-1 0.2% ropivacaine and 0.5 mg. kg-1 S(+) ketamine. Patients of group II received by epidural route the same ropivacaine dose and 0.2 mg.kg-1h-1 S(+) ketamine IV infusion through all surgical procedure long suspended after the skin suture. The same complement anesthesia technique was provided to all patients. The pain was assessed by Oucher scale, time elicited to first rescue analgesia and 24 h morphine consumption. All data were statistically managed as follow: t test for demographics, surgical procedure duration and time to postoperative recovery; square CHI and Fisher test for nonparametric data and ANOVA for comparing the values of arterial pressure and heart rate. RESULTS: there were no statistical differences on time elicited to the first rescue analgesia, degree of pain complaint or morphine consumption when compared groups I and II. Mild tachycardia was observed for group II with statistical differences when compared to group I (P<0.05). CONCLUSION: the time elicited to the first rescue analgesia, degree of pain complaint and morphine consumption were similar with S(+) ketamine, by epidural and intravenous either. The adverse effects incidence was similar except for the heart rate statistically higher for the group where S(+) ketamine was employed by continuous intravenous route.
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Uso tópico de hidrocortisona no controle da dor e edema pós-operatório em cirurgias para remoção de terceiros molares: estudo clínico, cruzado, randomizado, duplo cego, grupo controle / Topical hydrocortisone for pain and edema control after third molar surgery: a clinical, crossover, randomized, double-blind, controlled study

Rodrigues, Vitor Pereira 15 December 2016 (has links)
A exodontia de terceiros molares pode afetar significativamente a qualidade de vida dos pacientes no período pós-operatório. A resposta inflamatória gerada pelo dano tecidual inerente ao procedimento pode apresentar edema e dor de duração e intensidade variáveis. No presente estudo foi avaliada a eficácia do corticosteroide hidrocortisona, como solução de irrigação durante exodontias de terceiros molares no controle do edema e da dor pós-operatória. Vinte e oito pacientes foram incluídos no estudo e após randomização foram submetidos a exodontia de ambos os terceiros molares inferiores em tempos cirúrgicos distintos, pelo mesmo cirurgião. Foram distribuídos aleatoriamente para receber 250ml de solução contendo 500mg de hidrocortisona (grupo H) ou 250ml de solução salina a 0,9% (grupo C). Para avaliação da eficácia da hidrocortisona no controle da dor pós-operatória três mensurações foram utilizadas: a quantidade de medicação analgésica de resgate consumida, o tempo entre o término da cirurgia e o uso do primeiro comprimido de resgate e a EVA em seis momentos. Para aferição da eficácia da hidrocortisona no controle do edema foram criadas 3 medidas faciais e o edema foi medido por meio da diferença em milímetros entre o segundo dia de pós-operatório e o pré-operatório. A comparação entre os grupos mostrou que a hidrocortisona foi eficaz no controle pós-operatório do edema em duas das medidas aferidas. A dor acompanhou a diminuição do edema, sendo que na média a EVA foi menor no grupo H, no entanto não houve diferença estatisticamente significativa nas outras duas aferições de dor. Conclui-se que a utilização local da hidrocortisona, como solução de irrigação trans-operatória em exodontias de terceiros molares é efetiva na redução do edema e da percepção de dor pós-operatória. / The third molar removal can significantly affect the quality of life of patients in the postoperative period. The inflammatory response caused by tissue damage inherent to the procedure may include edema and pain with variable duration and intensity. In the present study, we evaluated the efficacy of hydrocortisone as irrigation solution during third molars removal for postoperative pain and edema control. Twenty-eight patients were included in the study after randomization and were subjected to removal of both mandibular third molars in different surgical times by the same surgeon. They were randomly assigned to receive 250ml solution containing 500 mg of hydrocortisone (group H) or 250ml 0.9% saline solution (group C). To evaluate the efficacy of hydrocortisone in controlling postoperative pain three measurements were applied: the amount of analgesic medication taken, the time between the end of surgery and the use of the first analgesic tablet and VAS in six moments. To measure the effectiveness of hydrocortisone in edema control three facial measurements were created and swelling was measured by the difference in millimeters between the second postoperative day and preoperative. The comparison between the groups showed that hydrocortisone was effective in postoperative edema control in two of the measurements taken. Pain accompanied the edema reduction and the average VAS was lower in H group, however there was no statistically significant difference in the other two measurements of pain. We concluded that the local use of hydrocortisone as intraoperative irrigation solution for third molar removal is effective in reducing postoperative edema and pain perception.
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Impacto da estimulação do córtex motor primário por corrente contínua na dor e funcionalidade pós-operatória de hálux valgo : um ensaio clinico randomizado

Ribeiro, Hugo Daniel Welter January 2017 (has links)
Introdução: O hálux valgo é uma importante causa de dor e desconforto e acomete 28% dos adultos e 37% dos idosos, com predominância na população feminina. Para atingir a cura desta deformidade, faz-se necessário o tratamento cirúrgico, cuja principal razão é o tratamento da incapacidade relacionada à dor (IRD). No entanto, um ano após a cirurgia de hálux valgo, dor crônica moderada a grave persiste em 21% em repouso e 43% durante a caminhada. Esta resposta anormal faz parte dos sintomas que constitui a síndrome de sensibilização central (SSC), a qual é decorrente de um processo de neuroplasticidade mal adaptativa. Pacientes sensibilizados, não só têm uma maior propensão a desenvolver dor persistente pós-operatória como também experenciam uma dor pós-operatória mais intensa em comparação com pacientes não sensibilizados, devido à amplificação da resposta a estímulos nociceptivos e disfunção dos sistemas inibitórios. Relacionadas ao processo de alterações neuroplásticas, encontramos proteínas tais como o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). Esta neurotrofina participa do processo de LTP, mecanismo de neuroplasticidade que sustenta o processo de memória dolorosa. O aumento de BDNF incrementa a LTP, enquanto que a redução de seus níveis atenua este fenômeno. Portanto, a relação de níveis de BDNF com a severidade da doença pode confirmar a influência sistêmica desse biomarcador em estados de dor sustentada. A fim de alterar a neuroplasticidade mal adaptativa induzida pela dor a longo prazo, a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), uma técnica não invasiva, que visa à modulação do sistema nervoso central para controle da dor, pode se tornar uma opção terapêutica. No entanto, ainda não foi explorado o efeito da ETCC aplicada no período pré-operatório com intuito de melhorar o controle da dor pós-operatória de pacientes sensibilizadas e melhorar a reabilitação pós-operatória dessas pacientes. Neste estudo optou-se pelo uso da ETCC pelo seu potencial de contra regular as alterações ETCC pré-operatória comparada ao ETCC-sham no controle da dor e reabilitação em pacientes com artralgia da 1ªAMF submetidas a tratamento cirúrgico de hálux valgo. Método: Ensaio clínico, randomizado, duplo-cego, em paralelo, controlado com sham que incluiu 40 pacientes do sexo feminino, entre 18 e 70 anos, candidatas a tratamento cirúrgico de hálux valgo sob técnica combinada de Chevron e Akin por artralgia da 1ªAMF. As pacientes foram randomizadas e divididas em dois grupos que receberam duas sessões de 20 minutos de ETCC-ativa(a) ou ETCC-sham(s) no período pré-operatório. A estimulação foi feita por corrente contínua de 2mA através do eletrodo anodal sobre o córtex motor primário (M1) e o catodal sobre a área supraorbital contralateral. Os desfechos avaliados foram: escores de dor na EAV(0-10), consumo analgésico, IRD avaliada pela B-PCP:S, função do sistema modulador descendente da dor, avaliada pelo teste CPM e os níveis séricos e liquóricos de BDNF. Resultados: O grupo ETCC-a apresentou escores mais baixos na escala Análogo Visual de Dor [EAV(0-10)] em repouso e durante a caminhada (P <0,001). Em repouso, a diferença entre os dois grupos foi de 2,13cm (95% IC = 1,59 a 2,68), enquanto durante a caminhada foi de 1,67cm (IC 95% = 1,05 a 2,28). O grupo ETCC-a, quando comparado ao grupo ETCC-s mostrou menor necessidade de doses analgésicas diárias com média de 1,37 (0,63) contra 1,81 (0,64) doses respectivamente (P <0,001). A ETCC ativa também obteve maior melhora da IRD que a ETCC sham, conforme demostrado pela maior redução na Brazilian Profile of Chronic Pain: Screen (B-PCP:S) (diferença média de 9,41 pontos, IC95% = 0,63 a 18,21) e ainda, aumentou a função do sistema modulador descendente da dor durante o teste da modulação condicionada de dor (CPM) com um tamanho de efeito médio. O aumento da função desse sistema representa a reversão das alterações neuroplásticas mal adaptativas promovidas pela dor crônica. Conclusão: Duas sessões de ETCC anódica aplicadas sobre M1 no pré-operatório melhorou a dor pós-operatória, como demonstrado pela redução dos escores de dor, consumo de analgésicos e IRD. Além disso, sugere-se que os efeitos da ETCC pré-operatória nestes desfechos envolvem a melhora da função dos sistemas moduladores descendentes da dor e mecanismos de neuroplasticidade conforme mensurados pelo BDNF. / Introduction: Hallux valgus, is an important cause of feet pain and discomfort and affects 28% of adults and 37% of elderly, predominantly in female population. To achieve the deformity heal, surgical treatment is needed, which main goal is to treat incapacity related to pain (IRP). However, one year after hallux valgus surgical treatment, moderate to severe chronic pain persists in 21% during rest and 43% during walking. This abnormal response is part of the symptoms that constitute central sensitization syndrome (CSS), which is due to a maladaptive neuroplasticity process. Sensitized patients, not only are more likely to develop postoperative persistent pain, but also experience more intense postoperative pain comparing to non-sensitized patients, due to the amplification of nociceptive inputs and inhibitory systems disfunction. Related to neuroplasticy process, proteins such as brain neurotrophic factor (BDNF) are found. This neurotrophin participates in the LTP process, a mechanism of neuroplasticity that sustains the process of pain memory. The increase of BDNF increases the LTP, while the reduction of its levels attenuates this phenomenon. Therefore, the relationship of BDNF levels with disease severity may confirm the systemic influence of this biomarker on sustained pain states. In order to alter long-term pain-induced maladaptive neuroplasticity, transcranial direct current stimulation (tDCS), a non-invasive technique, which aims for the central nervous system modulation for pain control, may become a therapeutic option for postoperative pain. However, the effect of tDCS applied in the preoperative period has not been explored yet with the intent of improving the postoperative pain control in sensitized patients, neither in postoperative rehabilitation. In this study, it was chosen to use tDCS due to its potential to counter-regulate the maladaptive neuroplastic alterations associated to chronic pain. Objective: to evaluate the effect of preoperative tDCS compared to tDCS-sham in the pain control and in the rehabilitation of patients with arthralgia of the first metatarsalfalangeal articulation submitted to hallux valgus surgical correction. Method: it is a randomized, double-blinded, placebo-sham controlled clinical trial, which includes 40 female patients, between 18 and 70 years old, candidates to hallux valgus surgical treatment by combined Chevron + Akin osteotomy due to arthralgia of the first metatarsalfalangeal articulation. The patients were randomized and divided into two groups that were treated with two tDCS or tDCS-sham sessions of 20 minutes each in preoperative period. The stimulation was done by 2mA continuous current through the anodal electrode on the primary motor cortex (M1) and the catodal on the contralateral supraorbital area. The outcomes were: VAS(0-10) scores, analgesic consumption, DRP assessed by the B-PCP: S, the function of the descending pain modulator system, assessed by the CPM test and the serum and CSF levels of BDNF. Results: a-tDCS group showed lower scores on Visual Analogue Scale [VAS(0-10)] at rest and during walking (P<0.001). At rest, the difference between both groups was 2.13cm (95%CI=1.59 to 2.68) while during walking was 1.67cm (95%CI=1.05 to 2.28). The a-tDCS group, when compared to s-tDCS, showed reduced need of daily analgesic intake from 1.37 (0.63) to 1.81 (0.64) mean doses, respectively (P<0.001). Active tDCS improved the DRP, as demonstrated by a greater reduction in the Brazilian Profile of Chronic Pain: Screen (B-PCP:S) (mean difference of 9.41 points, 95%CI=0.63 to 18.21) and also increased the function of descending pain modulatory system (DPMS) during conditioned pain modulation (CPM-task), with a medium size effect. The increased function of this system represents the reversal of maladaptive neuroplastic changes promoted by chronic pain. Conclusion: Two preoperative anodic tDCS sessions applied over M1 improved postoperative pain, as demonstrated by reduction in the pain scores, analgesic consumption and DRP. In addition, these results suggest that the effects of preoperative tDCS on these outcomes involved improving the function of pain modulation systems and neuroplasticity mechanisms as measured by BDNF.
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Postoperativ shivering : En kvantitativ studie om dess orsaker

Tiberg, Jenny, Tieleman, Karin January 2012 (has links)
Postoperativ shivering (PAS) definieras som en serie ofrivilliga muskelrörelser som ökar den metabola värmeproduktionen i kroppen. Förekomsten av postoperativ shivering är ett problem inom den perioperativa vården. Det finns flera orsaker till shivering. Termoregulativa och icke termoregulativa. PAS förekommer i ca 5-65% av alla anestesier, men frekvensen har under åren minskat. Det är tidigare känt att anestesi sätter termoregulationen ur spel. Konsekvenserna kan leda till vårdlidande för patienten och högre kostnader för samhället. Syftet med studien är att undersöka orsaken till shivering. Arbetet utgår från en kvantitativ metod. I samarbete med SÄS utarbetades ett datainsamlingsformulär. Studien som genomfördes på tre sjukhus i västra delen av Sverige inkluderade 350 patienter &gt;18 år. Materialet analyserades i SPSS, version 19. Resultatet visade att ålder, kön, operationstid (knivtid) och vissa typer av operationsingrepp (öron- ögon- hals- käk- näs- och endoskopisk kirurgi), hade signifikans för uppkomsten av PAS. Övriga variabler som undersöktes (anestesimetod, temperatur och övriga undersökta operationsingrepp) hade ingen signifikans. Resultatet talar delvis emot tidigare forskning, som visar att anestesimetod har betydelse för uppkomsten av PAS. Studien överensstämmer med tidigare forskning gällande signifikans för kön, ålder, operationstid och temperatur. Genom identifiering av olika faktorer, som kan leda till postoperativ shivering, kan vi, som anestesisjuksköterskor, förebygga fenomenet och ge patienten en trygg och säker vård samt minska vårdlidande. / Program: Specialistsjuksköterskeutbildning med inriktning mot anestesisjukvård
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Desenvolvimento e validação de algoritmo para mensuração contínua e ou intermitente das variações da pressão arterial em monitor multiparamétrico: estudo piloto em pacientes de alto risco cirúrgico / Development and validation of an algorithm for continuously and intermittent measurement of arterial pressure in a multiparametric monitor: pilot study in high risk surgical patients

Lopes, Marcel Rezende 01 December 2009 (has links)
Introdução: Diversos estudos mostraram que maximizar (ou aumentar até se alcançar um platô) o volume sistólico com infusão de fluidos durante uma cirurgia de alto risco pode melhorar o resultado pós-operatório. Este objetivo pode ser atingido simplesmente minimizando-se a variação da pressão arterial (PP) induzida por ventilação mecânica. Testou-se esta hipótese em um único e potencial centro de estudo aleatório. O objetivo principal foi a análise da duração de permanência hospitalar pós-operatória. Métodos: Trinta e três pacientes submetidos a cirurgias de alto risco foram randomizados em grupo controle (Grupo C, n = 16) e grupo intervenção (Grupo I, n = 17). No grupo I, o PP foi continuamente monitorizado durante a cirurgia por um dispositivo automático (DX 2020, Dixtal, São Paulo, Brasil) e minimizado até 10% da variação com infusão adicional de fluidos. Resultados: No período pré-operatório, os Grupos C e I foram comparados com base nos dados demográficos, classificação da American Society of Anesthesiologists (classificação ASA) - Sociedade Americana de Anestesiologistas, tipo e duração da cirurgia. Durante a cirurgia, o Grupo I recebeu mais fluido que o Grupo C (4618 ± 1557 vs 1694 ± 705 ml, p<0,0001), e o PP diminuiu de 22 ± 7 para 9 ± 1% (p < 0,05) no Grupo I. A duração média da permanência hospitalar pós-operatória (7 vs 17 dias, p<0,01) foi menor no Grupo I que no Grupo C. O número de complicações pós-operatória por paciente (1,4 ± 2,1 vs 3,9 ± 2,8, p<0,05), bem como a duração média da ventilação mecânica (1 vs 5 dias, p<0,05) e estadia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (3 vs 9 dias, p<0,01) também foram mais baixas no Grupo I. Conclusão: Monitorar e minimizar a variação do PP com infusão de fluidos durante cirurgias de alto risco melhorou o resultado pós-operatório e diminuiu a duração da permanência hospitalar. Registro do Estudo: NCT00479011 / Background: Several studies have shown that maximizing (or increasing until reaching a plateau) stroke volume by volume loading during high-risk surgery may improve postoperative outcome. This goal could be achieved simply by minimizing arterial pulse pressure variation (PP) induced by mechanical ventilation. We tested this hypothesis in a prospective, randomised, single centre study. The primary endpoint was the length of postoperative hospital stay. Methods: Thirty-three patients undergoing high-risk surgery were randomized either to a control group (group C, n = 16) or to an intervention group (group I, n = 17). In group I, PP was continuously monitored during surgery by an automatic device (DX 2020, Dixtal, and Sao Paulo, Brazil) and minimized to 10% by volume loading. Results: Pre-operatively, group C and group I were comparable in terms of demographic data, ASA score, type, and duration of surgery. During surgery, group I received more fluid than group C (4618 ± 1557 vs 1694 ± 705 ml, p<0.0001), and PP decreased from 22 ± 7 to 9 ± 1% (p < 0.05) in group I. The median duration of postoperative hospital stay (7 vs 17 days, p<0.01) was lower in group I than in group C. The number of post-operative complications per patient (1.4 ± 2.1 vs 3.9 ± 2.8, p<0.05), as well as the median duration of mechanical ventilation (1 vs 5 days, p<0.05) and ICU stay (3 vs 9 days, p<0.01) was also lower in group I. Conclusion: Monitoring and minimizing PP by volume loading during high-risk surgery improves post-operative outcome and decreases length of hospital. Trial registration: NCT00479011

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