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O sentido do cuidado na vivência da pessoa com câncer: uma compreensão fenomenológica / The meaning of care for a person living with cancer: a phenomenological understandingSilva, Lucia Cecilia da 02 February 2007 (has links)
A vivência do câncer é considerada uma experiência de forte impacto psicológico para os doentes e suas famílias, pois mobiliza sentimentos de profundo sofrimento em qualquer um de seus estágios. Em qualquer fase do trajeto percorrido pelo doente na denominada jornada do câncer, necessidades especiais de cuidados surgirão. Os procedimentos, condutas e rotinas terapêuticas, embora existam para restabelecer e promover o bem-estar do doente, são freqüentemente percebidos como ameaçadores, agressivos e invasivos, aumentando os sentimentos de vulnerabilidade e fragilidade humanas. Neste contexto, esta investigação se propôs a compreender como a pessoa vivencia a experiência de estar doente de câncer, cuidando-se e sendo cuidada. De natureza qualitativa, a metodologia adotada foi de inspiração fenomenológica, a qual serviu de referencial para tomar o ser-no-mundo-com-câncer, interrogá-lo e descrevê-lo em sua essência. Os colaboradores da pesquisa foram oito usuários cadastrados no Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer (GAPC), da cidade de Maringá (PR). A coleta de dados foi realizada mediante entrevistas abertas realizadas em seus domicílios e nas dependências da instituição. De seus discursos foram apreendidas unidades de significado que serviram de orientação para a análise da existencialidade do paciente oncológico, possibilitando uma síntese compreensiva do fenômeno do Cuidado. Esta compreensão pautou-se na fenomenologia ontológica de Heidegger, prioritariamente, na proposta em sua obra Ser e Tempo. Compreendeu-se que as vivências dos doentes apresentam-se em uma unificação temporal na qual o presente com a doença é construído por ressignificações do passado e por um permanente questionamento temeroso e angustiado quanto ao futuro. O nexo que emerge dessa tripartição temporal é o Cuidado, que se manifesta como estrutura originária, permitindo ao ser doente projetar sua existencialidade a partir da facticidade da doença. Na existência cotidiana, o Cuidado aparece ao doente como preocupação consigo próprio e como preocupação dos outros em relação a ele, e nesta última observa-se o papel relevante dos familiares e dos profissionais de saúde. Neste modo de ser cotidiano, as manifestações de cuidado ora surgem como solicitude, ora como cuidado deficiente. No primeiro caso, toma-se a experiência com a doença como oportunidade para novos aprendizados e conquista de novos valores; no segundo, a doença é vivenciada como manifestação de deterioração e perda de autonomia e individualidade. Conclui-se que o Cuidado, enquanto estrutura ontológica originária do ser-no-mundo, pode se constituir em um referencial de ricas possibilidades para se pensar as ações em saúde nos âmbitos privado e institucionalizado. / Living with cancer is considered an experience of strong psychological impact for the sick and their family, considering that it involves deep suffering at any of the stages. In every step of the way, along the so called cancer journey, the sick will eventually require special care. The procedures, conducts and therapeutic routines, despite being aimed at reestablishing and promoting the well-being of the sick, are usually perceived as threatening, aggressive and invasive, which tend to increase the human feelings of vulnerability and fragility. In this context, this study is aimed at understanding how a person deals with the experience of being cancer-sick, caring and being cared for. The qualitative nature of the study and the phenomenological inspiration of the methodology adopted served as reference to approach the world lived by the sick, question it and describe it in its essence. The research participants were eight members of the Support Group for the Cancer Sick (GAPC Grupo de Apoio a Pessoas com Cancer), in Maringa, state of Parana, Brazil. Data collection was conducted by means of open interviews at the participants homes or within the institution premises. From their talks, units of meaning could be apprehended, which served as orientation to analyze the oncologic patient existentiality, and allowed for a comprehensive synthesis of the Care phenomenon. Such understanding is based on the ontological phenomenology of Heidegger, particularly the one proposed in his work Being and Time. In this sense, the sick living experiences are presented in a temporal unification, in which the present, with the disease, is built upon a ressignification of the past and a continuous questioning, fearful and anguished, towards the future. The sense emerging from this tripartition of time is Care, which manifests itself as an ordinary structure and allows the sick-being to project his existentiality from the facticity of the disease. In the quotidian existence, Care is perceived by the sick both as a preoccupation with himself and as a preoccupation of the others in relation to his condition. In the latter, the role of family and health professionals is particularly relevant. In this quotidian way of being, care manifestations appear either as solicitude, or as deficient care. Regarding the former, the experience with the disease is taken as an opportunity for new learning and for conquering new values. As for the latter, the disease is experienced as a manifestation of deterioration and loss of autonomy and individuality. The conclusion is that Care, as an ontological structure that originates being-in-the-world, can constitute a rich reference of possibilities to reflect on health actions within private or institutionalized environments.
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O sentido do cuidado na vivência da pessoa com câncer: uma compreensão fenomenológica / The meaning of care for a person living with cancer: a phenomenological understandingLucia Cecilia da Silva 02 February 2007 (has links)
A vivência do câncer é considerada uma experiência de forte impacto psicológico para os doentes e suas famílias, pois mobiliza sentimentos de profundo sofrimento em qualquer um de seus estágios. Em qualquer fase do trajeto percorrido pelo doente na denominada jornada do câncer, necessidades especiais de cuidados surgirão. Os procedimentos, condutas e rotinas terapêuticas, embora existam para restabelecer e promover o bem-estar do doente, são freqüentemente percebidos como ameaçadores, agressivos e invasivos, aumentando os sentimentos de vulnerabilidade e fragilidade humanas. Neste contexto, esta investigação se propôs a compreender como a pessoa vivencia a experiência de estar doente de câncer, cuidando-se e sendo cuidada. De natureza qualitativa, a metodologia adotada foi de inspiração fenomenológica, a qual serviu de referencial para tomar o ser-no-mundo-com-câncer, interrogá-lo e descrevê-lo em sua essência. Os colaboradores da pesquisa foram oito usuários cadastrados no Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer (GAPC), da cidade de Maringá (PR). A coleta de dados foi realizada mediante entrevistas abertas realizadas em seus domicílios e nas dependências da instituição. De seus discursos foram apreendidas unidades de significado que serviram de orientação para a análise da existencialidade do paciente oncológico, possibilitando uma síntese compreensiva do fenômeno do Cuidado. Esta compreensão pautou-se na fenomenologia ontológica de Heidegger, prioritariamente, na proposta em sua obra Ser e Tempo. Compreendeu-se que as vivências dos doentes apresentam-se em uma unificação temporal na qual o presente com a doença é construído por ressignificações do passado e por um permanente questionamento temeroso e angustiado quanto ao futuro. O nexo que emerge dessa tripartição temporal é o Cuidado, que se manifesta como estrutura originária, permitindo ao ser doente projetar sua existencialidade a partir da facticidade da doença. Na existência cotidiana, o Cuidado aparece ao doente como preocupação consigo próprio e como preocupação dos outros em relação a ele, e nesta última observa-se o papel relevante dos familiares e dos profissionais de saúde. Neste modo de ser cotidiano, as manifestações de cuidado ora surgem como solicitude, ora como cuidado deficiente. No primeiro caso, toma-se a experiência com a doença como oportunidade para novos aprendizados e conquista de novos valores; no segundo, a doença é vivenciada como manifestação de deterioração e perda de autonomia e individualidade. Conclui-se que o Cuidado, enquanto estrutura ontológica originária do ser-no-mundo, pode se constituir em um referencial de ricas possibilidades para se pensar as ações em saúde nos âmbitos privado e institucionalizado. / Living with cancer is considered an experience of strong psychological impact for the sick and their family, considering that it involves deep suffering at any of the stages. In every step of the way, along the so called cancer journey, the sick will eventually require special care. The procedures, conducts and therapeutic routines, despite being aimed at reestablishing and promoting the well-being of the sick, are usually perceived as threatening, aggressive and invasive, which tend to increase the human feelings of vulnerability and fragility. In this context, this study is aimed at understanding how a person deals with the experience of being cancer-sick, caring and being cared for. The qualitative nature of the study and the phenomenological inspiration of the methodology adopted served as reference to approach the world lived by the sick, question it and describe it in its essence. The research participants were eight members of the Support Group for the Cancer Sick (GAPC Grupo de Apoio a Pessoas com Cancer), in Maringa, state of Parana, Brazil. Data collection was conducted by means of open interviews at the participants homes or within the institution premises. From their talks, units of meaning could be apprehended, which served as orientation to analyze the oncologic patient existentiality, and allowed for a comprehensive synthesis of the Care phenomenon. Such understanding is based on the ontological phenomenology of Heidegger, particularly the one proposed in his work Being and Time. In this sense, the sick living experiences are presented in a temporal unification, in which the present, with the disease, is built upon a ressignification of the past and a continuous questioning, fearful and anguished, towards the future. The sense emerging from this tripartition of time is Care, which manifests itself as an ordinary structure and allows the sick-being to project his existentiality from the facticity of the disease. In the quotidian existence, Care is perceived by the sick both as a preoccupation with himself and as a preoccupation of the others in relation to his condition. In the latter, the role of family and health professionals is particularly relevant. In this quotidian way of being, care manifestations appear either as solicitude, or as deficient care. Regarding the former, the experience with the disease is taken as an opportunity for new learning and for conquering new values. As for the latter, the disease is experienced as a manifestation of deterioration and loss of autonomy and individuality. The conclusion is that Care, as an ontological structure that originates being-in-the-world, can constitute a rich reference of possibilities to reflect on health actions within private or institutionalized environments.
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Psico-Oncologia: um estudo com pacientes após o término do tratamento oncológico / Psycho-Oncology: a study of patients after completion of cancer treatmentSantos, Ana Paula Alves Lima 29 November 2011 (has links)
Sabemos que o câncer é considerado um problema de saúde pública, muitas são as pessoas acometidas por esta enfermidade e a tendência é que aumente cada vez mais. Paralelo às enormes proporções de incidência do câncer está o aumento no número de pessoas que alcançam sucesso no tratamento oncológico, surgindo um novo grupo: os sobreviventes de câncer. Neste trabalho, entendemos como sobrevivente de câncer o paciente que está há no mínimo cinco anos fora de tratamento, sem apresentar evidência da doença. Sendo assim, define-se como objetivo geral desta pesquisa: discutir os aspectos emocionais de pacientes que terminaram o tratamento oncológico há no mínimo cinco anos. A amostra é constituída por dez participantes que tiveram câncer adulto e terminaram o tratamento oncológico há no mínimo cinco anos em um hospital público da cidade de Aracaju. Para a coleta de dados desta pesquisa foi elaborado um roteiro de entrevista semi-estruturada. Os dados foram analisados de forma qualitativa, utilizando a técnica de análise de conteúdo. Assim, este trabalho mostra que, sobreviver ao câncer é uma experiência complexa, ligada ao modo de enfrentamento e adaptação de cada um. Constitui-se um desafio para os sobreviventes apropriar-se da condição de curado, uma vez que a possibilidade de volta da doença é algo a se considerar, sendo necessário que o sobrevivente consiga elaborar a experiência passada e conviva com a incerteza do futuro. O presente estudo reflete ainda sobre a importância de que não se trata apenas de curar o paciente, mas de oferecer meios para que possa retomar sua vida, integrar-se ao seu meio social. Nesse contexto, a equipe de saúde deve incluir em seus planos terapêuticos ações além dos aspectos clínicos da doença, preocupando-se também com o apoio emocional e social, promovendo o aprimoramento de habilidades de enfrentamento para lidar com a nova condição de saúde e libertar-se do passado, auxiliando os sobreviventes a conviver com esta dualidade que é inerente a vida / Cancer is considered a public health problem. Many people are affected by this illness and there is a tendency for its increasing. However, parallel to the large proportions of cancer incidence, there is the increasing number of people who reach success on cancer treatment. This causes the emergence of a new group: the cancer survivors. We understand a cancer survivor as the patient that hasnt been treated for five years and has no evidence of the disease. The general objective of this research is to discuss the emotional aspects of this group of patients. The sample is constituted by cancer survivors from a public hospital in the city of Aracaju. The data was organized through a semi-structured interview guide that had been previously elaborated. The data was analyzed on a qualitative way, using the content analysis technique. Thus, this research shows that surviving cancer is a complex experience, and it is connected to the way each patient confronts and get adapted to the cure process. Appropriated cure conditions constitute a challenge to survivors once the possibility of the disease return has to be analyzed. The survivor needs to succeed on elaborating the past experience and live with the uncertainty of the future. This study also emphasizes that it is not just a matter of getting the patient cured, but also providing means of resuming to his/her life, and reintegrating him/her into the social environment. In this context, the health care team should include in their treatment plans, actions that goes beyond the clinical aspects of the disease, offering emotional and social support, promoting the improvement of coping skills to deal with their new condition and to get rid of the past, helping survivors to live with the duality inherent in life
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Fatores de risco, proteção e resiliência em mulheres mastectomizadas acompanhadas pela Liga Feminina de Combate ao Câncer de Gurupi-TOMarinho, Vinicius Lopes 06 December 2016 (has links)
No Brasil, o câncer de mama tem sido a maior causa de óbitos da população feminina, principalmente na faixa etária entre 40 e 69 anos. A mastectomia é o método mais utilizado para tratamento e objetiva a retirada total do tumor. O procedimento causa prejuízos emocionais, sociais e afeta de forma significativa a qualidade de vida da mulher. O estudo teve como objetivo investigar o processo de resiliência em mulheres mastectomizadas. Possui natureza qualitativa, realizado com 10 mulheres acompanhadas pela Liga Feminina de Combate ao Câncer de Gurupi-To. Para a coleta dos dados utilizou-se questionário para caracterização das participantes e entrevista semiestruturada, que foram submetidos à análise de conteúdo de Bardin e organizados em torno de três categorias: sentimentos e vivências diante do diagnóstico e tratamento; fatores de risco, proteção e processo de resiliência. Constatou-se que receber o diagnóstico de câncer de mama trouxe à tona sentimentos como incredulidade por estar doente, raiva, negação, culpa e medo, entretanto, para algumas participantes a vivência significou aprendizado e superação. Os fatores de risco identificados nos relatos foram: dificuldades em acessar a rede de saúde, ausência de apoio da família e amigos, efeitos colaterais durante o tratamento quimioterápico e reações emocionais, presentes desde o diagnóstico até a finalização do tratamento. Já os fatores de proteção foram o suporte da família, amigos e profissionais da saúde; a fé em Deus e espiritualidade; e o trabalho. Compreendeu-se neste estudo que estar resiliente relaciona-se com a capacidade de vivenciar medos, angústias e incertezas, assumindo postura ativa de enfrentamento ao câncer de mama, encontrando novos sentidos para as dificuldades vivenciadas e serem fortalecidas por estas. / In Brazil, the breast cancer has been the major cause of deaths in female population, especially in the age between 40 and 69.The mastectomy it is the most used method aiming to remove the tumor. The procedure cause social and emotional problems and affect significantly the quality of life of the woman .the study aimed to investigate the resilience process the mastectomized women. The study have qualitative nature carried out with 10 women and the league Feminine against Câncer in Gurupi. For the collect of data was done questionnaire to characterize the participant, interview. The result of the interview was submitted to Bardin content and organized in three categories: Feelings and Experience on Diagnosis and treatment, risk factors and protective factors together with resilience process. Receiving the diagnostic of breast cancer, brought feelings like unbelief for being sick, anger, denial, guilt and fear. However, for some, the experience means learning and overcoming state. the risk factors of the survey was absent of the family and friendly support ,side effects during chemotherapy , and sadness and give up feelings sometimes together with fear during the treatment. Otherwise, the protector factors was the family support, friendships and professional support, faith in god and spirituality and the job. She understood in this study that being resilient is related to the ability to experience fears, anxieties and uncertainties, taking an active posture of coping with breast cancer, finding new meanings for the difficulties experienced and being strengthened by them.
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"Vivências de crianças com câncer no grupo de apoio psicológico: estudo fenomenológico". / Experiences of children with cancer in the psychological support group: phenomenological studyLuciana Pagano Castilho Françoso 22 February 2002 (has links)
O trabalho tem como proposta entrar em contato com o câncer infantil e suas conseqüências do ponto de vista da própria criança com câncer, investigando o que significa para ela estar doente e buscando conhecer o sentido de sua vivência neste momento particular de sua vida. O trabalho fundamenta-se no método de pesquisa qualitativa de inspiração fenomenológica em Psicologia. Partindo de uma questão orientadora - Como é para a criança com câncer conviver com sua doença e seu tratamento? - a fonte de investigação utilizada foram as vivências de crianças com câncer no grupo de apoio psicológico, atividade que faz parte da rotina do Serviço de Psicologia do GACC-Grupo de Apoio à Criança com Câncer. O grupo reuniu-se semanalmente durante 01 hora, em local e horário fixos, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP. Foram utilizados materiais gráfico e lúdicos. As crianças participantes, em média 05 em cada sessão, tinham diferentes diagnósticos de câncer e encontravam-se em diferentes fases de seus tratamentos. Suas idades variaram de 03 a 16 anos. A construção dos resultados compreendeu duas etapas. Na primeira etapa, foram analisadas 30 sessões do grupo de apoio psicológico realizadas no período de abril a dezembro de 1999. Nesta etapa, o objetivo do grupo era propiciar e facilitar a livre expressão de preocupações, dúvidas e sentimentos das crianças participantes, além de proporcionar um momento no qual pudessem compartilhar suas experiências. Desta primeira etapa emergiram três dimensões de análise: os temas das sessões, o próprio grupo enquanto intervenção psicoterapêutica e a gestação da idéia de elaborar o livro das crianças. Na segunda etapa, foram analisadas 15 sessões do grupo de apoio psicológico, realizadas no período de janeiro a junho de 2000. Nesta etapa, o objetivo do grupo era a criação do livro das criança, material informativo sobre o câncer infantil elaborado coletivamente. Desta segunda etapa emergiram os temas das sessões, organizados posteriormente sob a forma do livro das crianças. Após estas duas etapas de análise, foi realizada uma síntese compreensiva da construção dos resultados sob a luz da Psicologia Fenomenológica. Nas considerações finais, foram discutidos os desdobramentos práticos dos aspectos estudados, assim como o papel da Psicologia nestes contextos assistenciais. (FAPESP) / This paper proposes to come into contact with childhood cancer and its consequences from the cancer-stricken childs own viewpoint, and investigate what it means for the child to be ill, seeking to find out the meaning of its experience at this particular juncture of its life. This paper is based on the qualitative research method of phenomenological inspiration in Psychology. With a leading question as the starting point What is it like for a child who has cancer to live with this illness and its treatment? the source used for investigation were the experiences of children suffering from cancer in a psychological support group, a routine activity that is a part of the Psychology Service of the GACC Support Group for Children with Cancer. This group met weekly for one hour, at a fixed time and place, at the Childrens Hospital of the Ribeirão Preto Medical School of the University of São Paulo (USP). Graphic and playtime materials were used. The participating children, five per session on the average, had different cancer diagnoses, and were at different stages of their treatment. Their ages ranged from 3 to16 years. Construction of results comprised two stages. In the first stage, 30 psychological support group sessions held during the period from April through December 1999 were analyzed. In this stage, the groups objective was fostering and facilitating the free expression of concerns, doubts and feelings by the participating children, in addition to providing a time for them to share their experiences. In the second stage, 15 psychological support group sessions held during the period from January to June 2000 were analyzed. In this stage, the groups objective was creating the Childrens Book collectively prepared informative material on childhood cancer. Subsequently, a synthesis comprising both stages of such construction of results was carried out under the light of Phenomenological Psychology. Practical developments of the aspects studied, as well as the role of Psychology in such care contexts, were discussed in closing remarks.
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Vivências de profissionais de saúde na assistência a crianças e adolescentes com câncer: um estudo fenomenológico / Health professionals experiences in assisting children and adolescents who have cancer: a phenomenological studyRoberta Cancella Pinheiro Alves 08 October 2012 (has links)
O câncer corresponde a um grupo de doenças que têm em comum o poder de proliferar células anormais de natureza embrionária primitiva em qualquer parte do organismo. A despeito dos avanços científicos e tecnológicos que permitem um aumento nas possibilidades de cura, o câncer desencadeia repercussões psicológicas em pacientes e familiares. Neste cenário de adoecimento torna-se essencial que esses indivíduos possam ser assistidos por profissionais de saúde que os orientem e os acolham em suas necessidades específicas. Porém, a atuação permeada pelo contato com profissionais de diferentes áreas, por jornadas prolongadas de trabalho e pelo convívio frequente com imprevisibilidade, vulnerabilidade, sofrimento e perda de pacientes, pode gerar sofrimento aos profissionais, dificultando uma assistência de qualidade aos pacientes. Esse estudo teve como objetivo compreender como profissionais de saúde, de diferentes especialidades, atuantes em um serviço especializado em tratamento oncológico pediátrico, vinculado a um hospital-escola do interior do estado de São Paulo, significam suas vivências neste contexto de trabalho. Foram entrevistados oito profissionais e, mediante autorização prévia dos mesmos, as entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra. A compreensão dos relatos foi realizada segundo o referencial fenomenológico, que se justifica pela necessidade de chegar à experiência tal como é vivida e de aproximar dos sentidos atribuídos pelos participantes. As entrevistas foram analisadas qualitativamente conforme o método de análise da estrutura do fenômeno situado, proposto por Martins e Bicudo (1989), Giorgi (1985) e Valle (1997) e, posteriormente, foi realizada uma reflexão sobre os resultados à luz da Psicologia Fenomenológica proposta por Forghieri (2009). Os resultados mostraram que os participantes vivenciam sua atuação de forma ambivalente, marcada por satisfações e dificuldades. A satisfação aparece associada ao vínculo construído e às lições aprendidas com pacientes e familiares, ao reconhecimento recebido pelo trabalho prestado e à oportunidade de servir ao próximo. As dificuldades estão relacionadas ao contato com o sofrimento e com a morte de pacientes, ao convívio com profissionais de diferentes especialidades e à dificuldade de comunicação entre eles, essas últimas representando obstáculos a uma atuação integrada. Apesar das dificuldades, eles revelam disponibilidade e desejo de cuidar de seus pacientes, o que faz com que continuem escolhendo esse trabalho. Com intuito de lidar melhor com esse cenário, mobilizam diferentes recursos de enfrentamento, porém, ainda assim, em vários momentos, sentem-se desamparados tanto pelos colegas como pela instituição hospitalar e pela formação acadêmica. Frente aos desafios da prática, esse estudo ressalta a importância de repensar a formação em saúde, bem como a necessidade de oferta de assistência psicológica aos profissionais, como uma estratégia de cuidado ao cuidador. Destinar atenção à saúde mental dos profissionais de saúde é essencial para que eles tenham condições para adotar condutas mais humanizadas, proporcionando uma melhor qualidade da assistência aos pacientes. / Cancer corresponds to a group of diseases that have in commom the power to proliferate abnormal cells of a primitive embrio origin in any part of the organism. Despite the scientific advances which allow a raise in the chances of cure, cancer triggers psychological repercussions in patients and their families. In this scenario of illness it is tantamount that these individuals may be assisted by health professionals who guide them and cater for their specific needs. However, the acting permeated by the contact with professionals from various areas, by long working hours and by the constant idea of unpredictability, vulnerability, suffering and loss of patients might generate anguish to these professionals, making it difficult to have high quality assistance towards these patients. This study aimed at understanding how health professionals, of different areas of expertise, actively working in a job which is specific to the pediatrics oncologic treatment, linked to a university hospital in the inner area of the state of São Paulo, see the experiences they have within the scope of their work. Eight professionals were interviewed and, having the subjects previously authorized, the interviews were recorded and transcribed word by word. The comprehension of the reports was performed according to the phenomenological reference, which is justified by the need to reach the experience exactly the same way it is lived and to get closer to the senses assigned by the participants. The interviews were qualitatively analysed in accordance with the method of situated phenomenon structure analysis, proposed by Martins and Bicudo (1989), Giorgi (1985) and Valle (1997) and, later, a reflexion upon the results was carried out in light of the Phenomenological Psychology proposed by Forghieri (2009). The results showed that the participants live their acting in an ambivalent way, marked by pleasures and difficulties. The pleasures are associated with the bonding built and with the lessons learned with patients and their families, with the recognition awarded by the done service and the opportunity of helping a peer. The difficulties are related to the contact with suffering and to the death of the patients, to the living with professionals of different specialities and to the difficult communication among them, the latest representing obstacles to an integrated acting. In spite of the difficulties, they reveal availability and good will to handle the patients, which makes them keep choosing this line of work. Aiming at dealing better with this scenario, they mobilize different resources of confrontation, yet, still in numerous moments, they feel unassisted both by their co-workers and the hospital institution, as well as by the academic course. Facing the practice challenges, this paper highlights the importance of rethinking the graduation in the area of health, and also the need of offering psychological aid to the professionals as a strategy of care towards the caretaker. Paying attention to the mental health of the health professionals is essential so that they are in good shape to adopt more humanistic approaches, offering assistance of a higher quality towards these patients.
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O significado da religiosidade para pacientes com câncer e para profissionais de saúde / THE MEANING OF RELIGIOSITY FOR CANCER PATIENTS AND HEALTH PROFESSIONALS.Espíndula, Joelma Ana 04 November 2009 (has links)
Os objetivos do estudo são compreender como pacientes com câncer vivenciam o fenômeno da religiosidade e da fé, e como profissionais de saúde significam a religiosidade e a fé dos pacientes em tratamento de câncer e como vivenciam esse fenômeno. O tema religiosidade é considerado atual e importante para a época onde ainda falta uma atenção a esse aspecto aos pacientes com doenças graves. Trata-se de uma pesquisa qualitativa-descritiva, sob o referencial de análise fenomenológica em Stein (1999b) e Ales Bello (2006a), um modo de compreender e analisar o ser humano na sua totalidade - física, psíquica e espiritual, que possibilita um aprofundamento e uma correlação entre sua interioridade e exterioridade que se mostram nos desdobramentos das análises desenvolvidas. É no sentido das falas dos colaboradores onde se apóia a análise fenomenológica, enquanto descrição que quer conhecer intuitiva e imediatamente o que há \"por trás\" dessas falas. No presente estudo revelou que os pacientes com câncer mostram pertencer a uma diversidade de religiões: a maioria é de Evangélicos e Espíritas, a minoria são de Católicos. Os pacientes significam a religião como um meio de suporte e sustento fundamental nos momentos de dor e sofrimento causados pelo câncer e por seu tratamento. Eles percebem a comunidade religiosa como um apoio espiritual, com a qual eles podem compartilhar os seus sentimentos, os seus conflitos, as suas dores e serem acolhidos, como são, na sua finitude. Alguns mostram que puderam viver na vida transformações de valores que ainda não tinham sido vividos e nem experimentados, e passam a agir através destes. Nesse estudo, apresento também a experiência tal como vivida pelos profissionais de saúde a partir de seus relatos a maioria deles não freqüenta nenhuma igreja. Dois dizem Católicos praticantes e um Católico não praticante. A maioria dos profissionais diz Espiritualista, um médico se diz Budista e uma Espírita. Esses acreditam que a religião é inerente a todo ser humano. Eles confiam nos valores humanos e experienciam uma \"religião pessoal\". Eles expressam nas religiões os valores positivos que recebem os seus fiéis e estes procuram aprender vivê-los. A religião pode se viver individualmente (sozinho), ou seja, ser autônomo nos seus atos, sem influência do pastor, do padre que seja para orientar a seguir a estrada da vida. Os que são convictos de suas religiões (menos da metade) dos profissionais acreditam na proteção divina. Têm na Palavra de Deus e em Nossa Senhora o sustento para suas ações, tem uma disposição e motivação diferente para tratar com os doentes. A religião é vivenciada por elas de um modo humano e verdadeiro. Elas mostram vivê-lo com amor, ao se aproximar e se \"jogar\" por inteiro na relação com os pacientes e com os outros profissionais da equipe. No geral, os profissionais significam a importância da religiosidade para o paciente e sua família, mas estas devem vir como sustento e proteção para enfrentar a situação; eles esperam que esses enfermos vivam a sua fé com prudência e sempre aderindo à realidade. / This study aims to understand how cancer patients experience the phenomenon of religiosity and faith, as well as how health professionals signify the religiosity and faith of patients receiving cancer treatment and how they themselves experience this phenomenon. Religiosity is considered a current and important theme for a time in which attention to this aspect is still lacking for patients with severe diseases. This is a qualitative-descriptive research, using the reference framework of phenomenological analysis according to Stein (1999b) and Ales Bello (2006a), a way of understanding and analyzing human beings in their physical, mental and spiritual wholeness, permitting a more in-depth correlation between their interiority and exteriority that appear in the unfolding of the analyses. Phenomenological analysis is based on the collaborators\' discourse, as a description that intuitively and immediately wants to get to know what lies \"behind\" these statements. In the present study, cancer patients belonged to a range of religions: most of them were evangelics and spiritists, and a minority catholics. Patients signify religion as a means of support and fundamental sustenance in moments of pain and suffering caused by cancer and its treatment. They perceive the religious community as spiritual support, through which they can share their feelings, conflicts, pains and be welcomed as they are, in their finiteness. Some show that, in life, they could experience transformations in values they had neither lived nor experienced, and start to act through these. In this study, we also present the experience as health professionals live it, based on their reports, as most of them do not attend any church. Two say they are practicing catholics and one nonpracticing. Most professionals say they are spiritualists, one physician mentions he is a buddhist and one spiritist. They believe that religion is inherent in all human beings. They trust in human values and experience a \"personal religion\". In religions, they express the positive values their believers receive and the latter attempt to learn how to live accordingly. Religion can be lived individually (alone), that is, being autonomous in one\'s acts, without influence from the minister or priest to guide them in order to follow the route of life. Professionals convicted of their religion (less than half) believe in divine protection. The word of God and the Holy Virgin sustains their actions, giving them a different willingness and motivation to treat the ill. They experience religion in a humane and truthful way. They demonstrate that they experience this with love, by getting closer and \"casting\" themselves entirely into the relationship with patients and with other team professionals. In general, professionals signify the importance of religiosity for patients and their families, but it should serve as support and protection to face the situation; they expect patients to live their faith prudently, always adhering to reality.
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"Vivências de crianças com câncer no grupo de apoio psicológico: estudo fenomenológico". / Experiences of children with cancer in the psychological support group: phenomenological studyFrançoso, Luciana Pagano Castilho 22 February 2002 (has links)
O trabalho tem como proposta entrar em contato com o câncer infantil e suas conseqüências do ponto de vista da própria criança com câncer, investigando o que significa para ela estar doente e buscando conhecer o sentido de sua vivência neste momento particular de sua vida. O trabalho fundamenta-se no método de pesquisa qualitativa de inspiração fenomenológica em Psicologia. Partindo de uma questão orientadora - Como é para a criança com câncer conviver com sua doença e seu tratamento? - a fonte de investigação utilizada foram as vivências de crianças com câncer no grupo de apoio psicológico, atividade que faz parte da rotina do Serviço de Psicologia do GACC-Grupo de Apoio à Criança com Câncer. O grupo reuniu-se semanalmente durante 01 hora, em local e horário fixos, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP. Foram utilizados materiais gráfico e lúdicos. As crianças participantes, em média 05 em cada sessão, tinham diferentes diagnósticos de câncer e encontravam-se em diferentes fases de seus tratamentos. Suas idades variaram de 03 a 16 anos. A construção dos resultados compreendeu duas etapas. Na primeira etapa, foram analisadas 30 sessões do grupo de apoio psicológico realizadas no período de abril a dezembro de 1999. Nesta etapa, o objetivo do grupo era propiciar e facilitar a livre expressão de preocupações, dúvidas e sentimentos das crianças participantes, além de proporcionar um momento no qual pudessem compartilhar suas experiências. Desta primeira etapa emergiram três dimensões de análise: os temas das sessões, o próprio grupo enquanto intervenção psicoterapêutica e a gestação da idéia de elaborar o livro das crianças. Na segunda etapa, foram analisadas 15 sessões do grupo de apoio psicológico, realizadas no período de janeiro a junho de 2000. Nesta etapa, o objetivo do grupo era a criação do livro das criança, material informativo sobre o câncer infantil elaborado coletivamente. Desta segunda etapa emergiram os temas das sessões, organizados posteriormente sob a forma do livro das crianças. Após estas duas etapas de análise, foi realizada uma síntese compreensiva da construção dos resultados sob a luz da Psicologia Fenomenológica. Nas considerações finais, foram discutidos os desdobramentos práticos dos aspectos estudados, assim como o papel da Psicologia nestes contextos assistenciais. (FAPESP) / This paper proposes to come into contact with childhood cancer and its consequences from the cancer-stricken childs own viewpoint, and investigate what it means for the child to be ill, seeking to find out the meaning of its experience at this particular juncture of its life. This paper is based on the qualitative research method of phenomenological inspiration in Psychology. With a leading question as the starting point What is it like for a child who has cancer to live with this illness and its treatment? the source used for investigation were the experiences of children suffering from cancer in a psychological support group, a routine activity that is a part of the Psychology Service of the GACC Support Group for Children with Cancer. This group met weekly for one hour, at a fixed time and place, at the Childrens Hospital of the Ribeirão Preto Medical School of the University of São Paulo (USP). Graphic and playtime materials were used. The participating children, five per session on the average, had different cancer diagnoses, and were at different stages of their treatment. Their ages ranged from 3 to16 years. Construction of results comprised two stages. In the first stage, 30 psychological support group sessions held during the period from April through December 1999 were analyzed. In this stage, the groups objective was fostering and facilitating the free expression of concerns, doubts and feelings by the participating children, in addition to providing a time for them to share their experiences. In the second stage, 15 psychological support group sessions held during the period from January to June 2000 were analyzed. In this stage, the groups objective was creating the Childrens Book collectively prepared informative material on childhood cancer. Subsequently, a synthesis comprising both stages of such construction of results was carried out under the light of Phenomenological Psychology. Practical developments of the aspects studied, as well as the role of Psychology in such care contexts, were discussed in closing remarks.
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Câncer colorretal e colostomia: aspectos psicodinâmicos envolvidos na vivência da sexualidade / Colorectal cancer and colostomy: psychodynamic aspects involved on sexuality experienceScarton, Mércia Aparecida Pereira de Andrade 19 May 2017 (has links)
O câncer colorretal é o segundo tipo que mais causa mortes no Brasil. Podem ser utilizados vários tratamentos para esses casos, tais como a quimioterapia, radioterapia e cirurgias, dentre as quais, a colostomia. Apesar de trazer sobrevida, a colostomia pode acarretar mudanças físicas e psicológicas que impactam diretamente os doentes. Pesquisas na área da Psico-oncologia são consideradas importantes nesses casos, pois estudam as dimensões psicológicas do câncer sob diferentes aspectos. Na presente dissertação, foi realizado estudo de caso instrumental com dois sujeitos cada qual se relacionando em regime de união estável com o objetivo de analisar as questões psicodinâmicas envolvidas na vivência da própria sexualidade após a colostomia. Para atingir tal objetivo, foram realizadas entrevistas semiestruturadas e o teste psicológico HTP. Os resultados foram analisados sob enfoque psicanalítico e indicaram: queda na autoestima; autoimagem corporal negativa; isolamento social e dificuldades na aceitação do uso da bolsa coletora; luto pela perda do corpo saudável; vergonha e receio de que os outros percebam sua condição de colostomizado. A dinâmica psíquica de cada entrevistado impactou a maneira de experienciar esse processo. Com personalidades e formas de enfrentamento distintas, foram encontradas diferenças na forma de lidar com seus próprios relacionamentos afetivos. A despeito dessas questões, a colostomia emergiu como a principal culpada pelo distanciamento ocorrido entre as partes, em relação a ambos os casais, embora muitos reveses já estivessem presentes na rotina conjugal antes mesmo da cirurgia. Além disso, a falta de apoio conjugal, indiferença por parte do companheiro e dificuldades na convivência colaboraram para o surgimento de barreiras entre o casal, contribuindo para a derrocada da vida sexual. Os pacientes não foram encaminhados para acompanhamento psicológico, embora considerem a psicoterapia importante. Não encontraram oportunidade em serviços públicos de saúde para dirimir dúvidas e abordar questões de ordem pessoal, conjugal ou sexual / Colorectal is the second type of cancer that causes death in Brazil. There are some kinds of treatment for this disease, including chemotherapy, radiotherapy and surgeries, such as the colostomy. Although this surgery increases survival rates, colostomy might bring physical and psychological changes which impact directly patients on this condition. Researches in the field of psycho-oncology are important on this cases, considering it comprehends psychological dimensions of cancer by differents perspectives. An instrumental study was carried out, with two participants, both living in a common-law marriage. The goal of this research was to analyze psychodynamic aspects involved on their sexual experience after colostomy. In order to accomplish this goal, semi-structured interviews were conducted as well as the application of the psychological test HTP. The results were analyzed by the psychoanalytical approach and indicated self-esteem decrease; negative self-body perception; social isolation and difficulties in accepting the use of the colostomy bag; mourning over the lost healthy body; shame and concerns about others realize they are carrying a colostomy bag. Each personal patients psycho dynamic impacted the way of dealing with this process. Having distinct personalities and coping strategies, differences were found on the way of dealing with their own relationships. Despite these questions, colostomy had emerged as the main reason for the emotional distance in the relationship, even though a lot of setbacks were already part of their daily routine before the surgery. Furthermore, lack of conjugal support, partners indifference and cohabitation adversities cooperated for the emergence of barriers between the couple and all of that contributed to decadence of sexual life. The patients were not referred to psychological support, despite considering psychotherapy important. They have not found any opportunity to dispel doubts about personal, conjugal or sexual subjects on public health care system
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Familiar cuidador da mulher com câncer / Family caregivers of women with cancerBrandão, Patrícia Danielly de Aguiar 04 April 2016 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-09-01T14:33:08Z
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Patrícia Danielly de Aguiar Brandão.pdf: 1775158 bytes, checksum: 94c8c0b36d3501f89f8c77d122722241 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-01T14:33:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016-04-04 / The aim of this study was to describe the family caregivers of women with cancer,
identifying tasks and difficulties of family caregivers and identify overload and coping
strategies. This study is descriptive, exploratory and convenience sample,
quantitative and qualitative methods in the analysis of the results were used.
Attended by 50 family caregivers of women with cancer admitted on Women's Health
Reference Center in São Paulo. For this purpose, the following instruments were
used: 1) sociodemographic questionnaire; 2) Inventory Zarit Overload; 3) Scale
problems coping strategies. The results of this research on family caregivers are
consistent with findings in the literature that describe the caregiver as belonging
predominantly to the female population, the majority of caregivers are dedicated full
time to the family and are inexperienced when it comes take care of other sick
people. The data suggest that there are overload on family caregivers, since
assumed the role of caregiver and adopt with greater intensity the coping strategies
focused on the problem. The results guide the importance of health professionals to
consider sick person and the family caregiver as care unit, as this caregiver is a key
player in sickening the way and is conducive to feelings such as fear and anxiety, as
well as stress and overload due the care that directs the patient family. Has it that the
family caregiver is a unique, sensitive figure, often overlooked and ignored, it needs
care and attention to minimize the negative implications and help maximize their
capabilities to face care / O objetivo deste estudo foi descrever o familiar cuidador da mulher com câncer,
identificando tarefas e dificuldades do familiar cuidador, bem como identificar
sobrecarga e as estratégias de enfrentamento. Estudo descritivo, exploratório e com
amostra por conveniência, foram utilizados os métodos quantitativos e qualitativos
na análise dos resultados. Participaram 50 familiares cuidadores de mulheres com
câncer internadas no Centro de Referência da Saúde da Mulher na cidade de São
Paulo. Para tal, foram utilizadas os seguintes instrumento: 1) Questionário
sociodemográfico; 2) Inventário de Sobrecarga do Zarit; 3) Escala de modos de
enfrentamento de problemas. Os resultados da pesquisa sobre o familiar cuidador
neste estudo são coerentes com os achados pela literatura que descrevem o
cuidador como pertencente, predominantemente, à população feminina, a maior
parte dos cuidadores se dedicam em tempo integral ao familiar e é inexperiente ao
que se refere cuidar de outras pessoas doentes. Os dados obtidos sugerem que
existem sobrecarga nos familiares cuidadores desde que assumiram o papel de
cuidador e adotam com maior intensidade as estratégias de enfrentamento
focalizados no problema. Os resultados direcionam a importância dos profissionais
da saúde em considerar s pessoa doente e o familiar cuidador como unidade de
cuidado, pois este cuidador constitui uma peça fundamental no percurso do
adoecimento e está propício a sentimentos como medo e angústia, além da tensão e
sobrecarga devido aos cuidados que direciona ao familiar doente. Tem-se com isso
que o familiar cuidador é uma figura ímpar, sensível, muitas vezes esquecido e
ignorado, que necessita de cuidado e atenção para minimizar as implicações
negativas e ajudar a maximizar as suas capacidades frente ao cuidar
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