41 |
Memória política da Ditadura Militar e repressão no Brasil: uma abordagem psicopolítica / Memoria política de la Dictadura Militar y represión en Brasil: una perspectiva psicopolíticaAnsara, Soraia 13 December 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
SORAIA ANSARA.pdf: 1807599 bytes, checksum: c34e681b7e9080bcc5e844bbdad3c20d (MD5)
Previous issue date: 2005-12-13 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / El presente trabajo tiene el propósito de acercar al campo de la Psicología Política la noción de memoria política que desarrollamos desde nuestra investigación, realizada en tres capitales brasileñas (Belo Horizonte, Curitiba y São Paulo) sobre la memoria colectiva de la dictadura militar y represión en Brasil.
A lo largo de esta tesis intentamos analizar la memoria colectiva que se construyó desde el proceso de redemocratización brasileño (pos dictadura militar) a través de entrevistas semidirectivas con líderes comunitarios y sindicales y de encuestas aplicadas a estudiantes universitarios.
Con base en los discursos y en los referenciales teóricos de Gamson (1992), Sandoval (1994, 2001), Halbwachs (1990) analizamos las conexiones entre memoria colectiva y conciencia política, con el objetivo de comprender las implicaciones de la memoria colectiva en el comportamiento político de las personas que forman las diferentes generaciones y que vivieron contextos históricos y políticos distintos.
Hemos percibido que la memoria puede estimular la conciencia política y proporcionar formas de acción colectiva, de la misma manera que la existencia de una conciencia política puede ser determinante en la construcción de una memoria política.
Todavía percibimos que, más que una reflexión sobre el pasado, la memoria colectiva aparece como una memoria política capaz de subvertir las versiones instituidas y fijadas por la historia oficial, como una estrategia de resistencia y lucha política y crea un espacio público de disputa que puede desmontar los mecanismos de institucionalización de la memoria social. / O presente trabalho traz para o campo da Psicologia Política a noção de memória política que desenvolvemos a partir desta pesquisa de doutorado, realizada em três capitais brasileiras (Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo) sobre a memória coletiva da ditadura militar e repressão no Brasil.
Por meio de entrevistas semi-estruturadas com lideranças comunitárias e sindicais e de questionários aplicados a estudantes universitários, procuramos analisar a memória coletiva que foi construída a partir do processo de redemocratização brasileiro (pós-ditadura militar).
Com base nos discursos e nos referenciais teóricos de Gamson (1992), Sandoval (1994, 2001), Halbwachs (1990) analisamos as interfaces entre memória coletiva e consciência política, procurando compreender as implicações da memória coletiva no comportamento político de pessoas que constituem diferentes gerações e que vivenciaram contextos históricos e políticos distintos.
Pudemos perceber que a memória pode estimular a consciência política e proporcionar formas de ação coletiva, da mesma maneira que a existência de uma consciência política pode ser determinante na construção de uma memória política.
Percebemos ainda que, mais do que uma reflexão sobre o passado, a memória coletiva aparece como uma memória política capaz de subverter as versões instituídas e fixadas pela história oficial, como uma estratégia de resistência e luta política e cria um espaço público de disputa que pode desmontar os mecanismos de institucionalização da memória social.
|
42 |
Marchando pelo arco-íris da políticaSilva, Alessandro Soares da 28 June 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Alessandro Soares.pdf: 3522090 bytes, checksum: ebd15c792d166219b17c029784c65b55 (MD5)
Previous issue date: 2006-06-28 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This doctoral dissertation in Social Psychology is an intercultural study with a
Political Psychology approach about the construction of the collective political consciousness
of homosexuals in Brazil, Spain and Portugal beginning with the participation in the LGBT
Pride Parade in each country. The LGBT Pride Parade is a mass phenomenon, a psychopolitical
strategy of constructing an active citizenship of these subjects. Thus the parade
functions as an instrument of bringing back the political memory of homosexuals and as a
form of becoming visible in an assimilationist and hetero-normative society adverse to
differences.
The process of composition of this dissertation implied the conducting of field
work in these three countries between 2003-2006 that resulted in 44 interviews of militants of
the respective LGBT movements and of militant homosexuals in other movements and
political parties. We used open interviews as our methodology and a form of free association
of words with the intent of understanding the socio-historical process of each national context
in other to conduct the intercultural study.
The data show how political participation mediates the construction of the
political subject and the collective subject. The festive elements and protest elements in more
traditional forms mix in the process of the political construction of the movements themselves
that act as an questioning element of the structures established aprioristically according to the interests of the dominant groups / A presente tese de doutorado em Psicologia Social é um estudo intercultural,
de abordagem psicopolítica, da construção da consciência política coletiva de
homossexuais no Brasil, na Espanha e em Portugal, cujo ponto de partida foi a análise da
participação na Parada do Orgulho LGBT de cada um destes países. A parada do Orgulho
LGBT, é um fenômeno de massa, uma estratégia psicopolítica de construção de uma
cidadania ativa destes sujeitos. Assim, ela funciona como um instrumento de
resgate da memória política de homossexuais e de visibilizaçao frente a uma
sociedade assimilacionista e heteronormativa, avessa à diferença.
O processo de construção desta tese implicou a realização de trabalhos de
campo nestes três países, durante os anos de 2003-2006, que resultaram em 44
entrevistas de militantes dos movimentos LGBT e de homossexuais militantes
em outros movimentos ou partidos políticos. Utilizamos a entrevista aberta
como metodologia e um esquema de livre-associação de palavras com vistas à
busca da compreensão dos processos sócio-históricos próprios de cada
contexto nacional, a fim de, então, realizarmos o estudo intercultural propriamente
dito.
Os dados aqui tratados nos mostraram como a participação política medeia a
construção do sujeito político e do sujeito coletivo. Assim, elementos de
festa e de protesto em moldes mais tradicionais se mesclam no processo de
construção política dos próprios movimentos, que atuam como um elemento
questionador das estruturas estabelecidas, aprioristicamente, segundo os interesses dos grupos
dominantes
|
43 |
Tabagismo e políticas públicas: uma análise sobre a lógica de diferentes estabelecimentos do ramo de entretenimento sobre a proibição de fumar em ambientes fechadosSilveira, Andréa Fernanda 04 June 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Andrea.pdf: 1279654 bytes, checksum: a0de2590f9818f5e6c9492531bfd610b (MD5)
Previous issue date: 2007-06-04 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Tobacco use may be considered a global epidemic and has a great impact on health as
well as social, economic and sanitarian consequences. Besides the damage to smoker s
health, second hand smoke is very critical to collective health and environment. It is
the third leading preventable cause of death in the world. Tobacco control is a public
health issue and has been the target of an international framework convention. Among
tobacco control policies in Brazil, the 9294/96 law that forbids smoking indoors was
chosen to be the purpose of this study. This law is not widely accepted by
entertainment establishments (restaurants, bars, fast-food places, cafes, disco houses).
Implied is the need to better understand owners and managers rationale concerning to
this political issue. In fact, it is important to identify the factors that may influence
their decision to adopt this law. For this, an exploratory study was conducted in two
phases: a qualitative phase with 11 face-to-face interviews in which the content
analysis generated a questionnaire answered by 60 participants in the quantitative
phase. To guarantee validity, a panel of 8 experts analyzed the instrument and it was
retested by a sub sample of 30 participants. Statistical tests performed showed that
73,3% of participants do not favor the law mentioned above, and that there is no
significant difference of opinion among all the segments investigated. Data showed
that both political and social factors play a relevant role in this matter. Both variables
can not be analyzed apart from each other, as SANDOVAL (2001) and AIRHIHENBUWA
(1995) had defended in their theoretical models (political conscientiousness and PEN-
3, respectively). Based on these models, some arguments identified were the law is not
enforced, government initiatives are culturally discredited, competition between
establishments is great, and owners and managers fear that they would lose business.
There is inter- and intra-group favoritism that leads establishments to accept smokers
behavior. Data suggests that tobacco control policies for these places must be revisited / O tabagismo é uma epidemia global que provoca danos sérios à saúde, com
conseqüências sociais, econômicas e sanitárias. Além dos malefícios que causa à saúde
do próprio fumante, a fumaça exalada pelo consumo dos derivados do tabaco também
é prejudicial à saúde coletiva e ao meio ambiente. A Poluição Tabágica Ambiental é a
terceira maior causa de morte evitável no mundo. Trata-se de uma questão de saúde
pública que ganhou notória ênfase nas últimas décadas, dando origem ao primeiro
tratado mundial de saúde pública, que fixa padrões internacionais para o controle do
tabaco. Entre as políticas no Brasil, destacou-se, para fins do presente estudo, a Lei n.º
9.294/96, que proíbe fumar em ambientes fechados. Essa lei não chega a ser
amplamente adotada pelos estabelecimentos do ramo do entretenimento (restaurante,
bar, lanchonete, danceteria, café, shopping center), o que pode ser considerado como
um fenômeno político e reforça a necessidade de se entender que fatores compõem a
lógica dos seus proprietários e gerentes. Para tanto, uma pesquisa exploratória foi
conduzida em duas etapas: uma qualitativa, com 11 entrevistas face a face, cuja análise
do seu conteúdo gerou um questionário, aplicado a 60 participantes na fase
quantitativa. Para validação desse instrumento, foi feita uma avaliação por 8
profissionais de diferentes áreas de atuação e a sua reaplicação com uma subamostra
de 30 participantes. Os testes estatísticos revelaram que 73,3% dos pesquisados não
adotam a lei e que não existem divergências de opinião significativas entre os diversos
segmentos investigados. Além disso, os dados apontam uma inter-relação de fatores
políticos e sociais como pano de fundo da decisão de se adotar ou não a lei em
questão. Ficou claro que essas variáveis não podem ser analisadas isoladamente,
corroborando o pressuposto pelos modelos teóricos utilizados para explicar esse
fenômeno, isto é, o modelo de consciência política (SANDOVAL, 2001) e o PEN-3
(AIRHIHENBUWA, 1995). Com base nesses modelos, alguns argumentos foram
identificados: a lei não é regulamentada; as ações do governo estão ou são
culturalmente desacreditadas; a concorrência com outros estabelecimentos do mesmo
ramo é grande e seus administradores temem perder a clientela; existe um
favorecimento inter e intragrupal que leva os estabelecimentos à conivência com o
comportamento dos fumantes. Os resultados sugerem que as políticas de controle do
tabaco para essas empresas carecem de adequação
|
44 |
Políticas de subjetivação: um estudo acerca da política de relação com o Outro, na contemporaneidadeFonseca, Beatriz Francisca Souza 20 September 2013 (has links)
O estudo que embasa esta dissertação intentou traçar a política de relação com o Outro maquinada pelo modo de subjetivação capitalística. Por Outro entendemos a existência fabricada na relação com aquilo que produz efeitos nos corpos e nas maneiras de viver, o que é designado, por alguns autores, como outro. A relação com o Outro, nesta acepção, implica uma relação consigo, com o nosso próprio movimento processual de devir-outro. Partindo dos pressupostos de que os modos de subjetivação tramam distintos modos de relação com o Outro, e de que a forma como nos relacionamos com o Outro, na contemporaneidade, é forjada por aquela política singular de relação consigo, a pesquisa em pauta pensou os jogos de constituição, de operacionalização e de possíveis ultrapassamentos de tal política. O campo prático-conceitual que a agenciou se constitui, sobretudo, pelas ferramentas teórico-metodológicas da Filosofia da Diferença e por uma extensa rede de intercessores. O modo de pensar que esse campo anima implica uma prática de pesquisa ético-estético-política e, para operá-la, recorremos às orientações fornecidas pelo método da cartografia, modo de conceber a pesquisa e a relação pesquisador-pesquisado que visa o estudo da dimensão processual da subjetividade e de seu processo de produção. Sob esse viés, primeiramente, tratamos da política de produção do conhecimento que entusiasmou o estudo. Em seguida, percorremos o processo de produção e o modus operandi da política de relação com o Outro fabricada pela subjetivação dominante em nossos dias. Num terceiro momento, aventuramos cruzar estudos de teóricos que vislumbram possibilidades de ultrapassar a máquina capitalística. Inspirado nestes intercessores e nos movimentos que constituíram o processo de pesquisa, o estudo cogita que as chances de excedermos a política de subjetivação hegemônica e produzirmos políticas concorrentes de relação com o Outro se encontram justamente onde o aparelho capitalístico está/atua, em nosso diminuto e ordinário fazer, operar e viver cotidiano, restando-nos o desafio de criar maneiras de efetivá-las, continuamente, à medida que nos dispusermos a vivenciar o plano ético-estético-político e os tantos outros operadores de resistências que estão sendo e/ou poderão vir a ser inventados.
|
Page generated in 0.0895 seconds