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Segnare la guarigione : etnosemiotica di un atto magico : lettura semiotica della pratica delle "segnature" nella prospettiva tranculturale relativa alla zona degli Appennini della regione italiana dell'Emilia Romagna / Marquer la guérison : ethno-sémiotique d'un acte magique : lecture sémiotique de la pratique populaire des "segnature" dans la perspective transculturelle relative à la zone des Apennins de la région italienne de l'Émilie-Romagne / Marking healing : ethnosemiotics of a magic rite : a semiotic reading of popular practice of "segnatura" in the Appenins of Emilia-Romagna from a transcultural perspective

De Bernardi, Maddalena 24 September 2015 (has links)
Cette étude s’est inspirée de l’observation d’une pratique de guérison toujours vivante, bien qu’en voie de disparition ; cette dernière représente une intéressante niche anthropologique en ce qui concerne l’emploi d’une médecine paysanne encore répandue dans certaines zones de l’Italie du Nord, plus précisément de l’Émilie-Romagne, où l’on trouve encore aujourd’hui des femmes qui segnano (« marquent », à travers la pratique de la segnatura, la « marque ») des maladies telles que le feu de Saint Antoine, les brûlures, l’herpès, les entorses. Elles véhiculent ainsi un concept de guérison différent de la norme, mais susceptible de réflexions qui font dialoguer l’héritage des cultures anciennes avec le futur d’une médecine où il est toujours possible de s’interroger sur les droits du malade, sur le rôle du sujet dans le processus de guérison et sur des concepts très fortement liés aux façons d’affronter la maladie, comme l’importance de la confiance et la capacité de renforcer les liens interpersonnels. / The present study is designed to examine the healing rite of "segnatura" that is part of the popular tradition of rural medicine. Up until 1950 there were many women that knew and practised this ritual form of healing to to cure herpes zoster (cold sores), burns and warts. The action combines symbolic gesture and ritual formula: it is called "segnatura" from the verb "segnare", to mark. The aim of the analysis is to explore the rite trough interviews. Now it represents a custom at constant risk of disappearance, but the heritage of ritual forms of healing can create a connection with the present, because it addresses the sick role and its needs. / Questo progetto di ricerca nasce dall'osservazione di un antico rito di cura: la segnatura. Essa nasce nel contesto di una civiltà contadina ormai definitivamente tramontata, di cui rimane esile testimonianza votata a un oblio della memoria silenzioso, ma implacabile. Se un tempo il rito veniva utilizzato nei molti casi della vita quotidiana in cui era richiesto un intervento terapeutico in seguito a cadute, "Herpes zoster", bruciature, storte, oggi appare conosciuto e praticato in forme isolate. Alcuni ambiti di applicazione, quali la segnatura per ritrovare le cose perdute o per scacciare la paura, sono quasi del tutto scomparsi e nel corso della ricerca non vi si farà che un breve accenno. Ciò che resta del rito, tuttavia, non è solo una stimolante nicchia antropologica, bensì una riflessione, viva e attuale, sulla sua efficacia simbolica e sulla possibilità di mettere in discorso dinamiche di gestione della sofferenza in grado di contribuire al potere trasformativo della malattia.
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A socialização de técnico-administrativos ingressantes na UFRGS : análise de um rito de passagem

Stainki, Angela Roulim January 2013 (has links)
Este trabalho apresenta os resultados de um estudo de caso (MINAYO, 1993, 2010; YIN, 2010), de abordagem qualitativa, realizado junto à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com o objetivo de identificar, sob a perspectiva de rito de passagem, como se dá a socialização dos ingressantes técnico-administrativos e que ações institucionais poderiam contribuir para consolidar o vínculo desses servidores. A pesquisa orientou-se pelo pressuposto de que as emoções afloradas durante a socialização de ingressantes na Administração Pública podem tanto contribuir quanto prejudicar a formação de vínculos afetivos, impactando, positiva ou negativamente, a identificação com a organização e o comprometimento com o trabalho. Assim, a socialização é contemplada como um reflexo da relação indissociável e interdependente entre indivíduo e sociedade, e a realidade social como um produto da socialização e da interação humana, em consonância com as concepções de Berger e Luckmann (2011), Cavedon (1990, 2000, 2010) e Setton (2010, 2011). Já a mudança de status, decorrente do ingresso no setor público, é tratada como um rito de passagem constituído de três fases, separação, margem e agregação, conforme teoriza Van Gennep (2011). Os dados foram coletados por meio de pesquisa documental, diários de campo, observação participante, questionários abertos, aplicados a ingressantes do concurso 2010, e entrevistas realizadas com servidores “antigos”, com apoio de um roteiro semi-estruturado. Os resultados sugerem que a fase de margem, correspondente ao estágio probatório de três anos, não é legitimada como um período de aprendizado, e, consequentemente, não há clara definição dos papéis de socializados (ingressantes) e socializadores (“antigos”). Existem expectativas de que os ingressantes adotem uma postura de humildade e deferência em relação aos “antigos”, e de que estes, por sua vez, assumam responsabilidades em relação ao aprendizado dos recém-chegados. Entretanto, em decorrência da indefinição de papéis, essas teatralizações, que são próprias da fase de margem, tendem a ser negligenciadas, causando conflitos que prejudicam o trabalho em equipe e o andamento do trabalho. A importação da lógica de mercado no serviço público também é evidenciada como origem de muitas das dificuldades identificadas, apontando para a necessidade de direcionar esforços visando uma conscientização nesse sentido. Como possível solução para os problemas levantados, sugere-se a realização de procedimentos ritualizados que reforcem o caráter de aprendizado da fase liminar, conduzidos por facilitadores designados e capacitados para tanto, que atuem como mediadores legitimados, em nível de unidade. Por fim, conclui-se que investimentos na socialização de recém-concursados são primordiais, podendo repercutir em maior comprometimento com o trabalho e melhores resultados em relação aos objetivos institucionais do que a implementação de mecanismos coercitivos de controle e de gestão do desempenho, característicos do modelo gerencialista que vêm se consolidando na administração pública desde o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado de 1995. / This work presents the results of a qualitative case study (MINAYO, 1993, 2010; YIN, 2010) that took place at the Federal University of Rio Grande do Sul with the aim of identifying, according to the perspective of rite of passage, how the socialization of the administrative staff is carried out and what institutional actions may contribute to the consolidation of organizational bonding. The research had its starting point in the assumption that newcomers who join the public sector experience emotions, triggered by socialization, that have the potential to either enhance or impair bonding processes, impacting identification with the organization and commitment to work in a positive or negative way. Thus, socialization is seen as a reflection of the inseparable and interdependent relation between individual and society whereas social reality is considered a by-product of socialization and human interaction, according to the conceptions of Berger and Luckmann (2011), Cavedon (1990, 2000, 2010) and Setton (2010, 2011). In its turn, the change of status caused by getting a job in the public sector is treated as a rite of passage that can be divided into three phases, separation, margin and aggregation, as theorized by Van Gennep (2011). The data was collected by means of documentary research, field journals, participant observation, open questionnaire applied to the newcomers of the 2010 selection process, and semi-structured interviews with senior level staff members. The results suggest that the margin phase, which corresponds to the three-year probationary period, is not legitimized as a learning period, therefore there‟s no clarity with regard to the different roles of “persons being socialized” and “agents of socialization”, to be respectively assumed by the newcomers and the senior level staff members. The newcomers should adopt a humble and respectful attitude towards their senior level colleagues, who, in turn, should undertake certain responsibilities in the learning process of the former. However, due to the lack of clearly defined roles and responsibilities, these expected theatrical-like behaviors tend to be neglected, leading to conflicts that disrupt teamwork and hinder the workflow. There‟s also evidence that the adoption of the market logic in the public sector may be the cause of many of the identified difficulties, which points to the need of directing efforts to raise awareness about this issue. A possible solution to the problems addressed by this research is the institutionalization of ritualized procedures designed to reinforce the learning-focused nature of the margin phase and conducted by properly trained facilitators, appointed to act as legitimate mediators in each decentralized unit. Finally, it is concluded that investments in the socialization of newcomers are essential and may yield stronger commitment to work and better results for the institution than the implementation of coercive mechanisms of performance management associated with the managerial model that has been consolidating itself in the public administration since the public sector reform of 1995.
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Le sacre du printemps: The First Rite (An Exploration of Modern and Aerial Dance as Storytelling)

Bates, Whitney 01 May 2017 (has links)
Le sacre du printemps, a ballet choreographed in 1913 by Vaslav Nijinsky, played an important part in changing the way the world thought about choreography. Since, modern choreographers such as Graham and Taylor have followed in the tradition of creating their own versions of Le sacre. This thesis outlines the significance of Le sacre. It also describes how Bates created a choreographic project using Nijinsky, Taylor, and Graham influences, and also combining modern dance floor techniques with aerial choreography.
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Park Valley, Utah's Shivaree Tradition: A Rite of Social Acceptance

Thornley, Rosa Lee 01 December 2013 (has links)
The marriage custom of charivari/shivaree evolved from a punitive form of social control in Europe and Great Britain, to a raucous American celebration that welcomed newlyweds into a community. The isolated ranching community of Park Valley, Utah performed their own unique version of shivaree. This investigation of their ritualized tradition began with a review of the cultural landscape combined with the contemporary rural society that forms a community-clan who descends from six pioneer families. The existing community outlived mining and railroad towns that originally populated the area. The surviving Mormon culture is reflected in the value and belief structure of its people and, therefore, their social activities. This context built a foundation for interpreting the function of the community's shivarees. Twenty-five primary interviews provided seven case studies, which structured the argument that their impromptu performances went beyond just offering a hand of welcome; their shivarees, performed after the formal marriage festivities, functioned as a complex rite of passage. Ritualized traditions like kidnapping the bride and groom, wearing crazy get-ups, and breaking bread together codified the relationships that bound their society together. In all cases, at least one member of the newly married couple was an insider of the community - they belonged to the community clan. The impromptu performance was organized using local resources as the newlyweds were moved from the sacred to secular sphere, creating a liminal period where social norms were tested, before the final rite of passage. Park Valley shivarees transitioned them into their new social position as contributing members of this insular society; it was an informal rite of acceptance.
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台灣民間「給神明作契子」的儀式-以雲林海豐堡和布嶼西堡為例 / Rite of "Ho sing-ming tha kai-gya" in the Jun-Ling area

李艾珍, Lee, Ai-Chen Unknown Date (has links)
本論文主要在探討雲林地區「給神明作契子」的現象,主要的研究地區是海豐堡和布嶼西堡二地。本研究針對廟方、契子和其家人三方面作深入的研究,從過渡儀式、傳統觀念中不潔的概念、民俗醫療為理論基礎,分析孩子「給神明作契子」的原因、儀式的進行、影響和社會意義。 本研究主要的發現有以下幾點: 1. 「給神明作契子」儀式的操控者是孩子的父母、家人,而儀式主要治療的對象除了契子以外,還有契子的家人。 2. 從契子家人的觀點出發,在「給神明作契子」的原因方面,可分為四種:「歹育飼」、家中男丁不旺、家族或地方上的傳統習慣、其它的原因。而父母讓孩子「給神明作契子」,主要的心態有二:一是治療性的心態,一是預防性的心態。 3. 在「給神明作契子」的社會意義方面,此儀式主要是處理社會上個人脫序的問題,經過儀式的進行,使個體恢復正常。所以無論在契子或其家人的身上,「給神明作契子」的儀式都展現了過渡儀式的意義。另一方面,從民俗醫療的觀點來看,「給神明作契子」的儀式是一種治療,對於契子來說,它主要是解決社會文化的疾病,同時它也對契子的家人,產生了心理治療的效果。 4. 除此之外,本研究也分析了不同類型的廟宇對於「給神明作契子」的態度。簡單的區分,廟方對於「給神明作契子」事宜的辦理,主要有三種型態:積極推銷型、維持傳統型、消極處理型。 最後,作者整合整個研究的發現,並提出未來研究的方向,認為可更進一步結合村落中的人、神和廟宇,描繪出一個真實生活的圖像。
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Pour une réactualisation du mythe dans Vendredi ou Les limbes du Pacifique de Michel Tournier

Verrette, Matthieu January 2006 (has links) (PDF)
La présente étude consiste en une analyse littéraire du roman Vendredi ou les limbes du Pacifique de Michel Tournier. L'objectif de cet ouvrage propose de démontrer l'ampleur toujours actuelle des implications et manifestations du mythe dans le roman contemporain. Nous abordons ainsi l'oeuvre de Tournier sous un angle principalement inspiré des méthodes et démarches propres à la mythocritique qui considère comme point central à son type d'analyse le mythe et ses différentes sphères d'influence. La théorie psychanalytique de Sigmund Freud et les considérations conceptuelles exposées dans Le Roman familial des névrosés sont ici utilisées pour organiser l'établissement de parallèles observables, d'une part entre les métamorphoses que subissent les constructions imaginaires et fantasmatiques de l'enfant dans les régions relatives à sa filiation parentale, et d'autre part, les références constantes aux mythes d'origine dispersées tout au long du roman Vendredi ou les limbes du Pacifique et structurant l'essence même de son récit. C'est en réfléchissant sur les thématiques chères à l'auteur, les aventures de son héros, l'élévation spirituelle à laquelle il est voué par une série de rites initiatiques déterminés et les dimensions que prennent le temps et l'espace dans sa solitude absolue que nous voulons non seulement faire preuve de la présence indubitable du mythe dans le roman contemporain mais aussi de son inévitable influence tant au niveau de la création artistique que dans les phénomènes identitaires du sujet. Le récit des aventures du Robinson de Tournier et des étapes de son cheminement mythique est principalement structuré par quatre grandes séquences initiatiques marquées du sceau des différents éléments naturels terrestres: aquatique, tellurique, éolien et solaire. La transcendance de la condition humaine et le statut divin auquels accède Robinson en fin de roman ne pourront être effectués que par son identification progressive à ces éléments et par la reproduction des mécanismes invariables de tout parcours initiatique. L'analyse ci-jointe démontre ainsi comment la dimension mythique des romans et héros tourniériens, tout comme celle du roman contemporain, est décelable lorsque soumise aux investigations psychanalytiques. La légitimité d'une filiation parentale fantasmatique telle que l'expose Le Roman familial des névrosés de Freud, tout en permettant l'établissement d'une convergence envers des origines ou destinées de nature divine pour le héros, est au coeur même des processus identitaires de ce dernier et participe à la revalorisation du mythe comme phénomène fondamental pour les sciences humaines et les champs d'études visant une compréhension rigoureuse du monde moderne. ______________________________________________________________________________ MOTS-CLÉS DE L’AUTEUR : Michel Tournier, Vendredi ou les limbes du pacifique, Roman familial des névrosés, Freud, Mythe, Rite initiatique, Gémellité, Androgyne.
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L'oeil du masque

Togola, Mamadou January 2006 (has links) (PDF)
Le but de ce travail de mémoire consistait à développer un dispositif multimédia recréant un univers immersif assimilable à une session d'initiation à la société secrète du Komo. chez les Bamanan, au Mali. Le travail est constilué d'un dispositif sur cédérom, « l'Oeil du masque » et d'une réflexion écrite sur la démarche ayant conduit à la production finale de cette oeuvre médiatique. Le patrimoine immatériel de nombreuses cultures à tradition orale est menacé de disparition avec la mort de ses derniers gardiens et les effets du développement sur les modes de vie traditionnels. Le fossé entre générations se creuse et celui entre pays occidentaux et pays africains ne semble pas se rétrécir malgré la mondialisation. L'auteur de ce travail propose que le multimédia interactif puisse contribuer à la fois à la sauvegarde et à la promotion du patrimoine immatériel africain. Un univers immersif permettant de faire vivre une expérience émotionnelle significative pourrait favoriser la créalion de ponts entre les générations et entre les cultures. Le genre retenu pour l'oeuvre a été la création poétique, parce qu'il était celui qui permettait le mieux d'explorer librement les aspects spirituels, esthétiques et sémantiques d'une initiation à une société secrète. Au niveau spirituel, la cérémonie d'initiation représente métaphoriquement le cheminement vers la connaissance. Le jeu des idéogrammes, au coeur du dispositif, est aussi une quête de sens. Au niveau esthétique. les paysages sonores et visuels créés s'inspirent de l'environnement et de la symbolique propres aux initiations du Komo et à l'art bamanan pour suggérer des émotions. Au niveau sémantique. divers procédés sont utilisés: présence d'un guide en introduction, scénarisation variée de l'interacteur, changement dans les fonds, les textures, la dimensions des éléments, sons en réaction à une action. etc. Le dispositif a été programmé en Lingo dans Director. Adobe Illustrator et Adobe Photoshop ont été utilisés pour le visuel. Final Cut Pro d'Apple pour la vidéo, Pro Tools de Digidesign pour les trames sonores et Peak de Bias pour le traitement audionumérique. L'auteur n'a recensé aucun dispositif s'approchant d'un tel univers immersif. que ce soit au niveau du patrimoine immatériel en général ou des cultures africaines en particulier. Plusieurs avenues de recherche et de création sont identifiées afin de capitaliser sur les résultats de la démarche de genèse de « l'Oeil du masque ». ______________________________________________________________________________ MOTS-CLÉS DE L’AUTEUR : Patrimoine immatériel, Univers immersif, Société secrète, Idéogrammes, Interactivité, Multimédia.
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Le symbolisme du monosandalisme et de la claudication dans l'Antiquité gréco-romaine

Lapensée, Valérie 02 1900 (has links) (PDF)
L'apparence et la représentation sous toutes leurs formes ont constitué des aspects très importants dans la société gréco-romaine. La beauté des corps et la perfection dominaient toute une mentalité sociale. Cependant, les Anciens n'ont pas omis de représenter la laideur, elle aussi, sous plusieurs formes. C'est dans cet ordre d'idées que l'on peut observer des cas d'imperfection des membres inférieurs : la claudication et le monosandalisme. Ces deux phénomènes visibles dans la littérature et dans l'art iconographique ont chacun des significations particulières. La position instable des monosandales et des boiteux dévoile un symbolisme rattaché, souvent, à un phénomène social. L'objectif de ce mémoire est d'étudier le symbolisme qui peut émaner des cas de monosandalisme et de claudication. Pour ce faire, nous avons, dans un premier temps, observé le contexte dans lequel on retrouve des monosandaloi. Nous avons pu constater que leur pied déchaussé était en lien avec l'instabilité des initiés lors d'un rite de puberté et de passage. Cette position instable témoignerait d'un changement de statut social. Par ailleurs, nous avons observé que dans certains cas de monosandalisme, la position unichaussée serait aussi liée à un rituel magique ayant pour objectif soit d'éloigner les ennemis, soit d'invoquer les divinités chtoniennes. Nous avons, dans un deuxième temps, soupesé le cas d'Héphaïstos, divin boiteux. Son statut particulier dans l'Olympe reflèterait une mentalité sociale. Enfin, l'analyse des cas de monosandalisme a mené à la conclusion que la position unichaussée reflétait un moment instable vécu par les monosandales. Que ce soit des initiés à la veille ou lors d'une initiation, que ce soit un guerrier affrontant la mort ou un usurpé reprenant ce qui lui appartient de droit, la position des unichaussés témoigne de cet état d'instabilité dans laquelle ils se trouvent. Pour sa part, l'analyse du cas particulier d'Héphaïstos a démontré que sa claudication était possiblement liée à la vision négative que l'on se faisait des claudicants. Les circonstances de sa naissance illustrent bien cette malédiction que l'on associait aux enfants difformes. D'autre part, la boiterie, affectant la verticalité de l'homme et son autonomie, se voit comme la pire difformité. Les boiteux se retrouvaient ainsi en bas de l'échelle sociale. Cette analyse a aussi mené à la conclusion que la claudication d'Héphaïstos est probablement liée au fait qu'il est forgeron, métier artisanal que les Grecs méprisaient. Sa posture courbe et son apparence hideuse refléteraient l'idée que l'on se faisait du travail manuel. La position instable des monosandales ou des claudicants témoigne donc d'un symbolisme particulier. ______________________________________________________________________________ MOTS-CLÉS DE L’AUTEUR : monosandalisme, claudication, symbolisme, Antiquité, Héphaïstos
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Une campagne de réception d'hommages et de reconnaissances en Provence à la fin du Moyen Âge

Boulanger, Philippe 02 1900 (has links) (PDF)
Dans le présent mémoire, nous effectuons l'analyse d'une campagne d'hommages se déroulant au XIVe siècle en Provence afin de démontrer l'importance que conservent les liens de dépendance à la fin du Moyen Âge. En effet, en 1351, la reine de Naples ordonne à tous ses vassaux provençaux de rendre foi et hommage à elle et surtout à son nouvel époux. Pendant les cinq années qui ont suivies, leurs sénéchaux ont reçu 567 hommages qui ont été transcrits dans des registres notariés. Ces derniers constituent la source primaire à partir de laquelle nous effectuons notre démonstration. Le premier chapitre est consacré à l'historiographie et à la méthodologie. Nous commençons par exposer notre méthodologie qui consiste en une analyse de la forme rituelle des serments. Par la suite, nous démontrons que ce n'est que récemment que les historiens se sont intéressés aux liens vassaliques du bas Moyen Âge et à leur rôle dans les États territoriaux. Enfin, nous faisons une mise en contexte de la campagne d'hommages. Celle-ci est nécessaire pour comprendre tous les enjeux politiques associés aux serments de fidélité demandés. Le deuxième chapitre est un examen en deux parties du déroulement de la campagne. Nous identifions d'abord les participants et analysons leur rôle dans l'événement. Il en ressort que les hommages sont clairement encadrés par les officiers royaux et que tout le pays provençal est appelé : les chevaliers, les villes et les prélats. En second lieu, nous examinons le déroulement dans le temps et l'espace afin d'en comprendre les implications sociales. Il devient évident au fil de cette section que les vassaux participent activement à la campagne en se regroupant selon leurs réseaux sociaux et leurs revendications. Le dernier chapitre est consacré aux gestes et paroles du rituel féodo-vassalique. Contrairement à ce que les historiens ont longtemps affirmé, ces actions ne sont pas dénuées de sens et chacun comporte des conséquences politiques et économiques dont tous les acteurs sont conscients. Nous démontrons également que l'établissement de la relation de dépendance est l'occasion de nouer un dialogue, entre les souverains et les vassaux, où le maintien des droits est l'enjeu principal. Nous concluons qu'une campagne d'hommages demeure un événement important à la fin du Moyen Âge tant pour le seigneur que pour ses vassaux et qu'elle sert à l'organisation ainsi qu'à la consolidation des États. ______________________________________________________________________________ MOTS-CLÉS DE L’AUTEUR : Moyen Âge, Provence, XIVe siècle, Féodalité, Noblesse, Seigneur, Vassal, Hommage, Serment de fidélité
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La confusion chez Arrabal : exploration des labyrinthes dans Fêtes et rites de la confusion

Gauvin, Francis 08 1900 (has links) (PDF)
Ce mémoire a pour but d'observer le rapport labyrinthique qui se déploie entre le sujet et l'imaginaire dans le roman Fêtes et rites de la confusion, de Fernando Arrabal. Figure de proue du mouvement panique, Arrabal intègre le hasard au sein de sa démarche artistique afin d'exprimer la totalité de son être. Ce faisant, ses œuvres proposent un reflet de l'homme qui est tout à fait fascinant, parfois même terrifiant. Le roman à l'étude met en scène une confusion propre à l'imaginaire. Étrangement, cette confusion ne mine en rien le sens de l'œuvre; au contraire, elle lui donne chair. Et c'est parce qu'elle en organise le sens qu'elle est problématique. Pour comprendre comment la confusion peut servir de ligne directrice, nous éclaircirons d'abord les logiques illogiques de la philosophie esthétique du panique. Nous remarquerons que l'invocation du hasard ne sert pas qu'à des fins esthétiques, mais également à une connaissance de soi. À cet égard, le parcours labyrinthique sert de métaphore à l'exploration de son imaginaire. En convoquant la théorie du sujet d'Agamben, nous comprendrons que ce parcours, étant imaginaire, est toujours déjà dans le langage. Conséquemment, il ne recouvre pas la totalité de ce que le narrateur est en tant qu'homme, puisque lorsque ce dernier se constitue comme sujet, une part de son expérience tombe dans le silence. À l'aide de la psychologie des profondeurs de Jung, nous examinerons la relation que l'inconscient entretient avec l'imaginaire et, par la suite, nous comprendrons dans quelle mesure la représentation de soi est déterminée par elle. Nous montrerons alors comment le texte d'Arrabal suggère que son héros accède à une connaissance approfondie de lui-même suite à une expérience qui relève de l'indicible, ce qui lui permet de se reconnaître dans sa totalité. ______________________________________________________________________________ MOTS-CLÉS DE L’AUTEUR : Arrabal, Panique, Confusion, Rite, Hasard, Imaginaire, Labyrinthe.

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